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Universidade

Veiga de Almeida
Curso: Medicina Veterinária
2º SEMESTRE DE 2023

Forragicultura e Pastagem

AULA 2
Morfofisiologia de plantas forrageiras
Parte 2
Rio de Janeiro, RJ
Maio 2023
Forma Funcionamento

MORFOFISIOLOGIA de
plantas forrageiras

O que será abordado


nesta aula
CLASSIFICAÇÃO POR GRUPO TAXONÔMICO
A Família das Gramíneas A Família das Leguminosas
POACEAE (GRAMINEAE) FABACEAE (LEGUMINOSAE)
• Reino: vegetal; • Reino: Vegetal;
• Divisão: Spermatophyta; • Divisão: Spermatophyta;
• Subdivisão: Angiosperma • Subdivisão: Angiospermas
• Classe: Liliopsida (Monocotiledôneas); • Classe: Magnoliopsida; (Dicotiledôneas)
• Sub classe: Commelinidae • Subclasse: Rosidae;
• Ordem: Graminales; • Ordem: Fabales;
• Família: Poaceae • Família: Fabaceae.
• Subfamílias: Festucoideae e Panicoideae. • Subfamílias: Papilionoidae,
• Gênero: Panicum, Cynodon, Brachiaria, etc Caesalpinaceae e Mimosaseae
Espécie: Panicum maximum, Cynodon dactilon, etc. • Gênero: Medicago, Gliricídia, Leucena, etc.
• Espécie: Medicago sativa, Gliricídia sepium, etc.

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► Gramíneas Qual a particularidade básica sobre as gramíneas?

ARROZ TRIGO CANA-DE-AÇÚCAR

Fonte: Krishi Jagran Fonte: Paraná Portal Fonte: Klima Naturali

MILHO BRACHIARIA CEVADA

Fonte: Ceará Sementes Fonte: Getty Images


► Leguminosas
Soja Amendoin Forrageiro Gliricidea

Leucena Feijão Guandu Alfafa


Morfologia de gramíneas e leguminosas: Semente
Leguminosa Gramínea
Semente: Dicotiledôneas. Semente: Monocotiledôneas.
Morfologia de gramíneas e leguminosas: Raiz

Gramínea
Leguminosa Raiz: fasciculada ou
Raiz: pivotante ou axial em cabeleira

Qual o impacto das raízes de gramíneas


como dreno de carbono atmosférico? 6
Morfologia de gramíneas e leguminosas: Raiz
Leguminosa Rhizobium
Fixação Biológica de Nitrogênio

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O que é a Fixação Biológica de Nitrogênio (FBN)?
► Depois da fotossíntese é o processo biológico mais importante para as
plantas e fundamental para a vida na Terra.
► É realizada por bactérias presentes no solo, que se associam às
plantas, captam e transformam o nitrogênio do ar (N2).

► É uma das alternativas pela sustentabilidade da agropecuária.


► Benefícios da FBN:
• Possibilita a troca de nutrientes.
• Diminui a necessidade de adubação química (N).
• Gera maior rendimento na produção.
• Ajuda a recuperar áreas degradadas
• Melhora a fertilidade do solo.
•Contribui para a redução da emissão de GEE.
https://www.youtube.com/watch?v=f5-4m1vlXz4
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FBN em Gramíneas: Beijerinkia e Azospirillum
Johanna Dobereiner

https://www.youtube.com/watch?v=Fsbq0N6jzcQ

https://www.youtube.com/watch?v=m10wDG2ByOM
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Gramínea Fósforo Fungos micorrízicos
► Benefícios da associação com micorrizas:
• Aumenta a capacidade de absorção de nutrientes (princ. Fósforo).
• Diminui a necessidade de adubação química (N e P).
• Incremento na produtividade.
• Ajuda a recuperar áreas degradadas
• Reduz o uso de insumos industriais na agricultura.

https://www.youtube.com/watch?v=FeT8-WF7kvc 10
Morfologia de gramíneas e leguminosas

Arquitetura típica de uma planta dicotiledônea (leguminosa) e uma


monocotiledônea (gramínea). Fonte Teichman e Muhr (2015).
Morfologia de gramíneas e leguminosas
Morfologia de gramíneas: Folha
Lanceolada – Alongadas
Paralelinérvias
Sésseis (Sem Pecíolo)
Alternas Dísticas
Expandidas ou em expansão

(Apêndice) (Ponto de junção)

Utilizados na classificação e diferenciação de variedades e cultivares.


Morfologia de leguminosas: Folha
Folha: Folíolos

Nó (1) – Entrenó (2) – Gema axilar (3) Qual a importância de se conhecer as


Estípula (4) – Pecíolo (5) – Folha (folíolos) (6) subdivisões destes folíolos?
Morfologia de gramíneas: Colmo
► Determina o hábito de crescimento das plantas.
1) Colmos Aéreos
● Colmos eretos;
● Rastejantes (estoloníferos).

2) Colmos (caule) Subterrâneos


● Rizomas

Estolão
Morfologia de leguminosas: Caule
► Determina o hábito de crescimento das plantas.
1) Caules Aéreos
Herbáceos: tenros, clorofilados, flexíveis.
Lenhosos: rígidos e de grande porte.
● Subarbustivo – até 1,5 m (Stylosantes)
● Arbustivo – até 3 m (Feijão Guandu)
● Arbóreo – acima de 3 m (Leucena) Cajanus cajan – Guandu

Leucena Alfafa
Morfologia de leguminosas: Caule
► Determina o hábito de crescimento das plantas.
2) Caules Rasteiros
● Estolonífero (Amendoin)

3) Caules Trepador
● escandente (soja perene)

Amendoim forrageiro

Soja perene Centrosema brasilianum


Morfologia de leguminosas: Flor
As inflorescências mais comuns são do tipo espiga
(amendoin forrageira Belmonte), racemo (siratro),
umbela (cornichão) e capítulo (trevo branco)

INFLORESCÊNCIA
Quando as flores se
agrupam

Flor completa (apresenta cálice e corola)


Superior: umbela (esquerdo) e espiga (direito)
Hermafrodita (possui androceu e gineceu)
Inferior: racemo (esquerdo) e capítulo (direito
Morfologia de gramíneas: Flor

● Panícula

Flor

● Apresentam uma flor incompleta (faltam cálice e corola).


● Um conjunto de flores forma a inflorescência (espigueta).
● Quanto ao sexo: Podem ser hermafroditas ou dióicas.
● Pequenas e pouco vistosas.
● Adaptadas à polinização pelo vento.
Morfologia de gramíneas: Flor
Tipos de Inflorescência ● Espiga

● Panícula

● Rácemo
Morfologia de leguminosas: Fruto

A função primordial do fruto


é a proteção da semente
em desenvolvimento

► Tipos de frutos de leguminosas


- Superior esquerdo: Legume
- Superior direito: Sâmara
- Inferior esquerdo: Lomento
- Inferior direito: Craspédio
Morfologia de gramíneas: Fruto
● O fruto das gramíneas é uma cariopse
Cariopse: fruto cuja a semente é firmemente unida à
parede do fruto por toda a sua extensão. Ex: Milho
Cada grão de milho é um fruto (cariopse)
A espiga é uma infrutescência.

Espiguetas de cevada

Espiguetas de aveia

Espiguetas de trigo Espiguetas de arroz Espiguetas de centeio


Milho
PERFILHO: unidade vegetativa básica de crescimento das gramíneas
Responsável por manter a produção de folhas e
manter a rebrotação após o pastejo.
Morfologia de gramíneas
PERFILHO: - Unidade vegetativa básica de crescimento das gramíneas.

Folhas

PSEUDOCOLMO

“Caule”

COLMO

RAIZES

https://www.instagram.com/forragicultura_e_pastagens/
Prof. Rafael Reis. https://www.youtube.com/watch?v=g6OwNtEE86E
Morfologia de gramíneas
Fitômero (unidade dentro do perfilho) GEMA AXILAR
São formados um acima do outro.

Cada fitômero possui:


NÓ e ENTRENÓ
GEMA (meristema)
(Apical, Basal ou Axilar)

FOLHA
Bainha + lígula + Folha
Gema axilar
Entrenó RAIZ (só o fitômero basal)
Apenas nos fitômeros basais
Gema basal
Fonte: http://www.infoescola.com/plantas/bambu/ 4
Meristema apical

Imagem feita em microscópio

Pseudo-colmo
Morfologia de um perfilho. Fonte:
Adaptado de Valentine & Matthew (1999)
Gema axilar

Gema basal
Morfologia de leguminosas
RAMOS OU RAMIFICAÇÕES: Unidades vegetativas básicas das leguminosas.
Leguminosa de crescimento prostado
Leguminosa - crescimento ereto

Ramo

Meristema apical

A disposição dos fitômeros no sentido vertical, um em cima do outro,


conduz a planta ao crescimento ereto, e no sentido lateral, um ao lado
do outro, conduz a planta ao crescimento prostado ou rasteiro (com
desenvolvimento de estolões e/ou rizomas).
Porque eu preciso entender a forma de distribuição das estruturas da planta?
Aspectos fisiológicos do funcionamento de plantas forrageiras

NUTRIENTES
Fotorrespiração: mecanismo para as plantas
dissiparem energia na forma de calor gerado
na etapa fotoquímica, sobretudo sob altas
intensidades de radiação, no sentido de
minimizar as perdas de água por transpiração.
RELAÇÃO: LUZ – PLANTA
(Interceptação luminosa pelo Dossel)

Radiação Solar
 Depende da atuação de
PIGMENTOS presentes na planta. Radiação Solar
 Qualidade da radiação -Interceptação
----------
interceptada pelas folhas (RFA)
Ex: Céu nublado, sombreamento.
-Interceptação
----------
 Manejo (adubação e corte/pastejo)
Relação manejo e senescência

Objetivo do manejo de pastejo:


Evitar acelerar a senescência e o
acúmulo de colmo.
Promover maior acúmulo de
folhas.

Influência de
uma planta
INDIVÍDUO

Influência de
várias plantas
COMUNIDADE
Senescência

I. Processo natural (hormonal)


Citocina: Atrasa
Etileno: Acelera (Associado a perda de clorofila)

II. Estímulos ambientais (Ex: sombreamento)


III. Clorofila “desativada”
Folhas em distintos estádios de desenvolvimento em um perfilho.
Fonte: Adaptado de Simioni et al. (2014) IV. Ciclagem/translocação

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