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Material de Apoio - Matemática - Alfabetização Matemática
Material de Apoio - Matemática - Alfabetização Matemática
Material de Apoio - Matemática - Alfabetização Matemática
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO
DIVISÃO DE APOIO PEDAGÓGICO
ÁBACO
O que é o ábaco?
Como trabalhar
Neste texto, vamos mostrar como construir o número inteiro e como realizar operações de
adição e subtração.
Vamos imaginar uma aula-oficina, com um diálogo entre o professor e os alunos, seno P
para professor e A para alunos. Simultaneamente, professor e alunos fazem juntos a construção do
número: cada alunos com seu ábaco em sua mesa de trabalho e o professor na frente da turma
com um ábaco voltado para os alunos.
Seis regras são definitivas para o bom andamento deste processor como as indicadas a
seguir.
P – Muito bem! E como posso representar dez unidades, se só posso marcar cada pino com apenas um algarismo?
P – Existe uma regra que diz que toda vez que eu tenho dez unidades, então eu tenho uma dezena e essa dezena vai
para o pino das dezenas. E faço assim: pego as dez unidades, tiro todas juntas do pino e troco por uma argola valendo
uma dezena que coloco no pino das dezenas que é o segundo pino, a partir da direita.
P – E assim posso representar o número dez com um algarismo em cada casa.
P – Quantas argolas eu tenho no pino das unidades?
A – Zero.
P – Vamos colocar o zero abaixo do pino das unidades.
P – E quantas argolas eu tenho no pino das dezenas?
A – Uma.
P – Então, uma dezena é igual a dez unidades.
Ao trocar as dez unidades por uma dezena, o professor deve segurar com uma das mãos as
10 argolas das unidades na mão e com a outra mão pegar uma argola no monte das argolas que
estão ao lado para representar a dezena.
Depois de colocar a argola da dezena no pino da dezena, poderá juntar as dez unidades que
ficaram na mão ao montante das argolas.
P – Agora nós já sabemos que uma dezena é igual a dez unidades e forma o número 0.
P – E como eu formo o número 11? Deixar os alunos pensarem um pouco.
P – Vamos colocar então uma unidade no pino da unidade e manter a dezena no lugar dela.
As crianças continuam construindo os números até chegar ao 19.
P – Agora que temos o número 19, vamos colocar mais uma argola na unidade, ficando com 10 unidades.
P – E já sabemos que dez unidades é igual a uma dezena. Então o que vamos fazer? Quem sabe me dizer?
A – Vamos segurar dez unidades na mão direita e trocá-las por uma dezena e colocar uma argola no pino da dezena.
P – E como ficarão os algarismos nos pinos? Como ficou o pino das unidades?
A – Com zero e com nenhuma argola.
P – E quantas dezenas eu tenho?
A – Duas.
P – Então 2 dezenas é igual a 20 unidades.
O professor vai explorando a construção do número até 99, fazendo passo por passo:
primeiro coloca a argola no pino e depois o algarismo abaixo do pino, de acordo com as argolas em
cada pino. E quando chegar ao 99, o professor deve auxiliar a turma.
P – Assim que chegar ao número 99, coloca-se mais uma unidade no pino das unidades, juntam-se todas as unidades
e troca-se por uma dezena colocada no pino das dezenas que também ficará com dez. Juntam-se, então, as dez
dezenas e troca-se por uma argola que vale uma centena e coloca-se no pino da centena.
P – Agora que temos o número 100, se chegar mais uma unidade, como fica?
O professor coloca argolas nos pinos.
P – Quantas unidades? (1.)
P – Quantas dezenas? (Zero.)
P – Quantas centenas? (1.)
P – Que número formou? (101.)
P – E como ficará se colocar mais 1 unidade?
Os alunos seguem construindo números até chegarem em 109.
P – E se eu acrescentar ao número 109 mais uma unidade às 9 que já tem, quanto ficará?
P – Como devemos fazer com as 10 unidades? Lembrem que dez unidades igual a uma dezena.
P – Quantas unidades ficaram? (Zero.)
P – Quantas dezenas? (1.)
P – Quantas centenas? (1.)
P – Que número foi formado?
A – Foi formado o número 110.
Novos números deverão ser construídos até que a turma chegue a 999.
P – Se já temos 999 e chegar mais uma unidade, ficarão 10 unidades que serão reunidas e transportadas, depois que
trocar por uma argola, para o pino das dezenas. O pino das dezenas ficará com 10 dezenas (regra do nunca dez) que
deverão ser trocadas por uma argola e colocada no pino da centena. A centena também ficará com dez centenas
(regra do nunca dez) e deverá ser trocada por uma argola valendo uma unidade de milhar e colocada no pino das
unidades de milhar.
OPERAÇÃO ADIÇÃO:
Algoritmo: 8
+1_
9
P – Vamos representar no ábaco a primeira parcela com o numeral de dois algarismos e a segunda parcela com o
numeral de um algarismo. F.M. 26 + 3 =
Algoritmo: 26
+3
29
Ao colocar as parcelas no ábaco, o registro deve ser feito como se fosse na calculadora: primeiro as argolas do
número 26 e depois as argolas do número 3.
P – Vamos fazer três parcelas com dois algarismos em cada uma? F.M. 32 + 21 + 40 =
Algoritmo: 32
+ 21
40
93
Ao colocar as parcelas no ábaco, o registro deve ser feito como se fosse na calculadora: primeiro as argolas do
número 32, depois as argolas do número 21 e, por último, as argolas do número 40. Mas para encontrar o total, somar
primeiro as argolas do pino das unidades, depois as do pino das dezenas.
1
F.M. 26 + 48 = Algoritmo: 26
+ 48
74
O professor deve observar que 6 unidades + 4 unidades = 10 unidades, isto é, fica 0 unidade no pino das
unidades e o conjunto das dez unidades = 1 dezena é mandado para o pino das dezenas.
P – Como já temos 7 dezenas(70) + 9 dezenas (90) = 16 dezenas + 1 dezena que veio das unidades = 17
dezenas(170), ficamos então com 7 dezenas(70) no pino das dezenas e remetemos 10 dezenas = 1 centena para o
pino das centenas que vão se juntar às 3 centenas já existentes no pino, ficando, no total, 4 centenas(400).
Na subtração, só são colocadas as argolas do minuendo e retirada a quantidade que está no subtraendo.
Algoritmo:
6
- 5
1
F.M. 68 – 26 = Algoritmo: 68
- 26
42
Deve-ser colocar somente as argolas do minuendo e retirar a quantidade que está no subtraendo, iniciando
pelo pino das unidades.
A resposta é simples: tirar 1 dezena do pino das dezenas e retornar em 10 unidades para o pino das unidades.
P – Havia 8 dezenas, mas uma retornou para o pino das unidades. Das 7 dezenas que ficaram no pino da dezena, não
preciso retirar nada, então mantenho as 7 dezenas no resto.
Algoritmo: 82
- 6
76
a) Precisamos tirar 5 unidades de 3 unidades. Então, é necessário pedir emprestado à casa das dezenas, 1 dezena
que são 10 unidades. Ficamos agora com 13 unidades, de onde vamos tirar 5. Sobram 8 unidades.
b) Na casa das dezenas agora temos 6, já que 1 dezena foi emprestada para as unidades. Dessas 6, precisamos
retirar 8 dezenas. Para isso, vamos solicitar à casa das centenas 1 centena que são 10 dezenas.
Temos então, 16 dezenas de onde deverão ser retiradas 8 dezenas. A sobra é de 8 dezenas.
c) Na casa das centenas, temos agora 4 centenas, de onde devem ser retiradas 6 centenas. Precisamos pedir
emprestado 1 milhar(que são 10 centenas), ficando com 15 centenas, de onde serão retiradas 6 centenas. Sobram 8
centenas.
d) A casa da unidade de milhar que era de 4m agora, com o empréstimo à casa das centenas, é de 3 unidades de
milhar, de onde, tirando 1, ficamos com 2 unidades de milhar.
8 + -------- = 12
6 + ---------- = 10
PROCESSO DE ADIÇÃO:
PROCESSO DE SUBTRAÇÃO:
Acreditamos que temos muitas oportunidades de trabalhar com nossos alunos para o desenvolvimento do
cálculo mental e da abstração, mas é preciso que tenhamos a coragem de mudar, de apresentar novidades,
desafiar nossos alunos, acreditar no processo, contribuindo para o crescimento intelectual, político e social de cada
criança nas escolas brasileiras.
Referência:
Revista do Professor. Porto Alegre. Ano 23. Nº 92. Outubro/Dezembro de 2007, p.30 à 35.
PREFEITURA MUNICIPAL DE UBÁ
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO
DIVISÃO DE APOIO PEDAGÓGICO
O estudo das operações com números naturais constitui tarefa prioritária para professores (as)
e estudantes dos primeiros anos do Ensino Fundamental. Assim sendo, o sucesso do trabalho posterior
depende da segurança que o indivíduo demonstra em relação à automatização de fatos fundamentais, e
ao conhecimento das técnicas operatórias referentes à adição, subtração, multiplicação e divisão.
A amplitude dos conceitos a serem explorados, o grande número de habilidades a serem
desenvolvidas e a absoluta necessidade de garantir o domínio das técnicas operatórias usuais, exigem
um maior dispêndio de tempo, nas cinco séries iniciais do Ensino Fundamental – tempo este a ser gasto
com atividades ricas e variadas que permitam ao estudante resolver não só situações da sua vida
cotidiana, como também forneçam condições de superar as dificuldades escolares dos anos anteriores.
ADIÇÃO E SUBTRAÇÃO
2+3=5 7 + 8 = 15
1
O fato fundamental da subtração, inverso ao da adição, é obtido retirando-se do total a
parcela que fora anteriormente acrescentada:
2+3=5 7 + 8 = 15
5–3=2 15 – 8 = 7
2+3=5 ou 7 + 8 = 15
3+2=5 8 + 7 = 15
GRADUAÇÃO DE DIFICULDADES
Adição
1- Fatos fundamentais com resultado até 9: 4 + 5 = 9
2- Fatos fundamentais com resultado até 18: 9 + 9 = 18
Subtração
PREPARAÇÃO
Antes de iniciar o trabalho formal com os fatos fundamentais, o (a) professor (a) deve, sobretudo,
garantir a prontidão. Isso pode ser feito através do trabalho com conjuntos, comparando-os ou
completando-os, bem como organizando os subconjuntos.
Situações de classe, incidentais ou planejadas, devem ser aproveitadas para que sejam verificados
o conhecimento dos fatos e o vocabulário relacionado aos mesmos.
Esta preparação, metodologicamente falando, permite ao professor organizar seu trabalho futuro
de maneira a garantir a unidade, e a atender às diferenças individuais.
EXPLORAÇÃO
A partir deste momento, o(a) professor(a) procura fazer com que o aluno seja capaz de
“identificar certo fato, conceito ou processo dentro de determinada situação”.
A exploração será iniciada pelo trabalho com um conjunto de 4 ou 5 elementos, de modo a
descobrir todas as maneiras de organizá-lo.
2
Note-se nos arranjos acima:
A possibilidade da descoberta da comutatividade;
A atuação concreta do princípio de compensação: todos os fatos foram aparecendo à medida que
era retirado um elemento do lado direito do cartão e colocado do outro lado.
Evidentemente, nesta fazer, estes princípios estão apenas subjacentes, não formalizados e não
verbalizados.
O trabalho realizado com material manipulativo pode ser acompanhado da mesma por meio
de desenhos. É interessante frisar o fato de que os elementos do conjunto têm identidade própria
(pois os conjuntos são disjuntos).
Os fatos de Subtração podem ser introduzidos paralelamente através da ideia subtrativa.
Havia 5 tampinhas no cartão; tiramos 2, com quantas ficamos?
As outras ideias serão trabalhadas um pouco mais tarde, em situações como as que se
seguem:
3
Através de correspondência entre os elementos do conjunto, o aluno perceberá que o conjunto B
tem1 elemento a mais.
SIMBOLIZAÇÃO
Este momento visa introduzir a forma simbólica para expressar os conceitos. Do material
concreto, desde ao desenho e finalmente ao uso dos símbolos, se faz a introdução da forma simbólica em
Matemática:
2+4=6 ou 2
+ 4
6
A representação vertical deve ser feita paralelamente à horizontal para que o aluno se
familiarize com ambas as formas.
A interpretação da natureza dos termos, bem como a terminologia usada adequadamente
caracterizam o final desta fase. Assim, na Adição e na Subtração, todos os termos e também o resultado
4
são da mesma natureza: somamos (ou subtraímos) números que se referem a flores e flores, brinquedos
e brinquedos, lápis e lápis, etc.
Mais tarde, podem ser confeccionados cartazes especiais, com o nome dos termos da
operação, para auxiliar a memorização dos vocábulos.
MINUENDO PARCELA
- SUBTRAENDO + PARCELA
RESTO OU DIFERENÇA SOMA OU TOTAL
3 7
+4 - 4
7 3
ORGANIZAÇÃO
É o momento mais rico, mais fértil no processo da redescoberta. São objetivos desse trabalho:
A organização dos fatos pode ser feita – sempre pela criança, nunca apresentada pronta pelo(a)
professor(a) – de várias maneiras:
ADIÇÃO SUBTRAÇÃO
5 =0+5 5 -5=0
5 =1+4 5 -4=1
5 =2+3 5 -3=2
5 =3+2 5 -2=3
5 =4+1 5 -1 = 4
5 =5+0 5 -0=5
5
Pelo primeiro termo: Pelo subtraendo:
2+0=2 5–4=1
2+1=3 6–4=2
2+2=4 7–4=3
etc etc
0+2=2 5–1=4
1+2=3 6–2=4
2+2=4 7–3=4
etc etc
As duas formas iniciais (as chamadas “famílias”) facilitam a memorização porque relacionam os
fatos de maneira mais evidente. Contudo, outras formas têm também valor. Por exemplo: a organização
pelo subtraendo permite reconhecer a variância do resto:
Todas as atividades devem ser apenas orientadas pelo professor, a fim de que o próprio aluno
chegue, por si só, à descoberta das relações entre os fatos, e das leis que os regulam. Não há valor
pedagógico quando a generalização é apresentada pronta ao aluno. Porém, para que o aluno chegue à
descoberta, as atividades devem ser, não só variadas, como também conduzidas em determinado sentido,
encaminhando o pensamento do aluno à descoberta.
Entre os vários materiais sugeridos para este trabalho, estão as tabelas confeccionadas pelo
próprio aluno, ou pelo professor, mas com a colaboração da classe. A análise adequado dos fatos
mostrados na tabela permite compara-los, relaciona-los e estabelecer generalizações que podem ser
aproveitadas em murais e cartazes.
6
Alguns exemplos de generalizações descobertas anteriormente que podem ser, agora, realmente
formulados:
ADIÇÃO SUBTRAÇÃO
- O número de fatos nas famílias até 9 - O número de fatos com o mesmo
que dão o mesmo resultado é menos 1 minuendo até 9 é menos 1 que ele (se
que o valor da soma (se não trabalhamos não trabalhamos com os fatos de zero)
com os fatos de zero): Minuendo 5 – 4 fatos
Soma 5 – 4 fatos Minuendo 4 – 3 fatos
Soma 4 – 3 fatos Minuendo 3 – 2 fatos, etc.
Soma 3 – 2 fatos, etc.
- Se trabalhamos com os fatos de zero, o
- Se trabalhamos com os fatos de zero, o número de fatos é mais 1 do que o valor
número de fatos é mais 1 que o valor da do minuendo.
soma;
- Diminuir zero a um número nos dá o
- Somar um número a zero nos dá o mesmo número.
mesmo número;
- Tirando-se 1, o resultado é o
- Se uma parcela é 1, a soma é o antecessor do minuendo.
sucessivo da outra parcela;
- Quando se tira a metade, o resto é a
- Nos conjuntos pares, há um fato que outra metade.
não tem reverso:
- Quanto maior o subtraendo, menor o
No conjunto 2, é o 1 + 1 resto, se o minuendo for o mesmo.
No conjunto 4, é o 2 + 2
No conjunto 6, é o 3 + 3
Hoje, não se pretende abolir a memorização de fatos: ela é necessária e não pode ser dispensada,
por isso criaria sérios embaraços à habilidade de resolver situações-problema. A maneira, porém, de
conseguir este automatismo, mudou. A simples decoração é cansativa, por isso devem ser variadas as
atividades e o material: cartões-relâmpago de tipos diversos, jogos, exercícios, etc.
A pressa em trabalhar com cada conjunto, a falta de preparação e a má orientação das atividades
são as causas da dificuldade em automatizar o reconhecimento e evocação dos fatos.
O processo pode ser considerado automatizado quando o aluno:
7
APLICAÇÃO
É muito necessário que o aluno saiba usar o conhecimento dos fatos fundamentais em situações
de vida. O registro da situação problemática pode ser feito por meio de equações. Recomenda-se, por
enquanto, estruturas bem simples, que envolvam 1 adição ou 2; 1 subtração.
O importante é que o professor apresente grande variedade de problemas e oriente o aluno na
busca da solução.
Cada uma das alternativas citadas permite exemplos diversificados no que se refere ao termo
onde aparece a variável. Evidentemente, o exemplo mais fácil é o que apresenta a variável como
resposta, porém, graduando as dificuldades e não trabalhando com todas de uma vez, e possível explorar
casos mais difíceis, como os das letras b e d do quadro abaixo:
ADIÇÃO SUBTRAÇÃO
a) 2 = 5 = ? a) 7 – 5 = ?
b) 2 + ? = 7 b) 7 - ? = 2
?+5=7 ?–5=2
c) 2 + 5 + 3 = ?
d) 2 + 5 + ? = 10
2 + ? + 3 = 10
? + 5 + 3 = 10
Além do trabalho com os fatos fundamentais, que se desenvolve por todo um ano, podem ser
introduzidos outros casos de adição, que serão explorados paralelamente aos fatos fundamentais.
COLUNAS DE ADIÇÃO
1 1 2 2 3 3
2 3 1 3 1 2
+3 +2 +3 +1 +2 +1
A introdução das colunas pode ser feita desde que a classe já tenha trabalhado com os fatos que
nelas irão aparecer: tanto a soma das duas primeiras parcelas como a soma final devem resultar de fatos
já explorados pela classe.
São duas as habilidades a serem desenvolvidas no trabalho com as colunas de adição:
4 6
Guardar mentalmente a soma das duas primeiras parcelas: 2
+3
Somar o número guardado mentalmente, à 3ª parcela: 4
2 6
+3 +3
9 8
Estas duas habilidades são muito úteis na vida social, quando temos de efetuar adições com mais
de duas parcelas. Por outro lado, constituem preparação direta para o uso da reserva.
Dependendo dos números usados para formar a coluna, há três tipos de adição em coluna. De
início, trabalha-se mais com o 1º tipo (mais fácil), em que o resultado mental e o geral são ambos
menores que 10:
2 3 < 10
1
5
8 8 < 10
O 2º tipo (dificuldade média) tem apenas o resultado mental menor que 10. O 3º tipo (difícil)
tem o resultado mental maior que 10:
2 3 < 10 4 11 > 10
1 7
7 5
10 8 < 10 16 16 > 10
PREPARAÇÃO
Antes de introduzir a coluna de adição propriamente dita, o(a) professor(a) procurará verificar a
prontidão da classe, o que poderá ser feito através de atividades como as que se seguem:
Escrever no quadro o numeral 3. Pedir à classe que adicione 5 à quantidade ali representada.
Pedir que a quantidade resultante seja mostrada levantando-se as mãos, com os dedos indicando
tal quantidade.
Escrever no quadro o numeral 4. Pedir à classe para somar 2 e apresentar o resultado no “Cartão
de Respostas”
O “Cartão de Respostas” é um material de uso individual que permite à criança registrar respostas a
problemas apresentados; ao ser colocado sobre a carteira, possibilita ao professor, num rápido olhar,
verificar de pronto os acertos e erros de toda a classe. Consta de um cartão retangular, coma parte
inferior dobrada formando uma prega, que se prende de cada lado, por meio de dois clips. Cada
criança terá ainda uma série de fichas, com os numerais de 1 a 9, que serão usados como resposta,
inserindo-se na prega do cartão.
9
- Escrever no quadro o numeral 2.
Pedir a uma criança que pense outro número e some as duas quantidades, falando em voz alta a resposta,
e depois a classe tentará adivinhar qual o número pensado pelo colega.
Se observar uma ou outra criança errando com freqüência, o professor deve investigar as causas
dos erros.
O erro pode decorrer de dificuldade específica, ligada a uma deficiente memória visual. Neste
caso, a criança costuma acertar os mesmos fatos quando as duas parcelas são apresentadas por escrito.
Os exercícios para remover a dificuldade devem ser muito numerosos, mesmo que, para isso, o professor
tenha de trabalhar quase individualmente com as crianças que demonstram tal deficiência. Como
sugestão de atividades, serve os exemplos citados anteriormente.
O erro pode decorrer da falta de domínio dos fatos fundamentais. Neste caso, a criança tornará a
errar mesmo quando a operação lhe for apresentada por escrito. Cabe ao professor reunir os alunos com
esta dificuldade e fazer um trabalho intenso para recuperá-los, a fim de colocá-los no mesmo nível que o
restante da classe, no que se refere à fixação dos fatos fundamentais.
EXPLORAÇÃO DO MATERIAL
Garantida a prontidão, a classe, manipulando o material de contagem, passará a trabalhar com três
conjuntos. O (A) professor (a) dirá:
OOOO OOOO
OO OO
ou ou O
OOO O
OOOO OO
OOOOOO OOOO
ou com 7 tampinhas, podemos ter:
O O
OO O
e mais 5 outros deste tipo, desde que se altere a posição dos conjuntos, formando-se ao todo 6 diferentes
adições:
4 4 2 2 1 1
1 2 1 4 2 4
+2 +1 +4 +1 +4 +2
10
Ou ainda: OO OO
O O O
e como, neste caso, dois dos conjuntos têm o mesmo número de elementos, há apenas 3 adições
diferentes:
3 2 2
2 2 3
+ 2 + 3 + 2
Ou ainda:
O O O
O
O O O
REGISTRO
Todos os agrupamentos feitos com material deverão ser registrados, seja no quadro, seja no
caderno das crianças.
Como em qualquer sequência de atividades, a forma simbólica só deverá ser apresentada ao final
do trabalho, depois que muitas atividades forem realizadas, depois de muitas situações forem resolvidas
concretamente pelos alunos, com o material de que dispõem.
GENERALIZAÇÕES
À vista dos registros feitos, a classe poderá fazer inúmeras descobertas, entre as quais:
11
FIXAÇÃO
Muitas atividades deverão ser realizadas pela classe, não só para que se automatize o processo,
como também para passar em revista as 120 combinações fáceis, com resultado até 10 (inclusive as de
zero numa das parcelas); além das outras, com resultado maior que 10.
Nota: as colunas difíceis serão trabalhadas depois, podendo o professor seguir as mesmas etapas
acima sugeridas.
1- Apresentar tiras digitadas com uma série de numerais, a cada um dos quais serão acrescentados outros
que o professor irá falando, devendo a criança colocar a resposta desta adição na coluna da direita:
NUMERAIS
NUMERAIS FALADOS PELO COLUNA DE
REGISTRADOS PROFESSOR RESPOSTA
5
3
2
2- Usar fichas para apresentar as colunas de adição:
OO 2 OO 2
3 3
OO O
OO O
+4 +1
O
OO OO
O O OO 4
3
+1
O O O O
3
4
+ 1
4- Preencher os quadrinhos:
12
2
+ 3
5- Organizar todas as colunas possíveis com os seguintes numerais:
6- Completar as operações de acordo com o total indicado:
3 + ... + ...
12 ... + 4 + ...
6 + ... + ...
7- Apresentar um cartaz com fichas móveis, para trabalho coletivo, à vista de toda a classe:
2 5
3
4
9
8- Escrever, no quadrinho ao lado, qual foi o número que tivemos de guardar na cabeça, para fazer a
operação:
5 7 3
3 2 4
+ 4 + 5 +6
9- Trabalhar com cartões para estudo. Sobre o cartão, coloca-se um outro cartãozinho, cobrindo um dos
adendos ou cobrindo a soma, a fim de que o aluno ache a resposta:
2 2
3 3
+5
10
13
10- Organizar colunas de adição que dêem o mesmo resultado, mas usando numerais diferentes:
+ + +
13 13 13
11- Escrever dois numerais no quadro, e pedir que os alunos os somem com outro para que surja um
certo resultado. Escrever no quadro: 3
2
12- Apresentar fichas de combinações (sem o resultado) para associar com um numeral mostrado em
outra ficha:
2
+5 6
14- Usar cartões-relâmpago, seja para descobrir o adendo que falta, seja para dar o resultado:
2 3
... 2
+6 +4
11 ...
O trabalho com as colunas de adição difíceis só será iniciado depois que a criança já trabalhou
com adições elevadas do tipo:
15 11
+ 4 + 3
Geralmente na prática, as atividades com colunas difíceis são realizadas no 3º ano escolar, após o
trabalho com fatos fundamentais, e também com adições elevadas fáceis.
Nas colunas difíceis, a soma das duas parcelas é superior a 10; por isso, a criança precisa achar a
nova soma a partir de uma adição elevada, isto é, adição de duas parcelas, sendo a primeira formada de 2
algarismos e a segunda, de um só.
5 12
7 +3
+3
14
Usando três numerais diferentes, podemos formar também 6 colunas. Nestas podem aparecer até
6 fatos fundamentais e 3 adições elevadas.
Exemplos:
6 6 7 7 4 4
7 4 6 4 6 7
+ 4 + 7 + 4 + 6 + 7 + 6
13 + 4 10 + 7 11 + 6
5 5 7 7 1 1
7 1 5 1 7 5
+1 +7 +1 +5 +5 +7
Estas adições elevadas dentro das colunas de adição constituem preparação para a multiplicação
com reserva, que será vista também, oportunamente. Exemplo:
65
X2
12
+1
ADIÇÕES ELEVADAS
Adição Elevada é um tipo especial de adição de duas parcelas, sendo a primeira formada de dois
algarismos e a segunda formada de um só algarismo, devendo a soma ter também dois algarismos.
Exemplo: 14 23 32
+ 2 + 8 + 3
15
Pode ser relacionada ao 3º tipo de colunas de adição: 6
7 13
+2 +2
15 15
À primeira vista, parece inútil dedicar um trabalho especial a tais operações, uma vez que
poderiam ser enquadradas nos casos comuns de adição com dois ou mais algarismos.
Contudo, há grande diferença quanto ao modo de realizar a operação e esta diferença consiste em
considerar a adição de um modo global.
Assim, são duas linhas distintas de trabalho:
4u + 2 u = 6u
1d + 0d = 1d
É aconselhável trabalhar de acordo com a primeira sugestão, tendo sempre em vista que conceitos
adquiridos em determinada época devem fundamentar aprendizagens futuras.
Ora, quando houver, mais tarde, necessidade de trabalhar com a reserva na multiplicação, a criança
terá de operar mentalmente, usando adições elevadas, tal como se pode ver no exemplo abaixo:
34
x 8
Ao efetuar esta multiplicação, opera-se assim: 8x4=32. Registra-se o 2 no lugar das unidades e
reservam-se as 3 dezenas.
8 x 3 = 24
Agora somam-se estas 24 dezenas, de uma vez, com as 3 dezenas anteriormente reservadas:
24 + 3 = 27
Logo, foi necessário usar, neste caso, como em outros casos de multiplicação com reserva, uma
habilidade muito especial: somar mentalmente, e de uma só vez, um número formado de duas ordens, a
um outro formado só de unidades.
Dependendo da relação entre a primeira parcela e o resultado, as Adições Elevadas serão de dois
tipos:
a) Adição Elevada fácil
O resultado figura na mesma década que a primeira parcela:
13 64 32
+ 4 + 4 + 5
16
Devem ser estudadas logo que a classe tenha vencido as dificuldades relacionadas às colunas de
adição de 1º e 2º tipos.
As Adições Elevadas Fáceis constituem preparo próximo para a introdução das Colunas Difíceis,
onde a soma das duas primeiras parcelas resultará num número maior que 10, que provocará a adição
elevada:
5
9 14
+3 +3
47 década de 40
O resultado figura na década seguinte à da primeira parcela: +5
52 década de 50
Este tipo de Adição Elevada, por apresentar maiores dificuldades, envolvendo habilidades mais
complexas para a sua resolução, só será introduzido após a classe ter vencido as Adições Elevadas
Fáceis. Na pratica, isto geralmente ocorre em anos letivos diferentes.
ATIVIDADES EXPLORATÓRIAS
Apresentação de problemas
Poderão ser usadas tiras de cartolinas, divididas em 10, 11, 12, 13 pedaços, aos quais serão
acrescentados outros pedaços recortados, conforme a situação apresentada pelo professor:
14
+ 4
17
simbolicamente; e partindo daí, caminharia para a direita, tantas marcas quantas fossem as unidades que
deveriam ser acrescentadas à quantidade inicial:
22 + 5 = 27
Atividade oral
O professor escreve no quadro uma série de numerais formados de dois algarismos. Fala com a
classe para somar 5, por exemplo, a cada um dos números ali apresentados, numa adição elevada fácil.
Exemplo: adicionar 5 a 13
21
42
ATIVIDADES DE ORGANIZAÇÃO
Apresentar uma série de adições para evidenciar o fato chave – A unidade que aparece na
primeira parcela tem sempre o mesmo valor, assim com a 2ª parcela é sempre a mesma:
11 21 31 41 51 61
+ 5 + 5 + 5 + 5 + 5 + 5
O (A) professor(a) poderá perguntar: Qual o fato fundamental que está aparecendo
sempre em cada uma destas adições?
1
+ 5
6
Apresentar um fato fundamental qualquer que deverá funcionar como fato-chave numa
série de 9 adições elevadas, a serem formadas pelos alunos. O professor escreverá no
quadro ou apresentará numa ficha:
3
+ 4
13 43 53 63
+ 4 + 4 + 4 + 4
17 47 57 67
18
Apresentar as duas primeiras adições elevadas de uma série e pedir à classe para
organizar as demais, até completar 9 adições:
11 21
+ 8 +8 + + + + etc...
Apresentar apenas algumas adições elevadas de uma série e pedir aos alunos que formem
as intermediárias:
22 52 82
+ 3 + + + 3 + + +3
14 24 34
+... + ... + ...
18 28 38
Organizar todas as adições de uma determinada década, conforme a solicitação do
professor:
Exemplo: na década de 30 a 39, a classe teria de organizar 90 adições, e sendo tal tarefa
muito demorada, cada grupo da sala se incumbiria de organizar uma série dentro da década.
Em seguida, as séries seriam relacionadas entre si.
ATIVIDADES DE FIXAÇÃO
Relacionar cada adição elevada com as subtrações correspondentes. Para isso, o que era
soma passa a ser minuendo, através da inversão dos termos:
35 38 38
+3 - 3 - 35
38 35 3
Ao preparar o material a ser usado nesta atividade, o professor deverá ter o especial cuidado de
verificar se as dificuldades que aparecerão na operação inversa já foram vencidas pela classe.
+2
quinze +3
+1
+4
16 + 2 =
Resolver adições elevadas registradas na forma horizontal: 31 + 6 =
24 + 5 =
19
Transformar colunas de adição em adições elevadas: 6
8 14
+ 5 + 5
19
Descobrir as adições elevadas que aparecem quando se organiza um grupo de colunas de adição,
usando os mesmos numerais.
Exemplo: com os numerais 5, 6,7, podemos organizar:
6 5 6 7 5 7
5 6 7 6 7 5
+ 7 + 7 + 5 + 5 + 6 + 6
11 13 13
+ 7 + 5 + 6
Depois de realizadas todas estas atividades, o professor deve orientar a classe no sentido de
elaborar as generalizações referentes ao trabalho com Adições Elevadas Fáceis:
- Numa série de Adições Elevadas cujas primeiras parcelas têm o mesmo algarismo no lugar das
unidades, há sempre um Fato Fundamental que se repete.
- O algarismo que ocupa o lugar da dezena na primeira parcela é o mesmo que aparecerá na
soma.
- Na soma, aparece o mesmo algarismo no lugar da dezena, porque não houve outra dezena para
somar com a da primeira parcela.
- Numa série de Adições Elevadas com o mesmo fato-chave, as somas apresentam o mesmo
algarismo no lugar das unidades, enquanto que as dezenas crescem de uma em uma.
Este trabalho não precisa ser imediatamente realizado após a fixação das Adições Elevadas
Fáceis. Aliás, recomenda-se fazê-lo no ano letivo seguinte, para permitir o desenvolvimento da
habilidade de operar com segurança em relação à parte inicial do trabalho.
Como no trabalho realizado com o tipo fácil, as adições elevadas difíceis podem ser relacionadas
às colunas de adição:
7
8 15
+ 8 + 8
23 23
Serão apresentadas em série de uma só vez, para que se possa destacar o fato-chave:
FATO CHAVE
15 25 35
+ 8 + 8 + 8 5
23 33 43 + 8
13
20
O professor deve evitar que a classe, operando parceladamente, use, nestes exemplos, o processo
da reserva, adicionando unidades com unidades e trabalhando depois com a dezena.
A classe deve ver a operação como um todo. A partir do fato-chave, observará que o resultado
ultrapassa a década em que estava trabalhando, pois, a soma se encontra na década seguinte:
Algumas crianças terão talvez dificuldade em pensar na operação globalmente. A fim de ajudá-
las, o professor mostra quanto falta à 1ª parcela para chegar à dezena seguinte e, logo depois, a
criança adicionará a 2ª parcela, descontando aí o que já fora usado para completar a dezena.
Exemplo: 16
+ 8
A criança soma 4 a 16, para completar a dezena: 16 + 4 = 20. Sendo o 2º adendo formado de 8
unidades, seria necessário descontar estas 4 unidades usadas: 8 – 4 = 4. As 4 unidades restantes seriam
somadas a 20 = 20 + 4 = 24.
Verifica-se, pois, que esta criança realizou através de duas operações mentais o que poderia
realizar em uma só.
Este método, chamado por Grossnickle e Bruekner “Método das Dezenas” é, naturalmente, de
nível mais elementar. Contudo, permite que um aluno menos amadurecido possa resolver a situação
pelos seus próprios meios, sem apelar para o uso da reserva, o que fugiria inteiramente ao objetivo deste
trabalho.
SUGESTÕES DE ATIVIDADES
1- Observe a série de adições, para depois completar as proposições que vêm logo abaixo:
19 29 39 59 69 79 89
+8 + 8 + 8 + 8 + 8 + 8 + 8
a) Nesta série todas as primeiras parcelas têm o mesmo algarismo na ordem das _____________
b) Nesta série, o fato fundamental que se repete é ____ + ____ = ____
c) A soma tem sempre uma dezena a mais que ______________________________________
d) As dezenas das soma vão crescendo de ______ em _____
2- Organize duas subtrações relacionadas com cada adição:
31 61 91
+7 +7 +7
38 68 98
3- Transforme cada coluna de 3 parcelas numa adição com 2 parcelas, conforme o modelo:
6 9 5
7 13 4 8
+5 + 5 + 6 + 6 + 7 + 7
18 18
21
Qual a propriedade da adição que aplicamos para fazer esta transformação?
16 27 38 49
+ ... + ... + .... + ....
25 35 45 55
5- Observe as séries já iniciadas. Você vai completá-las, e depois deve preencher o quadro vazio com o
fato chave que aparece em cada série:
13 23
+ 7 + 7 + + + +
32 42 82
+ + + 9 + 9 + + 9
41 51 91
Além destas atividades, o professor pode enriquecer o trabalho, adaptando o que foi sugerido
para o estudo das Adições Elevadas Fáceis, com a adequação dos exemplos.
Generalizações:
Depois de apresentar grupos variados de Adições Elevadas Difíceis, a classe deverá descobrir
que:
1- O número de unidades de primeira ordem da soma é o mesmo em todas as operações da série, porque
resulta do fato-chave que se repete.
3- Numa série de adições elevadas, o algarismo das dezenas, nas diversas operações, cresce de 1 em 1.
Esta etapa pode ser iniciada imediatamente após o estudo dos fatos fundamentais até dez, desde
que os exemplos sejam selecionados de tal forma que não apresentem nem reserva na Adição, nem
reagrupamento na Subtração. A reserva e o reagrupamento só serão introduzidos cerca de um ano mais
tarde, ou seja, no 2º ano letivo.
As dificuldades iniciais podem ser graduadas da seguinte forma:
Adição Subtração
22
centenas exatas):
20 400 50 600
+30 + 200 - 30 - 200
50 600 20 400
2- Idem, idem, com dezenas ou 2- Idem, idem, com dezenas ou centenas
centenas exatas em uma só parcela: exatas no subtraendo:
32 564 52 864
+ 20 + 300 - 20 - 300
32 564
3- Adição de números 3- Subtração de números representados por
representados por algarismos algarismos significativos sem
significados sem reserva: reagrupamento:
32 124 96 359
+ 64 + 235 - 64 - 235
96 359 32 124
O uso do Quadro Posicional, para a adição que envolve 2 ou 3 algarismos nas parcelas, caracteriza
este caso.
Caso ordem, nas 2 parcelas, será vista como um fato fundamental, já estudado:
D U
34 ou 3d 4u
+ 45 4d 5u
7 9
Paralelamente ao uso da adição sem reserva, será feita no Quadro Posicional a subtração sem
reagrupamento:
C D U
700
- 300
4 0 0
23
Usando algarismos significativos nos dois termos:
C D U
456
- 134
3 2 2
Constituem a grande dificuldade desta etapa e, para vencê-la, é necessário preparar a classe
adequadamente. Este preparo implica em:
Verificar o domínio dos fatos fundamentais com soma ou minuendo além de 10;
Recordar o princípio de posição do nosso sistema de numeração: 1 d = 10 u, 10d = 1c etc;
Verificar o domínio dos casos de adição sem reserva e subtração sem reagrupamento;
Recordar o princípio de semelhança, através da organização de operações, quando se deve
colocar unidades debaixo de unidades, dezenas debaixo de dezenas, centenas debaixo de
centenas, etc.
Como material para estas atividades, podemos usar tiras retangulares de cartolina. Cada uma destas
tiras representará uma dezena, e será dividida em quadrinhos que representarão as unidades.
Para reagrupar 32, uma criança pegará duas fichas inteiras de dezenas e dois quadrinhos de
unidades. Tomando uma das tiras grandes, recortar os quadrinho nela assinalados. Terá assim 2 dezenas
e 12 unidades.
Todas as crianças podem resolver a mesma situação com seu próprio material individual,
desmanchando as dezenas em unidades.
De certa maneira, este trabalho é o oposto do que se faz no Quadro Posicional, quando, assim
que se obtêm 10 unidades, estas se reagrupam como se fossem 1 dezena, na ordem das dezenas, assim
como 10 dezenas formam 1 centena, que será colocada na ordem das centenas.
24
Vamos representar este numeral no Quadro Posicional: 547
C D U
C D U
C D U
Esta atividade prepara para a reserva na Adição, ao passo que as atividades de decomposição e
reagrupamento preparam para o trabalho com a Subtração:
- Tomemos novamente o número 547.
5C 4D 7U 500
40
+ 7
547
5C 3D 7U 500
30
+ 17
547
4C 3D 7U 400
130
+ 17
547
25
decomposição e reagrupamento do minuendo, quando tal processo for introduzindo, bem como o
aparecimento da reserva na Adição.
O uso do Quadro Posicional é de grande importância para o ensino da adição e da subtração com
dificuldade. Exemplo:
D U
47
+ 38
Todas as operações deste tipo devem ser de início realizadas desta maneira, para melhor
compreensão.
Quanto à subtração, vamos preferir o processo da Decomposição para introduzir os casos que
apresentam dificuldade, por várias razões:
Pela facilidade em demonstrá-lo no Quadro Posicional;
Pela semelhança que apresenta em relação ao que é feito nos casos de adição com
reserva;
Pelo seu fundamento matemático – o princípio de posição – já conhecido pelas crianças.
onde, na ordem das unidades, o algarismo do subtraendo tem maior valor absoluto que o do
minuendo.
Está, assim, caracterizado a dificuldade. Resta encontrar o modo de resolvê-la. Ora, o minuendo,
considerado globalmente, tem unidades suficientes para permitir a realização da operação, o que é feito
através dos seguintes passos:
26
D U
1º passo:
Registrar o minuendo: 52
2º passo:
Transformar o minuendo, pela D U
Decomposição
3º passo: D U
Efetuar a subtração
3 5
Após o trabalho do Quadro Posicional, a operação pode ser registrada desta forma:
4d 12u
- 1d 7u
3d 5u
E será verbalizada assim: 12 unidades menos 7 unidades são 5 unidades: 4 dezenas menos 1
dezena são 3 dezenas.
A verbalização é importante, pois permite ao professor verificar o processo de pensamento do
aluno e, por isso, deve ser feita com detalhes.
Tudo que é realizado no Quadro Posicional, ou com o material da criança, pode ser,
simultaneamente, verbalizando.
O professor apresenta esta operação: 43
- 18
27
- Observem a ordem das unidades. Que temos aí?
- Na ordem das unidades, há mais unidades no subtraendo que no minuendo.
- Como faremos para retirar as 8 unidades das unidades do minuendo?
- Tomamos 1 dezena e a transformamos em unidades. Agora temos 3 dezenas e 13 unidades. Podemos
facilmente realizar a operação:
3d 13u
- 1d 8u
- 13 unidades menos 8 unidades são 5 unidades; colocamos o resultado no lugar das unidades. Agora, 3
dezenas menos 1 dezena são 2 dezenas; colocamos este resultado no lugar das dezenas.
O (A) professor (a) deve orientar o trabalho da classe no sentido de libertar os alunos do material.
Com a sucessão das atividades, os alunos realizarão mentalmente a transformação das dezenas em
unidades. Porém, frequentemente, muitas crianças podem precisar de auxílios simbólicos suplementares,
que lhe permitam visualizar o que se passa no desenrolar do processo.
Alguns fazem assim:
62 6d 2u 5d 12 u
- 18 - 1d 8u - 1d 8u
62 5d 12u
- 18 - 1d 8u
A partir deste trabalho em nível imaturo, o (a) professor (a) tentará levar a classe para um mais
alto nível de abstração. Mas só quando o aluno se sentir inteiramente seguro, serão abandonados estes
auxílios suplementares, e o registro será feito da maneira usual:
83
- 28
362 383
+ 184 + 251
28
2. Represente no Quadro Posicional e dê a resposta das operações:
138 C D U C D U 382
+ 291
+ 274
C D U 1c
362
+574 3c 6d 2u
+ 5c 7d 4u
8c 3d 6u
1
C D U
493
+ 285
585 C D U
+ 174
Atividades semelhantes devem ser organizadas para a Subtração com reagrupamento. Os dois
casos apresentados, de Adição com reserva e Subtração com reagrupamento, correspondem às
dificuldades do quadro que se segue, e que abrange as dificuldades sugeridas geralmente para a 2º série
de escolaridade:
29
ADIÇÃO SUBTRAÇÃO
1- Colunas de 4 parcelas com três ff e resultado 1- Subtração de números representados por 2
até 18: algarismos significativos, sem reagrupamento,
2+5+2+6 resultado menor que dez:
45
2- Colunas de 4 parcelas com 2 ff e uma adição - 41
elevada, com resultado até 18:
2- Idem, idem, sendo o número de
2+4+5+6 algarismos do subtraendo menor que os do
minuendo:
3- Adições elevadas difíceis - mudança de
década na soma: 29 587
- 7 - 53
15 + 7
3- Subtração de números representados por 2
4- Adição de números formados por 2 ou mais e 3 algarismos significativos, com
algarismos, com reserva das unidades para as reagrupamento das dezenas para as unidades:
dezenas:
63 782
164 - 37 - 545
+ 216
4- Idem, idem, com reagrupamento das
5- Idem, idem, com uma reserva das dezenas par centenas para as dezenas:
as centenas:
748
164 - 295
+ 283
5- Idem, idem, com dois reagrupamentos:
6- Idem, idem, com duas reservas:
954
264 3 584 - 278
+ 159 ou 2 643
ETAPA 4 – SISTEMATIZAÇÃO
A adição e a subtração de números naturais já vem sendo trabalhadas desde a 1ª etapa, e grande
parte deste conteúdo já deve ter sido completamente assimilada pelos alunos:
Fatos fundamentais;
Adições em colunas;
Adições elevadas;
Adições e subtrações de números formados de 2 ou mais algarismos, sem reserva ( ou com
reagrupamento).
Idem, idem, com reserva (ou com reagrupamento).
Além das habilidades operatórias implícitas nas dificuldades graduadas acima citadas, os alunos
devem demonstrar conhecimentos específicos referentes àquelas operações, entre os quais:
30
Conceito;
Algumas propriedades;
Provas;
Terminologia.
É provável, contudo, que a elaboração dos conceitos e generalizações tenha sido feita em nível
elementar, sem a clareza e precisão necessárias. É conveniente, portanto, que o professor faça uma
revisão completa, de maneira a garantir nível elevado de conhecimentos, evidenciado pela
elaboração correta dos conceitos e pelo uso dos mesmos em situações reais.
Revisão de conceitos
A partir da base concreta, que é o trabalho com conjuntos (união de conjuntos disjuntos e
separação de conjuntos complementares), o professor pode conceituar adição e subtração:
3+5=8 C
B
C
8–5=3 B
O professor deve enfatizar que toda adição de números naturais tem uma subtração
correspondente, que é obtida usando-se o total como minuendo, e dele se retirando a 2ª parcela:
21 34
+ 13 - 13
34 21
É evidente que, usando-se a propriedade comutativa da adição, podem ser organizadas duas
adições e duas subtrações, todas elas relacionadas entre si:
35 56 21 56
+ 21 - 21 + 35 - 35
56 35 56 21
31
Este relacionamento é utilizado como prova da exatidão dos resultados:
- Na adição troca-se a ordem das parcelas e, se o resultado for o mesmo, a operação está correta;
- Na subtração, soma-se o subtraendo à diferença e, obtendo-se o minuendo, a operação está correta.
O aluno, nesta altura dos trabalhos, deve usar adequadamente o vocabulário específico, designando
cada termo com precisão:
15 1ª parcela 39 minuendo
+ 24 2ª parcela - 24 subtraendo
39 soma 15 resto ou diferença
Propriedades da Adição
A revisão das propriedades já estudadas deve culminar com a elaboração do seu enunciado, pelos
próprios alunos. Havendo necessidade, o professor pode orientá-los na seleção dos termos mais precisos
sem, contudo, apresentar a generalização na forma final, pois esta deve ser o resultado do trabalho do
aluno.
15 + 10 = 25 10 + 15 = 25
Propriedade associativa – As parcelas podem ser associadas de diferentes maneiras, sem alterar a
soma:
( 2 + 4 ) + 7 = 13 2 + (4 + 7) = 13 porque:
6 + 7 = 13 2 + 11 = 13
Propriedade do elemento neutro - O zero é o elemento neutro da adição; quando uma das
parcelas é representada por zero, o resultado é igual à outra parcela:
3+0=3 0+3=3
Esta propriedade só será significativa para o aluno quando ele estiver trabalhando com outros
conjuntos numéricos. O (A) professor (a) deve salientar as aplicações práticas destas propriedades,
particularmente a comutativa e a associativa. A primeira é usada com grande freqüência como prova
para verificar a exatidão dos resultados. A segunda é utilizada sempre que houver mais de duas parcelas:
7
5 12
3 3 15
+ 4 + 4 + 4
19
32
Isto decorre do fato de ser a adição (como as demais operações) uma operação binária, isto é, ela
envolve apenas dois termos – um operando e um operador – para obter um resultado.
Ao final do trabalho com Adição e Subtração de números naturais nos primeiros anos do Ensino
Fundamental, o aluno deve demonstrar absoluta segurança, e resolver corretamente situações como as
que se seguem.
Graduação de dificuldades
Adição
1- Colunas de 4 algarismos, com resultado acima de 18, incluindo fatos fundamentais e adições elevadas
fáceis:
7 6 9
5 4 4
3 2 1
+ 4 + 5 + 3
2- Colunas de 4 algarismos, com resultados acima de 18, incluindo fatos fundamentais e adições
elevadas difíceis:
4 3 8
8 9 4
7 6 7
+3 + 7 + 6
3- Parcelas com 2 ou mais algarismos, tendo o resultado mais uma ordem que as parcelas:
345 6.741
+ 872 + 8.185
1.345 80 645
458 126 3
+ 7 + 34 + 2.098
Subtração
1- Dificuldade na ordem das unidades, sendo zero o algarismo das dezenas no subtraendo:
2- Dificuldade na ordem das unidades e das dezenas, sendo zero o algarismo das dezenas no minuendo:
33
603 804 803
- 247 - 359 - 547
3- Dificuldade na ordem das unidades e das dezenas, sendo o minuendo formado de centenas exatas:
4- Dificuldade na ordem das unidades e das dezenas, sendo 9 o algarismo das dezenas no subtraendo:
5- Dificuldade na ordem das unidades e das dezenas, tendo o minuendo um algarismo a mais que o
subtraendo:
Referência:
34
PREFEITURA MUNICIPAL DE UBÁ
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO
DIVISÃO DE APOIO PEDAGÓGICO
MULTIPLICAÇÃO
O reverso de muitos desses fatos já foram estudados na etapa nº1. Por força da
propriedade comutativa, a memorização fica bastante facilitada, portanto.
1
3. Fatos Fundamentais em que um dos fatores é o 1 e fatos com zero no
multiplicando:
Estes fatos já podem ter sido percebidos informalmente na organizaç ão dos fatos do
item 1 e 2. Isso se dá porque nos dois itens foram introduzidos multiplicador 3 ou 4 ou os
demais.
Pela natureza específica, esses fatos fazem um pouco a ideia de multiplicação como
“repetição” de conjuntos com o mesmo número de elementos(conjunto de elementos
repetidos 1 vez – não houve repetição; zero elementos – nada, repetido 3 vezes nada é).
Multiplicação é repetição de conjuntos. Convém, portanto, fazer um trabalho especial,
visando a descoberta do elemento neutro – repetir o conjunto só 1 vez – ele mesmo;
nenhum conjunto repetido 3 vezes – coisa alguma (anulamento da operação)
É simples aplicação dos conceitos formados nos itens 1,2,3. São poucos exemplos a
serem trabalhados, porque o produto deve ser sempre menor que 10, para evitar o
aparecimento da reserva. Este item pode ser explorado paralelamente aos anteriores, se a
classe estiver prontidão, já que pode constituir atividade de fixação dos itens 1 e 1.
Recomenda-se a utilização do Quadro Posicional assim:
2
2º momento:
Representar o multiplicador – repetindo o multiplicando – conforme indica o multiplicador:
Obs:
Verbalizar: 3 x 1 unidade = 3 unidades
3 x 2 dezenas = 6 dezenas
6 3
1 5 6
46 6 + 6 = 12 (registra-se o 2 e reserva-se 1
+ 46 dezena que se soma imediatamente as
outras duas) 1 + 4 + 4 = 9
3
No caso da multiplicação, a reserva é realmente guardada, para ser usada após a
multiplicação das dezenas.
Verifique verbalizando:
o 2 vezes 6 unidades são 12 unidades. Registra-se
o 2 e reserva-se 1 dezena.
46
o 2 vezes 4 dezenas = 8 dezenas
x 2 8 dezenas + 1 dezena = 9 dezenas (só agora a
reserva foi usada.)
6 5 4
Este item, devido sua complexidade e aos diferentes graus de dificuldade que a reserva
pode acarretar, deve ser desdobrado em três passos.
4
a) Reserva das unidades para as dezenas:
421 4c 2d 1u
x 4 x 4
16c 8d 4u
5
b) Zeros intermediários (com reserva)
Ex: 804 8c 0d 4u
x 2 x 2
16c 0d 8u
Nota: Sempre que necessário, caso os conceitos de multiplicação não estiverem bem
firmes, como repetição de conjuntos (ordens), deve-se recorrer ao Quadro Posicional e outros
materiais concretos, para garantir a compreensão dos processos.
a) Reserva das unidades para as dezenas e destas para as c entenas, resultando um Fato
Fundamental e uma adição elevada fácil:
127 378 235
x 7 x 2 x 4
b) idem, resultando duas adições elevadas fáceis:
6
d) Idem, daí resultado duas adições elevadas difíceis:
3m 6c 8d 2u
x 4
14m 7c 2d 8u
9. Multiplicação abreviada:
10 x 12 = 120
Frequentemente a multiplicação por 10 e suas potências é ensinada de forma inadequada
pela memorização da regra. É importante o aluno perceber o que acontece, seja usando o
Quadro Posicional, seja pedindo para repetir certo número 10 vezes e ver o que acontece.
Após diversas atividades o aluno verá que basta acrescentar zero ao número dado. O mesmo
se dá na multiplicação por 100, 1 000, etc.
Nota: Este assunto deve ser retomado na série seguintes, como ponto de partida, para a
multiplicação por 2 algarismos no multiplicador.
35 42 126
x 10 x 10 x 10
b) Outras dezenas exatas no multiplicador:
35 56 118
x 20 x 30 x 40
7
Nesses casos, o aluno pode generalizar que basta acrescentar zero ao multiplicando e,
depois, multiplica-lo por 2,3,4,etc.
Obs: Chamar a atenção dos alunos para o lugar vago à direita (vazio) que é igual a zero. É o
lugar do zero que aparece em toda multiplicação por 10. Portanto:
8
11. Multiplicação de um número de vários algarismos por outro de três algarismos:
a) O multiplicador é representado por centenas exatas (primeiro por 100, depois por outras
centenas):
Primeiro:
346 526
x 230 x 420
Neste caso, pode-se deixar o aluno multiplicar o zero por todos os algarismos do
multiplicando, para verificar que sobre ordem vaga, e por que disso.
9
DIVISÃO
8 4=2
Tal como os fatos da multiplicação, estes fatos devem ser bem trabalhados do 1º
semestre letivo, desde as etapas preparatórias, até a fixação.
Usar a “ideia de partilha”, em situações-problema e, ainda, relaciona-los com os fatos
da multiplicação.
Ex: Tenho 8 balas para repartir com 4 crianças. Quantas balas cada criança receberá?
30 6=5
Os alunos já conhecem alguns fatos relacionados a estes, da etapa anterior, que são
fatos reversos, o que pode facilitar a memorização. Contudo, como os dividendos possíveis
alcançam até 81 e a prática desses fatos é pouco usual na vida rotineira das crianças, é
necessário um intenso trabalho em sala de aula, para promover a sua “descoberta” pela
exploração de situações-problema, e a fixação adequada.
28 2= 84 4= 286 2=
10
5. Fatos fundamentais com resto:
Esta etapa merece grande atenção, não porque envolve um novo conceito – o resto –
como também pelo grande número de fatos a serem aprendidos. É importante pensar que o
aluno memoriza esses fatos sem auxílio do professor, só porque já domina os fatos sem resto.
Ao contrário, é preciso um trabalho bem detalhado que lhe permita estabelecer o
relacionamento entre cada fato sem resto e os fatos com resto:
É ingenuidade pensar que o aluno memoriza esses fatos sem auxílio do professor, só
porque já domina os fatos sem resto. Ao contrário, é preciso um trabalho bem detalhado que
lhe permita estabelecer o relacionamento entre cada fato sem resto e os fatos com resto:
10 5 = 2 resto 0 12 5 = 2 resto 2
14 5 = 2 resto 4
11 5 = 2 resto 3 13 5 = 2 resto 3
A vista de pequenas tabelas como esta, o aluno fixa grupos de fatos de cada vez e
percebe generalizações que facilitam a automatização.
Esta etapa é desenvolvida ao longo de todo ano, mesmo que ainda não tenham sid o
memorizados os fatos com resto. Apenas o professor deve trabalhar somente com os
divisores já dominados pelo aluno. Como são numerosos os casos desta etapa, convém
dividi-la em passos:
11
c) O primeiro dividendo parcial deixa resto, mas a divisão é exata:
12
h) Zero no dividendo:
Ex: Perguntar:
- Quantas dezenas serão divididas? (Resposta: 4)
48 | 2
- Portanto o quociente terá dezenas também? (Resposta:
Sim)
- E unidades, vão aparecer? (Resposta: Sim)
Verbalizar:
Outro Exemplo:
13
Ao longo do trabalho, serão apresentados, sucessivamente, as numerosas etapas da
divisão por 2 algarismos.
40 20 60 20 120 40
3- O divisor ainda é de dezenas exatas e o quociente resulta de um fato da divisão sem resto:
43 20 67 30 125 40
4- O divisor ainda é de dezenas exatas, mas o quociente resulta de um fato com resto:
53 20 87 30 135 40
63 21 96 32 164 41
6- O dividendo não é múltiplo do divisor, mas o quociente ainda resulta de fato sem resto:
65 21 98 32 166 41
142 21 248 62
75 21 58 32 179 42
4 x 8 = 32
32 – 32 = 0
O último passo da divisão envolve divisores formados por 2 algarismos, o que
representa grande dificuldade para o aluno. Para superar tal dificuldade, o professor pode
lançar mão de diversos recursos:
80 20 = 8 dezenas 2 dezenas = 8 2
90 3=
Quantas vezes 90 contém 30? Ou Quantas vezes 30 está contido em 90? Ou Quantas vezes
3 dezenas estão contidas em 9 dezenas? Ou Quantas vezes tenho que repetir 30 (3 dezenas)
para ter 90(9 dezenas)?
d) Uso exclusivo do processo longo (fazendo as subtrações), para que todos os dados da
operação possam ser visualizados e para que ocorra menor número de erros na multiplicação
e na subtração subjacente. Ao longo do semestre, serão representados, sucessivamente, as
numerosas etapas da divisão por 2 algarismos:
40 20 60 30 120 40
3) O divisor ainda pede dezenas exatas e o quociente resulta de um fato de divisão sem resto:
43 20 67 30 125 40
4) O divisor ainda é de dezenas exatas, mas o quociente resulta de um fato com resto:
53 20 87 30 135 40
15
5) O dividendo é múltiplo do divisor e este é formado de 2 algarismos significativos, sendo os
algarismos das unidades 1 ou 2: funciona na divisão o fato sem resto:
63 21 96 32 166 41
6) O dividendo não é múltiplo do divisor, mas o quociente ainda resulta de fato sem resto:
65 21 98 32 166 41
42 21 248 62
90 36 130 26 72 35
87 29 80 38
10) O quociente tem dois ou mais algarismos, resultando da aplicação do fato fundamental, ou
exigindo arredondamento na busca do quociente real:
a) 1 472 32
b) 2 972 41
c) 2 872 45
d) 1 627 38
16
PREFEITURA MUNICIPAL DE UBÁ
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO
DIVISÃO DE APOIO PEDAGÓGICO
METADE DE UM INTEIRO
O professor poderá trazer ou pedir às crianças que tragam círculos de vários tamanhos,
recortados em papelão. Pedirá que a criança dobre os mesmos em duas partes iguais e corte-os ao
meio. O professor deve chamar a atenção da criança, dizendo que as partes devem ser iguais, isto é,
que estejam perfeitamente apoiadas uma sobre a outra.
Em seguida, o professor proporá aos alunos atividades semelhantes com figuras variadas.
Pedir sempre às crianças que superponham as partes, para verificar se são realmente iguais.
Sugerimos que se inicie o trabalho com o círculo por se tratar de figura mais adequada, uma vez que as
outras metades se confundem com os inteiros; assim, a metade do retângulo é um outro retângulo
menor.
Ao passo que a metade do círculo não forma figura, senão com a outra metade.
Após várias atividades desta natureza, desenvolvem-se outras atividades, agora levando a
criança a comparar as diversas metades, para que elas descubram que a forma da metade depende da
forma do inteiro, bem como o tamanho da metade depende do tamanho do inteiro.
Chamar a atenção das crianças, para que percebam que há várias maneiras de se dividir o
inteiro em partes iguais.
1
O importante é que o professor promova atividades variadas, pois é da riqueza de experiências
que vai depender o conceito mais profundo de metade.
Firmado o conceito de metade de um inteiro, passa-se às atividades, para se formar o conceito
de metade de um conjunto.
METADE DE UM CONJUNTO
O(A) professor(a) mostrará um conjunto de seis tampinhas e dirá: O que tenho aqui? As
crianças, nesta situação, verão as tampinhas como um todo. É importante esta situação de visualização
do conjunto, para que, depois, a criança perceba que vamos querer a metade do todo e não de cada
elemento do conjunto.
Visualizado o conjunto como um todo, passa-se à divisão do mesmo em duas partes iguais. O
professor pedirá aos alunos que dividam seis tampinhas em dois grupos iguais ou duas metades.
O(A) professor(a), fazendo uso de sua criatividade, deverá desenvolver várias atividades para
que se forme o conceito de metade de um grupo. Assim, poderá servir-se dos próprios alunos,
de livros, cadernos, lápis, para formar o conceito e partir daí para a metade de um número. O(A)
professor(a) proporá à classe a representação numérica:
- Quantas tampinhas têm?
- 10 tampinhas, muito bem!
- Vamos dividi-las em dois grupos iguais. O que temos agora?
- Dois grupos de cinco tampinhas. Então, a metade de 10 é 5.
Em seguida, trabalhar com outros grupos, com outras quantidades e relacionar com os fatos
fundamentais do tipo: 2 + 2, 3 + 3, 5 + 5, etc.
Iniciar com atividades que envolvam experiências que a criança já tem. Partir das medidas
que a criança conhece como um todo: o metro, o litro, o quilograma. Constitui prontidão par ao
trabalho com metade das medidas:
- a criança ser capaz de fazer distinções entre vasilhas de um, dois ou meio litro;
- diante de várias quantidades, ser capaz de distinguir aquelas que se aproximam de um
quilograma;
- saber distinguir entre várias réguas aquela que tem meio metro ou dele se aproxima;
- saber avaliar capacidades, comprimentos, pesos.
A escolha da medida, para se iniciar o trabalho, depende do interesse da classe.
A criança, trabalhando com medidas, descobre que o conteúdo de um litro poderá ser
repartido ao meio, obtendo assim meio litro. O (A) professor(a) deve deixar que as próprias crianças
façam as experimentações, assim, elas farão descobertas e chegarão às generalizações por seu próprio
trabalho.
2
Uma vez firmados os conceitos de litro e metade do livro, passará ao trabalho com o metro, o
quilograma, a hora, não se esquecendo, porém, de dar oportunidades à criança, para fazer descobertas.
Firmados esses conceitos, o(a) professor(a) poderá passar a outros, tais como a metade das
quantias, partindo da valorização monetária do inteiro. Se um metro de fita custa R$ 2,00, meio metro,
quanto custará? Partir de questões que façam a criança raciocinar em bases reais.
QUARTOS DE INTEIRO
No início da segunda série, o (a) professor(a) fará o inventário para verificar se as crianças
estão prontas para a introdução dos conceitos de quartos.
A ideia de “quartos” é completamente nova para a criança. Não devemos, no início, nos
preocupar com o termo, vamos nos preocupar com a ideia, com o sentido, como o conteúdo.
A criança, de posse do seu material, que consideramos básico e imprescindível para o bom
desenvolvimento dos trabalhos, irá manipulando, dirigida pelo professor, para formar os conceitos.
Recomenda-se iniciar o trabalho usando o círculo. O(A) professor(a) pedirá às crianças que
dividam o círculo em duas partes iguais, recordando os conceitos já elaborados sobre metade. Pedirá,
depois, que tomem outro círculo do mesmo tamanho e o dividam em quatro partes iguais tendo o
cuidado de acompanhar o trabalho das crianças, chamando atenção para a divisão em quatro partes
( exatamente iguais). Pedirá, em seguida, que digam o que fizeram. Passará à representação através de
imagens e depois através de desenhos.
Várias atividades devem ser desenvolvidas, a fim de se redescobrirem aqueles conceitos já
emitidos durante o trabalho com as metades.
Uma vez adquirida a ideia de que um inteiro pode ser dividido em quatro partes iguais, e
que o tamanho e a forma das partes dependem da forma e tamanho do inteiro, que a divisão em
quatro partes iguais poderá ser feita de diversas maneiras, é hora de se introduzir o vocábulo: um
quarto.
A introdução do vocábulo deve ser em situação real e significativa para a criança, para que
assim possa usá-la em situações que requeiram seu significado verdadeiro. Recomenda-se o
desenvolvimento de várias atividades, para que a criança tenha oportunidade de usar a palavra em
várias situações. Dar oportunidade à criança de responder à pergunta. O que é um quarto? É bom
deixar na sala cartazes que contenham as descobertas feitas pelas crianças a respeito de um quarto.
3
Contagem de quartos
O(A) professor(a) convidará as crianças a colocar sobre a carteira o círculo dividido ao meio.
Quantos meios têm? Agora vamos contar os quartos. Quantos meios precisam para formar o
inteiro? Através da contagem a criança terá oportunidade de perceber as demais funções: dois
quartos, três quartos e quatro quartos.
Poderá ainda perceber que se contar mais de quatro quartos terá mais de um inteiro.
Identificação de frações
Nesta etapa, o professor pedirá que as crianças representem: um quarto, três quartos, meio.
Assim a criança terá oportunidade de identificar as frações que já conhece. Vários exercícios
poderão ser organizados para explorar o conhecimento da criança.
Comparação
O professor, usando material concreto, poderá fazer com as crianças três tipos de comparações:
- entre quartos;
- entre quartos e meios;
- entre quartos, meios e inteiros.
O(A) professor(a) dirá: tome um quarto. Agora, separe três quartos. Qual o maior? Qual o
menor? Por quê? Poderá variar o trabalho usando imagens, desenhando, fazendo cartazes.
Equivalência
Atividades variadas devem ser desenvolvidas, onde as crianças terão oportunidade de:
4
- verificar a equivalência entre quatro quartos e o inteiro;
- comprovar que 5,6,7 quartos são maiores que o inteiro;
- verificar que quatro meios formam dois inteiros, seis quartos formam um inteiro e dois
quartos, o que equivale a um inteiro e meio.
O(A) professor(a) pede às crianças que coloquem sobre a carteira dois quartos, em seguida
pede que coloquem mais um quarto. Quantos quartos temos? Três quartos.
Vamos representar?
+ = TRÊS QUARTOS
5
QUARTOS DE UM GRUPO
A situação, aparentemente nova, não o será, se o professor souber dirigir a classe no sentido de
aplicar os conhecimentos anteriores, para resolver os problemas envolvendo quartos ou quarto de
medidas.
O professor, partindo do metro e usando de uma situação concreta, chamará a atenção da
classe para a metade do meio metro. Para isso, o professor deverá traçar em tiras de cartolina as
situações.
1 metro
Meio metro
Um quarto de metro
Cada criança, usando o seu próprio material, poderá acompanhar todas as atividades
desenvolvidas.
Ao aluno deverá ser dada oportunidade de viver outras experiências que envolvam a
identificação, a comparação, a equivalência e, até mesmo, operações simples.
Formados os conceitos com relação ao metro, recomenda-se passar às atividades semelhantes
com o litro, o quilograma, o ano, a hora, quantias, etc.
Deve-se seguir os mesmos passos já sugeridos para o metro.
6
OITAVOS
Na terceira série, a criança já deve saber lidar com inteiros, meios e quartos. Iniciará, agora, um
novo campo e já será introduzida a forma simbólica, para representar os conhecimentos
anteriormente adquiridos.
Inicialmente, recomenda-se inventariar os conhecimentos adquiridos nas séries superiores.
A seguir, introduz-se o oitavo seguindo a mesma orientação dada para a introdução de meios e
quartos.
* Introdução do símbolo
7
Numerador e denominador são considerados termos da fração.
* Décimos e centésimos
Várias atividades poderão ser desenvolvidas, usando-se material concreto de tamanho e formas
diferentes, para que a criança perceba que o tamanho e a forma do inteiro é que vão determinar o
tamanho e a forma das partes.
Inicialmente, deve-se trabalhar com frações unitárias, isto é, cujo numerador é um. Várias
atividades devem ser desenvolvidas, para que a criança chegue à conclusões, tais como:]
8
Quando se deseja encontrar um quarto de um número, deve-se dividi-lo por 4; se queremos dois
quartos, tomamos um quarto duas vezes.
O(A) professor(a) encaminhará a criança no sentido de formular a regra que constitui o
coroamento da aprendizagem.
Em seguida, desenvolverá atividades, levando a criança a perceber que é possível descobrir o
todo, quando se conhece a parte do mesmo.
Ex.: Sabe-se que 1/8 de um número é 20. Qual será este número?
Deve-se permitir que a criança resolva o problema, usando seus próprios recursos. Em seguida,
o professor pedirá às crianças que apresentem as soluções encontradas. O (A) professor(a) irá
registrando os diversos caminhos seguidos pelas crianças, para acharem a solução.
Poderão ser apresentadas situações como:
- Quanto é a metade de 5? A metade de 7?
Essas e outras questões levarão as crianças à interpretação do resto da divisão. A criança usará
o resto como numerador, o divisor como denominador, à qual será anexado o inteiro ou o quociente
da divisão.
Ex.: Qual é a metade de 9?
9 2 = 4 + 1/2
1 4
* Elaboração de conceitos
O(A) professor(a) partirá de conhecimentos adquiridos, desde o 1º ano, para que a criança
possa chegar a conceituar, de forma bem elaborada, os conceitos já formulados em séries anteriores:
Conceitos de:
- fração;
- denominador e numerador;
- fração própria e imprópria.
ADIÇÃO E SUBTRAÇÃO
O ensino da adição e subtração deve ser feito, paralelamente. A adição e subtração de frações
com os mesmos denominadores não oferecem nenhuma dificuldade. Várias atividades devem ser
desenvolvidas, tais como:
- pedir às crianças para ordenar frações, da menor para a maior e da maior para a menor;
- dar uma série e pedir que as crianças a completem;
- fazer desenhos, mostrando a contagem dos terços.
9
Pedir às crianças que organizem as adições possíveis dentro do total 5/7.
Através destas e outras atividades, o(a) professor(a) conduzirá a criança a perceber que:
- a adição de frações pode ser registrada, vertical ou horizontalmente;
- as frações podem ser combinadas de diversas maneiras;
- para adicionar frações que têm os mesmos denominadores, adicionamos os numeradores e
conservamos o denominador.
Também o uso de cartões relâmpago constitui ótimo auxiliar para a fixação da aprendizagem.
1
1/5 1/5 1/5 1/5 1/5
1/10 1/10 1/10 1/10 1/10 1/10 1/10 1/10 1/10 1/10
O(A) professor(a) apresentará o cartaz e dirá: Vejam o cartaz. Que outros nomes posso dar às
frações abaixo?
1/? 1/5? 1/2?
Essas e outras perguntas serão usadas com o objetivo de conduzir a criança à descoberta de
que frações com denominadores diferentes podem ser convertidas a um denominador comum.
Depois de várias atividades, o(a) professor(a) estimulará as crianças a organizarem uma tabela
de equivalência, que lhes será útil sempre que necessitem dela.
10
TABELA DE EQUIVALÊNCIA
1/2 2/4, 3/6, 4/8, 5/10, 6/12
1/3 2/6, 3/9, 4/12, 5/15, 6/18
1/4 2/8, 3/12, 4/16, 5/20, 6/24
[...]
O(A) professor(a) terá que se lembrar sempre que, só através de atividades variadas e
constantes, conseguirá que as ideias se fixem e os conceitos se formem.
Depois do trabalho com frações mais familiares, o(a) professor(a) irá conduzindo a
aprendizagem da criança na aquisição de processos mais abstratos, para transformar frações ao
mesmo denominador.
Ex.: 2/3 + 5/12 = A criança identifica o 12 como denominador comum para as frações.
O(A) professor(a) apresentará o exemplo e perguntará às crianças: - Que faremos para efetuar
esta operação? Os denominadores não são relacionados.
Vamos então consultar o quadro de equivalências. Ele nos indicará que as frações propostas
podem ser expressas em sextos: Assim, 1/2 = 3/6 e 1/3 = 2/6
Depois de usar atividades variadas, deve-se dirigir a atenção da classe para a relação entre o
denominador comum e os dois denominadores das frações. Assim conduzida, a criança concluía que o
denominador comum é o produto dos denominadores diferentes.
11
Assim, a criança estaria sendo encaminhada a formular regras, para se chegar ao denominador
comum.
Recomenda-se o uso de frações cujos denominadores não sejam muito grandes, para serem
mais facilmente visualizados.
A criança, dominando os princípios e técnicas para adicionar frações, não terá dificuldades em
transferi-los para a subtração. Ela terá maior facilidade na aprendizagem, quando o professor souber
relacionar o ensino da adição com a subtração.
MULTIPLICAÇÃO DE FRAÇÕES
Ex.: 1/4 X 8
Aqui temos uma dificuldade o multiplicador é menor que 1, portanto vamos multiplicar, não
uma vez, mas menos de uma vez. No exemplo citado, vamos multiplicar 1/4 da vez por 8.
Seria bom que o professor mostrasse para a criança a multiplicação a partir do inteiro, para
dirigir o seu raciocínio.
1x8=8
1/2 x 8 ou 1/2 de 8 = 4
1/4 x 8 ou 1/4 de 8 = 2
1/8 x 8 ou 1/8 de 8 = 1
Os exemplos citados devem ser analisados e discutidos pela criança. Assim, 1 x 8 = 8, significa:
uma vez o conjunto 8, que é igual a 8.
No outro exemplo, temos 1/2 vez o conjunto 8;portanto, temos 4, que é a metade de 8. Dirigir a
atenção da criança no sentido de perceber que, se o multiplicador é menor que a unidade, o produto
será menor que o multiplicando.
O(A) professor(a) não deve esquecer de que as atividades iniciais devem ser feitas, usando-se o
material concreto individual; em seguida, usar desenhos e finalmente, a representação simbólica.
Após o trabalho com frações unitárias, o(a) professor(a) iniciará o trabalho com outras frações.
Ex.: 2/6 X 6 =
2/6 de seis, que é igual a 2.
É uma situação de pouca utilidade social para a criança, mas que poderá estimular e motivar o
aluno, desde que o professor saiba selecionar atividades que estejam ao alcance da classe.
12
O(A) professor(a) deve iniciar, partindo de conhecimentos já adquiridos, levando a criança a
resolver problemas orais que envolvam casos mais fáceis de multiplicação de frações. Deve-se usar o
material concreto e individual, para que o aluno faça relações do que já aprendeu com a multiplicação
de frações.
Ex.: 1/2 x 1/2
As principais atividades devem girar de frações unitárias e que tem como multiplicando a fração
1/2.
A criança irá verificando que a fração encontrada é sempre menor que a fração que se tomou,
para dela tirar a parte fracionária.
Ex.: 1/3 x 1/2 = 1/3 de 1/2 ÷ 1/4 x 1/2 = 1/4 de 1/2. Deve-se ainda encaminhar o pensamento
da criança com perguntas, como: Ex.: 1/2 x 1/4
Mostre o multiplicando. Quantas vezes devemos repeti-lo? O produto dará maior ou menor que
o multiplicando? Por quê? O(A) professor(a) deve analisar com as crianças a função dos termos de
multiplicação.
Ex.: 1/6 x 1/2 = 1/6 é o multiplicador, ele indica o número de vezes que o multiplicando será
repetido, mas no caso de multiplicador fracionário não haverá repetição. Indica simplesmente que o
multiplicando será tomado um sexto da vez.
1/2 é o multiplicando, é a metade de um inteiro qualquer então teremos:
1/2
1/12
* Graduação de dificuldades
13
Somente o multiplicador é fração unitária mas o denominador é relacionado com o numerador da
fração multiplicando.
Ex.: 1/3 x 3/4 ou 1/3 de 3/4 = 1/4
Como não há correspondência, devemos dividir cada um dos 3/5 em quartos, para que
possamos achar neles os 3/4.
3/5 ou 12/20
3/4 ou 9/20
Passamos a ter 12 partes de um inteiro que está dividido em 20 partes, portanto, 12/20
estamos procurando
3/4 de 12/20
1/4 de 12/20 = 3/20
3/4 de 12/20 = 9/20
DIVISÃO DE FRAÇÕES
É considerada a mais fácil das operações, por envolver conceitos muito abstratos. Para se iniciar
o ensino da divisão de frações, é bom que a criança já tenha dominado os princípios básicos da divisão
de números inteiros.
Se o(a) professor(a) tiver habilidade de relacionar os diferentes casos de divisão, envolvendo
fração com as ideias de partilha e de medida, ele irá eliminar muitas dificuldades e vai facilitar a
compreensão do processo.
14
Quantas vezes 1/3 está contido em um inteiro? O aluno deve realizar a ação, para encontrar a resposta.
E, em seguida, deve verbalizar, pois esta verbalização é importante no início do processo de
aprendizagem.
1 ÷ 1/4 = queremos saber quantas vezes 1/4 está contido em um inteiro.
1 ÷ 1/6 =
As crianças devem usar meios concretos para encontrar a resposta. Poderão usar dois pedaços
de cartolina:
As crianças assim poderão responder que 1/3 está contido em dois inteiros, 6 vezes.
A criança, através do material concreto, verá que meio está contido em três inteiros 6 vezes.
* O divisor não é unitário, mas está contido um número exato de vezes no dividendo.
Ex.: 2 ÷ 2/3
Quantas vezes 2/3 estão contidos em dois inteiros?
O(A) professor(a) não deve se esquecer de que as situações devem ser apresentadas com
material concreto (barras de cartolina, dobraduras), semiconcreto(desenhos) e abstrato (numerais).
Vamos dividir duas tiras de cartolina em terços:
15
* O divisor não está exatamente contido dentro do dividendo, o quociente é um número misto.
Ex.: 2 ÷ 3/4
O(A) professor(a) perguntará: Quantas vezes 3/4 estão contidos em dois inteiros?
3/4 3/4
Que representa a sobra em relação à medida padrão? Corresponde à 2/3 da medida padrão
que é 3/4, isto é, 2/3 da vez. Temos então que 2 ÷ 3/4 =2 vezes inteiras e 2/3 da vez. Temos então que
2 ÷ 3/4 = 2 vezes inteira e 2/3 da vez. 2 ÷ 3/4 = 2 + 2/3
5 ÷ 3/4
3/4 estão contidos, em 5 inteiros, 6 vezes e ainda sobram 2/3 da vez. Então, 5 ÷ 3/4 = 6 + 2/3, o que
corresponde à divisão 20 3 isto é, 3/4 estará contido em 20/4 ou 5 inteiros 6 vezes + 2/3 da
vez. 2
6 + 2/3
Generalizações
No final do trabalho, a criança deverá chegar às seguintes generalizações:
- Quando dividimos o inteiro por uma fração unitária, basta multiplicar o inteiro pelo denominador
da fração.
- Quando dividimos um inteiro por uma fração, basta multiplicar o inteiro pelo denominador e
dividir o produto encontrado pelo numerador da fração.
Pode-se levantar o seguinte problema: diante dessa situação, seria mais fácil se se escrevesse esta
inversão, simbolicamente, seguindo o seguinte raciocínio:
Deve-se pedir à criança que resolva, das diversas maneiras, os exemplos de divisão:
Material concreto;
Desenhos;
Computação mental;
Pelo processo de inversão.
16
Divisão de fração por um número inteiro:
Usando o material concreto a criança terá oportunidade de ver que, usando a ideia da divisão, basta
partir o meio em duas partes.
Temos um meio que, dividido em duas partes, vai ser igual a 1/4; 1/2 ÷ 2 = 1/4
Elaboração do problema;
Uso do material concreto para recorte;
Representação por meio de desenhos; registro simbólico;
Divisão de fração não unitária por inteiro, mas contendo um número exato de vezes no dividendo.
4/5 ÷ 2 = 2/5
2/5 2/5
4/5
* Divisão de fração não-unitária por inteiro, que não está exatamente contido no dividendo.
Ex.: 2/4 ÷ 3 =
Que fazer para distribuir 2/4 entre 3? Neste caso, vamos procurar uma fração equivalente a 2/4 que
nos permita efetuar a divisão por 3.
2/4 ÷ 3 =
2/12
2/4
17
Generalizações
Para dividir uma fração por um número inteiro, multiplica-se o denominador pelo número inteiro.
Depois, a criança percebe que é melhor inverter o divisor e multiplicar.
2/5
Neste caso, a fração divisora está contida no dividendo um número exato de vezes. A fração 1/5
cabe, exatamente, duas vezes dentro de 2/5.
6/7 ÷ 2/7 = 3 4/7 ÷ 2/7 = 2
4/6 = 2/3
1/3 1/3
Neste caso, a fração divisora está contida um número exato de vezes no dividendo. É necessário
encontrar um denominador comum, que será o três.
18
Divisão de frações com denominadores iguais, mas não divisíveis exatamente; neste o quociente
será fracionário.
Ex.: 5/7 ÷ 3/7 = 1 vez e 2/3 da vez. Quantas vezes a fração 3/7 está contida na fração 5/7?
5/7
A fração 3/7 está contida na fração 5/7 uma vez e 2/3 da vez.
Divisão de frações com denominadores diferentes e não divisíveis exatamente, o quociente será
fracionário.
A primeira providência a ser tomada é encontrar uma fração equivalente. Assim sendo, estamos
dentro do caso anterior.
Ex.: 3/4 ÷ 1/2 = 3/4 ÷ 2/4. Quantas vezes 2/4 está contido em 3/4? 1 vez mais 1/2 da vez.
Ex.: 1/4 ÷ 1/2 ÷ 1/2 não pode estar contido em 1/4, pois 1/4 é menor que 1/2. Comparando as
duas frações, podemos perceber que apenas a metade de 1/2 cabe em 1/4. Então, teremos:
- Quando dividendo e divisor são constituídos pela mesma fração, o quociente será 1;
- Quando as frações têm os mesmos denominadores, dividimos os numeradores entre si;
- Quando a fração dividendo é maior que a fração divisora, o quociente será um número inteiro ou um
número fracionário;
- Quando a fração dividendo é menor que a fração divisora, o quociente será sempre uma fração;
- Quando queremos dividir frações com denominadores diferentes, devemos transformá-las em
frações com denominadores iguais e dividir os numeradores;
- Quando queremos dividir frações, podemos inverter os termos da fração divisora e processar a
multiplicação.
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