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PLANO DE
RECUPERAÇÃO DE
ÁREA DEGRADADA
(PRAD)

INTERESSADO: MAIS GREEN


INSTALAÇÕES ELÉTRICAS LTDA.

CNPJ: 06.559.884/0001-03

RESPONSÁVEL TÉCNICO:
ENGENHEIRO AGRÔNOMO MAGNUM
DE SOUSA PEREIRA – CREA CE N°
061444425-0
Plano de Recuperação de Área Degradada (PRAD)
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LTDA.

APRESENTAÇÃO:

Os Planos de Recuperação de Áreas Degradadas – PRAD’s tomam


por base o diagnóstico ambiental da área onde ocorreu a degradação,
assim como o das áreas em seu entorno, que irão indicar o real potencial
de recuperação para que se estabeleçam as metodologias de recuperação
mais eficientes.

A partir de tais informações, são selecionadas as metodologias de


recuperação mais adequadas para cada área em particular. Tais
metodologias consistem de um compilado de procedimentos que visam
considerar a necessidade de se fazer cumprir a legislação ambiental,
especialmente no que concerne aos procedimentos de reparação de
danos ambientais e proteção tanto do solo como dos recursos hídricos.

No que se trata da atividade de mineração, algumas características


principais do solo são alteradas durante a lavra. Tais como a perda da
camada superficial, alteração da estrutura física, perda da matéria orgânica,
e perda de fertilidade natural. Esses fatores aliados à retirada da cobertura
vegetal e consequente perda da biodiversidade, impedem que o
ecossistema retorne de forma natural a um estado de equilíbrio, o que
motiva a necessidade de implantação de programas a fim de recuperar as
áreas degradadas.

Tal fato é de tal relevância que a apresentação de PRAD’s na concepção


de empreendimentos minerários, é exigida e inclusive prevista na Constituição
Brasileira (1988), e em outras legislações tais como o Decreto/Lei 97.632/89.
Neste âmbito, órgãos federais, estaduais e municipais estão cada vez mais
atentos a necessidade de recuperação de áreas mineradas, de modo a
condicionar em seus processos de licenciamento a necessidade da
apresentação de PRAD’s.

Face ao exposto, o presente documento trata-se de um PRAD, solicitado


como condicionante da Autorização a ser concedida pela Secretaria de Meio
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Ambiente do Estado do Ceará (SEMA), gestora do Corredor Ecológico do Rio


Pacoti, no âmbito do licenciamento ambiental de uma lavra de areia na Zona
de Uso Sustentável do referido Corredor, referente ao processo NUP
570001.000108/2023-12. Ressalta-se que o licenciamento da atividade em
cerne está sob a competência da Secretaria de Meio Ambiente e
Desenvolvimento Urbano de Aquiraz.
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CONTROLE DE REVISÕES
Revisão Data Página Descrição das alterações
00 18/03/2023 TODAS Emissão inicial

APROVAÇÃO
Nome Função Assinatura

Eng. Agrônomo
Magnum de Sousa Pereira
CREA-CE: 061444425-0
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SUMÁRIO:

1. Introdução: ...........................................................................................................................9
2. Identificação das partes: ....................................................................................................10
2.1. Identificação da empresa interessada: .......................................................................10
2.2. Identificação do empreendimento: ............................................................................10
2.3. Identificação da Consultoria: ......................................................................................10
3. Caracterização do empreendimento: .................................................................................11
4. Legislação Ambiental Pertinente: .......................................................................................12
5. Dados técnicos da Mineração: ...........................................................................................14
5.1. Recurso Mineral: ........................................................................................................14
5.2. Método de Extração Mineral: .....................................................................................14
5.3. Lavra: Regime Operacional da Mina: ..........................................................................16
5.4. Gestão do Estéril: .......................................................................................................17
6. Caracterização Geoambiental da área: ..............................................................................18
6.1. Geologia e Geomorfologia: .........................................................................................18
6.2. Solos: ..........................................................................................................................20
6.3. Recursos Hídricos: ......................................................................................................21
6.3.1. Clima:......................................................................................................................22
6.3.2. Fauna e Flora: .........................................................................................................23
7. Plano de Recuperação da Área Degradada: .......................................................................23
7.1. Objetivos: ...................................................................................................................23
7.2. Área de Implantação do PRAD:...................................................................................24
7.3. Proposta de Recuperação da Área Degradada: ..........................................................26
7.3.1. REVEGETAÇÃO: Plantio de Espécimes Florestais nativos:.......................................27
7.3.2. Identificação e Isolamento das Áreas: ....................................................................28
7.3.1. Reconformação topográfica: ..................................................................................28
7.3.2. Seleção de Espécies Vegetais .................................................................................30
7.4. Técnicas e Procedimentos de Plantio de Revestimentos Vegetais: ............................32
7.4.1. Pré-Plantio: .............................................................................................................34
7.4.2. Plantio e Replantio: ................................................................................................34
7.4.3. Acompanhamento e monitoramento da área recuperada: ....................................37
7.4.3.1. Manutenção e Tratos culturais: ..........................................................................38
8. Prazo para a implantação do plano: ...................................................................................38
9. Cronograma físico: .............................................................................................................39
10. Custo de implantação: ....................................................................................................40
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11. Conclusões e Recomendações:.......................................................................................41


12. Bibliografia: ....................................................................................................................42
13. Equipe técnica: ...............................................................................................................43
14. ANEXOS: .........................................................................................................................44
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LISTA DE FIGURAS:
Figura 1 - Mapa de localização do empreendimento. ................................................................12
Figura 2 – Mapa de situação da área de lavra/área degradada. .....Erro! Indicador não definido.
Figura 3 – Mapa da área a ser recuperada. .....................................Erro! Indicador não definido.
Figura 4 - Aplicação de insumos para melhorar a qualidade do solo. ........................................35
Figura 5 - Sistema de tutoramento para evitar o tombamento das plantas. ..............................36
Figura 6 - Procedimento para aberturas das covas e manuseio das mudas. ..............................36
Figura 7 - Croqui ilustrativo para distribuição das espécies por sucessão ecológica. .................37
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LISTA DE QUADROS:
Quadro 1 – Fatores de produção nominal do projeto (mina) a partir do 5º ano ........................17
Quadro 2 – Coordenadas da área a ser recuperada (UTM SIRGAS 2000). ...... Erro! Indicador não
definido.
Quadro 3 - Relação de espécies lenhosas nativas recomendadas para a revegetação da área do
PRAD: .........................................................................................................................................32
Quadro 4 - Cronograma físico do projeto:..................................................................................39
Quadro 5 - Custo de implantação do projeto: ............................................................................40
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1. Introdução:

Á área sob o número de processo ANM Nº 800.068/2023 de que


trata o Presente Plano de Recuperação de Áreas Degradadas – PRAD, está
situada no município de Aquiraz/CE, mais especificamente no Distrito de
Jacundá, , com área total correspondente a 13,88 ha.

Toda a área de 13,88 ha foi requerida a Secretaria de Meio Ambiente


e Desenvolvimento Urbano de Aquiraz para o desenvolvimento das
atividades de lavra. Nesse contexto, o presente PRAD visa cumprir a
solicitação por parte da SEMA para a apresentação de Plano de
Recuperação de Área Degradada com foco na área a ser lavrada. Esclarece-
se que a execução deste PRAD será realizada ao fim da atividade mineira,
uma vez que o desenvolvimento da lavra se dá a medida que os trabalhos
são iniciados e identificam-se os locais de maior concentração de material
mineiro disponível no site.

Este documento foi elaborado com base no Termo de Referência


para mineração, disponibilizado pela SEMACE e se apoiou na Norma
Regulamentadora 13030 de 1998 (NBR 13030:1998), que trata da
Elaboração e apresentação de projeto de reabilitação de áreas degradadas
pela mineração.

Face ao exposto, este PRAD visa nortear as ações a serem desenvolvidas


neste projeto segundo a legislação ambiental aplicada e seguindo as
metodologias mais eficazes para recuperação dos danos causados ao meio
ambiente pelo empreendimento ora citado.
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2. Identificação das partes:

2.1. Identificação d a empresa interessad a:

Razão Social: MAIS GREEN INSTALAÇÕES ELÉTRICAS LTDA.


CNPJ: 06.559.884/0001-03
EST ES PINDOBA-AQUIRAZ, MILAGRES, S/N°,
Endereço:
JACUNDÁ, CEP: 61.700-000, AQUIRAZ/CE

2.2. Identificação do empreendimento:

Atividade: Extração de areia


EST ES PINDOBA-AQUIRAZ, MILAGRES, S/N°,
Localização:
JACUNDÁ, CEP: 61.700-000, AQUIRAZ/CE
Processo ANM: 800.068/2023
Área total do
75,00 ha
imóvel:
Área de
13,88 ha
exploração:
Área do PRAD
17,38 ha
Geral:
Área do PRAD
5,10 ha
Efetiva:

2.3. Identificação d a Consultoria:

Consultor
Magnum de Sousa Pereira
Responsável:
Formação: Eng. Agrônomo, Mestre em Ciência do Solo.
CREA-CE: 061444425-0
Telefone: (85) 99903-0503
E-mail: geoadvanc@gmail.com
Número ART: CE20231142062
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3. Caracterização do empreendimento:

A área do empreendimento, está situada no município cearense de


Aquiraz, mais especificamente no Distrito de Jacundá, região
metropolitana de Fortaleza.

A área fundamento deste trabalho está situada na região


metropolitana do Município de Fortaleza se encontrando a sudeste de
Fortaleza. O acesso à área se faz saindo de Fortaleza, pela CE-040 por
aproximadamente 9,1 km, até alcançar a estrada da cachoeira, seguindo
por esta via por aproximadamente 2,7 km, alcançando a área de área de
estudo.

Figura 1: Croqui de localização e acesso a área do empreendimento

Figura 1 abaixo apresenta o mapa de Localização do


empreendimento, destacando a região onde o mesmo está inserido e a
área de lavra.
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Figura 2 - Mapa de localização do empreendimento.

4. Legislação Ambiental Pertinente :

A mineração, por seus impactos, muitas vezes irreversíveis, é a única


atividade cuja obrigação de Recuperação de Áreas Degradadas (RAD) é
imposta pela Constituição Federal do Brasil de 1988 (FARIAS, 2016).

O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade


(ICMBIO), em sua Instrução Normativa n° 11 de 2014, uma das quais
regulamentam o RAD no Brasil, considera área degradada como “aquela
impossibilitada de retornar por uma trajetória natural a um ecossistema que
se assemelhe ao estado inicial, dificilmente sendo restaurada, apenas
recuperada”. A mesma Norma conceitua recuperação como a “restituição
de um ecossistema ou de uma população silvestre degradada a uma
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condição não degradada, que pode ser diferente de sua condição


original”.

Ainda nos termos da Instrução Normativa ICMBIO nº11/2014, este


processo deve ocorrer através da “condução de regeneração natural”, ou
seja, é esperado que a recuperação da área seja estimulada, uma vez que,
apesar da regeneração natural ocorrer sem indução humana, em certas
situações, essa não é uma medida comumente empregada. Concorre para
tal, o fato de a remoção do solo orgânico dificultar o estabelecimento
espontâneo da vegetação, intensificando os processos erosivos,
principalmente onde a alocação de solo não foi realizada devidamente
(USEPA, 1972; FERRETTI, 2002a).

Em se tratando mais especificamente do processo de exploração


mineral, que envolve a produção de estéril, podemos citar a ABNT NBR
13029:2017, que trata sobre a elaboração e apresentação do projeto de
Pilha de Disposição de Estéril (PDE). A citada legislação define estéril como
qualquer material não aproveitável economicamente, cuja remoção se
torna necessária para a lavra do minério.

A Norma Reguladora de Mineração para Disposição de Estéril,


Rejeitos e Produtos publicada em 2001 pela, (DNPM (extinto) - NRM
19/2001) ANM, define diretrizes para conformação de estruturas para este
fim e estabelece, dentre outras regras, a necessidade da supervisão por
profissional habilitado e do monitoramento da percolação de água, da
movimentação, da estabilidade e do comprometimento do lençol freático
de depósitos de estéril.

No que tange especificamente aos Planos e Projetos de


Recuperação de Áreas Degradadas em empreendimentos de mineração,
pode-se citar a Norma Regulamentadora 13030 de 1998 (NBR
13030:1998), que fixa diretrizes para elaboração e apresentação de projeto
de reabilitação de áreas degradadas pelas atividades de mineração,
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visando a obtenção de subsídios técnicos que possibilitem a manutenção


e/ou melhoria da qualidade ambiental, independente da fase de instalação
do projeto.

5. Dados técnicos da Mineração:

5.1. Recurso Mineral:

O bem mineral que será explotado no Sítio Milagres é representado por


sedimento arenoso, caracterizado por possuir uma coloração esbranquiçada,
de granulação fina a média e composição formada principalmente por
quartzo, feldspato e mica, entre outros minerais, com uso na construção civil,
na qual será comercializada no município e adjacências. O avanço vertical na
explotação foi definido de acordo com o comportamento qualitativo do
minério, que será de 6,0 metros.

5.2. Método de Extração Mineral :

A extração de areia será feita a céu aberto, com o desmonte realizado


de forma mecanizada, pelo método de lavra em cavas. O processo de extração
do bem mineral é realizado basicamente em duas etapas: o desenvolvimento
e a lavra, onde no planejamento e desenvolvimento da mina serão levadas em
consideração a geologia, a topografia e as condições ambientais do local.
O desenvolvimento corresponde à preparação do terreno, ou seja, a
remoção da camada de superfície que corresponde ao solo e cobertura
vegetal para a implantação da frente de lavra.
Essa etapa ocorrerá apenas nos locais definidos para exploração
mineral e será realizada de forma mecanizada, com a raspagem superficial do
terreno para a retirada e manejo de restolhos vegetais e camadas de solos,
que serão deslocados para a lateral do terreno, a fim de serem utilizados no
processo de recuperação da área degradada. A limpeza será feita por faixas
apenas em locais que sejam necessários, sempre que houver o avanço da
lavra, até a exaustão da jazida.
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O trabalho de extração de areia é uma atividade mineira simples, uma


vez que compreende apenas a remoção do seu sítio natural e transporte, não
comprometendo o equilíbrio ecológico, desde que o avanço vertical não seja
além do previsto.
O processo de extração se inicia com a criação de rampas de acesso,
que já existem no local e serão apenas aproveitadas, ocorrendo sua
recuperação sempre que houver necessidade e após o período de inverno.
Depois de aberta a rampa de acesso, faz-se uma via dentro da área a ser
trabalhada, para facilitar o movimento dos caminhões de transporte. Essa via
compactada deve ser removida ao final da mineração, para não alterar a
natureza do piso.
Os trabalhos de extração serão desenvolvidos de forma mecanizada e
serão utilizados inicialmente uma retroescavadeira e caminhão caçamba, e em
seguida, à medida que a cava for se aprofundando, um sistema de dragagem,
ocorrendo a mineração conforme a demanda da região.
No local, a estocagem de minério será feita temporariamente, onde seu
carregamento ocorrerá praticamente imediato, não existindo rejeito na
mineração, sendo a relação estéril/minério de 3/60, ou seja, para cada 600
centímetros de areia retirado do local serão gerados 30 centímetros de
restolho vegetal e solo, que serão armazenados para posterior uso na
recuperação da área degradada.
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Figura 3: Fluxo de atividades no processo de operação da lavra.

5.3. Lavra: Regime Operacional da Mina :

As operações de lavra serão desenvolvidas em 01 turno diário, em


22 dias por mês e restrito ao período de maio a dezembro, uma vez que o
período chuvoso afeta a operação da lavra pelo preenchimento das cavas
com água, o que inviabiliza a retirada da areia. O quadro abaixo apresenta
os valores de produção programados.
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Quadro 1 – Fatores de produção nominal do projeto da lavra.

5.4. Gestão do Estéril :

Na extração mineral, uma das principais fontes de degradação


do meio ambiente é a estocagem de rejeito ou resíduos, como solo e
restolho vegetal dispostos na superfície do terreno, decorrendo da
deposição de material estéril. Os rejeitos da mineração produzem
impactos ambientais principalmente pela deposição inadequada dos
seus rejeitos, podendo ocasionar contaminação do lençol freático,
poluição visual do local e riscos de acidentes, sendo imprescindível
seu tratamento e reuso.
O desenvolvimento de uma estratégia de gestão de resíduos é
de extrema importância, apesar de ser um processo complexo, pois
visa conseguir um balanço razoável entre dois objetivos conflitantes: a
maximização da redução do risco de contaminação/poluição e a
minimização de custos financeiros. Na área de extração de areia não
teremos rejeito do processo extrativo mineral, uma vez que toda a
substância extraída será comercializada e o restolho e solo serão
armazenados para utilização na recuperação da área.
A supressão da vegetação e da camada de solo presente no
local será feita sempre que houver o avanço da frente de lavra, sendo
este processo executado de forma mecanizada, com uso de um
pequeno trator, e o material depositado próximo a extremidade da
área, para que esse material seja aproveitado na reabilitação das
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cavas, após o exaurimento da reserva. No local, a estocagem de


minério será feita temporariamente, ocorrendo apenas antes do
período chuvoso, sendo localizado próximo à via de acesso à área,
onde seu carregamento ocorrerá praticamente de imediato, não
existindo rejeito nem barragens no local.

6. Caracterização Geoambiental da área :

6.1. Geologia e Geomorfologia :

Segundo o projeto RADAM BRASIL, a área estudada está


representada pela seguinte unidade estratigráfica: As Aluviões. As Aluviões
são apresentadas como os depósitos fluviais ou lagunares recentes. Os
terraços fluviais são sedimentos correspondentes geneticamente e que
constituem apenas o início de um processo de sedimentação. Na área,
esses sedimentos constituem uma unidade importante, tanto do ponto de
vista geológico como econômico. Compreendem as faixas alongadas,
estreitas e sinuosas depositadas nas calhas do rio, dominantemente
orientadas segundo NE e NNE, que se iniciando no interior, alargam-se no
sentido da Zona Litorânea onde são seccionadas abruptamente pela linha
da costa.

Sua espessura é de um modo geral pequena, pois sempre estão


condicionadas as partes mais baixas do vale, oscilando entre 1 a 5 metros.
Litologicamente estão representadas pelas argilas, areias argilosas, areias
puras e cascalho. As argilas são abundantes e se encontram com
freqüência em todas as calhas do rio Choro. São argilas dentríticas, de boa
plasticidade, de cores muito variadas, sendo localmente encontrado na
coloração acinzentada.

Localmente se encontram em terrenos holocênicos arenosos, onde


as areias encontram-se mais abundantes na zona de inundação do rio, ou
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seja, no espaço que é inundável em época de cheia, possuindo espessura


variável em função do rio. A areia é caracterizada por possuir uma
coloração esbranquiçada, de granulação média a grossa.

Figura 4: Mapa de geologia da área.

De acordo com a FUNCEME/IPECE, a região do empreendimento


insere-se na Unidade Geomorfológica dos Glacís Pré-Litorâneos, mas
especificamente nos Tabuleiros Pré-Litorâneos. Os Tabuleiros Pré-
litorâneos distribuem-se como uma faixa de largura variável,
acompanhando a linha de costa à retaguarda dos depósitos eólicos antigos
e atuais, formando superfícies planas com caimento suave em direção ao
mar, constituída por sedimentos da Formação Barreira.

Formam relevos tabulares, dissecados por vales alongados e de


fundo chato, com cotas altimétricas baixa e suave inclinação em direção ao
mar. É comum a presença de testemunhos isolados da faixa principal,
recortados pela erosão fluvial. Originalmente formavam uma superfície
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continua, elaboradas a partir da covalescência de leque colúvio-


aluvionares, numa época em que o nível do mar era mais baixo do que o
atual, permitindo o recobrimento de uma extensa plataforma.

Figura 5: Mapa de geomorfologia da área.

6.2. Solos:

Na área em apreço ocorre duas classes de solos, uma típica de Planície


Fluvial, denominada de Solos Aluviais Eutróficos e outra típica da região,
denominada de Solos Solonchak Sódico.

Os Solos Aluviais são solos pouco desenvolvidos e originados a partir


da decomposição de sedimentos fluviais não consolidados, de natureza e
granulometria bastante variáveis, apresentando horizonte A fraco, com textura
indiscriminada e pH variando de moderadamente ácido a moderadamente
alcalino, contendo argila de alta atividade.
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Apresentam elevada soma de bases trocáveis, características indicativas


de alta fertilidade natural, portanto dotadas de grande potencial agrícola.
Esses tipos de solos ocorrem nas várzeas dos rios e relacionam-se a relevos
planos sendo seus usos limitados devido aos riscos de inundações a que essas
mesmas áreas estão sujeitas. Os Solos Solonchak Sódico são solos com alta
concentração de sais solúveis, sujeitos a inundação, com textura que variam
de levemente argilosa a bastante argilosa, inseridas geralmente em terrenos
planos.
Figura 6: Mapa pedológico da área.

6.3. Recursos Hídricos:

A bacia metropolitana se constitui em uma região hidrográfica formada


por 16 bacias independentes, das quais apenas as bacias do Pirangi, Choró,
Pacoti e São Gonçalo e os sistemas Ceará/Maranguape e Cocó/Coaçu são
hidrologicamente mais representativas, estando as demais restritas à zona
costeira. A região abriga o mais importante centro consumidor de água
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do Estado que é a Região Metropolitana de Fortaleza. Possui uma área de


15.085km2 abrangendo 40 Municípios. Além disso, especificamente a área de
estudo encontra-se na bacia do rio Pacoti.

Figura 7: Mapa das bacias hidrográficas onde a área de estudo está inserida.

6.3.1. Clima:

O clima da área em lide, segundo a FUNCEME/IPECE caracteriza-se


como Tropical Quente sub- úmido. Do ponto de vista pluviométrico a área
estudada possui uma pluviosidade média anual de 1.379,9 mm ao ano. Em
virtude da latitude, a área apresenta uma temperatura elevada em quase
todo o ano, sendo a temperatura mais baixa em torno de 26ºC, e as
temperaturas mais altas 28ºC, correspondendo ao período chuvoso os
meses de janeiro a maio.
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6.3.2. Fauna e Flora:

A área estudada exibe uma vegetação secundária, fruto de um


intenso desmatamento promovido pela população em processos
anteriores de ocupação desordenada. No local onde se podia vislumbrar
uma vegetação com espécies arbóreas primárias, observa-se uma
vegetação secundária, nativa e invasora, e um extrato herbáceo ainda em
desenvolvimento e dominante.
A flora da área pesquisada originalmente se fazia representar a nível
regional, por caatinga arbustiva aberta, caatinga arbustiva densa e uma
floresta mista dicotilo-palmácea, onde se observa a presença de carnaúba
e dicotiledôneas. Localmente pode ser observado no local o marmeleiro
(Cróton Sonderianus), o catolé (Syagrus comosa) a Jurema branca
(Phitecolobium dumosum Bth), o sabiá (Turdus rufiventris) e o mororó
(Bauhinia forficata lick).
A sua fauna coincide em parte com a da vegetação de dunas fixas e
com a da caatinga, tendo como principais representantes às aves frutívoras
(ou) insetívoras, mamíferos de pequeno porte e répteis. As principais são a
rolinha (Columbina passerina), coruja buraqueira (Speotyto cunicularia),
Tiririca (Cyperus sp), maçarico, guaxinim (Procyon cancrivorus), cassaco
(Didelphis aibiventris).

7. Plano de Recuperação da Área Degradada:

7.1. Objetivos:

Este PRAD tem como objetivo principal, estabelecer metodologia a


ser adotada durante as ações de recuperação da área de lavra de uma
extração mineral de areia em cavas.
Além deste, são objetivos específicos deste plano:
 Identificar as espécies nativas mais adequadas à recuperação da área
degradada, em função da vegetação remanescente.
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 Recuperar o meio biótico e melhoraria a qualidade ambiental da área


nos aspectos físico, químico e biológico;
 Promover o reestabelecimento da cobertura vegetal de modo a
promover a contenção dos processos erosivos;
 Promover a estabilidade geológica das áreas das cavas com a formação
dos espelhos d’água pela ação da mineração.

7.2. Área de Implantação do PRAD:

A área selecionada para o desenvolvimento do PRAD corresponde ao


mesmo site selecionado como a área de lavra (13,88 há), bem como áreas
adjacentes à esta (3,50 há), haja visto que toda essa área sofreu ou sofrerá
algum grau de degradação e/ou alteração, o que a tornará mais suscetível a
ocorrência de processos erosivos e a degradação ambiental, bem como de
alteração de suas características físico-químicas e biológicas. Serão, então
objeto deste PRAD uma área total de 173.813,34 m² ou 17,38 há. A Figura
abaixo, situa a área que sofrerá a degradação, dentro da poligonal da ANM,
em amarelo, bem como a área vizinha, para além da poligonal licenciada, área
hoje que já sofre com as alterações de atividades anteriores de mineração.
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Figura 8: Mapa da área a ser reabilitada, englobando tanto a polignal da ANM quanto
área de influência adjacente.

A área a ser recuperada está situada em um único ponto da poligonal


do imóvel e possui geometria irregular, com área total correspondente a
173.813,34 m² ou 17,38 há. Cabe frisar que a área apresentada se trata da área
total objeto da reabilitação. No entanto, a lavra em cavas para extração de
areia possui peculiaridades como o fato de que as cavas alcançam a
profundidade média de 6 m, formando espelhos d’água amplos em área e
profundos verticalmente.

Assim sendo, muito embora a área da reabilitação seja de 17,38 há,


cerca de 70 % desta área será ocupada por reservatórios hídricos oriundos da
conformidade topográfica aplicada no processo físico de recuperação.
Cabendo à reabilitação biológica da área, ou o plantio de espécies, a uma área
correspondente a aproximadamente 30 % da área total ou 5,1 hectares, média,
sendo a área final definida ao fim da operação da Lavra, momento em que será
aplicado o referido PRAD.
Plano de Recuperação de Área Degradada (PRAD)
MAIS GREEN INSTALAÇÕES ELÉTRICAS 26
LTDA.

Cabe frisar ainda, que, tais áreas apenas poderão ser definidas
conforme o desenvolvimento das atividades da lavra, uma vez que o avanço
se dará em conformidade com a disponibilidade geológica do material
explorado, neste caso a areia. O PRAD, portanto, será aplicado
concomitantemente ao exaurimento das reservas ou quando, por qualquer
motivo, haja o encerramento das atividades mineiras.

7.3. Proposta de Recuperação da Área Degradada:

É sabido que quando os componentes naturais que atuam na


sucessão ecológica e que respondem as perturbações do meio, tais como:
os agentes de dispersão, as condições microclimáticas e o substrato para
o estabelecimento dos ingressos vegetativos, não se mostra em condições
de reagir prontamente, o processo de resposta ambiental como um todo,
pode falhar. Neste caso, mecanismos reprodutivos biológicos ou fatores
abióticos, não permitem que a dinâmica da sucessão natural seja ativada,
dentro de um período biológico considerado adequado.
Consequentemente, afetando determinada área.

Neste momento, a ciência de Recuperação de Área Degradada


intervém de forma a não deixar que os processos de degradação se
acentuem, dificultando cada vez mais a natureza a ofertar uma reposta
ecológica para o retorno da qualidade ambiental.

A melhor forma de compreendermos a estratégia de


desenvolvimento de um ecossistema se caracteriza por uma análise do
antes e do depois da degradação, onde o antes se refere ao conhecimento
da vegetação original, da direção sucessional, dos agentes dispersores de
propágulos, do substrato que suporta o sistema biológico e dos
componentes climáticos. O depois passa pela identificação dos fatores
limitantes da reação e pela tentativa de mitigá-los, dentro de uma ótica de
recuperação da função ecológica previamente existente.
Plano de Recuperação de Área Degradada (PRAD)
MAIS GREEN INSTALAÇÕES ELÉTRICAS 27
LTDA.

A estratégia aqui proposta foi pensada considerando aspectos


relacionados a composição vegetacional e estágio de sucessão ecológica
atual, bem como o nível de degradação ao qual a área degradada é
submetida.

Assim sendo, os tópicos que se seguem, visam apresentar uma


sequência de ações e procedimentos metodológicos bem definidos,
propostos para serem realizados durante a recuperação da área
contemplada neste PRAD, que buscarão proporcionar o rápido
estabelecimento de plantas com menor uso possível de insumos, no intuito
que os processos ecológicos sejam retomados pelo ambiente.

7.3.1. REVEGETAÇÃO: Plantio de Espécimes Florestais


nativos:

A revegetação é uma das principais técnicas da ciência da


Recuperação das Áreas Degradas e é também a técnica melhor indicada
para a recuperação da área em questão, uma vez que prevê a ocupação do
solo degradado por espécies florestais nativas encontradas na área
anteriormente a supressão, tendo assim grande potencial de retornar o
ambiente ao mais próximo possível das suas condições originais.

A seguir são indicados os principais efeitos positivos causados pela


revegetação de áreas degradadas com plantas:

 Redução do transporte de sedimentos pela agregação das partículas de


solos às raízes das plantas aumentando a resistência à desagregação do
solo;

 Redução do run-off em consequência do aumento da taxa de infiltração


da água no solo provocado pelo aumento da porosidade do solo e da
água gravitacional nos canalículos descendentes abertos pelas raízes;
Plano de Recuperação de Área Degradada (PRAD)
MAIS GREEN INSTALAÇÕES ELÉTRICAS 28
LTDA.

 Recompõem o meio ambiente em relação à água, à umidade do ar, à


fauna, à flora e ao solo, estabelecendo condições favoráveis à vida
animal e vegetal e recuperando ou reintegrando à paisagem;

 Reduzem a erosão provocada pelo efeito splash (salpicamento) das


gotas d’água sobre o solo descoberto, quando as plantas interceptam
a chuva. Esta ação do rainsplash transport conhecida por erosão por
salpicamento é o estágio mais inicial do processo erosivo, pois prepara
as partículas que compõem o solo, para serem transportadas pelo
escoamento superficial;

7.3.2. Identificação e Isolamento das Áreas :

Esta ação deverá ocorrer no início da implantação do PRAD, que está


previsto para o período após encerramento das atividades de lavra, na área
já descrita e destacada na Figura 8.
A identificação e isolamento da área tem como principal objetivo,
evitar qualquer tipo de intervenção na área, por pessoas ou animais. No
caso das áreas do PRAD em questão, não foram identificadas durante a
visita, nem há histórico de ocupação animal. Portanto, recomenda-se
apenas a identificação da área, para facilitar o monitoramento e
manutenção das atividades, sendo desnecessário o cercamento de todas
as poligonais com materiais isolantes como arames, dentre outros.

7.3.1. Reconformação topográfica:

A reconformação topográfica e paisagística é uma ação obrigatória


na recuperação de áreas degradadas por desmatamento, decapeamento
e retiradas de solos ou de qualquer material natural, a não ser que para as
referidas áreas, sejam atribuídos novos usos que envolvam obras civis, e
usos afins. Reconformação da topografia é o preparo do relevo para
receber a vegetação, dando-lhe uma forma estável e adequada para o uso
Plano de Recuperação de Área Degradada (PRAD)
MAIS GREEN INSTALAÇÕES ELÉTRICAS 29
LTDA.

futuro do solo. É uma medida importante para o sucesso do trabalho de


recuperação. Para a realização do serviço de reconformação topográfica
deve-se:

 Conhecer bem as características geológicas-geotécnicas do terreno a


serem recuperado;

 Considerar os aspectos paisagísticos e estéticos peculiares da área,


tentando enquadrá-la no contexto da paisagem regional;

 Deixar, sempre que possível, o terreno plano ou com pouca


declividade;

 Prever um sistema de drenagem futuro, com locação de canais de modo


a evitar os escoamentos concentrados desordenados, com formação de
sulcos, ravinas ou voçorocas;

 Proporcionar a estabilidade do solo e dos taludes;

 Propiciar o controle de erosão;

 Considerar as características do relevo e vegetação pré-existentes e o


uso futuro da área;

Após o exaurimento da reserva mineral será promovido o


aproveitamento da depressão formada pela lavra mineral como reservatórios
hídricos para demandas futuras, haja vista a escassez hídrica nesta região do
país e a persistente diminuição da vazão do rio Pacoti devido aos sucessivos
barramentos a montante. Estes reservatórios, no entanto, demandarão
algumas obras de engenharia, objetivando otimizar a capacidade de
recebimento das águas.

Assim, inicialmente a terraplanagem será desenvolvida para correção


de desníveis e adequação das feições do terreno à nova configuração
proposta pelo PRAD.

No setor este da subárea interceptada pela Zona de Uso Sustentável do


Corredor Ecológico do Rio Pacoti serão feitas ações de regularização do
Plano de Recuperação de Área Degradada (PRAD)
MAIS GREEN INSTALAÇÕES ELÉTRICAS 30
LTDA.

relevo, para uniformização do piso de base final da depressão formada pela


extração de areia

Os trabalhos serão realizados nas porções marginais da depressão


formada, estabelecendo-se um caimento homogêneo para a parte central da
mesma, tendo essa faixa uma largura média a partir da borda de cerca de 4,0m
onde ocorrerá o plantio de espécies típicas da área para que a recomposição
da flora produza ao seu final uma cobertura florística semelhante à primitiva.

Os taludes formados pela lavra serão suavizados pelo estabelecimento


de um ângulo de repouso máximo de 45° constituindo uma estrutura estável
que será recoberta com material disponível de natureza argilo-arenosa, sobre
a qual se implantarão gramíneas que darão maior suporte às estruturas de
proteção contra o efeito dos processos erosivos atuantes, no período das
chuvas.

Nos taludes rampeados que contornarão os reservatórios hídricos serão


construídos canais escoadouros que terão a função de regularizar o processo
de fluxo das águas pluviais superficiais de forma a evitar a atuação de
processos erosivos. Estes canais a céu aberto irão captar as águas conduzindo-
as ordenadamente para o interior da estrutura acumuladora de água.

Os canais artificiais serão construídos em declives longos e acentuados,


com barreiras de contenção, com troncos de espécies vegetais existentes no
local.

7.3.2. Seleção de Espécies Vegetais

A escolha correta de plantas para uso em áreas degradadas, é um passo


decisivo no caminho do sucesso da revegetação e da estabilidade ambiental,
assim como, a escolha adequada da densidade de plantio, sendo, portanto,
necessários conhecimentos técnicos integrados do geoambiente.

Os revestimentos vegetais são constituídos pelo plantio de espécies


herbáceas, arbustivas ou arbóreas, conforme o ambiente em questão. No
Plano de Recuperação de Área Degradada (PRAD)
MAIS GREEN INSTALAÇÕES ELÉTRICAS 31
LTDA.

âmbito do presente PRAD a seleção das espécies levou em conta os


seguintes critérios:

 Plantio de espécies nativas identificadas na área do


empreendimento, tais como as apresentadas no QUADRO 02
deste documento;

 Plantio de o maior número possível de espécies para gerar


alta diversidade;

 Utilização de combinações de espécies pioneiras de rápido


crescimento junto com espécies não pioneiras (secundárias e
climácicas);

 Plantio de espécies com atrativos à fauna (flores, frutos,


sementes, proteção, etc.);

Seguindo tais orientações, ter-se-á cada espécie atuando como


elemento nucleador, propiciando o desenvolvimento não somente de
espécies vegetais, como também de animais e microorganismos ao seu
redor.

A escolha das espécies lenhosas para este plano, teve como ponto de
partida os estudos da composição florística da vegetação remanescente na
área do empreendimento. As espécies pioneiras e secundárias iniciais tiveram
prioridade na seleção de espécies, assim como espécies nativas. Pois,
espécies introduzidas podem manifestar algum problema futuramente, como
susceptibilidade a doenças ou a pragas, exclusão de outra vegetação
desejável, alta susceptibilidade ao fogo, prejuízo ao desenvolvimento pleno
da fauna, consumo excessivo de água, ressecando o solo ou mesmo
competindo com desigualdade com as espécies nativas etc.

As plantas sugeridas para o projeto de recuperação, não tem somente


a função de estabelecer o habitat faunístico, mas também de atrair a fauna
silvestre para os locais recuperados. São também sugeridas espécies
Plano de Recuperação de Área Degradada (PRAD)
MAIS GREEN INSTALAÇÕES ELÉTRICAS 32
LTDA.

leguminosas lenhosas, em virtude da capacidade dessas plantas de fixar


nitrogênio atmosférico.

Portanto, recomenda-se para este PRAD a implantação das seguintes


espécies nativas (Quadro 3):

Quadro 2 - Relação de espécies lenhosas nativas recomendadas para a revegetação da área


do PRAD:

FAMÍLIA NOME CIENTÍFICO NOME COMUM


Aspidosperma
Apocynaceae Pereiro
pyrifolium
Tabebuia impetiginosa Ipê ou pau d’arco roxo
Bignoniaceae
Tabebuia serratifolia Ipê ou pau d’arco amarelo

Bombacaceae Chlorisia glaziovii Barriguda

Caesalpiniaceae Bauhinia forficata Pata-de-vaca/Mororó


Cnidoscolus
Faveleira
Euphorbiaceae phyllacanthus
Croton sonderianus Marmeleiro

Luetzelburgia auriculata Pau-mocó


Fabaceae
Dalbergia cearenses Violete-roxo

Mimosatenuiflora Jurema preta


Mimosaceae
Mimosa artemisiana Jurema branca
Mimosa
Sabiá
caesalpiniaefolia
Opiliaceae Agonandra brasiliensis Pau-marfim

Arecaceae Copernicia prunifera Carnaúba

Arecaceae
Copernicia prunifera Macaúba
(Palmae)
Anacardium
Anacardiaceae Cajueiro
occidentale
Rubiaceae Genipa americana Jenipapo

7.4. Técnicas e Procedimentos de Plantio de


Revestimentos Vegetais :

As mudas florestais nativas serão plantadas na área apresentada no


Mapa da área a ser recuperada (Figura 8). Estudos sobre espaçamentos
para espécies florestais de regiões semiáridas são escassos. Pigianni (1982)
Plano de Recuperação de Área Degradada (PRAD)
MAIS GREEN INSTALAÇÕES ELÉTRICAS 33
LTDA.

cita sobre a importância destes estudos de espaçamento em tais regiões,


enquanto Pereira (2011) informa que o espaçamento de 3 x 3 m é
recomendado para mudas nativas de porte médio (caso das mudas
recomendadas neste PRAD).

Portanto, recomenda-se que as mudas do presente PRAD sejam


plantadas com espaçamento de 3,0 m entre linhas por 3,0 m entre plantas,
sendo que em algumas áreas as dimensões serão ajustadas em função da
vegetação existente e contorno irregular da área. A escolha do
espaçamento considerou principalmente a análise do terreno que já
compõe outras espécies distribuídas aleatoriamente dentro das áreas a
serem recuperadas. Além disso, este espaçamento facilita o manejo das
áreas com os tratos culturais e diminuir a competição por água.

Utilizando o citado espaçamento, serão necessárias 5.556 mudas


(cinco mil quinhentos e cinquenta e seis). As mudas podem ser
produzidas no próprio empreendimento, ou adquiridas de viveiros
credenciados. Em relação a distribuição do número de mudas por espécie,
este pode depender da disponibilidade de sementes e/ou mudas nos
viveiros, porém, é de grande importância que ocorram levando em conta
o predomínio de carnaúbas nesta região, devendo aplicar 50% das mudas
para carnaúbas e os demais 50% variando conforme as espécies acima
citadas.

É importante que sejam produzidos ou adquiridos em torno de 10%


a mais de mudas para fazer o replantio das espécies que não sobreviverem,
ou seja, um montante de mais 555 mudas, nesse caso totalizando 6.111
mudas.

Para o plantio as mudas devem ter altura mínima de 50 cm, serem


perfeitamente saudáveis, vigorosas e estarem acondicionadas em
recipientes resistentes ao manuseio e transporte; as covas devem ter
dimensões mínimas de 40 cm de diâmetro e profundidade. No
Plano de Recuperação de Área Degradada (PRAD)
MAIS GREEN INSTALAÇÕES ELÉTRICAS 34
LTDA.

preenchimento da cova a terra de superfície deverá constituir-se na parte


do fundo da cova, de forma a compor 1/3 do seu volume.

7.4.1. Pré-Plantio:

Anteriormente ao replantio devem ser realizadas as seguintes


atividades, com antecedência mínima de um mês da previsão de plantio:

 Implantar as linhas de plantio em nível;

 Marcar as covas com estacas;

7.4.2. Plantio e Replantio:

O plantio deve ocorrer preferencialmente no período chuvoso. No dia


do Plantio, devem ser observados os seguintes passos:

 Abrir um pequeno berço ou cova com as mesmas dimensões da muda;

 Realizar adubação de fundação utilizando calcário (50kg /cova); adubo


orgânico 10kg /cova e 100gramas de NPK (10:10:10), na proporção de
02 parte de solo para 01 parte de matéria orgânica (Figura 5).

 Ao retirar a muda do saco plástico, proceder aos devidos cuidados para


não as quebrar efetuando o plantio imediatamente.
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LTDA.

Figura 9 - Aplicação de insumos para melhorar a qualidade do solo.

No ato do plantio ter cuidados para não entortar as raízes;

 A terra ou torrão deverá ficar nas raízes, não amontoar terra junto ao
tronco da árvore;

 Fixar junto às mudas um guia de orientação de crescimento ou tutor.

O tutor de madeira ou bambu, ajuda no direcionamento e sustentação


da muda. Deverão ser enterrados 0,50 m dentro da cova e ter uma altura de
1,5 – 2,0 metros para garantir o crescimento reto e evitar o tombamento. A
muda será presa ao tutor pelos amarradios em forma de oito, de modo a não
danificar a casca da árvore (Figura 12).
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MAIS GREEN INSTALAÇÕES ELÉTRICAS 36
LTDA.

Figura 10 - Sistema de tutoramento para evitar o tombamento das plantas.

 Se não chover nas horas seguintes ao plantio, deve-se regar as plantas


recém implantadas, na base de 10 (dez) litros de água por planta
associada a implantação com gel hidroretentor;

Figura 11 - Procedimento para aberturas das covas e manuseio das mudas.

O modelo de plantio será de linhas de preenchimento intercaladas por


linhas de diversidade, com espécies de plantas nativas. Recomenda-se
intercalar as mudas ou observar a distribuição das árvores respectivo plantio
consideradas pioneiros ou secundários iniciais (preenchimento) e uso das
plantas para diversidade de espécies, conforme descrição abaixo:

 Uma linha de espécies de preenchimento (pioneiras ou secundárias


iniciais);
Plano de Recuperação de Área Degradada (PRAD)
MAIS GREEN INSTALAÇÕES ELÉTRICAS 37
LTDA.

 Outra linha de espécies para diversidade, bem como o uso de espécies


nativas frutíferas, para servir como atrativo para animais.

A Figura abaixo ilustra a distribuição recomendada:

Figura 12 - Croqui ilustrativo para distribuição das espécies por sucessão ecológica.

7.4.3. Acompanhamento e monitoramento da área


recuperada:

O Monitoramento é definido pelo conjunto de ações no sentido de


se avaliar os resultados dos procedimentos efetuados e concluir sobre o
sucesso ou o avanço na recuperação da área degradada. O monitoramento
pode ser aperfeiçoado com a utilização de indicadores ambientais,
principalmente aqueles denominados indicadores de desempenho
ambiental, uma vez que informam sobre os resultados das ações de
recuperação.

O objetivo do monitoramento é verificar se os objetivos delineados


no Plano de Recuperação de Áreas Degradadas estão sendo atingidas e se
existem aspectos que devam ser reavaliados ou ajustados e, desta maneira,
obter indicação sobre o sucesso da recuperação.
Plano de Recuperação de Área Degradada (PRAD)
MAIS GREEN INSTALAÇÕES ELÉTRICAS 38
LTDA.

7.4.3.1. Manutenção e Tratos culturais :

Para acompanhar o desenvolvimento das ações e monitorar a evolução


das etapas de recuperação devem ser realizadas as seguintes etapas;

 Aplicar cobertura morta (palhadas secas, podas de arbustos, etc) sobre


o solo descoberto (ao redor das árvores);

 As operações de manutenção deverão ser cuidadosamente mantidas


pelo prazo mínimo de 36 (trinta e seis) meses, após o plantio;

 Continuar o controle das formigas cortadeiras;

 Manter roçadas as ervas daninhas e gramíneas entre as linhas de


plantio, no mínimo cinquenta centímetros ao redor das mudas com o
objetivo de manter a linha de plantio livre de gramíneas, evitando a
concorrência e mantendo sempre a cobertura morta. Detalhes da
limpeza de linha de plantio e uso de guia de orientação de crescimento
ou tutor.

 O uso de herbicidas junto às mudas NÃO É PERMITIDO, pois além de


retardar a restauração biológica do solo pode ser fonte de
contaminação do solo;

8. Prazo para a implantação do plano:

O cronograma apresentado no Quadro a seguir, apresenta as principais


atividades a serem desenvolvidas para a recuperação das áreas degradadas e
o respectivo monitoramento destas áreas, bem como os respectivos meses.
Plano de Recuperação de Área Degradada (PRAD)
MAIS GREEN INSTALAÇÕES ELÉTRICAS 39
LTDA.

9. Cronograma físico:

Quadro 3 - Cronograma físico do projeto:

CRONOGRAMA MENSAL
DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12

Isolamento da Área (cercamento)

Contratação de Mão de Obra

Aquisição de EPI's + Ferramentas

Aquisição de Mudas
Aquisição de Insumos

Marcação da área para plantio

Abertura das Covas

Plantio e Replantio das Mudas


1º e 2° ANO

Adubação + cobertura vegetal


Tutoramento

Avaliação da área

Emissão de Relatório + ART


3º ANO

Monitoramento e Manutenção
4º ANO

Monitoramento e Manutenção
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LTDA.
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10. Custo de implantação:

Quadro 4 - Custo de implantação do projeto:

ORÇAMENTO DE PROJETO DE RECUPERAÇÃO DE ÁREA DEGRADADA E IMPLANTAÇÃO

Empreendimento: MAIS GREEN INSTALAÇÕES ELÉTRICAS LTDA.

Localidade: Aquiraz/Ceará

REFERÊNCIAS VALOR

Mudas Nativas - 1,20 - 1,50m R$ 12,00

Tutor - 1,80m (milheiro) R$ 300,00

Esterco (Ton) R$ 200,00

Hidrogel + barbante + formicida R$ 200,00

DISCRIMINAÇÕES Quant. Unidade Valor Unitário (R$) Valor Total R$)

Mudas Nativas 5.556 mudas 12,00 66.672,00

Reposição de mudas (10%) 555 mudas 12,00 6.660,00

Trator Escarificado / grade leve 6 H/D 130,00 780,00

EPI's 8 diversos 154,00 1.232,00

Ferramentas (chibanca + cavador + boca de 8 diversos 100,00 800,00


lobo)

Tutores (bambu ou madeira) 6,5 milheiros 300,00 1.950,00

Esterco 52 Ton 200,00 10.400,00

Frete diversos 6 viagens 120,00 720,00

M. obra - covas + plantio 40 diarias 60,00 2.400,00

Técnico/Acompanhamento 12 diárias 600,00 4.320,00

TOTAL GERAL R$ 95.934,00


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MAIS GREEN INSTALAÇÕES ELÉTRICAS 41
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11. Conclusões e Recomendações:

A degradação de uma área, independentemente da sua origem, pode


ser entendida como sendo a alteração dos elementos originais do
ecossistema, constituída por vegetação, fauna, solo e água, de tal modo que
estes foram, respectivamente, destruídos, expulsos, removidos e alterados nas
suas características físicas, químicas e biológicas.

O grau de degradação assume diferentes proporções, de acordo com


a sua intensidade, periodicidade e elementos do ecossistema envolvidos. A
sua recuperação, ou seja, o retorno do sítio degradado a uma forma e
utilização de acordo com um plano preestabelecido para o uso do solo,
implica no desenvolvimento e na implantação de sistemas de manejo
ambiental que possibilitem o estabelecimento de condições mínimas para um
novo equilíbrio dinâmico, desenvolvendo um novo solo e uma nova paisagem.

A revegetação com mudas inclui-se entre os procedimentos técnicos e


operacionais necessários para promover, em curto prazo, as condições básicas
para o restabelecimento das funções do ecossistema, assim como a respectiva
amenização paisagística.

Assim, a recuperação de áreas degradadas implica na realização de


uma sequência multidisciplinar de ações, sendo a revegetação a última etapa
desse processo, uma vez que dependem dos procedimentos adotados para a
recuperação do solo, afeiçoamento topográfico, drenagem e uso futuro.

Nos processos de revegetação duas perspectivas básicas devem ser


consideradas: restauração e reabilitação dos ecossistemas. No caso presente
será proposto, em curto prazo, a reabilitação dos ecossistemas atingidos
através de um projeto de reconformação topográfica da área visando a criação
de reservatórios hídricos associados ao reflorestamento com essências de
vegetação nativas que devem permitir, a longo/médio prazo, a restauração
da área de forma a torná-la indistinta do restante dos remanescentes florestais
naturais.
Plano de Recuperação de Área Degradada (PRAD)
MAIS GREEN INSTALAÇÕES ELÉTRICAS 42
LTDA.

12. Bibliografia:

BEZERRA, C.L.F. Cobertura vegetal. In: Alberto Alves Campos et al. (Org.)
A zona costeira do Ceará: diagnóstico para a gestão integrada. Fortaleza:
AQUASIS, 2003.

Braid, E. da C. M. (Coordenação) - Diagnóstico Florestal do Estado do


Ceará. Projeto PNUD/FAO/IBAMA/BRA/87/007/GOVERNO DO CEARÁ.
Fortaleza-CE, 1994, 78p.

BRASIL-Ministério da Agricultura - Aptidão Agrícola das Terras do Ceará.


BrasíliaDF, 1979, 108p.

DEINFRA. Hidrossemeadura. Disponível em:< hidrossemeadura.pdf>.


Acesso em 12.2022.

EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA. Serviço Nacional


de Levantamento e Classificação de Solos. Práticas de conservação de
solos. Rio de Janeiro. SNLCS Séria Miscelânea, 3. Rio de janeiro, 1980. 88
p.

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Sevilla». andaluzadehidrosiem (em espanhol). Consultado em 12. 2022.

PERFIL BÁSICO MUNICIPAL – Morrinhos, CE. Disponível em:<


https://www.ipece.ce.gov.br/wp-
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2022.

Pivetta, Laércio Augusto. Avaliação do sistema radicular da soja sob


sistemas de manejo do solo. Botucatu-SP. fevereiro – 2011. 42 p.

PRIMAVESI, A.Manejo ecológico do solo: a agricultura em regiões tropicais.


São Paulo: Nobel, 2002.

RAMALHO FILHO, A & BEEK, K. J. Sistema de Avaliação da Aptidão


Agrícola das Terras. Rio de Janeiro, RJ. EMBRAPA-CNPS, 3 ed. Ver. 1994.
65 p.

SALVADOR, Aparecida Rosa Ferla; MIRANDA, Jussara de Souza.


Recuperação de áreas degradadas. IETEC, 2007.

SOUZA, M.J.N. de – 1988 – Contribuição ao estudo das unidades-


morfoestruturais do estado do Ceará, Revista de Geologia, v 1, p 73-91,
Edições Universidade Federal do Ceará, Fortaleza.
Plano de Recuperação de Área Degradada (PRAD)
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LTDA.

ZOCCAL, JOSÉ CEZAR.Soluções cadernos de estudos em conservação do


solo e água / José Cezar Zoccal. Presidente Prudente: CODASP, 2007v. 1,
n.1, mai. 2007.

13. Equipe técnica:

A elaboração do Plano de Recuperação de Áreas Degradadas PRAD,


seguindo a orientação do Termo de Referência Padrão da SEMACE, do
empreendimento MAIS GREEN INSTALAÇÕES ELÉTRICAS LTDA. a ser
implementado em terreno localizado no município de Aquiraz/CE, foi
elaborado e coordenado pelo Engenheiro Agrônomo, Mestre em Ciência do
Solo, Magnum de Sousa Pereira.

A implantação do Plano de Recuperação de Área Degradada PRAD é


de inteira responsabilidade do empreendedor, cabendo a ele seguir a
orientação técnica, bem como ter um profissional da área para os
procedimentos adotados junto ao monitoramento.
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LTDA.

ANEXOS:
 ANEXO I REGISTROS FOTOGRÁFICOS DA ÁREA:
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 ANEXO II ANOTAÇÃO DE RESPONSABILIDADE TÉCNICA (ART):


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LTDA.

 ANEXO III CADASTRO TÉCNICO ESTADUAL DO RESPONSÁVEL:


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LTDA.

 ANEXO IV CADASTRO TÉCNICO FEDERAL (CTF/IBAMA):


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LTDA.

 ANEXO V CADASTRO NACIONAL DE PESSOA JURÍCIDA (CNPJ):


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LTDA.

 ANEXO VI TERMO DE REFERÊNCIA:


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Página 1/1

Anotação de Responsabilidade Técnica - ART


Lei n° 6.496, de 7 de dezembro de 1977 CREA-CE ART OBRA / SERVIÇO
Nº CE20231175548
Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Ceará
INICIAL

1. Responsável Técnico
MAGNUM DE SOUSA PEREIRA
Título profissional: ENGENHEIRO AGRONOMO, MESTRE EM CIÊNCIAS DO SOLO RNP: 0614444250
Registro: 55943CE

2. Dados do Contrato
Contratante: MAIS GREEN INSTALACOES ELETRICAS LTDA CPF/CNPJ: 06.559.884/0001-03
ESTRADA ES PINDOBA - AQUIRAZ, MILAGRES Nº: SN
Complemento: Bairro: JACUNDA
Cidade: AQUIRAZ UF: CE CEP: 61700000

Contrato: Não especificado Celebrado em:


Valor: R$ 2.000,00 Tipo de contratante: Pessoa Juridica de Direito Privado
Ação Institucional: NENHUMA - NÃO OPTANTE

3. Dados da Obra/Serviço
ESTRADA ES PINDOBA - AQUIRAZ, MILAGRES Nº: SN
Complemento: SITIO MILAGRES Bairro: JACUNDA
Cidade: AQUIRAZ UF: CE CEP: 61700000
Data de Início: 01/03/2023 Previsão de término: 19/04/2023 Coordenadas Geográficas: -3.913472, -38.403086
Finalidade: Ambiental Código: Não Especificado
Proprietário: MAIS GREEN INSTALACOES ELETRICAS LTDA CPF/CNPJ: 06.559.884/0001-03

4. Atividade Técnica
14 - Elaboração Quantidade Unidade
40 - Estudo > MEIO AMBIENTE > GESTÃO AMBIENTAL > #7.6.6 - DE ESTUDOS AMBIENTAIS 1,00 un
40 - Estudo > MEIO AMBIENTE > RECUPERAÇÃO AMBIENTAL > DE RECUPERAÇÃO 1,00 un
AMBIENTAL > #7.4.1.5 - RECUPERAÇÃO AMBIENTAL
40 - Estudo > AGRONOMIA, AGRÍCOLA, FLORESTAL, PESCA E AQUICULTURA > FITOTECNIA E 1,00 un
FITOSSANIDADE > DE COMPOSIÇÃO DA VEGETAÇÃO > #39.1.9.4 - DE OUTROS ESPAÇOS

Após a conclusão das atividades técnicas o profissional deve proceder a baixa desta ART

5. Observações
Elaboração de Plano de Recuperação de Área Degradada - PRAD para empreendimento de extração de areia, localizado no município de Aquiraz -
CE.Processo ANM n° 800.068/2023.

6. Declarações
- Declaro que estou cumprindo as regras de acessibilidade previstas nas normas técnicas da ABNT, na legislação específica e no decreto n.
5296/2004.

7. Entidade de Classe
NENHUMA - NÃO OPTANTE

8. Assinaturas
Declaro serem verdadeiras as informações acima MAGNUM DE SOUSA PEREIRA - CPF: 008.642.353-30

Aquiraz/CE 20 março
________________, ________ de ___________________ de ________ 2023
Local data MAIS GREEN INSTALACOES ELETRICAS LTDA - CNPJ: 06.559.884/0001-03

9. Informações
* A ART é válida somente quando quitada, mediante apresentação do comprovante do pagamento ou conferência no site do Crea.

10. Valor
Valor da ART: R$ 96,62 Registrada em: 20/03/2023 Valor pago: R$ 96,62 Nosso Número: 8216056739

A autenticidade desta ART pode ser verificada em: https://crea-ce.sitac.com.br/publico/, com a chave: 53YyB
Impresso em: 20/03/2023 às 13:52:31 por: , ip: 200.25.37.76

www.creace.org.br faleconosco@creace.org.br
CREA-CE
Conselho Regional de Engenharia
Tel: (85) 3453-5800 Fax: (85) 3453-5804 e Agronomia do Ceará

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