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Apostila Unidade 3
Apostila Unidade 3
ENCARREGADO
UNIDADE 3 – Parte I
Objectivos
No final desta unidade deverá ser capaz de:
Movimentação de Terras
Terraplenagens
Entivações
Equipamentos
Transporte
Ciclos de trabalho
Compactação de solos
Construção Civil
ENCARREGADO
Trabalhos de demolição
Introdução
Entende-se por demolição, o desfazer de uma determinada
construção apeando os materiais constituintes da mesma.
Ao contrário do que possa, em princípio, parecer, os trabalhos de
demolição apresenta grandes dificuldades e riscos. De facto, demolir
uma construção e ao mesmo tempo garantir a integridade de
construções vizinhas e a segurança do pessoal que executa esse
trabalho, implica o permanente domínio do processo de demolição.
Os acidentes que ocorrem nas demolições em geral resultam de não
ter prevalecido em determinado instante o domínio, e não se ter
sabido controlar a massa de construção a demolir. Por isso, este
trabalho requer um grupo atento, prudente, disciplinado, que observe
e acate as determinações dos responsáveis, encarregados de escolher
o método de demolição mais de acordo com a natureza da construção
a demolir.
Este tipo de trabalho requer muita prudência e disciplina.
Introdução
A escolha do método de demolição deverá estar de acordo com a
natureza e tipo de demolição a executar.
De uma forma geral as demolições podem ser de dois tipos:
Demolição Demolição
parcial Total
Demolição parcial
Este tipo de demolição surge quando se
pretende introduzir alterações em edifícios já
construídos.
Neste caso as demolições e as reconstruções
podem ser indicadas tanto em desenhos que
evidenciam o estado original da construção,
como em novos desenhos que realçam o novo
estado da construção. Para facilitar a
compreensão e o processo de execução, é de
uso corrente assinalar as alterações previstas
em novos desenhos de edificações
transformadas, representando as partes a
demolir com traço amarelo, e a construir com
traço a encarnado.
Apresenta-se na (fig.1), uma planta de um
projeto de alterações, com vermelhos e
amarelos.
Demolição total
Este tipo de demolição surge quando um determinado edifício chega
ao fim da sua vida útil, não se tornando viável a sua recuperação, ou
apresente um avançado estado de degradação. A demolição total
pode também ocorrer quando se verifica que um determinado edifício
ameaçam ruir, tenha sofrido um incêndio, ou violam preceitos
expressos do Regulamento Geral de Edificações Urbanas.
Processos de demolição
A escolha do processo ou processos de demolição, a empregar deve,
pois, basear-se num conjunto de factores que têm a ver com as
características da construção a demolir, na vontade ou não de
recuperar o mais possível os materiais demolidos e no tempo
disponível para a execução da obra.
Demolição
Demolição Demolição
por
manual mecânica
implosão
Demolição manual
Este método desfaz a construção por ação
directa dos trabalhadores na sua forma
tradicional e é sem dúvida, o método que
permite, entre todos, a mais vasta
recuperação de materiais demolidos, uma vez
que o seu processo de atuação conduz a
pequenos desmoronamentos sucessivos que
danificam menos esses materiais e, ao
mesmo tempo, possibilitam a sua separação
à medida que vão sendo demolidos. A
sequência da demolição deverá seguir a
ordem inversa seguida no processo de
construção.
O principal inconveniente é a utilização de
mão-de-obra excessiva e de uma forma
geral, inserida em condições de trabalho
bastante incómodas (fig.2).
Demolição manual
Para além disto, a problemática aumenta quando se trata de grandes
volumes de construção ou se está perante materiais muito resistentes
como, por exemplo, o betão armado e o pré-esforçado.
A maior parte das vezes a demolição manual é o único método
possível a adotar, pois os edifícios com muita altura não são
alcançáveis por processos mecânicos e a vizinhança da construção a
demolir nem sempre permite o uso de explosivos em condições de
segurança.
Demolição manual
Para que os materiais possam ser reciclados, é fundamental que se
proceda à sua separação seletiva, em função das suas diferentes
características, natureza e potencialidades.
A triagem, separação e limpeza dos materiais demolidos poderão ser
feitas mais eficazmente caso a demolição seja efetuada elemento a
elemento, com equipamento manual, pequenos martelos saneador
demolidores, melhorando substancialmente o rendimento.
Este tipo de demolição seletiva é mais lenta e onerosa, os ganhos
estão normalmente mais a jusante, pelo que deverão ser
desenvolvidos esforços para encorajar os trabalhadores a evitar a
colocação incorrecta de materiais nos contentores e, assim,
contaminarem o volume de reciclagem.
É, pois imprescindível a consciencialização dos operários no sentido
de entenderem a importância e os benefícios que podem resultar
para todos nós. É necessário que compreendam que o trabalho que
executam não é trabalho adicional, mas sim de grande utilidade.
Demolição manual
A demolição seletiva é em geral mais cara 10 a 20% que a demolição
tradicional. A demolição seletiva é uma atividade demorada, com
grande incorporação de mão-de-obra, que só será rentável se houver
mercado para os produtos de demolição e o custo de material levado
a vazadouro for suficientemente elevado.
Em suma, uma das mais importantes vantagens da demolição
manual consiste na separação cuidada de todas as categorias de
materiais. A separação na origem é fundamental, tendo em vista a
recuperação de materiais para utilização como matéria primas ou
secundárias.
Demolição mecânica
Considera-se demolição mecânica quando esta é totalmente efetuada
á custa de máquinas não portáteis e pode ser efetuada utilizando
vários métodos e equipamentos.
A demolição mecânica tem como vantagem apenas a rapidez de
execução do trabalho e só deve ser utilizada quando não há
construções vizinhas, suscetíveis de serem atingidas.
Neste tipo de demolição, o aproveitamento de materiais recuperados
poderá ser mínimo.
Demolição por implosão
Este tipo de demolição também conhecido por queda controlada
consiste em fazer rebentar a construção pela criação de uma fonte de
energia súbita e violenta.
O seu manuseamento é extremamente perigoso e só deve ser feito
por pessoal habilitado. Nas obras de demolição o seu emprego é
reservado aos casos em que a situação permite recorrer a ela sem
pôr em risco construções vizinhas ou pessoais.
A demolição por queda controlada ou implosão deverá ser feita
apenas á estrutura do edifício sujeito à demolição. Esta solução
conduz a uma solução de compromisso, que permite recuperar algum
“tempo perdido” em relação à demolição tradicional.
A recuperação dos materiais demolidos por este
processo é imprevisível..
Resumo
Em geral, nas grandes demolições emprega-se mais de um método
de demolição, quando não todos. É vulgar que algumas partes da
construção, sejam demolidos pelo método manual, utilizando-se os
meios mecânicos quando a demolição se encontra a nineis mais
baixos e mais acessíveis para estes tipos de equipamento.
A decisão sobre o processo, ou processos, a empregar, deve, pois,
basear-se num conjunto de fatores que têm a ver com as
características da construção a demolir, com as construções e o meio
que o rodeia, a vontade ou não de recuperar o mais possível dos
materiais demolidos, o tempo disponível para a execução do trabalho,
etc. Só a ponderação de todos estes fatores conduzirá à decisão final,
que muitas vezes não é a desejável, mas a viável.
Plano de Segurança
A escolha do processo ou processos de demolição permite estabelecer
um Plano de Segurança definido por fases e por medidas a tomar
tendo em vista assegurar a estabilidade dos diversos elementos
durante a demolição.
A demolição deverá ser dirigida por um técnico devidamente
habilitado, responsável pela aplicação das medidas necessárias á
natureza dos trabalhos e à proteção e segurança de pessoas e bens,
quer se trate dos trabalhadores que do público.
Deverá estudar-se a segurança dos locais de trabalho de forma a
prever medidas de proteção coletivas ou individuais.
Antes de dar início a qualquer trabalho de demolição, deve
estabelecer-se uma ordem aos trabalhos e só deverão iniciar-se
depois de se assegurar que as instalações de energia elétrica, gás,
água, telefones foram cortados, certificar-se que no caso de haver
depósitos de água apoiados na estrutura os mesmos foram
esvaziados.
Verificação da existência ou não de linhas aéreas de energia elétrica
ou telefones na vizinhança da demolição e se estão sinalizadas e
protegidas de acordo com a normalização das entidades
exploradoras.
Plano de Segurança
A área circundante do local da demolição deverá estar devidamente
vedada e sinalizada. Antes de começar a demolição propriamente dita
deverá proceder-se à retirada dos elementos frágeis como vidros
portas janelas, tubagens etc.
Deverá proceder-se ao escoramento dos elementos de construção
que possam cair antes do previsto pelo plano de demolição.
Demolidor
Por tração; hidráulico ou
pneumático.
Por
Com bola;
compressão;
Demolição por tração
Este tipo de demolição é conseguido utilizando bulldozers ou outro
tipo de equipamento capaz de fazer tração por meio de cabos.
As zonas a demolir devem possibilitar a boa aderência de um cabo
metálico (fig.15).
Demolição por tração
Quando necessário, faz-se previamente um roço horizontal para
garantir a fixação dos cabos.
A tração provocada pela máquina origina o desmoronamento.
Neste tipo de demolição corre-se o risco dos cabos poderem partir-se
e chicotear fortemente quaisquer corpos que encontrem, é
imprescindível que não haja ninguém na zona possível de ser atingida
pela chicotada do cabo sob tracção. Nunca deve permitir-se também,
que trabalhadores passem por cima de um cabo tenso, por razões
idênticas.
A demolição por tração é sempre uma operação muito perigosa e
deve evitar-se que o cabo não deve ser puxado obliquamente, em
relação ao eixo longitudinal da máquina, sobe pena de criar tensões
desiguais nos seus ramos.
Nos ângulos agressivos deve proteger-se o cabo com pedaços de
madeira para evitar que ele “serra” a construção a demolir.
Demolição por compressão
Este tipo de demolição faz-se com recurso a pás mecânicas e tratores
de rastos que arremetem de encontro à construção empurrando-a ou
fazendo-a desmoronar-se à custa de pancadas fortes. Este processo
tem como limite o alcance do braço da máquina, isto é altura da
construção não deve ser maior do que o comprimento do braço da
máquina medido na sua projeção horizontal , e deve ter um limita
máximo de altura de 7,00 m. Este tipo de demolição não deve ser
aplicado a construções velhas, cuja falta de solidez provoque
desmoronamentos prematuros
Demolição por bola
É efetuada normalmente com o auxílio de uma grua móvel que tem
suspenso na extremidade do braço um cabo com uma esfera metálica
de grande peso, a qual atua por movimento pendular ou queda
vertical.
Demolição por bola
O peso da bola varia com a natureza da obra a demolir, mas
sobretudo as capacidades da máquina. Em geral tem entre 500 a
2000 kg.
Para evitar que a grua se volte ao contrário, o peso da bola
terá de ser compatível com a capacidade da máquina. Na
prática deve ser, no máximo, metade da carga nominal
expressa na grua para uma determinada inclinação do braço.
Neste tipo de demolição o aproveitamento de materiais recuperados é
mínimo. Só deve utilizar-se, portanto, nos casos em que não estar
em causa este aproveitamento e apenas a rapidez da execução do
trabalho.
As gruas torre não devem ser utilizadas nestas demolições, uma vez
que o seu braço é permanentemente horizontal e o movimento a dar
à esfera, pendular, pode comprometer a sua estabilidade.
Demolição por bola
Este método, executado embora com gruas apropriadas,
restringe sempre a atuação do manobrador e conduz a
desmoronamentos imprevisíveis, só devendo empregar-se
quando não há construções vizinhas, suscetíveis de serem
atingidas.
Por outro lado, dá origem a uma difícil desobstrução de entulho, uma
vez que
os desmoronamentos não obedecem a nenhuma ordem precisa e
mistura todos os materiais.
A função das gruas torre, nestes trabalhos, deve limitar-se ao
levantamento e à deslocação das partes demolidas, uma vez que a
sua estabilidade é incompatível com os esforços de tração,
compressão e pendular que são pedidos às máquinas durante uma
demolição.
Martelo hidráulico/pneumático
É muito utilizado na demolição de grandes estruturas de betão,
normalmente montadas em braços de pás escavadoras hidráulicas ou
escavadoras de braço telescópico, a onde podem ser adaptadas
mandíbulas.
Uma escavadora equipada com braço telescópico e um martelo
hidráulico pode efetuar demolições a grandes alturas, e usar de forma
alternativa mandíbulas (fig.18).
Demolição por expansão
A demolição por expansão consiste em fazer rebentar as alvenarias e
os betões pela criação de uma fonte de energia súbita e violenta.
O manuseamento de explosivos é extremamente perigoso e só deve
ser feito por pessoal habilitado. Nas obras de demolição, o seu
emprego é reservado aos casos em que a situação permita recorrer a
ele sem pôr em risco construções vizinhas ou pessoas.
O explosivo mais utilizado em demolições é a dinamite, composto
principalmente por nitroglicerina. No entanto, também se usam muito
os explosivos nitratos, compostos essencialmente por nitrato de
amoníaco.
Demolição por expansão
A aceitar os resultados de uma estatística francesa, os acidentes
ligados ao emprego de explosivos dão-se:
Demolição por expansão
Os acidentes durante o transporte devem-se sobretudo à inclusão, na
mesma caixa, do explosivo e do detonador. O seu transporte deve
fazer-se em caixas separadas, sendo essencial que a caixa dos
detonadores tenha uma grande resistência aos choques.
Os acidentes durante a montagem, que são os mais frequentes, têm
várias causas:
• Perfuração e montagem em simultâneo;
• Detonação prematura;
• Mina não explodida.
Rebentador carbónico
Trata-se também de um cilindro introduzido num orifício, mas este
cheio de gás carbónico liquefeito e com uma das extremidades por
uma membrana de aço. Na outra extremidade há uma cápsula que,
ao ser aquecido, provoca expansão violenta do gás dentro do tubo, a
rutura da membrana de aço e a fragmentação dos materiais onde o
cilindro foi colocado.
Recolha e Transporte
Na demolição de paredes exteriores, em edifícios de muitos andares,
devem ser instaladas plataformas de descarga para evitar que os
materiais caiam para zonas inferiores, com eventual danos de
pessoas e veículos.
Estas plataformas deverão ser executadas com peças bastante
resistentes e o seu bordo exterior deve estar, pelo menos, 0,15 m
mais elevado do que a interior. A figura (fig.19) mostra uma solução
mais elaborada para reter os materiais durante a queda.
Recolha e Transporte
A evacuação dos detritos provenientes das demolições deverá ser
feita por meio de troços de tubagem, caleiras ou tapetes rolantes
com diâmetros significativos tendo na base um dispositivo de
retenção suficiente para deter a corrente dos materiais.
É aconselhável que estas caleiras ou tubagens não sejam constituídas
por troços retos e verticais e junto da extremidade de descarga deva
haver barreiras amovíveis, por forma, a amortecer a queda dos
materiais demolidos.
Recolha e Transporte
A recolha dos materiais provenientes de demolições é feito em
contentores de 4 a 6 m3 que em alguns casos podem atingir 13 m3,
de acordo com a quantidade a recolher e o acesso ao local de
produção. O transporte dos contentores é feito numa viatura
devidamente equipada para o efeito.
Recolha e Transporte
Quando do existem várias equipas de demolição e a quantidade de
material demolido é grande, a evacuação destes detritos pode ser
efetuada directamente para camiões, por forma, a rentabilizar ao
máximo este tipo de operação.
Toda a carga transportada não deve ultrapassar o contorno exterior
do veículo e deve ser coberta e solidamente amarrada até ao lugar de
destino.
Recolha e Transporte
A cobertura do material proveniente da demolição, para além de
evitar a levantar de poeiras durante o tempo seco, no Inverno pode
ter alguma importância. Esta deve-se ao facto de a quantidade de
água poder absorver o material transportado e ocasionar o aumento
de peso e do teor em água, tendo em vista a sua aplicação em obras
de aterro. Deve de igual forma, precaver-se a eventualidade de fazer
os camiões circularem em pavimentos cuja resistência não suporte a
carga resultante desse trabalho.
Recolha e Transporte
Quando se trata de contentores específicos para o efeito o seu
transporte é efectuado em viaturas específicas, devidamente
equipadas, tendo em conta as características locais, como por
exemplo, as zonas de difícil acesso.
Toda a carga que possa ultrapassar o contorno exterior do veículo
deve ser solidamente amarrada. Os cabos ou as cordas devem fixar a
carga de forma a impedir, no entanto, que esse contorno exterior
seja excessivamente ultrapassado, por razões de segurança.
Reciclagem dos materiais
A quantidade de resíduos que são produzidos, tanto na demolição de
edifícios, como ao subprodutos das construções novas, deverá ser
encarado com muita preocupação e é urgente encontrar soluções
para a resolução deste problema, especialmente nos grandes centros
urbanos.
Após a segunda Guerra Mundial, alguns países, por motivo de força
maior, tiveram de lidar com grandes volumes de entulhos. Porém em
Portugal, a situação tem sido um pouco diferente e até há bem pouco
tempo, a demolição de um edifício, eram considerada um processo
pouco técnico em que interessava, sobretudo a rapidez.
Reciclagem dos materiais
O prazo de execução da obra é sem dúvida, um fator a ter em conta
como condicionante nos critérios de escolha do processo de
demolição. A grande pressão no cumprimento dos prazos e o
aumento gradual do nível de produtividade contribuem para défices
de preparação da demolição.
Deverá haver preocupações suplementares com os materiais
demolidos, deve basear-se num conjunto de fatores que têm a ver
com as características das construções a demolir, com a quantidade e
qualidade dos resíduos produzidos.
Os critérios a utilizar na elaboração do plano de demolição
previamente estabelecido, deve definir claramente uma ordem de
trabalhos e ao mesmo tempo referir preocupações de consciência
ambiental, passando pela caracterização dos materiais a demolir,
pela sua seleção e classificação.
Reciclagem dos materiais
Torna-se, igualmente importante, o estudo pormenorizado de todos
os materiais constituintes da obra a demolir bem como da sua
quantificação. É assim possível determinar o volume que envolve a
demolição e ao mesmo tempo, estudar de forma mais ou menos
precisa a respetiva reciclagem.
É do domínio geral que não existe uma caracterização exaustiva dos
materiais provenientes das demolições devido às dificuldades técnicas
para caracterizar os diferentes tipos de materiais.
No entanto a sua valorização só é possível se for feito o
encaminhamento dos diversos materiais para um destino final
adequado, por forma, a ser possível a sua reutilização como material
reciclado.
Neste sentido, foi atribuída uma classificação aos resíduos de
construção e demolição em Portugal e na Comunidade Europeia. Esta
classificação está directamente relacionada com as atividades do
sector da construção civil, nomeadamente, ações como novas
construções, restauro e reabilitação às quais está associada a
produção de resíduos.
Dada a variedade de materiais, bem como a diversidade de
atividades do sector da construção civil, a composição fazem destes
materiais verdadeiramente heterogéneo.
Reciclagem dos materiais
Os materiais apresentam uma composição variável, em que a maior
percentagem é, ou poderá vir a ser, reutilizável ou reciclável. No
entanto, a sua valorização só é possível se for feito o
encaminhamento dos diversos materiais para um destinado final
adequado, após um tratamento prévio.
Utilizando as experiências de outros países, torna-se urgente avançar
com uma gestão e seleção adequada, tendo por objetivo a possível
valorização pela reutilização. Esta será, sem dúvida a forma de obter
materiais capazes de serem utilizados na execução de obras de
aterro.
Quiz
Autoavaliação
Unidade 1
Movimentação de
terras
Movimentação
Terraplenagem de terras para
infra-estruturas
Consiste no conjunto de operações de
escavação, carga, transporte,
Compreendem todas as operações
descarga, compactação e
necessárias à execução de fundações
acabamento. Tem como finalidade
para edifícios e outras obras enterradas
alterar a configuração topográfica de um
como caves, depósitos e valas para
terreno, criando uma plataforma de
cabos e canalizações
sustentação para o desenvolvimento de
obras.
Introdução
Quer se trate de uma terraplenagem, ou de uma movimentação de
terras para infraestruturas, o primeiro trabalho a executar é a
decapagem que consiste em retirar toda a vegetação, arbustos,
árvores, raízes, ervas, que existem na zona da obra para a partir daí
se proceder à marcação do terreno por meio de estacas de referência
com as cotas de trabalho, devidamente referenciadas.
A terra vegetal proveniente deste trabalho deve ser devidamente
armazenada, para depois ser colocada sobre taludes para possibilitar
o desenvolvimento da vegetação e contribuir para a sua estabilização
ou para colocação em zonas de ajardinamento.
Nos trabalhos relacionados com a movimentação de terras é muito
importante conhecer as propriedades dos terrenos a onde vão ser
executados os trabalhos.
Introdução
FAQ Interaction
Quer se trate de uma terraplenagem, ou de uma movimentação de
terras para infraestruturas, o primeiro trabalho a executar é a
decapagem que consiste em retirar toda a vegetação, arbustos,
árvores, raízes, ervas, que existem na zona da obra para a partir daí
se proceder à marcação do terreno por meio de estacas de referência
com as cotas de trabalho, devidamente referenciadas.
A terra vegetal proveniente deste trabalho deve ser devidamente
armazenada, para depois ser colocada sobre taludes para possibilitar
o desenvolvimento da vegetação e contribuir para a sua estabilização
ou para colocação em zonas de ajardinamento.
Nos trabalhos relacionados com a movimentação de terras é muito
importante conhecer as propriedades dos terrenos a onde vão ser
executados os trabalhos.
• Pontos de inflexão;
• Traçado previsto;
• Sobrecargas ocasionais e vibrações;
• Escavações anteriores e aterros próximos;
• Água e lençóis de água
• Coincidência de infra-estruturas existentes com o traçado
a seguir.
Análise dos solos
OUTROS FACTORES
Pontos de inflexão
Ângulo da vala
Traçado previsto
Proximidade de outras construções (árvores, iluminação pública etc.)
Escavações Anteriores e Aterros próximos
Pode haver fragilização por proximidade entre outras perfurações existentes.
Sobrecargas ocasionais e vibrações
Amontoamento de Terras
Outros Factores
Água e lençóis de água
Existência
Localização
Profundidade
Coincidência do Traçado
Canalizações (esgotos, gás, electricidade, telefones, etc.)
Características dos solos
Entende-se por terreno como a designação aplicável tanto a solos
como a rochas, distinguindo-se as primeiras das segundas porque se
desagregam quando agitadas em água durante um certo período de
tempo.
Torna-se necessário conhecer as características dos solos e das
rochas, para trabalhos de movimentação de terras e pode ser feito de
acordo com vários critérios.
Aos diversos tipos de rochas e de solos correspondem materiais com
características muito diferentes, nomeadamente em relação à sua
deformabilidade e à resistência, que são propriedades que muito
interessam aos trabalhos de movimentação de terras.
As prospeções e sondagens têm grande importância para o
conhecimento dos solos até profundidades apreciáveis, com
equipamentos de prospeção apropriados (sondas).
Características dos solos
É possível conhecer o terreno onde vão decorrer os trabalhos de
movimentação através de referências geológicas, mas é a extracção
de amostras representativas para exame e ensaios que permite uma
análise detalhada e possibilita uma planificação efectiva dos
trabalhos. Assim, as prospecções e sondagens têm uma importância
fulcral para o conhecimento dos solos; são realizadas com
equipamentos de prospecção (fig.1) apropriados, as sondas, que
atingem grandes profundidades e permitem o reconhecimento
geológico e geotécnico pela recolha de amostras do solo.
O exemplo da figura é um equipamento de sondagens pelo método
de perfuração integral da amostra e pode atingir comprimentos de
perfuração até 800 metros.
Características dos solos
A amostra depois de recolhida, é analisada para determinar as
características dos solos e a sua estrutura. Esta análise baseia
decisões da movimentação de terras, porque resulta na visualização
do estado mais provável do arranjo das partículas e do
comportamento do solo face à movimentação.
Nº do
3˝ 2˝ 1˝½ 1˝ 3/4˝ 3/8˝ 4 10 20 40 60 140 200
peneiro
Malha
(mm) 75,0 50,0 37,5 25,0 19,0 9,5 4,75 2,00 0,850 0,425 0,250 0,106 0,075
Classes de volumes
Volume em bancada (Vb) Volume solto (Vs) Volume compactado (Vc)
•Aplica-se aos solos no seu •Refere-se a solos escavados •Relativo aos solos depois de
estado natural ”in situ” compactados.
Factor de Factor de
empolamento (Fe) compactação (Fc).
Fe = Vs / Vb Fc = Vc / Vs
Volume dos solos
Durante um ciclo de trabalho, podemos prever a evolução do volume
do solo, a sua quantidade e o seu peso constante, como,
esquematicamente, se representa na figura 6.
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Seguidamente apresentamos Interaction
exemplos: button to edit this interaction
Classes de Escavação
A resistência à escavação oferecida pelos diversos tipos de solos é variável conforme a
maior ou menor dificuldade oferecida ao arranque e desprendimento. Podem assim
definir-se diferentes classes de escavação, de acordo com a mesma Especificação LNEC
– E 217.
Os diferentes tipos de solos sujeitos a escavação, deverão ser indicados claramente na
elaboração de qualquer medição de projeto, especialmente no caso das escavações com
condições especiais de execução.
Classe A – Terreno cujo desmonte só é possível por meio de guilho, martelo
pneumático ou explosivos: rochas duras e são, rochas pouco duras ou medianamente
alteradas e, eventualmente, solos coerentes rijos.
Classe B – Terrenos cuja escavação pode ser executada com picarecta ou com meios
mecânicos: rochas brandas ou muito alteradas, solos coerentes rijos, solos coerentes
muito duros e, eventualmente solos coerentes duros e misturas areia-seixo bem
graduadas e compactas.
Classe C - Terrenos que podem ser escavados à picarecta, à enxada ou por meios
mecânicos: solos coerentes duros, solos coerentes de consistência média,
areias e misturas areia-seixo bem graduadas e compactas e, eventualmente, areias
uniformes compactas, turfas e depósitos turfosos, aterros e entulhos.
Classe D – Terrenos facilmente escavados à pá, à enxada ou por meios mecânicos:
areis e misturas areia-seixo bem graduadas mas soltas, areias uniformes compactas,
areias, solos coerentes moles, solos coerentes muito moles, lodos, turfas e depósitos
turfosos, aterros e entulhos.
Classes de Escavação
Rochas duras e sãs
Rochas pouco duras ou medianamente alteradas.
Eventualmente, solos coerentes rijos.
Classe
O desmonte (escavação), neste tipo de terrenos só é possível por meio de:
A - Guilho
- Martelo pneumático
- Explosivos
Rochas brandas ou muito alteradas
Solos coerentes rijos
Solos coerentes muito duros
Classe Eventualmente solos coerentes duros Misturas areia-seixo bem graduadas e compactas
B A escavação neste tipo de terrenos só pode ser executada com:
- Picarecta
- Meios mecânicos
Solos coerentes duros
Solos coerentes de consistência média.
Areias e misturas areia-seixo bem graduadas e compactas
Classe Eventualmente areias uniformes compactas, turfas e depósitos turfosos, aterros e entulhos.
C Podem ser escavados com recurso a:
- Picarecta
- Enxada
- Meios mecânicos
Areias e misturas
Areia-seixo bem graduadas mas soltas
Areias uniformes compactas
Areias
Classe Solos coerentes moles, solos coerentes muito moles, lodos, turfas e depósitos turfosos, aterros e entulhos
D
São facilmente escavados através de:
- Pá
- Enxada
- Meios mecânicos
Volume dos solos - Resumo
O volume de solos é variável conforme o maior ou menor grau de
compactação que ele apresenta.
Definem-se por isso três classes de volumes, correspondentes a
situações diferentes em que o solo se encontre:
∙ Volume em bancada (Vb) – aplica-se aos solos no seu estado
natural ”in situ”
∙ Volume solto (Vs) - refere-se a solos escavados
∙ Volume compactado (Vc) – relativo aos solos depois de
compactados.
Fc = Vc / Vs
Volume dos solos - Resumo
De forma idêntica se poderia definir um fator de compactação.
“Proctor” concluiu que praticamente cada solo tem um teor de
humidade ótimo para o qual atinge a máxima compacidade. Daqui é
fácil concluir que a que é possível obter com uma compactação
adequada.
Na escavação manual é preciso levar em conta a distribuição dos
trabalhadores pela frente de escavação, pois a proximidade excessiva
entre eles pode dar origem a perigo profissional de, nos movimentos
normais do trabalho na execução de tarefas não coordenadas, atingir
outro trabalhador em serviço. A legislação em vigor acautela este
perigo determinando que os trabalhadores de uma frente de
escavação guardem entre si, um afastamento mínimo de 3,60m.
Nas escavações mecânicas, deve-se ter em conta as normas
estabelecidas pela máquina utilizada. Há, no entanto, que observar
normas de carácter geral a respeitar para permitir a optimização da
máquina, a protecção do condutor manobrador, dos demais
trabalhadores e do meio circundante.
Volume dos solos - Resumo
LARGURA PROFUNDIDADE
0,6 m 1,5 m
0,7 m 2,00 m
0,9 m 3,00 m
1,2 m 4,00 m
1,3 m 4.5 m
Construção Civil
ENCARREGADO
Terraplenagens
Introdução
A terraplenagem consiste no conjunto de operações de escavação; carga;
transporte; descarga; compactação e acabamento executados, tendo a finalidade
de passar um terreno, no seu estado original (natural ou não), para uma nova
configuração topográfica e, posteriormente, criar uma plataforma de sustentação para
o desenvolvimento de obras em terrenos. As operações de terraplenagens abrangem,
geralmente, grandes superfícies em terrenos a céu aberto.
Para descobrir materiais aproveitáveis para colocação em aterro e determinar
inclinação máxima dos taludes, além da análise do solo referida no capítulo anterior, a
terraplenagem exige a observação das condicionantes locais que podem interferir na
sua realização, sendo as principais apresentadas a seguir.
A recolha destes dados pode ser feita através da recolha global de informação e da
análise de estudos, fotografias, mapas e outras referências geográficas, topográficas ou
geológicas.
Decapagem
O local destinado aos trabalhos de terraplanagem deve ser
previamente decapado, isto é, deve ser removida a terra vegetal ou
arável existente. Em geral, é decapada uma camada com pouca
espessura e que poderá rondar os 25 cm de altura. Esta terra vegetal
apresenta, em muitos casos, um elevado teor de matéria orgânica,
que poderá ser aplicada imediatamente, ou armazenada em locais
apropriados (para posterior aplicação em zonas ajardinadas ou para a
protecção de taludes).
As terras resultantes da decapagem, dadas as suas características,
não podem ser utilizadas na realização de aterros.
As escavações não devem ser levadas abaixo das cotas indicadas nos
desenhos de projecto, salvo em circunstâncias especiais surgidas
durante o período de construção, tais como a presença de rochas de
grande porte, ou materiais impróprios cuja remoção seja necessária.
Todo o material removido abaixo da cota de projecto, deve ser
sempre substituído por um outro material, com as características de
base de granulometria extensa, satisfazendo a Especificação LNEC E
241 (especificação que indica os materiais a utilizar na execução de
aterros em estradas, incluindo a camada superior de solo que servirá
de leito do pavimentos) e devidamente compactados.
Escavação
As escavações não devem ser levadas abaixo das cotas indicadas nos
desenhos de projecto, salvo em circunstâncias especiais surgidas
durante o período de construção, tais como a presença de rochas de
grande porte, ou materiais impróprios cuja remoção seja necessária.
Todo o material removido abaixo da cota de projecto, deve ser
sempre substituído por um outro material, com as características de
base de granulometria extensa, satisfazendo a Especificação LNEC E
241 (especificação que indica os materiais a utilizar na execução de
aterros em estradas, incluindo a camada superior de solo que servirá
de leito do pavimentos) e devidamente compactados.
O material escavado, cuja aplicação não seja prevista no projecto,
deve ser transportado para locais indicados no mesmo ou, na falta da
indicação, para locais onde não prejudique o prosseguimento dos
trabalhos.
É muito importante que enquanto decorrem os trabalhos de
movimentação de terras sejam executados os trabalhos relacionados
com obras de arte como sejam: muros de suporte; aquedutos;
pontões; pontes sumidouros; sarjetas; colectores etc. O
inconveniente das obras de arte serem feitas antes das
terraplenagens é a dificuldade que criam para as máquinas na zona
circundante, diminuindo a produtividade nesta zona do terreno.
Aterro
Os aterros podem ser efectuados com materiais escavados na própria
obra, de depósito ou de empréstimo e contemplam as seguintes
fases:
1. Espalhamento;
2. Rega;
3. Compactação.
O material de aterro pode conter pedras ou calhaus, desde que a sua
quantidade não prejudique a utilização das técnicas correntes de
construção e controle; estes elementos devem ser bem distribuídos
por toda a camada. É necessário evitar pedras ou calhaus com mais
de 7 cm de diâmetro nos 30 cm na camada superior.
Os solos e a localização das zonas de empréstimo, quando não
estiverem expressamente indicados no projecto, deverão ser
submetidos à aprovação, sendo que é proibido escavar a uma
distância inferior a 15 m da base dos taludes dos aterros previstos.
Aterro
FAQ Interaction
Os aterros podem ser efectuados com materiais escavados na própria
obra, de depósito ou de empréstimo e contemplam as seguintes
fases:
1. Espalhamento;
2. Rega;
3. Compactação.
O material de aterro pode conter pedras ou calhaus, desde que a sua
quantidade não prejudique a utilização das técnicas correntes de
construção e controle; estes elementos devem ser bem distribuídos
por toda a camada. É necessário evitar pedras ou calhaus com mais
de 7 cm de diâmetro nos 30 cm na camada superior.
Os solos e a localização das zonas de empréstimo, quando não
estiverem expressamente indicados no projecto, deverão ser
submetidos à aprovação, sendo que é proibido escavar a uma
distância inferior a 15 m da base dos taludes dos aterros previstos.
1. Dura;
2. Uniforme;
3. Isenta de Fendas, Ondulações e Material solto;
4. Ajustada aos perfis longitudinais e transversais
estabelecidos;
5. Sem depressões superiores a 0,50 cm nas camadas de
desgaste ou 1 cm nas bases e sub-bases (medidas com
uma régua de 4 m).
Juntas de construção
O trabalho deve ser conduzido de modo a evitar, tanto quanto
possível, juntas de construção localizadas quer
longitudinal, quer transversalmente. Recomenda-se que, no
fim de cada dia de trabalho, fique por completar uma faixa de
material com cerca de 0,50 m de largura, ao longo do contorno
que separa a área construída daquela em que vão prosseguir
os trabalhos. O remate da camada, no sentido transversal,
será feito em bisel compactado; caso seja necessário, a parte
em bisel será escarificada. Desta forma ao material não
compactado ligar-se-á o novo material a aplicar, sendo a
compactação dos ambos feita ao mesmo tempo, depois de
homogeneizada a mistura dos dois materiais e corrigido o teor
de água. A ligação do novo material a aplicar deve ser feita de
modo a evitar heterogeneidade.
Construção Civil
ENCARREGADO
Movimentação de terras para infra-estruturas
Introdução
Considera-se movimentação de terras para infra-estruturas o
conjunto das operações necessárias à execução de fundações
para edifícios e outras obras enterradas como caves,
depósitos, abertura de valas para cabos e canalizações
enterradas. Os projectos para esta movimentação ao nível
urbano são complexos, pois têm de considerar os seguintes
elementos:
• Equipamento a usar;
• Normas de segurança a implementar;
• Salubridade dos agentes envolvidos;
• Funcionalidade;
• Factores económicos;
• Factores de protecção ambiental.
1,00 -
1,50 0,60
1,5m 2,00 0,70
2m 3,00 0,90
3,m 4,00 1,20
4,00 1,30
Valas
Também o diâmetro da tubagem a instalar condiciona a
largura das valas temos:
• Tubagem até 50 cm a distância mínima da tubagem à
parede da vala 15 cm.
• Tubagem com 0,60 a 100 cm a distância mínima da
tubagem à parede da vala 20 cm.
• Mais de 100 cm distância mínima da tubagem à parede da
vala 25 cm
Principais funções
As principais funções dos tratores de rastos em terraplenagem são
escavar, transportar; escarificar materiais duros; empurrar
motoscrapers durante a carga, desbravar e desmatar terrenos, puxar
scrapers, rebocar compactadores. No transporte de terras, a distância
máxima em que devem ser utilizados, varia consoante as dimensões
da máquina, mas duma forma geral aconselha-se que seja entre os
60 e os 90 metros.
Dozer
FAQ Interaction
Os Dozers são tractores equipados com uma peça de ataque
constituída por uma chapa frontal (lâmina) para corte e arraste de
terras e que podem operar de quatro formas diferentes, e assim,
cada uma delas é conhecida por um nome específico (Quadro 1).
Resistência ao rolamento:
Subida de declives
Altitude
• Diminui a potência dos motores. Nada tem a ver com o tipo de tração da
máquina, mas sim com o funcionamento interno dos motores.
Aderência ao solo
Deve existir uma relação entre a capacidade do balde e a do O cálculo do nº de veículos de transporte deve efetuar-se de
veículo, de modo que este possa ser carregado com um certo modo a obter-se um fluxo de trabalho ininterrupto, sem
número de baldes completamente cheios. tempos de espera, quer para os veículos, quer para a
Esta concordância é tanto mais importante quanto menor for o carregadora.
numero de baldes por veículo.
Na prática, é normal verificar-se uma sobrecapacidade (quer
Notando que o primeiro balde requer menor tempo de carga de veículos quer da carregadora)
do que os seguintes (já que a carregadora prepara o trabalho
ao mesmo tempo que o veículo de transporte toma posição No caso de excesso de capacidade dos veículos de transporte,
para ser carregado) pode estabelecer-se que: verifica-se que, por não haver então razão para os operadores
Se o único trabalho da carregadora é carregar o veículo de conduzirem de forma eficiente (pois iriam ficar em fila de
transporte, então a capacidade do balde deve ser tal que espera junto à carregadora), o seu ritmo de trabalho diminui,
encha o veículo em 2 ou 3 vezes. afetando todo o rendimento do sistema.
Se a carregadora tem outras tarefas complementares, como Deve-se sobredimencionar a carregadora, evitando-se filas de
sejam abrir fundações, nivelar o solo, ou outras, o volume do camiões ou dumpers e estando sempre o primeiro balde
balde pode ser menor, devendo no entanto o veículo ficar pronto para o carregamento do próximo veículo.
carregado com 3 a 6 baldes.
O nº de veículos deve ser tal que não origine filas no local de
carga e congestionamentos em locais críticos do percurso
Conclusão
Durante um ciclo do veículo, a carregadora executa 3 ciclos de carga, logo são necessários 3
veículos de transporte.
Tempo morto da carregadora : 0,375min x 2,40min = 0,90 min.
Idem, por ciclo de carga 0,90min/ 3 camiões = 0,30 min
A folga é de 0,30 min. = 18 segundos
Construção Civil
ENCARREGADO
Compactação dos solos
Objectivos
No final deste capítulo deverá ser capaz de:
Estática Vibração
Compactadores
Compactadores estáticos Compactadores vibratórios
• Pequenos compactadores • Pequenos compactadores
• Grandes compactadores • Grandes compactadores
Compactadores estáticos
A compactação efetuada por um cilindro estático consiste em colocar
um determinado peso sobre o solo que se encontra imediatamente
por baixo do rolo, que será compactado pela força estática e vertical
deste peso.
Um fator limitativo dos cilindros estáticos é a profundidade à qual a
compactação conseguida é efetiva. A capacidade de ação de um
compactador estático limita-se a uma pequena camada superficial; só
se podem alcançar maiores profundidades aumentando o peso do
cilindro.
Compactadores estáticos
Cilindros de rolo liso
Os compactadores estáticos de rolo liso têm sido totalmente
desprezados e praticamente já não são fabricados devido ao
aparecimento dos compactadores vibradores que superam
largamente os estáticos em rendimento.
Cilindro estático com rodas pneumáticas
Possui de 7 a 11 rodas e o esforço de compactação pode ser variado,
usando lastro de areia ou água. O seu peso pode variar entre 10 e 35
toneladas
A sua principal finalidade baseia-se nas elevadas cargas por
unidade de superfície que transmite ao solo provocando a sua
deformação plástica. Tem a grande vantagem de não promover o
esmagamento do material, conservando a sua granulometria.
O seu efeito de compactação é eficaz unicamente numa zona
superficial pequena com baixa penetração (escassos centímetros).
Dá bom acabamento aos pavimentos das estradas e é ligeiramente
mais rápido do que os cilindros de rolos metálicos.
Compactadores estáticos
Cilindro estático de pés de carneiro
É normalmente constituído por quatro rolos de pés de carneiro com
direção por articulação e é aconselhado para a compactação de solos
argilosos e arenosos. Em geral é usado a velocidades superiores às
dos cilindros vibratórios. O seu peso pode variar entre 15 a 30
toneladas.
Os cilindros desta máquina são metálicos e ocos, enchendo-se de
água; areia ou outro tipo de material. A sua superfície é constituída
por saliências com o objetivo de esmagar o solo que se pretende
compactar através de impacto.
A energia de impacto aumenta com a velocidade no instante do
choque.
Embora sejam eficazes, os compactadores estáticos de pés de
carneiro estão a ser substituídos pelos homónimos vibradores pois
estes têm a vantagem de superar a ação do impacto por uma
vibração muito mais potente.
Compactadores vibradores
A compactação por vibração é muito recente datando-se a sua
origem na segunda guerra mundial. Os diversos tipos de
compactadores de grande porte podem, de uma forma geral,
incorporar, no seu interior, uma massa excêntrica que gira a
uma frequência determinada, produzindo uma força centrífuga
que provoca uma determinada vibração. Estas máquinas têm a
possibilidade de substituir o rolo de acordo com o terreno a
compactar. Existem cilindros vibradores de 1 ou de 2 rolos
Cilindros vibradores de dois rolos
Estes cilindros têm normalmente vibração e tração nos dois rolos
e direção por articulação. Este tipo de cilindros apresenta-se no
mercado com capacidades compreendidas entre 2 e 15
toneladas.
São normalmente usados em solos, sobretudo nas bases e sub-
bases de estradas e, também para asfaltos.
Compactadores vibradores
Cilindro vibrador de um rolo (monorolo)
Estes cilindros vêm equipados com pneus de tração e um rolo
vibrante. Existem versões especiais com rolo de pés de carneiro que
são muito eficazes em terrenos argilosos.
A gama de pesos destes cilindros está compreendida entre as 3 e as
17 toneladas. Usam-se para solos de terra e pedra.
Recentemente surgiram no mercado cilindros vibradores que dispõem
de dispositivos que permitem avaliar a capacidade de resistência dos
solos compactados pelo efeito da compactação.
Os referidos aparelhos têm dado um grande contributo aos
operadores dos equipamentos na localização de pontos fracos das
zonas compactadas. Permitem, igualmente, evitar passagens
desnecessárias de cilindros, tornando assim mais eficiente o processo
de compactação, pela rapidez e pela economia que pode
proporcionar.
Compactadores vibradores
Cilindros rebocados
Os cilindros referidos anteriormente eram equipados com meios de
locomoção próprios (autónomos com motor). O mesmo resultado nos
trabalhos a realizar pode ser obtido por cilindros rebocáveis por
tratores.
Para além dos compactadores demonstrados anteriormente, é
possível o uso de outros denominados “ ligeiros”, utilizados em zonas
inacessíveis aos cilindros. Existem 2 tipos, o compactador apiloador
(sapo) e a placa vibratória.
Compactadores Ligeiros
Compactador apiloador
Estes equipamentos substituíram o maço manual. O seu
motor interno atua sobre um pistão que eleva a massa
com um eixo montado numa chapa espessa na base.
A cada explosão, o pistão eleva-se arrastando o
conjunto, que cai por gravidade. É muito utilizado na
compactação de valas e em recantos.
Placas vibratórias
Este equipamento tem uma chapa espessa que passa
sobre a superfície a compactar. Atua por um motor
ligado a uma massa excêntrica que lhe confere a
vibração necessária à compactação. É utilizado na
compactação de valas, pavimentos e calçadas.
Tanque de rega com aspersor
Um equipamento auxiliar na compactação é o tanque de
rega com aspersor montado sobre reboque ou em
camiões cisterna. É um depósito regador equipado com
aspersor e alimentado por tubo de Ø 20 mm uma
pressão de 2 kg/cm2. A sua utilidade é evidenciada nas
situações de baixa do grau de humidade dos solos.
Escolha do equipamento
A eficiente escolha do equipamento de compactação, relativamente
aos materiais a compactar, requer cuidados muito especiais sendo
que uma má escolha pode trazer inúmeros problemas de falta de
eficácia e até de segurança imediata e/ou futura.
Escolha de Compactadores
1. A compactação de terrenos arenosos é mais eficiente com cilindros
vibradores, adequados a qualquer solo, mesmo que o material de
aterro contenha elevada percentagem de rocha.
2. Os cilindros de rolos lisos oferecem bons resultados na compactação
de pedra britada; areias ou de seixos mecanicamente estáveis.
3. Os cilindros de pneus são apropriados para a compactação da
maioria dos solos, com exceção das areias soltas.
4. Os cilindros de pés de carneiro são aconselhados para compactação
de solos plásticos, nomeadamente nos mais argilosos.
5. A compactação final da camada superior deve ser feita com cilindros
de rolos lisos de 8 a 14 toneladas, ou com cilindros de pneus.
6. As zonas inacessíveis aos cilindros devem ser compactadas com
placas vibratórias ou com apiloadores.
7. Podem-se utilizar diversos tipos de cilindros no mesmo trabalho.
8. A circulação do transporte de terras deve ser controlada para
proporcionar uma compactação uniforme sob os rodados sem abrir
trilhos ou regueiras no aterro.
Controlo da compactação
Um solo é tanto mais resistente quanto mais compacto for, mas só conservará uma
dada compacidade obtida por compactação ou por consolidação se, em obra, se
mantiver sob uma pressão que impeça a sua expansão.
Se a pressão a que o solo está submetido é inferior à pressão de expansão, ele expande
até que encontre uma pressão de reação que o equilibre. Em solos pouco expansivos há
perdas de resistência pequenas e sem significado no comportamento da obra.
Quando o estado de compacidade que dá origem a posterior expansão é obtido por
compactação, diz-se que o solo foi sobre-compactado. Nos terrenos «in-situ» pode
ocorrer um fenómeno análogo que é a expansão por descompressão devida a uma
escavação.
Alguns solos mal graduados e com elementos arredondados conservam mal a
compactação à superfície; as areias limpas, solos mal graduados e de grãos
arredondados facilitam a descompactação à superfície. A utilização dessas areias só é
possível através, seria da aplicação de camadas estáveis, compactadas por vibração.
O controlo de compactação permite determinar se os solos estão ou não nas condições
pretendidas. O método de controlo mais corrente consiste na comparação das baridades
secas obtidas na obra com a determinada no ensaio de compactação, dado haver uma
correlação muito estreita entre a resistência e a baridade.
Controlo da compactação
Atualmente estão a ser desenvolvidos sistemas de controlo de
compactação que contribuirão para o aumento considerável da
performance e qualidade da compactação.
A base do sistema de medição é a relação entre a aceleração e a
rigidez do solo sujeito à compactação progressiva, e permite a análise
directa do comportamento dinâmico do rolo em relação ao estado de
compactação do solo.
As passagens do rolo são reduzidas ao mínimo. Os pontos “macios”
podem ser identificados e tratados de imediato com a mínima
interferência no trabalho, e a uniformidade da compactação é
aumentada a um nível impossível de alcançar segundo os métodos de
testes tradicionais.
Métodos de controlo
Métodos de controlo da baridade seca
Com o controlo da compactação em obra, pretende-se assegurar as
características mínimas de resistência, deformabilidade e
permeabilidade.
Em geral as grandezas controladas são a compactação relativa e o
afastamento do teor em água relativamente ao ótimo, tomando-se
como termos de comparação os ensaios de compactação
normalizados.
Entre os diferentes métodos de controlo da baridade seca, para
posterior cálculo da compactação relativa, consideram-se os
seguintes métodos baseados na determinação do peso e do volume
de uma amostra, o método do extrator e o método da garrafa de
areia.
Existe, ainda, outro método para a avaliação de compactação que
consiste na introdução de água num balão de borracha previamente
colocado no interior do furo do qual foi retirada a amostra de solo a
pesar; a quantidade de água empregue determina o volume exato da
amostra no seu estado natural.
Métodos de controlo
Método do extractor
O método do extractor ou do anel volumétrico é um
ensaio rápido, embora só utilizado em solos finos
argilosos. Crava-se um cilindro de dimensões conhecidas
no terreno, seguidamente retira-se o solo em volta deste
e extrai-se cuidadosamente o cilindro com a amostra.
Colhe-se de seguida uma quantidade de solo para
determinar o teor em água (NP-84).
Método da garrafa de areia
Este método consiste na determinação do peso e do
volume de uma amostra. (Especificação E204-1967) –
Determinação da Baridade Seca «in situ» pelo método da
garrafa de areia grande, sendo a uniforme seca e limpa
de grão redondo, com dimensão inferior ao peneiro ASTM
de malha de 2,00 mm (nº10) de abertura e retida no
peneiro de 0,841 mm (nº20).
Pretende-se com este ensaio a determinação do peso
volúmico do solo compactado. Para isso retira-se o
material extraído de um poço em forma de cilindro de
fundo arredondado com diâmetro e profundidade de 0,20
cm e determina-se o seu volume enchendo-se com areia
calibrada, de peso e volume conhecidos.
Ensaio Macro
Como o ensaio pelo método da garrafa de areia apenas atinge a
profundidade de cerca de 20 cm, torna-se necessário um ensaio
“macro” com a profundidade do poço próxima da espessura da
camada. O ensaio “macro” consiste na abertura de um poço (Figura
4) com um volume dependente da granulometria do material do
aterro. Tem a finalidade de determinar de forma aproximada do
estado de compactação dos materiais utilizados no aterro
experimental e expressa-se por:
Um dos grandes
V = 5 Dmáx Em que: V =Volume mínimo do poço, em m3 inconvenientes
deste ensaio é a
Dmax = Máxima Dimensão (Determinada pela medição através da adesão da folha
folha de polietileno a revestir as paredes do poço) de polietileno
(nem sempre
adere totalmente
às paredes
irregulares do
poço). Nos casos
de baixa adesão
da folha, adota-
se um fator de
cerca de 5% na
redução do
volume do poço.
O material deve
ser pesado logo
após a sua
retirada do poço.
Preparação do poço para o ensaio Medição do volume do poço
Outros métodos
Existem outros métodos de controlo, alternativas aos métodos
clássicos, mas mais expeditos. Os métodos recentes, têm por
base os “isótopos radioativos”. Por exemplo o método do gama
densímetro (troxler) utiliza um equipamento, designado
aparelho nuclear ou troxler que mede os pesos volúmicos
médios a qualquer profundidade (fig.5).
A maior vantagem deste método é a rapidez de execução do
ensaio e de obtenção dos resultados. Nos aparelhos mais
modernos, munidos de um micro processador, podem-se obter
os resultados de um ensaio completo em menos de 5 minutos.
Pode ser precioso no controlo permanente da compactação sem
ser necessário aguardar pelos resultados laboratoriais e, desta
forma, manter o curso da obra a um bom ritmo de execução.
Outros métodos
Uma vantagem complementar dos gama densímetros é poderem
determinar o teor em água. Quando um feixe de neutrões rápido
atravessa um solo, a perda de energia dos neutrões é máxima ao
chocar com os átomos de hidrogénio, o que permite determinar a
quantidade de água. O maior inconveniente deste aparelho é a
utilização de isótopos radioativos que, mesmo usando um nível de
radiações baixo, está sujeito, na maioria dos países, a normas muito
restritas de transporte, armazenamento e utilização (fig.2.86).
No caso da medição do teor em água, alguns autores têm
manifestado reservas elativamente à interferência de certos
elementos químicos, como o cloro ou algumas terras raras que
podem afetar ou despistar os neutrões de forma similar ao
hidrogénio.
Terrameter
Registo de compactação com utilização do Terrameter
Existem no mercado cilindros vibradores que dispõem de dispositivos
que permitem avaliar a capacidade de registo dos solos compactados
pelo efeito da compactação.
Os referidos aparelhos têm dado um grande contributo aos
operadores dos equipamentos, nomeadamente na localização de
pontos fracos da zona compactada. Além disso, permite evitar
passagens desnecessárias dos cilindros, tornando, assim, mais
eficiente o processo de compactação, não só pela rapidez como pela
economia pela rápida solução de problemas.
A utilização deste equipamento permite o registo em todas as
camadas do aterro, indicando-se os valores máximos, mínimo e
médio da compactação; os valores de frequência da vibração em Hz;
a velocidade média em km/hora e o comprimento da pista sujeita a
ensaio. O registo permite verificar a homogeneidade do aterro,
mesmo utilizando uma velocidade de compactação demasiado baixa,
de 1,0 km/hora (7).
Terrameter
Na figura 8, está representado de forma esquemática o equipamento
que permite o registo de compactação terrameter. Como se referiu, o
cilindro é equipado com um dispositivo que permite medir a reação
dinâmica do mesmo durante a fase de compactação e, desse modo,
avaliar a eficácia do próprio cilindro.
Terrameter
Este equipamento permite, ainda, indicar de um modo imediato
quando se atingiu o ponto máximo da compactação e o tempo limite
de utilização do cilindro.
A medição da compactação do Terrameter tem por base a interação
entre a aceleração do cilindro e a alteração de rigidez do solo sujeito
à progressiva compactação. O registo é feito com base nos sinais de
aceleração registados pela unidade; um computador regista a
informação transmitida pelo sensor. A partir do valor registado num
mostrador análogo calcula-se o valor de referência e produz-se um
gráfico para exame dos resultados obtidos e medição das
características físicas ou mecânicas do solo compactado.
A frequência de ensaios será a fixada no caderno de encargos das
obras, ou os impostos pela fiscalização; existem, entrectanto,
parâmetros definidos nas recomendações do LNEC – Ensaios para
Controlo de Terraplenagens - António Gomes Correia – 1980.
Construção Civil
ENCARREGADO
UNIDADE 3 – Parte II
ÍNDICE
Aritmética e Geometria
Desenho
Materiais de Construção
Por exemplo:
• para passar de dm para m divide-se por 10, isto é, /10.
• para passar de m para cm multiplica-se por 100, isto é, x100.
• para passar de cm param divide-se por 100, isto é, 1100.
• para passar de m para mm multiplica-se por 1000, isto é, x1000.
Por exemplo:
• para passar de m para dam divide-se por 10, isto é, /10.
• para passar de hm para multiplica-se por 100, isto é, x100.
• para passar de m para km divide-se por 1000, isto é, /1000.
• para passar de km para m multiplica-se por 1000, isto é, x1000.
Autoavaliação
Unidade 1
Autoavaliação
Unidade 1
Figura 2: Traçado de uma recta entre dois pontos dados com o auxílio
de uma régua.
Régua
A medição de uma distância é também uma operação muito simples,
seja ela a da separação entre dois pontos, ou do comprimento de um
segmento. Coloca-se simplesmente o bordo graduado da régua sobre
eles, de modo a que o traço do 0 da escala coincida com um dos
pontos, ou com o início do segmento. O outro ponto, ou o final do
segmento, coincidirá ou ficará próximo de outro traço da escala:
Se a sua posição coincide com algum dos traços da escala que está
acompanhado de um número, este indica-nos a distância em cm.
- Se fica entre duas linhas com números, devemos tomar o menor e
contar os traços pequenos (mm) da escala que existem desde o
número até ao ponto. Para nos ajudar a contar, o traço do quinto mm
costuma ser um pouco maior. Leremos a distância como os cm
indicados pelo número e acrescentando tantos mm quantas as linhas
pequenas que separam o número do ponto.
- Se fica entre dois traços curtos, os mm não serão inteiros mas sim
decimais, e devemos aproximá-los "a olho", consoante se aproximem
mais de um traço, ou do centro que existe entre ambos. Existem
réguas que também marcam os meios mm, permitindo assim uma
melhor aproximação.
Esquadro de 45º e 60º
Além da régua, existem outros dois instrumentos que também se
podem empregar no traçado de rectas, se bem que as suas
principais aplicações sejam outras (como veremos mais adiante):
são o esquadro de 45° e o esquadro de 60°.
Trata-se de utensílios que se costumam confundir. Ambos têm a
forma de um triângulo, mas existem diferenças entre os seus
lados e entre os seus ângulos
Em relação aos seus lados:
• O esquadro de 45° tem dois lados iguais e um diferente
(maior).
• O esquadro de 60° tem os três lados diferentes. O comprimento
do maior é o dobro do menor.
Em relação aos ângulos:
• • O esquadro de 45° tem dois ângulos iguais, de 45°, e um de
90°.
• • O esquadro de 60º tem três ângulos diferentes, um de 30°,
um de 60° e um de 90°. Os materiais com os quais se fabricam
os esquadros são os mesmos das réguas (sobretudo o plástico).
Podem ter uma escala graduada (no esquadro de 60° ela
aparece no lado mediano e no esquadro de 45º aparece num
dos lados iguais) e ter um rebordo (nos dois lados que não
apresentam escala graduada).
Principais utilizações
Se bem que ambos os instrumentos sirvam para traçar rectas e medir
distâncias, as suas principais utilizações centram-se no traçado de
alguns ângulos e no traçado de paralelas e perpendiculares. Num e
noutro caso, não se costuma trabalhar somente com o esquadro, mas
sim ajudado pela régua.
Para a medição de ângulos basearemos as nossas explicações apenas
nos ângulos que existem em cada um dos esquadros. Se o ângulo é
de 30° ou de 60°, utilizaremos o esquadro de 60°; se o ângulo é de
45 º utilizaremos o esquadro de 45º; e se o ângulo é de 90 º
podemos utilizar indiferentemente qualquer um dos esquadros.
Principais utilizações
A figura 5 ilustra um modo de traçar um ângulo de 30°. Partimos de
uma recta dada (1). Colocamos o bordo do lado maior do esquadro
sobre a dita recta (2). Apoiamos o bordo graduado de uma régua no
lado mediano do esquadro (3). Com os dedos polegar e indicador
pressionamos a régua, para que esta não se mova, e retiramos o
esquadro (4). Pegamos num lápis e traçamos o outro lado do ângulo
(5). Retiramos a régua e temos finalmente duas rectas que formam
entre si um ângulo de 30° (6).
Principais utilizações
O processo é igual para qualquer outro dos ângulos mencionados. Em
vez de utilizar uma régua, podemos empregar igualmente outro
esquadro.
O traçado de ângulos de 90° é equivalente ao traçado de rectas
perpendiculares. Neste caso, pode usar-se um esquadro de 45° ou de
60° para o ângulo de 90º, seguindo o mesmo processo.
Em relação ao traçado de rectas paralelas, seguidamente ilustra-se o
processo geral a seguir.
Principais utilizações
Coloca-se o bordo do lado médio do esquadro a coincidir com a recta
dada (1). No lado mais pequeno do esquadro apoia-se uma régua
(2). Pressionando com os dedos polegar e indicador sobre a régua,
desloca-se o esquadro, deslizando pelo seu lado menor (3).
Pressionamos agora o esquadro e retiramos a régua. Já se pode
traçar a recta (4). Deslizando o esquadro para cima ou para baixo
podemos obter muitas paralelas. É necessário ter cuidado para não
mover a régua.
À semelhança dos anteriores, podemos empregar um esquadro de
45° ou de 60° em vez da régua. Assim, colocando o 0 da escala
graduada na primeira recta, poderemos desenhar uma paralela à
recta a uma determinada distância.
Transferidor
Acabámos de ver que o esquadro de 45° e o esquadro de 60° nos
servem para traçar determinados ângulos. Contudo, o
instrumento que realmente se emprega para a sua medição e
traçado é o transferidor.
Trata-se de um utensílio de plástico, semicircular (também
existem transferidores completamente circulares) e com uma
escala graduada no seu bordo, que não marca comprimentos (em
cm ou mm) e sim ângulos (em graus).
Transferidor
Exemplos da utilização do transferidor:
As duas principais utilizações do transferidor são a medição de
ângulos já traçados e traçar ângulos pré-determinados.
Para medir um ângulo já traçado colocamos o transferidor de
modo que o seu centro coincida com o vértice do ângulo e a
indicação “0“ com um dos lados do ângulo. Procuramos então no
rebordo graduado o ponto no qual passa o outro lado, e
observamos que valor marca (em graus). O método de leitura é
igual ao de uma régua.
Alguns transferidores têm duas escalas no seu bordo, uma
gravada mais para o exterior (mais próxima do bordo) e outra
interior. Uma vai de 0° a 180° e a outra vai de 180° a 0°. Temos
de assegurar-nos de que empregamos a mesma escala.
Transferidor
Por exemplo, se colocamos o 0 da escala exterior sobre um lado do
ângulo, devemos ler o valor do ângulo também na escala exterior. O
ângulo obtuso da figura 7 tem um valor de 127° (medido na escala
interior).
Autoavaliação
Unidade 1
Argamassas ignífugas
Argamassas refratárias
Argamassas isolantes
Autoavaliação
Unidade 1
Autoavaliação
Unidade 1
Parabéns!