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UNIVERSIDADE ABERTA ISCED

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS


CURSO DE LICENCIATURA EM ADMINISTRACAO PUBLICA
Nome da Estudane: Celeste Antonio Chau

Introdução
Os serviços dos ecossistemas são as inestimáveis contribuições que a natureza oferece à
humanidade, fundamentais para nossa sobrevivência e bem-estar. Desde a purificação do ar e
da água até a regulação do clima e o fornecimento de alimentos, esses serviços desempenham
um papel vital em nossa vida cotidiana e na saúde do planeta. Neste trabalho, exploraremos a
importância desses serviços, destacando sua complexidade e a necessidade urgente de proteger
e preservar os ecossistemas que os sustentam.

Desenvolvimento
1.Metodologia
Avaliação Quantitativa e Qualitativa: Realize uma avaliação detalhada da quantidade e
qualidade dos serviços ecossistêmicos em áreas específicas. Isso pode envolver o uso de
métodos quantitativos, como medições de produtividade ou de qualidade da água, e métodos
qualitativos, como pesquisas de percepção da comunidade sobre os benefícios dos
ecossistemas.

2.Fundamentação teórica

Os serviços dos ecossistemas consistem nos benefícios que os ecossistemas proporcionam ao


Homem (Costanza et al., 1997; MEA, 2005; Boyd & Banzhaf, 2007; Nicholson et al., 2009;
Reyers et al., 2012).

Abordagem de Sistemas Complexos: Os ecossistemas são sistemas complexos, compostos


por interações dinâmicas entre organismos vivos e seu ambiente físico. A teoria dos sistemas
complexos fornece uma estrutura para entender essas interações e como elas influenciam a
provisão de serviços ecossistêmicos.

Teoria dos Serviços Ecossistêmicos: Esta teoria destaca que os ecossistemas fornecem uma
ampla gama de serviços essenciais para a sociedade, incluindo serviços de suporte à vida, como
produção de oxigênio e formação do solo; serviços de regulação, como controle de enchentes
e regulação do clima; serviços de provisão, como alimentos, água e materiais; e serviços
culturais, como recreação e espiritualidade.

2.1.Análise e discussão

Os serviços do ecossistema ou serviços ambientais traduzem os benefícios que a humanidade


retira dos ecossistemas e podem incluir bens materiais e/ou serviços imateriais.

As áreas florestais, por exemplo, além dos produtos mais imediatos como madeira, cortiça e
frutos ou sementes, também contribuem para reduzir a poluição do ar, retendo partículas e
poeiras, e para a purificação da água, capturam e armazenam carbono, reduzem a probabilidade
de cheias e influenciam a precipitação a nível local e regional. Além disso, são também um
espaço de lazer e recreio e melhoram a qualidade estética da paisagem.

Os serviços do ecossistema dividem-se em serviços de aprovisionamento (por exemplo a


produção de alimento, fibra e madeira), de regulação (ciclo hidrológico, sequestro e
armazenamento de carbono), culturais (de recreio) ou de suporte (fertilidade do solo e ciclo de
nutrientes). O conceito está diretamente relacionado com as funções dos ecossistemas e com a
sua biodiversidade, da qual dependem. A degradação dos ecossistemas e a perda de
biodiversidade afetam estes serviços.

Neste sentido, a conservação da biodiversidade é essencial à manutenção do funcionamento e


dos serviços do ecossistema. Como lembra o relatório da União Europeia Ecosystem Services
and Biodiversity (2015), “apesar da sua importância para as pessoas, muitos foram tomados
como garantidos no passado, sendo vistos como livres e infinitos”.

Como explica este relatório, o conceito tornou-se mais conhecido na viragem para o século
XXI, com o projeto global Millennium Ecosystem Assessment (MEA) que procurou
determinar como as alterações nos ecossistemas afetariam o bem-estar humano.
Desenvolveram-se depois outros métodos e nomenclaturas para tentar definir e avaliar os
serviços de ecossistema, como o TEEB – The Economics of Ecosystems and
Biodiversity, IPBES – Intergovernmental Platform on Biodiversity and Ecosystem
Services e CICES – Common International Classification of Ecosystem Services.

O MEA definiu os serviços do ecossistema como “os benefícios que as pessoas obtêm dos
ecossistemas” e divide-os em quatro categorias:
Serviços de Suporte – processos naturais que são necessários para a produção e que mantêm
todos os outros serviços, tais como o ciclo de nutrientes e a formação do solo;
Serviços de Provisão ou Aprovisionamento – bens ou produtos provenientes do ecossistema,
que incluem alimentos (como bagas, cogumelos ou mel), água doce, madeira, resina, caça,
entre-outros;
Serviços de Regulação – benefícios que se obtêm da regulação e controlo do ecossistema
sobre os processos naturais e que incluem serviços como a purificação do ar, a filtragem da
água, a prevenção da erosão ou a regulação do clima por via do sequestro de carbono.
Serviços Culturais e de Recreio – experiências e benefícios obtidos quando em proximidade
com a natureza em atividades recreativas, turismo ou contemplação da paisagem.

3.Conclusão

Os serviços ecossistêmicos representam as contribuições vitais que a natureza oferece à


humanidade, abrangendo desde a purificação do ar e da água até a regulação do clima e o
fornecimento de alimentos. Este trabalho ressaltou a complexidade desses serviços e a urgente
necessidade de proteger e preservar os ecossistemas que os sustentam. A metodologia utilizada
incluiu avaliações quantitativas e qualitativas detalhadas, embasadas em uma fundamentação
teórica sólida que reconhece os ecossistemas como sistemas complexos. Destacamos ainda a
importância dos serviços ecossistêmicos para a sociedade, tanto em termos materiais quanto
imateriais, e como a degradação dos ecossistemas e a perda de biodiversidade podem impactar
negativamente esses serviços essenciais. Assim, a proteção e conservação dos ecossistemas
tornam-se imperativas para garantir o bem-estar humano e a sustentabilidade do planeta.
4. Referências Bibliográficas

Boyd, J., & Banzhaf, S. (2007). What are ecosystem services? The need for standardized
environmental accounting units. Ecological Economics, 63(2–3), 616–626.

Costanza, R., d'Arge, R., de Groot, R., Farber, S., Grasso, M., Hannon, B., ... & van den Belt,
M. (1997). The value of the world's ecosystem services and natural capital. Nature, 387(6630),
253–260.

Nicholson, E., Mace, G. M., Armsworth, P. R., Atkinson, G., Buckle, S., Clements, T., ... &
Milner-Gulland, E. J. (2009). Priority research areas for ecosystem services in a changing
world. Journal of Applied Ecology, 46(6), 1139–1144.

Reyers, B., Biggs, R., Cumming, G. S., Elmqvist, T., Hejnowicz, A. P., & Polasky, S. (2012).
Getting the measure of ecosystem services: A social–ecological approach. Frontiers in Ecology
and the Environment, 11(5), 268–273.

Millennium Ecosystem Assessment. (2005). Ecosystems and human well-being: Synthesis.


Island Press.

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