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1.

1 A desagregação do bloco soviético


1.1.1 A nova política de moscovo

1995- Mikhail Gorbatchev é eleito secretário-geral do partido comunista da união


soviética. O novo líder encara de frente a deterioração que o sistema vinha sofrendo desde os
tempos de Brejnev. Enquanto o nível de vida da população baixava, o atraso económico e
tecnológico, relativamente aos Estado Unidos crescia e só com muitas dificuldades o país
conseguia suportar os pesados encargos decorrentes da sua vasta influência no mundo.
Gorbatchev enceta uma política de diálogo e aproximação ao Ocidente, propondo aos
americanos o reinício das conversações sobre o desarmamento. O líder soviético procura criar
um clima internacional estável que refreie a corrida ao armamento e permita á URSS utilizar os
seus recursos para a reestruturação interna- perestroika (reestruturação). Gorbatchev inicia
uma ampla abertura política- glasnost (transparência).

Perestroika:
Descentralizar a economia
Estabelecer a gestão autónoma das empresas (que se vêm privadas das
diretivas dos planos quinquenais e dos subsídios que suportavam a falta de
rentabilidade)
Incentivo da formação de um setor privado parcial (estimular a concorrência e
compensar escassez dos bens de consumo)

Glasnost:

Denúncia á corrupção
Censura é abolida
Participação ativada dos cidadãos na política

Março de 1989, a abertura da democracia reforça-se com as primeiras eleições


verdadeiramente pluralistas e livres na união soviética para o congresso dos deputados do
povo.

1.1.2 O fim das democracias populares e da URSS


O fim das democracias populares

A abertura representada pela perestroika e as critica ao Brejnev debilitaram a


autoridade dos líderes comunistas dos países de Leste. A contestação ao regíme imposto por
Moscovo alastrou, começando a abalar as estruturas do poder e a linha dura dos partidos
comunistas europeus não contou agora com a intervenção militar russa para normalizar a
situação. A doutrina da soberania limitada foi posta de lado, e os antigos países-satélites da
URSS puderam escolher o seu regime político. Em 1989 os partidos comunistas perdem o seu
lugar de partido único, realizam-se as primeiras eleições livres do pós-guerra, que promovem a
elaboração de novos textos constitucionais. A “cortina de ferro” que separava a Europa,
levanta-se finalmente, as fronteiras com o Ocidente estas são abertas e em 9 de novembro,
perante um mundo estarrecido cia o muro e Berlim. Perante a situação política, já não fazia
sentido a Alemanha estar dividida, logo esta reunifica-se. A 3 de novembro são anunciados o
fim do Pacto de Varsóvia e a dissolução de COMECON.

Desmoronamento da URSS

A dinâmica política desencadeada pela perestroika tornara-se já incontrolável,


conduzindo para o fim da URSS:
O processo começa nas Repúblicas Bálticas anexadas por Estaline durante a
2ºguerra mundial.
1988- Estónia assume-se como estado soberano no interior da URSS (direito a
passaportes e leis aprovadas tudo próprio)
1990- Lituânia e Letónia, afirma o seu direito de deixar a União.
Gorbatchev intervém militarmente nos estados Bálticos para tentar travar o
processo, pois este não queria o desmembramento da URRS.

A iniciativa que Gorbatchev tomou e a situação fragilizada que tomava a economia do


país, deteriorou a liderança e o prestígio do próprio que perde apoios para Boris Letsin. Agosto
de 1991, Boris confronta abertamente Gorbatchev, chegando a proibir atividades do partido
comunista. No outono do mesmo ano a maioria das repúblicas da União declara a sua
independencia e em dezembro nasce oficialmente a CEI (Comunidade de Estados
independentes).

Uma nova era

O colapso da União Soviética e do bloco socialista mudou radicalmente a vida dos


povos da Europa de Leste. Os seus sistemas políticos evoluíram para democracias liberais ao
mesmo tempo que as suas economias adotaram o modelo capitalista. O desmoronamento
soviético teve um impacto profundíssimo nas relações internacionais, abriu uma época nova
na História do mundo, alterando o equilíbrio de forças:

A guerra fria terminou


O bipolarísmo desapareceu
Cede-se o lugar á preponderância dos estados unidos
A nato reforçou-se, integrando membros do extinto pacto de Varsóvia
A europa deixou de funcionar em dois conjuntos políticos e económicos
distintos
A União Europeia alargou-se para Leste

1.1.3. A transição para a economia de mercado

A perestroika tinha prometido:

Melhores salários
Mais bens de consumo
Melhor assistência social

Mas, a reconversão económica foi um fracasso e a economia deteriorou-se


rapidamente. Consequências:

O descontrolo económico e a liberalização dos preços desencadeiam a


inflação, inflação essa que os ordenados não acompanharam
O desemprego
O atraso no pagamento das pensões
Atraso dos salários dos funcionários públicos
Fim das poupanças das famílias soviéticas

Em contrapartida um pequeno grupo acumulou fortunas, muitos apoderaram-se do


controlo das empresas que foram privatizadas por preços irrisórios. Outros, aproveitando a
desorientação canalizaram fundos públicos para investimentos privados no estrangeiro. Outros
dedicaram-se á extorsão ou ao mercado negro. Em meados dos anos 90, 45% do rendimento
nacional encontrava-se nas mãos de menos de 5% da população. Os países de leste viveram
tambem a transição para a economia de mercado, mas de forma dolorosa. Privados dos
subsídios que recebiam da União Soviética os antigos satélites da URSS sofreram uma brusca
regressão económica. O caos económico instalou-se e as desigualdades agravaram-se. De
acordo com o Banco mundial (2002), nestes países, a pobreza espalhou-se e cresceu a um
ritmo mais acelerado do que em qualquer outro lugar do mundo. A percentagem de pobres
elevou-se.

1.2 Mundo pós-guerra fria: polos de poder e desenvolvimento económico

Nos anos após a guerra fria os estados unidos afirmam-se como a única potência capaz
de exercer uma influência á escala mundial- mundo unipolar, hegemonia americana. A união
europeia alarga-se e aprofunda os laços entre os cidadãos; o sudeste asiático conhece um
desenvolvimento intenso, que dará á china um lugar destacado na geopolítica mundial.

1.2.1 A hegemonia dos Estados Unidos

Três pilares fundamentais do poderio americano:

A prosperidade económica
O dinamismo científico-tecnológico
A supremacia militar

A prosperidade económica

A riqueza dos Estados Unidos assenta num território extenso e diversificado e numa
população de mais de 300 milhões de habitantes. A América glorifica o espírito de iniciativa
individual e o multimilionário bem-sucedido. O estado proporciona condições favoráveis a
quem formar ou liquidar uma empresa (processo simples e pouco dispendioso, a carga fiscal é
ligeira e quase não existe os encargos com a segurança social e as restrições ao despedimento
e á deslocação de mão de obra. A livre empresa mantém-se no centro do sistema económico
americano. O dinamismo da economia americana faz viver milhões de pequenas empresas e
poderosas multinacionais. O país era em 2019 era responsável por ¼ do investimento
estrangeiro mundial. A economia americana apresenta um predomínio do setor terciário. Em
conformidade é o maior exportador de bens e serviços do mundo (áreas da finança, das
telecomunicações e informática, dos seguros, do entretenimento…). O setor primário
(mecanizado e competitivo) lidera a produção de milho ou carne de vaca e conta com
companhias gigantescas. Quanto á indústria tem uma capacidade de inovação constante
acompanhando a procura e tirando partido do alto nível tecnológico do país. No fim do século
XX reconverteu-se e deslocalizou-se para sul e leste do território, acompanhando a evolução
dos polos de alta tecnologia para a Ásia. Os estados unidos perderam o primeiro lugar no
ranking da produção mundial que hoje pertence á China. No início da terceira década do
século XXI os estados unidos mantêm-se a primeira potência económica do mundo, com um
PIB enorme que ultrapassa 20% da riqueza mundial.

Dinamismo científico-tecnológico

A capacidade de inovar é determinante para o desenvolvimento e o prestígio de um


país. Os estados unidos asseguram tambem na viragem para o século XXI a sua supremacia
económica e militar, liderando a corrida tecnológica. Tal como nos tempos da guerra fria, os
estados unidos são hoje a nação que mais gasta em investigação científica. O avanço
americano fica tambem a dever-se á criação precoce de parques tecnológicos- os tecnopolos-
que associam universidades prestigiadas, centros de pesquisa e empresas que trabalham de
forma articulada (Ex: em Silicon valley, Califórnia, berço da internet). A liderança americana na
área científica atrai às suas universidades investigadores de todo o mundo.

A supremacia político militar

desde o fim do poder soviético que ironia política militar dos Estados Unidos se tornou
patente aos olhos do mundo 3 fatores fundamentais disso são: um enorme poder económico,
a capacidade tecnológica e as opções estratégicas do país que olha a defesa como um setor
fundamental. A supremacia militar dos Estados Unidos exprime-se de múltiplas formas:

 na manutenção de forças militares Poderosas bem equipadas e bem treinadas


 no investimento em tecnologia militar, capaz de produzir armas e
equipamentos de última geração. Boa parte do investimento americano a
investigação é para o setor da defesa
 No posicionamento de efetivos militares um pouco por todo o Globo, como as
quadras que policiam os oceanos e muitas bases que apoiam as forças
americanas.
 no grande número de Nações que mantêm alianças ou cortes com os Estados
Unidos, como a NATO, que com o fim do comunismo na Rússia teria à partida
perdida sua razão de existir, mas alargou se incorporando muitos dos antigos
países do Pacto de Varsóvia atribuindo a função de velar pela segurança na
Europa.

Os Estados Unidos têm moldado a geoestratégia mundial desde a década de 90 do


século 20. em janeiro de 1991 Os Estados Unidos à frente de uma coligação de 29 países e sob
mandato da ONU intervém no Kuwait pequeno país do Golfo Pérsico invadido pelo seu
poderoso vizinho iraquiano, O Presidente Bush fala numa nova ordem Internacional pautada
pelas regras da justiça, do direito Internacional e pelo papel da ONU.

Fim da guerra do Golfo foi amplamente mediatizada e mostrou ao mundo o imenso


poder militar americano, em pouco tempo os Estados Unidos passaram a ser olhados como os
policias do mundo, selecionando economicamente países refratários intervindo em missões
militares quer por motivos humanitários quer para travar conflitos. Em 2001 os terríveis
atentados terroristas do 11 de setembro põem fim à Esperança do mundo mais pacífico.
liderados por Jorge Bush (Filho) Os Estados Unidos considera-os uma declaração de guerra do
território Islâmico. esta Visão Conduziu á invasão Do Afeganistão, então acusado de a coitar os
terroristas, e em 2003 uma polémica invasão do Iraque. Esta foi executada sem o aval da ONU
e sob o falso pretexto do regime de Saddam Hussein esconder armas de destruição maciça, a
invasão do Iraque custo aos americanos prestígios e um esforço imenso em vidas e dinheiro, e
abriu um foco de enorme a estabilidade no Médio Oriente que ainda não estabilizou. O mundo
unipolar que o fim da guerra fria inaugurou esbate se, abrindo a porta a novos gigantes: a
Rússia volta a protagonizar a cena Internacional e a China desafia a liderança americana.

1.2.2 os caminhos da Europa unida

Unir um velho continente formado por tantas Nações orgulhosas parece ainda hoje um
projeto assaz ambicioso, etapa a etapa o projeto foi, no entanto, progredindo orientando por 2
vetores principais: o estreitamento dos laços entre o Estados e os cidadãos e o alargamento
geográfico da União.
Da CEE á União Europeia

No fim dos anos 70, a comunidade económica europeia tinha já cumprido 2 grandes
etapas: a eliminação dos direitos alfandegários na circulação interna de mercadorias (União
aduaneira, 1968) e o reforço da participação dos cidadãos e instituições próprias, com as
primeiras eleições para o Parlamento europeu em 1979. Nas décadas seguintes, os
estreitamentos dos laços comunitários receberão um impulso decisivo graças ao dinamismo
jacks Delours, que em 1985 assume a Presidência da Comissão Europeia e que assinará 2
diplomas fundamentais:

 o ato único europeu em 1986 que visa criar um espaço económico sem
fronteiras internas-mercado único
 Tratado de Maastricht 1992 extratado que a partir da CEE cria a União
Europeia.

Em 1993 o mercado único europeu entrou em funcionamento e a comunidade passou


a funcionar como espaço económico coeso onde além das mercadorias podem circular
livremente pessoas capitais e serviços. aproveitando esta dinâmica intensifica as suas
negociações que conduzem ao Tratado da União Europeia assinado na cidade holandesa de
Maastricht.

O Tratado de Maastricht: moeda única e cidadania europeia

O tratado representou um grande passo em frente no caminho da União. Em termos


económicos O seu as etapas para a adoção da moeda única. a 1/01/1999, 11 países
inaugurarão oficialmente o euro que entra então nos mercados de capitais. Na mesma altura
começa também a funcionar um Banco Central Europeu supranacional, que define a política
monetária da União. 3 anos mais tarde estes países pedem se das suas velhas moedas para
adotarem em exclusivo o euro, abdicam de um símbolo maior de soberania identidade
nacionais em favor do ideal da Europa unida. em termos políticos Maastricht estabeleceu a
União Europeia fundada em 3 pilares: um pilar económico que se alicerça na já existente
comunidade económica europeia, não segundo pilar que visa a estruturação de uma política
externa e de segurança comum e o terceiro pilar que congrega a cooperação dos domínios da
justiça e dos assuntos internos. A criação da União Europeia trouxe consigo uma cidadania
europeia, atribuída a todos os nacionais do Estado membro. através da União Europeia
procurou-se estabelecer um vínculo direto entre os cidadãos dos Estados membros
procurando construir uma relação idêntica à existente entre os cidadãos e o seu estado
nacional. a cidadania da União confere direitos vários, como o de viver em qualquer país na
União e de circular no seu espaço; ou de votar nas eleições para o Parlamento europeu e nas
eleições autárquicas do local de residência; o direito de endereçar petições ao Parlamento
europeu e de recorrer aos órgãos de Justiça da União; o direito a proteção do solar em países
terceiros. tratados posteriores como o do mister Adão de 1997 e o Tratado de Lisboa em 2007
viram CLI ficar e reforçar a cidadania instituída em Maastricht, definindo que a cidadania
europeia não substitui nacional e alargando os direitos de participação cívica junto das
instituições. a pertença a uma casa europeia comum é ainda sentida como uma coisa vaga e
longínqua, apesar das medidas tomadas para reforçar o sentimento europeísta a cidadania
europeia passa despercebida ao cidadão comum.

O alargamento geográfico
Nos anos 80 entraram para a comunidade a Grécia Portugal e Espanha que num
passado recente havia implantado regimes democráticos. estas ações colocaram comunidade
no seu primeiro grande desafio já que se tratava de um grupo de países economicamente
atrasados. em 1995 a comunidade alargou se no centro e norte da Europa com as adesões da
Áustria Finlândia Suécia (15 membros). O fim da cortina de ferro que dividia a Europa abriu as
portas aos países de leste, a cimeira de Copenhaga em 1993 define os critérios que deve
empresa e de ir às entradas Na União: instituições democráticas, respeito pelos direitos
humanos, economia de mercado viável, aceitação textos comunitários. Em Lisboa e 4 Europa
em frente ao desafio imenso dormir leste e oeste acolhendo 10 novos países, em 2007
efetivam se as adesões da Bulgária e da Roménia e em 2013 a Croácia nesse ano a União
Europeia atinge 28 os países membros. em janeiro de 2020 O Reino Unido deixou a União
Europeia.

Um percurso difícil

O abandono britânico da UE é expressão das dificuldades que têm presidido ao sonho


de fazer a Europa. O Reino Unido sempre rejeitou a ideia de uma Europa supranacional. este
paradoxo levou-os a bloquear em várias ocasiões o funcionamento da comunidade, a
inviabilizar decisões a rejeitar o euro e finalmente a mandar o projeto europeu. O alargamento
geográfico da comunidade contribuiu também para a complexidade do seu funcionamento as
instituições europeias necessitam de uma reforma profunda pois as cisões são muitas vezes
bloqueadas pelas posições díspares dos Estados Membros e as respostas a problemas graves
podem tardar e serem suficientes.

A União Europeia no mundo

União euro é um modelo original logo não pode copiar soluções tem de as construírem
novos parâmetros. os europeus têm tendência a realçar-lhe os defeitos e fracassos dando para
quê as realizações. este projeto nasceu no rescaldo de 2 guerras sanguinárias. Hoje parece
impensável que está um conflito armado dentro das fronteiras da União já sou 7 décadas de
paz ininterrupta. A União Europeia não possui um grande exército comum, mas é uma grande
potência económica formando com os Estados Unidos e a China a tríade económica do
planeta. Hoje cerca de 440000000 de cidadãos fazem da UE um enorme mercado consumidor
e a sua moeda é partilhada por 20 os países e impôs-se como segunda moeda mais importante
do mundo. Revela se ainda como a economia mais aberta aos países em desenvolvimento
superando as importações desses países Nos Estados Unidos a China e o Japão em conjunto.
Europa distingue-se do mundo como espaço de respeito pelos direitos do Homem e o exemplo
no que respeita a proteção dos cidadãos e a política climática. A União dá o velho continente
uma voz nas questões mundiais entre o poderio dos gigantes da América e da Ásia as
pequenas Nações europeias estariam hoje irremediavelmente condenadas é um papel
diminuto.

1.2.3 o dinamismo das economias asiáticas

O sucesso do Japão serviu de incentivo e modelo à primeira geração de países


industriais do leste asiático, Singapura Hong Kong Coreia do Sul e Taiwan. os governos
procuraram atrair capitais estrangeiros, concederam grandes incentivos à exportação e
investiram fortemente no ensino. tiraram também partido de uma mão-de-obra muito
abundante e disciplinada capaz de trabalhar longas horas diárias por pouco dinheiro. os 4
dragões o instituíram um tremendo sucesso económico e rapidamente se dotaram de
tecnologia necessária para impor as suas marcas próprias sobretudo nas áreas de automóvel e
da eletrónica. Os anos 70 quando a retração económica do Ocidente fez abrandar as
exportações destes novos países a Ásia livrou-se mais para si mesma e para o imenso mercado
que constitui, as economias assim áticas impulsionar o crescimento dos países Das Nações do
sudoeste asiático, fazer nascer uma segunda geração de países industrializados na Ásia. NOS
anos 80 a República Popular da China deixou as apertadas regras do colunismo a maoísta e
abriu-se a economia de mercado e em poucas décadas a China tornou-se um gigante que fez
desequilibrar o favor da Ásia a balança economica mundial e trouxe à cena mundial novas
potências como a Índia.

1.2.4 modernização e abertura da China à economia de mercado

A “era Deng”

A missão de mudar a face da China foi assumida por Deng, um comunista da velha
guarda. este dividiu a China em 2 áreas geográficas distintas: o interior, essencialmente rural,
primeiro seria resguardado da influência externa e o litoral abrir-se-ia progressivamente ao
capital estrangeiro integrando-se no mercado Internacional. 1980 as cidades de Shenzhen,
Zuhai, shantou e xiamen foram classificadas como zonas económicas especiais e dotadas de
uma legislação ultraliberal, favorável aos negócios. as empresas de todo o mundo foram
convidadas a estabelecerem se nessas zonas, tudo foi facilitado, a aquisição dos terrenos, os
custos foram reduzidos ao mínimo, os trâmites burocráticos, O pagamento de impostos muito
baixo e a contratação de mão-de-obra. 4 anos depois em 1984, 14 outras cidades foram
abertas ao investimento estrangeiro e o espaço disponível foi-se alargando sim por sobre a
mão firme do Estado central China conseguiu atrair um conjunto imenso de empresas
estrangeiras que para aí deslocalizaram a sua produção. A competitividade do país é imbatível.
possuí um território imenso riquezas naturais e sobretudo uma massa inesgotável
trabalhadores disciplinares e resilientes, que laboravam longas horas por salários baixíssimos
quase sem folgas nem regalias sociais. com o crescimento que rondava os 10% ao ano
rapidamente a China se tornou a fábrica do mundo. os dirigentes chineses trataram de integrar
o país nas estruturas internacionais das quais até então se mantiver afastado. em 1980 a China
aderiu ao FMI e em 2001 tornou-se membro efetivo da Organização Mundial do comércio
concorrendo NOS mercados em igualdade com os demais membros.

A grande potência

O crescimento da China tem impressionado o mundo, em pouco tempo passou de um


país essencialmente rural para maior produtor industrial do planeta. em 2010 tornou-se a
segunda potência económica mundial e em 2020 cumpriu o objetivo de tornar Xangai a
principal praça financeira da Ásia. o país encontra-se também na vanguarda tecnológica com
investimento que ameaça ultrapassar o gigante americano. em 2013 o Presidente Xi Jinping,
anunciou o ambicioso programa conhecido por novas rotas da seda, cujo objetivo é construir
ligações fáceis terrestres e marítimas entre a China e o resto do mundo ancoradas em grandes
investimentos e infraestruturas. o programa tem progredido com dezenas de países de todos
os continentes a aceitarem capitais chineses para a construção ou reabilitação de várias
férreas portos barragens e outras construções. e agora a China aqui neste mundo traçando
como objetivo o primeiro lugar no poderio global.

A integração de Hong Kong e Macau

Aproximação da China ao Ocidente favoreceu as negociações para a integração dos 2


enclaves encontravam ainda em mãos europeias: Hong Kong sob administração britânica
desde o século XIX e Macau colónia fundada pelos portugueses em 1557. Eram centros
económicos prósperos, que se enquadravam no novo paradigma económico adotado pela
china. Depois de vários anos de negociações, os ingleses acordaram em 1984, a transferência
da soberania de Hong Kong para a China, a partir de 1 de julho de 1997. O acordo instituía uma
“Região Administrativa Especial” com um elevado grau de autonomia, por um período de 50
anos após a transferência de poderes. Poucos anos depois em 1987, celebrou-se um acordo
idêntico entre Portugal e a China com vista á integração de Macau que ficou marcada para o
dia 20 de dezembro de 1999.A transferência da soberania de Macau acabou por se fazer de
uma forma mais serena do que Hong Kong, quer por se tratar de um território mais pequeno e
menos desenvolvido que por nos dois anos anteriores se ter comprovado o cumprimento
genérico, por parte da China do acordo estabelecido com os ingleses.

1.3. Mundo pós-guerra fria

Após a Guerra Fria, quando o medo de um conflito nuclear pairava, havia esperança
por um período mais pacífico. No entanto, a realidade mostrou-se diferente, sugerindo que a
paz almejada não foi alcançada. Durante a Guerra Fria, apesar da tensão constante, o
equilíbrio de poder entre as superpotências (Rússia e Estados Unidos) proporcionava
estabilidade global. Elas evitavam conflitos regionais em suas esferas de influência. Porém,
quando perderam sua influência, ressentimentos antigos surgiram, levando a confrontos
violentos. Assim, a “nova ordem mundial” que o presidente Bush havia proclamado, baseado
no direito e no primado da ONU, nunca se concretizou e os conflitos proliferaram. Alguns de
cariz mais tradicional confrontaram-se estados e exércitos regulares, mas a maioria foi
alimentada por milícias, guerrilhas, entre outros e semeiam o caos, a miséria e a violência
desenfreada.

1.3.3 A instabilidade do Médio Oriente

Região fraturada por antagonismos religiosos, diferenças culturais e disputas de território.


Depois do sucesso militar da primeira guerra do Golfo, em 1991, os estados unidos intervieram
militarmente na região:

2001: invadiram o Afeganistão, acusado de acoitar os terroristas da Al-Queda, que


haviam perpetrado os terríveis atentados do 11 de Setembro.

2003: os estados unidos e o reino unido invadem o Iraque sobre o pretexto de possuir
armas de destruição maciça constituindo uma ameaça global. Consequências: multiplicaram-se
as sublevações, proliferaram os atentados e, sobretudo, cresceu o extremismo islâmico.

2011- Primavera Árabe subverte a Tunísia, a Líbia, o Egito, a Síria, o Lemen, entre
outros países. Caem os ditadores, mas outros há em que as guerras se eternizam, a Síria
desencadeia uma guerra civil violentíssima devido á contestação de Bashar el-Assad.

1948-Eterno conflito entre Árabes e Israelitas, desde que a ONU dividiu a palestina
entre estes dois povos.

1993-presidente Bill Clinton procurou lançar as sementes da paz, concertando as


posições israelitas com as da OLP (Organização de Libertação da Palestina). As negociações,
conduzidas secretamente em Oslo, desencadearam num acordo assinado em Washington, em
1993. O acordo estabeleceu o reconhecimento mútuo das duas partes.

2.1 A afirmação do neoliberalismo e a globalização da economia


O fim da prosperidade económica

A década de 70 marca o fim dos “trinta gloriosos”, anos de abundância e crescimento


económico do mundo capitalista. Na origem desta interrupção do crescimento estiveram, a
instabilidade monetária e a crise energética. Nos finais dos anos 60, a economia norte-
americana dava já sinais de abrandamento. A recuperação da europa e do japão restringiu os
ganhos do comércio externo americano e as despesas com a guerra do Vietname agudizaram o
défice orçamental. A inflação, a fuga de capitais e a desaceleração da produção e do comércio
traduziram-se na contínua depreciação do dólar. Em agosto de 1971 o presidente Nixon
decidiu suspender a convertibilidade do dólar em ouro. Era o fim da ordem económica de
cooperação económica estabelecida, no pós-guerra, pelos acordos de Bretton Woods. A
desregulamentação do sistema monetário internacional provocou uma forte instabilidade
monetária e fez alastrar a inflação. A crise energética provocada pelos choques petrolíferos
tambem contribuiu para a o marasmo económico. Os paises ocidentais, dependentes deste
recurso foram particularmente afetados, muitas empresas fecharam, outras tiveram de reduzir
ou reconverter a sua produção. O desemprego cresceu, o consumo retraiu-se e a inflação
tornou-se galopante. Este fenómeno, nas crises no capitalismo recebeu o nome de estagnação
(estagnação industrial e inflação). Consequência: acentuaram-se os défices comerciais e os
défices orçamentais. A crise originou novas soluções políticas e económicas.

O neoliberalismo

As dificuldades crescentes das economias ocidentais levaram os governos dos países


capitalistas e afastarem-se das políticas reguladoras keynesianas. O estado que tinha
desempenhado um papel ativo na economia ao financiar grandes projetos industriais e ao
reduzir as injustiças sociais, é forçado ao rigor orçamental. Os governos dos principais países
capitalistas enveredam por planos de austeridade e de redução da despesa porque as políticas
de proteção social e de criação de emprego pelo estado agravam os défices e impedem o
controlo da inflação. Um novo modelo político e económico emerge como alternativa, o
neoliberalismo. O neoliberalismo demarca-se do estado-providência por rejeitar a intervenção
estatal na economia:

 Defende a privatização dos setores tradicionalmente geridos pelo estado


 Exalta o mercado como instrumento regulador e o livre funcionamento da
economia com instrumento redistribuidor da riqueza (livre iniciativa, livre
concorrência, livre jogo de oferta e da procura).

Grã-Bretanha durante os governos de 1979 a 1991 e os Estados Unidos durante 1981 a


1989 foram os laboratórios deste novo modelo económico que gradualmente se expande para
os países capitalistas do Ocidente. Os programas neoliberais reduzem a intervenção
económica e social do Estado: os investimentos do Estado são limitados, efetuam se cortes na
segurança social e privatizam-se os serviços e as empresas públicas como a indústria, abanca,
os transportes e telecomunicações, as habitações, saúde educação. Em prol da liberdade
individual e da competição entre os agentes económicos o peso do Estado reduz-se ao
mínimo e a regulação económica passa a ser feita pelas forças de mercado. estas medidas
foram acompanhadas de ações destinadas a estimular a iniciativa privada e a atrair o
investimento. para combater a espiral inflacionária da economia limita-se a emissão de
moeda e controla se os salários:

 as novas leis fiscais reduzem progressivamente a tributação em geral


 a legislação laboral facilita a flexibilização dos contratos de trabalho a
contratação e o despedimento de mão-de-obra.

Nos anos 90 como poder político favorável à abertura dos mercados ou Estados recuo
nas medidas protecionistas e em breve um progressivamente pelo livre-câmbio diz
regulamentando os mercados e favorecendo a entrada de capitais estrangeiros. Os
progressos tecnológicos dos transportes e das comunicações encurtam as distâncias e fazem
reduzir os custos. Consequência: o comércio cresce e as operações de negócios espalham-se
pelo mundo criando cadeias de produção Internacional. as atividades e iniciativas tornam-se
cada vez mais dependentes de imperativos externos e as grandes decisões são tomadas a nível
Internacional. a globalização estava em marcha.

A globalização da economia

Diz últimas 2 décadas do século 20 que acrescenta interdependência das economias


acelera a globalização. em benefício do comércio livre as fronteiras são progressivamente
apagadas, as áreas do comércio de Nações ampliam-se, o espaço produtivo vinculado pelas
grandes multinacionais alarga se e os mercados financeiros articulam se através da Internet
logo a economia processa se à escala global.

os mecanismos da globalização a liberalização das trocas

a partir dos anos 90 a conjuntura política e económica mundial favorece uma nova e
significativa expansão do comércio Internacional:

 Abrem-se novas possibilidades ao comércio Internacional e ao capitalismo


devido ao colapso do comunismo na URSS integração da China em 2001 e os
antigos países comunistas da Europa balcânica e oriental no sistema comercial
global OMC.
 alguns Estados estabelecem acordos de cooperação económica que derrubam
as barreiras aduaneiras e criam vastas organizações regionais de comércio
exemplo disso são a União Europeia (que sucede á CEE), a Nafta- a América do
norte, Estados Unidos O Canadá e o México. são verdadeiros mercados
comuns onde os produtos circulam livremente.
 A expansão dos mercados e das trocas mundiais obrigaram à criação da OMC-
Organização Mundial do comércio, que absorve o gatt na regulação do
comércio Internacional.
 para resolver os aspetos burocráticos que faziam atrasar a circulação das
mercadorias os membros da OMC aprovaram em 2013 o acordo de facilitação
do comércio, depois de anos a simplificar e harmonizar os procedimentos
internacionais de exportação e importação o acordo entrou em vigor em 2017.

Á medida que o século 21 avança para muitos com fluxo comercial prodigioso e o
mundo quase que parece um mercado único, os polos dinamizadores das trocas
internacionais são América do norte a União Europeia e Ásia pacífico, pois este centro mais
de 80% do comércio do mundo estando a União Europeia no primeiro lugar nas trocas Inter-
regionais, a China que se tornou a fábrica do mundo assume protagonismo nas trocas
mundiais, o Médio Oriente é o principal fornecedor mundial de petróleo que é seguido por
polos secundários dos quais se destacam países como a Rússia e o Brasil Na América Latina.
Houve um abrandamento provocado pela crise financeira de 2008, mas o comércio mundial
manteve o seu ritmo de crescimento, desde 1995 o comércio mundial cresceu em média 4% e
5% em volume e em valor respetivamente. O surto pandémico da covid 19 provocou um
declínio comercial, entre 2022 1021 a atividade humana foi interrompida devido aos
confinamentos ao encerramento das fronteiras e a desaceleração ou cancelamento de muitos
setores económicos. após meses de abrandamento as exportações mundiais começaram a
recuperar regressando aos níveis pré-crise a partir dos finais de 2020. Com a invasão da
Ucrânia em 24/02/2022 colocou-se móveis e certezas à economia global apesar das suas
modestas participações no comércio e na produção mundial a Rússia e Ucrânia são grandes
fornecedores de produtos essenciais incluindo cereais Energia e fertilizantes. Consequências:
as sanções ocidentais á Rússia e o prolongamento da guerra tem impacto direto no aumento
dos preços e NOS fluxos internacionais, aumentou o crescimento das tensões geopolíticas,
aumentou os riscos de fragmentação económica e comércio Internacional.

Circulação de capitais

a liberalização das trocas e o aumento do volume e valor das transações de bens e


serviços geraram um aumento dos fluxos internacionais de capitais um que pediram a
progressiva liberalização dos mercados financeiros. NOS anos 80 com o fim de sistemas de
taxas fixas e a progressiva adoção do modelo económico neoliberal diversos países deixaram
de ver necessidade em manter restrições financeiras, reduzindo o abandonando o controlo
sobre os movimentos de capitais. a abertura dos países emergentes ao capital estrangeiro veio
aumentar a liquidez dos mercados financeiros na década de 90. Na UE o processo de
liberalização dos mercados culmina no tratado de Maastricht, que anula definitivamente todas
as restrições ao movimento de capitais. a mesma Kim a Comissão Europeia lança um plano de
ação para consolidar a União dos mercados de capitais a protelando a eliminação dos
obstáculos ao financiamentos e investimentos das empresas em territórios do espaço
europeu. o aumento dos investimentos sob a forma de ações, empréstimos ou compra de
divisas, negociados nas bolsas de valores, deu-se à desregulamentação dos mercados. as
bolsas de Nova Iorque Paris Tóquio eu por os fogos financeiros ultrapassam o montante de um
bilião de dólares. os bancos expandem as suas redes internacionais e desenvolvem novos
instrumentos financeiros. A revolução das TIC transformou a indústria de serviços financeiros e
acelerou a coalização financeira, pois um currículo no computador em tempo real e com custo
mínimo é possível acompanhar os preços de transacionar e fazer investimentos noutros países
e com diferentes moedas. a liberalização financeira e o aumento dos investimentos externos
contribuem para o crescimento económico, mas a interdependência dos mercados também
aumenta e aumenta o risco das crises financeiras globais por estar tudo ligado.

As empresas multinacionais

Nos anos 90 as grandes empresas prosseguem a tendência para a internacionalização.


tem benefícios como a liberalização dos mercados e os progressos NOS transportes e nas
tecnologias da informação e comunicação, tem chamadas multinacionais e outras nacionais
sofrem mudanças estruturais e adoção estratégias que implementação a escola global, como a
conceção do produto o processo de fabrico e o setor de comercialização que se encontram
dispersos por vários continentes De acordo com as vantagens específicas de cada região e que
esta oferece. estas contribuem para o estabelecimento de uma divisão Internacional do
trabalho entre os países desenvolvimento e emergentes por um lado onde as matérias-primas
são extraídas e se o localizam os trabalhadores de baixo custos, e os países desenvolvidos
quando se fixam as sedes e os trabalhadores especializados. presentes em todos os setores
económicos, petróleo, agroalimentar, restauração, automóvel, têxteis, TIC, as firmas a
multinacionais representam o quadro do PIB mundial e 2/3 do comércio mundial são portanto
o principal motor da economia global.

As tecnologias de informação e comunicação

Uso do computador nas empresas e a violação na Internet NOS finais dos anos 90
revolucionarão os sistemas produtivos e também os modelos de organização empresarial de
negócios. as redes de comunicação mais rápidas e acessíveis e eficientes permitiram:

 o desenvolvimento comercial hoje interligação entre as bolsas de valores os


bancos e os corretores dos diversos países através da rede de computadores
aumentaram a velocidade das transações e possibilita os investidores de
movimentar as suas aplicações financeiras.
 Expressão das multinacionais podendo ser geridas a partir de qualquer lugar
 transferência de capitais, até mesmo por telemóvel ou computador
 a divulgação de produtos e serviços, marketing

Todos os tipos de transações trans nacionais têm atualmente uma componente digital.
tens grandes plataformas digitais digam empresas e clientes em qualquer parte do mundo
criando verdadeiros mercados globais. a revolução digital é a marca da globalização do século
21.

A globalização em questão

para os seus defensores a globalização impulsionou o desenvolvimento económico não


só dos países desenvolvidos, mas também nas regiões periféricas, facilitou o acesso a bens e
serviços, estimulou a procura e a produção, impulsionou o desenvolvimento tecnológico,
incrementou os investimentos estrangeiros, proporcionou a criação de postos de emprego e a
redução da pobreza. os críticos da globalização denunciam o aumento das desigualdades entre
pessoas e territórios, que beneficia principalmente a TRIADE onde se concentram os principais
autores da colonização como as multinacionais bolsas de Los organismos internacionais, e
dentro desta tríade os mais ricos que possuem 10% da humanidade que detém 85% da riqueza
do mundo. por outro lado, a interdependência dos mercados financeiros aumenta o risco de
crashes, mas grandes bolsas de valores gerando recessões com impacto à escala mundial. Hoje
detratores de globalização apontam o agravamento da situação social como desemprego
provocado pela deslocalização das empresas para países mão-de-obra de baixo custo e as
condições de trabalho impostas aos trabalhadores nos países em desenvolvimento e
responsabilizam os governos e as grandes empresas pelos problemas ambientais que resultam
da desenfreada exploração dos recursos naturais. É criticada por favorecer a ocidentalização
cultural, os desenvolvimentos dos intercâmbios internacionais tendem a eliminar a diversidade
cultural dando origem a uma cultura globalizada o controlo das principais redes de
comunicação de grandes empresas particularmente as americanas favorece a difusão da
cultura ocidental como músicas filmes etc. Na sociedade civil cada vez mais consciente destes
problemas surgem movimentos ativistas que usam as redes sociais para mobilizarem os
cidadãos e inventarem novas formas de luta. os ativistas nasceram no final dos anos 90 tendo
não para um movimento como alter globalização. Ganharam notoriedade nas ruas de
Washington em 1999 num protesto que reuniu cerca de 70000 pessoas este grupo tentou
impedir a reunião da OMC e chamar a atenção para os efeitos nefastos da globalização.

2.2 as questões transnacionais


no ano 2000 por ocasião da cimeira do Milénio das Nações Unidas os líderes mundiais
manifestaram a sua preocupação com:

 a pobreza externa
 pediram reforço seja operações de paz das Nações Unidas
 pediram o apoio para as populações mais vulneráveis
 pediram o combate à injustiça a desigualdade e ao crime e a proteção da Terra em
benefício das gerações futuras

A declaração de grémio aprovada pela Assembleia Geral da ONU comprometeu todos os


países numa parceria global para o desenvolvimento sustentável com metas
calendarizadas até 2015. no mesmo ano a ONU reuniu-se para fazer o Balanço, as taxas de
pobreza Como Eu cair para metade, mas foram os locais permaneciam e alguns tinham se
mesmo agravado. Questões transnacionais de Hoje:

 o extremismo violento os conflitos armados e as ameaças cibernéticas cada vez


mais sofisticadas ameaçam segurança global
 A exploração desenfreada dos recursos naturais e poluição fazem crescer os
perigos ambientais
 as crises financeiras infiltram se em economias intimamente ligadas agravando as
desigualdades económicas e sociais
 a pobreza e os conflitos fazem engrossar o número de refugiados e os fluxos
migratórios
 as propagações de pandemias obrigam ao fecho das fronteiras

Questões minam a segurança humana o desenvolvimento e os direitos humanos. em


2015 os membros da ONU aprovaram a agenda 2030 para o desenvolvimento sustentável os
seus 17 objetivos dão continuidade à agenda do Milénio ampliando o seu escopo às dimensões
ambiental social o institucional desenvolvimento sustentável económico. o multilateralismo
constitui-se como veículo global para abordar os complexos desafios do nosso tempo através
dos esforços concertados de autoridades supra e transnacionais, como a ONU a União
Europeia a nato entre outras.

2.2.1 migrações

Um mundo vivo o novo período de migrações em massa. uma em cada 35 pessoas é


migrante Internacional, em 2022 cerca de 281 milhões de pessoas viviam fora dos seus países
de origem. desde a década de 1990 os movimentos migratórios aceleraram se, aos efeitos: o
progresso da educação que permitiu às pessoas recusar o destino de nascerem num país
pobre, a inclusão de Mulheres e menores na mobilidade Internacional, a urbanização
galopante que favorece a atração Internacional a emissão generalizada de passaportes, o
progresso NOS transportes, a multiplicação dos meios de comunicação. são os Fortes
económicos e demográficos que motivam as atuais migrações. a pobreza desemprego e a
perspetiva de uma vida melhor continua a levar muitos milhares de pessoas a mudarem se
para países estrangeiros com um contrato de trabalho ou ilegalmente em situações muito
precárias. Os fatores sociopolíticos incluem as perseguições étnicas religiosas e culturais e
políticas a guerra o risco de conflito fazem as pessoas abandonam os seus países e as
migrantes podem obter o estatuto de refugiados. os fatores ambientais tiveram sempre
impacto sobre as migrações como as alterações climáticas igualmente ocorrência de
catástrofes.
A globalização e as transformações políticas sociais e culturais dos últimos anos alteraram
também a Geografia das migrações:

 os principais fluxos dirigem-se do Sul para norte para os Estados Unidos e para a
Europa.
 umas intensas migrações entre os países do Sul deslocam-se para os países do Golfo
Pérsico e enriquecidos pela produção de petróleo
 a regionalização dos sistemas migratórios é favorecida pela melhoria das vias de
comunicação e redução dos preços das viagens e pelos acordos de LIVRE circulação de
pessoas.

Os efeitos das migrações são diversos economicamente para os países de acolhimento a


entrada de migrantes constitui uma oferta de mão-de-obra pronta para trabalhar. com os
países de origem eu envio dinheiro pelos migrantes constitui uma fonte apreciável de ti vias,
mas é oposição a uma redução de mão-de-obra e fuga de cérebro quebrando desenvolvimento
do país. em relação à demografia e socialmente no país de origem há uma diminuição da
população que tende a reduzir os conflitos sociais já NOS países de acolhimento a entrada de
migrantes contribuem para o rejuvenescimento da população, mas também podem gerar
complexos problemas sociais e políticos outras consequências e a migração clandestina a
exploração de trabalhadores migrantes, a segurança, o crescimento da discriminação. Os
ataques terroristas são frequentemente associados à mobilidade transfronteiriça fazendo
reforçar o controlo das fronteiras. Na Europa a eliminação das fronteiras internas pelo acordo
de Schengen A criação da Agência Europeia de fronteiras e guarda costeira, enquanto alguns
Estados iniciaram pouco forçaram a construção de muros ou vedações das suas fronteiras.
idade humana contribui para o desenvolvimento de novas formas de relações sociais a partilha
cultural ia por multa de competências e saberes que quem se as sociedades a convivência e
coabitação dos mais diversos grupos étnicos culturais e raciais promove a multiculturalidade. O
encontro intercultural gera também ambivalências, crises tensões e conflitos, a diversidade
cultural e a gestão da intercultura alidade tem sido objeto de preocupação dos organismos
internacionais e nacionais. em 2005 a UNESCO adota a Convenção para a proteção e promoção
da diversidade das expressões culturais que estabelece a importância da cultura e diversidade
cultural e traz contributos para prevenir os conflitos internacionais e interculturais retiram-se
os níveis aprovaram O Pacto mundial das migrações que reforça o compromisso do diálogo
global e da cooperação Internacional em matéria de migração. A União Europeia promove
iniciativas e projetos com estes objetivos como projeto europeu cidades interculturais ou os
programas de intercâmbios escolares. Os Estados membros da União Europeia assinaram um
novo pacto para a migração e asilo com vista a pôr em prática uma política europeia de
migração humanitária eficaz e o plano de ação para a integração e inclusão 2021-27. pretende
conceder às migrantes oportunidades de participar plenamente na vida económica social e
cultural e política dos países de acolhimento para promover a inclusão e a coesão social.

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