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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO TOCANTINS

CURSO DE GRADUAÇÃO EM DIREITO

MARIA EDUARDA RIBEIRO DA SILVA

EXERCÍCIO AVALIATIVO DE DIREITO EMPRESARIAL

AUGUSTINÓPOLIS
2023
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MARIA EDUARDA RIBEIRO DA SILVA

EXERCÍCIO AVALIATIVO DE DIREITO EMPRESARIAL

Exercício da disciplina Direito Empresarial da


Universidade Estadual do Tocantins, (UNITINS), do
curso de Direito, como requisito a obtenção de nota para
a Avaliação 2 do 4° período.

Discente: Pro. Dr. Wagner Saraiva.

AUGUSTINÓPOLIS
2023
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Sumário
1. Recuperação Extrajudicial .................................................................................... 4

1.1. O que é? ......................................................................................................... 4

1.2. Requisitos para homologação do plano de recuperação extrajudicial........... 4

1.3. Os credores na recuperação extrajudicial ...................................................... 5

2. Recuperação Judicial ............................................................................................ 5

2.1. O que é? ......................................................................................................... 5

2.2. Diferenças entre a recuperação e a concordata ............................................. 5

2.3. Processo de recuperação judicial................................................................... 5

2.3.1. Fase Postulatória ...................................................................................... 5

2.3.2. Fase Deliberativa ..................................................................................... 6

2.3.3. Fase de Execução ..................................................................................... 7

2.4. Órgãos de recuperação judicial ..................................................................... 7

2.4.1. Assembleia geral dos credores................................................................. 7

2.4.2. Administrador judicial ............................................................................. 8

2.4.3. Comitê...................................................................................................... 8

2.5. Recuperação Judicial Especial ...................................................................... 9

2.6. Convolação em falência ................................................................................ 9

2.7. Encerramento da Recuperação Judicial......................................................... 9

3. Falência ............................................................................................................... 10

3.1. O que é? ....................................................................................................... 10

3.2. Etapas do processo falimentar ..................................................................... 10

3.3. Legitimados a pedir falência ....................................................................... 10

3.4. Efeitos da falência ....................................................................................... 11

Referências ................................................................................................................. 12
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1. Recuperação Extrajudicial

1.1.O que é?

Regulada pelos artigos 161 a 167 da Lei 11.101/2005, a recuperação extrajudicial visa
negociar as dívidas da empresa/instituição com seus credores.

1.2.Requisitos para homologação do plano de recuperação extrajudicial

Há requisitos de ordem subjetiva, que dizem respeito ao requerente, e requisitos de


ordem objetiva, quanto ao plano que apresenta.
Requisitos subjetivos O devedor, para requerer a recuperação extrajudicial:
i. deverá preencher as mesmas condições do devedor que requer a recuperação
judicial;
ii. ii. não poderá se encontrar em tramitação nenhum pedido de recuperação
judicial;
iii. iii. não poderá ter sido concedido a ele, há menos de 2 anos, recuperação
judicial ou extrajudicial.
Requisitos objetivos Como requisitos objetivos, temos que:
i. o plano apresentado pelo devedor não poderá prever o pagamento antecipado
de qualquer das dívidas;
ii. ii. não poderá prever tratamento desfavorável aos credores que a ele não
estejam sujeitos;
iii. iii. o plano não poderá abranger senão os créditos constituídos até a data do
pedido de homologação;
iv. iv. na alienação de bem objeto de garantia real;
v. v. nos créditos em moeda estrangeira;

A homologação do plano poderá ser facultativa ou obrigatória. A homologação


facultativa ocorre quando todos os credores alcançados pelo plano de recuperação extrajudicial
concordam com suas cláusulas. Agora na homologação obrigatória, nem todos os credores
concordaram com o plano de recuperação extrajudicial.
Houve adesão de uma parte significativa dos credores, porém uma minoria resiste.
Com a homologação judicial, o plano se estenderá a todos os credores, inclusive aos
minoritários que estavam rejeitando. Para ser homologado, o plano deve ostentar a assinatura
de credores que sejam titulares de mais da metade dos créditos de cada espécie por ele
abrangidos.
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1.3.Os credores na recuperação extrajudicial

Segundo o artigo 161, § 1º: Estão sujeitos à recuperação extrajudicial todos os créditos
existentes na data do pedido, exceto os créditos de natureza tributária e aqueles previstos no §
3º do art. 49 e no inciso II do caput do art. 86 desta Lei, e a sujeição dos créditos de natureza
trabalhista e por acidentes de trabalho exige negociação coletiva com o sindicato da respectiva
categoria profissional.

2. Recuperação Judicial

2.1.O que é?

Essa ferramenta é utilizada pela empresa viável, que está passando por crise
circunstancial para superar as suas dificuldades. Aqui, a recuperação é feita por meio da
manutenção dos benefícios sociais e econômicos, como o recolhimento de tributos e circulação
de bens.

2.2.Diferenças entre a recuperação e a concordata

A concordata e a recuperação judicial são instrumentos jurídicos que visam evitar a


falência de uma empresa. A principal diferença entre as duas é que, na recuperação judicial, é
exigido que a empresa apresente um plano de reestruturação, que precisa ser aprovado pelos
credores. Na concordata, era concedido alongamento de prazo ou perdão das dívidas sem a
participação dos credores. A recuperação judicial permite que a empresa continue funcionando,
inclusive para obter os fundos necessários para o pagamento das dívidas. A concordata foi
substituída pela recuperação judicial.

2.3. Processo de recuperação judicial

O processo de recuperação judicial se divide em 3 fases distintas:

2.3.1. Fase Postulatória

A fase postulatória é a primeira do processo de recuperação judicial e se inicia com a


petição inicial prevista no art. 51 da Lei 11.101/2005 em que o empresário ou a sociedade
empresária irá pleitear junto ao juiz, de forma devidamente e substancialmente comprovada, o
deferimento do pedido de recuperação. O magistrado então analisará a petição inicial que
deverá, ser pleiteada por quem tem legitimidade ativa para ser requerente, conter a extensa lista
de documentos prevista no art. 51 da supramencionada lei. Deve conter também relação de
credores, empregados, bens de sócio ou acionista controlador e administradores, além de
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extratos bancários e de investimentos, certidões de protesto além da relação das ações judiciais
em andamento.
A referida lista tem um caráter vinculativo de tal forma que o juiz não poderá dispensar
nenhum destes documentos e somente poderá proferir despacho caso estejam presentes todos
estes. Cabe ressaltar que o Ministério Público não participa desta fase tendo em vista que a lei
não prevê sua intimação apenas se o juiz determinar o processamento do pedido ou decretar a
falência. Caso o pedido não esteja devidamente instruído conforme determina a lei poderá o
processo prolongar-se até a apresentação de todos os documentos estipulados no art. 51.

2.3.2. Fase Deliberativa

Na fase deliberativa teremos atos do juiz relativos ao referido pedido e se inicia com
o art. 52. A primeira questão que se levanta é se os requisitos utilizados pelo juiz serão objetivos
e/ou subjetivos, ou seja, se bastará ao deferimento do processamento do pedido a inclusão de
todos os documentos necessários previstos em lei ou se o juiz emitirá um juízo de valor. Outra
medida importante nesta fase é a verificação dos créditos que ocorre de forma mais restrita que
na falência pois nesta era feito como condição à apuração do passivo a ser satisfeito enquanto
que na recuperação ocorre para legitimar a participação na assembleia de credores que por
consequência é pré-requisito para o principal objetivo da fase deliberativa que é a votação do
plano de recuperação judicial da empresa.
O referido plano deverá conter de forma detalhada e fundamentada os meios pelos
quais o devedor se valerá para vencer as dificuldades que enfrenta, entretanto, a simples
apresentação do plano não representa a recuperação da empresa. Os fatores macroeconômicos
globais e nacionais, acirramento da concorrência do segmento ou até mesma a imperícia na
execução do plano pode comprometer seu objetivo.
O art. 53 disciplina a apresentação do pano que deverá ser entregue pelo devedor em
60 dias a contar do deferimento do processamento do pedido sob pena de convolação do pedido
em falência devendo conter a discriminação pormenorizada dos meios a serem empregados para
a recuperação, sua viabilidade econômica e a publicação de um laudo econômico-financeiro e
de avaliação dos bens e ativos do devedor devidamente subscrito por profissional. O art. 58 por
sua vez prevê a concessão do plano de recuperação e que marca o fim da fase deliberativa e que
consequentemente marca o início da próxima fase que é conhecida como fase de execução e
que será analisada no tópico a seguir.
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2.3.3. Fase de Execução

Esta fase se inicia com a concessão do benefício que se dá após a aprovação do plano
de recuperação pelos credores reunidos em Assembleia que deverá atender os ditames do art.
45 quanto ao quórum. Desta forma, após a aprovação do plano este deverá ser executado e
fiscalizado de forma que caso o mesmo não seja cumprido de forma fiel poderá ser decretada a
falência. Entretanto as condições econômico-financeiras do devedor podem se alterar
significativamente e a lei não pode estar insensível a uma nova realidade de tal forma que
permite uma retificação a partir de requerimento devidamente fundamentado proposto pelo
beneficiado e que seja pela Assembleia Geral de Credores aprovado pelo mesmo quórum
qualificado de deliberação previsto para a aprovação do plano original.
Por fim esta fase será finalizada com a sentença que decreta o encerramento da
recuperação judicial e está previsto no art. 63 da referida lei. Desta forma, sendo cumprido o
plano no prazo de dois anos o juiz determinará a quitação dos honorários do administrador
judicial e das custas remanescentes, a apresentação no prazo de quinze dias de relatório do
administrador judicial, a dissolução de órgãos auxiliares e a comunicação do fim do processo a
junta comercial.

2.4.Órgãos de recuperação judicial

Os órgãos da recuperação judicial são as partes, o ministério público, o juiz e três


órgãos específicos para a recuperação judicial da empresa, sendo a assembleia geral dos
credores, o administrador judicial e o comitê.

2.4.1. Assembleia geral dos credores

Este por sua vez é um órgão colegiado, no qual todos os membros têm poderes iguais,
deliberativos, ou seja, onde se procura atingir as decisões finais de conflitos, órgão responsável
pela apresentação do interesse predominante entre as partes diante da empresa em crise,
formado pelos credores que desejam o reerguimento da sociedade empresária requerente.
Essa assembleia geral é convocada nas hipóteses legais cativeis, ou quando
conveniente desde que a soma dos créditos seja superior a 25% do total das dívidas da empresa,
deverá ser publicada em Diário Oficial ou jornal 15 dias antes da data da realização, onde
deverão estar presentes os credores de mais da metade do passivo da empresa, se esse número
não for alcançado dentro de cinco dias deverá ser feita nova convocação. Essa assembleia geral
dos credores poderá:
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A. Aprovar, rejeitar ou modificar o plano de recuperação judicial apresentado pelo


devedor;
B. Constituir o Comitê de Credores, eleger seus membros e decidir em relação a
substituição;
C. Decidir sobre o pedido de desistência do devedor, nos termos do parágrafo 4°
do artigo 52 desta lei – art. 52 parágrafo 4° - "O devedor não poderá desistir do
pedido de recuperação judicial após o deferimento de seu processamento, salvo
se obtiver aprovação da desistência na assembleia - geral de credores"
D. Eleger o gestor judicial, quando do afastamento do devedor;
E. Deliberar sobre qualquer outra matéria que possa afetar os interesses dos
credores.

2.4.2. Administrador judicial

O administrador judicial figura como auxiliar do juiz deverá ser uma pessoa idônea,
poderá ser habilitado ou não, caso seja, de preferência advogado, economista, contador,
administrador de empresas, ou pessoa jurídica especializada nomeada e que não pode exercer
este cargo se dentro dos últimos 5 anos desempenhou esta função, ou se possui vínculo de
parentesco ou afinidade até 3° grau com qualquer dos representantes legais da empresa que está
requerendo a recuperação judicial, assim como também inimigos ou amigos ou dependente
destes.
Caso exista comitê o administrador deverá fazer a verificação dos créditos, dirigir a
assembleia dos credores e fiscalizar a empresa devedora, mas se não existir comitê o
administrador deverá também exercer essa função se não houver incompatibilidade. O
administrador assume a empresa quando o juiz decreta o afastamento dos diretores da sociedade
empresária, porém quando os diretores ano são afastados o administrador exerce a função de
fiscalizador e fica responsável em verificar o crédito dos créditos e o presidente da assembleia
geral para melhor clareza no procedimento de recuperação judicial.

2.4.3. Comitê

Esse órgão auxiliará quando a sociedade economia em crise explora uma atividade
grande o suficiente para arcar com as despesas desse órgão, as classes de credores se reúnem
para eleger dois suplentes e um membro titular, também deverão ser analisadas as causas de
impedimento, esse comitê possui como função principal a de fiscalizador tanto o administrador,
quanto a empresa que passa pela recuperação, deverá informar qualquer irregularidade nas
dependências da empresa ao juiz, poderá também elaborar um plano de recuperação judicial
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alternativo, ou quando o juiz determinar o afastamento do administrador da empresa deliberar


sobre alienações de bens do ativo.

2.5.Recuperação Judicial Especial

A recuperação judicial especial é para microempresas e empresas de pequeno porte,


através de petição inicial colocando as razões da crise financeira com intenção de renegociar as
dívidas, os credores não atingidos pelo plano especial não terão seus créditos habilitados na
recuperação judicial que deverá ser apresentado em 60 (sessenta) dias que não poderão ser
prorrogados. Ocorre o parcelamento das dívidas quirografárias existentes na data da
distribuição do pedido, pagas em 36 parcelas mensais de mesmo valor, ou maior parcelamento
conforme acordo com a empresa, com a primeira parcela para vencer em 180 dias.

2.6.Convolação em falência

O juiz poderá decretar a falência da empresa, ainda durante o processo de recuperação


judicial, por meio de quatro formas:
1) Por meio de deliberação da assembleia geral de credores;
2) Pela não apresentação do plano de recuperação dentro do prazo de 60 (sessenta)
dias que não podem ser prorrogados;
3) Quando o plano de recuperação judicial tiver sido rejeitado pela assembleia de
credores,
4) Descumprimento de qualquer obrigação assumida em relação ao plano, que se
vencerem até 2 (dois) anos depois da concessão da recuperação judicial da
empresa.
A falência também poderá ser decretada pelo juiz em razão do inadimplemento de
obrigação não sujeito a recuperação judicial, nos casos em que o devedor não efetuar o
pagamento no vencimento acertado, mas que a soma não ultrapasse a máxima equivalente a 40
(quarenta) salários-mínimos na data do pedido de falência ou até mesmo quando for executado
por qualquer quantia líquida, não efetuar o pagamento, ou depositar, não nomear bens
à penhora dentro do prazo legal, ou a pratica de qualquer ato que venha a prejudicar a sociedade
empresária descritos no artigo 94, inciso III da Lei 11.101/05:

2.7.Encerramento da Recuperação Judicial

Quando a empresa cumprir tudo que estava previsto no plano de recuperação, tiver
saldado todas as dívidas, o juiz irá finalizar o processo de recuperação, caso contrário se a
empresa não conseguir cumprir o que acordou, será decretada a falência, com isso o devedor
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será afastado suas atividades para preservar os ativos e recursos produtivos da empresa. Quando
ocorre a falência antecipa-se o vencimento das dívidas dos sócios e devedor, e as partes serão
representadas no processo falimentar por seus administradores ou liquidantes, que terão os
mesmos direitos e serão penalizados com as mesmas obrigações do falido.

3. Falência

3.1.O que é?

Pode ser conceituada como uma “execução concursal do devedor empresário


insolvente”. A falência é um processo de execução, mas não individual, e sim concursal, porque
é voltada contra um devedor que está insolvente.
De acordo com a doutrina, a falência possui três pressupostos:
1. pressuposto material subjetivo (devedor empresário ou sociedade empresária);
2. pressuposto material objetivo (estado de insolvência jurídica);
3. pressuposto formal (sentença que decreta a falência)

3.2.Etapas do processo falimentar

O processo falimentar compreende três etapas:


• Etapa pré-falencial: a pessoa legitimada ingressa com o pedido de falência. Aqui, ainda
não há decretação da falência. Essa etapa se encerra no momento da sentença
declaratória de falência;
• Etapa falencial: inicia-se no momento da decretação da falência e se conclui com o
encerramento da falência;
• Etapa de reabilitação: há a extinção das responsabilidades do falido, e ele volta a se
tornar apto ao exercício da atividade empresarial

3.3.Legitimados a pedir falência

O art. 97 da LFRE prevê o seguinte: Art. 97. Podem requerer a falência do devedor:
I – O próprio devedor, na forma do disposto nos arts. 105 a 107 desta Lei;
II – O cônjuge sobrevivente, qualquer herdeiro do devedor ou o inventariante;
III – O cotista ou o acionista do devedor na forma da lei ou do ato constitutivo da
sociedade;
IV – Qualquer credor.
§ 1º O credor empresário apresentará certidão do Registro Público de Empresas
que com prove a regularidade de suas atividades.
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§2º O credor que não tiver domicílio no Brasil deverá prestar caução relativa
às custas e ao pagamento da indenização de que trata o art. 101 desta Lei.

3.4.Efeitos da falência

Conforme a alteração no art. 104 (Lei 11.101/2005) trazida pela Lei n. 14.112/2020,
a decretação da falência impõe aos representantes legais do falido os seguintes deveres:
1. Assinar nos autos, desde que intimado da decisão, termo de comparecimento,
com a indicação do nome, da nacionalidade, do estado civil e do endereço
completo do domicílio, e declarar, para constar do referido termo, diretamente
ao administrador judicial, em dia, local e hora por ele designados, por prazo
não superior a 15 dias após a decretação da falência, o disposto nas alíneas ‘a’
a ‘g’ do inciso I do art. 104 da Lei n. 11.101/2005;
2. Entregar ao administrador judicial os seus livros obrigatórios e os demais
instrumentos de escrituração pertinentes, que os encerrará pôr termo;
3. Não se ausentar do lugar onde se processa a falência sem motivo justo e
comunicação expressa ao juiz, e sem deixar procurador bastante, sob as penas
cominadas na lei;
4. Comparecer a todos os atos da falência, podendo ser representado por
procurador, quando não for indispensável sua presença;
5. Entregar ao administrador judicial, para arrecadação, todos os bens, papéis,
documentos e senhas de acesso a sistemas contábeis, financeiros e bancários,
bem como indicar aqueles que porventura estejam em poder de terceiros;
6. Auxiliar o administrador judicial com zelo e presteza;
7. Examinar as habilitações de crédito apresentadas;
8. Assistir ao levantamento, à verificação do balanço e ao exame dos livros;
9. Manifestar-se sempre que for determinado pelo juiz;
10. Apresentar ao administrador judicial a relação de seus credores, em arquivo
eletrônico, no dia em que prestar as declarações referidas no inciso I do caput
do art. 104 da Lei n. 11.101/2005;
11. Examinar e dar parecer sobre as contas do administrador judicial.
Além disso, ocorrerão efeitos sobre as obrigações do devedor, dispostas nos artigos
115 a 128 da Lei 11.101/2005, bem como a ineficácia e revogação de certos atos antes da
falência, entre outras consequências.
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Referências

AYOUB, Luiz R. A Construção Jurisprudencial da Recuperação Judicial de Empresas. Grupo


GEN, 2021.

BATALHA, Wilson de Souza Campos. Falências e Concordatas. 2ª Ed. São Paulo. Editora LTr.
1996.

BRASIL. Lei nº 11.101, de 09 de fevereiro de 2005. Regula a recuperação judicial, a


extrajudicial e a falência do empresário e da sociedade empresária. Portal da Legislação,
Brasília, fev. 2005. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-
2006/2005/lei/l11101.htm >. Acesso em 30 nov. 2023.

GUERRA, Érica (org.), LITRENTO, Maria Cristina Frascari (org.). Nova Lei de Falências:
Lei n. 11.101, de 09/2/2005, comentada. - São Paulo: LZN Editora, 2005.

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