CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL CEDUP PADRE AFFONSO ROBL

COMPOSTAGEM DE ALIMENTOS PARA A PRODUÇÃO DE ADUBO ORGÂNICO

EM SÃO BENTO DO SUL

GUSTAVO HENRIQUE VALÉRIO

HUGO MOREIRA DE FREITAS

SÃO BENTO DO SUL

2021
CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL CEDUP PADRE AFFONSO ROBL
ALUNOS: GUSTAVO HENRIQUE VALÉRIO E HUGO MOREIRA DE FREITAS
CURSO: MEIO AMBIENTE
COORDENADORA DO CURSO: MILENA KLEIN
PROFESSORA: POLIANA LINZMEYER
TURMA: 3°ANO 02

COMPOSTAGEM DE ALIMENTOS PARA A PRODUÇÃO DE ADUBO ORGÂNICO

EM SÃO BENTO DO SUL

SÃO BENTO DO SUL

2021
 GUSTAVO HENRIQUE VALÉRIO
HUGO MOREIRA DE FREITAS

COMPOSTAGEM DE ALIMENTOS PARA A PRODUÇÃO DE ADUBO ORGÂNICO

EM SÃO BENTO DO SUL

Trabalho de conclusão de curso,

apresentado ao Centro de Educação
Profissional CEDUP Padre Affonso Robl,
como requisito parcial para obtenção do
grau de Técnico em Meio Ambiente.

Banca Examinadora

Orientadora: _______________________________________________________
Profª. Poliana Linzmeyer
CEDUP

Membro: _______________________________________________________
Profº. Xxxxx
CEDUP

Membro: _______________________________________________________
Profº. Xxxxx
CEDUP

São Bento Do Sul - SC XX/XX/2021

AGRADECIMENTOS
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO

A compostagem é um processo natural em que os resíduos orgânicos

entram em processo de decomposição e se transformam em um composto que é
chamado de Húmus. Este húmus é rico em nutrientes naturais e pode ser utilizado
para a adubação de plantas e hortaliças, enriquecendo o solo e o tornando mais
sadio. O processo leva em torno de quatro a seis semanas para ficar completo,
porém pode variar de acordo com os fatores presentes como temperatura, nível de
água ou com o material que é despejado pois não é todo resíduo natural que pode
ser adicionado na compostagem.
A técnica da compostagem vem sendo utilizada há vários séculos, mas só
em 1920 começou a ser aprimorada com os experimentos do inglês Albert Howard e
toda vida seja animal, mineral ou vegetal surge da morte de outro ser, para que
assim sua decomposição gere nutrientes para outra geração, esse mesmo conceito
se aplica na compostagem, porém com o decorrer da evolução humana o homem
com suas diversas tentativas foi aprimorando essa técnica para utilizar na agricultura
Continua......
2 OBJETIVOS

2.1 Objetivo Geral

Capacitar as famílias em vulnerabilidade social da cidade de São Bento do

Sul a produzir adubo orgânico com foco no desenvolvimento socioeconômico.

2.2 Objetivos Específicos

a) Conceituar compostagem e adubo orgânico;

b) Diferenciar adubo orgânico de adubo industrial, caracterizar seus
benéficos e sua importância;
c) Descrever processos de compostagem e suas funcionalidades;
d) Explanar as características sócio econômicas da cidade de São Bento
do Sul;
e) Propor um modelo de compostagem para famílias em vulnerabilidade
social;
f) Analisar os resultados socioeconômicos de sua aplicação;
g) Implantar um modelo informativo para o público alvo do projeto;
h) Avaliar os resultados e apresentar projeto junto a Secretaria de
Agricultura da cidade de São Bento do Sul.
3 DESENVOLVIMENTO

3.1 A História da Compostagem

A compostagem não é uma técnica recente, no oriente médio ela já era

praticada há vários séculos pelos chineses, porém só veio a ser conhecida no
ocidente em 1920, quando o inglês Albert Howard iniciou seus primeiros
experimentos.
Sir Albert Howard, nasceu em Shropshir na Inglaterra, em oito de dezembro
de 1873. Filho de Richard Howard e Ann Howard, Albert formou-se em Ciências
Naturais em Cambridge onde também conquistou seu Diploma de Agricultura em
1897. Em 1924 se tornou diretor do Instituto de Indústria Vegetal de Indore e
Conselheiro Agrícola para estados na Índia Central e Rajputana.
Howard é considerado o pai da agricultura orgânica, pois foi quem aprimorou
a técnica milenar de adubação orgânica que depois veio a ser conhecida como
compostagem Indore. O estudioso faleceu em 20 de outubro de 1947. Na Figura 1
está representada a imagem de Albert Howard.

Figura 1 - Albert Howard

Fonte: SundayET, 2019.

3.2 Fatores que Influenciam no Processo de Compostagem de Resíduos

Orgânicos
 Na compostagem, percebe-se alguns fatores de extrema importância para o
desenvolvimento de uma composteira e para o processo de decomposição dos
resíduos sólidos.
O primeiro é mais conhecido como aeração: a aeração consiste em
aperfeiçoar e enriquecer o solo, melhorando e trazendo mais qualidade para o novo
plantio. Ela é feita removendo os pequenos plugs ou perfurando-a, para permitir que
o ar, a água e os nutrientes penetrem chegando até nas raízes, possibilitando a
planta se desenvolver de forma mais saudável.
A matéria-prima é o segundo fator influente. Alguns materiais, como os mais
ricos em carbono, fornecem energia para a compostagem enquanto os materiais
nitrogenados aceleram esse processo, isso porque ele é necessário para o
crescimento de microrganismos. O terceiro fator são os microrganismos, eles
promovem o aumento da temperatura, que deve ser superior a 40ºC, para assim
estabelecer os microrganismos termofílicos, acelerando ainda mais a decomposição
da matéria orgânica. O quarto fator é o pH......................

3.3 Tipos de Compostagem

Alguns tipos de composteiras são: de jardim, vermicomposteira, elétricas e

composteiras que geram biogás. Para a classificação do adubo orgânico, é levado
em consideração a temperatura (que se estiver acima de 45°C é chamada de
térmofílica) e a intensidade de aeragem (natural, ativa ou passiva).
Umas das diferenças entre as técnicas de compostagem e de
vermicompostagem é modo de decomposição dos resíduos orgânicos. Enquanto na
compostagem os microrganismos e fungos fazem o trabalho, na vermicompostagem
as minhocas se encarregam de se alimentar dos nutrientes dos resíduos e produzir
o húmus.
Outra diferença é no adubo obtido. Na compostagem obtém-se o composto
orgânico e na vermicompostagem obtém-se o húmus de minhoca. Na questão do
ambiente, no minhocário se tem um controle mais simplificado, portanto o sistema
dentro dele se torna menos favorecido para os microrganismos, por isso a
importância das minhocas como complemento. Diferente do controle limitado do
minhocário, na composteira pode-se obter um alcance mais preciso do composto
orgânico, pois pode ser monitorado os aspectos químicos, físicos e biológicos como
o pH, a temperatura e o equilíbrio de nitrogênio e carbono.
Por fim, referente aos resíduos orgânicos despejados nas composteiras, na
vermicompostagem as minhocas são mais sensíveis a certos alimentos,
principalmente carnes, frutas e cascas cítricas. Já na composteira convencional é
possível adicionar praticamente qualquer resíduo orgânico, até mesmo os alimentos
citados acima, porque quem faz a total decomposição dos resíduos são os
microrganismos e os fungos.

3.3.1 Composteira de Jardim

A compostagem de jardim, como o próprio nome diz, pode ser feita no jardim
ou no quintal de casa, onde é preciso cavar um buraco de aproximadamente 50
centímetros quadrados e 30 centímetros de profundidade, para ter mais sustento
nas laterais do buraco cavado, é preciso colocar tábuas de madeira. O local ideal
para montar a vermicomposteira ou minhocário seria um lugar sombreado em uma
área com maior concentração de matéria-prima, esse tipo de composteira pode ser
feita tanto em caixotes quanto baldes.
Após concluída essa etapa, deve-se despejar diariamente os resíduos
orgânicos e adicionar serragem e folhas secas na superfície da composteira. Essa
mistura não deve ser amontoada, pois pode haver falta de oxigênio e
consequentemente surgir mal cheiro.
A cada duas semanas, a mistura do composto deve ser revirada para dar
aeração a terra e facilitar sua decomposição. Após três a quatro meses
aproximadamente, dependendo das condições da compostagem, o resíduo orgânico
já terá feito sua decomposição e estará pronto para uso. A Figura 2 representa uma
composteira de jardim.

Figura 2 - Composteira de Jardim

Fonte: Ecotelhado, 2019.

3.3.2 Vermicomposteira

Na vermicompostagem ou minhocultura ocorre a decomposição de resíduos

utilizando-se minhocas para gerar húmus, sendo uma excelente vantagem pois o
húmus de minhocas traz melhorias na estruturação dos agregados e um aumento na
diversidade de organismos benéficos. Esse tipo de composteira é ideal para quem
vive em ambientes com pouco espaço como apartamentos, por exemplo.
Porém, as minhocas necessitam de uma alimentação que seja rica em
carboidratos, fibras e nitrogênio. A matéria orgânica não processada servirá de
alimento para elas (fontes alternativas de matéria prima seriam cascas de frutas,
fezes de coelho, fezes de vaca e palha).
O local ideal para montar a vermicomposteira ou minhocário é um lugar
sombreado em uma área com maior concentração de matéria-prima. Esse tipo de
composteira pode ser feita tanto em caixotes quanto em baldes.
O tamanho do minhocário vai variar de acordo com o volume de resíduo
orgânico produzido na residência (de preferência caixotes de 45 litros ou mais), a
média da decomposição desse resíduo é de 45 dias. Outra questão importante é a
temperatura do local, se estiver muito úmido vai causar odor e se estiver muito seco
a decomposição vai ocorrer de forma mais lenta. Por conta disso, a temperatura
deve estar entre 20ºC e 25°C, a umidade em 70% e 85% e o pH em 7,0. Deve-se
pensar também se há predadores naturais das minhocas nas proximidades como
pássaros e galinhas. A presentes de predadores induzem a fuga das minhocas.
Para a construção do minhocário, são necessárias no mínimo três caixotes:
dois para o armazenamento de minhocas e um para o escoamento do chorume
(adubo líquido). Na Figura 3 pode ser observado um exemplo de minhocário.

Figura 3 - Vermicomposteira ou Minhocário

Fonte: Ecosciente, 2017.

Para começar a montagem, deve ser feito vários furos no fundo de dois
caixotes a fim de que tanto as minhocas possam se locomover entre eles, quanto o
chorume dos resíduos possa escorrer. Após isso, os caixotes devem ser encaixados
em pilar juntamente com o terceiro caixote sem furos, o qual deve ficar na parte
inferior, conforme a Figura 3. No terceiro caixote o chorume irá escorrer, dessa
forma, é necessário fazer um furo na lateral inferior e, de preferência, instalar uma
torneira para facilitar a drenagem do líquido.
Após essa etapa, no primeiro caixote deve ser feita uma espécie de cama
com húmus de minhoca. Então, o minhocário estará pronto e o sistema estará
funcionando. O húmus tem duração de aproximadamente seis meses, depois disso
seus nutrientes começam a se esgotar.
A Figura 3 representa o minhocário onde, na primeira caixa os resíduos
orgânicos são adicionados e enquanto esta caixa é enchida, as minhocas vão se
alimentando na segunda caixa. Quando a segunda caixa chegar ao limite de
armazenamento, deve-se esvaziar a primeira.
 De acordo com o site Embrapa (XXXX), “a minhocultura é capaz de produzir
grande quantidade de biomassa de minhocas, que também pode ser utilizada na
complementação da alimentação animal, na pesca esportiva, na venda de matrizes
para produtores ou até mesmo na alimentação humana, devido ao elevado teor de
proteínas”.

3.3.3 Compostagem Automática

Existem também as composteiras automáticas que fazem a decomposição

de forma mais eficiente e acelerada que as demais composteiras tradicionais. Esta é
a principal diferença que a torna mais sofisticada que as demais. Ao invés de ter que
esperar meses para obter o composto na forma tradicional, a decomposição pode
ser completa em questão de horas. A Figura 4 representa uma composteira
automática.

Figura 4 - Composteira Automática

Fonte: Terraform Kitchen, 2020.

Esse modelo comporta até dois quilogramas de resíduo orgânico e funciona

da seguinte maneira: os resíduos orgânicos são colocados na parte superior e
entram em decomposição durante 4 a 12 horas graças ao sistema de controle de
temperatura e aeração do composto. Após esse período, o adubo orgânico estará
pronto para fertilização. Caso a pessoa não queira utilizar o adubo no mesmo
momento, ele deve pode ser guardado em potes lacrados com validade de até três
anos. O preço no Brasil de composteiras automáticas como o modelo citado variam
entre R$ 3 mil e R$ 5 mil.

3.3.4 Compostagem que Gera Biogás

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