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PSICOLOGIA
PSICOLOGIA
PSICOLOGIA
DEPARTAMENTO DE PSICOLOGIA
TAUBATÉ - SP
2023
Quézia Machado Pinto
TAUBATÉ – SP
2023
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
FIGURAS
GRÁFICOS
QUADROS
1 INTRODUÇÃO 04
2 OBJETIVOS 05
3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 05
8 CONSIDERAÇÕES FINAIS 44
REFERÊNCIAS 45
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1 INTRODUÇÃO
Os comportamentos, as expressões faciais e corporais condizem como as pessoas se
vestem, o uso de roupas mais despojadas ou sociais, a cores mais claras ou mais escuras,
considerando ao final que a roupa sempre comunica algo. Em vista disso, o presente estudo
prezou pela observação deste fenômeno psicológico, que se volta a forma de se vestir e como
contribui para a imagem e atitude social e profissional do indivíduo. A hipótese é a de que a
forma como alguém se veste pode conectá-lo com sua essência, influenciar como se
autopercebe e interagir com o universo ao seu redor, impactando os demais a sua volta (ADAM,
GALINSKY, 2012; FLUGEL, 2008; HELLER, 2013).
Objetivou-se através deste trabalho perceber como o vestuário, os estilos e as cores
podem comunicar, representando a essência pessoal, a autoimagem, a mensagem transmitida
em público e a comunicação não verbal (gestual e visual). Os objetivos específicos foram: as
possíveis motivações ao vestir-se de determinada forma, a escolha das cores, como identidade,
individualidade ou pertencimento de grupo; compreender como o vestir-se de determinada
forma influencia a percepção pelos outros e como a imagem e o estilo podem transmitir de
forma simbólica a essência do sujeito.
Na literatura, a essa relação psicológica, foram tomadas refências de alguns estudos dos
pesquisadores Adam e Galinsky (2012), entre elas o termo de “cognição do vestuário” (do
inglês enclothed cognition). Segundo o autor, as roupas possuem significados simbólicos,
combinada com o ato de vestir-se de determinadas formas, o que pode despertar processos
psicológicos sobre a autoimagem de quem as veste.
Ainda, foram consultados estudos no artigo do psicanalista Flügel (2008), que analisa o
fenômeno do vestir e as conseqüências psíquicas da estreita ligação que o homem estabelece
com suas roupas, e o livro de Eva Heller (2013), que retrata as cores como um elemento de
suma importância no processo de comunicação.
Buscou-se a influência da vestimenta e suas cores no comportamento social das pessoas
e profissionais, se o dress code¹ reflete a filosofia da empresa. Se as expressões corporais e
faciais condizem com o tipo de vestimenta utilizada. Sobre a escolha das roupas e se há o poder
de transmitir a essência dos indivíduos. E além disso, se as escolhas dos estilos são
manifestações do inconsciente.
¹O dress code pode ser traduzido de forma literal para código de vestimenta, que inclui as
roupas, os acessórios, a maquiagem, o perfume e o comportamento que o indivíduo tem em
determinado local (LIBRETTI, Alessandra S.; AMORIM, Maria C.; MOREIRA, Rosana,
2018).
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2 OBJETIVOS
2.1 OBJETIVO GERAL
3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
3.1 MODA COMO COMUNICAÇÃO NÃO VERBAL
Os seres humanos primitivos recorriam à linguagem corporal como forma de expressão,
antes mesmo de aprenderem a se comunicarem com palavras, e para isso, usavam seus corpos,
gestos, sons e meios ao qual tinham acesso. Dentre a variedade de formas de comunicação não-
verbal, podemos elencar a forma de se vestir, as cores das vestimentas, comportamentos e
expressões faciais. Como a comunicação não-verbal é, muitas vezes, inconsciente e espontânea,
permeia todos os momentos das relações pessoais (RIBEIRO, 2011).
O modo cujas pessoas se trajam exibem seus gostos, classes sociais, tipo de trabalho,
além do desejo de pertencer e ser aceito por algum grupo de interesse (STEFANI, 2005). Não
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só isso, como reflete pensamentos, sentimentos e emoções, pois a forma de se vestir é uma das
maneiras mais simples de expressão do ser humano. Conforme disse Ribeiro (2011), o vestuário
carrega significados e atua como forma de comunicação, devido as pessoas fazerem leituras
uma das outras a partir do que vestem.
A indumentária², considerada um fenômeno comportamental, gera a identidade do
indivíduo, já que, por meio dela, a expressão como uma extensão visual é possível (SILVEIRA;
et. al., 2017). E a Psicologia tem muito a contribuir para o estudo em questão, como dito por
Moura (2018):
As possibilidades que a Psicologia pode oferecer de contribuição no estudo da moda
são diversas, pois moda remete à construção de identidade e expressão do indivíduo,
à forma como o indivíduo se percebe diante de si mesmo e dos outros, sendo utilizada
enquanto ferramenta de distinção ou pertencimento em relação a um grupo.
Logo, pode-se perceber que o vestir é muito mais do que simplesmente colocar uma
roupa, é algo que pode ser usado para comunicação, mesmo não sendo totalmente consciente a
escolha das peças e das cores. E ainda, inconscientemente, é possível saber como reagir com
determinada pessoa apenas olhando a vestimenta da mesma, além das cores escolhidas
aparentar mais sociabilidade ou menos, fazendo com que outros do convívio se sintam mais
acolhidos ou não.
Existem diversos experimentos mostrando como a aparência importa nesse âmbito de
convívio social. Um desses experimentos, é o “What is beautiful is good”, que traduzido diz “O
que é bonito é bom”, feito por Dion, Berscheid e Walster (1972) no qual foi exibido que pessoas
mais atraentes fisicamente são consideradas mais felizes, mais bem sucedidas
profissionalmente e socialmente. Já levando em consideração a informação que a roupa passa,
temos o trabalho realizado por Cahoon e Edmonds (1987), que apontou que a sociedade vê
pessoas com roupas mais extravagantes, vulgares e chamativas com um julgamento muito mais
negativo do que se estiver vestidos com roupas mais sérias.
²De acordo com o dicionário Oxford é o que uma pessoa veste; roupa, indumento, induto,
vestimenta. Arte relacionada com o vestuário. História do vestuário ou de hábitos relacionados
com o traje em determinada época, local, cultura etc. Conjunto de vestimentas us. em
determinada época ou por determinado povo, classe social, profissão etc.
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Um trabalho exposto pela revista Psicologia: Teoria e Pesquisa, realizado por estudantes
da Universidade São Paulo, apresentou que em relação as medidas de percepção social a
variável roupa é manifestada de forma significativa (SANTOS; et. al., 1992). Todavia, de igual
modo as escolhas de peças estão sempre sendo submetidas aos estereótipos indumentários,
como desejo de ser aceito, além de momentos históricos e opções oferecidas pelo mercado, uma
vez que a moda está em constante mudança (STEFANI, 2005).
O modo de vestir do indivíduo procura criar e vender uma imagem de si mesmo, mostra
uma forma de se enxergar e nutri aos outros tal aparência. Como já mencionada, as roupas
vestidas constroem a identidade própria, estando mais próximo do quer parecer a vista dos
outros (RIBEIRO, 2011).
Se por um lado, em determinados períodos, as roupas da moda personificam os ideais e
valores hegemônicos. Por outro, as escolhas de indumentárias são reflexos das formas pelas
quais os grupos sociais de diversos níveis sociais veem a si mesmo em relação aos valores
dominantes, como enxergam a si mesmos em relação a imagem dos outros. Como uma forma
de cultura não-verbal, o uso de roupas em espaços públicos como forma de apresentação do eu,
é uma resposta dos consumidores utilizando a linguagem do vestuário para apresentar uma
identidade pessoal (QUINTELA, 2011).
Levando em questão o comportamento, pode-se observar alguns símbolos, muitos
presentes nos comportamentos gerais dos indivíduos, os quais podem ser deduzidos sem
precisar de uma visão muito crítica e contextualização dos fatos. De acordo com Weil e
Tompakow (2015), existe três desses símbolos comportamentais que são aplicados facilmente
à expressão corporal. A primeira é “O Boi”, no qual é evidenciado pela acentuação do abdômen,
todavia, no plano sexual é observado pelo requebrar das mulheres, e segurar o cinto e mão no
bolso dos homens. O segundo é “O Leão”, evidenciado pelo tórax, considerando-o como o
centro do “eu”, tendo uma postura prepotente, sendo pessoas vaidosa, egocêntricas e narcisistas,
ou que querem se impor no momento. Do contrário, com o tórax encolhido, é demonstrado o
“eu” diminuído, sendo pessoas tímidas, submissas, retraídas ou que naquele momento estão
dominadas pela situação. O terceiro é “A Águia”, indicada pela cabeça, mostra um estado de
controle do corpo pela mente, transparecendo hipertrofia do controle mental com a cabeça
erguida, e o indivíduo controlado por estímulos externos com a cabeça baixa.
Diante do exposto, pode-se concluir que a imagem e comportamentos, mesmo que
inconscientes, apresentam relação direta com a maneira na qual a pessoa se enxerga e deseja
mostrar ao mundo, entretanto, para chegar a ser algo consciente, demanda autoconhecimento e
o reflexo de valores, costumes e influência de uma determinada época e grupo (ALVES, 2022).
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Moda e indumentária podem refletir, o tipo de organização econômica em que uma pessoa vive,
pode indicar papeis produtivos e profissionais numa economia. A ideia e que a moda e
indumentária, como fenômenos comunicativos não verbais e culturais, estão entrelaçadas as
questões de poder e status, são explicadas como ideologia (BARNARD, 2003).
Ressalte-se, o indivíduo opta pela vestimenta e a cor como forma de transmitir suas
sensações, porém muitas vezes o faz de forma inconsciente, tendo como objetivo apresentar
uma característica que em muitas vezes não é a sua e sim da indumentária que ele carrega em
seu corpo, ou seja, quando se opta por um vestuário da cor azul em uma entrevista de emprego,
ou reunião, já passa a transmitir que gosta de trabalhar em equipe, mesmo que isso não seja
verdade (FISCHER-MIRKIN, 2001).
Ainda conforme Fischer-Mirkin (2001), a vestimenta informal traz a mensagem de que
a criatividade é latente e estão mais abertas do que as que se vestem de forma mais moderada,
porém em uma reunião entre as duas maneiras de se vestirem, poderá trazer desconforto para
um ou para outro, pois será inevitável a observação de ambos.
Apesar da vestimenta retratar a individualidade, seus gostos e estilo, o indivíduo sempre
estará procurando seguir um código mesmo adaptando seu estilo para se encaixar em eventos
sociais familiares ou de trabalho, pois a comunicação como meio, através da roupa, ressalta a
importância econômica ou status, a vestimenta pode indicar o papel em que o indivíduo mantém
sua posição social, a moda e indumentária podem refletir, o tipo de organização econômica em
que uma pessoa vive, pode indicar papeis produtivos e profissionais numa economia.
(BARNARD, 2003). Do mesmo modo que, a maneira com a qual os indivíduos se apresentam
falam muito sobre eles, o modo como um profissional se apresenta na forma de vestir-se reflete
a identidade da organização onde ele trabalha, por isso, as organizações orientam seus
funcionários quanto a regras de vestimenta e o impacto causado como forma de comunicação
não verbal. Desta forma, as organizações com o intuito de comunicar sua identidade, cuidam
para que seus funcionários sigam regras de vestimenta e de uso dos uniformes.
Sobre a vestimenta Cunha (2012, p. 5) afirma:
cartão de visita de uma empresa, dessa maneira as empresas se utilizam dos funcionários,
transformando-os na imagem de si mesmas.
Os vestuários carregam uma simbologia, deixando evidente a linguagem não verbal,
cores são tão importantes que há evidências que sugerem que as empresas selecionam suas
cores específicas através do julgamento do valor simbólico destas. (RAFAELI; PRATT).
Fischer-Mirkin (2001, p. 29-30), nos diz:
Quando passamos um tempo na presença de alguém que use um terno de cor fria,
como verde ou azul, podemos nos sentir como se o tempo estivesse demorando a
passar. Porém, passar o tempo em companhia de alguém vestido de amarelo ou
vermelho, vai nos fazer sentir que o tempo está andando depressa. Algumas cores nos
infundem vida enquanto outras nos provocam introspecção. [...] tons claros de verde
podem nos curar ou rejuvenescer enquanto alguma coisa cor-de-rosa pode atenuar
nossa ansiedade ou frustração. Cores vivas, quentes, em tecidos macios como algodão
ou cashmere podem nos ajudar a irradiar alegria, levantando o humor dos que estão
em nossa presença.
Nesse contexto, a forma de se vestir é uma maneira de comunicar a identidade, por meio
da projeção de uma imagem. A moda age como mídia eficaz, no que diz respeito à inserção
cultural e social das pessoas, por possibilitar a expressão de identidade, ao agir de diversas
maneiras nos processos comunicacionais (MAGALHÃES; SARAIVA; NETO, 2014, p. 3).
De acordo com Miguel (2015), algumas profissões demandam o uso específico de uma
determinada vestimenta, esta, por sua vez, corresponde ao código de comunicação que anuncia
parte da identidade de quem a veste, sua ocupação ou até parte das suas ideologias. As roupas
evidenciam a qual grupo, comunidade, companhia ou profissão a pessoa é pertencente. As
roupas escolhidas pelas pessoas são um comunicado ao exterior. Onde através das opções que
tomou na forma como se vestiu naquele dia, o indivíduo fala sobre a sua postura no mundo e a
comunidade/cultura onde está inserido.
Ademais, a importância de vestir-se adequadamente está atrelada ao fato da
credibilidade que a imagem leva e a autoconfiança que se traz, pois as pessoas são julgadas e
julgam com base naquilo que veem.
O ambiente corporativo é um meio competitivo, as pessoas são julgadas por suas
aparências e comportamento, portanto, de suma importância zelar pela imagem que se
transmite, por tal questão as organizações possuem normas e regras de conduta, os profissionais
são os representantes da empresa, dessa forma, se o modo como se vestem não for compatível
com a imagem da empresa, este comportamento pode ocasionar uma impressão negativa ou
diversa daquilo que se empreende comunicar.
Conforme dito por Miguel (2015, p. 33):
CORES SIGNIFICADOS
Azul Conservador, leal, verdadeiro.
Azul Marinho Responsável, íntegro, confiável (muito usado pela
área financeira).
Laranja Cordial, acolhedor, cor da amizade, popular (deixa o
look com cara de barato).
Bege Inofensivo, calado.
Vermelho Enérgico, forte, apaixonado, paixão, sexo, um pouco
de agressividade.
Amarelo Dinâmico, disposto, alegre (também deixa o look
com cara de barato).
Vinho Poderoso, elegante e nobre.
Cinza Sério, humilde, maduro, conformado e executor.
Preto Sofisticado, poderoso, seguro, cheio de autoridade.
Branco Frescor, novo, honesto, limpeza, pacificador.
Verde Escuro Equilibrado, centrado, conservador.
Marrom Apático, sem ambição, conservador.
Rosa paciente, amável, doce, amor (ex. de mãe, aquele que
não cobra), projeta simpatia, proximidade com as
pessoas.
Turquesa Egoísmo, diversão.
Fonte: HELLER, 2013; BUREAU MODA & MERCADO (2016).
Com a Reforma Trabalhista, como visto, está autorizada a instituição de um dress code
no ambiente laboral, sendo lícita ao empregador estabelecer o padrão de vestimenta, contanto
que “não seja aviltante ou desmoralizadora, sendo admitido juridicamente a inserção de
logomarcas publicitárias (...) sem que esse fato, por si só, possa vir a ser entendido como
violador de algum dos direitos de personalidade do operário” (MARTINEZ, 2018, p. 124).
O dress code é uma expressão em inglês que designa código de vestimenta, que se traduz
em um “conjunto de regras para o que você pode vestir; uma forma aceita de vestir para uma
ocasião particular ou em um grupo social particular” (CAMBRIDGE, 2020).
Isso posto, o dress code no âmbito trabalhista atua como “direcionamento ou orientação
de vestimenta utilizado por algumas organizações empresariais para divulgar valores e
conceitos da instituição por meio do vestuário de seus empregados (...) que reforça o apelo
visual de determinada marca para o seu material humano” (JOSÉ FILHO, 2020).
Resta evidente que a adoção do dress code se insere no poder do empregador de
conduzir sua atividade da forma que melhor lhe aprouver, tal poder, contudo, não é ilimitado,
pois quando a vestimenta torna a aparência do empregado aviltante ou vexatória acarreta abuso
de direito (CASSAR, 2018, p. 771-772). Esse poder deve ser exercido em observância aos
princípios da razoabilidade e proporcionalidade e em respeito à dignidade do empregado.
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Agora falando sobre cores frias, essas, normalmente, estão ligadas ao céu, ao gelo, à
paz, ao mar, ao frio e à dias cinzentos. Exemplos desse tipo de cor são o azul, o violeta e o verde
(INÁCIO, 2010).
Dentre todas as cores, a cor fria azul é a favorita das pessoas, já que vai bem em todas
as ocasiões e em todas as estações. Cor da simpatia, da harmonia, da amizade e da confiança.
Cor da distância e da fidelidade, já que estão ligadas, pois a fidelidade só é posta à prova quando
há oportunidade para a infidelidade. Em inglês, existe várias expressões que simbolizam a
fidelidade e usam a palavra azul, como a “true blue”, que significa fidelidade inquestionável.
A safira é a pedra da fidelidade. O azul é a cor do irreal, do fantástico, por isso existe a expressão
para o homem idealizado “príncipe azul”. A cor do divino e da pedra semipreciosa lápis-lazúli
que é uma pedra sagrada, simbolizando valores supremos. Pôr o azul ser o lado sombrio do
branco, passa um efeito mais frio, e por isso traz o orgulho como símbolo, mas também a
inteligência, a ciência e a concentração (HELLER, 2013).
Conforme apresentado por Heller (2013), o verde, que sempre lembra e remete a
natureza, traz uma ideologia e estilo de vida de consciência ambiental e amor à natureza. O
verde atua de forma calmante e transmite segurança, sendo também considerada a cor da saúde,
da esperança e da liberdade. Todavia, o verde é considerado a cor da imaturidade e da juventude,
por causas de processo de amadurecimento das frutas, além disso, é a cor de tudo que é
venenoso.
A última cor fria, a qual será verificada, é o violeta. Essa é a cor da sentimentos
ambivalentes e a mais rejeitada dentre as cores, e um dos motivos pelo pouco apreço é a questão
de não saber diferenciar o violeta do lilás. Com um passado grandioso, essa é considerado a cor
dos que governam e do poder, já que era uma antiga cor nobre, conhecida como púrpura. É a
cor da fé, mas, em contrapartida, é a cor de todos os pecados relacionados a beleza, cor da
vaidade, tornando-o, evidentemente feminino. O violeta é inconformista e original, sendo a cor
do lado sinistro da fantasia e da magia. Interessante que, a mais singular e extravagante das
cores, denuncia que a escolha pela peça que contém essa cor foi consciente e direcionada, pois
não é usado de forma impensada, sem querer chamar a atenção e para distinguir-se da massa
(HELLER, 2013).
“Todos nós tendemos a ter uma ou várias Cores que melhor expressam o tipo da nossa
personalidade e que nos faz sentir confortáveis e nos dá extra vitalidade e inspiração” (Silva,
2008). Pensando nisso, para finalizar, será abordado as cores que são recorrentemente usadas
por todos os indivíduos, estando presente em praticamente todas as peças básicas de um guarda-
roupa, as cores acromáticas branco e preto.
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Amor pelos personagens Muitos cosplayers são fãs dedicados de certas séries,
filmes, jogos ou quadrinhos, e se vestir como seus
personagens favoritos é uma forma de demonstrar seu
amor e admiração por eles.
Expressão criativa O cosplay permite que as pessoas liberem sua
criatividade ao criar trajes detalhados e realistas. Os
cosplayers podem aprimorar suas habilidades de
costura, maquiagem, modelagem e outros talentos
artísticos ao recriar os trajes e adereços dos
personagens.
Imersão na comunidade O cosplay proporciona uma oportunidade de fazer
parte de uma comunidade apaixonada e compartilhar
interesses com pessoas que têm os mesmos gostos. Os
eventos de cosplay, como convenções e encontros,
permitem que os cosplayers se encontrem, troquem
ideias e compartilhem sua paixão em um ambiente
acolhedor e divertido.
Entretenimento e diversão Vestir-se como personagens fictícios permite que os
cosplayers entrem no mundo da fantasia e
experimentem ser alguém diferente por um tempo. É
uma forma de escapismo e diversão, onde as pessoas
podem se divertir interpretando seus heróis e vilões
favoritos.
Desafio e superação pessoal Criar um cosplay envolve planejamento, pesquisa,
habilidades técnicas e recursos. Para muitos
cosplayers, a construção de um traje é um desafio
emocionante que lhes permite aprender e desenvolver
novas habilidades. Ver o cosplay concluído com
sucesso pode trazer um sentimento de conquista e
satisfação pessoal.
Fonte: COSPLAY BRASIL (s. d.).
Cada indivíduo pode ter suas próprias razões pessoais para se envolver nessa prática,
mas, no geral, é uma forma divertida de expressão criativa e de se conectar com a comunidade
de fãs.
Ao escolher um personagem para cosplay, os cosplayers geralmente escolhem alguém
com quem se identificam de alguma forma. Pode ser uma identificação com a personalidade, a
história de vida, os desafios enfrentados pelo personagem ou qualquer outro aspecto que ressoe
com eles. Ao se vestirem e interpretarem esse personagem, os cosplayers podem explorar e
expressar diferentes partes de sua própria identidade.
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Baumeister e Leary (1995), o que motiva é a busca por relações sociais profundas e positivas,
estando presente em todos os indivíduos.
Segundo a necessidade de pertencimento sendo primeiramente mencionada por
Baumeister e Leary (1995), se refere não só à necessidade de estar inserido em um grupo, mas
à qualidade dos laços estabelecidos com outros indivíduos e o sentimento de aceitação presente,
as pessoas desenvolvem um senso de pertencimento e identidade em relação a diferentes grupos
sociais. Essa teoria sugere que o pertencimento a grupos é uma parte fundamental da identidade
humana e afeta diversos aspectos do comportamento individual e coletivo.
Segundo essa teoria, as pessoas têm múltiplas identidades sociais que são baseadas na
participação em diferentes grupos, como grupos culturais, étnicos, religiosos, profissionais, de
gênero, entre outros. Essas identidades sociais influenciam como as pessoas se veem e se
relacionam com os outros (BAUMEISTER; LEARY, 1995).
As pessoas tendem a colocar si mesmas em categorias e, aos outros em termos de grupos
sociais. Tais categorias auxiliam simplificar a realidade social e a identificar a que grupos elas
pertencem e quais grupos são diferentes de dos delas. Assim, a categorização social possui um
papel importante na formação da identidade e no senso de pertencimento. A categorização
social pode ser entendida como "um sistema de orientação que ajuda a criar e a definir o lugar
do indivíduo na sociedade" (TAJFEL, 1981, p 291), ou seja, uma representação cognitiva da
estrutura social colocada a partir de grupos ou categorias, portanto, um elemento que
desempenha o papel de definir em termos mais gerais o auto-reconhecimento do indivíduo.
Construir uma identidade, para Erikson (1972), ainda nos adolescentes, implica em
definir quem a pessoa é, quais são seus valores e quais as direções que deseja seguir pela vida.
O autor entende que identidade é uma concepção de si mesmo, composta de valores, crenças e
metas com os quais o indivíduo está solidamente comprometido.
Kimmel e Weiner (1998) afirmam que, quanto mais desenvolvido o sentimento de
identidade, mais o indivíduo valoriza o modo em que é parecido ou diferente dos demais e mais
claramente reconhece suas limitações e habilidades. Quanto menos desenvolvida está a
identidade, mais o indivíduo necessita o apoio de opiniões externas para avaliar-se e
compreende menos as pessoas como distintas.
As pessoas comparam os grupos aos quais pertencem com outros grupos, com o objetivo
de obter uma avaliação positiva de si mesmas e de seu grupo de pertencimento. Essas
comparações podem ser baseadas em diferentes dimensões, como status social, valores,
realizações e outros critérios relevantes.
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traços e características dos personagens que admiram, o que pode ter um impacto positivo em
sua autoestima e senso de identidade.
Conforme, Solomon (2002) os participantes de uma subcultura compartilham crenças e
experiências comuns que os separam dos demais, o fato de pertencerem a uma mesma
subcultura torna-os próximos, os definem, compreende e os acolhe exatamente como são.
O cosplay é uma forma de expressão pessoal e cada cosplayer pode ter experiências
únicas em relação à sua identidade e como ela é influenciada pelo cosplay.
Bergamo (1998, p. 3), em seu artigo “O campo da moda”, aborda questões pertinentes
à dinâmica que o sistema da moda se constitui hoje:
(...) Longe de ser uma criação artística que escapa à razão, ou a mera expressão da
futilidade alheia, a roupa é uma construção racionalizada: permite comunicar o
sentido da posição do indivíduo dentro da estrutura social, é seu instrumento de
realização. Ou, em outros termos, aciona os interesses em jogo entre os diversos
grupos. É esse conjunto de interesses, que aqui serão chamados de demandas, e seu
sentido impresso na relação dos indivíduos com a roupa que constituem propriamente
o campo da moda.
4 CARACTERIZAÇÃO DO LOCAL
A caracterização da local em estudo, inicia-se com uma descrição de sua localização,
metragem e, por fim como destino como opção de lazer e consumo.
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4.1 LOCALIZAÇÃO
O empreendimento se localiza na cidade de Taubaté, Av. Charles Schneider, 1.700, Vila
Costa (TAUBATÉ SHOPPING, 2021).
4.6 DISPONIBILIDADES
O Taubaté shopping cumpre a lei 9.503 do conselho nacional de trânsito,
disponibilizando a reserva vagas para portadores de necessidades especiais, vagas para idosos,
gestantes e portadores de autismo. Contando o centro de compras com rampas de acesso,
banheiros adaptados e cinema preparados para receber os clientes com mobilidade reduzida,
parcial o total (TAUBATÉ SHOPPING, 2021).
O empreendimento fornece cadeiras de roda para utilização nas dependências do
shopping, para ter acesso ao serviço, basta apresentar um documento com foto e fornecer um
número de telefone para contato, a cadeira pode ser retirada na enfermaria do shopping, ainda
a disposição um fraldário à disposição dos clientes do Taubaté shopping o empréstimo de
carrinhos de bebê e banheiro família (TAUBATÉ SHOPPING, 2021).
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5 PROCEDIMENTOS
As ações foram realizadas em etapas, no primeiro momento foram realizadas diligências
no Taubaté Shopping, local escolhido para as observações dos fenômenos psicológicos, como
ponto de observação foram utilizadas as mesas da área de alimentação, com o intuito de
observar as pessoas nas mesas ao redor e, as que transitavam pelo local, dentre elas, foram
vistos grupos de adolescentes, adultos e idosos, ainda, os funcionários das lojas de roupas,
beleza e alimentação. Com o foco em observar as vestimentas, as cores, e consequentemente,
os comportamentos que carregavam consigo.
Ainda como forma de realizar as obsrvações, trambém transitou-se pelos espaços do
Shopping, como a área do cinema, e pela a área central onde estava ocorrendo um evento
destinado aos apreciadores de jogos virtuais e videogames, com grande fluxo de pessoas, ainda,
foi observado a existência de plataforma de dança, com telões e pista de led, com muitas luzes
coloridas. Colocada em evidência no evento, onde havia a maior concentração de pessoas de
diferentes idades, grupos e vestimentas, todos ali se concentraram com o fato de participarem
do jogo de dança nomeado como “Just Dance” (“Apenas Dance”, na tradução literal), alguns
de forma individual e outros em grupo.
O jogo avalia os movimentos corporais dos participantes, onde são capturados por uma
câmera e devendo ser repetidos da mesma forma aos realizados pelos personagens do jogo, no
mesmo ritmo mesmo tempo e com a maior precisão possível dos movimentos, além de avaliar
a performance dos participantes, mediante o reconhecimento dos movimentos realizados,
havendo estímulos com mensagem quando há acerto dos movimentos e, ao final, recebem uma
pontuação que avalia a precisão dos movimentos realizados.
Objetivou-se trazer a convicção de como as vestimentas comunicam, transmitem idéias,
identificam funcionários de diferentes estabelecimentos comerciais e, de locais onde se estuda,
mediante o uso de uniformes. Os instrumentso utilizados foram a observação, quanto as
expressões faciais, corporais e diferenças nos vestuário dos frequentadores do Taubaté
Shopping, entre os funcionários e clientes, revisão e análise bibliográfica do tema, além de
discussão e comparação dos resultados obtidos na observação e na revisão de literatura.
A técnica de observação utilizada foi a semi-estruturada, ou também conhecida como
assistemática. Nesta técnica, o pesquisador não necessita de métodos especiais, é mais
empregada em estudos exploratórios, e não tem planejamento elaborado previamente. Porém,
ainda implica em um percentual de controle para a observação não se perder, de certo modo, o
pesquisador deve saber o que observar (MARCONI; LAKATOS, 2003, p. 192-193).
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6 RESULTADOS
6.1 DIÁRIO DE CAMPO
Primeira observação - dia: 24/03/2023 Horário: 15h – 17h
Enquanto era realizada a observação das pessoas passando pelo shopping, notou-se uma
grande variedade de comportamentos e estilos. Os funcionários de uniforme pareciam mais
sérios e cansados, enquanto um homem com roupas mais estilosas caminhava com confiança,
e esse mesmo homem, passou mais duas vezes arrumando o boné da mesma maneira, depois
passou mais vezes pelas observadoras, com o mesmo comportamento, possivelmente, percebeu
que estava sendo observado e por esta razão repetiu o comportamento. Pessoas com roupas
mais simples pareciam ter um andar mais arrastado.
Um jovem com roupas extravagantes chamou atenção com seus gestos chamativos e
articulados. Ele caminhava com confiança, diferentemente de uma mulher com roupas leves e
cores claras, que caminhava tranquila. Um casal também se destacou: a mulher usava roupas
de cores claras e caminhava relaxada, enquanto o homem vestia roupas modernas de cor preta
e tinha um andar confiante e agressivo.
Uma senhora elegante passou pelas observadoras com um andar despreocupado e
observador. Outra mulher usava roupas casuais e caminhava tranquilamente. Um jovem com
bermuda, chinelo e camiseta de time também parecia relaxado e despretensioso.
Um homem com roupa social chamou atenção com seus passos curtos e rápidos. Ele
parecia preocupado. Uma senhora com roupas vermelhas passou apressada e mulheres bem
vestidas e elegantes caminhavam com postura de superioridade, usando sandálias de salto alto.
Um senhor com roupa elegante também esboçava certa superioridade em seu andar, com
a mão no bolso. Outra mulher usava roupas casuais de tecidos leves e claros e caminhava
tranquilamente. Um grupo de mulheres usava o mesmo padrão de roupas (cropped, shorts,
chinelo) e pareciam espelhar os comportamentos umas das outras enquanto riam.
Por fim, notou-se um menino com roupas velhas que caminhava arcado, como se
estivesse pedindo algo e esboçava aparência amedrontada.
Enquanto era feita a observação as pessoas no shopping, notou-se uma grande variedade
de estilos e comportamentos. Algumas pessoas usavam roupas mais extravagantes e se
comportavam de maneira mais desinibida, como uma mulher com um largo decote e roupas
justas na cor preta.
Um homem com roupas estilo militar chamou atenção. Ele tinha cerca de 36 anos, usava
calça militar, blusa branca e uma corrente com pingente tipo identificação do exército. Com
cerca de 1,85m de altura, corpo atlético e tatuado, ele caminhava confiante, com o tórax aberto
e os braços soltos. Ele parecia buscar olhares enquanto dava várias voltas no mesmo ponto do
shopping.
Dois homens de roupa social passaram pelas observadoras com postura ereta e passos
curtos e rápidos. Eles pareciam transmitir seriedade e pressa. Ambos usavam crachás de
empresas e carregavam mochilas com material de trabalho e computadores.
Mulheres bem vestidas com roupas sociais também chamaram atenção. Elas
caminhavam tranquilamente e confiantes, sem buscar olhares. Um senhor de aproximadamente
68 anos também se destacou com sua calça social de tecido e blusa polo. Ele caminhava sozinho
com um olhar confiante e postura ereta.
Pessoas com roupas confortáveis e mais simples, como camisetas, bermudas e calças de
tecido ou moletom, pareciam mais relaxadas. Elas caminhavam com passos largos e tronco
relaxado, transmitindo uma sensação explícita de conforto.
Por fim, notou-se um menino de aproximadamente 14 anos com roupas puídas e velhas.
Ele caminhava arcado, com as mãos juntas e os braços recolhidos. Seu andar era curto e ele
parecia envergonhado enquanto pedia comida aos clientes.
No geral, pessoas vestidas da mesma maneira, com cores parecidas, e peças de roupas
com o mesmo caimento e tecido, acabam se portando de modos semelhantes, embora não haja
qualquer tipo de vínculo ou proximidade entre as partes.
Em uma tarde tranquila de passeio, o cenário estava repleto de pessoas com diferentes
estilos e atitudes. Um casal, vestido casualmente com bermudas jeans e shorts, camisetas de
desenhos animados e camisetas floridas, caminhava tranquilamente, desfrutando do momento.
Em contraste, dois homens exibiam uma certa superioridade, com suas camisetas pretas
e calças jeans, mãos nos bolsos e um andar despreocupado. Demonstravam confiança e um ar
de superioridade.
Entre as pessoas de chinelo, era possível notar o mesmo andar arrastado, transmitindo
uma sensação de tranquilidade e relaxamento. Esses indivíduos pareciam estar aproveitando o
momento, sem pressa ou preocupações.
Um homem vestindo calça jeans e camiseta polo caminhava com o peito estufado e a
mão no cinto, demonstrando uma postura confiante e dominante. Sua atitude transmitia um ar
de autoridade.
Outro grupo de homens vestia roupas esportivas, principalmente regatas nas cores preto
e branco. Eles exibiam seus músculos, caminhando com o peito aberto, transmitindo confiança
e força física.
As funcionárias da empresa "Unhas Cariocas" trajavam uniformes brancos, com
movimentos suaves. Vestiam calças e camisetas brancas com o logo do estabelecimento, unhas
feitas e cabelos presos. Sua aparência transmitia uma sensação de higiene e profissionalismo.
Por outro lado, as funcionárias da loja de jóias "Vivara" trajavam ternos pretos, saltos
altos, unhas feitas, cabelos escovados e uma maquiagem impecável. Sua postura era elegante e
refinada, refletindo a imagem da marca.
Foi possível observar três jovens com idades entre 20 e 24 anos, com características
semelhantes. Elas eram altas, magras, cabelos longos e andavam de maneira ereta. Tinham
movimentos suaves ao elevar as mãos aos cabelos. Todas usavam calças jeans soltas, blusas
pretas ou brancas, sem estampas, bolsas grandes e aparentavam boas condições financeiras.
Parecia que seguiam uma padronização social.
Outro grupo de mulheres, com características de sobrepeso e filhos pequenos,
aparentava não se importar com a aparência. Vestiam roupas desgastadas e desbotadas, cabelos
desgrenhados e não usavam maquiagem. Seus movimentos eram largos e desprendidos, usando
bermudas jeans e shorts pretos apertados, camisetas soltas e chinelos. Parecia que a aparência
já não era uma prioridade, refletindo certo descuido pessoal.
Uma dupla de adolescentes, com cerca de 13 a 14 anos de idade, chamou a atenção pelo
seu andar sincronizado. Vestiam camisetas e calças largas da mesma marca, exibindo um estilo
uniforme e descontraído.
31
aproximadamente 26 anos chama a atenção ao passar pelo shopping vestindo roupas pretas,
como calça, blusa e tênis. Seu cabelo está preso em um rabo de cavalo e seu rosto exibe uma
expressão de felicidade, com um sorriso constante e olhares curiosos para os lados. Ela
transmite uma energia positiva, contagiando o ambiente ao seu redor.
Uma dupla de amigas com a mesma roupa foi observada. Estavam de cropped preto,
meia arrastão, shorts preto com cinto com corrente pendurado, meias compridas e tênis (estilo
“e-girl”4), fazendo os mesmos gestos. Ambas sorridentes, estavam se divertindo juntas
gravando um vídeo. Por um momento uma das meninas saiu do local para falar com colegas
que se aproximaram, a menina que ficou sozinha, mostrou expressão insegura, perdeu a
referência da dupla, como se buscasse sua identificação. Sem a amiga, se mostrou aflita,
olhando para frente à procura da amiga, assim, que a amiga retorna, sua expressão corporal
muda, volta a se movimentar de maneira confiante e mais segura e sua expressão facial volta a
transmitir alegria.
Assim, ao observar essas diferentes pessoas e situações no shopping, é possível
mergulhar em um verdadeiro cenário humano, repleto de expressões, emoções e histórias
individuais.
4
E-girls são mulheres, em grande maioria adolescentes, que possuem uma leve influência do
estilo de vida "emo" e "gótico" e também de personagem de jogos eletrônicos. Elas se destacam
por conta de suas roupas, muitas vezes, pretas e largas combinadas a acessórios pesados, como
correntes e meias arrastão (PEDRO, 2021).
5
Entende-se o estilo streetwear, como um visual jovem, despojado, cheio de autenticidade e
ousadia, em que cada um compõe o seu visual, segundo seus gostos e anseios. É possível
observar que os adeptos desse estilo geralmente são jovens que pertencem a grupos que
possuem atitudes e identidades próprias (BANHETTI, Érica A. D. R.; POZZA, Francielle
V.,2016).
34
mais elegante, os homens optavam por um visual casual, com camisetas, bermudas e chinelos.
Os casais adultos apresentavam uma atitude mais séria e responsável, preocupados com as
demandas da vida cotidiana. Seus semblantes transmitiam tranquilidade e comprometimento,
demonstrando a importância da família e do cuidado com os filhos.
Além dos casais, o shopping era frequentado por grupos de adolescentes e jovens,
formados geralmente por 5 a 6 pessoas, com idades entre 15 e 20 anos. Os grupos de
adolescentes eram caracterizados por um comportamento exagerado, com gestos extravagantes,
risadas altas e conversas animadas. Meninos e meninas se misturavam nesses grupos,
aproveitando a companhia uns dos outros. Já os grupos de jovens eram mais contidos,
dividindo-se em duplas ou trios. Apresentavam expressões mais amenas, porém igualmente
alegres, com muitas risadas e descontração.
Quanto às cores das roupas, predominavam tons mais fechados, como preto, branco e
cores neutras. A maioria das pessoas optava por peças de roupa mais pesadas, como moletons
ou jeans, que variavam entre modelagens largas e coladas ao corpo. Contudo, alguns se
destacavam na multidão com roupas mais chamativas e cores abertas, trazendo um contraste
vibrante ao ambiente.
No geral, o shopping era um local de encontro para diferentes grupos e casais, cada um
com seu estilo e expressão. Desde os casais jovens, cheios de romance e vivacidade, até os
casais adultos, preocupados com as responsabilidades da família. Os grupos de adolescentes e
jovens também traziam animação e diversão ao ambiente, mostrando a diversidade de
personalidades e estilos presentes nesse espaço de convivência. O shopping era um reflexo da
juventude, da moda e das relações interpessoais em um contexto urbano contemporâneo.
100%
90%
Taxa de Comportamento
80%
70%
60%
50%
40%
Passos largos/arrastados
30%
20% Andar firme
10% Andar despreocupado/relaxado
0%
Andar rápido/apressado
Com base nos dados fornecidos, conforme aponta o Gráfico I, foi observado um total
de 10 tipos de vestimentas: Casual/Leve, Casual/Moderno, Esportivas, Social Passeio, Social
Trabalho, Desleixadas Puídas, Simples com chinelo, Uniforme de trabalho, Cosplay e
Streetwear. Essas vestimentas refletiram diferentes formas de caminhar, sendo elas: andar com
passos largos/arrastados, andar com passos firmes, andar despreocupado/relaxado e andar
rápido com passos apressados.
Para o grupo de pessoas que caminhavam com passos largos/arrastados, 100% delas
estavam com roupas desleixadas/puídas. As vestimentas de roupas simples com chinelo
estavam presentes em 42% dos observados, uniforme de trabalho em 15% e casual leve em 3%.
No caso do andar firme, as vestimentas predominantes foram casual leve em 2%, casual
moderno em 20%, esportivas em 50%, social de passeio em 48% e uniforme de trabalho em
25%.
Já para o andar despreocupado/relaxado, 100% das pessoas utilizavam vestimentas de
cosplay e streetwear, enquanto 70% utilizavam roupas casuais/leve, 68% roupas casual
moderno, 12% social passeio, 58% roupas simples com chinelo e 9% uniforme de trabalho.
Por fim, para o andar rápido/apressado, as vestimentas mais comuns foram casual
moderno em 13%, esportivas em 50%, social trabalho em 100% e uniformes de trabalho em
42%.
Esses dados mostram como as diferentes escolhas de vestimenta podem influenciar a
forma de caminhar das pessoas.
36
25.00%
20.00%
5.00%
0.00%
Jovem Adulto Idoso
Com base nos dados fornecidos, conforme aponta o Gráfico 2 foi possível observar a
distribuição do uso de cores nos diferentes grupos etários. O grupo Jovens representou a maioria
dos observados, com 53% do total. Entre eles, o uso de estampas e cores vivas foi de 37%,
enquanto cores escuras corresponderam a 36% e cores claras a 27%.
Já o grupo etário Adulto representou 43% dos observados, com 38% utilizando cores
escuras, 28% cores claras e 34% estampas e cores vivas.
No grupo etário Idoso, o uso de cores claras foi de 40%, cores escuras corresponderam
a 20% e estampas e cores vivas a 40%.
Esses dados indicam que os jovens tendem a utilizar mais estampas e cores vivas em
suas vestimentas, enquanto os adultos têm uma preferência maior por cores escuras. Os idosos,
por sua vez, demonstram uma tendência equilibrada entre cores claras, escuras e estampas/cores
vivas.
É importante ressaltar que esses resultados são baseados na observação do gráfico 2 e
refletem as tendências gerais encontradas nos grupos etários mencionados, ainda, em referência
ao local e data das observações.
100%
90%
80%
70%
60%
50%
40%
30% Estampadas/cores vivas
20%
10% Escuras
0% Claras
Com base nos dados observados, conforme aponta o Gráfico 3, é possível fazer uma
síntese das informações relacionadas aos tipos de roupas, cores e expressões observadas.
Quanto aos tipos de roupas, foi constatado que a maioria das pessoas (34%) estava
vestindo roupas leves, seguido por Cosplay e Streetwear, ambos com 17% de frequência.
Outros estilos, como roupas modernas (11%), Social passeio (7%), simples com chinelo (4%),
uniforme de trabalho (4%) e roupas desleixadas (2%), foram menos comuns.
Em relação às cores e expressões, os resultados mostraram o seguinte:
• Para estampas/cores vivas, foi observado que alegria e divertimento estiveram presentes
em 29% das situações, seguidos por conforto (27%) e tranquilidade (25%). A
preocupação foi observada em apenas 2% das ocasiões, enquanto confiança e
superioridade foram menos evidentes.
• Entre as cores escuras, alegria e divertimento foram registrados em 37% das
observações, acompanhados por preocupação (5%), confiança (11%) e conforto (10%).
A pressa foi notada em 7% das situações, enquanto retração e cansaço tiveram uma
presença mais discreta.
• Já para as cores claras, alegria e divertimento foram observados em 38% dos casos,
seguidos por conforto (23%) e tranquilidade (20%). A preocupação foi relatada em 4%
das vezes, enquanto confiança e superioridade também foram menos frequentes.
Essa síntese reflete a relação entre os diferentes tipos de roupas, cores e expressões
observadas. Os dados mostram que a escolha da vestimenta pode estar relacionada às emoções
e atitudes exibidas pelas pessoas, com estilos específicos correspondendo a diferentes estados
de espírito.
38
100%
90% Tranquilidade/Suavidade
80%
Conforto
70%
60% Confiança
50%
Ereta (elegância)
40%
30% Descontração
20%
Cansaço
10%
0% Superioridade
Vergonha/Constrangimento
Preocupação/Seriedade
Alegria
Após analisar as expressões faciais associadas aos diferentes tipos de roupas, conforme
o Gráfico 4, os resultados revelaram as seguintes observações:
Para o uso de roupas casuais-leves, foi observada uma expressão facial de alegria em
16% dos casos, transmitindo também conforto (28%), descontração (36%), suavidade e
tranquilidade (18%), além de uma pequena porcentagem de preocupação e seriedade (1%).
No caso das roupas casuais-modernas, a expressão facial mais comum foi alegria (19%),
seguida por elegância/ereto (16%), conforto (9%), superioridade (6%), descontração (16%),
confiança (16%) e suavidade e tranquilidade (19%). Não foram registradas expressões de
vergonha/constrangimento ou cansaço.
Para as roupas esportivas, a expressão facial predominante foi de confiança (75%),
acompanhada de suavidade e tranquilidade (25%).
No caso das roupas sociais de passeio, observou-se uma expressão facial relacionada à
elegância/ereto (17%), preocupação/seriedade (33%), superioridade (33%) e confiança (17%).
Não foram registradas expressões de alegria, cansaço, descontração ou suavidade e
tranquilidade.
As roupas desleixadas/puídas transmitiram principalmente a expressão facial de cansaço
(80%) e vergonha/constrangimento (20%), não demonstrando nenhum outro tipo de expressão.
Já as roupas simples com chinelo resultaram em expressões faciais de alegria (17%),
conforto (67%) e descontração (17%), não sendo observadas outras expressões.
39
1%
14%
30%
14%
3%
11%
9%
8%
9%
2%
total. Esse dado pode ser relacionado à realização de um evento no local denominado "Mundo
do Videogame", o que atraiu um público interessado nessa temática.
Outra tendência observada foi o uso de roupas do estilo Streetwear, também com 14%
de representatividade. Esse estilo de vestimenta se destaca por sua influência urbana e moderna.
Os uniformes de trabalho foram utilizados por 11% dos observados, evidenciando a
presença de trabalhadores que estavam exercendo suas atividades no shopping.
A categoria Casual-Moderno foi escolhida por 9% dos participantes, revelando uma
preferência por um estilo mais atualizado e contemporâneo.
O grupo que optou por roupas Social Passeio correspondeu a 9% do total, demonstrando
uma escolha por vestimentas mais elegantes e formais.
Em contrapartida, foi notada uma parcela de 8% das pessoas vestindo roupas simples
acompanhadas de chinelo, indicando um estilo mais informal e descontraído.
As roupas Esportivas representaram 3% do total, provavelmente utilizadas por
indivíduos que estavam praticando atividades físicas ou buscando conforto durante a visita ao
shopping.
Apenas 2% dos observados apresentaram roupas desleixadas e puídas, indicando uma
escolha de vestimenta menos cuidadosa.
Por fim, foi observado que 1% das pessoas optou por trajes adequados para ocasiões
sociais relacionadas a trabalho.
Esses resultados destacaram a diversidade de estilos e preferências de vestimenta entre
os frequentadores do Shopping Center Taubaté, no período das observações, refletindo as
diferentes características e propósitos de cada indivíduo ao visitar o local.
2%
1%
14% 37%
11%
10%
7% 5%
5% 10%
0%
largado e cansaço por parte dos observados, resultaram igualmente em 10%, enquanto a
expressão de pressa e superioridade se mostraram menos comum nesse contexto.
Ainda, em correlação ao Gráfico 2 e Gráfico 3, o grupo Jovens representou 53% dos
observados, o que podemos concluir que através do uso de cores escuras 36% deste grupo,
apresentou expressões facias de alegria e satisfação, enquanto no gupo Adulto representado por
43% dos observados, a cores escuras representaram 38% e, quanto ao grupo Idoso
representados por 4% dos observados, o uso das cores escuras ficou em 20%.
3% 0% 0%
0%
9% 37%
20%
23%
4%
4%
quanto ao grupo Idoso representados por 4% dos observados a cores claras representaram 28%
e o uso das cores claras foi de 40%.
8 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Os objetivos do Estágio foram atendidos, uma vez que foi possível, por meio das
observações realizadas com base nas teorias investigadas, relacionar alguma das expressões
faciais observáveis com o tipo de vestimenta e cores utilizadas pelos observados, sendo tal
estudo de grande relevância para a formação, apesar de ainda haver pouco material na área da
Psicologia tratando do assunto. Foi possível buscar na psicologia social, estudos sobre
Comportamento e Moda, artigos de Psicanálise, em artigos sobre moda e na área das Ciências
da Comunicação, onde se buscou informações e estudos sobre a influência da vestimenta nos
grupos e indivíduos, considerando que a pesquisa se ateve, especificamente a um espaço de
lazer, Shopping Center da cidade de Taubaté.
Considerando que o trabalho se deu apenas mediante as observações sem contato ou
escuta com os observados, assim, para uma melhor demonstração e comprovação dos
fenômenos observados, será necessário estender as pesquisas diante de entrevistas e testes de
personalidade, o que poderia contribuir para a atuação do psicólogo como meio de identificar a
comunicação não verbal através das vestimentas e expressões, assim, tendo acesso os eventos
internos dos indivíduos, pois a roupa e a moda comunicam, por tal razão que o mundo da moda
movimenta milhões e existam tantas marcas e tantos Shopping Centers com muitas lojas
46
direcionadas para a moda, um vez que há mercado para essa busca incessante pela moda e
vestimentas, são formas, mesmo que inconscientes, de se expressar e comunicar o meio social
e identidade do sujeito.
A moda é criada a cada estação se pautando nas estações, ditando as regras de vestimenta
e demostrando os grupos que os indivíduos pertencem, inclusive ao ostentar suas logomarcas,
bem como seus uniformes, acabam comunicando dizendo sobre o indivíduo e a empresa. A
indumentária e as suas cores se mostram mais uma ferramenta, o que se se demonstrada através
de comprovação científica, que comunicam a personalidade, o estado de humor e, inclusive as
intenções do indivíduo quanto as suas escolhas ao se vestir, mesmo que de forma inconsciente,
expressam interesses, emoções e intuitos, sendo mais um meio de poder avaliar a comunicação
não verbal dos sujeitos observados.
Se ainda, determinadas vestimentas, teriam o poder de alterar o comportamento das
pessoas, como alterando as expressões de tranquilidade/conforto, segurança/elegância,
descontração, cansaço, superioridade/arrogância, vergonha/constrangimento,
preocupação/seriedade, alegria/felicidade, extroversão ou introversão. Com tais experimentos,
poder avaliar se alterariam o comportamento nas vendas entre negociador e comprador, e nas
áreas da justiça e medicina, por exemplo, trazendo segurança pra quem veste e confiabilidade
a quem recebe a mensagem visual.
Desta forma, se consideraria a importância de mais estudos sobre a comunicação não-
verbal emitida através de determinados tipos de vestimenta sobre os efeitos da percepção, os
quais causariam diferentes reações no mesmo indivíduo, e em contrapartida a compreensão
dessas mensagens emitidas. Onde se crê na possibilidade de contribuições sobre os efeitos da
percepção nas diversas áreas. Assim, ao examinarmos a vida cotidiana e a mídia de forma
abrangente, percebemos que as pessoas frequentemente expressam suas opiniões através de
suas vestimentas, enquanto a moda é influenciada pelo comportamento daqueles que a definem.
Com base nessa visão, chegamos à conclusão de que a moda é um fenômeno que merece maior
consideração e questionamento, pois ela pode nos ajudar a compreender essa forma adicional
de expressão e comunicação humana de maneira mais profunda.
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Taubaté, 12/06/2023
_________________________________ ____________________________________
Quézia Machado Pinto Sandra Querido Gonçalves Pereira Machado
(estagiário) (estagiário)
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Danielle Pereira Lovatto
(professor-supervisor)