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Resolucao Desafio 8ano Fund2 Portugues 101216
Resolucao Desafio 8ano Fund2 Portugues 101216
PUXA, MAMÃE!
ERA EXATAMENTE
SAPATOS?!
O QUE EU
PRECISAVA!
NÃO SABIA
QUE ESTAVA
PRECISANDO
DE SAPATOS.
QUESTÃO 1
Analise as afirmações abaixo:
I. A surpresa na fala do garoto, no terceiro quadro, mostra que ele não estava considerando
o sapato como presente.
II. O humor da tira consiste no fato de o garoto deixar os sapatos de lado e usar a caixa como
brinquedo.
III. A tira tem como finalidade discutir a relação entre pais e filhos no que diz respeito ao
consumismo exagerado.
IV. Foi utilizada linguagem verbal e não verbal na criação da tira.
CAFEZINHO
Leio a reclamação de um repórter irritado que precisava falar com um delegado e lhe
disseram que o homem havia ido tomar um cafezinho. Ele esperou longamente, e chegou à
conclusão de que o funcionário passou o dia inteiro tomando café.
Tinha razão o rapaz de ficar zangado. Mas com um pouco de imaginação e bom humor
podemos pensar que uma das delícias do gênio carioca é exatamente esta frase:
– Ele foi tomar café.
A vida é triste e complicada. Diariamente é preciso falar com um número excessivo de
pessoas. O remédio é ir tomar um “cafezinho”. Para quem espera nervosamente, esse
“cafezinho” é qualquer coisa infinita e torturante. Depois de esperar duas ou três horas dá
vontade de dizer:
– Bem cavaleiro, eu me retiro. Naturalmente o Sr. Bonifácio morreu afogado no cafezinho.
Ah, sim, mergulhemos de corpo e alma no cafezinho. Sim, deixemos em todos os lugares
este recado simples e vago:
– Ele saiu para tomar um café e disse que volta já.
Quando a bem-amada vier com seus olhos tristes e perguntar:
– Ele está? – alguém dará o nosso recado sem endereço. Quando vier o amigo e quando
vier o credor, e quando vier o parente, e quando vier a tristeza, e quando a morte vier, o
recado será o mesmo:
– Ele disse que ia tomar um cafezinho...
Podemos, ainda, deixar o chapéu. Devemos até comprar um chapéu especialmente para
deixá-lo. Assim dirão:
– Ele foi tomar um café. Com certeza volta logo. O chapéu dele está aí...
Ah! Fujamos assim, sem drama, sem tristeza, fujamos assim. A vida é complicada demais.
Gastamos muito pensamento, muito sentimento, muita palavra. O melhor é não estar.
Quando vier a grande hora do nosso destino nós teremos saído há uns cinco minutos para
tomar um café. Vamos, vamos tomar um cafezinho.
RESOLUÇÃO
De acordo com o primeiro parágrafo do texto, o repórter ficou irritado porque precisava
falar com um delegado que saiu do seu expediente de trabalho e não mais voltou.
Resposta: B
QUESTÃO 3
Analise atentamente os trechos a seguir.
I. “Leio a reclamação de um repórter irritado que precisava falar com um delegado”.
II. “Tinha razão o rapaz de ficar zangado”.
RESOLUÇÃO
De acordo com o contexto, estabelece-se nos trechos a relação de fato (informação que
pode ser confirmada) e opinião (concordância do autor da crônica com a causa da
irritação do repórter).
Resposta: E
QUESTÃO 4
Em “...podemos pensar que uma das delícias do gênio carioca é exatamente esta frase...”,
a palavra em destaque foi empregada com o mesmo significado com que foi empregada em:
a) O artista tem que ser gênio para alguns e imbecil para outros.
b) Alvim se parece muito com o gênio da lâmpada das histórias de Aladim.
c) Aquele garoto é dotado de um gênio admirável.
d) Ludwig Beethoven não foi apenas um gênio musical.
e) Camões foi um gênio.
QUESTÃO 5
Analise as frases abaixo:
I. “Diariamente é preciso falar com um número excessivo de pessoas”.
II. “Para quem espera nervosamente, esse ‘cafezinho’ é qualquer coisa infinita e
torturante”.
III. “O chapéu dele está aí...”.
RESOLUÇÃO
Os advérbios diariamente, nervosamente e aí exprimem, respectivamente, tempo,
modo e lugar.
Resposta: A
QUESTÃO 6
No trecho “Ah! Fujamos assim, sem drama, sem tristeza, fujamos assim”, a recomendação
do autor é entendida como
a) uma crítica.
b) uma repreensão.
c) um conselho.
d) um alerta.
e) uma ordem.
RESOLUÇÃO
Diante dos fatos apresentados, o autor utiliza a frase citada no enunciado da questão
como um conselho: para que se fuja das complicações da vida.
Resposta: C
RESOLUÇÃO
No período apresentado, a conjunção quando exprime tempo; o mesmo ocorre com no
momento em que. Temos em a e c – concessão; em b – condição; em d – causa.
Resposta: E
QUESTÃO 8
Em “...teremos saído há uns cinco minutos para tomar um café”, o trecho em destaque só
não pode ser substituído, sem alteração de sentido, por:
a) tendo em vista tomar café.
b) conforme o horário de tomar café.
c) com a intenção de tomar café.
d) a fim de tomar café.
e) com o objetivo de tomar café.
RESOLUÇÃO
O trecho em destaque indica a finalidade da oração anterior. A única opção que não
indica finalidade é a que consta na alternativa b. O conectivo conforme indica con-
formidade, ou seja, exprime uma regra, um modelo adotado para a execução do que
se declara na oração principal.
Resposta: B
Meu ideal seria escrever uma história tão engraçada que aquela moça que está doente
naquela casa cinzenta quando lesse minha história no jornal risse, risse tanto que chegasse
a chorar e dissesse – “ai meu Deus, que história mais engraçada!” E então a contasse para
a cozinheira e telefonasse para duas ou três amigas para contar a história; e todos a quem ela
contasse rissem e ficassem alegremente espantados de vê-la tão alegre. Ah, que minha
história fosse como um raio de sol, irresistivelmente louro, quente, vivo, em sua vida de moça
reclusa, enlutada, doente. Que ela mesma ficasse admirada ouvindo o próprio riso, e depois
repetisse para si própria – “mas essa história é mesmo muito engraçada!”
Que um casal que estivesse em casa mal-humorado, o marido bastante aborrecido com a
mulher, a mulher bastante irritada com o marido, que esse casal também fosse atingido pela
minha história. O marido a leria e começaria a rir, o que aumentaria a irritação da mulher. Mas
depois que esta, apesar de sua má vontade, tomasse conhecimento da história, ela também
risse muito, e ficassem os dois rindo sem poder olhar um para o outro sem rir mais; e que
um, ouvindo aquele riso do outro, se lembrasse do alegre tempo de namoro, e
reencontrassem os dois a alegria perdida de estarem juntos.
Que nas cadeias, nos hospitais, em todas as salas de espera, a minha história chegasse –
e tão fascinante de graça, tão irresistível, tão colorida e tão pura que todos limpassem seu
coração com lágrimas de alegria, que o comissário do distrito, depois de ler minha história,
mandasse soltar aqueles bêbados e também aquelas pobres mulheres colhidas na calçada e
lhes dissesse – “por favor, se comportem, que diabo! eu não gosto de prender ninguém!” E
que assim todos tratassem melhor seus empregados, seus dependentes e seus
semelhantes em alegre e espontânea homenagem à minha história.
E que ela aos poucos se espalhasse pelo mundo e fosse contada de mil maneiras, e fosse
atribuída a um persa, na Nigéria, a um australiano, em Dublin, a um japonês, em Chicago –
mas que em todas as línguas ela guardasse a sua frescura, a sua pureza, o seu encanto
surpreendente, e que no fundo de uma aldeia da China, um chinês muito pobre, muito sábio
e muito velho dissesse: “Nunca ouvi uma história assim tão engraçada e tão boa em toda a
minha vida; valeu a pena ter vivido até hoje para ouvi-la: essa história não pode ter sido
inventada por nenhum homem: foi com certeza algum anjo tagarela que a contou aos ouvidos
de um santo que dormia, e que ele pensou que já estivesse morto: sim, deve ser uma história
do céu que se filtrou por acaso até nosso conhecimento: é divina”.
E quando todos me perguntassem – “mas de onde é que você tirou essa história?” – eu
responderia que ela não é minha, que eu a ouvi, por acaso, na rua, de um desconhecido que
a contava a outro desconhecido, e que por sinal começara a contar assim: “Ontem ouvi um
sujeito contar uma história...”
E eu esconderia completamente a humilde verdade: que eu inventei toda a minha história
em um só segundo, quando pensei na tristeza daquela moça que está doente, que sempre
está doente e sempre está de luto e sozinha naquela pequena casa cinzenta de meu bairro.
(Rubem Braga. 200 crônicas escolhidas. 2.a ed. Rio de Janeiro: Record, 1978, p. 287-8.)
RESOLUÇÃO
Logo no início do texto, o autor revela o seu desejo de escrever uma história tão
engraçada que uma pessoa a recontasse a outra e que todos que a ouvissem ficassem
alegres.
Resposta: D
QUESTÃO 10
A história idealizada pelo autor provocaria nas pessoas em geral
a) a alegria e o riso já esquecidos no dia a dia de problemas e preocupações.
b) a cura de suas doenças – tanto as doenças físicas quanto as psicológicas.
c) uma volta aos dias da infância, quando a vida era simples e se ria de tudo.
d) uma reflexão acerca dos problemas do cotidiano.
e) uma reconciliação entre casais, pais e filhos, patrões e empregados, enfim, todos os que,
por algum motivo, estivessem distanciados.
RESOLUÇÃO
O humor simples da história causaria uma ruptura na rotina cheia de preocupações,
fazendo as pessoas rirem novamente, recuperando uma leveza e um estado de espírito
que há muito não desfrutavam.
Resposta: A
QUESTÃO 11
As reticências no título da crônica, “Meu ideal seria escrever...”, indicam
a) intervalo de silêncio em que o autor imagina a história ideal.
b) interrupção da narrativa para corrigir um erro.
c) ironia e malícia a ser empreendida pelo leitor.
d) supressão de uma parte da história.
e) suspensão brusca do pensamento.
RESOLUÇÃO
As reticências, nesse caso, indicam um intervalo de silêncio em que o autor sonha com
a história ideal e imagina seus efeitos nas pessoas que a ouvem ou leem.
Resposta: A
RESOLUÇÃO
A única substituição que não pode ser feita é aquela indicada na alternativa e – a
palavra espontânea significa natural, autêntica, e não artificial, como informa a
alternativa.
Resposta: E
QUESTÃO 13
Examine os trechos abaixo:
I. “Ah, que minha história fosse como um raio de sol, irresistivelmente louro, quente, vivo,
em sua vida de moça reclusa, enlutada, doente”.
II. “O marido a leria e começaria a rir, o que aumentaria a irritação da mulher”.
III. “Que nas cadeias, nos hospitais, em todas as salas de espera, a minha história chegasse
– e tão fascinante de graça, tão irresistível, tão colorida e tão pura que todos limpassem
seu coração com lágrimas de alegria...”.
IV. “ E que ela aos poucos se espalhasse pelo mundo e fosse contada de mil maneiras...”.
RESOLUÇÃO
Ocorre linguagem figurada em: I. “que minha história fosse como um raio de sol”
(comparação); III. “Tão colorida” e “todos limpassem seu coração com lágrimas de
alegria” (metáforas); e IV. “mil maneiras” (hipérbole, ou seja, exagero).
Resposta: D
QUESTÃO 14
I. A mãe interpretou ___________ a atitude do filho.
II. Ele é um _______ ator.
III. __________ liguei a TV, começou o jogo.
IV. Não pratique o ___________, pratique o bem!
RESOLUÇÃO
Em I, deve-se completar a frase com mal, advérbio de modo; em II, com mau, adjetivo;
em III, com mal, conjunção indicativa de tempo; e, em IV, com mal, substantivo.
Resposta: D
QUESTÃO 15
I. Confirme a data para ____________ avisar os colegas.
II. ________________ denúncias anônimas.
III. Entre _______________ e o trabalho, optou pelo trabalho.
IV. Quem _______________ algum privilégio deve fazer por merecê-lo.
RESOLUÇÃO
As frases devem ser completadas com: I. Eu, no caso reto, por ser sujeito de avisar;
II. Houve – no sentido de “existir”, haver é impessoal (só se conjuga na terceira pessoa
do singular); III. mim – preposições sempre regem pronomes no caso oblíquo; IV. quiser
– forma verbal da terceira pessoa do singular do futuro do subjuntivo.
Resposta: C