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Quaresma - Educando para o Céu
Quaresma - Educando para o Céu
Sumário
Ciclo da Páscoa: Mistério da Redenção.............................................................................................3
TEMPO DA QUARESMA ..................................................................................................................3
Expiação do pecado por parte do homem .................................................................................3
Comentário dogmático ..............................................................................................................4
Ensinamento ascético ................................................................................................................5
Caráter litúrgico .........................................................................................................................6
TEMPO DA PAIXÃO.........................................................................................................................7
Expiação do pecado por parte de Jesus .....................................................................................7
Comentário Dogmático ..............................................................................................................8
Ensinamento Ascético ................................................................................................................8
Caráter Litúrgico .........................................................................................................................9
A Semana Santa ...................................................................................................................... 10
Nota:
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2022
2 Tempo da Quaresma
Ciclo da Páscoa: Mistério da Redenção
TEMPO DA QUARESMA
Expiação do pecado por parte do homem
Tempo da Quaresma 3
Data dos tempos Apostólicos – Nos primeiros tempos do Cristianismo esta ideia
fundamental achava sua aplicação no Batismo dos catecúmenos e na reconciliação dos
penitentes. Por toda a liturgia da Quaresma, a Igreja, instruía os pagãos que se preparavam para
o Batismo. No Sábado Santo mergulhava-os nas fontes batismais, de onde saíam para uma vida
nova, como Cristo do túmulo. Por sua vez, os fiéis, gravemente culpados, deviam fazer penitência
pública e cobrir-se de cinzas (Quarta-feira de cinzas), para acharem uma vida nova em Jesus
Cristo. Convém repara nestes dois elementos, para compreender a liturgia da Quaresma e a
escolha de muitos textos sagrados.
A Quaresma como sinônimo de jejum observado por devoção individual na Sexta-feira e
Sábado Santos, e logo estendido a toda a Semana Santa. Na segunda metade do século II, a
exemplo de outras igrejas, Roma introduziu a observância quaresmal em preparação para a
Páscoa, limitando, porém, o jejum a três semanas somente: a primeira e quarta da atual
Quaresma e Semana Santa. A verdadeira Quaresma com os quarenta dias de jejum e abstinência
de carne, data do século IV.
O jejum consistia originalmente numa única refeição tomada à tardinha; por volta do ano
1000 antecipou-se para as três horas da tarde e no século XV tornou-se uso comum o almoço ao
meio-dia. Com o correr dos tempos, verificou-se que era demasiado penosa a espera de vinte e
quatro horas; foi-se, por isso, introduzindo o uso de tomar alguma coisa à tarde, e logo mais
também pela manhã, costume que vigora ainda hoje. O jejum atual, portanto, consiste em tomar
uma só refeição diária completa, na hora de costume: pela manhã, ao meio-dia ou à tarde, com
duas refeições leves no restante do dia.
Comentário dogmático
“Todos pecamos, e todos precisamos fazer penitência”, afirma São Paulo. A penitência é
uma virtude sobrenatural (intimamente ligada à virtude da justiça), que inclina o pecador a
detestar o pecado, a repará-lo dignamente e a evita-lo no futuro.
Os motivos principais que nos obrigam à penitência são:
a) O dever de justiça para com Deus, a quem devemos honra e glória, o que lhe
negamos com nosso pecado;
b) A nossa incorporação com Cristo, o qual inocente, expiou os nossos pecados; nós,
culpados, devemos associar-nos a Ele, no Sacrifício da Cruz, com generosidade e
verdadeiro espírito de reparação;
c) O dever de caridade para com nós mesmos que precisamos descontar as penas
merecidas com os nossos pecados e reprimir nossas paixões;
d) O dever da caridade para com o nosso próximo, que afastamos de Deus com os maus
exemplos.
Vê-se daí quão útil para o pecador aproveitar o tempo da Quaresma para multiplicar
as boas obras, e assim dispor-se para a conversão.
4 Tempo da Quaresma
Ensinamento ascético
Tempo da Quaresma 5
Caráter litúrgico
6 Tempo da Quaresma
TEMPO DA PAIXÃO
Expiação do pecado por parte de Jesus
Tempo da Quaresma 7
Constituído de dois domingos que antecedem imediatamente a Páscoa, o Tempo da
Paixão, delineou-se no século VII, quando se começou a dar maior relevância ao Mistério da
Cruz. O Segundo Domingo da Paixão, ou Domingo de Ramos, primeiro dia da Semana Santa,
revela o caráter quaresmal nas orações e leituras.
Comentário Dogmático
Ensinamento Ascético
8 Tempo da Quaresma
Caráter Litúrgico
2ª) A supressão do Salmo Júdica me, no princípio da Missa, do Glória Patri no fim do
lavabo e nos Responsórios do Ofício e, durante o Tríduo Sagrado, também no final dos Salmos.
Tempo da Quaresma 9
A Semana Santa
A origem da Semana Santa remonta aos primórdios do Cristianismo. No tempo dos
Apóstolos celebravam-se unicamente a Sexta-feira e o Sábado, os dois dias “em que o Esposo
fora tirado”, na expressão do Batista, aplicada por Tertuliano; mais tarde acrescentou-se a
Quarta-feira, “em que os judeus deram início aos perversos desígnios de traírem o Senhor”, no
dizer de São Pedro Alexandrino. Pelo ano de 247 todos os dias da Semana Santa eram
consagrados à preparação da Páscoa.
Nessa Semana observava-se rigoroso jejum com longas vigílias noturnas, que
compreendiam leituras, cantos, homilias e orações. Nos tempos de Leão I (440-461), eram dias
litúrgicos a Quarta e a Quinta-feira. Com o Papa Hilário, falecido no ano de 468, foi que se
admitiu o Santo Sacrifício na Sexta-feira e no Sábado.
Estamos no tempo da Paixão. A semana que passou ajudou-nos a compreender um
aspecto íntimo do drama mediante o qual fomos resgatados: Jesus rejeitado por seu povo e por
nós. A Semana Santa porá ainda mais em evidência o drama cruento da Cruz. A Missa de hoje,
com seus cantos, manifestação patética do sofrimento de Cristo e com suas leituras, é uma
exaltação da Paixão e da Cruz.
Abstenhamo-nos, todavia, de fingir uma comoção inquieta. Comemoramos um mistério
inseparável da Ressurreição e da Ascenção. “Era necessário que Cristo sofresse”; mas, nós o
sabemos era o caminho pelo qual devia passar para “entrar na sua glória” e abrir-nos as suas
portas.
Por esta razão, a Igreja, no decreto de reforma da Semana Santa, exorta-nos vivamente a
participar das sagradas funções a fim de tributar nosso testemunho público de amor e gratidão a
Cristo Rei.
10 Tempo da Quaresma
Que possamos bem viver este tempo riquíssimo da Quaresma, para que, com a Santa
Igreja, relembrando a morte e sepultura de Nosso Senhor Jesus Cristo, com renovado amor
por Ele, na noite sacratíssima do Sábado Santo, possamos, em vigília exultar de alegria
celebrando a sua gloriosa Ressurreição. Ora, como ensina o Apóstolo, já que pelo batismo
fomos sepultados com Cristo na Morte, e como Cristo ressuscitou dentre os mortos, assim
também nós devemos viver vida nova, cientes de que o nosso homem velho foi crucificado
com Cristo, para não sermos mais escravos do pecado. Consideremo-nos, portanto,
verdadeiramente mortos para o pecado, e vivos para Deus em Nosso Senhor Jesus Cristo.
Tempo da Quaresma 11