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PARA QUEM CURSA O 8.O ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL EM 2016


Colégio Disciplina: Prova: nota:
PoRTUGUÊs desafio

Leia a tira abaixo e responda à questão 1.

PUXA, MAMÃE!
ERA EXATAMENTE
SAPATOS?!
O QUE EU
PRECISAVA!

NÃO SABIA
QUE ESTAVA
PRECISANDO
DE SAPATOS.

(Disponível em: <http://goo.gl/4fq1OM>. Acesso em: 27 out. 2016.)

QUESTÃO 1
Analise as afirmações abaixo:
I. A surpresa na fala do garoto, no terceiro quadro, mostra que ele não estava considerando
o sapato como presente.
II. O humor da tira consiste no fato de o garoto deixar os sapatos de lado e usar a caixa como
brinquedo.
III. A tira tem como finalidade discutir a relação entre pais e filhos no que diz respeito ao
consumismo exagerado.
IV. Foi utilizada linguagem verbal e não verbal na criação da tira.

É correto o que se afirma em:


a) I e II apenas.
b) II e III apenas.
c) I, II e III apenas.
d) I, II e IV apenas.
e) II, III e IV apenas.

OBJETIVO 1 PORTUGUÊS – DESAFIO – 8.o ANO


RESOLUÇÃO
Todas as afirmações estão corretas, exceto o que se informa em III, pois a tira apenas
mostra que o garoto dá mais valor à caixa do que aos sapatos porque queria utilizá-la
como brinquedo. Em nenhum momento procura-se discutir a relação entre pais e filhos
sobre qualquer tipo de assunto.
Resposta: D

Texto para as questões de 2 a 8.

CAFEZINHO

Leio a reclamação de um repórter irritado que precisava falar com um delegado e lhe
disseram que o homem havia ido tomar um cafezinho. Ele esperou longamente, e chegou à
conclusão de que o funcionário passou o dia inteiro tomando café.
Tinha razão o rapaz de ficar zangado. Mas com um pouco de imaginação e bom humor
podemos pensar que uma das delícias do gênio carioca é exatamente esta frase:
– Ele foi tomar café.
A vida é triste e complicada. Diariamente é preciso falar com um número excessivo de
pessoas. O remédio é ir tomar um “cafezinho”. Para quem espera nervosamente, esse
“cafezinho” é qualquer coisa infinita e torturante. Depois de esperar duas ou três horas dá
vontade de dizer:
– Bem cavaleiro, eu me retiro. Naturalmente o Sr. Bonifácio morreu afogado no cafezinho.
Ah, sim, mergulhemos de corpo e alma no cafezinho. Sim, deixemos em todos os lugares
este recado simples e vago:
– Ele saiu para tomar um café e disse que volta já.
Quando a bem-amada vier com seus olhos tristes e perguntar:
– Ele está? – alguém dará o nosso recado sem endereço. Quando vier o amigo e quando
vier o credor, e quando vier o parente, e quando vier a tristeza, e quando a morte vier, o
recado será o mesmo:
– Ele disse que ia tomar um cafezinho...
Podemos, ainda, deixar o chapéu. Devemos até comprar um chapéu especialmente para
deixá-lo. Assim dirão:
– Ele foi tomar um café. Com certeza volta logo. O chapéu dele está aí...
Ah! Fujamos assim, sem drama, sem tristeza, fujamos assim. A vida é complicada demais.
Gastamos muito pensamento, muito sentimento, muita palavra. O melhor é não estar.
Quando vier a grande hora do nosso destino nós teremos saído há uns cinco minutos para
tomar um café. Vamos, vamos tomar um cafezinho.

(Rubem Braga. In: O conde e o passarinho & Morro do isolamento.


Rio de Janeiro: Record, 2002, p. 156-157.)

OBJETIVO 2 PORTUGUÊS – DESAFIO – 8.o ANO


QUESTÃO 2
Segundo a crônica, o aborrecimento do repórter decorre do fato de
a) o delegado tomar café demais.
b) o funcionário não voltar para suas funções.
c) os funcionários públicos nunca trabalharem.
d) o delegado tomar cafezinho durante o expediente de trabalho.
e) necessitar de uma informação e não obtê-la.

RESOLUÇÃO
De acordo com o primeiro parágrafo do texto, o repórter ficou irritado porque precisava
falar com um delegado que saiu do seu expediente de trabalho e não mais voltou.
Resposta: B

QUESTÃO 3
Analise atentamente os trechos a seguir.
I. “Leio a reclamação de um repórter irritado que precisava falar com um delegado”.
II. “Tinha razão o rapaz de ficar zangado”.

Os trechos indicam, respectivamente,


a) causa e consequência.
b) fato e finalidade.
c) fato e causa.
d) fato e oposição.
e) fato e opinião.

RESOLUÇÃO
De acordo com o contexto, estabelece-se nos trechos a relação de fato (informação que
pode ser confirmada) e opinião (concordância do autor da crônica com a causa da
irritação do repórter).
Resposta: E

QUESTÃO 4
Em “...podemos pensar que uma das delícias do gênio carioca é exatamente esta frase...”,
a palavra em destaque foi empregada com o mesmo significado com que foi empregada em:
a) O artista tem que ser gênio para alguns e imbecil para outros.
b) Alvim se parece muito com o gênio da lâmpada das histórias de Aladim.
c) Aquele garoto é dotado de um gênio admirável.
d) Ludwig Beethoven não foi apenas um gênio musical.
e) Camões foi um gênio.

OBJETIVO 3 PORTUGUÊS – DESAFIO – 8.o ANO


RESOLUÇÃO
A palavra em destaque, no trecho citado, tem o sentido de “caráter, índole, tempe-
ramento”, assim como em c. Em a e d, significa “possuidor de grande talento”; em b,
“espécie de demônio árabe, com poderes sobrenaturais, que realiza, por meio de
mágica, os desejos de seus senhores”; em e, “pessoa que possui extraordinário poder
intelectual”.
Resposta: C

QUESTÃO 5
Analise as frases abaixo:
I. “Diariamente é preciso falar com um número excessivo de pessoas”.
II. “Para quem espera nervosamente, esse ‘cafezinho’ é qualquer coisa infinita e
torturante”.
III. “O chapéu dele está aí...”.

As palavras acima destacadas expressam, respectivamente, circunstâncias de


a) tempo, modo e lugar.
b) tempo, intensidade e lugar.
c) tempo, dúvida e lugar.
d) modo, dúvida e afirmação.
e) modo, intensidade e lugar.

RESOLUÇÃO
Os advérbios diariamente, nervosamente e aí exprimem, respectivamente, tempo,
modo e lugar.
Resposta: A

QUESTÃO 6
No trecho “Ah! Fujamos assim, sem drama, sem tristeza, fujamos assim”, a recomendação
do autor é entendida como
a) uma crítica.
b) uma repreensão.
c) um conselho.
d) um alerta.
e) uma ordem.

RESOLUÇÃO
Diante dos fatos apresentados, o autor utiliza a frase citada no enunciado da questão
como um conselho: para que se fuja das complicações da vida.
Resposta: C

OBJETIVO 4 PORTUGUÊS – DESAFIO – 8.o ANO


QUESTÃO 7
Em “Quando vier a grande hora do nosso destino nós teremos saído há uns cinco minutos
para tomar um café”, o conectivo em destaque pode ser substituído, sem alteração de sen-
tido, por:
a) Embora.
b) Desde que.
c) Mesmo que.
d) Uma vez que.
e) No momento em que.

RESOLUÇÃO
No período apresentado, a conjunção quando exprime tempo; o mesmo ocorre com no
momento em que. Temos em a e c – concessão; em b – condição; em d – causa.
Resposta: E

QUESTÃO 8
Em “...teremos saído há uns cinco minutos para tomar um café”, o trecho em destaque só
não pode ser substituído, sem alteração de sentido, por:
a) tendo em vista tomar café.
b) conforme o horário de tomar café.
c) com a intenção de tomar café.
d) a fim de tomar café.
e) com o objetivo de tomar café.

RESOLUÇÃO
O trecho em destaque indica a finalidade da oração anterior. A única opção que não
indica finalidade é a que consta na alternativa b. O conectivo conforme indica con-
formidade, ou seja, exprime uma regra, um modelo adotado para a execução do que
se declara na oração principal.
Resposta: B

OBJETIVO 5 PORTUGUÊS – DESAFIO – 8.o ANO


Texto para as questões de 9 a 13.
MEU IDEAL SERIA ESCREVER...

Meu ideal seria escrever uma história tão engraçada que aquela moça que está doente
naquela casa cinzenta quando lesse minha história no jornal risse, risse tanto que chegasse
a chorar e dissesse – “ai meu Deus, que história mais engraçada!” E então a contasse para
a cozinheira e telefonasse para duas ou três amigas para contar a história; e todos a quem ela
contasse rissem e ficassem alegremente espantados de vê-la tão alegre. Ah, que minha
história fosse como um raio de sol, irresistivelmente louro, quente, vivo, em sua vida de moça
reclusa, enlutada, doente. Que ela mesma ficasse admirada ouvindo o próprio riso, e depois
repetisse para si própria – “mas essa história é mesmo muito engraçada!”
Que um casal que estivesse em casa mal-humorado, o marido bastante aborrecido com a
mulher, a mulher bastante irritada com o marido, que esse casal também fosse atingido pela
minha história. O marido a leria e começaria a rir, o que aumentaria a irritação da mulher. Mas
depois que esta, apesar de sua má vontade, tomasse conhecimento da história, ela também
risse muito, e ficassem os dois rindo sem poder olhar um para o outro sem rir mais; e que
um, ouvindo aquele riso do outro, se lembrasse do alegre tempo de namoro, e
reencontrassem os dois a alegria perdida de estarem juntos.
Que nas cadeias, nos hospitais, em todas as salas de espera, a minha história chegasse –
e tão fascinante de graça, tão irresistível, tão colorida e tão pura que todos limpassem seu
coração com lágrimas de alegria, que o comissário do distrito, depois de ler minha história,
mandasse soltar aqueles bêbados e também aquelas pobres mulheres colhidas na calçada e
lhes dissesse – “por favor, se comportem, que diabo! eu não gosto de prender ninguém!” E
que assim todos tratassem melhor seus empregados, seus dependentes e seus
semelhantes em alegre e espontânea homenagem à minha história.
E que ela aos poucos se espalhasse pelo mundo e fosse contada de mil maneiras, e fosse
atribuída a um persa, na Nigéria, a um australiano, em Dublin, a um japonês, em Chicago –
mas que em todas as línguas ela guardasse a sua frescura, a sua pureza, o seu encanto
surpreendente, e que no fundo de uma aldeia da China, um chinês muito pobre, muito sábio
e muito velho dissesse: “Nunca ouvi uma história assim tão engraçada e tão boa em toda a
minha vida; valeu a pena ter vivido até hoje para ouvi-la: essa história não pode ter sido
inventada por nenhum homem: foi com certeza algum anjo tagarela que a contou aos ouvidos
de um santo que dormia, e que ele pensou que já estivesse morto: sim, deve ser uma história
do céu que se filtrou por acaso até nosso conhecimento: é divina”.
E quando todos me perguntassem – “mas de onde é que você tirou essa história?” – eu
responderia que ela não é minha, que eu a ouvi, por acaso, na rua, de um desconhecido que
a contava a outro desconhecido, e que por sinal começara a contar assim: “Ontem ouvi um
sujeito contar uma história...”
E eu esconderia completamente a humilde verdade: que eu inventei toda a minha história
em um só segundo, quando pensei na tristeza daquela moça que está doente, que sempre
está doente e sempre está de luto e sozinha naquela pequena casa cinzenta de meu bairro.
(Rubem Braga. 200 crônicas escolhidas. 2.a ed. Rio de Janeiro: Record, 1978, p. 287-8.)

OBJETIVO 6 PORTUGUÊS – DESAFIO – 8.o ANO


QUESTÃO 9
A expressão que melhor sintetiza o tema do texto é:
a) A incompetência de um escritor em criar um texto cômico.
b) A dificuldade de um escritor em montar um texto cômico.
c) A incapacidade de um escritor de compor um texto cômico.
d) O desejo de um escritor de produzir um texto cômico.
e) A impossibilidade de um escritor de criar um texto cômico.

RESOLUÇÃO
Logo no início do texto, o autor revela o seu desejo de escrever uma história tão
engraçada que uma pessoa a recontasse a outra e que todos que a ouvissem ficassem
alegres.
Resposta: D

QUESTÃO 10
A história idealizada pelo autor provocaria nas pessoas em geral
a) a alegria e o riso já esquecidos no dia a dia de problemas e preocupações.
b) a cura de suas doenças – tanto as doenças físicas quanto as psicológicas.
c) uma volta aos dias da infância, quando a vida era simples e se ria de tudo.
d) uma reflexão acerca dos problemas do cotidiano.
e) uma reconciliação entre casais, pais e filhos, patrões e empregados, enfim, todos os que,
por algum motivo, estivessem distanciados.

RESOLUÇÃO
O humor simples da história causaria uma ruptura na rotina cheia de preocupações,
fazendo as pessoas rirem novamente, recuperando uma leveza e um estado de espírito
que há muito não desfrutavam.
Resposta: A

QUESTÃO 11
As reticências no título da crônica, “Meu ideal seria escrever...”, indicam
a) intervalo de silêncio em que o autor imagina a história ideal.
b) interrupção da narrativa para corrigir um erro.
c) ironia e malícia a ser empreendida pelo leitor.
d) supressão de uma parte da história.
e) suspensão brusca do pensamento.

RESOLUÇÃO
As reticências, nesse caso, indicam um intervalo de silêncio em que o autor sonha com
a história ideal e imagina seus efeitos nas pessoas que a ouvem ou leem.
Resposta: A

OBJETIVO 7 PORTUGUÊS – DESAFIO – 8.o ANO


QUESTÃO 12
Sem prejuízo de sentido, as palavras em destaque nas frases abaixo podem ser substituídas
pelas sugeridas entre parênteses, exceto em:
a) “...que minha história fosse como um raio de sol, irresistivelmente louro, quente, vivo...”
(atraentemente).
b) “ ...em sua vida de moça reclusa, enlutada, doente” (enclausurada).
c) “ ...em sua vida de moça reclusa, enlutada, doente” (fúnebre).
d) “...todos tratassem melhor seus empregados, seus dependentes e seus semelhantes”
(equivalentes).
e) “ ...em alegre e espontânea homenagem à minha história” (artificial).

RESOLUÇÃO
A única substituição que não pode ser feita é aquela indicada na alternativa e – a
palavra espontânea significa natural, autêntica, e não artificial, como informa a
alternativa.
Resposta: E

QUESTÃO 13
Examine os trechos abaixo:
I. “Ah, que minha história fosse como um raio de sol, irresistivelmente louro, quente, vivo,
em sua vida de moça reclusa, enlutada, doente”.
II. “O marido a leria e começaria a rir, o que aumentaria a irritação da mulher”.
III. “Que nas cadeias, nos hospitais, em todas as salas de espera, a minha história chegasse
– e tão fascinante de graça, tão irresistível, tão colorida e tão pura que todos limpassem
seu coração com lágrimas de alegria...”.
IV. “ E que ela aos poucos se espalhasse pelo mundo e fosse contada de mil maneiras...”.

Ocorre linguagem com sentido figurado em


a) I e II apenas.
b) I e III apenas.
c) II e IV apenas.
d) I, III e IV apenas.
e) II, III e IV apenas.

RESOLUÇÃO
Ocorre linguagem figurada em: I. “que minha história fosse como um raio de sol”
(comparação); III. “Tão colorida” e “todos limpassem seu coração com lágrimas de
alegria” (metáforas); e IV. “mil maneiras” (hipérbole, ou seja, exagero).
Resposta: D

OBJETIVO 8 PORTUGUÊS – DESAFIO – 8.o ANO


Nas questões 14 e 15, assinale a alternativa com as palavras que completam corretamente
as frases.

QUESTÃO 14
I. A mãe interpretou ___________ a atitude do filho.
II. Ele é um _______ ator.
III. __________ liguei a TV, começou o jogo.
IV. Não pratique o ___________, pratique o bem!

a) I. mau; II. mal; III. Mal; IV. mal.


b) I. mau; II. mau; III. Mal; IV. mau.
c) I. mal; II. mal; III. Mal; IV. mau.
d) I. mal; II. mau; III. Mal; IV. mal.
e) I. mal; II. mal; III. Mau; IV. mal.

RESOLUÇÃO
Em I, deve-se completar a frase com mal, advérbio de modo; em II, com mau, adjetivo;
em III, com mal, conjunção indicativa de tempo; e, em IV, com mal, substantivo.
Resposta: D

QUESTÃO 15
I. Confirme a data para ____________ avisar os colegas.
II. ________________ denúncias anônimas.
III. Entre _______________ e o trabalho, optou pelo trabalho.
IV. Quem _______________ algum privilégio deve fazer por merecê-lo.

a) I. eu; II. Houveram; III. eu; IV. quer.


b) I. mim; II. Houveram; III. mim; IV. querer.
c) I. eu; II. Houve; III. mim; IV. quiser.
d) I. mim; II. Houve; III. eu; IV. quer.
e) I. eu; II. Houveram; III. eu: IV. quizer.

RESOLUÇÃO
As frases devem ser completadas com: I. Eu, no caso reto, por ser sujeito de avisar;
II. Houve – no sentido de “existir”, haver é impessoal (só se conjuga na terceira pessoa
do singular); III. mim – preposições sempre regem pronomes no caso oblíquo; IV. quiser
– forma verbal da terceira pessoa do singular do futuro do subjuntivo.
Resposta: C

OBJETIVO 9 PORTUGUÊS – DESAFIO – 8.o ANO

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