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Decreto-Lei N.º 116/2008: Entrada em Vigor
Decreto-Lei N.º 116/2008: Entrada em Vigor
Em segundo lugar, adoptam-se medidas destinadas a evitando assim que essas obrigações impendam sobre os
simplificar e facilitar a relação dos cidadãos com as con- cidadãos e as empresas.
servatórias do registo predial, eliminando-se e alterando-se O regime da caducidade do registo das acções também
actos e práticas registrais que tornam a actividade registral é modificado, por forma a evitar que os cidadãos e as
mais morosa, com prejuízo para os cidadãos. empresas se vejam confrontados com a necessidade de
Assim, é eliminada a competência territorial das con- ter de efectuar vários e sucessivos pedidos de renovação
servatórias do registo predial, permitindo que qualquer enquanto aquelas se mantiverem pendentes. Prevê-se, por
cidadão pratique actos de registo predial em qualquer outro lado, a permanência do registo do arresto, da penhora
conservatória do registo predial do território nacional, e de outras providências cautelares para além dos 10 anos,
independentemente do lugar da situação dos prédios. garantindo, assim, a prioridade de uma acção que venha a
Os interessados passam, portanto, a poder escolher o ser- prolongar-se para além daquele prazo.
viço mais rápido, que lhes fica mais próximo ou aquele Finalmente, prevê-se a anotação à descrição dos prédios
que preste um melhor atendimento. da existência de autorização de utilização e da ficha técnica
Criou-se igualmente a possibilidade de tramitar de forma de habitação, possibilitando que os cidadãos encontrem,
unitária, através de procedimentos para operações especiais num único local, toda a informação considerada necessária
de registo, actos próprios dos serviços de registo que, em para a aquisição e celebração de outros negócios jurídicos
razão do seu número, natureza, relação de dependência ou sobre imóveis, tornando a informação mais rápida, mais
conexão, identidade ou qualidade dos sujeitos, possam ser segura e com menores custos.
praticados de forma simplificada. Adoptam-se assim proce- Em terceiro lugar, reformulam-se procedimentos e
dimentos especiais que podem ser efectuados em balcões criam-se condições para a plena utilização e aplicação de
com competência para a prática de actos de qualquer área sistemas informáticos, tudo com respeito da legalidade e
de registo, criados junto de entidades públicas ou privadas, com garantia da segurança do comércio jurídico.
ou como serviços autónomos. Assim, criam-se as condições legais para promoção de
Também no sentido da simplificação, elimina-se a ne- actos de registo predial pela Internet, cria-se uma certidão
cessidade de apresentação junto dos serviços de registo de permanente de registo predial disponível em sítio na Inter-
certidões e outros documentos que já se encontrem noutras net, que configura um desenvolvimento da certidão online
conservatórias ou serviços de registo, passando estas a ter já disponível no âmbito do procedimento «Casa pronta»,
de verificar a informação que já está disponível no sector regulado no Decreto-Lei n.º 263-A/2007, de 23 de Julho,
dos registos, em vez de a exigir ao interessado. Caso o e prevê-se a possibilidade de os documentos que serviram
documento a obter se encontre junto de outro serviço da de base ao registo serem digitalizados, conferindo-lhes a
Administração Pública, o cidadão passa a ter o direito de mesma força probatória dos respectivos originais.
exigir que seja a conservatória a obter esse documento. Em quarto lugar, adopta-se um sistema de registo predial
Aprova-se ainda uma simplificação significativa do obrigatório, potenciando a coincidência entre a realidade
processo de harmonização das descrições prediais com a física, a substantiva e a registral e contribuindo, por esta
matriz e os títulos. Visa-se, desta forma, facilitar a conci- via, para aumentar a segurança no comércio jurídico de
liação dos elementos identificativos dos prédios e evita-se bens imóveis. Estabelece-se, todavia, um sistema de gratui-
que muitos actos de registo sejam inviabilizados ou exces- tidade dos registos dos actos praticados antes da publicação
sivamente prolongados em questões tão relevantes para o do presente decreto-lei e que se destina a vigorar até ao
cidadão como a compra de uma casa ou de um terreno. dia 2 de Dezembro de 2011.
Encontrando-se o prédio omisso no registo predial, a Finalmente, os preços dos actos de registo passam a ser
inscrição prévia em nome do autor da herança é dispensada únicos e, por isso, mais transparentes. Assim, em geral, os
no registo de aquisição decorrente de partilha de qualquer preços deixam de resultar da soma de várias parcelas avul-
património, hereditário ou conjugal, podendo registar-se o sas, o que tornava extraordinariamente difícil, para os inte-
bem desde logo em nome do adquirente na partilha. Igual- ressados, conhecer o custo real dos registos dos actos que
mente, para a realização de partilha de prédios descritos, é pretendiam realizar. Com as alterações agora introduzidas,
eliminada a prova do registo em nome do autor da herança, os preços passam a ter uma lógica de processo e a incluir,
sem prejuízo do princípio do trato sucessivo. designadamente, as inscrições, descrições, averbamentos,
É também eliminado, para todas as situações, o registo certidões e emolumentos pessoais necessários a satisfação
intermédio em nome dos titulares de bens ou direitos inte- do pedido apresentado pelo interessado.
grados em herança indivisa. O registo passa assim a poder Com todos estes propósitos de eliminação e simplifica-
ser directamente promovido em nome de quem adquira, ção de actos e procedimentos registrais, agora na área do
efectivamente, o bem. registo predial, o presente decreto-lei visa a continuação da
O regime do suprimento das deficiências do registo prossecução de objectivos de âmbito e interesse nacional,
beneficiou, igualmente, de alterações. A conservatória no intuito de propiciar, cada vez mais, um clima mais fa-
passa, agora, a suprir oficiosamente os vícios do pedido vorável ao investimento em Portugal, sempre com garantia
num leque mais alargado de situações, evitando a recusa de da legalidade das medidas adoptadas e, consequentemente,
actos de registo quando o título não tenha sido, por lapso, da segurança jurídica e salvaguarda dos direitos e interesses
apresentado, mas o facto sujeito a registo seja anterior à legítimos dos cidadãos.
data da apresentação. Foram promovidas as diligências necessárias à audição
Institui-se ainda um sistema mais amplo de comu- do Conselho Superior da Magistratura, do Conselho Supe-
nicações entre os diversos serviços da Administração. rior dos Tribunais Administrativos e Fiscais, do Conselho
Contribui-se, deste modo, para o alargamento das situa- Superior do Ministério Público, da Comissão Nacional
ções de oficiosidade na promoção e instrução dos registos. de Protecção de Dados, da Ordem dos Advogados, da
A título de exemplo, o registo das acções judiciais passa Câmara dos Solicitadores, da Ordem dos Notários, da
a ser oficiosamente promovido pelos próprios tribunais, Associação Comercial do Porto, da Associação Empresa-
4136 Diário da República, 1.ª série — N.º 128 — 4 de Julho de 2008
2 — A prova referida no número anterior deve ser ob- em geral, todas as pessoas que nele tenham interesse ou
tida pelo serviço de registo mediante acesso directo à in- que estejam obrigadas à sua promoção.
formação constante da base de dados das entidades com-
petentes, ou, em caso de impossibilidade, por solicitação Artigo 38.º
oficiosa e gratuita do documento às referidas entidades.
[...]
3 — Se a declaração para inscrição na matriz ou o
pedido da sua alteração ou rectificação não tiverem sido 1 — Salvo quando se trate de factos que constem de
feitos pelo proprietário ou possuidor, deve ser obtida documento oficial, os averbamentos às descrições só
prova, nos termos previstos no número anterior, de que o podem ser pedidos:
interessado, sendo terceiro, deu conhecimento às entida-
des competentes da omissão, alteração ou erro existente. a) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
4 — A declaração para inscrição na matriz, ou o pe- b) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
dido da sua alteração ou rectificação, pode ser feita pelos c) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
serviços de registo, a pedido do interessado e de acordo
com as declarações por ele prestadas. 2— .....................................
5 — A prova exigida no n.º 1 é dispensada para os 3 — (Revogado.)
cancelamentos de registos e ainda se já tiver sido feita 4— .....................................
perante serviço de registo ou no acto sujeito a registo há
menos de um ano. Artigo 39.º
Artigo 33.º [...]
[...] 1— .....................................
2 — Não carecem de procuração para pedir o registo:
1 — As câmaras municipais comunicam, sempre que
possível por via electrónica e automática, aos serviços a) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
de registo, até ao último dia de cada mês, todas as altera- b) Os advogados, os notários e os solicitadores.
ções de denominações de vias públicas e de numeração
policial dos prédios verificadas no mês anterior, no caso 3 — Sem prejuízo do disposto na alínea a), o número
de essa informação não estar disponível nas respectivas anterior não se aplica aos pedidos de averbamento à des-
bases de dados. crição de factos que não constem de documento oficial.
2 — A prova da correspondência entre a antiga e 4— .....................................
a nova denominação ou numeração, se não puder ser
obtida nos termos do número anterior, nem resultar Artigo 41.º
dos documentos apresentados, considera-se suprida por
[...]
declaração complementar dos interessados, quando a
câmara municipal, a pedido do serviço de registo, co- O registo efectua-se mediante pedido de quem tenha
municar a impossibilidade de a estabelecer. legitimidade, salvo os casos de oficiosidade previstos
3 — (Revogado.) na lei.
Artigo 34.º Artigo 42.º
[...] Elementos do pedido
1 — O registo definitivo de constituição de encargos 1 — O pedido de registo deve conter a identificação
por negócio jurídico depende da prévia inscrição dos do apresentante, a indicação dos factos e dos prédios a
bens em nome de quem os onera. que respeita, bem como a relação dos documentos que
2 — O registo definitivo de aquisição de direitos o instruem, nos termos a definir por portaria do membro
depende da prévia inscrição dos bens em nome de quem do Governo responsável pela área da justiça.
os transmite, quando o documento comprovativo do di- 2 — (Revogado.)
reito do transmitente não tiver sido apresentado perante 3 — (Revogado.)
o serviço de registo. 4 — (Revogado.)
3 — A inscrição prévia referida no número anterior 5 — (Revogado.)
é sempre dispensada no registo de aquisição com base 6— .....................................
em partilha. 7 — Se o registo recair sobre quota-parte de prédio
4 — (Anterior n.º 2.) indiviso, não descrito, deve declarar-se complemen-
tarmente o nome, o estado e a residência de todos os
Artigo 35.º comproprietários.
[...] 8 — (Revogado.)
É dispensada a inscrição intermédia em nome dos Artigo 43.º
titulares de bens ou direitos que façam parte de herança
indivisa. [...]
francesa ou espanhola e o funcionário competente do- comprovativo da habilitação e, tratando-se de prédio não
minar essa língua. descrito, em declaração que identifique os bens.
4 — (Revogado.)
5 — Os documentos arquivados nos serviços da Artigo 50.º
Administração Pública podem ser utilizados para a
[...]
realização de registos, devendo tais documentos ser
referenciados no pedido. O registo de hipoteca legal ou judicial é feito com
6 — Para efeitos do disposto no número anterior, base em certidão do título de que resulta a garantia, se
o serviço de registo é reembolsado pelo apresentante o serviço de registo não conseguir aceder à informação
das despesas resultantes dos pagamentos devidos às necessária por meios electrónicos e, tratando-se de pré-
entidades referidas naquele mesmo número. dio não descrito, em declaração que identifique os bens.
pelo tribunal competente que comprove essa circuns- 6 — Para fins de anotação, os averbamentos de ane-
tância e a causa, ou ainda, nos processos de execução xação ou desanexação necessários à abertura de novas
fiscal, a extinção ou não existência da dívida à Fazenda descrições consideram-se como um único facto.
Pública.
2 — Nos casos em que não tenha ainda ocorrido a Artigo 61.º
apreensão, o registo de penhora é cancelado com base
[...]
em comunicação electrónica do agente de execução, ou
em pedido por ele subscrito, de que conste declaração 1 — A anotação da apresentação deve conter os se-
expressa daquele facto. guintes elementos:
3 — Nos casos de adjudicação ou de venda judicial
em processo de execução de bens penhorados ou ar- a) O número de ordem, a data, a hora da apresentação
restados, só após o registo daqueles factos se podem em UTC (Universal Time, Coordinated) e a modalidade
efectuar os cancelamentos referidos no n.º 1. do pedido;
b) O nome do apresentante ou o seu cargo, quando
se trate de entidade oficial que nessa qualidade formule
Artigo 59.º o pedido de registo;
[...] c) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
d) O número da descrição ou das descrições a que o
1 — O cancelamento dos registos provisórios por facto respeita ou, tratando-se de prédio não descrito, o
natureza, de aquisição e de hipoteca voluntária e o can- número da inscrição matricial;
celamento dos registos provisórios por dúvidas de factos e) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
não sujeitos a registo obrigatório são feitos com base
em declaração do respectivo titular. 2 — As indicações para a anotação resultam do pe-
2 — A assinatura do declarante deve ser reconhecida dido de registo.
presencialmente, salvo se for feita perante funcionário 3 — Cada um dos prédios não descritos é identificado
dos serviços de registo no momento do pedido. pelo número da descrição que lhe vier a corresponder,
3 — No caso de existirem registos dependentes dos em anotação complementar, a efectuar automaticamente
registos referidos no n.º 1 é igualmente necessário o logo que as condições técnicas o permitam.
consentimento dos respectivos titulares, prestado em 4 — (Revogado.)
declaração com idêntica formalidade.
4 — O cancelamento do registo provisório de ac- Artigo 64.º
ção e de procedimento cautelar é feito com base em
certidão da decisão transitada em julgado que absolva Comprovativo da apresentação
o réu do pedido ou da instância, a julgue extinta ou a Salvo se for efectuado por via electrónica, por cada
declare interrompida, ou em comunicação efectuada pedido de registo é emitido um documento comprova-
pelo tribunal, preferencialmente por via electrónica, tivo da apresentação, do qual consta a identificação do
acompanhada de cópia daquela decisão e indicação do apresentante, o número de ordem e a data daquela, o
respectivo trânsito em julgado. facto, os documentos e as quantias entregues, bem como
o pedido de urgência, se for caso disso.
Artigo 60.º
[...] Artigo 66.º
1 — Sem prejuízo do disposto nos números seguin- [...]
tes, os documentos apresentados para registo são ano- 1 — A apresentação deve ser rejeitada apenas nos
tados no diário pela ordem dos pedidos. seguintes casos:
2 — A anotação dos documentos apresentados por
via electrónica é fixada pela portaria referida no n.º 1 a) (Revogada.)
do artigo 41.º-C. b) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
3 — Os documentos apresentados por telecópia são c) Quando não tiverem sido indicados no pedido
anotados pela ordem de recepção dos pedidos nos se- de registo o nome e residência do apresentante e tais
guintes termos: elementos não puderem ser recolhidos dos documentos
apresentados ou por qualquer outro meio idóneo, desig-
a) Imediatamente após a última apresentação pessoal nadamente por comunicação com o apresentante;
do dia, quando recebidos entre as 0 horas e a hora de d) Salvo nos casos de rectificação de registo e de
encerramento ao público do serviço de registo; ou anotação não oficiosa prevista na lei, quando o pedido
b) Imediatamente antes da primeira apresentação escrito não for feito no modelo aprovado, se dele não
pessoal do dia seguinte, quando recebidos entre a hora constarem os elementos necessários e a sua omissão não
de encerramento ao público e as 24 horas. for suprível por qualquer meio idóneo, designadamente
por comunicação com o apresentante;
4 — Os documentos apresentados pelo correio ou e) Quando não forem pagas as quantias devidas;
por via imediata são anotados imediatamente após a f) Quando for possível verificar no momento da apre-
última apresentação por telecópia recebida entre as sentação que o facto constante do documento já está
0 horas e a hora de encerramento ao público do serviço registado.
de registo, observando-se o disposto no artigo 63.º, se
necessário. 2 — Verificada a existência de causa de rejeição, é
5 — Por cada facto é feita uma anotação distinta no feita a apresentação do pedido no diário com os ele-
diário, segundo a ordem que no pedido lhe couber. mentos disponíveis.
Diário da República, 1.ª série — N.º 128 — 4 de Julho de 2008 4141
1 — Os registos que não tiverem sido assinados de- 1 — A descrição de cada fracção autónoma deve
vem ser conferidos pelos respectivos documentos para conter:
se verificar se podiam ou não ser efectuados.
2 — Se os documentos apresentados para o registo a) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
não estiverem arquivados e a prova não poder ser ob- b) As menções das alíneas c), d) e f) do n.º 1 do ar-
tida mediante acesso directo à informação constante tigo anterior indispensáveis para identificar a fracção;
das competentes bases de dados, são pedidas certidões c) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
gratuitas aos respectivos serviços.
3 — Se a prova obtida nos termos do número anterior 2 — A descrição de cada unidade de alojamento ou
não for suficiente, deve solicitar-se ao interessado a apartamento deve conter:
junção dos documentos necessários no prazo de 30 dias. a) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
4 — Se se concluir que podia ser efectuado, o registo b) As menções das alíneas c), d) e f) do n.º 1 do ar-
é assinado e é feita a anotação do suprimento da irre- tigo anterior indispensáveis para identificar a unidade
gularidade com menção da data ou, caso contrário, é de alojamento ou o apartamento.
consignado, sob a mesma forma, que a falta é insuprível
e notificado do facto o respectivo titular para efeitos de
3— .....................................
impugnação.
Artigo 79.º
Artigo 85.º
[...]
Prédios constituídos a partir de um ou de vários
1— ..................................... prédios ou parcelas
2— ..................................... 1 — É aberta nova descrição quando o registo incidir
3 — No seguimento da descrição do prédio são sobre prédio constituído:
lançadas as inscrições ou as correspondentes cotas de
referência. a) Por parcela de prédio descrito ou não descrito;
4 — Sempre que se cancelem ou caduquem as inscri- b) [Anterior alínea a).]
ções correspondentes, ou se transfiram os seus efeitos c) [Anterior alínea b).]
mediante novo registo, as inscrições ou as cotas de d) [Anterior alínea c).]
referência devem publicitar que a informação deixou e) [Anterior alínea d).]
de estar em vigor. f) [Anterior alínea e)].
Diário da República, 1.ª série — N.º 128 — 4 de Julho de 2008 4143
ou posse das quotas-partes respectivas, ainda que por c) A menção do facto averbado e das cláusulas sus-
títulos diferentes; pensivas ou resolutivas que condicionem os efeitos de
b) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . actos de disposição ou de oneração;
d) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
2 — Quando o título constitutivo do empreendimento
turístico substitua o título constitutivo da propriedade 2— .....................................
horizontal, é feita uma única inscrição que abranja os
dois factos.
Artigo 101.º Artigo 105.º
Pesquisas
[...]
1 — São registados por averbamento às respectivas 1— .....................................
inscrições os seguintes factos: 2 — Podem ser passadas cópias integrais ou parciais
não certificadas, com o valor de informação, dos registos
a) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . e despachos e de quaisquer documentos.
b) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
c) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Artigo 107.º
d) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
e) A transmissão, o usufruto e a penhora do direito [...]
de algum ou de alguns dos titulares da inscrição de
bens integrados em herança indivisa, a declaração de 1 — O presidente do Instituto dos Registos e do
insolvência que afecte este direito, bem como os proce- Notariado, I. P., é o responsável pelo tratamento das
dimentos que tenham por fim o decretamento do arresto, bases de dados, nos termos e para os efeitos definidos
do arrolamento ou de quaisquer outras providências que na Lei de Protecção de Dados Pessoais, sem prejuízo
afectem a livre disposição desse direito; da responsabilidade que, nos termos da lei, é atribuída
f) A cessão do direito potestativo resultante de contra- aos conservadores.
to-promessa de alienação ou de oneração de imóveis ou 2 — Cabe ao presidente do Instituto dos Registos e
de pacto de preferência, com eficácia real; do Notariado, I. P., assegurar o direito de informação
g) A transmissão de imóveis por efeito de transferên- e de acesso aos dados pelos respectivos titulares, bem
cia de património de um ente colectivo para outro ou de como velar pela legalidade da consulta ou comunicação
trespasse de estabelecimento comercial; da informação.
h) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
i) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Artigo 108.º
j) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . [...]
l) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
m) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 — São recolhidos para tratamento automatizado
n) As alterações às operações de transformação fun- os seguintes dados pessoais respeitantes aos sujeitos
diária. do registo:
3 — Se for encontrado um prédio descrito que apenas documentos e dos emolumentos devidos pelo processo,
ofereça semelhança com o identificado no pedido, é no serviço de registo, a qual é anotada no diário.
passada certidão daquele, com menção desta circunstân- 2 — É rejeitada a apresentação no caso de não se
cia, devendo, neste caso, os interessados declarar, nos mostrarem pagos os emolumentos devidos, aplicando-se
instrumentos ou termos processuais a que a certidão se o disposto nos n.os 2 e 3 do artigo 66.º
destine, se existe relação entre ambos os prédios. 3 — (Revogado.)
8 — Se não for deduzida oposição, o processo é diário, sendo o processo remetido à entidade competente
remetido ao tribunal para que seja decidida a impug- no mesmo dia em que for recebido.
nação.
Artigo 117.º-G
Artigo 119.º
Notificação dos interessados
Suprimento em caso de arresto, penhora
1 — (Revogado.) ou declaração de insolvência
2 — Caso a justificação se destine ao reatamento ou 1 — Havendo registo provisório de arresto, penhora
ao estabelecimento de novo trato sucessivo, é notificado ou de declaração de insolvência sobre os bens inscritos
o titular da última inscrição, quando se verifique falta a favor de pessoa diversa do requerido, executado ou
de título em que ele tenha intervindo, procedendo-se à insolvente, deve efectuar-se no respectivo processo a
sua notificação edital ou à dos seus herdeiros, indepen- citação do titular inscrito para declarar, no prazo de
dentemente de habilitação, quando, respectivamente, 10 dias, se o prédio ou direito lhe pertence.
aquele titular esteja ausente em parte incerta ou tenha 2 — No caso de ausência ou falecimento do titular
falecido. da inscrição deve fazer-se a citação deste ou dos seus
3 — As notificações são feitas nos termos gerais da herdeiros, independentemente de habilitação, afixando-
lei processual civil. -se editais pelo prazo de 30 dias na sede da junta de
4 — (Revogado.) freguesia da área da situação dos prédios.
5 — (Revogado.) 3 — Se o citado declarar que os bens lhe não per-
6 — As notificações editais são feitas pela simples tencem ou não fizer nenhuma declaração, o tribunal ou
afixação de editais, pelo prazo de 30 dias, no serviço o agente de execução comunica o facto ao serviço de
de registo da situação do prédio, na sede da junta de registo para conversão oficiosa do registo.
freguesia da situação do prédio e, quando se justifique, 4 — Se o citado declarar que os bens lhe pertencem,
na sede da junta de freguesia da última residência co- o juiz remete os interessados para os meios processuais
nhecida do ausente ou do falecido. comuns, e aquele facto é igualmente comunicado, bem
7 — As notificações editais referidas no número an- como a data da notificação da declaração para ser ano-
terior são igualmente publicadas em sítio na Internet, tada no registo.
em termos a definir por portaria do membro do Governo 5 — O registo da acção declarativa na vigência do re-
responsável pela área da justiça. gisto provisório é anotado neste e prorroga o respectivo
prazo até que seja cancelado o registo da acção.
Artigo 117.º-H 6— .....................................
Instrução, decisão e publicação
Artigo 121.º
1 — Os interessados podem deduzir oposição nos
10 dias subsequentes ao termo do prazo da notifica- [...]
ção. 1— .....................................
2 — Se houver oposição, o processo é declarado 2 — Os registos indevidamente efectuados que sejam
findo, sendo os interessados remetidos para os meios nulos nos termos das alíneas b) e d) do artigo 16.º podem
judiciais. ser cancelados com o consentimento dos interessados ou
3 — Não sendo deduzida oposição, procede-se à in- em execução de decisão tomada neste processo.
quirição das testemunhas, apresentadas pela parte que 3— .....................................
as tenha indicado, sendo os respectivos depoimentos 4— .....................................
reduzidos a escrito por extracto. 5— .....................................
4— .....................................
5 — Os interessados são notificados da decisão no
prazo de cinco dias. Artigo 123.º
6 — Tornando-se a decisão definitiva, são efectuados Pedido de rectificação
oficiosamente os consequentes registos.
7 — A decisão definitiva do processo de justificação 1 — No pedido de rectificação devem ser especifi-
é publicada, oficiosa e imediatamente, num sítio na cados os fundamentos e a identidade dos interessados.
Internet, em termos a definir por portaria do membro 2 — O pedido de rectificação é acompanhado dos
do Governo responsável pela área da justiça. meios de prova necessários e do pagamento dos emo-
lumentos devidos.
3 — Constitui causa de rejeição do pedido a falta de
Artigo 117.º-I pagamento dos emolumentos devidos, aplicando-se o
Impugnação judicial disposto nos n.os 2 e 3 do artigo 66.º
1— .....................................
2 — O prazo para a impugnação, que tem efeito Artigo 124.º
suspensivo, é o do artigo 685.º do Código de Processo [...]
Civil.
3 — A impugnação efectua-se por meio de requeri- Se a rectificação tiver sido requerida por todos os
mento onde são expostos os respectivos fundamentos. interessados, é rectificado o registo, sem necessidade
4 — A interposição da impugnação considera-se feita de outra qualquer formalidade, quando se considere, em
com a apresentação da mesma no serviço de registo em face dos documentos apresentados, estarem verificados
que o processo se encontra pendente, a qual é anotada no os pressupostos da rectificação pedida.
Diário da República, 1.ª série — N.º 128 — 4 de Julho de 2008 4149
visória por natureza, com base na petição do reclamante 4 — Sendo o recurso hierárquico deferido, deve ser
e nos documentos apresentados. dado cumprimento à decisão no próprio dia.
3 — Se a reclamação visar o próprio registo refor-
mado, devem ser juntas ao processo de reclamação Artigo 145.º
cópias do registo impugnado e dos documentos que
lhe serviram de base e anotar-se ao registo a pendência Impugnação judicial
da reclamação. 1 — Tendo o recurso hierárquico sido julgado impro-
4 — Cumprido o disposto nos dois números ante- cedente ou não tendo a decisão sido proferida no prazo
riores, as reclamações são remetidas, para decisão, ao legal, o interessado pode ainda impugnar judicialmente
tribunal competente, com a informação do conservador. a decisão de qualificação do acto de registo.
2 — A impugnação judicial é proposta mediante
Artigo 139.º apresentação do requerimento no serviço de registo
[...]
competente, no prazo de 20 dias a contar da data da
notificação da decisão que tiver julgado improcedente
1— ..................................... o recurso hierárquico.
2— ..................................... 3 — O processo é remetido ao tribunal no prazo de
3 — A acção não prejudica os direitos decorrentes cinco dias, instruído com o de recurso hierárquico.
de factos registados antes do registo da acção que não
tenham constado dos suportes documentais reformados. Artigo 146.º
Julgamento
Artigo 140.º
[...] 1— .....................................
2 — O juiz que tenha intervindo no processo donde
1 — A decisão de recusa da prática do acto de registo conste o acto cujo registo está em causa fica impedido
nos termos requeridos pode ser impugnada mediante a de julgar a impugnação judicial.
interposição de recurso hierárquico para o presidente do
Instituto dos Registos e do Notariado, I. P., ou mediante Artigo 147.º
impugnação judicial para o tribunal da área da circuns-
crição a que pertence o serviço de registo. [...]
2— ..................................... 1 — Da sentença proferida podem sempre interpor
recurso para a Relação, com efeito suspensivo, o im-
Artigo 141.º pugnante, o conservador que sustenta, o presidente do
Prazos Instituto dos Registos e do Notariado, I. P., e o Minis-
tério Público.
1 — O prazo para a interposição da impugnação judi- 2 — (Revogado.)
cial é de 30 dias a contar da notificação a que se refere 3 — Para os efeitos previstos no n.º 1, a sentença é
o artigo 71.º sempre notificada ao presidente do Instituto dos Regis-
2 — (Revogado.) tos e do Notariado, I. P.
4 — (Anterior n.º 3.)
Artigo 142.º 5 — A decisão é comunicada pela secretaria ao ser-
viço de registo, após o seu trânsito em julgado.
Interposição de recurso hierárquico
e de impugnação judicial 6 — A secretaria deve igualmente comunicar ao ser-
viço de registo:
1 — O recurso hierárquico ou a impugnação judicial
interpõem-se por meio de requerimento em que são a) A desistência ou deserção da instância;
expostos os seus fundamentos. b) O facto de o processo ter estado parado mais de
2 — A interposição de recurso hierárquico ou de im- 30 dias por inércia do impugnante.
pugnação judicial consideram-se feitas com a apresenta-
ção das respectivas petições no serviço de registo a que Artigo 147.º-A
pertencia o funcionário que proferiu a decisão recorrida. [...]
3 — (Revogado.)
4 — (Revogado.) 1 — O valor da acção é o do facto cujo registo foi
5 — (Revogado.) recusado ou feito provisoriamente.
2 — (Revogado.)
Artigo 144.º
Artigo 147.º-B
Decisão do recurso hierárquico
[...]
1 — O recurso hierárquico é decidido no prazo de
90 dias, pelo presidente do Instituto dos Registos e do Ao recurso hierárquico é aplicável, subsidiariamente,
Notariado, I. P., que pode determinar que seja previa- o disposto no Código do Procedimento Administrativo.
mente ouvido o conselho técnico.
2 — Quando haja de ser ouvido, o conselho técnico Artigo 147.º-C
deve pronunciar-se no prazo máximo de 60 dias, inclu- [...]
ído no prazo referido no número anterior.
3 — A decisão proferida é notificada ao recorrente 1 — Assiste ao interessado o direito de recorrer
e comunicada ao conservador que sustentou a decisão. hierarquicamente ou de impugnar judicialmente, por
Diário da República, 1.ª série — N.º 128 — 4 de Julho de 2008 4151
erro, a liquidação da conta dos actos ou a aplicação da reconheçam as assinaturas neles apostas, estas entidades
tabela emolumentar, bem como de pedir a condenação devem obter do sujeito activo do facto, previamente à
na passagem de certidão, quando o funcionário a recuse. titulação ou ao reconhecimento, os emolumentos e taxas
2 — Sem prejuízo do disposto nos números seguin- devidas pelo registo.
tes, ao recurso hierárquico a que se refere o número 6 — As instituições de crédito e sociedades finan-
anterior é aplicável, com as necessárias adaptações, ceiras, quanto aos emolumentos dos factos que estão
o disposto no n.º 1 do artigo 141.º e nos artigos 142.º, obrigados a registar mas em que não intervenham como
142.º-A e 144.º sujeitos activos, devem obter do sujeito activo do facto,
3 — Nos recursos hierárquicos a que se refere o pre- previamente à titulação, os emolumentos e taxas devidas
sente artigo, os prazos estabelecidos nos n.os 1 e 3 do pelo registo.
artigo 142.º-A e no n.º 1 do artigo 144.º são reduzidos 7 — Sempre que os emolumentos devam entrar em
a 5, 2 e 30 dias, respectivamente. regra de custas, as quantias são descontadas na receita do
4 — Tratando-se de recusa de emissão de certidão, o Instituto de Gestão Financeira e de Infra-Estruturas da
prazo para a interposição do recurso hierárquico conta- Justiça, I. P., cobrada pelos serviços de registo, devendo
-se a partir da comunicação do despacho de recusa. o montante que for obtido por via das custas judiciais
constituir receita daquela entidade.
Artigo 148.º 8 — Não obsta ao disposto no número anterior, a
[...] eventual incobrabilidade da conta de custas ou o bene-
fício de apoio judiciário do requerente.»
1 — A interposição de recurso hierárquico ou a im-
pugnação judicial devem ser imediatamente anotadas, Artigo 2.º
a seguir à anotação da recusa ou ao registo provisório.
2— ..................................... Aditamento ao Código do Registo Predial
3 — Com a propositura da acção ou a interposição de São aditados os artigos 8.º-A, 8.º-B, 8.º-C, 8.º-D, 16.º-A,
recurso hierárquico fica suspenso o prazo de caducidade 28.º-A, 28.º-B, 28.º-C, 41.º-B, 41.º-C, 41.º-D, 41.º-E,
do registo provisório até lhe serem anotados os factos 42.º-A, 48.º-A, 53.º-A, 59.º-A, 59.º-B, 75.º-A, 90.º-A,
referidos no número anterior. 110.º-A, 142.º-A e 153.º-A ao Código do Registo Predial,
4— ..................................... aprovado pelo Decreto-Lei n.º 224/84, de 6 de Julho, e
alterado pelos Decretos-Leis n.os 355/85, de 2 de Setembro,
Artigo 149.º 60/90, de 14 de Fevereiro, 80/92, de 7 de Maio, 30/93, de
[...] 12 de Fevereiro, 255/93, de 15 de Julho, 227/94, de 8 de
Setembro, 267/94, de 25 de Outubro, 67/96, de 31 de Maio,
1 — No caso de recusa, julgado procedente o recurso
375-A/99, de 20 de Setembro, 533/99, de 11 de Dezembro,
hierárquico ou a impugnação judicial, deve anotar-se a
273/2001, de 13 de Outubro, 322-A/2001, de 14 de De-
caducidade dos registos provisórios incompatíveis com
o acto inicialmente recusado e converter-se oficiosa- zembro, 323/2001, de 17 de Dezembro, 38/2003, de 8 de
mente os registos dependentes, salvo se outra for a con- Março, e 194/2003, de 23 de Agosto, pela Lei n.º 6/2006,
sequência da requalificação do registo dependente. de 27 de Fevereiro, e pelos Decretos-Leis n.os 263-A/2007,
2 — Verificando-se a caducidade do direito de im- de 23 de Julho, e 34/2008, de 26 de Fevereiro, com a
pugnação ou qualquer dos factos previstos no n.º 2 do seguinte redacção:
artigo anterior, é anotada a caducidade dos registos de-
pendentes e são convertidos os registos incompatíveis, «Artigo 8.º-A
salvo se outra for a consequência da requalificação do Obrigatoriedade do registo
registo dependente.
1 — É obrigatório submeter a registo:
Artigo 151.º a) Os factos referidos no artigo 2.º, excepto:
Pagamento dos emolumentos e taxas i) Quando devam ingressar provisoriamente por na-
1 — Os emolumentos e taxas devidas pelos actos tureza no registo, nos termos do n.º 1 do artigo 92.º;
praticados nos serviços de registo são pagos em simul- ii) Quando se trate de aquisição sem determinação
tâneo com o pedido ou antes deste. de parte ou direito;
2 — É responsável pelo pagamento o sujeito activo iii) Aqueles que incidam sobre direitos de algum ou
dos factos. alguns dos titulares da inscrição de bens integrados em
3 — Sem prejuízo da responsabilidade imputada ao herança indivisa;
sujeito activo e, salvo o disposto nos números seguintes,
quem apresenta o registo ou pede o acto deve proceder b) As acções, decisões e providências, referidas no
à entrega das importâncias devidas. artigo 3.º, salvo as acções de impugnação pauliana e
4 — Os tribunais, no que respeita à comunicação os procedimentos mencionados na alínea d) do n.º 1
das acções, decisões e outros procedimentos e provi- do mesmo artigo;
dências judiciais sujeitas a registo, são dispensados do c) As alterações aos elementos da descrição que de-
pagamento prévio dos emolumentos e taxas, devendo vam ser comunicados por entidades públicas.
estas quantias entrar em regra de custas.
5 — Quando o pedido for efectuado pelas entidades 2 — O registo da providência cautelar não é obri-
que celebrem escrituras públicas, autentiquem documen- gatório se já se encontrar pedido o registo da acção
tos particulares que titulem factos sujeitos a registo, ou principal.
4152 Diário da República, 1.ª série — N.º 128 — 4 de Julho de 2008
o prédio com a área constante da matriz, se o interessado em termos a definir por portaria do membro do Governo
declarar que é essa a área correcta. responsável pela área da justiça.
3 — O recurso à faculdade para proceder à actualiza-
ção da descrição ou à sua abertura, prevista nos números Artigo 41.º-E
anteriores, apenas pode ser efectuado uma única vez.
Apresentação por via imediata
4 — O exercício da faculdade prevista no número
anterior deve ser mencionado na descrição. 1 — O pedido de registo e os respectivos documentos
podem ser apresentados no serviço de registo mediante
Artigo 28.º-C depósito imediato, em envelope.
2 — Às apresentações por via imediata aplicam-se
Erro de medição
as regras do pedido por correio, com as necessárias
1 — Quando exista divergência de área, entre a des- adaptações.
crição e o título, no limite das percentagens previstas no Artigo 42.º-A
artigo 28.º-A, e não tenha havido recurso à faculdade
Pedido efectuado por comunicação
prevista no artigo anterior, a actualização da descrição
pode ser efectuada se o proprietário inscrito esclarecer O pedido efectuado pelas entidades referidas nas
que a divergência provém de simples erro de medição. alíneas a) e d) do n.º 1 e no n.º 3 do artigo 8.º-B deve
2 — Quando exista divergência de área, entre a des- ser preferencialmente comunicado por via electrónica
crição e o título, em percentagens superiores às previstas e acompanhado dos documentos necessários ao registo,
no artigo 28.º-A, a actualização da descrição é feita nos bem como das quantias que se mostrem devidas.
seguintes termos:
Artigo 48.º-A
a) Na matriz cadastral, o erro de medição é compro-
vado com base na informação da inscrição matricial Aquisição por venda em processo judicial
donde conste a rectificação da área e em declaração O registo provisório de aquisição por venda em pro-
que confirme que a configuração geométrica do prédio cesso judicial é efectuado com base em comunicação
não sofreu alteração; electrónica do agente de execução, com indicação da
b) Na matriz não cadastral, o erro a que se refere a identificação do proponente, remidor ou preferente e
alínea anterior é comprovado pela apresentação dos dos bens a que respeitam.
seguintes documentos:
i) Planta do prédio elaborada por técnico habilitado Artigo 53.º-A
e declaração do titular de que não ocorreu alteração na Decisões judiciais
configuração do prédio; ou
ii) Planta do prédio e declaração dos confinantes de O registo das decisões a que se refere a alínea c)
que não ocorreu alteração na configuração do prédio. do n.º 1 do artigo 3.º é feito com base em certidão da
decisão ou em comunicação efectuada pelo tribunal
3 — A assinatura de qualquer proprietário confinante acompanhada de cópia daquela.
pode ser suprida pela sua notificação judicial, desde que
não seja deduzida oposição no prazo de 15 dias. Artigo 59.º-A
4 — A oposição referida no número anterior é ano- Alteração da situação dos prédios
tada à descrição.
Artigo 41.º-B As alterações da situação dos prédios, decorrentes
da definição dos limites do concelho ou da freguesia,
Modalidades do pedido devem ser comprovadas por comunicação, preferencial-
O pedido de registo pode ser efectuado pessoalmente, mente electrónica e automática, da câmara municipal
competente, oficiosamente ou a pedido do serviço de
por via electrónica, pelo correio, por telecópia e por
registo.
via imediata. Artigo 59.º-B
Artigo 41.º-C
Pedido de registo por via electrónica e por telecópia Prédios não descritos
1 — O pedido de registo por via electrónica é regu- Quando o prédio não estiver descrito, deve esta cir-
lamentado por portaria do membro do Governo respon- cunstância ser previamente confirmada pelo serviço de
sável pela área da justiça. registo da área da sua situação, sempre que se pretenda
sobre ele registar facto em serviço de registo diverso.
2 — Fora dos casos especialmente previstos, os ad-
vogados, os notários, os solicitadores e as câmaras de
Artigo 75.º-A
comércio e indústria podem enviar o pedido de registo
por telecópia, nos termos de portaria do membro do Competência
Governo responsável pela área da justiça.
1 — Para os actos de registo é competente o conser-
Artigo 41.º-D vador, sem prejuízo do disposto no número seguinte.
2 — Os oficiais dos registos têm competência para
Pedido de registo pelo correio os seguintes actos de registo:
O pedido de registo pode ser remetido por carta regis- a) Penhora de prédios;
tada, acompanhado dos documentos e das quantias que b) Aquisição e hipoteca de prédios descritos antes
se mostrem devidas ou do comprovativo do pagamento de titulado o negócio;
4154 Diário da República, 1.ª série — N.º 128 — 4 de Julho de 2008
3 — No caso de promessa respeitante à celebração tecedente; sem prejuízo do disposto em lei especial, se
de contrato oneroso de transmissão ou constituição de respeitar a coisas imóveis, a resolução será reduzida a
direito real sobre edifício, ou fracção autónoma dele, já escritura pública ou a documento particular autenticado
construído, em construção ou a construir, o documento nos 15 dias imediatos, com ou sem a intervenção do
referido no número anterior deve conter o reconhe- comprador, sob pena de caducidade do direito.
cimento presencial das assinaturas do promitente ou
promitentes e a certificação, pela entidade que realiza Artigo 947.º
aquele reconhecimento, da existência da respectiva li-
cença de utilização ou de construção; contudo, o con- [...]
traente que promete transmitir ou constituir o direito 1 — Sem prejuízo do disposto em lei especial, a
só pode invocar a omissão destes requisitos quando a
mesma tenha sido culposamente causada pela outra parte. doação de coisas imóveis só é válida se for celebrada
por escritura pública ou por documento particular au-
Artigo 413.º tenticado.
2— .....................................
[...]
1— ..................................... Artigo 1143.º
2 — Salvo o disposto em lei especial, deve constar [...]
de escritura pública ou de documento particular autenti-
cado a promessa a que as partes atribuam eficácia real; Sem prejuízo do disposto em lei especial, o contrato
porém, quando a lei não exija essa forma para o contrato de mútuo de valor superior a € 25 000 só é válido se
prometido, é bastante documento particular com reco- for celebrado por escritura pública ou por documento
nhecimento da assinatura da parte que se vincula ou de particular autenticado e o de valor superior a € 2500 se
ambas, consoante se trate de contrato-promessa unilateral o for por documento assinado pelo mutuário.
ou bilateral.
Artigo 578.º Artigo 1232.º
[...] [...]
fracções autónomas desses imóveis sem que seja exi- área e artigo de matriz tratando-se de prédios rústicos
bida, perante a entidade que celebre a escritura pública onde vigore o cadastro geométrico e quanto à área e
ou autentique o documento particular, certidão emitida artigo da matriz tratando-se de prédios rústicos situa-
pela câmara municipal, comprovativa da recepção pro- dos em área onde não vigore o cadastro geométrico e
visória das obras de urbanização ou certidão, emitida prédios urbanos.
pela câmara municipal, comprovativa de que a caução 2 — Nos instrumentos referidos no número anterior
a que se refere o artigo 54.º é suficiente para garantir a a identificação dos prédios também deve ser feita em
boa execução das obras de urbanização. harmonia com a respectiva descrição predial, salvo se
3 — Caso as obras de urbanização sejam realizadas os interessados esclarecerem que a divergência resulta
nos termos dos artigos 84.º e 85.º, os actos referidos de alteração superveniente ou de simples erro de me-
no número anterior podem ser efectuados mediante a dição.
exibição de certidão, emitida pela câmara municipal, 3 — Caso exista diferença, quanto à área, entre a
comprovativa da conclusão de tais obras, devidamente descrição e a inscrição matricial ou, tratando-se de pré-
executadas em conformidade com os projectos apro- dio não descrito, entre o título e a inscrição matricial, é
vados. dispensada a harmonização se a diferença não exceder,
4 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .» em relação à área maior:
1 — Nos instrumentos respeitantes a factos sujei- Os artigos 15.º, 22.º, 30.º, 32.º, 43.º, 44.º, 46.º, 49.º, 50.º,
tos a registo, a identificação dos prédios deve ser feita 52.º, 54.º, 65.º, 82.º, 84.º, 85.º, 88.º, 90.º, 91.º, 94.º, 101.º-B,
em harmonia com a inscrição da matriz ou o pedido 102.º, 106.º, 107.º, 111.º e 112.º do Código do Registo
de correcção ou alteração desta, quanto à localização, Comercial, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 403/86, de 3 de
4158 Diário da República, 1.ª série — N.º 128 — 4 de Julho de 2008
ção deve ser feito provisoriamente por dúvidas quando Artigo 65.º
existam motivos que obstem ao registo do acto tal como
[...]
é pedido que não sejam fundamento de recusa.
1— .....................................
Artigo 50.º 2 — As inscrições referidas nas alíneas e) do n.º 1
e c) do n.º 2 do artigo anterior, se não forem também
[...]
provisórias com outro fundamento, mantêm-se em vigor
1 — Os despachos de recusa e de provisoriedade por pelo prazo de cinco anos, renovável por períodos de
dúvidas são efectuados pela ordem de apresentação dos igual duração, mediante prova de subsistência da razão
respectivos pedidos de registo, salvo quando deva ser da provisoriedade.
aplicado o mecanismo do suprimento de deficiências, 3— .....................................
nos termos do artigo 52.º, e são notificados aos interes- 4— .....................................
sados nos dois dias seguintes. 5— .....................................
2— .....................................
3 — A data da notificação prevista nos números an- Artigo 82.º
teriores é anotada na ficha.
[...]
Artigo 52.º 1— .....................................
[...]
2 — Os registos indevidamente efectuados que se-
jam nulos nos termos das alíneas b) e d) do n.º 1 do
1 — Sempre que possível, as deficiências do processo artigo 22.º podem ser cancelados com o consentimento
de registo por transcrição devem ser supridas oficiosa- dos interessados ou em execução de decisão tomada
mente com base nos documentos apresentados ou já neste processo.
existentes no serviço de registo ou por acesso directo à 3— .....................................
informação constante de bases de dados das entidades 4 — (Revogado.)
ou serviços da Administração Pública. 5— .....................................
2 — Não sendo possível o suprimento das defi-
ciências, nos termos previstos no número anterior, e Artigo 84.º
tratando-se de deficiência que não envolva novo pedido
de registo nem constitua motivo de recusa nos termos Pedido de rectificação
das alíneas c) a e) do n.º 1 do artigo 48.º, o serviço de 1 — No pedido de rectificação devem ser especifi-
registo competente comunica este facto ao interessado, cados os fundamentos e a identidade dos interessados.
por qualquer meio idóneo, para que este, no prazo de 2 — O pedido de rectificação é acompanhado dos
cinco dias, proceda a tal suprimento, sob pena de o meios de prova necessários e do pagamento dos emo-
registo ser lavrado como provisório ou recusado. lumentos devidos.
3 — O registo não é lavrado provisoriamente ou recu- 3 — Constitui causa de rejeição do pedido a falta de
sado se as deficiências em causa respeitarem à omissão
pagamento dos emolumentos devidos.
de documentos a emitir pelas entidades referidas no n.º 1
e a informação deles constante não puder ser obtida nos
termos aí previstos, caso em que o serviço de registo Artigo 85.º
competente deve solicitar esses documentos directa- [...]
mente às entidades ou serviços da Administração Pública.
4— ..................................... Se a rectificação tiver sido requerida por todos os
5 — As faltas de apresentação do título que constitua interessados, é rectificado o registo sem necessidade
motivo de recusa, nos termos da alínea b) do n.º 1 do de outra qualquer formalidade, se os pressupostos da
artigo 48.º, e de entrega tempestiva das fotocópias e rectificação pedida resultarem dos documentos apre-
documentos, nos termos da alínea g) do n.º 1 do mesmo sentados.
artigo, podem ser supridas, com observância dos núme- Artigo 88.º
ros anteriores, desde que o facto sujeito a registo seja [...]
anterior à data da apresentação.
6 — Se, nos termos do número anterior, o registo for 1— .....................................
recusado porque o facto é posterior à data da apresen- 2 — A decisão de indeferimento liminar pode ser
tação, deve ser efectuada nova apresentação imediata- impugnada nos termos do artigo 92.º
mente após a última apresentação pessoal do dia em 3— .....................................
que foi efectuado o despacho de recusa, transferindo- 4 — Não sendo a decisão reparada, são notificados os
-se a totalidade dos emolumentos pagos na primeira interessados a que se refere o artigo 90.º para, no prazo
apresentação. de 10 dias, impugnarem os fundamentos do recurso,
Artigo 54.º remetendo-se o processo à entidade competente.
[...]
Artigo 90.º
1 — O registo por transcrição é efectuado no prazo Notificação
de 10 dias e pela ordem de anotação no diário, salvo
nos casos de urgência e de suprimento de deficiências, 1 — Os interessados não requerentes são notificados
nos termos do artigo 52.º para, no prazo de 10 dias, deduzirem oposição à recti-
2— ..................................... ficação, devendo juntar os elementos de prova e pagar
3— ..................................... os emolumentos devidos.
4160 Diário da República, 1.ª série — N.º 128 — 4 de Julho de 2008
4 — Sem prejuízo do disposto no n.º 12 do artigo 18.º, 2.12 — De outros factos registados por inscrição ou
no n.º 12 do artigo 21.º e no n.º 22 do artigo 22.º, para por subinscrição — € 250;
fazer face ao encargo referido no número anterior, cons- 2.13 — De outros factos registados por inscrição ou
tituem receita do Instituto dos Registos e do Notariado, por subinscrição, sendo o título autenticado no serviço
I. P., todas as quantias cobradas a título de emolumentos de registo — € 350;
pessoais e de despesas imprescindíveis à prática dos 2.14 — De quaisquer factos registados por inscrição
actos. ou por subinscrição, relativos apenas a prédios rústi-
Artigo 14.º cos — € 50.
3 — Averbamento à inscrição — € 100.
[...]
4 — Processo de justificação, incluindo todos os ac-
1 — São gratuitos os seguintes actos de registo: tos de registo realizados em consequência do mesmo:
4.1 — Pelo pedido — € 250;
a) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
4.2 — Pela dedução de oposição — € 100.
b) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
5 — Pelo processo de rectificação, incluindo todos os
c) Averbamentos a que se referem os n.os 6 a 8 e 10
actos de registo realizados em consequência do mesmo:
do artigo 92.º e o artigo 149.º do Código do Registo
5.1 — Pelo pedido — € 250;
Predial; 5.2 — Pela dedução de oposição — € 100.
d) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6 — Pela urgência na feitura de cada registo é devido
e) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . o valor do emolumento correspondente ao acto.
7 — (Revogado.)
2 — São ainda gratuitos os seguintes actos: 8 — (Revogado.)
a) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9 — (Revogado.)
b) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10 — (Revogado.)
c) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11 — Os emolumentos pessoais eventualmente de-
d) A recusa de actos de registo quando o facto já se vidos pela prática de actos previstos neste artigo são
encontrar registado. pagos pelo Instituto dos Registos e do Notariado, I. P.
(IRN, I. P.)
Artigo 21.º 12 — Constitui receita do IRN, I. P., o montante de
[...] € 100, a deduzir por cada acto, aos emolumentos pre-
vistos neste artigo, com excepção dos estabelecidos no
1 — Os emolumentos previstos neste artigo têm um n.º 2.14.
valor único, relativo a todos os actos de registo decor- 13 — Para fazer face ao encargo com a gestão dos sis-
rentes ou conexos com o pedido de registo e desde que temas informáticos necessários à sua disponibilização,
respeitantes ao mesmo prédio, incluindo: constitui receita do Instituto das Tecnologias de Infor-
1.1 — A abertura de descrições genéricas e subor- mação na Justiça, I. P. (ITIJ, I. P.), o montante de € 5, a
dinadas; deduzir, por cada acto de registo, independentemente
1.2 — Os averbamentos à descrição; de ser promovido por via electrónica, aos emolumentos
1.3 — Os averbamentos de cancelamento de hipoteca previstos neste artigo.
existentes sobre o prédio e, em geral, os averbamentos 14 — No caso de os emolumentos previstos não se-
às inscrições; rem de valor suficiente a permitir a dedução integral
1.4 — Os montantes a pagar a título de emolumentos dos montantes previstos nos n.os 12 e 13, deve ser efec-
pessoais, quando estes sejam devidos. tuada em primeiro lugar a dedução prevista no número
2 — São devidos pelos pedidos de registo: anterior.
2.1 — De aquisição, designadamente tendo por Artigo 22.º
base contrato de contrato de compra e venda, e hipo-
[...]
teca — € 500;
2.2 — De aquisição, designadamente tendo por base 1— .....................................
contrato de contrato de compra e venda, e hipoteca, sendo 2 — Inscrições e subinscrições:
o título autenticado no serviço de registo — € 650; 2.1 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
2.3 — De aquisição, designadamente tendo por base 2.2 — (Revogado.)
contrato de contrato de compra e venda — € 250; 2.3 — (Revogado.)
2.4 — De aquisição, designadamente tendo por base 2.4 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
contrato de contrato de compra e venda, sendo o título 2.5 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
autenticado no serviço de registo — € 350; 2.6 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
2.5 — De hipoteca — € 250; 2.7 — Nomeação de órgãos sociais, de liquidatários,
2.6 — De hipoteca, sendo o título autenticado no de administradores de insolvência, revisor oficial de
serviço de registo — € 350; contas, nos termos do n.º 2 do artigo 262.º do Código das
2.7 — De penhora, arresto, arrolamentos e outras Sociedades Comerciais, e de gestores judiciais — € 150;
providências cautelares, não especificadas — € 250; 2.8 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
2.8 — De acção e de procedimento cautelar — € 250; 2.9 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
2.9 — De propriedade horizontal — € 250; 2.10 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
2.10 — De propriedade horizontal, sendo o título 2.11 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
autenticado no serviço de registo — € 350; 3— .....................................
2.11 — De operações de transformação fundiá- 4— .....................................
ria — € 250; 5— .....................................
4166 Diário da República, 1.ª série — N.º 128 — 4 de Julho de 2008
6— ..................................... 13 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
7— ..................................... 14 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
8— ..................................... 15 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
9— ..................................... 16 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
10 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17 — As isenções emolumentares previstas nos
11 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . n.os 14 a 16 vigoram até ao dia 2 de Dezembro de 2011,
12 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . sendo as previstas no n.º 14 aplicáveis, no que respeita
13 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . aos actos notariais, apenas aos actos praticados pelos
14 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . notários públicos, durante o período transitório previsto
15 — (Revogado.) no artigo 106.º do Estatuto do Notariado, aprovado pelo
16 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Decreto-Lei n.º 26/2004, de 4 de Fevereiro.
17 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
18 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
19 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
20 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
21 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
22 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
23 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
24 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
25 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
27 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Artigo 27.º-A 28 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
29 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . »
[...]
1 — Pelo procedimento especial de transmissão, Artigo 21.º
oneração e registo de imóveis, com ou sem marcação
prévia, incluindo todos os registos e os averbamentos Alteração ao Decreto-Lei n.º 8/2007, de 17 de Janeiro
de cancelamento de hipotecas anteriormente registadas, O artigo 10.º do Decreto-Lei n.º 8/2007, de 17 de Ja-
com excepção dos actos de que dependa a verificação neiro, alterado pelo Decreto-Lei n.º 73/2008, de 16 de
dos pressupostos do procedimento — € 600. Abril, passa a ter a seguinte redacção:
2 — Pelo procedimento especial de transmissão, one-
ração e registo de imóveis, com ou sem marcação prévia, «Artigo 10.º
se apenas for registado um facto, incluindo os averba-
mentos de cancelamento de hipotecas anteriormente [...]
registadas, com excepção daqueles de que dependa a 1— .....................................
verificação dos pressupostos — € 300. 2— .....................................
3— ..................................... 3— .....................................
4— ..................................... 4 — A certidão de registo comercial a enviar ou a
5— ..................................... entregar ao apresentante do registo da prestação de
6— ..................................... contas nos termos do n.º 6 do artigo 75.º do Código
7— .....................................
do Registo Comercial, é a prevista no n.º 5 do mesmo
artigo e tem a validade de 16 meses.
Artigo 28.º 5 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .»
[...]
1 — Os emolumentos devidos pela celebração da CAPÍTULO II
escritura pública de compra e venda, de doação e de
partilha mortis causa de imóveis rústicos são reduzidos Disposições finais e transitórias
em função do valor do acto, nos seguintes termos:
1.1 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . SECÇÃO I
1.2 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
1.3 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Disposições finais
1.4 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
1.5 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Artigo 22.º
1.6 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Forma dos actos
2— .....................................
3— ..................................... Sem prejuízo do disposto em lei especial, só são válidos
4— ..................................... se forem celebrados por escritura pública ou documento
5— ..................................... particular autenticado os seguintes actos:
6— ..................................... a) Os actos que importem reconhecimento, constituição,
7— ..................................... aquisição, modificação, divisão ou extinção dos direitos
8— ..................................... de propriedade, usufruto, uso e habitação, superfície ou
9— ..................................... servidão sobre coisas imóveis;
10 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . b) Os actos de constituição, alteração e distrate de con-
11 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . signação de rendimentos e de fixação ou alteração de presta-
12 — (Revogado.) ções mensais de alimentos, quando onerem coisas imóveis;
Diário da República, 1.ª série — N.º 128 — 4 de Julho de 2008 4167
c) Os actos de alienação, repúdio e renúncia de herança sentação perante qualquer entidade pública ou privada do
ou legado, de que façam parte coisas imóveis; documento em suporte de papel.
d) Os actos de constituição e liquidação de sociedades 6 — Compete às entidades autenticadoras arquivar os
civis, se esta for a forma exigida para a transmissão dos originais dos documentos autenticados referidos no nú-
bens com que os sócios entram para a sociedade; mero anterior.
e) Os actos de constituição e de modificação de hipote- Artigo 25.º
cas, a cessão destas ou do grau de prioridade do seu registo
Procedimento tributário
e a cessão ou penhor de créditos hipotecários;
f) As divisões de coisa comum e as partilhas de patri- 1 — Os documentos particulares, referidos no artigo ante-
mónios hereditários, societários ou outros patrimónios rior, não podem ser autenticados enquanto não se encontrar
comuns de que façam parte coisas imóveis; pago ou assegurado o imposto municipal sobre as transmis-
g) Todos os demais actos que importem reconhecimento, sões onerosas de imóveis e o imposto do selo liquidados.
constituição, aquisição, modificação, divisão ou extinção dos 2 — Deve constar do termo de autenticação o valor dos
direitos de propriedade, usufruto, uso e habitação, superfície impostos e a data da liquidação, ou a disposição legal que
ou servidão sobre imóveis, para os quais a lei não preveja prevê a sua isenção.
forma especial. 3 — As entidades com competência para a autentica-
Artigo 23.º ção de documentos particulares devem assegurar, sempre
que procedam à autenticação de um documento que titule
Referências a escritura pública e obrigações legais conexas actos e contratos previstos no Código do Imposto de Selo,
1 — Todas as disposições legais, regulamentares ou com excepção dos previstos na verba 1.2 da tabela geral
outras que exijam, para a prova de determinado facto, anexa a este Código, que a liquidação desse imposto seja
certidão de qualquer escritura pública que tenha sido tor- efectuada nos prazos, nos termos e nas condições definidas
nada facultativa por este diploma devem ser entendidas no artigo 22.º do Código do Imposto Municipal sobre as
como referindo-se a certidão do título que formaliza o acto Transmissões Onerosas de Imóveis, aprovado pelo Decreto-
ou a certidão do registo predial que inclua os elementos -Lei n.º 287/2003, de 12 de Novembro.
necessários à prova dos factos.
2 — Todas as disposições legais, regulamentares ou Artigo 26.º
outras que pressuponham ou exijam a celebração de es- Procedimentos para operações especiais de registos
critura pública para a prática de actos que importem reco-
nhecimento, constituição, aquisição, modificação, divisão 1 — Por portaria do membro do Governo responsável
ou extinção dos direitos de propriedade, usufruto, uso e pela área da justiça, podem ser criados procedimentos
habitação, superfície ou servidão sobre coisas imóveis ou para operações especiais de registos de factos jurídicos
outros equivalentes àqueles em relação aos quais se torna que, pelo seu número, natureza, relação de dependência
esta forma facultativa são entendidas como pressupondo ou ou conexão, bem como pela identidade ou qualidade dos
exigindo a celebração de escritura pública ou a autenticação sujeitos, justifiquem um tratamento unitário.
do documento particular que formaliza o acto. 2 — A portaria referida no número anterior determina os
3 — Todas as disposições legais, regulamentares ou encargos devidos pela utilização dos serviços prestados no âm-
outras, que imponham obrigações de verificação, comuni- bito dos procedimentos para operações especiais de registo.
cação ou participação relacionadas com a prática dos actos 3 — Os procedimentos previstos no n.º 1 podem aplicar-
referidos no número anterior, devem ser entendidas como -se à prática de outros actos da competência dos serviços
sendo impostas a todas as entidades com competência para de registo.
autenticar documentos particulares. 4 — A tramitação dos procedimentos previstos no n.º 1
pode ser efectuada em balcões com competência para a
Artigo 24.º prática de actos de qualquer área de registo.
5 — Por despacho do presidente do Instituto dos Regis-
Documento particular autenticado tos e do Notariado, I. P. são criados os balcões previstos no
1 — Os documentos particulares que titulem actos su- número anterior, junto de entidades públicas ou privadas,
jeitos a registo predial devem conter os requisitos legais ou como serviços autónomos.
a que estão sujeitos os negócios jurídicos sobre imóveis,
aplicando-se subsidiariamente o Código aprovado pelo SECÇÃO II
Decreto-Lei n.º 207/95, de 14 de Agosto.
Disposições transitórias
2 — A validade da autenticação dos documentos parti-
culares, referidos no número anterior, está dependente de
SUBSECÇÃO I
depósito electrónico desses documentos, bem como de
todos os documentos que os instruam. Competência territorial
3 — O funcionamento, os termos e os custos associados
ao depósito electrónico referido no número anterior são Artigo 27.º
definidos por portaria do membro do Governo responsável
Transitoriedade da competência territorial
pela área da justiça.
das conservatórias de registo predial
4 — Se o registo do acto for pedido por via electrónica,
é dispensada a obrigação de participação desse acto às O disposto na presente subsecção vigora até ao dia 31
entidades públicas, nos termos do n.º 3 do artigo anterior, de Dezembro de 2008, enquanto não entrar em vigor o
devendo estas participações ser promovidas pelos serviços n.º 2 do artigo 6.º-A do Decreto-Lei n.º 519-F2/79, de 29
de registo. de Dezembro, aditado pelo artigo 18.º deste decreto-lei,
5 — A consulta electrónica dos documentos depositados que elimina a competência territorial das conservatórias
electronicamente substitui para todos os efeitos a apre- de registo predial.
4168 Diário da República, 1.ª série — N.º 128 — 4 de Julho de 2008
3 — É de seis meses o prazo de vigência do registo d) Quando tiver sido efectuado por serviço de registo
provisório, salvo disposição em contrário. incompetente ou assinado por pessoa sem competência,
4 — A caducidade deve ser anotada ao registo, logo salvo o disposto no n.º 2 do artigo 369.º do Código Civil
que verificada. e não possa ser confirmado nos termos do disposto no
Artigo 12.º artigo seguinte;
Prazos especiais de caducidade
e) Quando tiver sido lavrado sem apresentação prévia
ou com violação do princípio do trato sucessivo.
1 — Caducam decorridos 10 anos sobre a sua data os
registos de hipoteca judicial de qualquer valor e os registos Artigo 16.º-A
de hipoteca voluntária ou legal, de penhor e de consignação
Confirmação
de rendimentos, de valor não superior a € 5000.
2 — O valor referido no número anterior pode ser ac- 1 — Os registos efectuados por serviço de registo in-
tualizado por portaria do Ministro da Justiça. competente ou assinados por pessoa sem competência
3 — O registo de renúncia à indemnização por aumento devem ser conferidos com os respectivos documentos para
do valor e o do ónus de eventual redução das doações sujei- se verificar se podiam ser efectuados, aplicando-se com as
tas a colação caducam decorridos 20 anos, contados, respec- devidas adaptações os n.os 2 e 3 do artigo 78.º
tivamente, a partir da data do registo e da morte do doador. 2 — Se se concluir que o registo podia ter sido efectuado,
4 — Os registos de servidão, de usufruto, uso e habi- este é confirmado com menção da data.
tação e de hipoteca para garantia de pensões periódicas 3 — No caso de se concluir que o registo não podia ter
caducam decorridos 50 anos, contados a partir da data sido efectuado, deve ser instaurado, oficiosamente, pro-
do registo. cesso de rectificação com vista ao seu cancelamento.
5 — Os registos referidos nos números anteriores po-
dem ser renovados por períodos de igual duração, a pedido Artigo 17.º
dos interessados.
Artigo 13.º Declaração da nulidade
artigo 28.º-A, e não tenha havido recurso à faculdade pre- 4 — A declaração para inscrição na matriz, ou o pedido
vista no artigo anterior, a actualização da descrição pode da sua alteração ou rectificação, pode ser feita pelos ser-
ser efectuada se o proprietário inscrito esclarecer que a viços de registo, a pedido do interessado e de acordo com
divergência provém de simples erro de medição. as declarações por ele prestadas.
2 — Quando exista divergência de área, entre a des- 5 — A prova exigida no n.º 1 é dispensada para os can-
crição e o título, em percentagens superiores às previstas celamentos de registos e ainda se já tiver sido feita perante
no artigo 28.º-A, a actualização da descrição é feita nos serviço de registo ou no acto sujeito a registo há menos
seguintes termos: de um ano.
Artigo 32.º
a) Na matriz cadastral, o erro de medição é compro-
vado com base na informação da inscrição matricial donde Prédios omissos na matriz ou pendentes de alteração
conste a rectificação da área e em declaração que confirme (Revogado.)
que a configuração geométrica do prédio não sofreu al- SECÇÃO II
teração;
b) Na matriz não cadastral, o erro a que se refere a Alterações toponímicas
alínea anterior é comprovado pela apresentação dos se-
guintes documentos: Artigo 33.º
i) Planta do prédio elaborada por técnico habilitado Denominação das vias públicas e numeração policial
e declaração do titular de que não ocorreu alteração na
1 — As câmaras municipais comunicam, sempre que
configuração do prédio; ou possível por via electrónica e automática, aos serviços de
ii) Planta do prédio e declaração dos confinantes de que registo, até ao último dia de cada mês, todas as alterações de
não ocorreu alteração na configuração do prédio. denominações de vias públicas e de numeração policial dos
prédios verificadas no mês anterior, no caso de essa infor-
3 — A assinatura de qualquer proprietário confinante mação não estar disponível nas respectivas bases de dados.
pode ser suprida pela sua notificação judicial, desde que 2 — A prova da correspondência entre a antiga e a nova
não seja deduzida oposição no prazo de 15 dias. denominação ou numeração, se não puder ser obtida nos
4 — A oposição referida no número anterior é anotada termos do número anterior, nem resultar dos documentos
à descrição. apresentados, considera-se suprida por declaração com-
Artigo 29.º plementar dos interessados, quando a câmara municipal, a
Alterações matriciais pedido do serviço de registo, comunicar a impossibilidade
de a estabelecer.
1 — Quando ocorra substituição das matrizes, os servi- 3 — (Revogado.)
ços de finanças devem comunicar aos serviços de registo,
sempre que possível por via electrónica, a correspondência
entre os artigos matriciais relativos a todos os prédios do TÍTULO III
concelho ou de uma ou mais freguesias. Do processo de registo
2 — Nos casos em que for comunicada, oficiosamente
ou a pedido dos serviços de registo, a impossibilidade de
estabelecer a correspondência matricial e a mesma não re- CAPÍTULO I
sultar dos documentos apresentados, pode esta ser suprida Pressupostos
por declaração complementar dos interessados que indique
expressamente o artigo da matriz em vigor.
SECÇÃO I
Artigo 30.º Inscrição prévia e continuidade das inscrições
Identificação dos prédios nos títulos
Artigo 34.º
(Revogado.)
Artigo 31.º Princípio do trato sucessivo
Prova da situação matricial 1 — O registo definitivo de constituição de encargos
por negócio jurídico depende da prévia inscrição dos bens
1 — Para a realização de actos de registo deve ser feita em nome de quem os onera.
prova da inscrição na matriz, da declaração para inscrição, 2 — O registo definitivo de aquisição de direitos de-
quando devida, se o prédio estiver omisso, ou da pendência pende da prévia inscrição dos bens em nome de quem os
de pedido de alteração ou rectificação. transmite, quando o documento comprovativo do direito
2 — A prova referida no número anterior deve ser obtida do transmitente não tiver sido apresentado perante o ser-
pelo serviço de registo mediante acesso directo à informa- viço de registo.
ção constante da base de dados das entidades competentes, 3 — A inscrição prévia referida no número anterior é
ou, em caso de impossibilidade, por solicitação oficiosa e sempre dispensada no registo de aquisição com base em
gratuita do documento às referidas entidades. partilha.
3 — Se a declaração para inscrição na matriz ou o pe- 4 — No caso de existir sobre os bens registo de aqui-
dido da sua alteração ou rectificação não tiverem sido feitos sição ou reconhecimento de direito susceptível de ser
pelo proprietário ou possuidor, deve ser obtida prova, nos transmitido ou de mera posse, é necessária a intervenção
termos previstos no número anterior, de que o interessado, do respectivo titular para poder ser lavrada nova inscri-
sendo terceiro, deu conhecimento às entidades competentes ção definitiva, salvo se o facto for consequência de outro
da omissão, alteração ou erro existente. anteriormente inscrito.
Diário da República, 1.ª série — N.º 128 — 4 de Julho de 2008 4175
instruem, nos termos a definir por portaria do membro do c) A indicação do registo prévio a que se refere o n.º 1
Governo responsável pela área da justiça. do artigo 9.º ou do modo como foi comprovada a urgência
2 — (Revogado.) prevista na alínea c) do n.º 2 do mesmo artigo;
3 — (Revogado.) d) (Revogada.)
4 — (Revogado.) e) (Revogada.)
5 — (Revogado.) f) (Revogada.)
6 — Tratando-se de prédio não descrito, deve indicar-se
em declaração complementar o nome, estado e residência 2 — O documento comprovativo do teor da inscrição
dos proprietários ou possuidores imediatamente anteriores matricial deve ter sido emitido com antecedência não su-
ao transmitente, salvo se o apresentante alegar na declara- perior a um ano.
ção as razões justificativas do seu desconhecimento. 3 — Se o prédio não estiver descrito, deve ser compro-
7 — Se o registo recair sobre quota-parte de prédio vada essa circunstância por certidão passada pela conser-
indiviso, não descrito, deve declarar-se complementar- vatória com antecedência não superior a três meses.
mente o nome, o estado e a residência de todos os com- 4 — Da certidão dos actos referidos no n.º 1, passada
proprietários. para fins de registo, devem constar todos os elementos aí
8 — (Revogado.) previstos.
Artigo 45.º
Artigo 42.º-A Forma das declarações para registo
Pedido efectuado por comunicação
Salvo disposição em contrário, as declarações para re-
O pedido efectuado pelas entidades referidas nas alí- gisto, principais ou complementares, devem ser assinadas
neas a) e d) do n.º 1 e no n.º 3 do artigo 8.º-B deve ser e datadas e conter a indicação do número, data e entidade
preferencialmente comunicado por via electrónica e acom- emitente do documento de identificação civil ou docu-
panhado dos documentos necessários ao registo, bem como mento de identificação equivalente do signatário.
das quantias que se mostrem devidas.
Artigo 46.º
CAPÍTULO III Declarações complementares
2 — Nos casos em que não tenha ainda ocorrido a 3 — Os documentos apresentados por telecópia são
apreensão, o registo de penhora é cancelado com base anotados pela ordem de recepção dos pedidos nos seguintes
em comunicação electrónica do agente de execução, ou termos:
em pedido por ele subscrito, de que conste declaração a) Imediatamente após a última apresentação pessoal
expressa daquele facto. do dia, quando recebidos entre as 0 horas e a hora de en-
3 — Nos casos de adjudicação ou de venda judicial em cerramento ao público do serviço de registo; ou
processo de execução de bens penhorados ou arrestados, b) Imediatamente antes da primeira apresentação pessoal
só após o registo daqueles factos se podem efectuar os do dia seguinte, quando recebidos entre a hora de encer-
cancelamentos referidos no n.º 1. ramento ao público e as 24 horas.
2 — Os registos são assinados, com menção da respec- genérica do prédio ou do empreendimento turístico, é feita
tiva qualidade, pelo conservador ou pelo seu substituto uma descrição distinta para cada fracção autónoma ou
legal, quando em exercício, ou, ainda, pelo oficial de re- unidade de alojamento ou apartamento.
gisto, quando competente. 2 — As fracções temporais do direito de habitação pe-
3 — (Revogado.) riódica são descritas com subordinação à descrição da
unidade de alojamento ou apartamento.
Artigo 78.º
Artigo 82.º
Suprimento da falta de assinatura
Menções gerais das descrições
1 — Os registos que não tiverem sido assinados devem
ser conferidos pelos respectivos documentos para se veri- 1 — O extracto da descrição deve conter:
ficar se podiam ou não ser efectuados.
2 — Se os documentos apresentados para o registo não a) O número de ordem privativo dentro de cada fre-
estiverem arquivados e a prova não poder ser obtida me- guesia, seguido dos algarismos correspondentes à data da
diante acesso directo à informação constante das compe- apresentação de que depende;
tentes bases de dados, são pedidas certidões gratuitas aos b) A natureza rústica, urbana ou mista do prédio;
respectivos serviços. c) A denominação do prédio e a sua situação por refe-
3 — Se a prova obtida nos termos do número anterior rência ao lugar, rua, números de polícia ou confrontações;
não for suficiente, deve solicitar-se ao interessado a junção d) A composição sumária e a área do prédio;
dos documentos necessários no prazo de 30 dias. e) (Revogada.)
4 — Se se concluir que podia ser efectuado, o registo é f) Asituação matricial do prédio expressa pelo artigo de ma-
assinado e é feita a anotação do suprimento da irregulari- triz, definitivo ou provisório, ou pela menção de estar omisso.
dade com menção da data ou, caso contrário, é consignado,
sob a mesma forma, que a falta é insuprível e notificado 2 — Na descrição genérica de prédio ou prédios em
do facto o respectivo titular para efeitos de impugnação. regime de propriedade horizontal é mencionada a série das
letras correspondentes às fracções e na de empreendimento
turístico classificado para fins turísticos esta circunstân-
CAPÍTULO II cia, bem como as letras correspondentes às unidades de
alojamento, quando existam.
Descrições, averbamentos e anotações 3 — Na descrição de prédio resultante de anexação ou
desanexação de outros são mencionados os números das
SECÇÃO I respectivas descrições.
Descrições Artigo 83.º
Artigo 79.º Menções das descrições subordinadas
2 — As inscrições vigentes sobre a descrição de que 1 — Os elementos das descrições devem ser oficiosa-
foi desanexada a parcela ou sobre as descrições total ou mente actualizados quando a alteração possa ser compro-
parcialmente anexadas são reproduzidas na ficha da nova vada por um dos seguintes meios:
descrição. a) Acesso à base de dados da entidade competente;
Artigo 86.º b) Documento emitido pela entidade competente; ou
Descrições duplicadas c) Documento efectuado com intervenção da pessoa
com legitimidade para pedir a actualização.
1 — Quando se reconheça a duplicação de descrições,
reproduzir-se-ão na ficha de uma delas os registos em 2 — Enquanto não se verificar a intervenção prevista
vigor nas restantes fichas, cujas descrições se consideram na alínea c) do número anterior, a actualização é anotada
inutilizadas.
2 — Nas descrições inutilizadas e na subsistente far-se- à descrição, inutilizando-se a anotação se a intervenção
-ão as respectivas anotações com remissões recíprocas. não ocorrer dentro do prazo de vigência do registo que
lhe deu origem.
Artigo 87.º 3 — Por decisão do presidente do Instituto dos Regis-
tos e do Notariado, I. P., quando se mostrem reunidas as
Inutilização de descrições condições técnicas e exista harmonização na informação
1 — As descrições não são susceptíveis de cancelamento. constante das competentes bases de dados, os elementos
2 — Devem ser inutilizadas: da descrição podem ser actualizados automaticamente.
a) As descrições de fracções autónomas ou de unidades
de alojamento ou apartamentos, nos casos de demolição SECÇÃO III
do prédio e de cancelamento ou caducidade da inscrição Anotações especiais à descrição
de constituição ou alteração da propriedade horizontal ou
do direito de habitação periódica; Artigo 90.º-A
b) As descrições referentes a concessões sobre bens do do-
mínio público sobre as quais não existam registos em vigor; Anotações especiais à descrição
c) As descrições de prédios totalmente anexados;
1 — Além de outros casos previstos na lei, é especial-
d) As descrições previstas na segunda parte do n.º 2 do ar-
tigo 80.º, quando não forem removidos os motivos da recusa; mente anotada à descrição:
e) As descrições de prédios cuja área seja totalmente a) A existência de autorização de utilização;
dividida em lotes de terreno destinados à construção; b) A existência de ficha técnica de habitação;
f) As descrições dos prédios de cada proprietário sub- c) A classificação como empreendimento turístico em
metidos a emparcelamento; propriedade plural, com indicação das descrições prediais
g) As descrições sem inscrições em vigor. que o integram.
3 — A inutilização de qualquer descrição é anotada com 2 — A existência de autorização de utilização é anotada
menção da sua causa. mediante a indicação do respectivo número e da data de
SECÇÃO II emissão.
Averbamentos à descrição 3 — Se as condições técnicas o permitirem, o disposto
nos números anteriores deve ser efectuado de forma total-
Artigo 88.º mente automática, nos termos de portaria do membro do
Governo responsável pela área da justiça.
Alteração da descrição
4 — A realização da anotação prevista na alínea b) do
1 — Os elementos das descrições podem ser alterados, n.º 1 depende da existência das condições técnicas previstas
completados ou rectificados por averbamento. no número anterior.
Diário da República, 1.ª série — N.º 128 — 4 de Julho de 2008 4183
CAPÍTULO III registo ou enquanto não decorrer o prazo para a sua in-
terposição.
Inscrição e seus averbamentos
3 — As inscrições referidas nas alíneas b) a d) do n.º 1 e
SECÇÃO I na alínea c) do n.º 2, se não forem também provisórias com
outro fundamento, mantêm-se em vigor pelo prazo de cinco
Inscrição
anos, renovável por períodos de igual duração, a pedido
dos interessados, mediante a apresentação de documento
Artigo 91.º
que comprove a subsistência da razão da provisoriedade
Finalidade da inscrição emitido com antecedência não superior a 180 dias em
1 — As inscrições visam definir a situação jurídica dos relação ao termo daquele prazo.
prédios, mediante extracto dos factos a eles referentes. 4 — A inscrição referida na alínea g) do n.º 1, quando
2 — As inscrições só podem ser lavradas com referência baseada em contrato-promessa de alienação, é renovável
a descrições genéricas ou subordinadas. por períodos de seis meses e até um ano após o termo do
3 — A inscrição de qualquer facto respeitante a várias prazo fixado para a celebração do contrato prometido,
descrições é lavrada na ficha de cada uma destas. com base em documento que comprove o consentimento
das partes.
Artigo 92.º 5 — As inscrições referidas na alínea a) do n.º 2 mantêm-
-se em vigor pelo prazo de um ano, salvo o disposto no n.º 5
Provisoriedade por natureza do artigo 119.º, e caducam se a acção declarativa não for
1 — São efectuadas provisoriamente por natureza as proposta e registada dentro de 30 dias a contar da notifica-
seguintes inscrições: ção da declaração prevista no n.º 4 do mesmo artigo.
6 — As inscrições referidas na alínea b) do n.º 2 mantêm-
a) Das acções e procedimentos referidos no artigo 3.º; -se em vigor pelo prazo do registo de que dependem ou
b) De constituição da propriedade horizontal, antes de com o qual colidem, salvo se antes caducarem por outra
concluída a construção do prédio; razão.
c) De factos jurídicos respeitantes a fracções autónomas, 7 — Nos casos previstos no número anterior, a conver-
antes do registo definitivo da constituição da propriedade são do registo em definitivo determina a conversão oficiosa
horizontal; das inscrições dependentes e a caducidade das inscrições
d) De ónus de casas de renda económica ou de renda incompatíveis, salvo se outra for a consequência da requa-
limitada, antes da concessão da licença de habitação, e lificação do registo dependente ou incompatível.
de quaisquer factos jurídicos a elas respeitantes, antes do 8 — Nos casos previstos no n.º 6, o cancelamento ou a
registo definitivo do ónus; caducidade do registo provisório determina a conversão
e) (Revogada.)
oficiosa da inscrição incompatível, salvo se outra for a
f) De negócio jurídico, celebrado por gestor ou por pro-
consequência da requalificação desta.
curador sem poderes suficientes, antes da ratificação;
g) De aquisição, antes de titulado o contrato; 9 — Sem prejuízo do disposto no artigo 149.º, as ins-
h) De aquisição por venda em processo judicial, antes crições referidas na alínea d) do n.º 2 mantêm-se em vigor
de passado o título de transmissão; na pendência de recurso hierárquico ou de impugnação
i) De hipoteca voluntária, antes de lavrado o título cons- judicial ou enquanto estiver a decorrer o prazo para a sua
titutivo; interposição.
j) De aquisição por partilha em inventário, antes de 10 — As inscrições referidas na alínea c) do n.º 1 são
passada em julgado a sentença; convertidas oficiosamente na dependência do registo de-
l) De hipoteca judicial, antes de passada em julgado a finitivo da constituição da propriedade horizontal.
sentença; 11 — As inscrições referidas nas alíneas a) e j) a n) do
m) Da hipoteca a que se refere o artigo 701.º do Código n.º 1 não estão sujeitas a qualquer prazo de caducidade.
Civil, antes de passada em julgado a sentença que julgue
procedente o pedido; Artigo 93.º
n) Da declaração de insolvência antes do trânsito em Requisitos gerais
julgado da sentença;
o) (Revogada.) 1 — Do extracto da inscrição deve constar:
a) (Revogada.)
2 — Além das previstas no número anterior, são ainda b) O número, a data e a hora da apresentação;
provisórias por natureza: c) Caso a inscrição seja provisória, a menção de que o
a) As inscrições de penhora, de declaração de insol- é por natureza ou por dúvidas, com indicação, no primeiro
vência e de arresto, se existir sobre os bens registo de caso, do número e alínea aplicáveis do artigo anterior e,
aquisição ou reconhecimento do direito de propriedade sendo provisória nos termos das alíneas g) ou i) do n.º 1 do
ou de mera posse a favor de pessoa diversa do executado, artigo 92.º, a data em que o registo foi confirmado;
do insolvente ou do requerido; d) O facto que se inscreve;
b) As inscrições dependentes de qualquer registo pro- e) A identificação dos sujeitos activos do facto inscrito,
visório ou que com ele sejam incompatíveis; pela menção do nome completo, número de identificação
c) As inscrições que, em reclamação contra a reforma fiscal, estado e residência das pessoas singulares, ou da
de suportes documentais, se alega terem sido omitidas; denominação ou firma, número de pessoa colectiva e sede
d) As inscrições efectuadas na pendência de recurso das pessoas colectivas, bem como a menção do nome do
hierárquico ou impugnação judicial contra a recusa do cônjuge e do regime de bens do casamento, se os sujeitos
4184 Diário da República, 1.ª série — N.º 128 — 4 de Julho de 2008
forem casados, ou, sendo solteiros, a indicação de serem promove o arresto e ainda, caso a inscrição seja provisória
maiores ou menores; nos termos da alínea a) do n.º 2 do artigo 92.º, o nome,
f) Respeitando o facto a diversos prédios, a menção estado e residência do titular da inscrição;
dessa circunstância; m) Na de arrolamento, a data da diligência e, na de
g) Tratando-se de inscrição de ampliação, o número da declaração de insolvência, a data e hora de prolação da
inscrição ampliada. sentença e a data do respectivo trânsito e ainda, caso a
inscrição seja provisória nos termos da alínea a) do n.º 2
2 — Os sujeitos passivos são indicados, em cada inscri- do artigo 92.º, o nome, estado e residência do titular da
ção, somente pelo nome e número de identificação fiscal, no inscrição;
caso das pessoas singulares, ou pela denominação ou firma e n) Na de outros actos ou providências cautelares, o seu
número de pessoa colectiva, no caso das pessoas colectivas. conteúdo e a data do negócio jurídico ou do respectivo
3 — Quando os sujeitos da inscrição não puderem ser despacho;
identificados pela forma prevista neste artigo, mencionar- o) Na de locação financeira, o prazo e a data do seu
-se-ão as circunstâncias que permitam determinar a sua início;
identidade. p) Na de consignação de rendimentos, o prazo de dura-
Artigo 94.º ção ou, se for por tempo indeterminado, a quantia para cujo
pagamento se fez a consignação e a importância a descontar
Convenções e cláusulas acessórias em cada ano, se tiver sido estipulada uma quantia fixa;
Do extracto das inscrições constarão obrigatoriamente q) Na de constituição de propriedade horizontal, o valor
as seguintes convenções ou cláusulas acessórias: relativo de cada fracção, expresso em percentagem ou
permilagem, a existência de regulamento, caso este conste
a) As convenções de reserva de propriedade e de venda do título constitutivo, e os direitos dos condóminos neste
a retro estipuladas em contrato de alienação; título especialmente regulados e, na de alteração do título
b) As cláusulas fideicomissárias, de pessoa a nomear, constitutivo, a descrição da alteração;
de reserva de dispor de bens doados ou de reversão deles r) Na de constituição do direito de habitação periódica,
e, em geral, outras cláusulas suspensivas ou resolutivas o número de fracções temporais com indicação do início
que condicionem os efeitos de actos de disposição ou e termo de duração em cada ano, bem como o respectivo
oneração; regime na parte especialmente regulada no título e, na de
c) As cláusulas que excluam da responsabilidade por alteração do título constitutivo, a descrição da alteração;
dívidas o beneficiário de bens doados ou deixados; s) Na de ónus de rendas económicas, as rendas base
d) A convenção de indivisão da compropriedade, quando e, na de ónus de rendas limitadas, o mapa das rendas dos
estipulada no título de constituição ou aquisição. andares para habitação;
t) Na de afectação ao caucionamento das reservas técni-
Artigo 95.º cas, a espécie de reservas e o valor representado pelo prédio
e, na de afectação ao caucionamento da responsabilidade
Requisitos especiais patronal, o fundamento e o valor da caução;
1 — O extracto da inscrição deve ainda conter as se- u) Na de ónus de anuidade em obras de fomento agrí-
guintes menções especiais: cola, as anuidades asseguradas;
v) Na de renúncia à indemnização por aumento de valor,
a) Na de aquisição, a causa; a especificação das obras e o montante da indemnização
b) Na de usufruto ou de uso e habitação e na de direito ou, na sua falta, o da avaliação do prédio;
de superfície, o conteúdo dos direitos e as obrigações dos x) Na de qualquer restrição ou encargo, o seu conteúdo;
titulares e, na parte regulada pelo título, a causa e a duração, z) Na de concessão, o conteúdo do direito, na parte
quando determinada; especialmente regulada no título, e o prazo da concessão;
c) Na de servidão, o encargo imposto, a duração, quando aa) Na que tenha por base um contrato para pessoa a no-
temporária, e a causa; mear, o prazo para a nomeação e, quando exista, a referência
d) Na de promessa de alienação ou de oneração de bens, à estipulação que obste à produção dos efeitos do contrato;
o prazo da promessa, se estiver fixado; ab) Na do título constitutivo do empreendimento tu-
e) Na de pacto ou disposição testamentária de preferên- rístico, a indicação das descrições prediais dos lotes e
cia, o contrato ou o testamento a que respeita, a duração da das fracções autónomas que integram o empreendimento
preferência e as demais condições especificadas no título ou o resort, bem como a data da aprovação do título pelo
respeitantes às prestações das partes; Turismo de Portugal, I. P., e, na de alteração do título cons-
f) Na de operações de transformação fundiária, a identifi- titutivo, a descrição da alteração e a data da sua aprovação
cação do título e a especificação das condições da operação; pela mesma entidade.
g) Na de decisão judicial, a parte dispositiva e, na de
acção ou de procedimento, o pedido; 2 — As inscrições referidas na alínea t) do número
h) Na de apanágio, as prestações mensais fixas ou, na falta anterior são feitas a favor, respectivamente, do Instituto
destas, a forma por que os alimentos devem ser prestados; de Seguros de Portugal e do juiz do tribunal do trabalho
i) Na de eventual redução das doações, a indicação dos competente e as referidas na alínea v) do mesmo número
sujeitos da doação; a favor da entidade expropriante.
j) Na de cessão de bens aos credores, as obrigações dos 3 — Se as condições técnicas permitirem o arquivamento
electrónico dos documentos junto das inscrições, devem ser
cessionários especificadas no título, a causa, o montante
efectuadas por remissão para o documento arquivado que
global dos créditos, bem como o prazo e o preço conven-
serve de base ao registo as seguintes menções especiais:
cionados para a venda, se tiverem sido fixados;
l) Na de penhora ou de arresto, a identificação do pro- a) As condições da operação, nos registos a que se refere
cesso, a data do facto e a quantia exequenda ou por que se a alínea f) do n.º 1;
Diário da República, 1.ª série — N.º 128 — 4 de Julho de 2008 4185
b) Os direitos dos condóminos especialmente regulados posse das quotas-partes respectivas, ainda que por títulos
no título, nos registos a que se refere a alínea q) do n.º 1; diferentes;
c) O regime do direito de habitação periódica, na parte b) Quando o proprietário ou possuidor tenha adquirido
especialmente regulada pelo título, nos registos a que se o direito em quotas indivisas, ainda que por títulos dife-
refere a alínea r) do n.º 1. rentes.
Artigo 96.º 2 — Quando o título constitutivo do empreendimento
Requisitos especiais da inscrição de hipoteca turístico substitua o título constitutivo da propriedade ho-
rizontal, é feita uma única inscrição que abranja os dois
1 — O extracto da inscrição de hipoteca deve conter as factos.
seguintes menções especiais:
a) O fundamento da hipoteca, o crédito e seus acessórios SECÇÃO II
e o montante máximo assegurado;
b) Tratando-se de hipoteca de fábrica, a referência ao in- Averbamentos à inscrição
ventário de onde constem os maquinismos e os móveis afec-
tos à exploração industrial, quando abrangidos pela garantia. Artigo 100.º
2 — Se os documentos apresentados para registo da hipo- Alteração das inscrições
teca mostrarem que o capital vence juros, mas não indicarem 1 — A inscrição pode ser completada, actualizada ou
a taxa convencionada, deve mencionar-se na inscrição a
taxa legal. restringida por averbamento.
Artigo 97.º 2 — Salvo disposição em contrário, o facto que amplie
o objecto ou os direitos e os ónus ou encargos, definidos
Inscrição de factos constituídos simultaneamente na inscrição, apenas poderá ser registado mediante nova
com outros sujeitos a registo inscrição.
1 — O registo da aquisição ou mera posse acompanhada 3 — É averbada à inscrição da propriedade, feita nos
da constituição de outro facto sujeito a registo ou da ex- termos do n.º 2 do artigo 98.º, a extinção do usufruto ou
tinção de facto registado determina a realização oficiosa uso e habitação, sem prejuízo do cancelamento oficioso
do registo desses factos. do respectivo registo, se existir.
2 — Não se procede à inscrição da hipoteca legal por 4 — Os averbamentos são lançados a cada uma das
dívidas de tornas ou legados de importância legal inferior inscrições lavradas nos termos do n.º 3 do artigo 91.º
a € 5000, actualizáveis nos termos do n.º 2 do artigo 12.º,
ou, independentemente do valor, se já tiverem decorrido
10 anos sobre a data em que os respectivos créditos se Artigo 101.º
tornaram exigíveis e os credores não forem incapazes. Averbamentos especiais
3 — Para efeitos do número anterior, presume-se a
capacidade dos credores se o contrário não resultar dos 1 — São registados por averbamento às respectivas
documentos apresentados. inscrições os seguintes factos:
4 — Os recibos de quitação assinados pelo credor com
menção do número, data e entidade emitente do docu- a) A penhora, o arresto, o arrolamento, o penhor e de-
mento de identificação civil ou documento de identificação mais actos ou providências sobre créditos garantidos por
equivalente são formalmente suficientes para comprovar hipoteca ou consignação de rendimentos;
a extinção das dívidas de tornas ou de legados. b) A transmissão e o usufruto dos créditos referidos na
alínea anterior;
Artigo 98.º c) A cessão de hipoteca ou do grau de prioridade da
sua inscrição;
Inscrição de propriedade limitada d) A convenção de indivisão da compropriedade, quando
1 — Será inscrita como aquisição em propriedade plena não deva ser inserida nas inscrições, nos termos da alínea d)
a que respeitar a prédio sobre o qual exista, ou se deva lavrar do artigo 94.º;
oficiosamente, inscrição de usufruto ou uso e habitação. e) A transmissão, o usufruto e a penhora do direito de
2 — A inscrição de propriedade limitada pelos direitos algum ou de alguns dos titulares da inscrição de bens in-
referidos no número anterior, fora do condicionalismo aí tegrados em herança indivisa, a declaração de insolvência
previsto, conterá a menção das limitações a que a proprie- que afecte este direito, bem como os procedimentos que
dade está sujeita. tenham por fim o decretamento do arresto, do arrolamento
3 — Se a plena propriedade for inscrita com base na ou de quaisquer outras providências que afectem a livre
aquisição separada da propriedade e do direito de usufruto, disposição desse direito;
ainda que por títulos diferentes, proceder-se-á oficiosa- f) A cessão do direito potestativo resultante de contrato-
mente ao cancelamento do registo daquele direito. -promessa de alienação ou de oneração de imóveis ou de
pacto de preferência, com eficácia real;
Artigo 99.º g) A transmissão de imóveis por efeito de transferência
Unidade da inscrição de património de um ente colectivo para outro ou de tres-
passe de estabelecimento comercial;
1 — É feita uma única inscrição nos seguintes casos: h) O trespasse do usufruto;
a) Quando os comproprietários ou compossuidores i) A consignação judicial de rendimentos de imóveis
solicitarem no mesmo pedido o registo de aquisição ou objecto de inscrição de penhora;
4186 Diário da República, 1.ª série — N.º 128 — 4 de Julho de 2008
c) Nome do cônjuge e regime de bens; consulta por linha de transmissão possa ser efectuada, nos
d) Residência habitual ou domicílio profissional; termos e condições deles constantes.
e) Número de identificação fiscal. 3 — O Instituto dos Registos e do Notariado, I. P., re-
mete obrigatoriamente à Comissão Nacional de Protecção
2 — Relativamente aos apresentantes dos pedidos de de Dados cópia dos protocolos celebrados.
registo, são recolhidos os dados referidos nas alíneas a) e 4 — A comunicação de dados está sujeita ao pagamento
d) do número anterior e ainda os seguintes: dos encargos que forem devidos, nos termos de tabela a
aprovar por despacho do Ministro da Justiça.
a) Número do documento de identificação ou da cédula
profissional;
Artigo 109.º-C
b) Número de identificação bancária, se disponibilizado
pelo apresentante. Acesso directo aos dados
1 — Podem aceder directamente aos dados referidos
3 — São ainda recolhidos quaisquer outros dados refe- nos n.os 1 e 2 do artigo 109.º-A:
rentes à situação jurídica dos prédios.
a) Os magistrados judiciais e do Ministério Público, no
Artigo 109.º âmbito da prossecução das suas atribuições;
b) As entidades que, nos termos da lei processual, re-
Modo de recolha
cebam delegação para a prática de actos de inquérito ou
1 — Os dados pessoais constantes das bases de dados instrução ou a quem incumba cooperar internacionalmente
são recolhidos do pedido de registo e dos documentos na prevenção e repressão da criminalidade e no âmbito
apresentados. dessas competências;
2 — Dos modelos destinados ao pedido de registo de- c) As entidades com competência legal para garantir a
vem constar as informações previstas na Lei de Protecção segurança interna e prevenir a sabotagem, o terrorismo,
de Dados Pessoais. a espionagem e a prática de actos que, pela sua natureza,
podem alterar ou destruir o Estado de direito constitu-
cionalmente estabelecido, no âmbito da prossecução dos
SECÇÃO II
seus fins.
Comunicação e acesso aos dados
2 — As condições de acesso directo pelas entidades
Artigo 109.º-A referidas no número anterior são definidas por despacho
do presidente do Instituto dos Registos e do Notariado, I. P.
Comunicação de dados
3 — As entidades autorizadas a aceder directamente aos
1 — Os dados referentes à situação jurídica de qualquer dados obrigam-se a adoptar todas as medidas necessárias à
prédio constantes das bases de dados podem ser comunica- estrita observância das regras de segurança estabelecidas
dos a qualquer pessoa que o solicite, nos termos previstos na Lei n.º 67/98, de 26 de Outubro.
neste Código. 4 — As entidades referidas na alínea a) do n.º 1 podem
2 — Os dados pessoais referidos no n.º 1 do artigo 108.º fazer-se substituir por funcionários por si designados.
podem ainda ser comunicados aos organismos e serviços
do Estado e demais pessoas colectivas de direito público Artigo 109.º-D
para prossecução das respectivas atribuições legais e esta- Direito à informação
tutárias.
3 — Às entidades referidas no número anterior pode 1 — Qualquer pessoa tem o direito de ser informada
ser autorizada a consulta através de linha de transmissão sobre os dados pessoais que lhe respeitem e a respectiva
de dados, garantido o respeito pelas normas de segurança finalidade, bem como sobre a identidade e o endereço do
da informação e da disponibilidade técnica. responsável pela base de dados.
4 — A consulta referida no número anterior depende da 2 — A actualização e a correcção de eventuais inexac-
celebração de protocolo com o Instituto dos Registos e do tidões realiza-se nos termos e pela forma previstos neste
Notariado, I. P., que defina os seus limites, face às atribui- Código, sem prejuízo do disposto na alínea d) do n.º 1 do
ções legais e estatutárias das entidades interessadas. artigo 11.º da Lei n.º 67/98, de 26 de Outubro.
5 — A informação pode ser divulgada para fins de inves-
tigação científica ou de estatística, desde que não possam Artigo 109.º-E
ser identificáveis as pessoas a que respeita.
Segurança da informação
Artigo 109.º-B 1 — O presidente do Instituto dos Registos e do Nota-
riado, I. P., e as entidades referidas no n.º 2 do artigo 109.º-A
Condições da comunicação de dados
devem adoptar as medidas de segurança referidas no n.º 1
1 — A comunicação de dados deve obedecer às dispo- do artigo 15.º da Lei n.º 67/98, de 26 de Outubro.
sições gerais de protecção de dados pessoais constantes da 2 — Às bases de dados devem ser conferidas as garan-
Lei n.º 67/98, de 26 de Outubro, designadamente respeitar tias de segurança necessárias a impedir a consulta, a modi-
as finalidades para as quais foi autorizada a consulta, limi- ficação, a supressão, o acrescentamento ou a comunicação
tando o acesso ao estritamente necessário e não utilizando de dados por quem não esteja legalmente habilitado.
a informação para outros fins. 3 — Para efeitos de controlo de admissibilidade da con-
2 — O Instituto dos Registos e do Notariado, I. P., co- sulta, 1 em cada 10 pesquisas efectuadas pelas entidades
munica ao organismo processador dos dados os protoco- que tenham acesso à base de dados é registada informa-
los celebrados a fim de que este providencie para que a ticamente.
4188 Diário da República, 1.ª série — N.º 128 — 4 de Julho de 2008
2 — Para efeitos do disposto no número anterior, abre-se o titular da última inscrição, quando se verifique falta de
a descrição do prédio ainda não descrito e, se a descrição título em que ele tenha intervindo, procedendo-se à sua
resultar de desanexação de outro prédio, faz-se a anotação notificação edital ou à dos seus herdeiros, independente-
da desanexação na ficha deste último. mente de habilitação, quando, respectivamente, aquele
3 — A descrição aberta nos termos do número anterior titular esteja ausente em parte incerta ou tenha falecido.
é inutilizada no caso de o averbamento de pendência ser 3 — As notificações são feitas nos termos gerais da lei
cancelado, a menos que devam subsistir em vigor outros processual civil.
registos entretanto efectuados sobre o prédio. 4 — (Revogado.)
4 — Os registos de outros factos efectuados posterior- 5 — (Revogado.)
mente e que dependam, directa ou indirectamente, da de- 6 — As notificações editais são feitas pela simples afixa-
cisão do processo de justificação pendente estão sujeitos ção de editais, pelo prazo de 30 dias, no serviço de registo da
ao regime de provisoriedade previsto na alínea b) do n.º 2 situação do prédio, na sede da junta de freguesia da situação
do artigo 92.º, sendo-lhes aplicável, com as necessárias do prédio e, quando se justifique, na sede da junta de fregue-
adaptações, o disposto nos n.os 6 a 8 desse mesmo artigo. sia da última residência conhecida do ausente ou do falecido.
5 — O averbamento de pendência é oficiosamente can- 7 — As notificações editais referidas no número anterior
celado mediante a decisão que indefira o pedido de justifi- são igualmente publicadas em sítio na Internet, em termos
cação ou declare findo o processo, logo que tal decisão se a definir por portaria do membro do Governo responsável
torne definitiva. pela área da justiça.
Artigo 117.º-F
Artigo 117.º-H
Indeferimento liminar e aperfeiçoamento do pedido
Instrução, decisão e publicação
1 — Sempre que o pedido seja manifestamente impro-
cedente pode ser liminarmente indeferido, por despacho 1 — Os interessados podem deduzir oposição nos
fundamentado, sendo notificado o interessado. 10 dias subsequentes ao termo do prazo da notificação.
2 — O justificante é convidado para, no prazo de 2 — Se houver oposição, o processo é declarado findo,
10 dias, juntar ao processo os documentos em falta ou sendo os interessados remetidos para os meios judiciais.
prestar declaração complementar sobre os elementos de 3 — Não sendo deduzida oposição, procede-se à inqui-
identificação omitidos, sob pena de indeferimento liminar rição das testemunhas, apresentadas pela parte que as tenha
da pretensão, nos seguintes casos: indicado, sendo os respectivos depoimentos reduzidos a
escrito por extracto.
a) Se ao pedido não tiverem sido juntos os documentos 4 — A decisão é proferida no prazo de 10 dias após a
comprovativos dos factos alegados, que só documental- conclusão da instrução e, sendo caso disso, especifica as
mente possam ser provados e cuja verificação constitua sucessivas transmissões operadas, com referência às suas
pressuposto da procedência do pedido; ou causas e à identidade dos respectivos sujeitos.
b) Se do pedido e dos documentos juntos não constarem 5 — Os interessados são notificados da decisão no prazo
os elementos de identificação do prédio exigidos para a sua de cinco dias.
descrição, nos termos da alínea b) do n.º 1 do artigo 44.º 6 — Tornando-se a decisão definitiva, são efectuados
oficiosamente os consequentes registos.
3 — O disposto no número anterior não se verifica se 7 — A decisão definitiva do processo de justificação é
o serviço de registo puder obter os documentos ou suprir publicada, oficiosa e imediatamente, num sítio na Internet,
a ausência dos elementos em falta por acesso às bases em termos a definir por portaria do membro do Governo
de dados das entidades competentes ou qualquer outro responsável pela área da justiça.
meio idóneo, designadamente por comunicação com o
justificante. Artigo 117.º-I
4 — O justificante pode impugnar a decisão de inde-
ferimento liminar, nos termos previstos no artigo 117.º-I, Impugnação judicial
com as necessárias adaptações. 1 — O Ministério Público e qualquer interessado po-
5 — Em face dos fundamentos alegados na impugnação, dem recorrer da decisão do conservador para o tribunal
pode ser reparada a decisão de indeferir liminarmente o pe- de 1.ª instância competente na área da circunscrição a que
dido, mediante despacho fundamentado que ordene o pros- pertence a conservatória onde pende o processo.
seguimento do processo, do qual é notificado o impugnante. 2 — O prazo para a impugnação, que tem efeito sus-
6 — Não sendo a decisão reparada, são efectuadas si- pensivo, é o do artigo 685.º do Código de Processo Civil.
multaneamente a notificação nos termos do artigo seguinte 3 — A impugnação efectua-se por meio de requerimento
e a notificação da impugnação deduzida. onde são expostos os respectivos fundamentos.
7 — Sendo apresentada oposição ao pedido de justifi- 4 — A interposição da impugnação considera-se feita
cação, o processo é declarado findo nos termos do n.º 2 com a apresentação da mesma no serviço de registo em
do artigo 117.º-H. que o processo se encontra pendente, a qual é anotada no
8 — Se não for deduzida oposição, o processo é reme- diário, sendo o processo remetido à entidade competente
tido ao tribunal para que seja decidida a impugnação. no mesmo dia em que for recebido.
2 — Não havendo lugar a qualquer notificação ou findo de pessoa diversa do requerido, executado ou insolvente,
o prazo a que se refere o número anterior, vai o processo deve efectuar-se no respectivo processo a citação do titular
com vista ao Ministério Público. inscrito para declarar, no prazo de 10 dias, se o prédio ou
direito lhe pertence.
Artigo 117.º-L 2 — No caso de ausência ou falecimento do titular da
inscrição deve fazer-se a citação deste ou dos seus herdei-
Recurso para o tribunal da Relação
ros, independentemente de habilitação, afixando-se editais
1 — Da sentença proferida no tribunal de 1.ª instância pelo prazo de 30 dias, na sede da junta de freguesia da área
podem interpor recurso para o tribunal da Relação os in- da situação dos prédios.
teressados e o Ministério Público. 3 — Se o citado declarar que os bens lhe não pertencem
2 — O recurso, que tem efeito suspensivo, é processado ou não fizer nenhuma declaração, o tribunal ou o agente
e julgado como agravo em matéria cível. de execução comunica o facto ao serviço de registo para
3 — Do acórdão do tribunal da Relação não cabe re- conversão oficiosa do registo.
curso para o Supremo Tribunal de Justiça, sem prejuízo 4 — Se o citado declarar que os bens lhe pertencem,
dos casos em que o recurso é sempre admissível. o juiz remete os interessados para os meios processuais
comuns, e aquele facto é igualmente comunicado, bem
Artigo 117.º-M como a data da notificação da declaração para ser anotada
no registo.
Devolução do processo
5 — O registo da acção declarativa na vigência do re-
Após o trânsito em julgado da sentença ou do acórdão gisto provisório é anotado neste e prorroga o respectivo
proferidos, o tribunal devolve à conservatória o processo prazo até que seja cancelado o registo da acção.
de justificação. 6 — No caso de procedência da acção, deve o interes-
sado pedir a conversão do registo no prazo de 10 dias a
Artigo 117.º-N contar do trânsito em julgado.
Nova justificação
CAPÍTULO II
Não procedendo a justificação por falta de provas, pode
o justificante deduzir nova justificação. Da rectificação do registo
6 — A decisão sobre o pedido de rectificação é proferida produção a partir dos arquivos existentes, por reelaboração
no prazo de 10 dias. do registo com base nos respectivos documentos, ou por
Artigo 131.º reforma dos referidos suportes.
2 — A data da reconstituição dos registos deve constar
Impugnação judicial da ficha.
1 — Qualquer interessado e o Ministério Público po- Artigo 134.º
dem recorrer da decisão do conservador para o tribunal Arquivos de duplicação
de 1.ª instância competente na área da circunscrição a que
pertence a conservatória em que pende o processo. (Revogado.)
2 — O prazo para a impugnação, que tem efeito sus-
pensivo, é de 10 dias. Artigo 135.º
3 — A impugnação efectua-se por meio de requerimento Reelaboração do registo
fundamentado.
4 — A interposição da impugnação considera-se feita 1 — O extravio ou inutilização de uma ficha determina a ree-
com a apresentação da mesma no serviço de registo onde laboração oficiosa de todos os registos respeitantes ao prédio.
foi proferida a decisão de que se recorre e deve ser anotada 2 — Devem ser requisitados aos serviços competentes
no diário e remetida à entidade competente no mesmo dia os documentos que se mostrem necessários à reelaboração
em que for recebida. do registo, os quais são gratuitos e isentos de quaisquer
Artigo 132.º outros encargos legais.
4 — Cumprido o disposto nos dois números anteriores, 2 — A notificação referida no número anterior deve ser
as reclamações são remetidas, para decisão, ao tribunal acompanhada do envio ou da entrega ao notificando de
competente, com a informação do conservador. cópia dos documentos juntos ao processo.
3 — Sendo sustentada a decisão, o processo deve ser
Artigo 139.º remetido à entidade competente, no prazo de cinco dias,
instruído com cópia do despacho de qualificação do registo
Suprimento de omissões não reclamadas
e dos documentos necessários à sua apreciação.
1 — A omissão de algum registo que não tenha sido 4 — A tramitação da impugnação judicial, incluindo a
reclamada só pode ser suprida por meio de acção inten- remessa dos elementos referidos no número anterior ao
tada contra aqueles a quem o interessado pretenda opor a tribunal competente, é efectuada electronicamente nos
prioridade do registo. termos a definir por portaria do membro do Governo res-
2 — Julgada procedente a acção, será o registo lavrado ponsável pela área da justiça.
com a menção das inscrições a que se refere.
3 — A acção não prejudica os direitos decorrentes de Artigo 143.º
factos registados antes do registo da acção que não tenham Audição do notário
constado dos suportes documentais reformados.
(Revogado.)