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EFEITO DA SALINIDADE NA GERMINAÇÃO DE SEMENTES E NO


CRESCIMENTO INICIAL DE MUDAS DE PINHÃO-MANSO1

YARA ANDRÉO-SOUZA2, ARMANDO LOPES PEREIRA3, FABRÍCIO FRANCISCO SANTOS DA SILVA4,


RENATA CONDURU RIEBEIRO-REIS5, MÁRCIO RANNIERI VIANA EVANGELISTA6,
RENATO DELMONDEZ DE CASTRO7, BÁRBARA FRANÇA DANTAS8

RESUMO - O pinhão-manso (Jatropha curcas L.) é encontrado em quase todas as regiões intertropicais
do planeta, sendo adaptável a condições edafoclimáticas da região Nordeste até São Paulo e Paraná.
Objetivou-se através do presente trabalho avaliar o comportamento de sementes e mudas de
pinhão-manso quando submetidas à condição de estresse salino. Para isso foram conduzidos dois
experimentos, sendo o primeiro realizado em condições de laboratório e o segundo em campo. Para
o primeiro experimento as sementes de pinhão-manso, dos dois lotes foram submetidas a diferentes
concentrações de cloreto de sódio, obtidas da dissolução de cloreto de sódio em água destilada, obtendo
as condutividades elétricas de 2, 4, 6, 8, 10, 12, dS.m-1, constituindo os tratamentos. No experimento
II as mudas foram obtidas através da semeadura em vaso, e foram utilizados como tratamentos as
concentrações 2, 4, e 6 dS.m-1; como controle foi utilizado água destilada para os dois experimento.
Sementes de pinhão-manso sofrem atraso no processo germinativo, devido a condições de salinidade.
Há redução no crescimento das plântulas quando submetidas à solução de NaCl com condutividade
elétrica de 6 dS.m-1. Dessa forma, a condição de estresse salino interfere nos processos fisiológicos das
sementes de pinhão-manso.

Termos para indexação: lotes, qualidade fisiológica, crescimento, desenvolvimento, estresse salino.

EFFECT OF SALINITY ON PHYSIC NUT (JATROPHA CURCAS L.) SEED


GERMINATION AND SEEDLING INITIAL GROWTH

Abstract – The physic nut (jatropha curcas l.) Shrub is found in almost all the intertropical regions, and
is adaptable to climatic conditions from the brazilian northeast to são paulo and paraná. We evaluated
the effects of salt stress on j. Curcas seeds and seedlings grown under laboratory and field conditions. In
the laboratory experiments, two lots of physic nut seeds were submitted to different concentrations of
sodium chloride dissolved in distilled water to produce electrical conductivities (ds m-1) of 2, 4, 6, 8, 10
and 12. For the field experiments, plants were grown in pots watered with sodium chloride dissolved
in distilled water to produce electrical conductivities of 2 ds m-1, 4 ds m-1 and 6 ds m-1. A distilled
water control was used for both sets of experiments. Our results indicate that j. Curcas seeds suffer a

1
Submetido em 22/07/2009. Aceito para publicação em 06/01/2010. 5
Bióloga, Doutoranda Universidade Estadual de Feira de Santana, UEFS,
Feira de Santana, BA, CEP: 44036-900, email: rconduru@gmail.com.
2
Bióloga, Pesquisadora Bolsista Desenvolvimento Científico Regional,
FACEPECNPq, Embrapa Semiárido. Laboratório de Análise de Sementes, 6
Eng. Agr., Bolsista de Desenvolvimento Tecnológico Industrial - CNPq,
CP.23, CEP: 56302-970, Petrolina, PE. email: yara_andreo@yahoo.com. Embrapa Semiárido. Setor Floresta. CP. 23, CEP: 56302-970, Petrolina,
br. PE, email: marcio.rannieri@cpatsa.embrapa.br.
3
Biólogo, Mestrando. Embrapa Semiárido. Laboratório de Análise de Eng. Agr., Professor Adjunto, Universidade Federal da Bahia, UFBA,
7

Sementes, CP. 23, CEP: 56302-970, Petrolina, PE, email: armando. CEP: 40170-115, Salvador, BA, email: rdelmondez@gmail.com.
lopes@bol.com.br. 8
Eng. Agr.., Pesquisadora, Embrapa Semiárido. Laboratório de Análise de
4
Biólogo, Mestrando. Embrapa Semiárido. Laboratório de Análise Sementes, CP. 23, CEP: 56302-970, e���������������������������������
mail: bárbara@cpatsa.embrapa.br.
de Sementes, CP. 23, CEP: 56302-970, Petrolina, PE, email:
fabriciofrancisco2005@hotmail.com.

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delay in germination under saline conditions and that reduced seedling growth and development occur
when they are subjected to sodium chloride solution with an electrical conductivity of 6 ds m-1. It thus
appears that salt stress interferes with the physiological processes occurring in jatropha seeds.

Index Terms: lots, growth, development, physiological quality, stress.

INTRODUÇÃO produção, pois aumenta a quantidade a ser utilizada, além de


diminuir o vigor das mudas (Jesus, 1997).
Pertencente à família das Euforbiáceas, a mesma da Para que as sementes germinem é necessário que existam
mamona e da mandioca, o pinhão-manso (Jatropha curcas condições favoráveis de luz, temperatura e disponibilidade de
L.), pode ser encontrado em quase todas as regiões intertropicais água (Carvalho e Nakagawa, 2000). Mas, nem sempre essas
do planeta, estendendo sua ocorrência à América Central, Índia condições são adequadas, especialmente em solos salinos e
e Filipinas. No Brasil, é encontrado da região Nordeste até os sódicos. Normalmente, solos afetados por sais são encontrados
estados de São Paulo e Paraná, com distribuição vasta devido em zonas áridas e semiáridas, onde a evaporação é superior à
à sua rusticidade e fácil adaptação a diferentes condições precipitação ocasionando assim, o acúmulo de sais solúveis e o
edafoclimáticas (Cortesão, 1956; Peixoto, 1973; Brasil, 1985). incremento do sódio trocável na superfície dos solos (Barros et
Por ser uma espécie exigente em insolação e com forte al., 2004).
resistência à seca, o pinhão-manso tem sido considerado A área de insuficiência hídrica do Nordeste brasileiro
como uma opção agrícola para a região nordeste, sendo muito abrange uma superfície de 150 milhões de hectares. Nessa
bem adaptado às condições áridas e semiáridas. A maioria região, a maioria dos perímetros de irrigação apresenta solos com
das espécies de Jatropha ocorre em áreas secas do cerrado e alto teor de salinidade, que provocam desde a diminuição nos
vegetação da caatinga (Deghan e Schutzman, 1994). rendimentos das culturas até o abandono das áreas exploradas.
Segundo Carnielli (2003), é uma planta oleaginosa Em Pernambuco, aproximadamente 20% da área total dos
viável para a obtenção do biodiesel, pois apresenta alto perímetros irrigados encontram-se com problemas de salinidade
rendimento em óleo. No Brasil, a exploração comercial dessa (Barros et al., 2004).
espécie ainda é incipiente e, até janeiro de 2008, era proibida A alta concentração de sais é um fator de estresse para as
a produção e a comercialização de sementes para a produção plantas, pois reduz o potencial osmótico e proporciona a ação
de biodiesel (Menani, 2008). dos íons sobre o protoplasma. A água é osmoticamente retida na
Para Purcino e Drummond (1986), a cultura do pinhão- solução salina, de forma que o aumento da concentração de sais
manso pode se desenvolver nas pequenas propriedades, com a torna cada vez menos disponível para as plantas (Ribeiro et al.,
a mão-de-obra familiar disponível, como acontece com 2001). Assim, com o aumento da salinidade ocorre diminuição
a cultura da mamona, na Bahia, sendo mais uma fonte de do potencial osmótico do solo, dificultando a absorção de água
renda para as propriedades rurais da Região Nordeste. Além pelas raízes (Amorim et al., 2002; Lopes e Macedo, 2008).
disso, como é uma cultura perene, e segundo Peixoto (1973), As sementes também sofrem influência significativa da
pode ser importante para a conservação do solo, pois o cobre condição de salinidade dos solos. O alto teor de sais, especialmente
com uma camada de matéria seca, reduzindo, dessa forma, a de cloreto de sódio (NaCl), pode inibir a germinação devido a
erosão e a perda de água por evaporação, evitando enxurradas e diminuição do potencial osmótico, ocasionando prejuízos as
enriquecendo o solo com matéria orgânica decomposta. demais fases do processo (Lima et al., 2005)
Apesar da grande demanda por informações sobre o Nas regiões áridas e semiáridas, o excesso de sais no
pinhão-manso, os trabalhos de pesquisa se encontram em fase solo tem limitado a produção agrícola. A salinidade, tanto dos
inicial. Ainda não há material selecionado, sistema de produção solos como das águas, é uma das principais causas da queda de
e zoneamento agrícola definidos; pouco se sabe do real potencial rendimento das culturas. Entretanto, os efeitos dependem, ainda,
da planta. Assim, existe uma importante demanda por pesquisas de outros fatores, como espécie, cultivar, estádio fenológico,
na área de tecnologia de sementes e de produção de mudas. tipos de sais, intensidade e duração do estresse salino, manejo
A produção de mudas, em quantidade, é uma das etapas cultural e da irrigação e condições edafoclimáticas (Tester e
mais importantes no estabelecimento de povoamentos vegetais Davénport, 2003).
(Caldeira et al., 2000), e quando se produzem mudas pelo As atividades para produção de plantas oleaginosas
método sexuado o cuidado com a qualidade das sementes é poderiam possibilitar a utilização dessas áreas e certamente
indispensável. O baixo vigor das sementes eleva os custos de teriam reflexos diretos sobre a oferta de produtos de

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ESTRESSE SALINO EM SEMENTES E MUDAS DE PINHÃO-MANSO 85

origem vegetal na região Nordeste, além de promoverem a Com base nos resultados obtidos nesse primeiro
recuperação dos solos degradados pela salinidade. Contudo, experimento, foram escolhidas três concentrações de NaCl,
o sucesso desses plantios é dependente, entre outros fatores, do de condutividade elétrica conhecida, que constituíram os
conhecimento do comportamento das sementes e da produção tratamentos utilizados no experimento II.
de mudas que sejam capazes de resistirem às condições adversas Experimento II – Estresse salino e desenvolvimento
do meio (Santos et al., 2008). Assim, o objetivo do presente de mudas – para realização desse experimento, foram semeadas
trabalho foi verificar o efeito do estresse salino na germinação de duas sementes de pinhão-manso em cada vaso plástico de
sementes e no crescimento inicial de mudas de pinhão-manso. capacidade de 10 L, contendo como substrato solo de caatinga,
obtido da área experimental pertencente à Embrapa Semiárido, e
MATERIAL E MÉTODOS areia na proporção de 1:1, perfazendo um total de seis repetições
para cada tratamento.
Sementes de pinhão-manso provenientes de propriedades As concentrações de sal utilizadas foram 2, 4 e 6 dS.m-
nas cidades de Arco Verde e Santa Maria da Boa Vista - PE 1
, obtidas da mesma forma que no experimento I, sendo o
foram cedidas ao Laboratório de Análise de Sementes da controle água destilada pura. A salinização do solo foi realizada
Embrapa Semiárido, Petrolina-PE e constituíram os lotes aqui colocando-se os vasos de cada tratamento em caixa d’água com
denominados lote I e lote II, respectivamente para cada uma das capacidade de 500 L, até que a água em excesso percolasse. Feito
localidades. Foram conduzidos dois experimentos, sendo um isso, as sementes foram semeadas, a uma profundidade de três
em condição de laboratório e outro em campo. centímetros, e os vasos colocados sobre bancada em casa de
Inicialmente os lotes foram caracterizados quanto ao vegetação. As regas foram realizadas diariamente ou de acordo
grau de umidade, realizado pelo método da estufa a 105 °C±3, com a necessidade das plantas, com água de torneira.
durante 24 horas, de acordo com as Regras para Análise de Após 21 dias da instalação do experimento, foram
Sementes – RAS (Brasil, 1992), utilizando-se duas repetições de avaliados os seguintes parâmetros, para apenas uma das plantas:
10 sementes para cada lote. Os resultados foram expressos em altura da planta (cm), número de folhas, comprimento da raiz
porcentagem média (base úmida), sendo que o lote I apresentou (cm), diâmetro do caule (mm), índice relativo de clorofila
4% e o lote II 9% de umidade. (unidade SPAD), área foliar (cm2), massa fresca e seca (g) de
Experimento I – Estresse salino em sementes - foi caules + pecíolos; folhas e raízes. A área foliar das plântulas
conduzido em condição de laboratório, sendo as sementes de foi determinada por meio do medidor portátil (modelo Licor Li-
pinhão-manso submersas em diferentes soluções de cloreto de 3100) e o índice relativo de clorofila foi avaliado a�����������
pós quatro
sódio (NaCl). Para obtenção das soluções de NaCl, seguiu-se a leituras no clorofilômetro Spad-502 (Minolta Corp.) em quatro
tabela proposta por Richards (1980), onde quantidades de sal folhas distintas da mesma planta.
foram diluídas em água destilada e, posteriormente, tiveram sua F��������������������������������������������������
oi adotado delineamento experimental inteiramente
condutividade elétrica medida em condutivímetro “Digimed” casualizado para condução dos testes e esquema fatorial 2x7 e
modelo CD-21. Foram colocados 1; 2; 3,2; 4,4; 5,4; 6,6 g.l-1 2x5, respectivamente, para os experimentos I e II, onde 2 são
de NaCl, e obtiveram-se as leituras de 2; 4; 6; 8; 10; 12 dS.m- os lotes e 7 ou 5 são as concentrações de NaCl. Os dados foram
1
de condutividade elétrica, as quais foram denominadas como submetidos à análise de variância e a comparação de médias foi
tratamentos. Como controle dos tratamentos água destilada foi obtida pela aplicação do teste de Tukey, para o experimento II, ou
utilizada sem adição de sal. Scott-Knott, para experimento I, ambos a 5% de probabilidade.
As sementes de cada um dos lotes foram submetidas ao Os dados de primeira contagem foram transformados em
teste de germinação, em quatro repetições de 25 sementes. Para √x+0,5 e os dados de germinação em √x/100. Os cálculos
tanto, foram distribuídas sobre papel germitest, umedecido com estatísticos foram realizados no programa Sisvar (Ferreira,
cada uma das soluções salinas em 2,5 vezes o peso do papel seco 2000).
(Brasil, 1992). Os rolos obtidos foram mantidos em incubadora
B.O.D a 30 °C (Añez et al., 2005) sem luz. Foram feitas as RESULTADOS E DISCUSSÃO
seguintes avaliações: primeira contagem de germinação (PC)
que se constituiu da porcentagem de plântulas normais obtidas Os dados obtidos no teste de germinação (Figura 1)
aos quatros dias após a semeadura; germinação final (GF), indicam que os lotes de sementes de pinhão-manso (Jatropha
representada pela porcentagem de plântulas normais aos 14 curcas) apresentaram diferença significativa para todos os
dias; índice de velocidade de germinação (IVG) e tempo médio parâmetros avaliados. As sementes do lote I germinaram em
de germinação (TMG), calculados de acordo com as fórmulas menos tempo (TMG, Figura 1D), ou seja, o tempo, em dias, foi
descritas por Maguire (1962) e Labouriau (1983). menor para que as sementes conseguissem iniciar o processo

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germinativo. O maior índice de velocidade de germinação como maior percentagem de sementes germinadas na primeira
(IVG, Figura 1C) foi verificado em sementes do lote II, assim contagem (PC, Figura 1A) e na germinação final (GF, Figura 1B).

A B 2
LI y = 0.869x- 6.4167x + 37.286
2
70 2
R = 0.1852
LI y = 0.1071x - 2.3929x + 10.571
2
R = 0.6917 60 2
y = -1.0833x+ 2.3452x + 57.143
25 LII
2
50 R = 0.8533

% Germinação
% Primeira Contagem

20
LII
2
y = 0.6667x - 8.6905x + 29.286 40
15 2
R = 0.9889
30
10
20 LII

5
10
0 LII
0
0 2 4 6 8 10 12 0 2 4 6 8 10 12
-5
-1 -1
Condutividade elétrica (dS.m ) LI LII Condutividade elétrica (dS.m ) LI LII

C D
2
y = 0.1305x - 1.4731x + 6.2029
LI
12 2
R = 0.5663
12
10
IVG (plântulas.dia )
-1

2
y = 0.0656x - 1.7501x + 11.061
10
LII
8 2
8
TMG (dias)

R = 0.9578
6 LI
6 2
y = -0.192x + 2.1658x + 4.4243
2
4 4
R = 0.8032

2 2 LII 2
y = -0.0093x + 0.4686x + 6.0471
2
R = 0.7481
0 0
0 2 4 6 8 10 12 0 2 4 6 8 10 12
Condutividade elétrica (dS.m ) -1
LI LII Condutividade elétrica (dS.m -1 ) LI LII

FIGURA 1. Primeira
��������� contagem
��������� de��� germinação
����������� (PC
����������
- A), germinação
����������� (TG
������- B),
���� índice
������� de
��� velocidade
����������� de
��
germinação (IVG - C) e tempo médio de germinação (TMG - D) de sementes de pinhão-
manso (Jatropha curcas), lotes I e II, submetidas à soluções salinas com diferentes
condutividades elétricas.

Comparando o efeito do estresse salino nos dois lotes, os tratamentos e apresentaram uma significativa redução
observou-se, em geral, melhor desempenho das sementes nas concentrações de 10 e 12 dS.m-1.
do lote II em relação ao lote I. No TMG as sementes No lote I os maiores prejuízos na germinação foram
do lote I germinaram em menor tempo no controle e na verificados na condição de 6 dS.m-1, enquanto que no
condutividade elétrica de 2 dS.m-1, enquanto que nas demais lote II as condições de 10 e 12 dS.m-1 foram novamente
condições o lote II foi sempre superior (Figura 1D). O IVG os tratamentos mais prejudiciais, contudo as sementes
sofreu redução significativa a partir de 6 dS.m-1 para o lote germinaram nos diferentes tratamentos. Pizarro (1996),
I, enquanto que para o lote II as maiores reduções foram afirmou que condutividades elétricas do solo superiores a
observadas em 10 e 12 dS.m-1 (Figura 1C). 2dS.m-1 podem ocasionar danos à produção de cultivares
As avaliações de PC e GF também foram influenciadas sensíveis.
pela condição de estresse salino (respectivamente, Figuras Torres (2007) observou que o efeito deletério do
1A e 1B). As sementes do lote I iniciaram o processo excesso de sal causa redução significativa da germinação
germinativo (PC) nas condições de baixa concentração de para sementes de melancia (Citrullus lanatus Schrad.),
sal, enquanto as sementes do lote II germinaram em todos a partir da condutividade de 11,2 dS.m -1, sendo que

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os maiores prejuízos foram observados em elevadas celulares (Greenway e Munns, 1980); ocasionando assim
condutividades, como 22,3 dS.m-1. Quando comparados os redução do processo germinativo em condições de níveis
resultados da primeira contagem com os da percentagem elevados de estresse salino, ressaltando que esses níveis são
final de germinação, os dados de primeira contagem variáveis com a espécie.
foram os mais afetados com o aumento da condutividade Os dados de crescimento e desenvolvimento das
elétrica dos tratamentos, este fato é esperado porque plântulas de pinhão-manso (Figuras 2, 3 e 4) apresentaram
a velocidade de germinação é o primeiro parâmetro diferença significativa para alguns parâmetros quando
afetado pela redução da disponibilidade de água. comparados os lotes. De forma geral, as plântulas obtidas
O aumento da concentração de sais no substrato de sementes do lote II apresentaram maior incremento no
determina redução no potencial hídrico, resultando em crescimento do que as plântulas do lote I. Na condutividade
menor capacidade de absorção de água pelas sementes, o elétrica de 4 dS.m-1 houve maior desenvolvimento
que geralmente influência a capacidade germinativa e o das plantas em altura e de forma similar; também o
desenvolvimento das plântulas (Rebouças et al., 1989). A comprimento das raízes das plântulas do lote II foi maior
presença de níveis mais elevados de íons em plantas não nessa condição (respectivamente, Figuras 2A e 2B). O
halófitas (menos tolerantes à deficiência hídrica), pode maior nível de estresse, 6 dS.m-1, afetou o crescimento e
exercer efeitos adversos na permeabilidade das membranas desenvolvimento das plantas dos dois lotes.

25
A 14
14 B 25
14 2 25
12
12 y = 0.7125x-2 4.0995x + 14.543
y = 0.7125x
2 - 4.0995x + 14.543
20 2

(cm) 20 y = 0.7525x2- 6.0595x + 26.733


(cm)

R2 =2 0.3869
raiz(cm) y = 0.7525x
2 - 6.0595x + 26.733
(cm)(cm)

12
10 y = 0.7125x=- 4.0995x
R 0.3869 + 14.543
10 2
20 R2 =20.5771
R = -0.5771
(cm)
R = 0.3869 y = 0.7525x 6.0595x + 26.733
planta

daraiz
daplanta

10
88 15
2
R = 0.5771
15
da raiz
da
da planta

Comprimento

668 15
da

Comprimento

2
y = -2.37x2+ 10.486x - 1.835
Altura

y = -2.37x
2 + 10.486x - 1.835
Altura

10
Comprimento

446 R2 =20.9211
R =+0.9211
10 2
y = -2.37x 10.486x - 1.835 y = -1.8325x2+ 5.4675x + 9.5725
Altura

y = -1.8325x
2 + 5.4675x + 9.5725
2
R = 0.9211
10 R2 = 0.9671
224 5
R =2+0.9671
y = -1.8325x 5.4675x + 9.5725
5 2
R = 0.9671
002 5
00 2
2 4
4 6
6 0
0 0
0 Condutividade
2 elétrica
Condutividade 4
elétrica (dS.m
(dS.m
-1
-1 )
) LI6 LII
LI LII 0 0
0 2
2 4
4 6
6
-1
Condutividade elétrica (dS.m -1 ) LI LII 0 Condutividade
2 elétrica
4 (dS.m -1 ) 6
Condutividade elétrica (dS.m )
LI LII
Condutividade elétrica (dS.m -1 ) LI LII
LI LII
C 7
7
7
6
6
2
6 y = -0.0075x2- 0.1215x + 5.7175
(mm)

5 y = -0.0075x - 0.1215x + 5.7175


(mm)

5 2
R2 = 20.1771
y = -0.0075x-0.1771
R = 0.1215x + 5.7175
(mm)

5
caule

4
2
dodocaule

4 R = 0.1771
do caule

4
3
3
Diâmetro
Diâmetro

3
2
Diâmetro

2 2
y = -1.085x2+ 4.497x + 0.515
2 y = -1.085x + 4.497x + 0.515
1
1
2
R2 =20.9086
R =+
y = -1.085x 0.9086
4.497x + 0.515
1
0
2
R = 0.9086
0
0 0
0 2
2 4
4 6
6
0 Condutividade
2 4 -1 6 LII
Condutividade elétrica
elétrica (dS.m
(dS.m -1 )) LI
LI LII
FIGURA 2. Crescimento de plântulascurcas): altura da planta (A),
de pinhão-manso
Condutividade elétrica (dS.m )(Jatropha
-1
LI LII
comprimento da raiz (B) e diâmetro do caule (C) de plântulas submetidas à soluções salinas com
diferentes condutividades elétricas.

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88 Y. ANDRÉO-SOUZA et al.

A 6
160
2
y = 0.25x - 1.55x + 6.5
5 2
R = 0.28
140

Número de folhas
4
120
3 2 100
y = -0.625x+ 2.643x + 0.45
2
R = 0.787 80
2
60
1 40
0 20
0 2 4 6 0
Condutividade elétrica (dS.m ) -1
LI LII
0 2 4 6
Condutividade elétrica (dS.m -1 ) L
6
B6.5
2
y = 0.25x - 1.55x + 160 45
160
2 2
R = 0.28 y = 0.25x - 1.55x + 6.5
5 140 2
40
R = 0.28
140 2
120 35
IRC (unidade SPAD)

4 y = 3.41x - 18.126x + 51.83


2
120 y = -4.2547x + 10.583x + 123.52 2
R = 0.5695
2 100 30 2
R = 0.3859
2
y = -4.2547x + 10.583x + 123.52
3 y = -0.625x+ 2.643x + 0.45 100 2
2
R = 0.787 80
2
y = -0.625x+ 2.643x + 0.45 25 R = 0.3859
2
R = 0.787 20 80
2 60
15 60 2
y = -25.018x + 106.78x - 2.1182
1 40 2 2 2
R = 0.84 y =y-7.4325x
= -25.018x + 106.78x
+ 32.297x - 2.1182
- 3.5525
10 40 2 2
20 R =R 0.9196
= 0.84
4 0 6 5 20
0
0 2 4 6 0
étrica (dS.m ) -1
LI LII
0
6 2 40
Condutividade elétrica (dS.m )Condutividade -1
-1 0 0 2 2 4 4 6 6
LI LII elétrica (dS.m ) LI LII
-1
Condutividade
Condutividade elétrica
elétrica (dS.m(dS.m
-1
) ) LI LI LIILII
45
C 45
40
40 2
35 y = 3.41x - 18.126x + 51.83
2
35 2
R = 0.5695 y = 3.41x - 18.126x + 51.83
30 2
Área foliar (cm 2 )

R = 0.5695
30
25
25
20
20
15
15 2
y = -7.4325x+ 32.297x - 3.5525
10 2
R = 0.9196
2
y = -7.4325x+ 32.297x - 3.5525
10 2
5 R = 0.9196
5
0
0 2 4 0 6
0 2 4 6
Condutividade elétrica (dS.m -1 ) LI LII
Condutividade elétrica (dS.m -1 ) LI LII

FIGURA 3. Crescimento e desenvolvimento de plântulas de pinhão-manso (Jatropha curcas): número


de folhas, área foliar e índice relativo de clorofila (IRC) de plântulas submetidas à soluções
salinas com diferentes condutividades elétricas.

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ESTRESSE SALINO EM SEMENTES E MUDAS DE PINHÃO-MANSO 89

A 2
y = -0.4695x + 1.3383x + 2.794 LI fresca
2
4.5 R = 0.9596
4.0
2
3.5 y = -0.372x + 1.6868x + 2.1465 LII fresca
2
R = 0.7071
3.0
Peso em gramas

2.5
2
y = 0.0368x - 0.4089x + 1.1183 LI seca
2.0 2
R = 0.9396
1.5
1.0 2
y = -0.059x + 0.267x + 0.213 LII seca
0.5 2
R = 0.9955
0.0
0 2 4 6
-1
Condutividade elétrica (dS.m )
LI Fresca LII Fresca LI Seca LII Seca

2
B y = -0.3393x + 1.3136x + 0.5102 LI fresca
3.0 2
R = 0.9805

2.5 2
y = -0.148x + 0.6628x + 1.699 LII fresca
Peso em gramas

2
2.0 R = 0.2109

1.5 2
y = -0.04x + 0.104x + 0.2805 LI seca
2
R = 0.9923
1.0
2 LII seca
0.5 y = -0.009x + 0.0012x + 0.475
2
R = 0.5106
0.0
0 2 4 6
Condutividade elétrica (dS.m -1 )
LI Fresca LII Fresca LI Seca LII Seca

C 2
LI fresca
4.0 y = -0.1785x + 0.4497x + 1.364
2
R = 0.9335
3.5
3.0
2
y = -0.0865x - 0.1125x + 3.644 LII fresca
Peso em gramas

2
R = 0.7238
2.5
2.0 2
y = -0.0297x + 0.064x + 0.2733 LI seca
2
R = 0.9376
1.5
2
1.0 y = -0.0175x + 0.0451x + 0.307
2 LII seca
R = 0.6013
0.5
0.0
0 2 4 6
Condutividade elétrica (dS.m -1 )

LI Fresca LII Fresca LI Seca LII Seca

FIGURA 4. Peso das massas fresca e seca de plântulas de pinhão-manso (Jatropha curcas) submetidas à
soluções salinas com diferentes condutividades elétricas: caule + pecíolo (A), folhas (B) e raízes
(C).

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90 Y. ANDRÉO-SOUZA et al.

O diâmetro do caule (Figura 2C) das plântulas dos matéria fresca e seca, nos teores de clorofila e de área foliar
dois lotes de pinhão-manso foi superior na condição de 4 para diferentes cultivares de melão a partir da elevação da
dS.m-1 e as massas de caule + pecíolo indicam um melhor salinidade do solo, a partir de 2 dS.m-1.
desenvolvimento (Figura 4A) em relação as demais partes Torres (2007) também obsevou redução dos parâmetros
da planta (Figuras 4B e 4C). O número de folhas e suas de massa seca e comprimento para plântulas de melancia de
massas não foram afetados pelas diferentes condutividades acordo com o aumento da condutividade elétrica, dessa forma,
elétricas, havendo formação e desenvolvimento nas efeitos adversos nas maiores concentrações desta solução na
diferentes condições (Figuras 3 e 4B). germinação e no desenvolvimento de plântulas.
Em plantas de café (Coffea arabica L.) o diâmetro Vale et al. (2006), estudando o estresse salino em
do caule foi influenciado pela salinidade da água ao longo mudas de pinhão-manso, afirmaram que as plantas irrigadas
do tempo, a partir de 1,2 dS.m-1, levando a paralisação do com água de condutividade elétrica de 0,06 e 4,2 dS.m-1,
crescimento e consequentemente à morte (Figueiredo et al., apresentaram redução da altura da planta, do diâmetro do
2006). Já mudas de catingueira (Caesalpinia pyramidalis caule, do número de folhas, sugerindo então, que as mesmas
Tul) submetidas à condutividade elétrica de 2 dS.m-1 não podem ser cultivadas em solos salinos, assim os dados até
apresentaram maior desenvolvimento para os parâmetros aqui apresentados são conflitantes, uma vez que para as condições
de altura, diâmetro do caule e número de folhas (Lopes et de estresse salino utilizadas no presente trabalho favoreceram o
al., 2007). desenvolvimento inicial das plântulas de pinhão-manso.
Os diferentes tratamentos também não afetaram
o índice relativo de clorofila (IRC, Figura 3B), sendo CONCLUSÃO
esse índice utilizado como indicativo de deficiência
nutricional em plantas cultivadas, como para cafeeiro Sementes de pinhão-manso sofrem atraso no processo
(Godoy et al., 2008) ou como indicativas de possíveis germinativo, quando submetidas à condição de estresse salino
alterações no conteúdo de clorofila, ou seja, no pigmento na fase de embebição.
fotossintético, ocasionando problemas na fotoassimilação Há redução no crescimento das plântulas de
e consequentemente no desenvolvimento e crescimento pinhão-manso quando submetidas à solução de NaCl com
das plantas. Em plântulas de melão (Cucumis melo L.) condutividade elétrica de 6 dS.m-1.
submetidas a estresse salino foi constatada redução do
IRC para diferentes cultivares, de acordo com o aumento AGRADECIMENTOS
da salinidade do solo (Aragão et al., 2009).
Quanto à área foliar (Figura 3C), observou-se maior A primeira autora agradece ao CNPq pela bolsa de
expansão das folhas na condutividade elétrica de 4 dS.m-1, Desenvolvimento Científico Regional concedida e a FACEPE
indicando, mais uma vez, certa tolerância a essa condição pelas pelo auxílio ao projeto.
plântulas de pinhão-manso. Chartzoulakis (1994), irrigando o
pepino (Cucumis sativus L.) com águas de diferentes salinidades
REFERÊNCIAs
verificou que a área foliar total das plantas reduziu quando se
utilizou água de irrigação acima de 2,7 dS.m-1, e que salinidades
acima de 5,0 dS.m-1, proporcionaram efeitos ainda melhores na AÑEZ, L.M.M.; COELHO, M.F.B.; ALBUQUERQUE,
expansão foliar do que com propriamente no número de folhas. M.C.F.; DOMBROSKI, J.L.D. Caracterização morfológica
De forma geral, a biomassa das diferentes partes dos frutos, das sementes e do desenvolvimento das plântulas
da planta (Figuras 4A, B e C) indica um crescimento e de Jatropha elliptica Müll. Arg. (Euphorbiaceae). Revista
desenvolvimento proporcional de suas partes, ou seja, Brasileira de Botânica, v.28, n.3, p.563-568, 2005.
caule+ pecíolo, folhas e raízes, além da uma possível AMORIM, J.R.A.; FERNANDES, P.D.; GHEYI, H.R.;
tolerância ao estresse salino apresentado por essas plantas. AZEVEDO, N.C. Efeito da salinidade e modo de aplicação
Em arroz (Oryza sativa) a presença de cloreto de sódio da água de irrigação no crescimento e produção de alho.
não interferiu na massa das plântulas nos estágios iniciais Pesquisa Agropecuária Brasileira, v.37, n.2, p.167-176,
de desenvolvimento, sendo que, normalmente, em plantas 2002.
sensíveis à salinidade ocorre diminuição da taxa de ARAGÃO, C.A.; SANTOS, J.J.; QUEIROZ, S.O.P.;
emergência e redução nas matérias seca e fresca da parte DANTAS, B.F. Avaliação de cultivares de melão sob
aérea e do sistema radicular (Lima et al., 2005). Porém, condições de estresse salino. Revista Caatinga, v.22, n.2,
Aragão et al. (2009) observaram redução na produção de p.161-169, 2009.

Revista Brasileira de Sementes, vol. 32, nº 2 p. 083-092, 2010


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