Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Ciencias Vida e Universo 09 Ano R
Ciencias Vida e Universo 09 Ano R
Ciências
9
MANUAL DO PROFESSOR
1a edição
São Paulo ∙ 2022
Os autores
ORIENTAÇÕES GERAIS
A Base Nacional Comum Curricular e as Ciências da Natureza.. ............................ XIII
As competências gerais e as competências específicas das Ciências da Natureza. . .. XV
As habilidades de Ciências da Natureza na BNCC.. ....................................... XVII
Conteúdos da coleção............................................................................ XXI
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
O ensino das Ciências da Natureza no século XXI........................................... XXIV
Letramento científico. . ...................................................................... XXIV
Desafios do ensino e o professor de Ciências do século XXI............................... XXVI
Cultura juvenil, projeto de vida e saúde mental.......................................... XXVII
Fake news...................................................................................... XXIX
O trabalho com pseudociências e etnociências na educação científica............... XXX
Processo e progressão da aprendizagem de Ciências. . ..................................... XXXI
Educação para a cidadania: ensino de valores............................................. XXXIII
Temas contemporâneos transversais (TCTs) e o ensino de Ciências.................... XXXIV
Produção de análises críticas................................................................. XXXV
Capacidade argumentativa (oral e escrita). . ................................................ XXXV
Inferência na leitura........................................................................... XXXVI
Pensamento computacional. . ............................................................... XXXVII
Estudos Sociais da Ciência e da Tecnologia............................................... XXXVIII
ORIENTAÇÕES METODOLÓGICAS
Estratégias de ensino.. ............................................................................ XL
Levantamento de conhecimento prévio:
mapear conhecimentos, habilidades, atitudes e valores.................................. XL
Contextualização.. ............................................................................. XLI
Problematização.............................................................................. XLII
Atividades práticas........................................................................... XLIII
Uso de imagens no ensino de Ciências..................................................... XLIV
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS................................................................. LI
ORIENTAÇÕES ESPECÍFICAS
PARA O VOLUME
Apresentação dos conteúdos do 9o ano........................................................ LVI
Cronograma.. ..................................................................................... LVIII
BNCC na prática.................................................................................... LX
Abertura de Unidade
A fotografia e o breve texto, em página dupla, contextualizam os principais
assuntos a serem trabalhados na Unidade, além de despertarem a curiosi-
dade do estudante.
Há perguntas a serem respondidas oralmente, que têm o objetivo de motivar
os estudantes e levantar conhecimentos prévios, além de conectar o conte-
údo que será trabalhado nas aulas com o cotidiano deles.
4
UNIDADE
GENÉTICA
BIRKIR ASGEIRSSON/SHUTTERSTOCK.COM
1. No material genético,
que é transmitido dos pais para
os filhos por meio dos gametas.
1 Onde está a informação das carac-
terísticas hereditárias de cada ser
vivo? Como elas são herdadas?
nhecimentos científicos em áreas de interesse tões como a origem da vida, seu futuro e se ela existe em outros locais no Universo, além da Terra.
2. a) Não, pois Marte não se localiza em uma zona habitável e, portanto,
até agora, tudo indica que é um planeta sem água no estado líquido.
superior do corpo; problemas de visão; mudanças na pressão sanguínea; alterações na coordenação motora, no
equilíbrio e na locomoção; perda de massa e força dos músculos esqueléticos; perda da densidade dos ossos;
maior risco de desenvolvimento de cálculos renais; maior suscetibilidade a alergias.
• ATIVIDADES 5. NÃO ESCREVA
4. a) O investimento em pesquisas e explorações espaciais que Leia um trecho da reportagem a seguir e responda às questões.
ADÃO
argumentos seriam a em: https://www.diariodasaude.com.br/news.php?article=missoes-longo-prazo-espaco-afetam-cerebro-
propagação da vida pelo astronautas&id=14978. Acesso em: 18 maio 2022.
Gliese 581 é uma estrela que está a 20 anos-luz da Terra. O sistema planetário dessa estrela é
ADÃO. [Acabo de
conteúdos e conceitos mais significativos. encontrar vida em constituído de seis planetas: Gliese 581 e, Gliese 581 b, Gliese 581 c, Gliese 581 g, Gliese 581 d
Marte!!!]. O Mundo
Maravilhoso de Adão
e Gliese 581 f, sendo alguns considerados habitáveis. A seguir, há um esquema da zona
Iturrusgarai. [S. l.], 2003. habitável no sistema planetário de Gliese 581, em comparação com o nosso Sistema Solar.
Questões presentes nas aberturas das Unidades a) O contexto da tirinha refere-se à descoberta de vida no planeta Marte. Considerando o que
SELMA CAPARROZ
você estudou, isso seria possível?
b) Considerando as características da vida na Terra, cite alguns fatores que os cientistas procu- 1
ram em outros planetas para classificá-los como com potencial para abrigar vida.
e durante o desenvolvimento dos Temas auxiliam 3. Ao estudar a zona habitável na galáxia, um estudante fez a seguinte afirmação: “A Terra
Sol
JEAN GALVÃO/FOLHAPRESS
b) Essa charge pode ser interpretada como Gliese 581
uma crítica à exploração espacial que
busca condições favoráveis à vida, con-
diagnóstico dos conhecimentos prévios e/ou uma siderando que não exploramos o nosso AS CORES NÃO
SÃO REAIS.
Possível extensão da zona habitável
planeta de forma a valorizar e a preser- relacionada a diversas variáveis
var a vida aqui existente. Você concorda IMAGENS FORA
DE PROPORÇÃO.
com essa crítica? Por quê?
estudantes que permitam melhor contextualiza- 260 sua superfície; ter uma atmosfera semelhante à da Terra.
5. a) Professor, espera-se que os estudantes citem a ausência de gravidade no espaço. Considerar correto se
eles citarem a radiação e o fato de os astronautas ficarem na mesma posição na nave por muito tempo. 261
Integrando com...
geralmente mais grave do que o das mulheres.
com
ARTE
voz é um instrumento de trabalho. Radialistas, locutores e cantores são exemplos de profissionais
3. Evitar tossir ou produzir ruídos com a garganta na tentativa de
eliminar secreções, para não irritar as pregas vocais. Em vez disso, o que dependem da voz para trabalhar. Para esses profissionais, o cuidado com a voz é essencial,
ideal é tomar água e engolir saliva para retirar secreções. além do aperfeiçoamento dela em aulas regulares de canto ou cursos de locução.
Evitar gritar ou falar alto e evitar competição sonora – abaixar o Para evitar problemas com a voz, alguns cuidados são necessários.
volume da TV, do rádio etc.
Que cuidados podem ser adotados para evitar problemas com a voz? Converse com os colegas
compreensão abrangente da realidade, além
de desenvolver competências importantes
Língua
sobre os cuidados que vocês tomam.
Som 4 Assim como os radialistas, locutores e cantores, os professores são profissionais que utilizam a
voz como instrumento de trabalho. Converse com o professor sobre os cuidados que ele tem com
5 Nos últimos anos, diversas bandas musicais se popularizaram pela recriação de sucessos sem instru-
Nos homens, em média, as pregas vocais são mais grossas mentos musicais, usando apenas vozes. Esse estilo musical, conhecido popularmente como “à capela”,
e mais longas do que nas mulheres. Essas características
fazem as pregas vocais masculinas vibrarem menos, inspirou a criação de jingles, isto é, músicas que promovem uma marca ou um produto em campanhas
resultando em um tom de voz geralmente mais grave. publicitárias. Forme um grupo com os colegas e produzam um jingle utilizando as próprias vozes.
Laringe Resposta pessoal.
Fluxo de ar
76 77
VII
Compondo cores
sobreposição das cores e o encéfalo interpreta essa combinação como amarelo, magenta ou ciano.
3. Observou-se a cor branca, porque a parede pintada dessa cor reflete todas as
cores. Quando nossos olhos recebem a informação da sobreposição do vermelho,
do verde e do azul, o encéfalo interpreta essa combinação como cor branca.
experimentais com o objetivo de desenvolver
Primeiras ideias
Como é possível verificar e evidenciar que todas as cores de luz podem ser formadas pela
composição das três cores primárias da luz que podem ser captadas pela visão do ser humano?
o pensamento científico. Ela se inicia com o
• Preciso de...
• 3 lanternas; • fita adesiva;
tópico “Primeiras ideias”, que contextualiza e
• papel celofane de cores vermelha, azul e verde; • tesoura com pontas arredondadas.
direciona a prática, além de, eventualmente,
• Mãos à obra
A. Recorte um pedaço de papel celofane de cada cor e cubra a saída da luz
de cada lanterna com uma cor diferente. Fixe o papel com a fita adesiva,
sugerir o levantamento de hipóteses com base
evitando rugosidades.
B. Em um ambiente fechado, com paredes de cor branca, apague a luz e acen-
da a lanterna recoberta com celofane vermelho, direcionando-a para uma em observações ou ideias. Na sequência, há a
ILUSTRAÇÕES: BENTINHO
parede. Observe a cor projetada na parede. Depois, apague essa lanterna e
repita o procedimento com as outras duas lanternas, uma de cada vez.
C. Utilizando as lanternas que você recobriu com papel celofane, planeje
um procedimento para identificar a cor que resulta da junção de duas
cores. Sugestão: utilize a parede branca como tela de projeção. Descreva
lista de materiais necessários, o “Preciso de...”,
e dos procedimentos, o “Mãos à obra”. Ao final
o procedimento que planejou e as cores obtidas nas projeções.
D. De forma semelhante, planeje outro procedimento que permita identificar,
agora, a cor que resulta da junção das três cores (vermelha, azul e verde).
Descreva o procedimento elaborado e as observações realizadas com a
projeção feita na parede. AS CORES NÃO
SÃO REAIS.
IMAGENS FORA
Representação de etapas
da atividade.
da seção, o tópico “E aí?” traz questionamen-
DE PROPORÇÃO.
• E aí? NÃO ESCREVA
2
as hipóteses, as quais podem ter sido confir-
O que foi observado na realização do procedimento C? Organize, em um quadro no caderno, os resultados
observados. Em seguida, proponha uma explicação para o que observou.
4 O que se pode dizer sobre a cor que observamos em um objeto? Resposta nas Orientações para o professor.
madas ou refutadas pelos resultados obtidos.
99
Entre contextos
espécies se comuniquem, se reproduzam, encontrem
alimentos e fujam de predadores, o que prejudica a
sobrevivência e pode provocar a redução das populações.
Poluição sonora
A poluição sonora é um problema ambiental característico de grandes centros urbanos. A
Essa seção apresenta textos diversos exposição excessiva a níveis sonoros inadequados pode causar vários problemas tanto para os
seres humanos como para outros seres vivos.
textos de fontes variadas auxiliam no DOMÊNICO, Cláudio. O que a poluição sonora tem a ver com a sua saúde. Veja Saúde, São Paulo, 24 jun. 2021.
Disponível em: https://saude.abril.com.br/coluna/com-a-palavra/o-que-a-poluicao-sonora-tem-a-ver-com-a-sua-saude/.
Acesso em: 28 abr. 2022.
significado contextu-
aprimoramento da competência leitora e, O tempo de exposição tolerável a um som também varia Limites de exposição a ruídos
de acordo com a intensidade dele. Observe na tabela o limite
indicado para alguns níveis de ruído. Observe também a seguir Nível de Máxima exposição
alizado das palavras
com as atividades propostas, contribuem
ruído, em dB diária permissível
alguns exemplos de sons e seu nível sonoro em escala.
85 8 horas
Som de
relógio Conversas
Aspirador
de Pó
Secador Grito próximo
de cabelo à orelha Avião
Fogos
de artifício
tes. Sua ocorrência no
temente sua realidade e se comprometer 20 25 30 35 40 45 50 55 60 65 70 75 80 85 90 95 100 105 110 115 120 125 130 135 140 145 150 155
Elaborado com base em: WESTIN, Ricardo. Poluição sonora prejudica a saúde e preocupa especialistas. Senado Notícias, Brasília, DF,
Volume é variável.
29 maio 2018. Disponível em: https://www12.senado.leg.br/noticias/especiais/especial-cidadania/poluicao-sonora-prejudica-a-saude-e-
preocupa-especialistas/poluicao-sonora-prejudica-a-saude-e-preocupa-especialistas. Acesso em: 28 abr. 2022.
78
vida, de forma pessoal e coletiva.
D3-CIE-F2-2104-V9-U2-LA-G24.indd 78 20/08/22 16:10
Pense bem
PENSE BEM Resíduos
Os resíduos que produzimos em AS CORES NÃO
Essa seção aborda assuntos relacionados à
ética e à cidadania a partir de contextos cien-
SÃO REAIS.
nossas residências também
devem receber nossa atenção, IMAGENS FORA
para que não se acumulem no DE PROPORÇÃO.
Água
reutilizáveis. adequada.
valores, convivência democrática e inclusão
Diversas atitudes contribuem com a redução do desperdício de
água, proporcionando economia de seu consumo. Outras evitam sua
contaminação, favorecendo a manutenção de sua qualidade. A seguir estão
Alimentos
social colabora com a formação humana in-
tegral dos estudantes e ajuda na formação do
algumas atitudes voltadas para o cuidado com a água. Também podemos agir de
forma sustentável com
Fechar Tomar Lavar Não descartar relação ao consumo de
a torneira ao banhos de calçadas, resíduos na Não
alimentos, pensando em
escovar os curto período carros e regar rua nem em despejar
agrotóxicos e
fertilizantes.
Ar
O cuidado com a qualidade do ar pode 1. Resposta pessoal. Professor, o objetivo da atividade é fazer os estudantes refletirem sobre a importância das
Dar preferência Utilizar Fornecer ou Preferir Não realizar Plantar árvores em 2 Escolha um grupo de pessoas, como os colegas de sala, a comunidade escolar, as pessoas com
para o uso de bicicletas pegar carona biocombustíveis, queimadas e sua residência ou no quem você mora, ou de outro grupo que considerar adequado e, com base na lista de ações
transporte ou optar por com pessoas como o etanol, não destruir bairro onde reside, anteriores, proponha colocar em prática uma ou mais delas. Resposta pessoal.
coletivo no lugar
de automóveis.
caminhadas
para se deslocar
a curtas
distâncias.
conhecidas e
de confiança
sempre que
possível.
a derivados de
petróleo, como a
gasolina.
a vegetação
nativa.
com autorização
legal. 3 Com base nas ações relacionadas, faça uma autoanálise e crie um quadro com duas colunas
para registrar as ações que você pratica e as que não pratica. Em seguida, elabore estratégias
ção de cidadãos autônomos e críticos, aptos a
para incluir em seu cotidiano as que ainda não pratica.
202
Resposta pessoal. Professor, auxiliar os estudantes na autoanálise e na elaboração das estratégias.
203
enfrentar situações de exclusão, preconceito e
D3-CIE-F2-2104-V9-U6-LA-G24.indd 202-203 20/08/22 16:12
discriminação das mais variadas formas.
VIII
CRIS ALENCAR
A espuma viscoelástica astronautas.
atualmente utilizada em
Diversas tecnologias foram criadas com o objetivo de garantir o
diversos temas de seu cotidiano, mediante a apresentam baixíssimo teor de um sistema criado para patógenos no ambiente derivou
PURIFICADOR DE ÁGUA água e devem ser hidratados monitorar os batimentos de depuradores de ar criados
O purificador de água utilizado no momento do consumo. Esse cardíacos dos astronautas ÓCULOS DE SOL para eliminar a presença de gás
em residências derivou de um tratamento é interessante para em viagens espaciais. A tecnologia capaz etileno, responsável por acelerar
de filtrar a radiação o amadurecimento de frutos. A
A partir dos exemplos citados, é possível dizer que a Astronomia influencia o cotidiano da so-
Outras maneiras
A seguir, há sugestões de locais de visita, filmes e livros com conteúdos que Passado de mão em mão, o elemento químico, que brilhava no escuro, contaminou
centenas de moradores.
contemplam o que você estudou neste livro.
• Uma dobra no tempo, de Ava DuVernay. Estados Unidos: Whitaker Entertainment
Pictures, 2018. (109 min).
Visitar
• Centro de Ciências da
Universidade Federal de Juiz Fora
Rua José Lourenço Kelmer, s/n, Praça
• Monumento Natural Estadual das
Árvores Fossilizadas
Bielândia, a 50 km de Filadélfia (TO).
Dr. Murry, com seu incrível conhecimento de física, consegue desenvolver um dispositivo
que transforma ondas sonoras em ondas e luz; essa invenção cria uma instabilidade
temporal que gera uma dobra no espaço, ocasionando a abertura de um portal para
outros planetas.
de aprender
Cívica do campus da Universidade Disponível em: https://pit.turismo. • Extraordinário, de Stephen Chbosky. Estados Unidos: Paris filmes, 2017. (113 min).
Federal de Juiz de Fora, Juiz de Fora
(MG). Disponível em: https://www2.ufjf.
br/centrodeciencias/.
to.gov.br/pt/atracoes/filadelfia/natureza/
monaf-monumento-natural-das-arvores-
fossilizadas-do-tocantins.
Auggie Pullman apresenta alterações no formato de seu rosto por causa de uma síndrome
genética que afeta o desenvolvimento dos ossos. Por alguns anos de sua vida, ele foi
educado em casa, por seus pais. Aos 10 anos de idade, ele começa a frequentar uma
Seção localizada no final do Volume
que apresenta sugestões de locais
• Museu Interativo da Física – • Observatório Astronômico – UESC escola regular, onde terá novas experiências. O filme destaca questões relacionadas à
UFPA Rodovia Jorge Amado, km 16, bairro discriminação, ao preconceito e à inclusão social, sobretudo escolar.
Av. Augusto Correa, 1, Campus Básico Salobrinho, Ilhéus (BA) Disponível em:
• Criação, de Jon Amiel. Inglaterra: Recorded Picture Company (RPC), 2009. (108 min).
do Guamá, Belém (PA). Disponível em: https://www.oauesc.org/.
Uma forte tempestade atinge Marte durante uma exploração por um grupo de astronau-
tas, o que obriga o cancelamento da missão. O grupo é forçado a retornar à Terra sem
um de seus membros, Mark Watney, que foi dado como morto. Watney, no entanto, está
vivo. Sozinho e com poucos recursos, ele precisa lutar por sua sobrevivência no planeta
marciano, utilizando seus conhecimentos para produzir alimentos, água e gás oxigênio, e
tentar se comunicar com a Terra para um possível resgate.
268 269
Nhamandu, ou Nhanderuvuçu, existia antes do início de tudo. Ele criou, Acesse o link a seguir e
aprenda mais sobre os
apenas com um sopro, Kuaray. Kuaray fez surgir Tupã de seu coração. Tupã,
mitos. Disponível em:
ao dançar e cantar, criou o Sol, as estrelas e a Terra. https://mirim.org/pt-br/
Na Terra, Tupã criou os mares, as montanhas e o primeiro humano, como-vivem/mitos.
Tupã-Mirim. Este, por sua vez, criou os animais, as plantas e a primeira Acesso em: 18 maio
2022.
mulher, Mavutzinim, que se tornou sua esposa. Juntos, deram origem
a diversos povos que hoje existem. Cansado de andar pela Terra, Tupã-
-Mirim decidiu partir e seu espírito voltou para o Sol; sua esposa, então,
decidiu fazer o mesmo, transformando-se na Lua. Desde esse momento,
#FICA A DICA
eles ficaram no céu, olhando e cuidando dos povos tupi-guarani: Tupã-
-Mirim, de dia, e Mavutzinim, à noite.
Representação
artística da lenda
tupi-guarani da
245
IX
que não têm resposta única ou óbvia. Para registrado. último, sobre os da Unidade 3. Assim, os assuntos centrais serão: 2020. Disponível em: https://
ATENÇÃO: a cada atividade, o líder deve ser benignonovonovo.jusbrasil.com.
trocado. matéria, ondas sonoras e ondas eletromagnéticas.
6 Com a ajuda do professor, elaborem um cro- O manual digital deve ser um documento que possa ser
br/artigos/916473889/o-que-
e-um-mapa-mental-para-que-
2 Criem um nome e um logotipo para o grupo. nograma para a execução das tarefas e para a publicado na internet e que tenha, ao menos, um link para um
BENTINHO
Comer e
para cada atividade. LEMBREM-SE: existem diversas maneiras de se construir um
hidratar-se
mapa mental. Escolham a maneira que mais agrade ao grupo.
SPEEDKINGZ/SHUTTERSTOCK.COM
Alongar-se Fazer pausas
Corpo Organizado
curtas
Tomar sol
Organizar a
Priorizar o
MANUAL DO PROFESSOR
O Manual do professor está organizado da maneira descrita a seguir.
METODOLÓGICAS
Brasília, DF: MEC, 2018. p. 10.
Diferentemente do que é dito no senso comum, a análise crítica não se configura como uma busca por
Nesta obra, valores são trabalhados em atividades e em seções, especialmente, na seção Pense bem. defeitos ou aspectos negativos daquilo que é examinado. Pelo contrário, ela envolve interpretações, avaliações,
correlações entre diferentes saberes, reflexões e até o questionamento de valores, ou seja, habilidades de
TEMAS CONTEMPORÂNEOS TRANSVERSAIS (TCTs) ordem cognitiva e socioemocional.
Para produzir análises críticas, é preciso envolver-se intimamente com o material que será analisado. Faz-se
E O ENSINO DE CIÊNCIAS importante compreender os objetivos e as intenções do autor durante o desenvolvimento do material, além
de correlacionar seu conteúdo ao contexto histórico, social, cultural, político e econômico em que foi produzi-
do. Também é preciso entender o papel que esse material assume nas circunstâncias em que é analisado, bem
A primeira parte deste Manual do pro-
Conforme a BNCC, os 15 temas contemporâneos transversais, ou TCTs, estão distribuídos em seis ma-
Trabalho Por isso, é importante que o processo de escolarização também almeje o desenvolvimento e o exercício do
CIÊNCIA E TECNOLOGIA Educação financeira
pensamento crítico, contribuindo para capacitar os estudantes a analisar e atuar sobre a realidade em que
Ciência e Tecnologia Educação fiscal
vivem e, assim, questioná-la e transformá-la de forma significativa.
XXXIV XXXV
PARA O VOLUME
abordagem submicroscópica.
• Comparar a quantidade de reagentes e produtos nas transformações químicas, balanceando a proporção
Habilidades
BNCC
neo transversal, há poucas que Os objetivos desta Unidade foram estipulados para contribuir com o desenvolvimento e a mobilização das
habilidades EF09CI01, EF09CI02 e EF09CI03.
Estados físicos da matéria (visão submicroscópica); EF09CI01 EF09CI03 O primeiro assunto trabalhado é a matéria e suas transformações físicas, usando a água como modelo – por
Unidade 1
transformações físicas da matéria; transformações EF09CI02
químicas da matéria; lei da conservação das
massas; lei das proporções constantes; modelos
Competências gerais
1, 2, 4 e 5
não abordam diretamente uma ser uma substância que os estudantes conhecem e com a qual têm familiaridade –, e os três estados físicos
da matéria: sólido, líquido e gasoso.
Em seguida, as transformações químicas são trabalhadas de maneira contextualizada, iniciando-se com
atômicos; tabela periódica; reações químicas; Competências específicas
habilidade.
Saúde
Nesta Unidade são abordados objetos de conhecimento da unidade temática Matéria e energia do
Habilidades 9o ano da BNCC. A Unidade dedica-se ao estudo da matéria. Nela, retomaremos o estudo das transforma-
EF09CI04 EF09CI06
Espectro eletromagnético; ondas de rádio; EF09CI05 EF09CI07 ções da matéria por meio da mudança dos estados físicos, já abordado em anos anteriores, mas, agora,
há orientações específicas no
aplicações do laser na saúde; investigação sobre LX
composição das cores; radioatividade; câncer, transversais
diagnóstico e tratamento; tecnologia 5G. Ciência e Tecnologia
Educação em direitos humanos
Vida familiar e social
Menor pressão
água, podem se transformar di- 1 3. o gráfico chuva. O objetivo deste item é
BENTINHO
10
Em seguida, 4. Verificar se o estudante com-
RUBENS GOMES
XI
3
Competências
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
links do #FICA A DICA, Estu-
dante podem ser sugeridos. De formação de opinião baseada
D3-CIE-F2-2104-V9-U3-LA-G24_AV3.indd 82 em fatos reais e seus pensamentos acerca da relevância de uma 21/07/22 23:14 D3-CIE-F2-2104-V9-U3-LA-G24_AV3.indd 83
acordo com a quantidade de o desenvolvimento do respeito aos diferentes missão espacial como essa, o significado dessa
estudantes na turma, pode-se posicionamentos. Na atividade em grupo, cada missão para a Ciência e para a Tecnologia na-
formar grupos de até cinco in- integrante pode ficar encarregado de buscar um cional, os custos de produção e manutenção do
tegrantes, a fim de incentivar o link confiável para obter informações, fazer a lei- equipamento, a importância dos monitoramen-
As orientações didáticas trazem comentários sobre todos os assuntos traba- convívio social e o trabalho em
equipe, o que possibilita a eles
um tempo para pesquisas, estu-
dos e diálogos, desenvolvendo,
tura e apresentar os dados ao restante do grupo.
Na data agendada para o debate, pode-se
dispor os estudantes em círculo para que apre-
sentem as informações obtidas e suas conclu-
tos encarregados ao satélite, a criação de outros
projetos como esse, entre outros tópicos.
Como se trata de um satélite de monitoramen-
to da região amazônica e do desenvolvimento
nas seções. Para facilitar o acesso às informações, os comentários foram or- D2-F2-2104-CIE-V9-U3-MP-082-111-G24_AV2.indd 82 26/08/22 12:29
Fóssil vivo
BLUEHAND/SHUTTERSTOCK.COM
TIC
das na região costeira de ambos Imagine você acreditar que um animal já está extinto e, de repente, ção, é possível organizar uma
os países citados. Essa discussão
extinto, pois, até então, nunca havia sido encon- a apresentação, os estudantes
ólogo sul-africano consultado,
chamado James Leonard Brierley
trado vivo; apenas exemplares fossilizados com 65 2 Os celacantos foram descobertos na região costeira da África do Sul, durante o exercício da poderão desenvolver a compe-
milhões de anos de idade tinham sido descobertos! atividade pesqueira. As regiões costeiras são de grande importância econômica para os países tência geral 3 e a competên-
Smith (1897-1968), conversaram
ro prévio do professor.
A nova espécie de celacanto foi batizada, em que as possuem, pois, além de oportunizarem a pesca, são atrativas ao turismo, permitem
por meio de cartas, cujo registro operações portuárias, entre outras. Forme um grupo com seus colegas e façam uma pesquisa
cia geral 4. Esta atividade pode
homenagem à sua descobridora, como Latimeria
pode ser publicamente acessado. sobre a região costeira do Brasil considerando o roteiro a seguir. Depois, escrevam um texto ser realizada em parceria com o
chalumnae. O fato de o animal habitar grandes
Pelas cartas, é possível identificar resumindo o que pesquisaram. Resposta nas Orientações para o professor. docente de Arte. Para isso, pro-
profundidades, entre 150 e 700 metros, e de
o entusiasmo de Smith, que sus- • Qual é a importância da região costeira para o Brasil? gramá-la antecipadamente.
passar o dia em cavernas, saindo somente à noite
Primeiro espécime de celacanto da espécie • Quais atividades econômicas são desenvolvidas na costa brasileira?
peitava que o exemplar de peixe para caçar e se alimentar, fez que permanecesse
Latimeria chalumnae, que foi capturado em
capturado poderia ser um cela- por muito tempo oculto do ser humano. • Essas atividades econômicas apresentam vantagens e desvantagens. Quais? #FICA A DICA, Estudante
1938 e foi preservado e estudado por Marjorie
canto apenas lendo as descrições Courtenay Latimer. • Que tipos de pesquisas científicas são desenvolvidas atualmente na região costeira do Brasil? Sugerir o acesso aos links a se-
Avaliando
e analisando o desenho ilustra- No texto, escrevam sobre a pesquisa que você e seus colegas acharam mais interessante. guir, que trazem informações so-
do por Marjorie. Quando Smith 3 Os celacantos atuais são diferentes de seus antepassados, estudados por meio de exemplares bre as zonas costeiras do Brasil.
pôde analisar o exemplar coleta- fossilizados. Segundo o texto, qual é a principal diferença entre eles? • INSTITUTO BRASILEIRO DE GEO-
do pessoalmente, confirmou sua 4 GRAFIA E ESTATÍSTICA. Atlas
MAURITIUS IMAGES GMBH/ALAMY/FOTOARENA
Forme um grupo com seus colegas e produzam um pequeno vídeo (curta-metragem) que conte
suspeita inicial. A descoberta do alguma história relacionada ao tema “fósseis”. Prestem atenção às instruções a seguir. geográfico das zonas costeiras
celacanto foi anunciada pelo en- • Elaborar um roteiro para a narrativa a ser contada, que deve envolver algo relacionado a fós- e oceânicas do Brasil. Rio de
vio de uma carta à Nature, uma Janeiro: IBGE, 2011. Disponível
trabalhados.
aumento da poluição de praias e de mares (no Pecuária e Abastecimento. Ativi-
cam ancestral dos vertebrados de quatro patas. Pes- acessem os links presentes no #FICA A DICA,
vos, provavelmente porque esses • TYSON, Perter. Moment of Discovery. Nova. [S. l.], dade pesqueira. Brasília, DF:
quisa Fapesp, São Paulo, 18 abr. 2013. Disponível Estudante. O objetivo desta atividade é que caso do turismo), a redução da quantidade de
peixes vivem em ambientes rela- jan. 2003. Disponível em: https://www.pbs.org/wgbh/
em: https://revistapesquisa.fapesp.br/pesquisadores-
Mapa, [2019?]. Disponível em:
tivamente estáveis. Sobre isso, su- nova/fish/letters.html. Acesso em: 3 ago. 2022. os estudantes conheçam e analisem caracte- peixes por causa da pesca predatória, realizada https://www.gov.br/agricultura/
identificam-ancestral-dos-vertebrados-de-quatro-
gere-se a leitura do texto indicado rísticas da costa brasileira no que se refere, so- por grandes navios pesqueiros (no caso da ativi- pt-br/assuntos/aquicultura-e-
patas/. Acesso em: 22 jun. 2022.
no #FICA A DICA, Professor. bretudo, a aspectos econômicos e científicos. dade pesqueira), e os riscos de acidentes envol- pesca/rede-do-pescado/atividade-
vendo o derramamento de petróleo (no caso da pesqueira. Acesso em: 22 jun.
Com relação às atividades econômicas desen-
2022.
volvidas na costa brasileira, especificamente, extração de petróleo).
170 171 Comentários sobre
a atividade
2. O objetivo desta atividade é
O ASSUNTO É...
D2-F2-2104-CIE-V9-U5-MP-146-181-G24_AV2.indd 170-171 26/08/22 12:29
A telefonia móvel tornou-se
3G 3G que os estudantes conheçam
popular no mundo na década de 1G 1G2G 2G 4G 4G o conceito de “Internet das
1960 e na década de 1990 no Brasil.
coisas” e que a representem
A partir daí, a cobertura e os serviços 5G 5G em um cartaz digital, utilizando
possíveis aumentaram a cada geração.
instantânea. Essa tecnologia contribui para que a sociedade se torne mais conec- EDUCAÇÃO telefonia móvel e estudo e caracterização de um sistema móvel 5G de quinta geração.
Engevista, Rio de Janeiro, v. 21, n. 1, p. 154-175, 22 fev. 2019. Disponível em: https://
como “download”, “realidade
tada, aumentando a eficiência de atividades que já são realizadas. periodicos.uff.br/engevista/article/view/27028. Acesso em: 6 abr. 2022. virtual”, “realidade aumentada”
Tecnologias como realidade
Acompanhe, no infográfico a seguir, algumas possibilidades da tecnologia 5G. aumentada e realidade virtual e comunicação em tempo real.
poderão ser utilizadas como
LAZER
Baixar (fazer download)
vídeos e filmes em alta
qualidade poderá ser
feito em segundos, • Atividades NÃO ESCREVA
NO LIVRO.
economizando tempo dos 1. Nessa faixa de frequência, elas são do tipo micro-ondas.
usuários. 1 O acesso à internet móvel pode operar por meio de ondas eletromagnéticas na faixa de fre-
Elaborado com base em:
quência de 1010 Hz. Qual é, portanto, o tipo de onda eletromagnética utilizada?
GUIMARÃES, Leonardo. Leilão 5G: 2. Resposta pessoal.
2 A tecnologia 5G tem ampliado as possibilidades de conexão entre o mundo físico e o mundo
Para retomar conceitos da Unidade e avaliar 1. Que aparelhos geralmente presentes em uma Essa pergunta leva os estudantes a inferir
e documentários, entre outros materiais, que o professor a compressão dos estudantes sobre o assunto,
comentar com eles que no Sol ocorrem eventos
chamados tempestades solares, que liberam
grande quantidade de energia para o espaço
casa poderiam sofrer a interferência de tempes-
tades solares? Justifique sua resposta.
Resposta: O rádio, a televisão, o computador e
o celular (pois utilizam a internet). Todos esses
que, se as ondas de rádio e as micro-ondas são
afetadas, os aparelhos que funcionam com elas
são afetados.
2. Classifique os tipos de ondas que podem ser
aparelhos funcionam ou utilizam ondas de rá-
XII
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular: educação é a base. Brasília, DF: MEC, 2018. p. 8.
As competências que devem ser aprimoradas pelos estudantes são classificadas pela BNCC como compe-
tências gerais e competências específicas. As competências gerais são aquelas comuns a todas as áreas do
conhecimento e visam à formação humana integral, objetivando a construção de uma sociedade justa. Já as
competências específicas devem estimular o interesse e a curiosidade científica dos estudantes. Visando
contribuir para a formação dos estudantes como cidadãos atuantes na sociedade, ambas devem ser traba-
lhadas de forma integrada e articulada.
Em relação aos conteúdos escolares do Ensino Fundamental, a BNCC os organiza em unidades temá
ticas, as quais contemplam conjuntos de objetos de conhecimento em cada área do conhecimento. Na
área de Ciências da Natureza, existem três unidades temáticas: Matéria e energia; Vida e evolução; e Terra
e Universo.
A unidade temática Matéria e energia envolve o estudo da natureza da matéria e dos diferentes usos
da energia. Assim, nessa unidade temática são contemplados estudos relacionados aos materiais e às suas
transformações, ao uso de recursos naturais e energéticos e à maneira com que foram apropriados pelos se-
res humanos ao longo da história, considerando sua relação com a sociedade e a tecnologia.
A unidade temática Vida e evolução envolve o estudo dos seres vivos (incluindo os seres humanos) e
questões relacionadas a eles. Assim, nessa unidade temática são contemplados estudos referentes às carac-
terísticas dos seres vivos, à sua organização estrutural, às formas com que se relacionam entre si e com o am-
biente, aos processos evolutivos relativos à sua diversidade e à importância da preservação da biodiversidade.
XIII
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular: educação é a base. Brasília, DF: MEC, 2018. p. 345.
Nessa habilidade, o processo cognitivo envolvido é determinado pelo verbo “classificar”, e o objeto de
conhecimento a ele associado refere-se a misturas homogêneas e heterogêneas. Assim, considera-se que os
estudantes tenham desenvolvido essa habilidade quando são capazes de classificar misturas de materiais em
homogênea ou heterogênea. No entanto, para desenvolvê-la, devem ser trabalhados alguns conteúdos re-
lacionados aos materiais, como os conceitos de substâncias puras e misturas, e exemplos cotidianos de cada
um deles, aproximando os estudantes do conteúdo.
Essa e as demais habilidades são identificadas por códigos alfanuméricos, compostos de dois pares de
letras e de dois pares de números. O primeiro par de letras indica a etapa da escolarização; o primeiro par de
números indica o ano ao qual se refere a habilidade; o segundo par de letras indica o componente curricu-
lar; e o segundo par de números indica a posição da habilidade na numeração sequencial do ano. No exem-
plo dado, a habilidade EF06CI01 refere-se: à etapa do Ensino Fundamental (EF); ao 6o ano (06); ao compo-
nente curricular de Ciências (CI); e à habilidade número um desse ano (01).
Cada componente curricular apresenta um objetivo relacionado às habilidades que são trabalhadas. Em
relação ao componente de Ciências, as habilidades:
Dessa forma, tendo um compromisso com o desenvolvimento das habilidades de Ciências, bem como das
competências gerais e específicas estabelecidas pela BNCC, almeja-se que os estudantes compreendam os
fenômenos naturais, sociais e tecnológicos do mundo ao seu redor e até temáticas amplas e globais, a fim
de que, utilizando os conhecimentos científicos que vão construir ao longo de sua escolarização, desenvol-
vam e formem conjuntos de atitudes e de valores orientados por princípios éticos e políticos, visando a uma
sociedade justa, democrática e inclusiva, nos termos da LDB.
Nesta coleção, as habilidades estabelecidas pela BNCC podem ser desenvolvidas a partir do trabalho com os
conteúdos a elas relacionados. Além disso, podem ser mobilizadas pelos estudantes durante a realização de diver-
sas atividades presentes ao final dos Temas e em algumas seções, as quais utilizam diversos recursos, como textos
citados, mapas, tabelas, quadros, tirinhas, charges e outros. O uso de recursos variados também objetiva que
desenvolvam práticas de seleção de informações e dados, argumentos e outras referências em fontes confiáveis.
Para auxiliar o trabalho com as habilidades, há orientações didáticas ao longo das Unidades.
XIV
2. Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das ciências, incluindo a investigação, a reflexão, a análise crítica, a imaginação
e a criatividade, para investigar causas, elaborar e testar hipóteses, formular e resolver problemas e criar soluções (inclusive tecnológicas) com base
nos conhecimentos das diferentes áreas.
3. Valorizar e fruir as diversas manifestações artísticas e culturais, das locais às mundiais, e também participar de práticas diversificadas da produção
artístico-cultural.
4. Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou visual-motora, como Libras, e escrita), corporal, visual, sonora e digital –, bem como conhecimentos
das linguagens artística, matemática e científica, para se expressar e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos em diferentes
contextos e produzir sentidos que levem ao entendimento mútuo.
XV
6. Valorizar a diversidade de saberes e vivências culturais e apropriar-se de conhecimentos e experiências que lhe possibilitem entender as relações
próprias do mundo do trabalho e fazer escolhas alinhadas ao exercício da cidadania e ao seu projeto de vida, com liberdade, autonomia,
consciência crítica e responsabilidade.
7. Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis, para formular, negociar e defender ideias, pontos de vista e decisões comuns
que respeitem e promovam os direitos humanos, a consciência socioambiental e o consumo responsável em âmbito local, regional e global, com
posicionamento ético em relação ao cuidado de si mesmo, dos outros e do planeta.
8. Conhecer-se, apreciar-se e cuidar de sua saúde física e emocional, compreendendo-se na diversidade humana e reconhecendo suas emoções e as
dos outros, com autocrítica e capacidade para lidar com elas.
9. Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação, fazendo-se respeitar e promovendo o respeito ao outro e aos direitos
humanos, com acolhimento e valorização da diversidade de indivíduos e de grupos sociais, seus saberes, identidades, culturas e potencialidades,
sem preconceitos de qualquer natureza.
10. Agir pessoal e coletivamente com autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação, tomando decisões com base em princípios
éticos, democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários.
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular: educação é a base. Brasília, DF: MEC, 2018. p. 9-10.
As competências específicas de Ciências da Natureza da BNCC trabalhadas nos anos finais do Ensino Fundamental
estão listadas a seguir.
O trabalho com as competências específicas é demonstrado a partir de exemplos concretos na seção BNCC na prá
tica das Orientações específicas para o Volume.
2. Compreender conceitos fundamentais e estruturas explicativas das Ciências da Natureza, bem como dominar processos, práticas e procedimentos
da investigação científica, de modo a sentir segurança no debate de questões científicas, tecnológicas, socioambientais e do mundo do trabalho,
continuar aprendendo e colaborar para a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva.
3. Analisar, compreender e explicar características, fenômenos e processos relativos ao mundo natural, social e tecnológico (incluindo o digital), como
também as relações que se estabelecem entre eles, exercitando a curiosidade para fazer perguntas, buscar respostas e criar soluções (inclusive
tecnológicas) com base nos conhecimentos das Ciências da Natureza.
4. Avaliar aplicações e implicações políticas, socioambientais e culturais da ciência e de suas tecnologias para propor alternativas aos desafios do
mundo contemporâneo, incluindo aqueles relativos ao mundo do trabalho.
5. Construir argumentos com base em dados, evidências e informações confiáveis e negociar e defender ideias e pontos de vista que promovam
a consciência socioambiental e o respeito a si próprio e ao outro, acolhendo e valorizando a diversidade de indivíduos e de grupos sociais, sem
preconceitos de qualquer natureza.
6. Utilizar diferentes linguagens e tecnologias digitais de informação e comunicação para se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir
conhecimentos e resolver problemas das Ciências da Natureza de forma crítica, significativa, reflexiva e ética.
7. Conhecer, apreciar e cuidar de si, do seu corpo e bem-estar, compreendendo-se na diversidade humana, fazendo-se respeitar e respeitando o outro,
recorrendo aos conhecimentos das Ciências da Natureza e às suas tecnologias.
8. Agir pessoal e coletivamente com respeito, autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação, recorrendo aos conhecimentos das
Ciências da Natureza para tomar decisões frente a questões científico-tecnológicas e socioambientais e a respeito da saúde individual e coletiva,
com base em princípios éticos, democráticos, sustentáveis e solidários.
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular: educação é a base. Brasília, DF: MEC, 2018. p. 324.
XVI
CIÊNCIAS • 6o ANO
UNIDADES OBJETOS DE
HABILIDADES
TEMÁTICAS CONHECIMENTO
• (EF06CI01) Classificar como homogênea ou heterogênea a mistura de dois ou mais
materiais (água e sal, água e óleo, água e areia etc.).
• Misturas homogêneas • (EF06CI02) Identificar evidências de transformações químicas a partir do resultado de
e heterogêneas misturas de materiais que originam produtos diferentes dos que foram misturados (mistura
• Separação de ingredientes para fazer um bolo, mistura de vinagre com bicarbonato de sódio etc.).
MATÉRIA de materiais
E ENERGIA • (EF06CI03) Selecionar métodos mais adequados para a separação de diferentes sistemas
• Materiais sintéticos heterogêneos a partir da identificação de processos de separação de materiais (como a
• Transformações produção de sal de cozinha, a destilação de petróleo, entre outros).
químicas • (EF06CI04) Associar a produção de medicamentos e outros materiais sintéticos ao
desenvolvimento científico e tecnológico, reconhecendo benefícios e avaliando impactos
socioambientais.
• (EF06CI05) Explicar a organização básica das células e seu papel como unidade estrutural
e funcional dos seres vivos.
• (EF06CI10) Explicar como o funcionamento do sistema nervoso pode ser afetado por
substâncias psicoativas.
• (EF06CI11) Identificar as diferentes camadas que estruturam o planeta Terra (da estrutura
interna à atmosfera) e suas principais características.
• (EF06CI14) Inferir que as mudanças na sombra de uma vara (gnômon) ao longo do dia em
diferentes períodos do ano são uma evidência dos movimentos relativos entre a Terra e o
Sol, que podem ser explicados por meio dos movimentos de rotação e translação da Terra
e da inclinação de seu eixo de rotação em relação ao plano de sua órbita em torno do Sol.
XVII
• Composição do ar • (EF07CI13) Descrever o mecanismo natural do efeito estufa, seu papel fundamental
para o desenvolvimento da vida na Terra, discutir as ações humanas responsáveis pelo
• Efeito estufa seu aumento artificial (queima dos combustíveis fósseis, desmatamento, queimadas etc.)
• Camada de ozônio e selecionar e implementar propostas para a reversão ou controle desse quadro.
TERRA E • Fenômenos naturais • (EF07CI14) Justificar a importância da camada de ozônio para a vida na Terra, identificando
UNIVERSO (vulcões, terremotos os fatores que aumentam ou diminuem sua presença na atmosfera, e discutir propostas
e tsunamis) individuais e coletivas para sua preservação.
• Placas tectônicas • (EF07CI15) Interpretar fenômenos naturais (como vulcões, terremotos e tsunamis) e justificar
e deriva continental a rara ocorrência desses fenômenos no Brasil, com base no modelo das placas tectônicas.
• (EF07CI16) Justificar o formato das costas brasileira e africana com base na teoria da
deriva dos continentes.
XVIII
• Mecanismos • (EF08CI09) Comparar o modo de ação e a eficácia dos diversos métodos contraceptivos
VIDA E reprodutivos e justificar a necessidade de compartilhar a responsabilidade na escolha e na utilização
EVOLUÇÃO do método mais adequado à prevenção da gravidez precoce e indesejada e de Doenças
• Sexualidade Sexualmente Transmissíveis (DST).
XIX
XX
CIÊNCIAS • 6o ANO
UNIDADE TEMÁTICA
UNIDADE TEMAS BNCC
DA BNCC
1. Características gerais dos seres vivos Habilidades
Unidade 1
2. O microscópio e o estudo das células EF06CI05
Organização dos seres vivos
3. A organização do corpo humano EF06CI06
Habilidades
1. Movimentação dos animais
Unidade 2 EF06CI07
VIDA E EVOLUÇÃO 2. A coordenação dos animais
Movimento, coordenação EF06CI08
3. Percepção do ambiente
e sentido dos animais EF06CI09
4. Corpo humano e saúde
EF06CI10
Unidade 3 1. Noções de Ecologia
—
Ecologia 2. Relações entre os seres vivos
Unidade 4 1. Materiais naturais e materiais sintéticos Habilidade
Os materiais e o ambiente 2. Impactos ambientais EF06CI04
1. Transformações físicas e químicas
Unidade 5 dos materiais Habilidade
MATÉRIA E ENERGIA Investigando os materiais 2. Transformações químicas dos materiais EF06CI02
3. Propriedades dos materiais
Unidade 6 Habilidades
1. Substâncias puras e misturas
Misturas e separação EF06CI01
2. Separação de misturas
de misturas EF06CI03
Habilidades
Unidade 7 1. O que conhecemos da Terra
EF06CI11
Estrutura do planeta Terra 2. O solo
EF06CI12
TERRA E UNIVERSO
Unidade 8 Habilidades
1. O formato da Terra
O formato e os EF06CI13
2. Movimentos da Terra
movimentos da Terra EF06CI14
CIÊNCIAS • 7o ANO
UNIDADE TEMÁTICA
UNIDADE TEMAS BNCC
DA BNCC
1. O que é biodiversidade?
Unidade 1 2. Bactérias, protoctistas e fungos
—
Biodiversidade 3. Animais
4. Plantas
VIDA E EVOLUÇÃO 1. Biomas mundiais
2. Biomas Amazônia e Caatinga
Habilidades
Unidade 2 3. Biomas Cerrado e Pantanal
EF07CI07
Biomas 4. Biomas Mata Atlântica e Pampa
EF07CI08
e ecossistemas costeiros
5. Impactos nos biomas
XXI
CIÊNCIAS • 8o ANO
UNIDADE TEMÁTICA
UNIDADE TEMAS BNCC
DA BNCC
1. Vida e reprodução
Unidade 1 2. A reprodução e o desenvolvimento
Reprodução e dos animais Habilidade
desenvolvimento dos 3. A reprodução de bactérias, protozoários EF08CI07
seres vivos e fungos
4. A reprodução das plantas
VIDA E EVOLUÇÃO Unidade 2
1. As glândulas e os hormônios Habilidade
Hormônios, sistema
2. Sistema genital e puberdade EF08CI08
genital e puberdade
Habilidades
Unidade 3 1. Gestação e nascimento
EF08CI09
Reprodução humana 2. Contracepção e prevenção
EF08CI10
e sexualidade 3. Sexo e sexualidade
EF08CI11
Unidade 4 1. Formas e fontes de energia Habilidade
Recursos energéticos 2. Matriz energética EF08CI01
MATÉRIA E ENERGIA Habilidades
1. Eletricidade
Unidade 5 EF08CI02
2. Circuito elétrico
Energia elétrica EF08CI03
3. Consumo de energia elétrica
EF08CI04
XXII
CIÊNCIAS • 9o ANO
UNIDADE TEMÁTICA
UNIDADE TEMAS BNCC
DA BNCC
1. Estados e transformações físicas da
matéria
Habilidades
2. Transformações químicas da matéria
Unidade 1 EF09CI01
3. A constituição da matéria
Investigando a matéria EF09CI02
4. A tabela periódica
EF09CI03
5. Balanceamento e análise de reações
químicas no ambiente
MATÉRIA E ENERGIA Habilidades
Unidade 2 1. Ondas
EF09CI05
Ondas e som 2. Som
EF09CI07
Habilidades
EF09CI04
Unidade 3 1. Do rádio à luz visível
EF09CI05
Ondas eletromagnéticas 2. Do ultravioleta aos raios gama
EF09CI06
EF09CI07
Habilidades
Unidade 4 1. Introdução à Genética
EF09CI08
Genética 2. A Genética e o ser humano
EF09CI09
1. Origem da vida Habilidades
Unidade 5
VIDA E EVOLUÇÃO 2. Evolução dos seres vivos EF09CI10
Evolução
3. Surgimento de novas espécies EF09CI11
Unidade 6 1. Preservação e conservação Habilidades
Biodiversidade e da biodiversidade EF09CI12
sustentabilidade 2. Ações sustentáveis EF09CI13
Habilidades
Unidade 7 1. A Astronomia
EF09CI14
Estrutura do Universo 2. Além da Terra
EF09CI17
TERRA E UNIVERSO
Habilidades
Unidade 8 1. Os povos e os astros
EF09CI15
Astronomia e sociedade 2. Astrobiologia
EF09CI16
XXIII
Letramento científico
Especificamente na área de Ciências da Natureza, os objetivos educacionais incluem o letramento cien-
tífico que envolve a capacidade de compreender e interpretar o mundo (natural, social e tecnológico) e
de transformá-lo com base nos aportes teóricos e processuais das ciências (BRASIL, 2018). Dessa forma, a
principal característica é a atuação efetiva na vida cotidiana em função da importância do papel da Ciência.
Isso significa que a formação de uma população não deve se limitar à sua capacidade de ler e escrever, mas
precisa envolver também uma alfabetização matemática, científica e tecnológica de qualidade, porque isso
torna os indivíduos mais autônomos.
Na BNCC, o letramento científico:
Quando falamos de letramento científico, estamos nos referindo a um conceito que envolve, simultane-
amente, três dimensões. A primeira dimensão é aprender Ciência, ou seja, adquirir e desenvolver conheci-
mentos conceitualmente. A segunda dimensão diz respeito ao aprender sobre Ciência, ou seja, compreen-
der a natureza e os métodos científicos, bem como a evolução e a história da própria Ciência e sua relação
com a Tecnologia. Finalmente, a terceira dimensão implica aprender a fazer Ciência, ou seja, adquirir com-
petências para desenvolver atividades relativas à Ciência e resolver problemas propostos (HODSON, 1998
apud CACHAPUZ; PRAIA; JORGE, 2004). Tais características demonstram a amplitude e a complexidade de
trabalhar Ciências na escola e destacam o processo investigativo como elemento norteador da formação
dos estudantes.
Partindo dessas premissas, o ensino de Ciências deve promover situações que possibilitem aos estudantes
desenvolver aptidão para:
XXIV
Definição de problemas
• Observar o mundo a sua volta e fazer perguntas.
• Analisar demandas, delinear problemas e planejar investigações.
• Propor hipóteses.
Levantamento, análise e representação
• Planejar e realizar atividades de campo (experimentos, observações, leituras,
visitas, ambientes virtuais etc.).
• Desenvolver e utilizar ferramentas, inclusive digitais, para coleta, análise e repre-
sentação de dados (imagens, esquemas, tabelas, gráficos, quadros, diagramas,
mapas, modelos, representações de sistemas, fluxogramas, mapas conceituais,
simulações, aplicativos etc.).
• Avaliar informação (validade, coerência e adequação ao problema formulado).
• Elaborar explicações e/ou modelos.
• Associar explicações e/ou modelos à evolução histórica dos conhecimentos
científicos envolvidos.
• Selecionar e construir argumentos com base em evidências, modelos e/ou
conhecimentos científicos.
• Aprimorar seus saberes e incorporar, gradualmente, e de modo significativo,
o conhecimento científico.
• Desenvolver soluções para problemas cotidianos usando diferentes ferramentas,
inclusive digitais.
Comunicação
• Organizar e/ou extrapolar conclusões.
• Relatar informações de forma oral, escrita ou multimodal.
• Apresentar, de forma sistemática, dados e resultados de investigações.
• Participar de discussões de caráter científico com colegas, professores, familiares
e comunidade em geral.
• Considerar contra-argumentos para rever processos investigativos e conclusões.
Intervenção
• Implementar soluções e avaliar sua eficácia para resolver problemas cotidianos.
• Desenvolver ações de intervenção para melhorar a qualidade de vida individual,
coletiva e socioambiental.
Assim, é importante que os estudantes tenham ferramentas para analisar os conhecimentos científicos
apresentados, a ponto de questioná-los ou utilizá-los como instrumento de avaliação de situações vivenciadas
fora da escola. Isso é fundamental, porque a Ciência e a Tecnologia estão presentes em vários momentos da
vida, por meio de aparatos e invenções que modernizam, facilitam e, ao mesmo tempo, trazem novos problemas
ambientais, sociais, econômicos, por exemplo, ao nosso cotidiano.
Conseguir que os estudantes se apropriem do conhecimento científico coloca-se como um desafio bastante
atual para o professor, diante de todas as transformações que vêm ocorrendo na educação e na própria sociedade.
A proposta de problematizações prévias do conteúdo como pontos de partida, a vinculação dos conteúdos ao
cotidiano dos estudantes e o estabelecimento de relações interdisciplinares que estimulem o raciocínio, a reso-
lução de problemas cotidianos e uma leitura de mundo complexa e reflexiva são maneiras de tornar o processo
de ensino de Ciências mais efetivo.
XXV
XXVI
XXVII
[...] um estado de bem-estar mental que permite que as pessoas lidem com o
estresse da vida, percebam suas habilidades, aprendam e trabalhem bem e contri-
buam para sua comunidade. É um componente integral da saúde e do bem-estar
que sustenta nossas habilidades individuais e coletivas para tomar decisões, cons-
truir relacionamentos e moldar o mundo em que vivemos. A saúde mental é um
direito humano básico. E é crucial para o desenvolvimento pessoal, comunitário
e socioeconômico.
MENTAL health: strengthening our response. World Health Organization. Genebra, 17 jun. 2022.
Tradução livre dos autores. Disponível em: https://www.who.int/news-room/fact-sheets/detail/mental-health-
strengthening-our-response. Acesso em: 18 jul. 2022.
Considerando a definição exposta, pode-se dizer que a busca pelo bem-estar mental vai ao encontro da
manutenção de uma cultura de paz nos ambientes e nas relações sociais que se estabelecem no cotidiano.
Ou seja, também implica ser capaz de reconhecer e respeitar a diversidade das formas de pensar e de agir dos
indivíduos, além de abandonar, reprimir e combater atitudes violentas em prol do estabelecimento do diálogo
para a mediação na resolução de conflitos.
XXVIII
Fake news
A facilidade de acesso aos diversos meios de comunicação existentes em nossa sociedade oportuniza a
aquisição de uma grande variedade de informações, além de possibilitar sua difusão praticamente instantânea
ao redor do mundo. Contudo, essa permissividade também contribui, de certa forma, para a desinformação,
já que parte do que é divulgado pode não ser verdade e não ter origem em fontes confiáveis de informação.
Nesse cenário, as fake news ganham destaque.
Os apontamentos de Lazer et al. (2018) permitem caracterizar as fake news como informações falsas que
são propagadas como verdadeiras, criadas com o objetivo de receber vantagens, às vezes financeiras, às ve-
zes somente reforçando uma posição, um pensamento ou uma crença. Elas atraem a atenção do público e,
geralmente, causam reações intensas, como surpresa, espanto e indignação, ou, ainda, confirmam suspeitas
pessoais para as quais não existe comprovação. Essas reações acabam mobilizando as pessoas a pronta-
mente compartilhá-las e, assim, contribuir para sua rápida propagação.
O termo fake news existe há muitos anos, mas popularizou-se recentemente. No Brasil, ganhou notoriedade
durante a pandemia da covid-19, na qual inúmeras notícias falsas circularam, dificultando, por vezes, o combate
à doença. Esse é um exemplo que evidencia o impacto negativo que informações falsas podem trazer a uma
pessoa ou a uma população.
Atualmente, um dos grandes desafios da educação escolar é capacitar os estudantes a organizar, analisar,
interpretar e assimilar as informações de forma crítica. Em se tratando de fake news, é possível orientar os
estudantes a considerar, quando lerem ou ouvirem notícias em seu cotidiano, alguns pontos para identificar
se elas são verdadeiras ou falsas, antes de compartilhá-las. Entre eles:
[...]
Onde essa notícia foi publicada?
Uma das primeiras etapas para descobrir se algo é falso é olhar onde a
notícia foi publicada. Se aquela informação foi dada por um grande veículo de
imprensa, como um jornal ou revista de circulação nacional, um telejornal que
você conhece ou um site de notícias conhecido, a chance de ser uma fake news
é mínima. [...]. Sites governamentais ou de universidades também são boas
fontes de informações confiáveis, além de agências de fomento ou organismos
multilaterais internacionais. [...]
XXIX
Às vezes uma notícia é verdadeira, mas tirada de contexto ela se torna falsa.
[...] Por isso, a data de publicação é outro fator importante para verificar. Com o
tempo, resultados e fatos mudam.
[...]
ALÉM da covid-19, enfrentamos outra epidemia: a de fake news; saiba como se proteger desse
“vírus”. Instituto Butantan. São Paulo, 17 fev. 2022. Disponível em: https://butantan.gov.br/
bubutantan/alem-da-covid-19-enfrentamos-outra-epidemia-a-de-fake-news--saiba-como-se-proteger-
desse-%E2%80%9Cvirus%E2%80%9D. Acesso em: 18 jul. 2022.
É importante que os professores instruam os estudantes a checar as informações, sobretudo, sua fonte,
autoria e data de publicação. Dessa forma, docentes de diferentes áreas do conhecimento podem atuar
ativamente no combate à propagação de notícias falsas.
Nesta obra, algumas atividades e seções, em diferentes contextos, incentivam os estudantes a identificar
notícias falsas e a propor formas de combatê-las. Também são proporcionados momentos de criação de conteúdo
relevante, embasado nos conhecimentos científicos, para a comunidade e para compartilhamento em pan-
fletos, cartazes, vídeos, áudios ou outras formas de divulgação que possam ser publicadas em redes sociais.
XXX
XXXI
XXXII
[...]
Juridicamente, cidadão é o indivíduo no gozo dos direitos civis e políticos
de um Estado. Em um conceito mais amplo, cidadania quer dizer a qualidade de
ser cidadão, e consequentemente sujeito de direitos e deveres.
[...]
[...] O conceito de cidadania vai muito além, pois ser cidadão significa tam-
bém tomar parte da vida em sociedade, tendo uma participação ativa no que diz
respeito aos problemas da comunidade. [...]
Colocar o bem comum em primeiro lugar e atuar sempre que possível
para promovê-lo é dever de todo cidadão responsável. A cidadania deve ser
entendida, nesse sentido, como processo contínuo, uma construção coletiva
que almeja a realização gradativa dos Direitos Humanos e de uma sociedade mais
justa e solidária.
PARANÁ. Governo do Estado. O que é Cidadania? Curitiba: SEJUF, [2019?].
Disponível em: https://www.justica.pr.gov.br/Pagina/O-que-e-Cidadania. Acesso em: 17 jul. 2022.
Nesse sentido, a educação para a cidadania requer que questões sociais sejam apresentadas para a aprendiza-
gem e a reflexão dos estudantes, com a finalidade de estimular ações que contribuam para a transformação da
sociedade humana, tornando-a não apenas mais justa, mas, também, voltada para a preservação da natureza.
É importante que, ao longo de sua escolarização, os estudantes se envolvam em situações que oportunizem
o exercício de habilidades socioemocionais e de valores, entre eles a empatia, o diálogo, a cooperação, a reso-
lução de conflitos, o respeito e a valorização da diversidade humana, considerando as diferentes identidades
e culturas dos grupos existentes em nossa sociedade, conforme previsto na Base Nacional Comum Curricular
(BNCC). O objetivo maior, pois, é a formação do cidadão, com base no princípio da dignidade do ser humano,
como prescreve a Constituição brasileira, em um país cuja diversidade social, econômica, racial e cultural é
significativamente grande.
Uma sala de aula pode ser entendida como uma pequena sociedade, e, assim, o cotidiano escolar constitui
uma esfera definida no tempo e no espaço, sendo socialmente autônoma. A interação dos que fazem parte do
cotidiano escolar dá lugar a uma troca de saberes, valores e ideias, em que o comportamento de cada indivíduo
cria uma nova dinâmica e redefine o contexto. Nesse sentido, cabe ao professor em sala de aula mobilizar, além
dos conteúdos curriculares, esses conhecimentos valorativos e afetivos que permeiam o processo de ensino,
considerando os estudantes como sujeitos singulares, mas objetivando a formação integral deles.
Assim, o ensino torna-se uma prática social que contribui também para a socialização, considerando que a
apropriação de valores permite que ideias, conceitos e normas de conduta colaborem na atuação ativa e crítica
dos indivíduos na sociedade. A apropriação desses conhecimentos culturais permite às crianças e aos jo-
vens não somente se integrarem ao grupo, mas tornarem-se capazes de:
XXXIII
Nesta obra, valores são trabalhados em atividades e em seções, especialmente, na seção Pense bem.
EDITORIA DE ARTE
Trabalho
CIÊNCIA E TECNOLOGIA Educação financeira
Ciência e Tecnologia Educação fiscal
TEMAS CONTEMPORÂNEOS
TRANSVERSAIS BNCC
MULTICULTURALISMO SAÚDE
Diversidade cultural Saúde
Educação para valorização CIDADANIA E CIVISMO Educação alimentar
do multiculturalismo nas Vida familiar e social e nutricional
matrizes históricas e Educação para o trânsito
culturais brasileiras Educação em direitos humanos
Direitos da criança e do adolescente
Processo de envelhecimento,
respeito e valorização do idoso
BRASIL. Ministério da Educação. Temas contemporâneos transversais na BNCC: propostas de
práticas de implementação. Brasília, DF: MEC, 2019. p. 7. Disponível em: http://basenacionalcomum.
mec.gov.br/images/implementacao/guia_pratico_temas_contemporaneos.pdf. Acesso em: 14 jun. 2022.
Esses temas apresentam características interdisciplinares, pois permeiam todas as áreas de conhecimento
e devem ser trabalhados de modo transversal e integrado, efetivo e dinâmico. Essa abordagem contem-
porânea auxilia na aproximação de aspectos práticos que impactam a vida em todas as esferas – pessoal,
comunitária e global.
Os conceitos presentes nos temas contemporâneos referem-se a valores básicos da cidadania e trazem à tona
questões importantes e urgentes da sociedade atual. Assim, devem ser trabalhados de modo coordenado e
contextualizado, para que os estudantes construam significados, deem sentido àquilo que aprendem e possam
atuar de modo efetivo no seu cotidiano, com o intuito de atuar na realidade e transformá-la.
Nesta coleção, os TCTs são trabalhados em diversos momentos: no texto principal, em seções ou em
atividades. Como exemplo, é possível citar a avaliação dos impactos causados pelas ações do ser humano no
ambiente em que vive, a reflexão sobre um modo de vida sustentável e possibilidades de atuação em questões
do cotidiano, como praticar o consumo consciente e descartar corretamente resíduos domésticos.
XXXIV
[...] com base em fatos, dados e informações confiáveis, para formular, negociar
e defender ideias, pontos de vista e decisões comuns que respeitem e promovam
os direitos humanos, a consciência socioambiental e o consumo responsável em
âmbito local, regional e global, com posicionamento ético em relação ao cuidado
de si mesmo, dos outros e do planeta.
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular: educação é a base. Brasília, DF: MEC, 2018. p. 9.
Em uma sociedade livre e democrática, é natural que haja debates sobre os mais variados temas do coti-
diano, inclusive no âmbito da saúde, da política ou da Ciência. Contudo, para que o debate seja legítimo, é
necessário que ele seja amparado em argumentos que reflitam a realidade dos indivíduos, de maneira a possibi-
litar-lhes uma revisão de atitudes e perspectivas do discurso frente ao mundo. Todo argumento, nesse sentido,
busca encontrar respaldo em dados, teses e fatos a fim de apoiar uma visão da realidade. Se for apenas uma
opinião, fruto de convicções pessoais desvinculadas de evidências e fatos, então não se trata de argumento.
XXXV
INFERÊNCIA NA LEITURA
A competência da leitura é indispensável para a formação dos estudantes, pois engloba a aprendizagem
de todos os componentes curriculares, além da formação crítica do aprendiz em seu cotidiano.
Em Ciências, essa competência contribui na identificação de elementos básicos conceituais, em processos
da construção da prática e do pensamento científico e na aplicação e percepção de como a Ciência interfere
e se relaciona com a cultura, a saúde e o ambiente, no sentido individual e global.
Dessa forma, é preciso salientar que, para que a aquisição de novos conhecimentos seja estabelecida, é
necessário que os jovens saibam fazer inferências, ou seja, fazer deduções e tirar conclusões a partir da vinculação
das informações novas com o repertório que eles já possuem.
Ao realizar uma leitura, os estudantes devem desenvolver a habilidade de interagir com diferentes gêneros
textuais e seu contexto, interpretando-os e analisando-os criticamente. Com tais habilidades de inferência, o
processo de ensino e aprendizagem toma uma dimensão maior, de não apenas aprender e ensinar conceitos,
mas também proporcionar uma formação integral e contextualizada do ensino de Ciências.
A capacidade inferencial é ferramenta para os estudantes irem além do entendimento superficial de um
texto, pois podem associar elementos implícitos às informações que possuem, estabelecendo uma conexão de
ideias. Nesse processo, há um tratamento das informações pelo leitor, sustentado por seu próprio repertório
de conhecimentos, de vivências, de ideias etc. Dessa forma, o leitor pode concluir algo e, assim, gerar sentido
profundo para o texto. Isso se aplica a informações de diferentes naturezas: textos escritos, imagens e mensa-
gens audiovisuais. Assim, ler é uma atividade que não é meramente passiva, mas que mobiliza estratégias do
leitor para que ele compreenda efetivamente as mensagens no seu cotidiano.
Na cultura digital da informação, embora haja um grande avanço da Ciência e de seus métodos, o co-
nhecimento científico ainda disputa espaço e legitimação social com fenômenos que se disseminam com
muita facilidade e velocidade. Vivemos em um ambiente repleto de formas e meios de comunicação, como
cinema, televisão, rádio, jornais, revistas etc. No entanto, ultimamente, grande parte da informação que
consumimos cotidianamente circula por smartphones, computadores e outros dispositivos conectados às
XXXVI
PENSAMENTO COMPUTACIONAL
Ao se almejar a formação integral dos estudantes, também se pode destacar a importância do aprendi-
zado de capacidades relacionadas ao pensamento computacional ao longo da escolarização. A conceitua-
ção do pensamento computacional varia entre autores, mas, de modo geral, pode ser entendido como um
método de resolução de problemas que envolve habilidades embasadas em fundamentos da área da Com-
putação. Ao fazer uma síntese a partir de diversas fontes, Kurshan (2016 apud BRACKMANN, 2017, p. 29)
o define como:
É importante frisar que pensamento computacional não deve ser confundido com alfabetismo digital, que é a
aptidão de utilizar e manipular computadores, celulares e seus aplicativos. O pensamento computacional vai além
disso, uma vez que se baseia em habilidades relativas à resolução de problemas, entre elas:
XXXVII
XXXVIII
Essa influência, pois, deve ser considerada durante o trabalho em sala de aula, já que se objetiva a formação
ampla dos indivíduos, que flua entre as áreas científicas, sociais e tecnológicas. Nesse sentido, é importante que
os estudantes compreendam adequadamente características relativas à natureza da Ciência e à forma como ela
se desenvolve, o que implica reconhecer a mediação social na construção científica.
Sendo a escola um local de formação de cidadãos críticos e conscientes de seu papel na sociedade, também
é importante incorporar a problematização de questões relativas à Ciência e à Tecnologia e seu papel social,
seja nos conhecimentos produzidos, seja no entendimento de que existem diferentes interesses e interessados
que atuam na proposição e na interpretação de ideias e de resultados.
Ao considerar os ESCT de forma interdisciplinar durante o planejamento das aulas, é possível levar os
estudantes a relacionar os conceitos de diferentes disciplinas; questionar conceitos e refutar informações;
identificar fake news e entendê-las como parte da popularização de informações, de polarização de ideias
e de crises de confiança institucional; levantar hipóteses a respeito de fenômenos sociais, ambientais,
científicos e tecnológicos; descrever fatos e relacioná-los a contextos históricos e sociais; propor soluções
para os problemas contemporâneos mantendo em perspectiva abordagens das Ciências Sociais; comparar
a realidade vivenciada com fatos históricos; entre outros. Tudo isso vai refletir no desenvolvimento dos
estudantes como cidadãos críticos, autônomos, conscientes e engajados socialmente, bem como em sua
aprendizagem dos mais diversos conteúdos escolares.
Nesta coleção, oportuniza-se a problematização da Ciência e da Tecnologia em algumas atividades pre-
sentes ao final dos Temas e em parte das seções que requerem que os estudantes proponham soluções a
problemas de natureza científica, com base em seus conhecimentos em Ciências da Natureza e em seus
contextos sociais e cotidianos. POPTIKA/SHUTTERSTOCK.COM
XXXIX
XL
[...] não é possível aceitar a prática educativa que [...] parta do conhecimento
sistemático do(a) educador(a).
É preciso [...] levar em consideração a existência do “aqui” do educando e
respeitá-lo [...]. Isto significa [...] que não é possível ao(a) educador(a) desco-
nhecer, subestimar ou negar os “saberes de experiências feitos” com que os
educandos chegam à escola.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da esperança: um reencontro com a pedagogia do oprimido. 1. ed.
Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2013. Documento digital não paginado.
É necessário que os saberes dos estudantes sejam valorizados. Nesse sentido, o levantamento de seus
conhecimentos prévios somente será uma prática significativa quando utilizada para nortear o planejamento
das aulas. Estando ciente disso, o professor será capaz de organizar e reorganizar suas aulas quantas vezes
forem necessárias, de acordo com as necessidades, as demandas e os interesses da turma.
Outro ponto que merece destaque é a forma de realizar o mapeamento desses saberes. Não basta
perguntar aos estudantes o que eles compreendem sobre determinados conceitos e temáticas ou se eles
sabem produzir um texto ou realizar determinada atividade. É fundamental observá-los e avaliá-los na
prática, realizando atividades individuais ou em grupos que envolvam a resolução de casos, problemas,
desafios, brincadeiras, dinâmicas, dramatizações, rodas de conversa, debates e assim por diante.
Também é importante que esse mapeamento seja feito de forma contínua. Assim, será possível retomar con-
ceitos e avançar pelos conteúdos, respeitando o nível de desenvolvimento de cada estudante, reconhecendo,
diagnosticando e propondo soluções para as defasagens de cada um e observando a evolução no aprendizado
apresentada pelos estudantes de forma singular e única. Para reduzir práticas excludentes em sala de aula, é pre-
ciso, pois, pensar criticamente, de modo a refletir e ressignificar a própria prática docente, adaptar e readaptar
as aulas tendo em vista as demandas da sociedade, da comunidade local, da escola e de cada indivíduo.
Nesta coleção, o mapeamento do conhecimento prévio pode ser feito a partir da realização das atividades
presentes na abertura das Unidades e no início dos Temas, além das atividades sugeridas neste Manual do
professor para serem realizadas também nesses momentos.
Contextualização
Quando inserimos temas transversais contemporâneos (TCTs) ligados ao cotidiano e à realidade dos estudantes,
podemos integrar ações de modo contextualizado, evitando a fragmentação de conteúdos e o esvaziamento de
assuntos. Quando os estudantes correlacionam aquilo que é tratado na escola à sua realidade, além de se
cooperar para a aprendizagem conceitual mais efetiva, competências procedimentais e atitudinais também
são desenvolvidas. Ao ser capaz de, a partir de seu aprendizado, identificar e resolver problemas e conflitos
da realidade, além de exercer o protagonismo, o conhecimento novo passa a fazer sentido para os estudan-
tes. Isso os leva, naturalmente, a uma atuação consciente sobre a realidade.
Essa abordagem envolve um esforço para auxiliar os estudantes nas conexões entre o conceito científico e a
realidade, de modo a contextualizar e a humanizar a ciência escolar e, assim, oportunizar que, mais facilmente
e mais cedo, se desperte o gosto pelo estudo. O conhecimento contextualizado, derivado das situações vividas
pelos educandos, deixa de ser passivo ou acabado.
A Ciência não pode se legitimar por currículos desligados do mundo; ela deve sim ser interpretada de maneira
contínua e contextualizada. Não é mais possível pensar o ensino de Ciências de forma descontextualizada em
relação ao desenvolvimento tecnológico e de outras produções culturais da sociedade.
XLI
Problematização
A BNCC destaca o comprometimento da área das Ciências da Natureza com o letramento científico dos
estudantes ao longo de sua escolarização básica. Nesse sentido, é importante que os estudantes sejam
envolvidos com a resolução de problemas, sobretudo, aqueles que impactam diretamente seu cotidiano e
sua qualidade de vida.
A metodologia de resolução de problemas estimula o indivíduo a refletir sobre os problemas apresentados,
possíveis em um mundo cada vez mais complexo, de modo a identificar o que precisa ser solucionado e a
escolher, dentro de seu repertório, as ferramentas para resolvê-lo a partir da mobilização de conhecimentos.
Nessa metodologia, as propostas são trabalhadas em grupos pequenos e, assim, permitem que habilidades
relacionadas ao trabalho em equipe sejam estimuladas, tais como o diálogo, a empatia, a colaboração e
o respeito ao pluralismo de ideias. Além disso, as atividades são centradas nos estudantes, que se tornam
protagonistas de seu aprendizado, sendo motivados a buscar ativamente informações relevantes, em fontes
confiáveis, para o desenvolvimento das tarefas. Outra característica importante é a integração e a interdisci-
plinaridade possível entre os conhecimentos apresentados.
Essa metodologia pode ser realizada em etapas. Inicialmente, apresenta-se a definição dos objetivos. Em
seguida, promove-se o aprofundamento e a discussão do problema, sem o fornecimento direto de informações
técnicas por parte do professor. Nessa etapa, o estudante, a fim de ajudar o grupo a solucionar o problema,
contribui com seus conhecimentos e experiências prévias, auxiliando o grupo no levantamento de hipóteses.
O próximo passo é identificar as principais dúvidas sobre a resolução do problema, que vai fazer os educandos
mobilizarem aspectos cognitivos específicos. O problema deve motivar os estudantes a buscar o conhecimento,
respaldado em conceitos científicos e em dados e informações coletados em fontes confiáveis. Assim, eles
exercerão papel ativo como agentes na construção dos próprios conhecimentos.
De preferência, os problemas devem ser colocados pelos estudantes ou por eles assumidos, exibindo significado
pessoal, pois só assim as dúvidas, as interrogações e as inquietações serão verdadeiramente significativas. Isto é,
os problemas precisam ser elaborados com base em situações reais do cotidiano dos estudantes, o que possibilita
que sejam efetivamente significativos. Quando o são, a motivação para resolvê-los é intrínseca.
Seguindo esses passos, é possível delinear alguns princípios que orientam a aquisição de novas informações
durante o processo de resolução de problemas. Primeiro, a ativação de conhecimentos prévios sobre o assunto.
Segundo, a recuperação da informação. Esse segundo passo pode ser facilitado ao se trabalharem exemplos em
associação com a informação, ou seja, quanto mais semelhante a uma situação real for a situação de aprendi-
zado, mais fácil a recuperação de informação. Terceiro, a produção do conhecimento a partir da elaboração de
respostas, seja a partir de perguntas claramente elaboradas, seja no contexto de interação em grupo, em que os
estudantes verbalizam o seu conhecimento e também aprendem com base na explicação dos colegas.
Além da resolução de problemas fechados, ou seja, apresentados de forma integral aos estudantes ou ao
grupo, é possível trabalhar com problemas em uma perspectiva da metodologia da problematização (BERBEL,
1999). Nessa perspectiva, problemas socioambientais podem ser explorados, considerando que os hábitos de
consumo, as relações humanas, o modo de vida, as relações de trabalho, as crenças e os valores ambientais são
cada vez mais resultantes de demandas do desenvolvimento tecnológico.
XLII
Atividades práticas
A importância das atividades práticas demonstra-se na possibilidade de oportunizar aos estudantes outras
formas de aprender, auxiliando-os na compreensão de fatos ou fenômenos explicados conceitualmente,
concomitantemente à construção de conteúdos procedimentais, conceituais e atitudinais envolvidos nas pro-
postas. Entre os objetivos, estão a observação, a verificação e a investigação, dependendo da atividade e do
espaço pedagógico disponível. O fundamental é que se garanta um espaço de reflexão, de desenvolvimento
e de construção de ideias.
As atividades práticas podem complementar aquilo que foi estudado em aulas teóricas ou contextualizar
aquilo que ainda será apresentado, já que a vivência de certa experiência pode facilitar o entendimento de
um conteúdo. Para tanto, é importante organizá-las de modo que os estudantes consigam relacionar o con-
teúdo a ser aprendido com seus conhecimentos prévios. Assim, descarta-se a concepção de aula prática com
caráter meramente ilustrativo da teoria.
Dependendo da proposta, a atividade prática pode possibilitar aos estudantes vivenciar etapas de uma
investigação científica, como a observação de fenômenos, o registro sistematizado de dados, a formulação e
o teste de hipóteses e a inferência de conclusões. Também pode contribuir para o desenvolvimento de habili-
dades como diálogo, cooperação, análise crítica, organização e manipulação de materiais.
Ao redigir um roteiro de aula prática, é importante que as instruções sejam precisas e explícitas, para que
os estudantes possam trabalhar seguindo o próprio ritmo, sem necessitar da presença constante do profes-
sor. Antes de iniciar a prática, o professor pode encorajar os estudantes a elaborar hipóteses e a apresentar
expectativas de resultados. Ao final dela, pode solicitar que descrevam os procedimentos realizados e que
expliquem os resultados obtidos, comparando-os aos esperados. Pode-se pedir também que avaliem a vera-
cidade das hipóteses inicialmente levantadas. Assim, a atividade prática une a interpretação dos sujeitos aos
fenômenos e aos processos observados, pautados não apenas pelo conhecimento científico, mas também
pelos saberes e pelas hipóteses levantadas.
Nesta coleção, atividades práticas são apresentadas, principalmente, na seção Oficina científica.
XLIII
[...]
Ao realizarmos a revisão da literatura e manusearmos diversos infográficos,
foi possível identificar as seguintes potencialidades para utilização em contexto
educativo:
• Os alunos podem acompanhar passo a passo um processo, fato ou aconteci-
mento histórico;
XLIV
[...] o ensino das ciências da natureza ainda é pautado por uma metodologia
monótona e cansativa, que não desperta o interesse do(a)s estudantes. Ademais,
muito(a)s possuem uma visão errônea da ciência e de como ela é construída, ven-
do-a como verdade absoluta, linear, ahistórica, sem relação com questões sociais,
éticas, ambientais, políticas, econômicas e culturais. Neste sentido, um dos aspectos
que vem sendo apontado se refere à utilização da História das Ciências (HC) no
ensino, uma vez que o(a) estudante pode compreender que a ciência não está
distanciada da influência da sociedade, bem como pode também influenciá-la [...].
FERRARI, Ana C.; PINHEIRO, Eduarda B.; FARIA, Fernanda L. de. Utilização de jogos educativos para
a abordagem da história da ciência: um estado da arte. História da Ciência e Ensino: construindo
interfaces, São Paulo, v. 23, p. 131-148, 2021. p. 132. Disponível em: https://revistas.pucsp.br/index.
php/hcensino/article/view/54309/35573. Acesso em: 19 jul. 2022.
XLV
Trabalho interdisciplinar
Segundo Vygotski (2003), a mente humana cria estruturas cognitivas necessárias à compreensão de de-
terminado conceito construído no processo de ensino e aprendizagem. Quanto mais relações conceituais,
contextuais e interdisciplinares o aprendiz conseguir estabelecer, maior a possibilidade de reconstrução e
internalização de significados em sua rede cognitiva. As estruturas cognitivas dependem desse processo
para evoluir e somente serão construídas à medida que novos conceitos forem trabalhados e incluídos na
rede conceitual. Dessa forma, a compreensão integrada dos fenômenos naturais, em uma perspectiva in-
terdisciplinar, implica o estabelecimento de vínculo conceitual nas diferentes áreas de conhecimento.
O trabalho interdisciplinar de conteúdos pode auxiliar na motivação e no fomento da curiosidade natu-
ral que estudantes têm pela Ciência, sendo possível explorar os saberes cotidianos e suas histórias pessoais
como ponto de partida para o trabalho. No entanto, o que ocorre geralmente é que o conhecimento é apre-
sentado de forma fragmentada e isolada. O desafio é recriar novas condições para uma educação científica
aberta e flexível, que consiga integrar diferentes conhecimentos.
A superação desse desafio pode ser alcançada a partir do diálogo, da comunicação e da cooperação de
docentes com diferentes formações acadêmicas durante o planejamento e a execução de suas aulas. Desse
modo, podem encontrar oportunidades para a integração de conteúdos previstos para cada ano escolar e,
assim, traçar, de forma correlata, objetivos de aprendizagem almejados para seus estudantes, além de ali-
nharem, juntos, estratégias de trabalho para alcançá-los.
Nesta coleção, a integração entre diferentes componentes curriculares é favorecida em alguns momentos
ao longo do texto principal e, principalmente, na seção Integrando com...
XLVI
XLVII
XLVIII
A partir da análise comparativa dos resultados relativos ao desempenho dos estudantes em diferentes
edições dessas avaliações, por exemplo, é possível direcionar investimentos aos segmentos da população que
estão distantes das metas educacionais traçadas, além de poder orientar mudanças na formação docente e
contribuir para a produção de materiais didáticos.
Em se tratando de avaliações de larga escala aplicadas durante a Educação Básica, no Brasil, podem-se
destacar o Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) e o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem),
regulamentadas pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), e o Programa Internacional
de Avaliação de Estudantes (Pisa), regulamentado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento
Econômico (OCDE). No Brasil, o Pisa também é coordenado pelo Inep.
O Saeb corresponde a um conjunto de avaliações que são aplicadas a cada dois anos na rede pública e em
uma amostra da rede privada. As avaliações são constituídas por questionários (respondidos por estudantes,
professores, diretores e outros da comunidade escolar sobre diferentes aspectos, como nível socioeconômico,
infraestrutura, materiais didáticos etc.) e por testes, que possibilitam avaliar a aprendizagem. Os testes são
realizados por estudantes do Ensino Fundamental (2o, 5o e 9o anos) e do Ensino Médio (3o ano do ensino
XLIX
DANIEL M ERNST/SHUTTERSTOCK.COM
LI
LII
LIII
LIV
LV
CIÊNCIAS • 9o ANO
UNIDADE
TEMÁTICA UNIDADE CONTEÚDOS BNCC
DA BNCC
Habilidades
Estados físicos da matéria (visão submicroscópica); EF09CI01 EF09CI03
transformações físicas da matéria; transformações EF09CI02
químicas da matéria; lei da conservação das Competências gerais
massas; lei das proporções constantes; modelos 1, 2, 4 e 5
Unidade 1 atômicos; tabela periódica; reações químicas; Competências específicas
Investigando balanceamento das reações químicas. 1, 2, 3 e 6
a matéria
Bioluminescência; investigação sobre mudança de Temas contemporâneos
estado físico da água; investigação sobre taxa de transversais
desenvolvimento das reações químicas; aplicações Ciência e Tecnologia
dos elementos da tabela periódica. Educação ambiental
Educação alimentar e nutricional
Habilidades
EF09CI05 EF09CI07
Competências gerais
Classificação das ondas; propriedades das ondas 2, 3, 5, 8, 9 e 10
(propagação, frequência e período); características Competências específicas
MATÉRIA E Unidade 2 das ondas sonoras; som; infrassom; ultrassom; 2, 4, 6, 7 e 8
ENERGIA Ondas e som nível sonoro. Temas contemporâneos
transversais
Voz e pregas vocais; poluição sonora; ecolocalização. Diversidade cultural
Educação em direitos humanos
Ciência e Tecnologia
Saúde
Habilidades
EF09CI04 EF09CI06
Espectro eletromagnético; ondas de rádio; EF09CI05 EF09CI07
micro-ondas; infravermelho; luz visível; como as Competências gerais
cores são percebidas; a cor dos objetos; laser, 1, 2, 4, 5, 6, 7 e 10
Unidade 3 ultravioleta; raios X; raios gama. Competências específicas
Ondas
1, 2, 3, 4, 5, 6 e 8
eletromagnéticas Satélites de comunicação e monitoramento;
aplicações do laser na saúde; investigação sobre Temas contemporâneos
composição das cores; radioatividade; câncer, transversais
diagnóstico e tratamento; tecnologia 5G. Ciência e Tecnologia
Educação em direitos humanos
Vida familiar e social
LVI
Habilidades
EF09CI10
EF09CI11
Origem da vida; primeiras ideias sobre a evolução;
origem da biodiversidade; uso e desuso; herança Competências gerais
dos caracteres adquiridos; teoria da seleção natural; 1, 2, 3, 4, 5, 8, 9 e 10
Unidade 5 evidências da evolução; especiação; aspectos Competências específicas
VIDA E
evolutivos do ser humano. 1, 2, 3, 4, 6, 7 e 8
EVOLUÇÃO Evolução
Método científico; resistência a inseticidas; Temas contemporâneos
celacantos; resistência bacteriana. transversais
Educação para valorização do
multiculturalismo nas matrizes
históricas e culturais brasileiras
Saúde
Habilidades
Preservação e conservação da biodiversidade; EF09CI12
Unidades de Conservação; Unidades de EF09CI13
Conservação de Proteção Integral; Unidades Competências gerais
Unidade 6 de Conservação de Uso Sustentável; consumo 4, 5, 7, 9 e 10
sustentável; ações sustentáveis bem-sucedidas.
Biodiversidade e Competências específicas
sustentabilidade Ações sustentáveis individuais; corredores 3, 5, 6 e 8
ecológicos; ações do ser humano que impactam
negativamente o ambiente. Temas contemporâneos
transversais
Educação ambiental
Educação para o consumo
LVII
As unidades deste Volume podem ser trabalhadas em outras sequências, diferentes da ordem apresentada pela
numeração. Caso seja de seu interesse fazer essa alteração, sugerimos que seja mantida a sequência entre as Uni-
dades relacionadas a cada unidade temática. Portanto, para a unidade temática Matéria e energia, a Unidade 1
deve ser trabalhada antes da 2, que deve ser trabalhada antes da 3; para Terra e Universo, a Unidade 7 deve ser
trabalhada antes da 8; e para Vida e evolução, a Unidade 4 deve ser trabalhada antes da 5, e esta, antes da 6.
Dessa forma, é possível iniciar pela unidade temática Matéria e energia, como sugerido neste Volume,
mas, sem prejuízos, também é possível iniciar pela unidade temática Vida e evolução ou Terra e Universo.
CRONOGRAMA
A sugestão de cronograma a seguir contempla os conteúdos das oito Unidades deste Volume. Esta organi-
zação pode ser alterada de acordo com o número de aulas anuais e as necessidades de cada escola.
Sugerimos, ainda, que o trabalho com a seção Ciências em ação seja feito ao longo do ano, utilizando 12 aulas.
É importante também que aulas fora da organização proposta sejam consideradas e utilizadas para aplicação
de avaliações, montagens de feiras de ciências ou projetos interdisciplinares.
Caso sinta necessidade de aprofundar algum assunto ou tenha um número de aulas anuais diferente da
proposta, é possível utilizar a sugestão a seguir como base para a montagem do seu próprio cronograma.
LVIII
Unidade 1.
3. A constituição da matéria 3 aulas
Investigando
a matéria
4. A tabela periódica 3 aulas
1o Bimestre
1o Trimestre
5. Balanceamento e análise de reações químicas
4 aulas
no ambiente
1. Ondas 5 aulas
Unidade 2.
Ondas e som
2. Som 6 aulas
Unidade 5.
2. Evolução dos seres vivos 6 aulas
Evolução
LIX
LX
LXI
LXII
LXIII
LXIV
LXV
LXVI
UNIDADE 4 • Genética
Objetivos
• Explicar como se dá a transmissão de características hereditárias entre gerações.
• Reconhecer a importância dos estudos de Mendel sobre hereditariedade.
• Compreender os resultados dos experimentos de Mendel feitos com as ervilhas-de-jardim.
• Definir genes, alelos, genótipo e fenótipo.
• Compreender a influência do ambiente sobre o fenótipo.
• Analisar a transmissão de algumas características não ligadas ao sexo e determinadas por um único gene.
• Interpretar heredogramas.
LXVII
LXVIII
UNIDADE 5 • Evolução
Objetivos
• Conhecer diferentes hipóteses sobre a origem dos seres vivos e sobre a origem da vida na Terra.
• Compreender que a diversidade de seres vivos está associada à evolução.
• Reconhecer a importância histórica da teoria evolutiva de Lamarck.
• Compreender a teoria da seleção natural proposta por Darwin e Wallace.
• Reconhecer as diferenças entre as teorias evolutivas de Lamarck e de Darwin.
• Identificar diferentes evidências da evolução dos seres vivos.
• Compreender como novas espécies podem surgir.
• Reconhecer aspectos evolutivos do ser humano.
• Identificar características compartilhadas entre humanos e outros primatas.
• Analisar características das diferentes espécies de hominínios.
LXIX
Com relação à origem da vida, no Tema 1 são apresentadas diferentes hipóteses, considerando tanto a origem
dos seres vivos quanto a origem da vida na Terra. Sobre a evolução dos seres vivos, no Tema 2 é apresentado
um breve histórico do pensamento evolutivo, destacando e contrastando duas teorias evolucionistas de cientis-
tas que muito contribuíram na comunidade científica: a de Lamarck (1744-1829) e a de Darwin (1809-1882)
e Wallace (1823-1913). Dessa forma, a Unidade contribui com o desenvolvimento da habilidade EF09CI10.
Com relação à teoria proposta similarmente por Darwin e Wallace, a seleção natural, destaca-se sua atuação
sobre as variantes de uma mesma espécie em diferentes contextos, processo que contribui com a evolução
da diversidade de seres vivos. Nesse sentido, outra habilidade que pode ser desenvolvida durante o estudo
da Unidade é a EF09CI11. Para complementar a abordagem do evolucionismo, são discutidas evidências que
embasam a evolução dos seres vivos, como os fósseis, a homologia e os estudos genéticos. A Unidade é fi-
nalizada apresentando alguns aspectos evolutivos dos seres humanos, no Tema 3.
Essas habilidades podem ser mobilizadas em algumas atividades da Unidade. Por exemplo, a atividade 3
da página 167 e a atividade 5 da página 168 contribuem com o desenvolvimento da habilidade EF09CI10,
uma vez que requerem que os estudantes estabeleçam uma comparação entre as teorias propostas por
Lamarck e por Darwin para a evolução dos seres vivos. Já a atividade 2 da página 167 e a atividade 6 da pá-
gina 168 contribuem com o desenvolvimento da habilidade EF09CI11, pois solicitam que os estudantes dis-
cutam a evolução e a diversidade de espécies com base na seleção natural. No caso, as atividades requerem
que seja elaborada uma explicação, respectivamente, para a existência de dois tipos de pelagens em ratos de
uma espécie encontrados em diferentes ambientes da América do Norte (situação real) e para o estabeleci-
mento da resistência à falta de água em uma população (situação hipotética).
Alguns assuntos trabalhados na Unidade contribuem com o desenvolvimento de competências gerais e espe-
cíficas das Ciências da Natureza da BNCC. Por exemplo, ao apresentar os procedimentos que levam à construção
dos conhecimentos científicos, no caso, as investigações científicas, destacando características de suas principais
etapas (páginas 149 e 150), é possível desenvolver a competência específica 2, que diz respeito à compreensão
das estruturas explicativas das Ciências da Natureza e ao domínio de processos, práticas e procedimentos da in-
vestigação científica. Além dela, é possível desenvolver a competência geral 1 durante o trabalho das proposi-
ções científicas sobre a origem dos seres vivos (páginas 151 a 154) e do breve histórico do pensamento evolutivo
(página 158), pois são apresentados conhecimentos historicamente construídos sobre o mundo físico de modo a
compreender a realidade. Esses assuntos também permitem o trabalho com a competência específica 1, pois
destacam a Ciência como empreendimento humano e os conhecimentos científicos como provisórios, em cons-
tante construção. Outra possibilidade é o trabalho com a competência geral 3, ao serem apresentados os mitos
como constituintes das manifestações culturais de determinado povo, citando como exemplo o mito de origem
dos Karajá (página 148), povo indígena que habita parte da região Centro-Oeste e parte da região Norte do
Brasil. Esse assunto também oportuniza o trabalho com o tema contemporâneo transversal Educação para
valorização do multiculturalismo nas matrizes históricas e culturais brasileiras.
LXX
LXXI
BNCC na Unidade
Nessa Unidade são abordados objetos de conhecimento sugeridos na unidade temática Vida e evolução
do 9o ano da BNCC. Destacam-se questões relacionadas à proteção da biodiversidade existente em nosso
planeta, correlacionando-as a ações sustentáveis que podem ser adotadas de forma individual, coletiva e
governamental para minimizar problemas ambientais que ameaçam o equilíbrio dos ecossistemas, o que
permite o trabalho com o tema contemporâneo transversal Educação ambiental.
No Tema 1 são apresentados os conceitos de conservação e de preservação da biodiversidade e como po-
dem orientar a criação e a delimitação de Unidades de Conservação (UC), suas diferentes categorias e ativi-
dades que podem ser desenvolvidas nelas, além de sua importância, contribuindo com o desenvolvimento da
habilidade EF09CI12. Há uma sugestão de atividade que permite uma avaliação em relação a essa habilidade
na seção Ampliando da página 188, deste Manual do professor. No Tema 2 trabalha-se o conceito de sus-
tentabilidade, exemplificando-o por meio de ações desenvolvidas em diferentes cidades brasileiras que visam
mitigar problemas ambientais comuns a boa parte delas. Espera-se que, ao analisá-las, os estudantes sejam
capazes de propor ações de objetivos similares, atendendo à habilidade EF09CI13.
Essas habilidades podem ser mobilizadas em algumas atividades da Unidade. Por exemplo, as ativida-
des 2 e 3 da página 192 e a atividade 6 da página 205 contribuem com o desenvolvimento da habilidade
EF09CI12, ao requerer que os estudantes justifiquem a importância das Unidades de Conservação (no caso,
uma Área de Proteção Ambiental, um Monumento Natural e sua importância geral, respectivamente) quan-
to à proteção da biodiversidade. Já a atividade 3 das páginas 204 e 205 possibilita o trabalho com a habili-
dade EF09CI13, uma vez que solicita que os estudantes proponham ações para minimizar problemas ambien-
tais comuns em centros urbanos, como a poluição atmosférica, o despejo de esgoto a céu aberto, o descarte
inadequado de resíduos sólidos e o desperdício de alimentos.
LXXII
LXXIII
BNCC na Unidade
Nesta Unidade são abordados objetos de conhecimento da unidade temática Terra e Universo do 9o ano da
BNCC. Ao longo do Tema 1 é apresentado um pequeno histórico da Astronomia, destacando a contribuição de
diversos pensadores e cientistas, e, também, como o uso de novos instrumentos permitiu solidificar a visão helio-
cêntrica do Sistema Solar. Uma vez que o modelo heliocêntrico esteja bem fundamentado, serão apresentadas,
no Tema 2, páginas 220 a 231, as características dos diferentes corpos celestes que compõem o Sistema Solar,
com destaque para os planetas e o Sol, e a localização desse sistema na galáxia e no Universo, o que possibilita
o desenvolvimento da habilidade EF09CI14. Ao serem apresentadas as características do Sol, nas páginas 228
e 229, destaca-se seu ciclo evolutivo, bem como os possíveis efeitos que serão provocados em nosso planeta ao
longo desse processo, contribuindo com o desenvolvimento da habilidade EF09CI17.
Essas habilidades podem ser mobilizadas em algumas atividades da Unidade. Por exemplo, as atividades 1
e 2 da página 232 contribuem com o desenvolvimento da habilidade EF09CI14, ao solicitar que os estu-
dantes, respectivamente, descrevam alguns corpos celestes que fazem parte do Sistema Solar e que associem
características dos planetas que o compõem. A atividade 4 da página 233 complementa a abordagem dessa
habilidade, ao requerer que os estudantes esquematizem a localização da Via Láctea no Universo. Já a ativida-
de 3 da página 233 permite a mobilização da habilidade EF09CI17, pois requer que os estudantes expliquem
as consequências que poderão ser provocadas ao planeta Terra durante o ciclo evolutivo do Sol.
Alguns assuntos trabalhados na Unidade oportunizam o desenvolvimento de competências gerais e es-
pecíficas das Ciências da Natureza da BNCC. Por exemplo, no Tema 1, a apresentação das contribuições de
diferentes estudiosos e pesquisadores para o campo da Astronomia, sobretudo com relação à proposição de
modelos cosmológicos, evidencia que a Ciência é um empreendimento humano e que os conhecimentos
científicos são provisórios, conforme a competência específica 1, além de possibilitar a valorização de co-
nhecimentos historicamente construídos, conforme a competência geral 1. Ao relacionar conhecimentos de
Astronomia com a cultura de um povo, valoriza-se a diversidade cultural, conforme a competência geral 3.
LXXIV
LXXV
BNCC na Unidade
Nesta Unidade são abordados objetos de conhecimento sugeridos na unidade temática Terra e Universo
do 9o ano da BNCC.
Durante o trabalho com a abertura da Unidade, ao propor que os estudantes reflitam sobre as condições ne-
cessárias à existência de vida, inicia-se o desenvolvimento da habilidade EF09CI16. Na atividade 1, os estudantes
poderão desenvolver a competência geral 2, pois eles serão convidados a refletir e elaborar hipóteses sobre as
condições necessárias para o desenvolvimento da vida e a possibilidade de sua existência em outros locais, fora
da Terra, e a competência geral 9, ao dialogar com respeito às diversas opiniões existentes na sala de aula. Na
atividade 2, eles são incentivados a analisar, refletir e discutir sobre as implicações políticas, sociais e econômicas
da destinação de verbas para pesquisas e desenvolvimento de projetos de exploração do Universo, contribuindo
para o desenvolvimento da competência específica 4.
O Tema 1 possibilita a abordagem e a discussão da relação entre os seres humanos e os astros e o entendi-
mento de como estes auxiliavam as pessoas em atividades cotidianas, como a marcação do tempo, a agricultura,
a caça e os deslocamentos. Com isso, ao vincular o conhecimento científico às práticas culturais e sociais, contri-
bui-se para o desenvolvimento da competência geral 1 e da competência específica 1. Mitos e lendas tam-
bém são apresentados e vinculados às culturas de épocas e locais, possibilitando a aprendizagem e o respeito a
diversas culturas, contribuindo com a abordagem da habilidade EF09CI15 e do tema contemporâneo transversal
Diversidade cultural. O início do tema apresenta obras de arte para despertar a curiosidade dos estudantes a
respeito do estudo do Universo, valorizando as manifestações artísticas e culturais, expressas por meio das obras
apresentadas, contemplando, assim, o que é expresso na competência geral 3.
Ainda no Tema 1, nas páginas 244 e 245, o estudo dos mitos e a construção cultural de explicações para
fenômenos astronômicos oportunizam o desenvolvimento da competência geral 1, relativa à compreensão
da diversidade de saberes construídos sobre o mundo, e a competência geral 3, relacionada à valorização
LXXVI
LXXVII
CIÊNCIA EM AÇÃO
Objetivos das atividades propostas
Atividade 1
• Elaborar mapas mentais sobre matéria, ondas sonoras e ondas eletromagnéticas.
• Produzir um manual digital com instruções de como elaborar mapas mentais.
• Produzir um vídeo informativo com instruções de como elaborar mapas mentais.
Atividade 2
• Avaliar impactos ambientais de empresas fictícias com base na análise de dados também fictícios sobre
a quantidade de gás oxigênio dissolvido na água em trechos de um rio e sobre o número de espécies
identificadas e ameaçadas de extinção em um ambiente florestal.
• Propor ações voltadas à redução dos impactos ambientais mencionados.
• Elaborar um relatório que informe a resolução da situação-problema relativa aos impactos ambientais
produzidos pelas empresas fictícias mencionadas.
Atividade 3
• Conhecer aplicações de derivações de tecnologias espaciais no cotidiano.
• Levantar e analisar dados sobre a frequência de uso dessas tecnologias na comunidade.
LXXVIII
ANDRII MEDVEDIUK/SHUTTERSTOCK.COM
LXXIX
LXXX
1a edição
São Paulo ∙ 2022
Os autores
PROSTOCK-STUDIO/SHUTTERSTOCK.COM
2
UNIDADE 1 Na fotografia, é possível observar a formação de
ondas provocadas pelo movimento do barco. Cite
outras situações que poderiam gerar ondas na
água como as que você observou na imagem.
Resposta pessoal.
2 Se você colocar um barquinho de papel no centro
de uma bacia com água em um dia sem vento
Abertura
ondas formadas será capaz de empurrar o barco
até a parede da bacia? Resposta pessoal.
de Unidade
está se propagando somente pelo ar? Converse com
os colegas. Não. O som pode se propagar em meios materiais,
como na água e em objetos sólidos.
56 57
Os Parques Nacionais são, em geral, áreas de grande beleza As Florestas Nacionais são áreas flo-
WOLFGANG DIEDERICH/ALAMY/FOTOARENA
privadas, cujo proprietário assumiu o com- # FICA A DICA
promisso de conservar a biodiversidade. Nelas Acesse o link disponível em: https://tvbrasil.ebc.
é permitida a entrada para fins de pesquisa com.br/parquesdobrasil, acesso em: 15 maio 2022,
científica e visitação turística. São as Reservas e conheça mais sobre a biodiversidade dos parques
dos com diversos recursos Formações rochosas no alto do Parque Nacional do Itatiaia, em Itatiaia (RJ), 2021.
determinada região geográfica.
fotografias, obras de arte, Nelas é permitida a instalação de moradias, desde que não representem
formas de agressão ao ambiente.
A expressão uso sustentável refere-se à utilização dos recursos
Atividades
MISSÕES de longo prazo no espaço afetam cérebro dos astronautas. Diário da saúde, [s. l.], 14 out. 2021. Disponível
ADÃO
6.
b) Cite algumas outras possíveis consequências para a saúde do ser humano após a permanência
no espaço por muito tempo.
Gliese 581 é uma estrela que está a 20 anos-luz da Terra. O sistema planetário dessa estrela é
Nas seções de Atividades, ao fim
ADÃO. [Acabo de
SELMA CAPARROZ
você estudou, isso seria possível?
b) Considerando as características da vida na Terra, cite alguns fatores que os cientistas procu- 1
ram em outros planetas para classificá-los como com potencial para abrigar vida.
INTEGRANDO • Atividades
MATEMÁTICA
NÃO ESCREVA
com NO LIVRO.
2. Terra e Marte: aproximadamente 0,5 UA. Marte e Netuno: aproxi-
madamente 28,5 UA. Mercúrio e Vênus: aproximadamente 0,3 UA.
1 As duas Voyager passaram bem próximo de alguns planetas antes de saírem do Sistema Solar.
De acordo com o esquema apresentado, e lembrando que 1 UA corresponde à distância da Terra
ao Sol, quais foram esses planetas e quais são suas distâncias aproximadas do Sol em UA?
3
Segundo o quadro, qual é a distância média, em UA, entre Terra e Marte, entre Marte e Netuno e
entre Mercúrio e Vênus?
Converse com um colega sobre a importância de utilizar uma unidade de medida adequada às
Em 1977, as sondas idênticas, Voyager 1 e Voyager 2 foram lançadas ao espaço com o obje- dimensões do que se está estudando. Escreva no caderno um pequeno texto com as principais
ção com diversas áreas do conheci à comunidade com o objetivo de mostrar aos observadores as grandes distâncias que existem
entre os componentes do Sistema Solar. Resposta nas Orientações para o professor.
Para a montagem do modelo, sigam estas orientações:
EDITORIA DE ARTE
• A escala deve ser feita no chão e, sobre ela, devem ser colocadas as representações dos
DANIEL BOGNI
19 UA do Sol; e Netuno está a aproximadamente
30 UA do Sol.
234 235
• Preciso de...
• 3 comprimidos efervescentes;
• 3 copos descartáveis de plástico transparente;
• 100 mL de água à temperatura ambiente;
• 100 mL de água gelada;
• 100 mL de água quente;
• caneta hidrográfica.
Oficina científica
• Mãos à obra
A. Numerem os copos de 1 a 3 e os coloquem um ao lado do outro
Nesta seção, você é convidado a aprofun
dar seus conhecimentos sobre determi
sobre uma mesa.
B. Coloquem 100 mL de água à temperatura ambiente no copo 1
e 100 mL de água gelada no copo 2.
C. Peçam ao professor que coloque 100 mL de água quente no
copo 3.
D. Um dos membros do grupo deve segurar dois comprimidos efer-
1 2 3
vescentes, cada um com uma mão, à mesma altura, sobre os
2
observado por meio da formação de bolhas. O que vocês puderam observar nessa atividade em relação
a esse fato?
Para conservar muitos alimentos e retardar seu processo de decomposição, costumamos mantê-los na
atividades simples, que utilizam materiais
de fácil obtenção e contribuem para o de
geladeira. Relacionem essa informação com a atividade desenvolvida.
53
senvolvimento de diversas competências.
D3-CIE-F2-2104-V9-U1-LA-G24_AV3.indd 53 21/07/22 23:59
Você verá que as Ciências da Natu- intensidade podem causar problemas para que algumas
espécies se comuniquem, se reproduzam, encontrem
alimentos e fujam de predadores, o que prejudica a
sobrevivência e pode provocar a redução das populações.
situações cotidianas que envol- seres humanos como para outros seres vivos.
Glossário
desagradável.
dente da vida moderna, também nos adoece, com danos diretos, como
nossa relação com o ambiente e a perda de audição e elevação da pressão arterial, mas também indiretos, como a redução
do desempenho dos estudantes, aumento do estresse e diminuição da produtividade
dos trabalhadores.
Apresenta o significado
a poluição sonora é capaz de gerar efeitos nocivos crônicos à saúde.
[...]
contextualizado de algu-
tas eletrônicas, além de imagens e
O tempo de exposição tolerável a um som também varia Limites de exposição a ruídos
de acordo com a intensidade dele. Observe na tabela o limite
indicado para alguns níveis de ruído. Observe também a seguir
alguns exemplos de sons e seu nível sonoro em escala.
Nível de Máxima exposição
ruído, em dB diária permissível mas palavras ainda não
algumas atividades para auxiliá-lo Fonte dos dados: BRASIL. Ministério do Trabalho e Previdência. NR 15:
atividades e operações insalubres. Brasília, DF: MTP, 29 out. 2020.
85
95
8 horas
2 horas
vistas no material e que
105 30 minutos
20 25 30 35 40 45 50 55 60 65 70 75 80 85 90 95 100 105 110 115 120 125 130 135 140 145 150 155
formação como cidadão consciente Elaborado com base em: WESTIN, Ricardo. Poluição sonora prejudica a saúde e preocupa especialistas. Senado Notícias, Brasília, DF,
29 maio 2018. Disponível em: https://www12.senado.leg.br/noticias/especiais/especial-cidadania/poluicao-sonora-prejudica-a-saude-e-
preocupa-especialistas/poluicao-sonora-prejudica-a-saude-e-preocupa-especialistas. Acesso em: 28 abr. 2022.
Representação de escala de nível sonoro em decibéis (dB), com alguns exemplos. Sons acima de 70 dB são con-
e atuante na sociedade.
siderados, em geral, desconfortáveis; acima de 85 dB, prejudiciais à saúde auditiva; e acima de 100 dB, podem
causar danos irreversíveis.
78
Pense bem
PENSE BEM Resíduos
Os resíduos que produzimos em
nossas residências também
devem receber nossa atenção,
AS CORES NÃO
SÃO REAIS. Esta seção aborda assuntos rela-
IMAGENS FORA
Água
Diversas atitudes contribuem com a redução do desperdício de
e inclusão social. Esses assuntos
são imprescindíveis para construir
água, proporcionando economia de seu consumo. Outras evitam sua
contaminação, favorecendo a manutenção de sua qualidade. A seguir estão
Alimentos
algumas atitudes voltadas para o cuidado com a água. Também podemos agir de
forma sustentável com
ALEX SILVA
agrotóxicos e
fertilizantes.
Ar
O cuidado com a qualidade do ar pode
ser feito em conjunto com ações
1. Resposta pessoal. Professor, o objetivo da atividade é fazer os estudantes refletirem sobre a importância das
ações individuais para a sustentabilidade e a conservação do ambiente.
cessidades de um indivíduo ou co-
que evitam, ou ao menos reduzem, a • Atividades NÃO ESCREVA
2 Escolha um grupo de pessoas, como os colegas de sala, a comunidade escolar, as pessoas com
O ASSUNTO É... 3G
A telefonia móvel tornou-se
popular no mundo na década de 1G 2G 4G
1960 e na década de 1990 no Brasil.
A partir daí, a cobertura e os serviços 5G
possíveis aumentaram a cada geração.
Tecnologia 5G
O assunto é... O termo “5G” diz respeito à quinta geração da tecnologia utilizada em
redes móveis, por meio das quais é possível acesso à internet, em que os dados
A evolução da internet móvel
1G – Fazia apenas serviço de comunicação por voz.
2G – Permitia uso da internet e o envio/recebimento de mensagens de texto de forma limitada.
3G – Presente nos smartphones, possibilitou o uso de aplicativos, redes sociais e localização via GPS.
são transmitidos e recebidos por meio de ondas eletromagnéticas. Suas vanta- 4G – Ampliou os serviços com internet e chamadas em vídeo.
Nesta seção há um infográfico que o gens são maior velocidade de conexão e download de dados, além de menor
tempo de resposta para os comandos executados, tornando-a praticamente
instantânea. Essa tecnologia contribui para que a sociedade se torne mais conec-
5G – Expande a conexão sem fio para além dos telefones móveis, com resposta em tempo real.
EDUCAÇÃO
Elaborado com base em: MOTA, Vitor Luiz Gomes et al. Evolução da tecnologia de
telefonia móvel e estudo e caracterização de um sistema móvel 5G de quinta geração.
Engevista, Rio de Janeiro, v. 21, n. 1, p. 154-175, 22 fev. 2019. Disponível em: https://
economizando tempo dos 1. Nessa faixa de frequência, elas são do tipo micro-ondas.
1
e debates.
usuários. O acesso à internet móvel pode operar por meio de ondas eletromagnéticas na faixa de fre-
Elaborado com base em:
quência de 1010 Hz. Qual é, portanto, o tipo de onda eletromagnética utilizada?
GUIMARÃES, Leonardo. Leilão 5G: 2. Resposta pessoal.
cirurgia remota, carro autônomo e 2 A tecnologia 5G tem ampliado as possibilidades de conexão entre o mundo físico e o mundo
outras inovações ficarão próximas. digital, fortalecendo o que se denomina Internet das coisas. Forme um grupo com seus colegas
CNN Brasil Business, São Paulo,
2 jul. 2021. Disponível em: https:// e façam uma pesquisa sobre o significado dessa expressão. Depois, criem um cartaz digital para
www.cnnbrasil.com.br/business/ ilustrar seu significado e apresentem-no ao restante da turma. Aproveitem para pesquisar todos
leilao-do-5g-entenda-a-importancia-
da-evolucao-da-internet-para-o-
os termos citados no texto cujo significado tenha gerado dúvidas e incorporem-nos ao trabalho.
brasil/. Acesso em: 6 abr. 2022.
BENTINHO
Comer e
para cada atividade. LEMBREM-SE: existem diversas maneiras de se construir um
hidratar-se
mapa mental. Escolham a maneira que mais agrade ao grupo.
SPEEDKINGZ/SHUTTERSTOCK.COM
Alongar-se
Tomar sol
Corpo
Fazer pausas
curtas
Organizado
Iluminado
desafiadores. Ao final da seção,
vocês encontrarão um roteiro que
Fixar
Ler livro sobre
Mente horário
outros assuntos Tempo Música calma
Silencioso ou
Ambiente
ambiente
Conversar Foco nos
estudos
Organizar a
sequência do
Objetivos
Offline
Arejado
Bloquear
vai orientá-los durante o desen-
estudo Desligar sites fora
Priorizar o
que é mais
celular
Como?
do estudo
Outras maneiras
• Uma dobra no tempo, de Ava DuVernay. Estados Unidos: Whitaker Entertainment
Pictures, 2018. (109 min).
Visitar
Dr. Murry, com seu incrível conhecimento de física, consegue desenvolver um dispositivo
• Centro de Ciências da • Monumento Natural Estadual das que transforma ondas sonoras em ondas e luz; essa invenção cria uma instabilidade
de aprender
Universidade Federal de Juiz Fora Árvores Fossilizadas temporal que gera uma dobra no espaço, ocasionando a abertura de um portal para
Rua José Lourenço Kelmer, s/n, Praça Bielândia, a 50 km de Filadélfia (TO). outros planetas.
Cívica do campus da Universidade Disponível em: https://pit.turismo. • Extraordinário, de Stephen Chbosky. Estados Unidos: Paris filmes, 2017. (113 min).
Federal de Juiz de Fora, Juiz de Fora to.gov.br/pt/atracoes/filadelfia/natureza/
Auggie Pullman apresenta alterações no formato de seu rosto por causa de uma síndrome
(MG). Disponível em: https://www2.ufjf. monaf-monumento-natural-das-arvores-
genética que afeta o desenvolvimento dos ossos. Por alguns anos de sua vida, ele foi
br/centrodeciencias/. fossilizadas-do-tocantins.
guimaraes/guia-do-visitante.html. • Geração Marte, de Michael Barnett. Estados Unidos: Netflix, 2017. (97 min).
para assistir com diferentes te- A Cachoeira Véu de Noiva, formada pelo rio Coxipó, tem
86 m de queda livre e é o principal ponto de visitação do
(Acessos em: 14 jun. 2022.) O documentário mostra o treinamento de adolescentes que desejam ser astronautas em
um acampamento educacional nos Estados Unidos. O treinamento é direcionado à explo-
ração do planeta Marte.
Uma forte tempestade atinge Marte durante uma exploração por um grupo de astronau-
tas, o que obriga o cancelamento da missão. O grupo é forçado a retornar à Terra sem
um de seus membros, Mark Watney, que foi dado como morto. Watney, no entanto, está
complementar seu aprendizado vivo. Sozinho e com poucos recursos, ele precisa lutar por sua sobrevivência no planeta
marciano, utilizando seus conhecimentos para produzir alimentos, água e gás oxigênio, e
tentar se comunicar com a Terra para um possível resgate.
Micro-ondas
AS CORES NÃO Ondas eletromagnéticas na faixa de frequência entre 109 Hz e
SÃO REAIS. 1011 Hz são chamadas micro-ondas. Elas são consideradas ondas de
rádio de alta frequência.
As micro-ondas utilizadas em sistemas de comunicação, como
emissoras de rádio, televisão e telefonia móvel, não são refletidas pela
ionosfera, sendo necessário o uso de torres de retransmissão. Em algumas
IMAGEM FORA transmissões de televisão e telefonia móvel, a retransmissão também
pode ser feita por satélites artificiais – equipamentos de observação
DE PROPORÇÃO. científica, telecomunicação ou pesquisa – em órbita ao redor da Terra.
O uso de satélites artificiais na retransmissão de ondas de alta frequência
aumenta o alcance das informações das fontes emissoras.
SELMA CAPARROZ
IMAGEM FORA
DE PROPORÇÃO.
Cores e proporções
Torres
emissoras
res diferentes das reais e com ele- públicas. O radar móvel emite uma onda eletromagnética em
direção ao veículo e, nesse momento, a contagem do tempo
é iniciada. A onda é refletida no veículo e retorna ao aparelho,
dinâmica dos meios digitais.
mentos em diferentes proporções que compara o tempo entre a emissão e a recepção da onda e a
distância do equipamento ao veículo, determinando sua velocidade.
Atividades .............................................................................. 28
TEMA 3. A constituição da matéria .................................................... 30
Evolução dos modelos atômicos .................................................. 30
Átomos e elementos químicos..................................................... 35
Atividades .............................................................................. 37
TEMA 4. A tabela periódica............................................................. 38
Hidrogênio .......................................................................... 40
Metais ............................................................................... 41
Não metais .......................................................................... 42
Gases nobres ....................................................................... 42
Atividades .............................................................................. 43
TEMA 5. Balanceamento e análise de reações químicas no ambiente.............. 45
Balanceamento de reações químicas ............................................. 47
Reações químicas no ambiente ................................................... 49
Atividades .............................................................................. 51
Oficina científica • Taxa de desenvolvimento das reações químicas ................ 53
O assunto é... • Aplicações dos elementos químicos ................................. 54
UNIDADE
UNIDADE
UT
/S H
LS
TEMA 1. Do rádio à luz visível ......................................................... 84
KM
Ondas de rádio ...................................................................... 86
Micro-ondas......................................................................... 88
Infravermelho ....................................................................... 89
Luz visível ........................................................................... 90
Entre contextos • Aplicações do laser na saúde ...................................... 95
Atividades .............................................................................. 97
Oficina científica • Compondo cores .................................................. 99
TEMA 2. Do ultravioleta aos raios gama ............................................ 100
Ultravioleta........................................................................ 100
Raio X.............................................................................. 101
Raios gama ....................................................................... 103
Integrando com História • Promessas e perigos da radioatividade................ 104
Pense bem • Câncer, radiação e coração ............................................ 106
Atividades ............................................................................ 108
O assunto é... • Tecnologia 5G ........................................................ 110
UNIDADE
UNIDADE
ONDREJ P
R OS
ERNESTO REGHRAN/
I CK
Y /S
PULSAR IMAGENS
HU
TT
ER
ST
OC
K.C O
M
10
UNIDADE
11
1
Competências
Gerais: 1, 2, 4 e 5
Específicas: 1, 2, 3 e 6
UNIDADE
Habilidades
• EF09CI01
• EF09CI02
• EF09CI03 INVESTIGANDO
Temas contemporâneos
transversais A MATÉRIA
• Ciência e Tecnologia
• Educação ambiental
12
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
D3-CIE-F2-2104-V9-U1-LA-G24.indd 12 17/07/22 09:59 D3-C
ABERTURA DE UNIDADE
As páginas de abertura da Unidade têm oxidação da luciferina, cuja reação é catalisada
como objetivo despertar a curiosidade dos es- pela enzima luciferase.
tudantes a respeito das reações químicas que Questionar os estudantes a respeito de outros
ocorrem na natureza, apresentando o exem- animais que produzem luz. Possíveis respostas
plo da bioluminescência. Se desejar, explicar são os vaga-lumes e algumas espécies de besou-
aos estudantes que esse fenômeno envolve a ros, lulas e peixes abissais.
12
13
13
1
estado sólido para o estado gasoso.
1. ESTADOS E TEMA
TRANSFORMAÇÕES ESTADOS E
FÍSICAS DA MATÉRIA
Relembrar com os estudantes
TRANSFORMAÇÕES
o conteúdo sobre transformação
física, pedindo que citem outros
FÍSICAS DA MATÉRIA
exemplos que possivelmente
ocorrem no ambiente mostrado A Química é a ciência que estuda as propriedades da matéria e
suas transformações. Na natureza, podemos identificar diversos exemplos
na fotografia da página, como a
de transformações da matéria, conforme representado na fotografia a
quebra de partes das geleiras.
seguir. Observe-a.
No estado sólido, as partícu-
las que compõem a matéria não 1 Quais tipos de transformações mais evidentes podem estar acontecendo
podem se mover facilmente, o com a água na imagem?
que torna o material rígido; en-
tretanto, as partículas não ficam 2 As transformações que você citou no item anterior são físicas ou químicas?
São transformações físicas.
imóveis, elas vibram. Esse movi-
mento aumenta com a elevação Matéria é tudo aquilo que tem massa e ocupa lugar no espaço.
da temperatura. Ao observar a imagem, é possível identificar que a matéria está presente
Existem mais dois estados físi- em todo lugar, e em diversos estados físicos.
Toda matéria, como a água por exemplo, é formada por partículas
cos da matéria que optamos por
submicroscópicas, ou seja, de tamanho tão reduzido que não podem ser
não abordar, respeitando o nível
observadas nem mesmo por microscópios convencionais.
FOTO 4440/SHUTTERSTOCK.COM
escolar dos estudantes e os obje- A matéria pode se apresentar nos estados sólido, líquido e gasoso.
tivos propostos. Se julgar neces- Em cada estado físico, as partículas têm maior ou menor movimento. Observe.
sário, comentar sobre o plasma
(partículas carregadas seme- No estado gasoso, como no ar atmosférico:
lhantes em comportamento aos • as partículas estão afastadas umas das outras;
• as partículas têm interação fraca entre si, o
gases, mas a temperatura muito que permite intensa movimentação; AS CORES NÃO
SÃO REAIS.
elevada, como observado no Sol) • essa interação possibilita que os gases não
apresentem volume nem forma definidos. IMAGENS FORA
e o condensado de Bose-Einstein DE PROPORÇÃO.
Blocos de gelo Elaborado com base em: ATKINS, Peter; JONES, Loretta; LAVERMAN, Leroy. Princípios de química:
na Antártida. questionando a vida moderna e o meio ambiente. 7. ed. Porto Alegre: Bookman, 2018. p. F5.
14
14
do mar, a altitude é de 0 m, e a
pressão atmosférica é máxima.
Dependendo da pressão at-
mosférica, a temperatura de mu-
dança de estado físico de uma
substância irá variar. No caso da
água, o ponto de fusão é de 0 °C
ao nível do mar, porém, em alti-
tudes diferentes, essa tempera-
tura pode ser alterada.
UMARAZAK/SHUTTERSTOCK.COM
da, no intervalo I, a água cede
energia térmica para o ambiente,
e a temperatura passa de 10 °C
para 0 °C, atingindo o ponto
de solidificação, no qual passa
do estado líquido para o sólido.
No momento da solidificação,
que corresponde ao intervalo de
tempo II, a temperatura da água
não varia. Enfatizar que, no inter-
valo de tempo III, após atingir o Gelo em forminhas no congelador.
estado sólido, a água continua
cedendo energia térmica, e sua 16
temperatura continua a baixar,
até que seja atingido o equilíbrio
térmico com o ambiente. Nesse Um exemplo pelo qual
D3-CIE-F2-2104-V9-U1-LA-G24.indd 16 os estudantes podem se sobre o super-resfriamento da água, recomendar 17/07/22 09:59 D3-C
caso, o ambiente pode ser um interessar é sobre o super-resfriamento da água, que acessem o texto e o vídeo sugeridos no #FICA
congelador, que, em geral, é também chamado de sobrefusão. Sob certas con- A DICA, Estudante da próxima página.
ajustado para manter uma tem- dições, a água pode chegar em um estado me- Outro fator que altera a temperatura de soli-
peratura entre _4 °C e _10 °C. taestável em que atinge uma temperatura menor
dificação são as proteínas anticongelantes. Elas
Para mais informações sobre que a de solidificação e permanece no estado
o resfriamento de materiais até são capazes de impedir a solidificação da água
líquido. Esse estado pode ser atingido quando
a proximidade do zero absolu- ocorre um resfriamento lento e ininterrupto da no ponto de congelamento. Essas proteínas são
to, assistir ao vídeo indicado no água em um congelador. Ao ser retirada do con- encontradas em alguns animais e plantas de re-
#FICA A DICA, Professor da gelador, ela ainda está no estado líquido e, ao me- giões muito frias e evitam que cristais de gelo da-
próxima página. nor movimento, congela. Para mais informações nifiquem suas células.
16
Intervalo I: a água no estado Intervalo II: ocorre solidificação madas de pontes de hidrogê-
Temperatura (ºC) líquido tem sua temperatura da água e a temperatura se –273,15 °C. Ver mais infor-
reduzida de 10 °C para 0 °C. mantém constante. mações nas Orientações nio, formam um rearranjo das
10 para o professor. moléculas de água, que resulta
na ampliação do seu volume.
5
3. A água irá congelar Por isso, a água no estado sóli-
Tempo e com isso a garrafa do ocupa um volume maior do
0
ficará estufada, ou pode que a mesma quantidade de
–5 acontecer o rompimento
de suas paredes ou da água no estado líquido. Para
–10 tampa. Isso acontece outras substâncias, a menor agi-
porque, no caso da tação das moléculas, por causa
Intervalo III: a temperatura da água
água, ao congelar, suas
sólida passa de 0 °C para _10 °C.
partículas se afastam e da diminuição da temperatura,
Fonte dos dados: BROWN, Theodore L. et al. Química: a ciência central. 13. ed. ocupam maior espaço no resulta em uma contração da
São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2016. p. 483. interior da garrafa. matéria.
4. O gelo flutua na água Ao abordar a questão 3,
Densidade da água nos estados sólido e líquido porque a densidade da orientar os estudantes a ima-
água no estado sólido é
Em quase todos os materiais, quando ocorre redução da agitação menor do que a da água
ginar a situação, de maneira a
das partículas, ou seja, redução da temperatura, a tendência é que as no estado líquido. No visualizar o que acontece tanto
partículas se aproximem umas das outras e, portanto, haja redução no estado líquido, a água com a água quanto com a gar-
pura tem densidade
volume do material. Entretanto, a água é uma das poucas exceções em
1 g/cm3 e, no estado
rafa plástica.
que, no estado sólido, as partículas se afastam. Assim, ao passar para sólido, a água pura tem
o estado sólido, a água tem seu volume aumentado, o que reduz sua densidade 0,92 g/cm3,
densidade; por isso o gelo flutua na água líquida. ao nível do mar.
A densidade (d) é a relação entre massa (m) e volume (V). Essa
relação indica que, se a mesma quantidade de matéria ocupar um espaço
maior, o valor de sua densidade diminui e, ao contrário, se a mesma quan- 3 O que acontece
tidade de matéria ocupar um espaço menor, sua densidade aumenta. se deixarmos no
congelador uma
Para determinar a densidade, podemos usar a fórmula:
garrafa plástica de
água mineral cheia
m
d= e tampada de um
V dia para o outro?
Por quê?
A densidade é expressa em quilograma por metro cúbico (kg/m3)
4 Por que o gelo flutua
ou em grama por centímetro cúbico (g/cm3). na água líquida? Em
O valor da densidade da água pura no estado líquido ao nível do sua resposta, utilize
mar é de, aproximadamente, 1 g/cm3. Já a densidade da água pura no o termo densidade.
estado sólido ao nível do mar é de 0,92 g/cm3.
17
17
DAVID. PIMBOROUGH/SHUTTERSTOCK.COM
valo I, ao atingir os 100 °C, a inferior a 0 °C, ele vai aquecer até 0 °C e o
água encontra-se em ebulição processo de fusão terá início, o que fará o
e está no estado líquido, nessa gelo passar para o estado líquido. Ao atingir a
temperatura. Conforme vai per- temperatura de ebulição, que é de 100 °C ao
correndo o patamar (trecho II), nível do mar, as partículas de água se despren-
vai se transformando em vapor, dem para o ambiente, passando para o estado
gasoso. Se a panela não estiver tampada, é pos-
gradativamente. Evidenciar que,
sível observar uma rápida redução no volume
durante o intervalo de tempo II, do líquido em seu interior. Esse processo rápido
ocorre a vaporização, por isso a da passagem do estado líquido para o estado
temperatura não varia. Mostrar gasoso recebe o nome de ebulição, um tipo
no gráfico que, ao passar para o de vaporização.
estado gasoso, no intervalo III, a
água se encontra em temperatu- Vaporização
ras superiores a 100 °C.
Líquido Gasoso
Explicar aos estudantes que o
vapor que observamos ao ferver O gráfico a seguir representa a variação
a água é formado por água em da temperatura da água ao longo de determi-
estado líquido, na forma de go- nado tempo. Nesse período, a água recebe
tículas. Comentar que o estado energia térmica e ocorre ebulição, ou seja, há
gasoso da água é invisível, como mudança de estado físico.
os gases que compõem o ar. Panela com água
Ao mencionar a evaporação, fervendo. Curva de temperatura da água na ebulição
ressaltar que, durante todo o
25
Tempo
0
Intervalo II: ocorre ebulição da água
e não há mudança de temperatura.
Fonte dos dados: BROWN, Theodore L. et al. Química: a ciência central. 13. ed. São Paulo: Pearson
Education do Brasil, 2016. p. 483.
18
18
RAWF8/SHUTTERSTOCK.COM
em anos anteriores, identifi-
Água
cando as diferentes mudanças
de estado físico da água que
ocorrem nele.
Além da temperatura, pres-
sões muito altas também po-
Água
dem levar uma substância a
passar do estado gasoso para o
líquido, uma vez que a pressão
Se um copo com água é deixado no ambiente, após algum tempo percebemos irá diminuir a distância entre as
que há diminuição do volume de água em seu interior. moléculas.
Agora, observe novamente a tampa da panela da fotografia da Se desejar, retomar o conteú-
página anterior. Considerando que a tampa não entrou em contato com do sobre separação de misturas,
a água, de onde surgiram as gotas? estudado em anos anteriores, e
A formação de gotas na tampa da panela ocorre porque as par- relembrar que, na destilação,
tículas de água, que se encontram no estado gasoso, ao entrarem em separa-se uma mistura de dois
contato com uma superfície mais fria, nesse caso, a tampa, cedem líquidos com pontos de ebuli-
energia térmica a ela. Há redução da agitação e aumento de interação ção diferentes. Nesse processo,
entre as partículas, até que ocorre a mudança do estado gasoso para o o líquido de menor ponto de
estado líquido, ou seja, a condensação. ebulição vaporiza primeiro e
se condensa no condensador,
Líquido Gasoso
sendo coletado em um frasco
separado, novamente no esta-
Condensação
do líquido.
19
19
deposição.
Um exemplo de sublimação acontece com o gelo-seco. Ele é formado
Comentar que um exemplo de
por gás carbônico no estado sólido, à temperatura de aproximadamente
sublimação inversa é a formação
–78 °C. Ao ser colocado à temperatura ambiente, ele recebe energia térmica
de nuvens de neve. Em tempera- e suas partículas começam uma agitação vigorosa, aumentando a distância
Gelo-seco, que pode ser
turas muito baixas, as moléculas entre elas, desprendendo-se e passando diretamente para o estado gasoso.
utilizado em laboratórios para
de vapor de água perdem muita resfriar amostras.
energia de forma muito rápida. Pressão e mudanças do
Mesmo que as moléculas este-
jam em um estado de grande estado físico da matéria
agitação, quando elas entram Você já percebeu que os alimentos cozinham mais rapidamente em
em contato com uma superfície AS CORES NÃO IMAGENS FORA uma panela de pressão? Para entender por que isso acontece, acompanhe
SÃO REAIS. DE PROPORÇÃO.
de temperatura muito abaixo a situação a seguir.
do ponto de congelamento da Menor pressão
BENTINHO
água, podem se transformar di- 1
Em uma
retamente em gelo. seringa, um Maior
professor pressão
Pressão e mudanças do colocou uma
estado físico da matéria pequena
quantidade de
água aquecida.
Se possível, reproduzir o experi- Em seguida,
mento da seringa em sala de aula, fechou a ponta
2
com massa de
demonstrando-o aos estudantes. modelar. Então, o professor puxou vagarosamente o êmbolo
da seringa, reduzindo a pressão no interior dela. Os
Separar antecipadamente duas estudantes puderam observar a água em ebulição a
seringas grandes, de aproximada- uma temperatura inferior a 100 °C.
mente 50 mL, massa de modelar
Representação da execução de um experimento.
e água aquecida (atenção para
Esse efeito ocorreu porque, quanto menor a pressão sobre a
a temperatura da água, que não
matéria, mais facilmente suas partículas se distanciam umas das outras,
deve estar muito elevada). Verifi-
o que reduz a força de interação entre elas e facilita que se desprendam.
car a possibilidade de aquecer a Na panela de pressão, o processo é o contrário: o aumento da
água na cozinha da escola ou de pressão aproxima as partículas, intensificando a força de interação entre
levar a água aquecida em uma elas. Dessa forma, é mais difícil a passagem do estado líquido para o
garrafa térmica para a sala. gasoso. Assim, mais energia térmica precisa ser fornecida para que
Ao puxar o êmbolo da seringa ocorra a ebulição, ou seja, a temperatura necessária para a água atingir
fechada, a pressão dentro dela a ebulição é maior. Logo, os alimentos cozinham a uma temperatura mais
diminui, porque o volume au- elevada e, portanto, de forma mais rápida.
menta. Assim, o ar dentro da se-
ringa tem espaço maior para que
20
suas partículas se movimentem,
fazendo menor pressão sobre a
superfície do líquido. D3-CIE-F2-2104-V9-U1-LA-G24.indd 20
#FICA A DICA, Estudante
17/07/22 09:59 D3-C
Explicar aos estudantes que, Para informações sobre como os cientistas desco-
em razão da diferença de pres- briram que a pressão atmosférica varia de acordo
são, os pontos de fusão, solidi- com a altitude, apresentar o site a seguir.
ficação e ebulição podem variar • PIMENTEL, Beto. Física na Montanha. Ciência
em diferentes altitudes, enfa- hoje das crianças, [s. l.], 26 out. 2011. Disponível
tizando que, por esse motivo, em: http://chc.org.br/coluna/fisica-na-montanha/.
usa-se a pressão ao nível do mar Acesso em: 19 jun. 2022.
como padrão.
20
10
A
4. Verificar se o estudante com-
2 5 preende a relação apresentada
B
no gráfico. Lado esquerdo da
Tempo (min)
0 20 100 barra verde: água no estado
–5 líquido; lado direito, no estado
C
gasoso. Em uma pressão infe-
1 –10
rior a 1 atm, a temperatura em
que ocorre a ebulição da água
é inferior a 100 °C. Conforme
Com base no gráfico, analise as afirma-
a pressão aumenta, ocorre
AS CORES NÃO IMAGEM FORA tivas a seguir e corrija as falsas.
SÃO REAIS. DE PROPORÇÃO. um aumento da temperatura
I. As indicações A e C representam,
a) Que mudança de estado físico está
de ebulição da água, com va-
respectivamente, a condensação e a
acontecendo na água em 1? E em 2? solidificação da água.
lores superiores a 100 °C. É o
b) Explique o que acontece com as partí-
que ocorre na panela de pres-
II. A indicação B representa o momento
culas que formam a água durante essas em que a água apresenta estado físico
são: a água atinge o ponto de
mudanças de estado físico. líquido. ebulição a 120 °C. Isso ocorre
Respostas nas Orientações para o professor. porque, quanto maior a pres-
21 são sobre a superfície da água
no interior da panela, maior a
dificuldade de suas partículas
se movimentarem e passarem
09:59 ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
D3-CIE-F2-2104-V9-U1-LA-G24_AV3.indd 21 21/07/22 22:32 de um estado para outro. Re-
lembrar aos estudantes que
ATIVIDADES atm é a sigla para atmosfera,
uma unidade de medida de
As atividades desta página contribuem para a b) No estado líquido, as partículas estão um pouco pressão. Enfatizar que as pres-
mobilização da habilidade EF09CI01. afastadas umas das outras. A interação entre elas sões alcançadas pela panela
2. a) No estado sólido, as partículas estão próximas permite movimentos moderados. Essa interação de pressão são muito altas e
umas das outras. Elas apresentam uma forte inte- mantém os líquidos com volume constante, mas que sua explosão pode causar
ração entre si, o que limita a sua movimentação. com a forma do recipiente que os contém. graves acidentes. Por esse mo-
Essa interação mantém os sólidos com volume e c) No estado gasoso, as partículas estão afas- tivo, ela deve ser manipulada
forma constantes. tadas umas das outras. As partículas têm in- somente por adultos.
21
WP-7824/SHUTTERSTOCK.COM
I. As indicações A e C repre- sobre vidros ou espelhos, como mostra a fotografia. Isso ocorre
sentam o momento em que quando o vapor de água entra em contato com superfícies frias.
a água se encontra no estado a) Qual mudança de estado físico ocorre na situação descrita?
físico líquido e no estado físico b) Explique o comportamento das partículas de água durante essa
sólido, respectivamente. Em mudança de estado físico. 6. a) Condensação.
ambos os momentos, a água
7. Analise o gráfico e faça o que se pede.
tem sua temperatura diminu-
ída e cede energia térmica. Curva de aquecimento da água
II. A indicação B representa o Temperatura (ºC)
25
Auxiliar os estudantes a inter- I
Tempo (min)
0 A
pretar o gráfico. Enfatizar que 7. a) Em I está ocorrendo a –25
fusão e em II, a vaporização.
o eixo x refere-se ao tempo,
indicado em minutos, e que o a) Que mudança de fase está ocorrendo em I e II indicados no gráfico?
eixo y refere-se à temperatura, b) Qual estado físico da matéria a água apresenta nas posições A, B e C, no gráfico?
indicada em °C. c) Desenhe o comportamento das partículas de água nos estados físicos representados por
A, B e C. 7. c) Resposta nas Orientações para o professor. 7. b) A – sólido; B – líquido; C – gasoso.
7. Além da verificação de apren- d) Analise a tirinha. Depois, copie em seu caderno a expressão a seguir que melhor descreve a
dizagem dos estudantes, esta relação entre os números 1, 2 e 3 e as informações do gráfico.
atividade contribui para o de-
©MAURICIO DE SOUSA EDITORA LTDA.
senvolvimento de leitura de
gráficos e inferência. 3
3
c) Espera-se que os estudantes
2
desenhem partículas próximas 2
umas das outras e pouco agi-
tadas para representar a água 1
no estado sólido (A); partículas
mais distantes e mais agitadas Tira Turma do Bidu no 6352. Banco de Imagens MSE. ©Mauricio de Sousa Editora Ltda.
para representar a água no
estado líquido (B); e partículas 1. II I
1=AH2=BH3=C 3. I II
1=AH2=BH3=C
bem distantes e bem agitadas
para representar a água no es- 2. I II 4. II I
2=BH1=AH3=C 1=BH2=AH3=C
tado gasoso (C).
d) Auxiliar os estudantes a re- 7. d) Alternativa 3. Mais informações nas Orientações para o professor.
lacionar as informações da ti- 22
rinha às do gráfico. No caso,
eles devem relacionar os esta-
dos físicos representados nos D3-CIE-F2-2104-V9-U1-LA-G24.indd 22 17/07/22 09:59 D3-C
D. Peça a um adulto que acenda o fogão e ajude você a ler a marcação do ter- Isopor Água da etapa B, não será necessá-
mômetro a cada 1 minuto transcorrido. rio esperar a água vaporizar por
E. Destaque o momento de início da fervura da água e monitore a temperatura completo, já que não será pos-
por mais 10 minutos. Depois, peça ao adulto que desligue o fogão. Organize Leiteira
sível determinar a temperatura
seus registros em uma tabela em seu caderno.
IMAGEM FORA
DE PROPORÇÃO.
AS CORES NÃO
SÃO REAIS.
do vapor de água.
Este experimento possibilita
• E aí? NÃO ESCREVA
NO LIVRO.
Representação da que os estudantes façam obser-
etapa C.
vações, coletem e analisem da-
1 Que mudanças de estado físico estão envolvidas no experimento? Descreva-as com base no compor-
tamento submicroscópico da água. Respostas nas Orientações para o professor. dos e procedimentos realizados
na Ciência. Caso o experimento
2 A partir dos resultados do experimento, elabore um gráfico para cada mudança de estado físico inves- não apresente o resultado espe-
tigada. Para tanto, utilize como modelos os gráficos estudados anteriormente.
rado, incentivar que eles levan-
tem hipóteses sobre o motivo.
23 Uma variável que pode influen-
ciar o resultado é a altitude.
2
2. TRANSFORMAÇÕES TEMA
QUÍMICAS DA MATÉRIA
Este Tema contribui para o TRANSFORMAÇÕES
desenvolvimento da habilidade
EF09CI02. Solicitar aos estudan-
QUÍMICAS DA MATÉRIA
tes que respondam às questões
orais, que têm o objetivo de ve- Observe o fruto verde do jenipapo, do qual é extraído um corante
rificar os conhecimentos prévios utilizado por alguns povos indígenas brasileiros em pinturas corporais.
Em seguida, responda às questões.
que possuem.
Sobre o jenipapo e a importân- A OG
RA
FI A
B RA
FI A
OT OG
cia desse fruto para a produção 7 cm
T
F
FO
O
A IC
CO
de corantes indígenas, acessar
OS
SAI
O MATUSUURA/M
ATUSUURA/MO
os links indicados no #FICA A
DICA, Professor. Fruto verde do jenipapo
TO M
recém-aberto (A) e oxi-
I H IT
[…] O fruto verde do jenipa-
I HI
SH
dado (B), após algum
SH
YO
YO
O
po quando oxidado produz um tempo de contato com
BI
O
FA I B
FA
GEORGIOS KOLLIDAS/SHUTTERSTOCK.COM
Desde a Antiguidade, o ser humano estuda as transformações
• JESUS,Yasmin L.;LOPES,EdinéiaT.;
químicas. Diversos filósofos e sacerdotes, chamados alquimistas, realiza- COSTA, Emmanoel V. Descobrin-
vam transformações químicas na intenção de encontrar novos produtos. do as ciências na cultura indí-
Entretanto, suas práticas não seguiam uma metodologia científica, ou gena: pinturas corporais. Curiá:
seja, não eram utilizados métodos que pudessem ser repetidos, não eram múltiplos saberes, Itabaiana,
realizadas medições precisas e os resultados nem sempre eram analisados v. 1, n. 1, 2015. Disponível em:
enfocando a busca por explicações científicas. https://seer.ufs.br/index.php/
Por volta do século XVII, com a implementação da metodologia cientí- CURIA/article/view/3627. Acesso
fica e o desenvolvimento da Química como ciência, diversas teorias sobre a WAGSTAFF, Charles em: 19 jun. 2022.
Edward. Retrato de
constituição da matéria e suas transformações começaram a ser elaboradas. • GAUDÊNCIO, Jéssica da S.;
Antoine-Laurent
Um dos cientistas com grande destaque nos estudos sobre as trans- de Lavoisier. 1835.
RODRIGUES, Sérgio Paulo J.;
formações químicas foi o francês Antoine-Laurent de Lavoisier (1743-1794). Gravura. MARTINS, Décio R. Indígenas
Lavoisier realizou uma variedade de estudos, alguns deles envolvendo com- 15,5 cm x 24,5 cm. brasileiros e o uso das plantas:
bustão. Utilizando sistemas fechados, em que não há troca de matéria com saber tradicional, cultura e et-
o meio, Lavoisier fez importantes contribuições para o estudo da Química. nociência. Khronos, Revista de
Para entender melhor esse conceito, observe o experimento a seguir. Durante a agitação, História da Ciência, São Paulo,
os comprimidos
efervescentes e o
n. 9, p. 163-182, junho 2020.
Fita C vinagre entraram Disponível em: https://www.
em contato. revistas.usp.br/khronos/article/
view/171134/161957. Acesso em:
19 jun. 2022.
BENTINHO
A
• SOUZA, Andreia F. S.; ANDRA-
Após a reação
química, o frasco DE, Izandra S.; PANIZI, Tania R. P.
teve sua massa A química nas aldeias indígenas
novamente aferida em Comodoro, estado de Mato
Comprimidos
Tampa em uma balança.
efervescentes Grosso: relato preliminar. 58º
D Congresso Brasileiro de Quí-
Três comprimidos
efervescentes mica. Rio de Janeiro, 6-9 nov.
foram presos com 2018. Disponível em: http://www.
AS CORES NÃO
uma fita à tampa
de um frasco.
SÃO REAIS.
abq.org.br/cbq/2018/trabalhos/
Bolhas de IMAGENS FORA 6/1095-23818.html. Acesso em:
Vinagre gás carbônico
DE PROPORÇÃO.
19 jun. 2022.
Para saber mais sobre a cor do
B Furo feito pigmento do jenipapo, acessar:
com agulha
• RENHE, Isis R. T. Extração e esta-
bilidade do corante azul de je-
Balança A tampa do frasco nipapo (Genipa americana L.).
digital foi perfurada com
uma agulha e, logo na Dissertação (mestrado em Ciên-
sequência, sua massa cia e Tecnologia de Alimentos) –
foi aferida novamente. Departamento de Tecnologia de
O frasco foi preenchido com vinagre até E
metade de sua capacidade e fechado Alimentos, Universidade Federal
Representação das etapas de um
com a tampa. A massa do conjunto foi
experimento que envolve transfor-
de Viçosa, Viçosa, 2008. Disponí-
aferida em uma balança digital.
mação química. vel em: https://www.locus.ufv.br/
bitstream/123456789/2833/1/
25 texto%20completo.pdf. Acesso
em: 19 jun. 2022.
SMEILOV SERGEY/SHUTTERSTOCK.COM
de especulação. As teorias cien-
tíficas são baseadas em leis e até
mesmo em outras teorias cien-
tíficas; são testadas por muitos
experimentos, sendo reconheci-
das pela comunidade científica.
Pedaços de madeira
queimando.
26
26
27
ZELJKO RADOJKO/SHUTTERSTOCK.COM
presença de luz por plantas, algas e algumas
não acontece perda nem ganho bactérias. Na fotossíntese, a reação entre
de massa, ou seja, a massa dos gás carbônico (absorvido da atmosfera) e
reagentes, nesse caso, a do vi- água (absorvida pelas raízes na maioria das
nagre e a dos comprimidos efer- plantas) resulta na formação de gás oxigênio
vescentes, é igual à massa dos (liberado na atmosfera) e glicose (distribuída 1,5 m
VERESHCHAGIN DMITRY/SHUTTERSTOCK.COM
glicose. atualmente obrigatórios, presentes em carros
novos e em alguns modelos antigos. Ao ocorrer
b) A massa de gás oxigênio for- uma batida, um sensor emite sinais para uma
mada será de 192 g. Para a reso- bolsa no interior do airbag que contém azida
lução, basta somar a massa dos de sódio, um sal incolor. Com o aquecimento,
reagentes (264 g e 108 g) e di- ocorre uma reação química e a azida produz
minuir desse resultado a massa gás nitrogênio e sódio. O gás nitrogênio é libe-
de um dos produtos formados rado rapidamente e enche uma bolsa plástica,
Airbag acionado em um teste de colisão.
que amortece o impacto entre o passageiro e
(180 g).
o painel do carro.
c) A massa de glicose formada Observe a reação química que ocorre no interior do airbag.
será de 90 g e a de gás oxigê-
nio será de 96 g. Para a resolu- Azida de sódio H Gás nitrogênio + Sódio
ção, basta basear-se no prin-
cípio da lei das proporções Considere que o interior do airbag seja um sistema fechado e responda às questões a seguir.
constantes. Se na reação con-
sidera-se a metade da massa 28
de reagentes do item anterior,
também será formada a me-
tade da massa de produtos. D3-CIE-F2-2104-V9-U1-LA-G24.indd 28 17/07/22 09:59 D3-C
28
Catalase
Peróxido de hidrogênio H Água + Gás oxigênio
(68 g) (z) (32 g)
AMPLIANDO
09:59 D3-CIE-F2-2104-V9-U1-LA-G24.indd 29 17/07/22 09:59
Para abordar o assunto balanceamento de tadores para os estudantes na escola, reservá-la os estudantes as representações dos átomos nas
reações químicas de maneira visual, trabalhar antecipadamente para esta aula. Caso não seja balanças.
com os estudantes o simulador indicado no link possível realizar a atividade na escola, propor A equação estará balanceada com 2 moléculas
a seguir: que seja realizada em casa, solicitando a produ-
de água, 2 de gás hidrogênio e 1 de gás oxigênio.
• BALANCEAMENTO de equações químicas. ção de um relatório, por exemplo. Depois da demonstração, os estudantes podem
PhET. Boulder, 23 set. 2021. Disponível em: Para iniciar a simulação, selecionar a opção acessar a opção "jogo", para testar o que apren-
https://phet.colorado.edu/sims/html/balancing- "Introdução". Sugerimos a escolha da hidróli- deram.
chemical-equations/latest/balancing-chemical- se para a primeira demonstração. Selecionar a Esta atividade contribui para o desenvolvimen-
equations_pt_BR.html. Acesso em: 19 jun. 2022. ferramenta balança e, com os estudantes, sele- to da competência específica 6 e da compe-
Se houver disponibilidade de sala com compu- cionar os números de moléculas. Observar com tência geral 5.
29
3
3. A CONSTITUIÇÃO TEMA
DA MATÉRIA
Este Tema contribui para o A CONSTITUIÇÃO
desenvolvimento da compe-
tência geral 1, da competên-
DA MATÉRIA
cia específica 1 e da habilidade
EF09CI03. Também trabalha com Nas revistas em quadrinhos, os super-heróis têm diversos tipos
de superpoder. Um deles é Ray Palmer, um professor de Física que
o tema contemporâneo transver-
desenvolve um cinto que lhe confere a habilidade de se encolher e se
sal Ciência e Tecnologia. transformar no super-herói Átomo.
Ao abordar as primeiras ideias
acerca do átomo e o modo como LEGENDS OF TOMORROW. WARNER BROS.
TELEVISION DISTRIBUTION. ESTADOS UNIDOS, 2016-2022 [...]
a sua concepção foi sendo aprimo-
Igualmente surpreendentes são as dimensões deste super-
rada com os estudos científicos,
-herói: ele é do tamanho de um átomo. Isso quer dizer que se você
enfatizar a importância da valori- o colocasse sobre o ponto deste “i”, não conseguiria distingui-lo
zação e do uso dos conhecimentos dos mais de 500 bilhões de átomos que estão ao seu lado. [...]
historicamente construídos, de Assim sendo, Átomo consegue, de algum modo, comprimir
modo que os estudantes reconhe- mais de 70 mil trilhões de átomos que nós temos (um 7 seguido
çam as Ciências da Natureza como de 27 zeros, segundo o cálculo do Jefferson Laboratory nos Estados
empreendimento humano e o co- Unidos) no espaço ocupado por um único átomo... [...].
nhecimento científico como transi- SCALITER, Juan. A ciência dos superpoderes: ficção e realidade sobre os poderes e
proezas dos heróis, anti-heróis e vilões no universo dos quadrinhos. São Paulo:
tório, cultural e histórico. Cultrix, 2013. p. 123.
Evolução dos Personagem Ray 1 Segundo o texto, se você tivesse o poder desse super-herói e pudesse se
modelos atômicos Palmer como o encolher até chegar ao tamanho de um átomo, quantos de você caberiam
super-herói Átomo, de no pingo de um “i”?
Ao apresentar os modelos uma série televisiva.
atômicos, é importante destacar 2 Por que o nome desse super-herói é Átomo?
o caráter colaborativo da Ciên-
cia. Apesar de costumeiramente Cientificamente, é impossível que esse super-herói tenha esse poder,
se atribuir reconhecimento a um mas seu nome é baseado em um conceito científico real: o átomo.
único cientista, suas contribui- O nome átomo é de origem grega e significa “indivisível”. Ele foi
ções científicas ocorreram gra- concebido pelos pensadores gregos Leucipo de Mileto (cerca de 480 a.C.-
ças ao trabalho anterior de ou- 420 a.C.) e Demócrito de Abdera (cerca de 460 a.C.-370 a.C.), que tentaram,
tros pesquisadores (ou em con- por meio de conceitos, explicar a constituição da matéria. Eles partiram do
1. Mais de 500 bilhões princípio de que, se qualquer matéria fosse dividida em partes cada vez
junto com eles), e/ou à colabora-
(500 000 000 000). menores, haveria um momento em que essas partes não poderiam mais ser
ção de técnicos de laboratório, divididas. Essas partes “indivisíveis” seriam os átomos.
2. Porque ele consegue
participantes de pesquisa etc. se encolher até chegar
ao tamanho de um
Se desejar, apresentar aos estu-
dantes imagens dos diversos mo-
átomo. Professor, per- Evolução dos modelos atômicos
guntar aos estudantes se
A partir do início do século XIX, o átomo passou a ser estudado com
delos atômicos propostos, para eles conseguem imaginar
qual seria o tamanho de base em observações e experimentações. Desde esse período até meados
que eles tenham uma ideia geral do século XX, foram elaborados modelos que procuraram descrever a
um átomo com base nas
dos avanços nas pesquisas ao lon- informações do texto. estrutura do átomo. A seguir, estudaremos alguns modelos atômicos.
go do tempo. É possível sugerir
que eles construam uma linha do 30
tempo, citando as principais des-
cobertas de cada modelo.
A construção de modelos é Comentários sobre as atividades
D3-CIE-F2-2104-V9-U1-LA-G24_AV3.indd 30 21/07/22 22:35 D3-C
30
GEORGIOS KOLLIDAS/SHUTTERSTOCK.COM
de Dalton
Em suas pesquisas, durante o período de 1803-1807, o cientista
inglês John Dalton (1766-1844) desenvolveu a teoria sobre a composição
Comentar com os estudan-
da matéria e a descrição dos átomos. Seus principais fundamentos eram: tes que as ideias de Dalton
foram fundamentais para o
• a matéria é formada por partículas fundamentais − os átomos;
desenvolvimento do conheci-
• os átomos são partículas maciças e indivisíveis, não podendo ser
mento científico sobre o áto-
criadas nem destruídas;
mo, pois serviram de base para
• cada elemento químico corresponde a determinado tipo de átomo;
outros cientistas, que propuse-
• os átomos de elementos distintos apresentam diferentes propriedades, ram novos modelos até chegar
tamanhos e massas. COOK, Conrad. Retrato
de John Dalton. 1860. ao modelo aceito atualmente.
A teoria de Dalton sobre os átomos contribuiu para a confirmação
Gravura. Dizer que alguns desses mo-
das leis ponderais, elaboradas anteriormente por Lavoisier e Proust.
delos serão vistos a seguir. É
importante salientar que as
O modelo atômico de Thomson descobertas de Dalton foram li-
Algum tempo após a teoria de Dalton, o físico inglês Joseph John mitadas às tecnologias disponí-
Thomson (1856-1940) demonstrou que o átomo era formado por par- veis na época e que o desenvol-
tículas bem menores, que eram carregadas negativamente e foram vimento de novas tecnologias
denominadas posteriormente de elétrons. possibilitou avanços no estudo
De acordo com as características observadas em experimentos,
do modelo atômico.
Thomson propôs um modelo atômico que consistia em uma esfera car-
Uma importante contribui-
regada positivamente, na qual os elétrons estavam mergulhados, como
ção do modelo de Dalton foi a
se fossem sementes em uma melancia. Esse modelo ficou conhecido
como “pudim de passas”. descoberta da massa atômica,
Com isso, Thomson provou que os átomos eram divisíveis. Em 1906, uma vez que ele foi o primeiro
ele ganhou o Prêmio Nobel de Física, por suas descobertas relacionadas a postular que átomos de ele-
à condução de eletricidade em gases. mentos químicos diferentes
possuem tamanhos e massas
Elétrons (carga negativa)
IMAGEM FORA
DE PROPORÇÃO. diferentes. A massa atômica
também será assunto desta
AS CORES NÃO
SÃO REAIS. Unidade.
O modelo atômico
de Thomson
BENTINHO
31
LÁPIS 13B
Lâmina
sitiva do átomo. Como a maior Anteparo
de ouro
32
32
AS CORES NÃO
SÃO REAIS. camadas na eletrosfera, determi-
nadas pelas letras K, L, M, N, O,
P e Q. Essas camadas constituem
# FICA A DICA o 1o, o 2o, o 3o, o 4o, o 5o, o 6o e
o 7o níveis de energia, respectiva-
Acesse o link a seguir
para realizar uma mente. Cada uma das camadas
simulação com base no eletrônicas, também chamadas
experimento feito pela de níveis de energia, pode conter
equipe de Rutherford.
Disponível em: https:// um número máximo de elétrons
phet.colorado.edu/ (camada K: 2; camada L: 8; ca-
sims/html/rutherford- mada M: 18; camada N e camada
scattering/latest/
rutherford-scattering_ O: 32 cada; camada P: 18; cama-
pt_BR.html. Acesso em: da Q: 8). Considerando o mo-
30 mar. 2022. mento escolar, esse conteúdo não
Elaborado com base em: KOTZ, John C.; TREICHEL JR., Paul. Chemistry & chemical reactivity. 3.
ed. Orlando: Saunders College, 1996. p. 71. foi apresentado aos estudantes.
Representação do modelo atômico proposto por Rutherford após a descoberta dos Pouco tempo depois das des-
nêutrons. cobertas de Bohr, o físico alemão
Arnold Sommerfeld (1868-1951)
O modelo atômico de Rutherford-Bohr verificou que, em uma mesma
O físico dinamarquês Niels Bohr (1885-1962) trabalhou com J. J. camada, alguns elétrons pode-
Thomson, na Universidade de Cambridge (1911), e com Rutherford, na riam apresentar diferentes ener-
Universidade de Manchester (1913), ambas no Reino Unido. Em 1922, gias; dessa forma, elas não pode-
ganhou o Prêmio Nobel de Física por suas pesquisas e publicações sobre riam ser circulares, mas sim elípti-
a estrutura do átomo. cas. Com isso, o modelo atômico
Bohr propôs um novo modelo atômico no qual os elétrons estariam continuou sua evolução.
presentes em órbitas circulares em volta do núcleo, complementando o
modelo de Rutherford. Segundo ele, os elétrons ocupam órbitas específi-
cas ao redor do núcleo, com raios determinados. Em cada órbita, o elétron
apresenta energia constante, entretanto, quanto mais distante a órbita
estiver do núcleo do átomo, mais energia os elétrons dela apresentam.
33
09:59
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
D3-CIE-F2-2104-V9-U1-LA-G24.indd 33 senvolvimento da competência específica
17/07/22 09:596
LUCAS FARAUJ
A maior região do
modelo atômico para que se se encontram os prótons – átomo é a eletrosfera,
partículas subatômicas que fica ao redor do
chegasse ao que conhecemos com carga positiva – e Núcleo núcleo. Nela, ficam os
atualmente. De maneira sim- os nêutrons – partículas elétrons – partículas
subatômicas sem cargas
plificada, podemos afirmar que elétricas. O núcleo é milhares
subatômicas com
cargas negativas.
Dalton descobriu a massa atô- de vezes menor do que o
mica, ao perceber que átomos átomo inteiro, mas é o local
no qual se concentra a maior
diferentes apresentavam massas parte da massa do átomo.
diferentes; Thomson descobriu o Nêutron
AS CORES NÃO
elétron; Rutherford descobriu o SÃO REAIS. + Próton
próton, postulou a presença de IMAGEM FORA – Elétron
um núcleo com carga positiva e DE PROPORÇÃO.
a distribuição dos elétrons numa Elaborado com base em: TIPLER, Paul A.; LLEWELLYN, Ralph A. Física moderna. 3. ed.
Rio de Janeiro: LTC, 2001. p. 117.
eletrosfera, orbitando em torno Representação do modelo atômico de Rutherford-Bohr.
desse núcleo; seu colaborador
Chadwick descobriu, no núcleo, Novos estudos possibilitaram a descoberta de novas partículas suba-
a presença do nêutron, partícula tômicas, aprimorando os conhecimentos relativos à estrutura do átomo.
com carga neutra; e Bohr apri- Esses estudos continuam até hoje.
morou o modelo de Rutherford Atualmente, diversas pesquisas sobre partículas de dimensões
menores do que o átomo, chamadas partículas subatômicas, são
com a descoberta das camadas
realizadas pelo mundo. Para esses estudos, foi construído, na fronteira
de energia e da quantização dos
entre a França e a Suíça, dezenas de metros abaixo do solo, um túnel
elétrons. em forma de anel de 27 km, chamado Grande Colisor de Hádrons (Large
É importante reforçar, mais Hadron Collider, LHC). Ele começou a funcionar em 2008. Leia no trecho
uma vez, que a evolução da a seguir mais informações sobre esse acelerador de partículas.
construção dos conhecimentos
científicos depende da colabora-
ção de pesquisadores do mundo Como funciona o acelerador de partículas LHC?
CENTRO BRASILEIRO DE PESQUISAS FÍSICAS
34
34
A B C DE PROPORÇÃO.
AS CORES NÃO
mico, como o grafite e o gás oxi-
SÃO REAIS.
gênio, ou compostas, quando
VINÍCIUS FIORATTI
formadas por mais de um tipo
TARUMÃ
de elemento químico, como a
água pura e o gás carbônico. Já
as misturas são formadas por
duas ou mais substâncias puras,
Elaborado com base em: BROWN, Theodore L. et al. Química: a ciência central. 13. ed. São Paulo:
simples ou compostas.
Pearson Education do Brasil, 2016. p. 529.
35
22:36 D3-CIE-F2-2104-V9-U1-LA-G24.indd 35
#FICA A DICA, Professor 17/07/22 09:59
Isótopos
Professor, comen-
tar que cada Na natureza, um mesmo elemento químico pode apresentar diversidade
isótopo aparece no número de nêutrons presentes no núcleo, embora o número de prótons
na natureza com
seja sempre igual. Observe o exemplo do carbono.
determinada
frequência e que Representação No de prótons No de elétrons No de nêutrons
quase 99% do
carbono encon-
11
6
C 6 6 5
trado na natureza 12
6
C 6 6 6
é C12. 13
C 6 6 7
6
14
6
C 6 6 8
36
36
N2
Paulo. São Paulo, c2022. Disponível em: https://portal. 2. Os elementos químicos são
if.usp.br/fnc/pt-br/p%C3%A1gina-de-livro/livro-abc-da-
f%C3%ADsica-nuclear. Acesso em: 21 jul. 2022.
conjuntos de átomos que
Representação da molécula de gás nitrogênio. 4. Ordem dos termos: núcleo; elétrons; têm as mesmas propriedades
2. Resposta nas Orientações para o professor. massa; prótons; nêutrons. físicas e químicas. Os átomos
Explique os termos em destaque no texto. 5. O oxigênio é o elemento químico mais são as partículas fundamen-
3. Leia algumas propostas que contribu- abundante na crosta terrestre e um dos tais submicroscópicas da
íram para que pudéssemos chegar ao elementos essenciais à vida de animais e
matéria. Já uma molécula é
modelo atômico atual. vegetais. Ele não apresenta cor, cheiro
nem gosto. formada pela ligação de dois
I. O átomo é divisível, pois consiste em uma ou mais átomos, do mesmo
esfera carregada positivamente com par- Observe a representação desse elemento
químico. 5. a) O número de elemento ou de elementos
tículas de carga negativa incrustadas nela. massa é A = 16 e o químicos distintos. Para mais
II. Os elétrons, que apresentam quantida- 16
O número atômico é
des específicas de energia, giram em
8
Z = 8.
informações sobre a fixação
torno do núcleo do átomo seguindo Com base nessas informações, responda. de nitrogênio, verificar a indi-
uma órbita circular. a) Quais são, respectivamente, o número de cação de leitura no #FICA A
III. Os átomos são partículas maciças e massa e o número atômico do oxigênio? DICA, Professor. A atividade
indivisíveis. b) Qual é o número de prótons que o oxi- tem como objetivo verificar
IV. O átomo é formado por um núcleo, em gênio apresenta? se os estudantes conceituam
que há partículas de carga positiva (os c) Qual é o número de nêutrons? adequadamente elemento
5. b) Como Z = p, o número de prótons do oxigênio é 8.
químico, átomo e molécula.
5. c) Como A = p + n, temos: 16 = 8 + n; portanto, n = 8.
37 3. Esta atividade contribui para
a mobilização da habilidade
EF09CI03 e para o desenvol-
22:42 D3-CIE-F2-2104-V9-U1-LA-G24_AV3.indd 37
#FICA A DICA, Professor
21/07/22 22:49
cnptia.embrapa.br/bitstream/doc/459673/1/ vimento da competência
Para saber mais sobre fixação biológica de nitrogê- circTec35.pdf. Acesso em: 20 jun. 2022. específica 1. Conversar com
nio pela soja, acessar os links a seguir: • FIXAÇÃO Biológica de Nitrogênio em Soja. Embrapa. os estudantes sobre o desen-
• HUNGRIA, Mariangela; CAMPO, Rubens José; Brasília, DF, [2019?]. Disponível em: https://www. volvimento da Ciência como
MENDES, Iêda C. Fixação biológica de nitro- embrapa.br/busca-de-solucoes-tecnologicas/-/ uma construção humana. Eles
gênio na cultura da soja. Londrina: Embrapa produto-servico/3780/fixacao-biologica-de- devem reconhecer as princi-
Soja, 2001. Disponível em: https://www.infoteca. nitrogenio-em-soja. Acesso em: 20 jun. 2022. pais contribuições dos pesqui-
sadores nos estudos do áto-
mo que possibilitaram chegar
à estrutura atômica atual.
37
4
4. A TABELA PERIÓDICA TEMA
Ao apresentar as contribui-
ções de diferentes pesquisadores
à elaboração da tabela periódica,
A TABELA PERIÓDICA
reconhecendo a Ciência como
um empreendimento humano
Desde a Antiguidade, alguns elementos químicos são conhecidos,
e a provisoriedade dos conheci-
mas somente a partir de meados do século XVII eles foram sendo siste-
mentos científicos, pode-se de-
maticamente descobertos.
senvolver a competência espe- John Dalton, que concebeu um dos primeiros modelos atômicos,
cífica 1. em seu livro mais importante, publicado em 1808, apresentou símbolos
Se julgar pertinente, explicar para representar elementos químicos e seus compostos, como mostra
aos estudantes que a massa atô- a imagem.
mica de um elemento químico é O sistema de símbolos proposto por Dalton foi subs-
SCIENCE PHOTO LIBRARY - SPL / FOTOARENA
calculada com base no átomo de tituído posteriormente pelo sistema do químico sueco Jöns
carbono, cuja massa (A) é 12 (isto Jacob Berzelius (1779-1848), que é utilizado até hoje.
é, possui 6 prótons e 6 nêutrons). Cada elemento químico conhecido tem um nome e
O carbono foi definido como um símbolo, que deve ser formado por uma ou duas letras
referência por ser o elemento do seu nome em latim ou em grego: a inicial deve ser
químico mais abundante na na- sempre maiúscula e a segunda letra, quando necessária,
tureza. sempre minúscula. A minúscula é usada se dois ou mais
O valor da massa atômica (ex- elementos tiverem a mesma inicial.
Em 1869, o químico russo Dmitri Ivanovich Mendeleev
pressa em u) indica quantas vezes
(1834-1907) propôs a primeira tabela periódica para orga-
a massa do átomo é maior que
nizar os cerca de 60 elementos conhecidos até então, que
1 da massa do átomo de carbo- tinha como critério de organização o valor crescente de
12 massa atômica. Naquela época, ainda não eram conhe-
no. Entre os isótopos de carbono,
cidos os números atômicos dos elementos.
isto é, entre as variantes com di- A massa atômica expressa o valor correspondente à
ferentes números de nêutrons, média dos números de massa dos isótopos do elemento
o carbono 12 é o mais abun-
Símbolos criados por John Dalton para químico, considerando a frequência de cada um deles na
dante na natureza. O isótopo representar elementos químicos e natureza. Por isso, muitos valores de massa atômica entre
mais conhecido é o carbono 14 seus compostos. os elementos da tabela periódica são números decimais.
(6 prótons e 8 nêutrons), que é ra- Somente em 1913, o físico inglês Henry G. J. Moseley (1887-1915), assis-
dioativo e muito utilizado para a da- tente de Rutherford, demonstrou que havia relação entre o comportamento
tação de materiais arqueológicos. dos átomos de cada elemento químico e a carga presente em seus núcleos.
Ele expressou essa relação por um número inteiro denominado número
atômico. A descoberta de Moseley causou a reorganização da tabela peri-
ódica, que passou a ser em ordem crescente de número atômico.
A tabela periódica pode ser sempre consultada conforme a neces-
sidade. De acordo com as recomendações da União Internacional de
Química Pura e Aplicada (IUPAC), ela deve conter informações como nome
e símbolo dos elementos químicos, estado físico, massa atômica, número
atômico, entre outras. Observe a tabela periódica atual na próxima página.
38
38
•
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18
METAIS GRUPO GRUPO GRUPO GRUPO
METAIS GASES
ALCALINO- DO DO DO DO HALOGÊNIOS
ALCALINOS NOBRES
TERROSOS BORO CARBONO NITROGÊNIO OXIGÊNIO
ALEX ARGOZINO
1 2
1 H He
D3-CIE-F2-2104-V9-U1-LA-G24.indd 39
Hidrogênio Hélio
1,01 H G 4,00
a Estado físico
s
3 4 Não e a 0 ºC e 105 Pa 5 6 7 8 9 10
metais s
n
2 Li Be o Li - Sólido B C N O F Ne
b
D2-F2-2104-CIE-V9-U1-MP-012-055-G24_AV3.indd 39
Sódio Magnésio Alumínio Silício Fósforo Enxofre Cloro Argônio
4 K Ca Sc Ti V Cr Mn Fe Co Ni Cu Zn Ga Ge As Se Br Kr
Potássio Cálcio Escândio Titânio Vanádio Crômio Manganês Ferro Cobalto Níquel Cobre Zinco Gálio Germânio Arsênio Selênio Bromo Criptônio
7 Fr Ra Ac- Rf Db Sg Bh Hs Mt Ds Rg Cn Nh F Mc Lv Ts Og
Frâncio Rádio Rutherfórdio Dúbnio Seabórgio Bóhrio Hássio Meitnério Darmstádtio Roentgênio Copernício Nihonium Fleróvio Moscouvium Livermório Tennessine Oganesson
(223) (226)
Lr (267) (268) (271) (270) (277) (276) (281) (281) (285) () (289) () (293) () ()
Períodos
LANTANÍDEOS
Número 57 58 59 60 61 62 63 64 65 66 67 68 69 70 71
atômico
La Ce Pr Nd Pm Sm Eu Gd Tb Dy Ho Er Tm Yb Lu
Símbolo Lantânio Cério Praseodímio Neodímio Promécio Samário Európio Gadolínio Térbio Disprósio Hólmio Érbio Túlio Itérbio Lutécio
138,9 140,1 140,9 144,2 (145) 150,4 152,0 157,2 158,9 162,5 164,9 167,3 168,9 173,0 175,0
Nome do elemento
Os valores da massa atômica foram arredondados para facilitar a leitura. Os valores que aparecem entre parênteses referem-se à massa do isótopo mais estável do elemento.
Elaborado com base em: PERIODIC Table of Elements. Internacional union of pure and applied chemistry (IUPAC). Carolina do Norte, 4 maio 2022. Disponível em: https://iupac.org/what-
we-do/periodic-table-of-elements/.
MEIJA, Juris et al. Atomic weights of the elements 2013 (IUPAC Technical Report). Pure and Applied Chemistry, v. 88, n. 3, p. 265-291, mar. 2016.
Disponível em: http://www.degruyter.com/view/j/pac.2016.88.issue-3/pac-2015-0305/pac-2015-0305.xml. Acessos em: 10 jun. 2022.
39
Tabela periódica.
17/07/22 09:59
DIDÁTICAS
sendo estudada.
ORIENTAÇÕES
39
na primeira coluna, mas não
29/08/22 21:57
ORIENTAÇÕES
DIDÁTICAS
Hidrogênio Cada célula da tabela periódica apresenta diversas informações
Se desejar, comentar com os sobre os elementos químicos. Observe a seguir como essas informa-
estudantes que as estrelas, entre ções estão organizadas.
elas o Sol, são formadas majori-
tariamente por hidrogênio no Número atômico, localizado na parte O símbolo do elemento químico
superior esquerda do símbolo do elemento. está representado ao centro.
estado físico de plasma. O hidro-
ALEX ARGOZINO
gênio tem papel fundamental
em diversas reações que ocorrem Massa atômica, localizada na parte O nome do elemento está
no interior das estrelas, incluindo inferior esquerda do símbolo do elemento. localizado abaixo de seu símbolo.
ALEX ARGOZINO
nucleossíntese.
[…]
O primeiro processo de nucleos-
síntese natural foi o Big Bang,
com uma produção massiva de
elementos (e seus isótopos) quí-
micos que estão ali no início da Representação do
STEVE NESIUS/REUTERS/FOTOARENA
40
SERGIY KUZMIN/SHUTTERSTOCK.COM
adequado de pilhas e baterias,
NATALIA KUPREYCHENKO/
SHUTTERSTOCK.COM
como metais pesados, e estão associados naturalmente a fletos podem ser entregues à
outros metais presentes em rochas. comunidade escolar, com o ob-
LEO BURGOS/PUL
Com o desenvolvimento da mineração, esses metais pas- jetivo de contribuir para a sua
saram a ser extraídos das rochas. No processo de extração, conscientização.
há contaminação do solo e da água, além da absorção pelos
seres vivos, que podem desenvolver problemas nos sistemas
nervoso, cardiovascular, digestório e urinário, bem como
diversos tipos de câncer. Coletor para pilhas e baterias.
As pilhas e baterias utilizadas em nosso cotidiano são grande fonte de metais pesados. Por
isso, seu descarte deve ser realizado de maneira correta, em postos de recolhimento apropriados.
41
41
SUNNY STUDIO/SHUTTERSTOCK.COM
Esse gás também é utilizado na
fabricação de lâmpadas fluores-
centes, conferindo-lhes uma co-
loração verde-azulada. Outro gás Balões de festa cheios
utilizado na fabricação de lâmpa- de gás hélio.
das fluorescentes é o neônio, que
confere a cor roxa à lâmpada. O
neônio também é chamado de 42
neon, por isso o nome das lâm-
padas de neon.
D3-CIE-F2-2104-V9-U1-LA-G24_AV1.indd 42 19/07/22 08:06 D3-C
42
As atividades 1 a 4 requerem
a interpretação das informa-
1. Os sais minerais são importantes para a nutrição do corpo humano e têm diversas
funções no nosso organismo. Magnésio, cálcio, zinco, selênio e enxofre são alguns
ções presentes na tabela perió-
dos elementos químicos que formam os sais minerais. O magnésio, por exemplo, atua dica. Se os estudantes apresen-
diretamente em membranas celulares, afetando o relaxamento muscular. tarem dificuldades, ajudá-los
na busca.
EVAN LORNE/SHUTTERSTOCK.COM
1. Esta atividade aborda o tema
contemporâneo transver-
sal Educação alimentar e
nutricional. Reforçar a im-
portância de manter uma ali-
mentação balanceada, rica
em produtos naturais e não
processados.
a)
Elemento Número Massa
químico atômico atômica
Magnésio 12 24,3
Alguns alimentos naturais que são ricos em sais minerais.
Cálcio 20 40,1
Localize na tabela periódica os elementos químicos descritos no texto e faça o que se pede.
Zinco 30 65,4
a) Quais são seus números atômicos? E a massa atômica? Respostas nas Orientações para o professor.
b) Classifique esses elementos quanto ao caráter metálico. Selênio 34 79,0
c) Faça uma pesquisa e escreva exemplos de alimentos ricos em sais minerais. Enxofre 16 32,1
43
KSANDR POBEDIMSKIY/
SHUTTERSTOCK.COM
oxigênio, um não metal.
d) Os metais possuem boa con-
dutividade térmica e elétrica,
são dúcteis e maleáveis, refle-
tem a luz, manifestando brilho
característico, possuem altas Bauxita. Alumínio processado.
temperaturas de fusão e de
ebulição e apresentam alta den- a) Qual é a diferença entre bauxita, alumina e alumínio?
sidade. Os não metais são maus b) Em seu caderno, desenhe as células da tabela periódica que contêm os elementos químicos
condutores de calor e de eletrici- presentes na alumina, indicando e explicando cada detalhe.
dade, são pouco dúcteis e pou- c) Os elementos químicos que formam a alumina são metais ou não metais?
co maleáveis, não apresentam d) Quais são as principais características dos metais? E dos não metais?
brilho característico, podem ser
encontrados nos três estados
6. O texto a seguir compara características dos metais e dos não metais. Copie-o em seu
caderno e utilize uma das palavras entre parênteses para substituir os símbolos.
físicos à temperatura ambiente
e constituem a base da compo- Os metais são encontrados no estado (sólido/líquido/gasoso) n à temperatura ambiente, com
sição dos organismos vivos. exceção do elemento mercúrio, que é (sólido/líquido/gasoso) n a 25 °C. Algumas características
apresentadas pelos metais são: (boa/má) n condutividade de calor e de eletricidade, temperaturas de
6. Os metais são encontrados no
fusão e de ebulição (altas/baixas/variáveis) n e densidade (alta/baixa/variável) n. Em contrapartida, os
estado sólido à temperatura
não metais podem ser encontrados nos três estados físicos à temperatura ambiente. Algumas carac-
ambiente, com exceção do ele- terísticas apresentadas pelos não metais são: (boa/má) n condutividade de calor e de eletricidade,
mento mercúrio, que é líquido temperaturas de fusão e de ebulição (altas/baixas/variáveis) n e densidade (alta/baixa/variável) n.
a 25 °C. Algumas característi-
Resposta nas Orientações para o professor.
cas apresentadas pelos metais
são: boa condutividade de calor
44
e de eletricidade, temperaturas
de fusão e de ebulição altas e
densidade alta. Em contrapar- D3-CIE-F2-2104-V9-U1-LA-G24_AV1.indd 44 19/07/22 08:11 D3-C
44
5
humano (não apenas em frascos de laboratório), e que essa era a mensagem da professora.
TEMA 5. BALANCEAMENTO E
BALANCEAMENTO E ANÁLISE DE REAÇÕES
ROMOLO TAVANI/SHUTTERSTOCK.COM
SHAIITH/SHUTTERSTOCK.COM
2. Resposta pessoal.
+ H
reação química O conhecimento das de formação da água na lousa,
na formação do características das
Carbono Gás oxigênio reações químicas
ressaltando quais são os produ-
gás carbônico. Gás carbônico
pode ser importante tos e quais são os reagentes.
A seta presente na equação indica a direção em que a reação ocorre. Dessa para reduzir os
maneira, a equação dada pode ser lida da seguinte maneira: um átomo de carbono impactos da inter-
(C) reage com uma molécula de gás oxigênio (O2) formando uma molécula de gás ferência humana
no ambiente (por
carbônico (CO2). Lembre-se de que uma molécula pode ser formada por átomos de um exemplo, evitando a
ou mais elementos químicos; nesse caso, dois átomos de oxigênio e um de carbono. emissão de poluentes
que contribuem com a ocorrência de chuva ácida), para aplicações em processos industriais (por exemplo,
a produção de energia), para evitar que objetos do cotidiano sejam danificados (por exemplo, evitando a
ferrugem em objetos que contenham ferro), entre outros. 45
45
DARIABUMBLEBEE/SHUTTERSTOCK.COM
Como poderia ser lida
a reação de queima da
parafina mostrada?
46
Comentários sobre
D3-CIE-F2-2104-V9-U1-LA-G24_AV3.indd 46 4. O objetivo desta atividade é reforçar o entendi- 21/07/22 22:52 D3-C
47
TT
ER
de cozinha. Nas reações de combustão, o combustível reage com o
ST
OC
Orientar os estudantes a sempre
K.C
gás oxigênio (O2) do ar liberando energia térmica na forma de calor e
OM
iniciar o balanceamento partindo formando gás carbônico (CO2) e água (H2O). Observe.
do elemento químico que apare-
ce apenas uma vez de cada lado C3H8 (g) + O2 (g) H CO2 (g) + H2O (g)
da reação. No exemplo pode ser
o hidrogênio ou o carbono. Para balancear a equação, sugerimos começar pelo elemento
Explicar que, para a repre- químico que está desbalanceado. Nesse caso, iniciaremos o balancea-
sentação de uma equação, os Chama de fogão. mento igualando a quantidade de átomos de carbono.
coeficientes devem ser sempre
números inteiros, os menores C3H8 (g) + O2 (g) H 3 CO2 (g) + H2O (g)
possíveis.
A outra equação descrita na Então, realizaremos o balanceamento do hidrogênio.
página (entre tetracloreto de silí-
cio e magnésio) é uma reação de C3H8 (g) + O2 (g) H 3 CO2 (g) + 4 H2O (g)
simples troca ou deslocamento.
Ela pode ser representada da se- Por último, vamos balancear o oxigênio.
guinte maneira:
C3H8 (g) + 5 O2 (g) H 3 CO2 (g) + 4 H2O (g)
AB + C H A + CB
Da mesma maneira que na silício (SiCl4) líquido com o magnésio (Mg) sólido, formando silício elemen-
M
equação anterior, os coeficientes tar (Si) e cloreto de magnésio (MgCl2). O silício é empregado, por exemplo,
devem ser os menores números na produção de equipamentos eletrônicos, como os chips de computador.
inteiros possíveis. Iniciaremos o balanceamento pelo único elemento que está desba-
lanceado na equação, que, nesse caso, é o cloro.
Outro tipo de reação química é
a reação de dupla troca, em que SiCl4 (l) + Mg (s) H Si (s) + 2 MgCl2 (s)
dois reagentes originam dois pro- Chip de computador
contendo silício.
dutos diferentes dos originais.
7. Essa equação química possui Perceba que, ao balancear o cloro, o magnésio foi desbalanceado.
Ela pode ser representada da se- Assim, ajustaremos a quantidade de átomos do magnésio nos reagentes.
um átomo de silício, quatro
guinte maneira: átomos de cloro e dois átomos
de magnésio nos reagentes e a SiCl4 (l) + 2 Mg (s) H Si (s) + 2 MgCl2 (s)
AB + CD H AD + BC mesma quantidade de átomos
desses três elementos químicos
nos produtos. Professor, auxiliar
Um exemplo de reação de du- os estudantes na contagem dos 7 Faça o quadro de balanceamento correspondente à equação da reação do te-
pla troca é a formação do sal de elementos químicos para a com- tracloreto de silício com o magnésio, para demonstrar que ela está balanceada.
cozinha (cloreto de sódio): posição do quadro.
48
O3 H O2 + O
O2 + O H O3
49
49
50
50
7. O óxido de cálcio (CaO), também conhecido por cal viva, costuma ser utilizado na
construção civil para o endurecimento da argamassa de cimento. Para tanto, o óxido
de cálcio precisa ser hidratado (acréscimo de água), o que resulta na formação da cal
hidratada (Ca(OH)2), conforme representado na equação química a seguir.
A cal hidratada, então, reage com o gás carbônico (CO2) presente no ar, formando
carbonato de cálcio (CaCO3) e água. Observe a reação a seguir.
52
52
LUCAS FARAUJ
copo 3. que cada comprimido leva para
D. Um dos membros do grupo deve segurar dois comprimidos efer- parar de borbulhar. O tempo
vescentes, cada um com uma mão, à mesma altura, sobre os
1 2 3 marcado no cronômetro indica
copos com água gelada e com água à temperatura ambiente. a velocidade da reação.
E. Outro membro do grupo deve segurar o terceiro comprimido sobre Representação das etapas D e E. Aproveitar o momento para
o copo com água quente, à mesma altura que os outros dois. alertar aos estudantes que os
IMAGENS FORA AS CORES NÃO
F. Contem até três e soltem todos os comprimidos ao mesmo tempo nos copos. DE PROPORÇÃO. SÃO REAIS. comprimidos efervescentes só
G. Observem o que acontece e anotem os resultados. devem ser tomados sob reco-
mendação médica.
Ao final do experimento, pe-
• E aí? NÃO ESCREVA
NO LIVRO.
dir à turma que discuta os resul-
tados e responda às perguntas
1 Um dos produtos da reação do comprimido efervescente com a água é o gás carbônico, que pode ser no caderno. Em seguida, con-
observado por meio da formação de bolhas. O que vocês puderam observar nessa atividade em relação versar com os estudantes sobre
a esse fato? as observações feitas durante
2 Para conservar muitos alimentos e retardar seu processo de decomposição, costumamos mantê-los na esta prática.
geladeira. Relacionem essa informação com a atividade desenvolvida. As atividades da seção têm
o objetivo de levar os estudan-
tes a relacionar a temperatura
53 ao desenvolvimento da reação.
Retomar o conteúdo sobre
energia térmica, relacionando
10:00 Comentários sobre as atividades
D3-CIE-F2-2104-V9-U1-LA-G24_AV3.indd 53 21/07/22 22:58 a influência da temperatura à
agitação das moléculas.
1. Questionar aos estudantes qual comprimido 2. Esta atividade contribui para o desenvolvi-
foi consumido mais rapidamente. É esperado mento do tema contemporâneo transversal
que o comprimido colocado na água quente Educação alimentar e nutricional, ao rela-
tenha sido consumido num espaço de tempo cionar a taxa de desenvolvimento das reações
mais curto que os demais. químicas aos processos de decomposição de
alimentos e às práticas de conservação.
53
54
Agricultura B
55 Análise e
monitoramento Cm, Pd
ambiental
Segurança Am
23:05 AVALIANDO
D3-CIE-F2-2104-V9-U1-LA-G24.indd 55 17/07/22 10:00
Setor energético Li, Se
Durante o desenvolvimento dos Temas, é possível Comunicação Li, Ta
avaliar os conhecimentos dos estudantes. Neste mo-
Transporte Ti
mento, sugerimos uma avaliação que compreenda
os conteúdos presentes em toda a Unidade 1, ao
longo da qual puderam desenvolver e mobilizar as
habilidades EF09CI01, EF09CI02 e EF09CI03. Ver
orientações sobre avaliações na página XLVIII deste
Manual do professor.
55
2
Competências
Gerais: 2, 3, 5, 8, 9 e 10
Específicas: 2, 4, 6, 7 e 8
UNIDADE
Habilidades
• EF09CI05
• EF09CI07
Temas contemporâneos
transversais
• Diversidade cultural
ONDAS E SOM
• Educação em direitos humanos
• Ciência e Tecnologia
• Saúde
já que ondas consistem no trans- a coerência nas respostas dos estudantes. Pode- que representa um telefone feito de latas e um
porte apenas de energia, e não -se citar que é possível perceber ondas em cor- barbante. Com esta montagem os estudantes
de matéria. das, na vibração em uma mesa quando recebe poderão verificar que as ondas sonoras gera-
O termo "meio material" deve uma batida e em ondas sonoras (que são percep-
das dentro de uma lata vibram sua estrutura,
ser enfatizado, pois será comum tíveis nas orelhas, mas também podem causar
e a vibração é propagada pelo barbante até a
utilizá-lo ao longo dos estudos vibração de paredes e janelas, podendo até ser
das ondas, tanto mecânicas perceptíveis pelo sentido do tato). outra lata. Não é esperado que os estudantes
quanto eletromagnéticas. Ques- Como sugestão para este início de estudos, respondam corretamente a esta questão neste
tionar os estudantes em quais juntamente à análise destas páginas de aber- momento, mas apenas que percebam as ondas
outros meios materiais eles já tura pode-se realizar na prática a atividade se propagando em um meio material.
56
57
1
1. ONDAS TEMA
O recurso escolhido para iniciar
os estudos contribui para abordar
o tema contemporâneo transver- ONDAS
sal Diversidade cultural.
O boxe #FICA A DICA contri- Observe a fotografia a seguir.
bui para o desenvolvimento da
infravermelho. O mesmo ocorre As atividades 1 a 4 permitem verificar se os es- pressão artístico-cultural. Incentivar os que pra-
quando sentimos o calor trans- tudantes reconhecem a luz e o som como ondas. ticam a compartilhar suas experiências com a
mitido pelo Sol, quando se pode 4. O objetivo da questão é valorizar as diversas ma- turma. Incentivar o contato dos estudantes com
acrescentar que, além das ondas nifestações artísticas e culturais. Perguntar aos essas manifestações, sugerindo visitas a museus
que transmitem calor, o Sol tam- estudantes se eles praticam algum tipo de ex- ou a apresentações artísticas e culturais.
bém emite ondas que podem
ser nocivas aos seres humanos,
como a radiação ultravioleta.
58
KEATTIKORN/SHUTTERSTOCK.COM
um meio material. O som é um exemplo de onda mecâ-
nica. Usualmente, os sons que percebemos se propagam
mas situações, elas podem ser
pelo ar. Entretanto, eles podem se propagar em meios percebidas pelas orelhas, mas
líquidos, como ocorre com o canto das baleias dentro da também por vibrações causadas
água, ou em meios sólidos, como quando encostamos a em partes do nosso corpo.
orelha sobre uma mesa e percebemos o som produzido Já no caso das ondas eletro-
por leves batidas que podemos fazer nela com os dedos. magnéticas, a energia é propa-
Além do som, são exemplos de ondas mecânicas gada sem a necessidade de um
as perturbações geradas na água após a queda de uma Ondas mecânicas se propagando pela meio material. Diferenciar com
gota, a vibração da corda de um violão, entre outros. água, um meio material. os estudantes a percepção da luz
e do som, pois, quando estamos
Ondas mecânicas e o vácuo em um ambiente iluminado, com
exceção dos olhos, nenhuma
Você já assistiu a um filme de ficção científica com barulhentas e coloridas explosões no
outra parte do corpo pode de-
espaço? No espaço existe vácuo, ou seja, não há um meio material para o som – um tipo de
onda mecânica – se propagar. Dessa maneira, se os filmes de ficção fossem elaborados com tectar a luz no ambiente. Caso
base nos conhecimentos científicos, as explosões no espaço seriam absolutamente silenciosas. algum estudante diga que pode-
mos perceber a luz pelo tato, por
causa do calor emitido por ela,
SELMA CAPARROZ
a corda esticada na horizontal,
iniciar movimentos para cima e
para baixo de forma sincronizada,
mostrando que a energia forne-
cida à extremidade da corda se
propaga, na forma de ondas, por Elaborado com base em: YOUNG, Hugh D.; FREEDMAN, Roger A. Física II: termodinâmica e ondas.
toda a extensão da corda. Assim 14. ed. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2015. p. 114.
60
61
CRIS ALENCAR
na ou eventos que ocorrem qua-
tro vezes em um ano. Um disco
A
girando rapidamente, executan-
do 120 voltas em um minuto, tem
frequência de 120 repetições por A onda A executa duas oscilações
minuto (120 RPM). Este mesmo em 1 s; logo, sua frequência é de 2
disco está executado 2 voltas ciclos/segundo ou fA = 2 Hz. A onda
B executa quatro oscilações em 1 s; B
por segundo, quando se utiliza logo, sua frequência é de 4 ciclos/se-
a unidade de medida hertz, ou gundo ou fB = 4 Hz. As setas indicam
seja, 2 repetições por segundo o sentido de propagação da onda. 1s
é o mesmo que 2 hertz (2 Hz). Elaborado com base em: HEWITT, Paul G. Física conceitual.
11. ed. Porto Alegre: Bookman, 2011. p. 346.
Informar os estudantes que
a unidade de medida hertz foi O intervalo de tempo necessário para a execução de um ciclo é o
determinada em homenagem período (T). No SI, o período é medido em segundo (s).
Acompanhe uma análise dos períodos das ondas representadas, em
ao físico alemão Heinrich Rudolf
que TA indica o período da onda A e TB, o período da onda B.
Hertz (1857-1894), que fez des-
cobertas relacionadas à emissão
Onda A Onda B
e à detecção de ondas de rádio.
2 ciclos H 1 s 4 ciclos H 1 s
O link sugerido no #FICA A
1 ciclo H TA 1 ciclo H TB
DICA contribui para o desen- TA ? 2 = 1 ? 1 TB ? 4 = 1 ? 1
volvimento das competências 1 1
gerais 2 e 5 e da competência TA = = 0,5 s TB = = 0,25 s
2 4
específica 6. Ele apresenta um
simulador para estudar as pro- Portanto, período e frequência são grandezas inversamente pro-
priedades das ondas. Se possível, porcionais, isto é:
reservar uma aula para trabalhar # FICA A DICA
1 1
o simulador com os estudantes, f= ou T =
de forma individual, em grupos Acesse o site indicado T f
no link a seguir e interaja
ou coletivamente. com um simulador de
Para verificar a formação de ondas. Disponível em: Assim, quanto maior a frequência (f), menor o período (T), e vice-
https://phet.colorado. -versa. Confira a seguir.
uma onda periódica e fazer al- edu/sims/html/wave
gumas observações com os estu- -on-a-string/latest/ Frequência Período
dantes, selecionar a opção "Osci- wave-on-a-string_pt_
(2 Hz) 2 ciclos/segundo 0,5 s
BR.html. Acesso em: 26
lador" e a opção "Infinita" (para abr. 2022. (4 Hz) 4 ciclos/segundo 0,25 s
a extremidade fixa ou solta, as
ondas refletidas poderão interfe-
rir na interpretação dos estudan- 62
tes). A seguir são feitas algumas
sugestões de manipulação do si-
mulador com os estudantes. completa (movimento 62para cima, para baixo e
D3-CIE-F2-2104-V9-U2-LA-G24_AV1.indd alteração visual é observada? É importante que 19/07/22 08:13 D3-C
• Com o simulador executando retornar à posição inicial). Questionar qual é a re- os estudantes percebam que, quanto maior a
uma onda, acionar o cronôme- lação entre esse intervalo de tempo e a frequên- frequência, maior a quantidade de oscilações
tro, ajustar a frequência para cia selecionada. Para uma frequência de 0,5 Hz, por segundo realizadas por cada parte do meio
0,5 Hz. Ligar o cronômetro e ve- material, ou seja, mais rápido vemos a onda
cada elemento da onda leva 2 s para executar
rificar qual é o intervalo de tem- oscilar. Para uma frequência de 2 Hz, por exem-
uma oscilação completa, sendo esse o período. plo, a onda está executando 2 oscilações por
po para que cada parte do meio
material (cada bolinha vermelha • Com o simulador executando uma onda, au- segundo, de forma que cada parte do meio
ou verde) execute uma oscilação mentar a frequência de oscilação da onda. Qual material executa 1 oscilação em 0,5 s.
62
SELMA CAPARROZ
corda, por exemplo, a energia
se propaga a partir da fonte de
Sentido de propagação perturbação até a outra extre-
da onda pela mola midade. Para que isso ocorra,
Elaborado com base em: TREFIL, James; HAZEN, Robert M. Física viva: uma introdução à física
conceitual. Rio de Janeiro: LTC, 2006. v. 2, p. 8.
cada trecho da corda oscila per-
Representação de uma onda transversal. As setas vermelhas indicam o
pendicularmente em torno de
sentido da oscilação de cada parte da mola, e a azul, o sentido de propagação um ponto de equilíbrio.
da onda gerada. Nesse momento, retomar
Ao empurrar e puxar a mola, fazendo seus elos se aproximarem
a diferença entre ciclo (oscila-
e se afastarem ritmadamente em movimento periódico, cria-se uma ção completa de um trecho da
onda longitudinal, na qual as partes oscilam para a frente e para trás corda) e comprimento de onda
em relação ao eixo de propagação. Assim, a oscilação ocorre na mesma (distância percorrida pela ener-
direção da propagação. O som é um exemplo de onda longitudinal. gia a cada ciclo de oscilação).
Se possível, utilizar uma
B Movimento da mão Sentido de propagação mola para demonstrar uma os-
para a frente e para trás da onda pela mola
cilação longitudinal, de modo
SELMA CAPARROZ
63
ALLISON COLES/SHUTTERSTOCK.COM
uma perturbação na água, que se propaga pela superfície da água na
diferentes fatores podem alte- Frente de onda forma de uma frente de onda.
rar a velocidade do som, como Quando essa frente de onda se propaga, ela percorre uma distância
o meio em que se propaga e até e leva determinado intervalo de tempo para isso. A razão matemática
mesmo sua temperatura. Como entre o deslocamento (d) e o tempo gasto (Dt) em sua realização deter-
exemplo, discuta a diferenças mina a velocidade de uma onda.
entre os valores da velocidade do Assim, a velocidade de uma onda pode ser dada por:
som em função da salinidade e Frente de onda formada d
da temperatura da água. Há mais na superfície da água. v=
Dt
informações no #FICA A DICA,
Professor. A velocidade de uma onda depende de alguns fatores, como as
Dependendo da natureza da características do meio por onde a onda se propaga. Vejamos como
onda, a velocidade de propaga- exemplo a propagação de uma onda mecânica, o som, em dois meios
diferentes: o ar e a água.
ção pode mudar de diferentes
A unidade de medida da velocidade no SI é o metro por segundo
maneiras em relação ao meio ma- (m/s). No ar, em condições normais de temperatura e pressão, a velo-
Condições normais de
terial. As ondas eletromagnéticas temperatura e pressão: cidade de propagação do som é de aproximadamente 340 m/s. Isso
não necessitam de um meio ma- 20 °C e 1 atm. significa que o som percorre 340 metros no tempo de um segundo. Já na
terial para se propagar, de forma água, à temperatura de 20 °C, a propagação do som é aproximadamente
que, quanto maior a densidade quatro vez mais rápida, algo em torno de 1 480 m/s.
do meio, menor sua velocidade Acompanhe outros exemplos referentes à velocidade do som.
Fonte dos dados: UNIVERSIDADE FEDERAL
de propagação (a velocidade da Velocidade do som em alguns meios DA BAHIA. Velocidade das ondas
luz na água é menor do que no sonoras no ar. Salvador: UFBA, [2019?].
Material Velocidade do som Disponível em: http://www2.fis.ufba.br/
ar). Já ondas mecânicas neces- dfg/fis2/Velocidade_som.pdf.
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS
sitam de um meio material para Borracha 54 m/s GERAIS. Velocidade do som em metais.
Belo Horizonte: UFMG, [2019?]. Disponível
se propagar, logo, quanto maior Ferro 5 130 m/s em: https://www.fisica.ufmg.br/ciclo-basico/
a densidade do meio, maior sua Granito 6 000 m/s
wp-content/uploads/sites/4/2020/05/
Velocidade_do_som_em_metais.pdf.
velocidade de propagação (a ve- Avião supersônico
Acessos em: 6 maio 2022.
locidade do som na água é maior rompendo a barreira Quando um equipamento é capaz de se mover em velocidades maiores
do que no ar). do som, isto é, ultra- do que a velocidade do som no ar, dizemos popularmente que ele “quebrou
passando a velocidade a barreira do som”. Há, por exemplo, aviões supersônicos capazes de viajar a
do som, nos Estados mais de 340 m/s, ou seja, 1 224 km/h. Um fenômeno pode ser visto quando
Unidos, 2015. essa velocidade é superada: ocorre uma grande redução da pressão do ar
atrás do avião, levando a água presente na atmosfera no estado de vapor a
se condensar, formando um rastro de nuvem de água líquida.
O/
ONPHOT
64 BLUEBARR CK.COM
SHUTTERS
TO
64
65
LIGHTFIELD STUDIOS/SHUTTERSTOCK.COM
PRO3DARTT/SHUTTERSTOCK.COM
nas duas situações ocorre emis-
são de ondas, que transportam
energia sem transportar ma-
téria; e que o som se propaga
dependendo do meio material,
e as micro-ondas não.
a) Nesse caso, não estamos Forno de micro-ondas. Pessoa tocando bateria.
considerando o som emitido a) Que tipo de propagação de onda, transversal ou longitudinal, está relacionada a cada uma
pelo forno de micro-ondas, que das imagens?
são ondas longitudinais, ou as b) Em qual das situações é imprescindível um meio material para a propagação da onda?
vibrações da pele dos tambores c) Em relação à natureza das ondas, os exemplos apresentados nos quadros a seguir estão
e dos pratos da bateria, que são relacionados a qual das imagens? Por quê?
ondas transversais.
som produzido por uma ave ondas produzidas pela
2. É possível utilizar esta ativi- ondas produzidas pelas vibração das cordas de
dade como avaliação para emissoras de rádio uma guitarra
luz solar ondas do mar
verificação de aprendizagem
dos conceitos relacionados às 2. Considere as duas ondas X e Y a seguir.
propriedades das ondas, como
CRIS ALENCAR
identificação de cristas e vales, X 1,7 cm Y a II c e g
determinação da amplitude e 7 cm I
do comprimento de onda e re-
lação entre período e frequên-
cia. Observar as respostas dos
estudantes e, caso eles apre- b d f
8s
sentem dificuldades, retomar
Respostas nas Orientações
os conceitos utilizando novas a) Quantas cristas e vales apresentam essas duas ondas? para o professor.
formas de abordagem. b) Quantos ciclos cada onda apresenta? E qual é o período da onda X?
a) A onda X apresenta 5 cristas c) Qual é o comprimento de onda, a amplitude e a frequência (Hz) da onda X?
e 4 vales, e a onda Y apresenta d) Na onda Y, identifique as cristas, os vales, a amplitude e o comprimento de onda.
4 cristas e 3 vales. e) Considere que a frequência da onda Y seja f = 5 Hz. Qual é o período dela?
b) A onda X apresenta 4 ciclos. 3. Analise as afirmativas a seguir e corrija as falsas. Respostas nas Orientações para o professor.
A onda Y apresenta 3 ciclos. O I. As ondas têm a propriedade de transportar energia e matéria.
período da onda X é 2 segun- II. Ondas mecânicas necessitam de um meio material para se propagar.
dos. (Período é o tempo para III. Ondas eletromagnéticas não necessitam de um meio material para se propagar.
acontecer um ciclo, ou seja, 8 s
IV. O comprimento de uma onda é a distância de uma crista ou vale ao eixo de propagação
divididos por 4 ciclos.) da onda.
c) Comprimento de onda:
1,7 cm; amplitude: 7 cm;
66
frequência:
4 ciclos H 8 s
II, III, VI e VII estão corretas.
3.D3-CIE-F2-2104-V9-U2-LA-G24.indd 66 17/07/22 10:01 D3-C
ALLMAPS
tem natureza mecânica e se propaga pelo de C apricórn
io
CHILE
8 2 2,667 km, ou 2 667 m
Trópico
interior da Terra transportando muita energia 3
na forma de ondas sísmicas, que podem ser OCEANO ARGENTINA
de distância.
PACÍFICO Epicentro
115 km da costa
tanto transversais como longitudinais. Santiago Utilizando o segundo método:
Mesmo que uma cidade esteja distante do 8 s H 340 m/s = 2 720 m de
epicentro de um terremoto (ponto da super- distância.
fície de maior intensidade), os abalos sísmicos OCEANO
0 520
ATLÂNTICO
Para facilitar os cálculos dessa
gerados podem atingi-la e causar grandes
atividade, consideramos a tem-
destruições. Um exemplo foi o terremoto Ilhas
2
mento e o ar ao redor dele. Cada nota tem um tipo de vibração,
2. SOM TEMA assim a pessoa que não ouve pode sentir o som. Os estudantes
associavam as notas musicais na escrita musical à vibração que
Este Tema contribui para a mo- ela causava no instrumento. Assim, sabiam que vibração esperar
bilização da habilidade EF09CI05.
No texto usado para iniciar o as- SOM ao tocar a nota correta.
2. Resposta pessoal. Professor, neste momento, espera-se que
os estudantes conversem sobre a importância de ações que
sunto, estimula-se o desenvolvi- promovam a inclusão social.
mento do tema contemporâneo
transversal Educação em direi- Captamos os sons principalmente pela audição, mas é possível per-
tos humanos. cebê-los por meio de outros sentidos. Pessoas surdas podem perceber
e distinguir os sons sentindo as vibrações pelo tato, por exemplo. Leia o
A proposta inicial é destacar o
trecho da reportagem a seguir, que relata como o músico Carlos Alberto
som não como uma transmissão
Alves se motivou a dar aulas de música para surdos.
de informações captada apenas
pelas orelhas e percebido pelo
sentido da audição, mas mostrar Na vibração do som,
que também pode ser captado surdos aprendem música
por todo o corpo, pelo sentido Carlos buscou um curso de libras para abrir mais
do tato. Essa sensibilidade ao oportunidades de conversação. Certa vez, viu seu pro-
tato é comumente desenvolvida fessor de libras, um homem surdo, chorar ao ouvir uma
por pessoas surdas ou com algu- música tirada por ele de um velho saxofone. O mestre
ma deficiência auditiva. contou ter se emocionado com a vibração do instru-
Fazer uma leitura coletiva do mento. Naquela resposta estava mais um estímulo para
texto com os estudantes, que Carlos. [...] [Ele] começou a ministrar aulas de música
apresenta um professor que en- para pessoas surdas. [...] Hoje são doze estudantes.
sina música para pessoas surdas. [...] O aluno aprende as posições das notas, como
Grande parte da comunidade pegar no instrumento, colocar a mão nas chaves corres-
não ouvinte não se autodenomi- pondentes à nota desejada e, ao mesmo tempo, identifica
na como deficiente auditiva por na escrita musical, a mesma nota. Assim, ele decodifica
considerar a surdez uma carac- visualmente a nota correspondente à vibração esperada.
LEO TEIXEIRA
terística ou condição, optando Como cada nota tem sua vibração sonora específica, ele
pelo termo "surdo". Trabalhar consegue ler o que está escrito e, na passagem de uma
o assunto com os estudantes nota para outra, consegue perceber a diferença entre
de forma respeitosa, incenti- as vibrações.
vando-os sempre a considerar e NA VIBRAÇÃO do som, surdos aprendem música. Diário de Pernambuco, Recife, 29 jul.
a respeitar as dimensões físicas 2016. Ideias do bem. Disponível em: http://blogs.diariodepernambuco.com.br/ideiasdobem/
project/na-vibracao-do-som-surdos-aprendem-musica/. Acesso em: 27 abr. 2022.
de cada indivíduo. No caso das
pessoas surdas, existem outras
possibilidades de perceberem
os sons e falas ao seu redor e se
comunicarem, como pelo tato,
1 Explique como o professor de Libras do texto pôde sentir o som e como os
estudantes surdos aprendiam música.
pela leitura de lábios e pela co-
municação em libras. Porém, é 2 Para você, atitudes como a do professor Carlos são importantes? Por quê?
Converse com os colegas sobre o assunto.
preciso que haja participação da
comunidade ao redor destas pes-
soas para promover condições
necessárias a essa adequação.
68
Nesse momento dos estudos,
é interessante propor uma pes-
quisa aos estudantes sobre os Comentários sobre as atividades
D3-CIE-F2-2104-V9-U2-LA-G24_AV3.indd 68 21/07/22 23:09 D3-C
68
MAAL ILUSTRA
Comentar com os estudantes
que pesquisas científicas têm
Compressão Compressão
demonstrado que pessoas
com deficiência auditiva sen-
A tem no ar as vibrações das on-
das sonoras de músicas e que
Meato
acústico Membrana Cóclea esses estímulos são enviados e
timpânica
IMAGENS FORA AS CORES NÃO
externo
interpretados na mesma região
DE PROPORÇÃO. SÃO REAIS.
do cérebro que interpreta o som
escutado por pessoas ouvintes.
Elaborado com base em: YOUNG, Hugh D.; FREEDMAN, Roger. A. Física II: termodinâmica e
ondas. 14. ed. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2015. p. 156-158.
Representação de um pássaro cantando (A), representação simplificada de como o
som se propaga entre as moléculas dos gases presentes no ar (B) e representação
da orelha em corte, mostrando algumas estruturas envolvidas na captação das
ondas sonoras (C).
No texto da página anterior, as pessoas surdas sentiam as vibrações
das ondas sonoras por meio dos receptores táteis presentes na pele.
Cada onda apresenta características diferentes e, portanto, gera uma
vibração diferente. As pessoas surdas aprendiam a associar certa fre-
quência a determinada vibração.
AMPLIANDO
Em se tratando de música e sur-
M
CK.CO
LITZKI
/SHUTT
ERSTO dez, deve-se destacar o composi-
NA KAU
RAMO tor alemão Ludwig van Beethoven
(1770-1827), considerado um dos
69 maiores compositores da história
da música, que perdeu gradati-
vamente a audição ao longo de
sua vida. Mesmo surdo, compôs
23:09 D3-CIE-F2-2104-V9-U2-LA-G24.indd 69 17/07/22 10:01 suas obras mais aclamadas, como
#FICA A DICA, Professor
a Nona Sinfonia, de 1824. Pedir
O filme Minha amada imortal retrata a história do O filme No ritmo do coração retrata a história de aos estudantes que realizem uma
famoso compositor clássico Ludwig van Beethoven, uma adolescente ouvinte em uma família de surdos. pesquisa sobre Beethoven e suas
sua dolorosa perda de audição e suas estratégias para Foi vencedor do Oscar de melhor filme em 2022. contribuições para a música. Além
detectar a harmonia das músicas. • NO RITMO do coração. Direção: Siân Heder. Estados disso, é possível solicitar a eles que
• MINHA amada imortal. Direção: Bernard Rose. Unidos: Apple TV+, 2021. SVOD (111 min). pesquisem outros profissionais
Reino Unido: Estados Unidos: Icon Entertainment da área da música com a mesma
International, 1994. VHS (121 min). condição que contribuíram para a
história da música.
69
PHILIPIMAGE/SHUTTERSTOCK.COM
sons emitidos por dois instru-
OM
K.C
e a classificação de apenas um
ER
T
UT
/SH
BENTINHO
meios materiais. No entanto,
apenas uma fração delas pode
ser detectada pela audição
INFRASSOM SOM AUDÍVEL ULTRASSOM humana. Por isso, a importân-
cia do termo som audível para
0 Hz 20 Hz 20 000 Hz designar as ondas sonoras que
Classificação dos sons em relação à percepção humana. o ser humano é capaz de escu-
tar. Nestes estudos, optamos
Apesar de imperceptíveis aos seres humanos, outros animais podem
ouvir infrassons e ultrassons. Os cachorros são um exemplo, pois detec- por apresentar o intervalo de
tam ondas sonoras com frequências entre 15 Hz e 40 000 Hz, ou seja, frequência audível mais comu-
são capazes de ouvir estímulos que vão dos infrassons até os ultrassons. mente destacado, entre 20 Hz
O elefante é capaz de captar e emitir estímulos na faixa dos infras- e 20 000 Hz. Explicar aos estu-
sons. Na comunicação entre os elefantes, são emitidas ondas sonoras dantes que esse intervalo não
de aproximadamente 10 Hz, mas eles conseguem captar ondas de até é exato, podendo, inclusive,
cerca de 10 000 Hz. variar de pessoa para pessoa.
Ao abordar o infrassom, ex-
KLETR/SHUTTERSTOCK.COM
DODAFOTO/SHUTTERSTOCK.COM
VIVA-LA-VIDA/SHUTTERSTOCK.COM
71
região de maior ou menor den- que ainda não está completamente compreen- frassônicos. Estudos indicam que pode haver
sidade. O fenômeno ondulatório dido se o som emitido por baleias a milhares uma associação entre baleias dentadas (orcas,
da refração não será abordado de quilômetros está relacionado diretamente golfinhos e cachalotes, por exemplo) e o ultras-
neste momento, de forma que com a comunicação entre indivíduos, ou que som, e entre baleias de barbatanas (que têm
a Unidade apresente coerência tipo de mensagens passam. Contudo, estudos cerdas no lugar dos dentes) e o infrassom. No
etária com a época escolar. demonstram que esses animais utilizam a co- caso dos golfinhos, os ultrassons são utilizados
Ao explorar o boxe sobre co- municação sonora para diversas atividades. para ecolocalização.
72
FISHMAN64/SHUTTERSTOCK.COM
[I = P ], sendo, por isso, a sua
A
unidade do SI definida como
watt por metro quadrado
(W/m2). Essa grandeza é relacio-
nada ao volume do som. Quan-
do nossas orelhas estão próxi-
mas à fonte sonora, a energia
por área que recebemos é maior
(volume maior) do que quan-
do estamos distantes da fonte,
quando a energia por área é
O som emitido por folhas balançando ao vento tem O som emitido pelo tráfego de veículos tem nível menor (volume menor).
nível sonoro abaixo de 20 dB. sonoro na ordem de 80 dB.
O limiar audível citado na pá-
gina para um ser humano sem
problemas de audição é da or-
OKSANA KUZNETSOVA DNEPR/SHUTTERSTOCK.COM
FRANK_PETERS/SHUTTERSTOCK.COM
73
DENIS POGOSTIN/SHUTTERSTOCK.COM
20 000 Hz são audíveis pelo ser escutando música pelo rádio, podemos aumentar
humano. Ondas sonoras com o volume, se quisermos ouvir o “som mais alto”, ou
frequência abaixo de 20 Hz, abaixar o volume, se quisermos ouvir o “som mais
baixo”. Essa é uma forma comum de nos expressarmos
chamadas infrassons, e acima
diariamente, porém caracterizar um som como alto ou
de 20 000 Hz, chamadas ul-
baixo, do ponto de vista científico, não tem relação
trassons, não são audíveis pelo
com o volume.
ser humano.
a) Que característica das ondas sonoras define um som
2. Ao trabalhar esta atividade, se como alto ou baixo? Como percebemos a diferença
entre esses dois estímulos? Botão de volume de um aparelho
possível, ligar algum aparelho
b) Que característica das ondas sonoras define o volume sonoro.
que emita ondas sonoras, como
do som que escutamos? A intensidade sonora é a característica das ondas sonoras relacionada ao
rádio, televisor ou smartphone, volume. Ela está associada à amplitude da onda.
por exemplo, a um volume in- 3. No dia 10 de outubro de 2020, um meteoro atraves-
CLIMAAOVIVO.COM.BR/BRAMON
termediário. Então, aumen- sou o céu do Ceará e caiu no Maciço de Baturité. Ao
tar pouco a pouco o volume, atravessar a atmosfera, esse meteoro emitiu uma forte
perguntando aos estudantes luz, que foi observada por vários moradores da região,
o que mudou na onda sonora assim como um grande estrondo de sua colisão com o
solo. Entretanto, para a determinação mais exata do
emitida, permitindo que revi-
local de sua queda, é necessária a análise de infrassons,
sem o que foi estudado. É es-
que são emitidos por esses meteoros e podem ser cap-
perado que respondam que a tados por sistemas de microfones específicos para esse Meteoro atravessando a atmosfe-
onda sonora emitida teve um fim espalhados pelo planeta Terra. ra no Ceará, em 2020.
aumento de amplitude e mais a) A onda citada, que pode ser captada por microfones específicos e identificar a localização
energia foi transportada pela do meteoro, é mecânica ou eletromagnética? Justifique sua resposta.
onda. Fazer o mesmo procedi- b) Essa onda pode ser detectada pela audição humana? Por quê?
mento, mas agora reduzindo o
volume do som emitido. 4. Certo dia, o professor de Ciências do 2o ano chegou à
ROBERT KNESCHKE
escola levando consigo duas latas, barbante e prego.
3. Ver mais informações sobre a Utilizando o prego, ele fez um furo no fundo de cada
queda do asteroide no Ceará lata, por onde passou as extremidades do barbante.
no link do #FICA A DICA, Pro- Em seguida, ele fez um nó em cada uma das extremi-
fessor da página seguinte. Ex- dades, para que não escapassem. O professor escolheu
plicar aos estudantes que me- dois estudantes e pediu que segurassem as latas e se
teoro é um fenômeno natural distanciassem até que o barbante estivesse esticado.
Um dos estudantes deveria levar a lata à boca e dizer Representação da atividade rea-
que ocorre quando um corpo
algumas palavras, enquanto o outro estudante levaria lizada pelos estudantes durante a
celeste, que esteja se movendo aula.
a lata à orelha para tentar decifrar o que foi dito.
a alta velocidade, adentra a 3. a) Por se tratar de uma onda sonora (infrassom), é uma onda mecânica.
atmosfera e se incinera por 74 3. b) Não, porque a audição dos seres humanos pode detectar frequências entre 20 Hz e 20 000 Hz. O infrassom
citado no texto corresponde a ondas com frequências menores do que 20 Hz, imperceptíveis aos seres humanos.
causa do atrito com os gases.
4. Nos estudos das páginas de
abertura dessa Unidade foi momento, se possível, construir agora com
D3-CIE-F2-2104-V9-U2-LA-G24.indd 74 os furos nas latas para evitar acidentes com 28/07/22 08:04 D3-C
74
Cálculos Ultrassom
renais
IMAGENS FORA
DE PROPORÇÃO.
mecânicas, precisam de um
Elaborado com base em: meio material para se propa-
AS CORES NÃO LITHOTRIPSY procedure.
SÃO REAIS.
Rim MedlinePlus. Bethesda, gar, e sua frequência é maior
2022. Disponível em: https://
medlineplus.gov/ency/
do que 20 000 Hz, por isso são
Representação do Cálculos renais imagepages/19246.htm. inaudíveis para o ser humano.
processo de litotripsia. desintegrados Acesso em: 27 abr. 2022.
b) Resposta pessoal. Espera-se
a) Quais são as características das ondas de ultrassom? Respostas nas Orientações para o professor. que os estudantes encontrem
b) Pesquise hábitos saudáveis que ajudam a evitar pedras nos rins. Com base nos dados da dados como a ingestão ade-
pesquisa, faça uma autoavaliação: você tem esses hábitos? quada de água e a redução da
c) A partir do exemplo da litotripsia, forme um grupo com seus colegas e discutam a impor- utilização de sal nos alimentos.
tância de estudar as ondas sonoras para a área da saúde. Elaborem um texto sobre isso. c) Resposta pessoal. Espera-se
5. b) O som emitido pelo contrabaixo acústico é mais grave, pois a frequência do som emitido por ele é que os estudantes conversem
menor; o som emitido pelo violão é mais agudo, pois a frequência do som emitido por ele é maior. 75 sobre as aplicações tecnológi-
cas das ondas ultrassônicas em
diagnósticos e tratamentos.
08:04 D3-CIE-F2-2104-V9-U2-LA-G24.indd 75 17/07/22 10:01
#FICA A DICA, Professor
Para mais informações sobre a queda do asteroide Para mais informações sobre cálculo renal e outros
no Ceará, acessar o link a seguir. tratamentos além da litotripsia, acessar o link a seguir.
• ASTRÔNOMOS aguardam informações da Nasa para • BRUNA, Maria Helena V. Pedra nos rins (cálculo
saber local da queda de asteroide no CE. Diário do renal). Dráuzio Varella. [S. l.], [2019?]. Disponível
Nordeste. [S. l.], 13 out. 2020. Disponível em: https:// em: https://drauziovarella.uol.com.br/doencas-e-
diariodonordeste.verdesmares.com.br/metro/astro -sintomas/pedra-nos-rins-calculo-renal/. Acesso em:
nomos-aguardam-informacoes-da-nasa-para-saber- 7 jun. 2022.
local-da-queda-de-asteroide-no-ce-1.2999315.
Acesso em: 7 jun. 2022.
75
ARTE
INTEGRANDO COM ARTE
com 3. Evitar tossir ou produzir ruídos com a garganta na tentativa de
eliminar secreções, para não irritar as pregas vocais. Em vez disso, o
Esta seção contribui para a mo- ideal é tomar água e engolir saliva para retirar secreções.
bilização da habilidade EF09CI05 Evitar gritar ou falar alto e evitar competição sonora – abaixar o
e para o desenvolvimento da volume da TV, do rádio etc.
Evitar ingerir alimentos sólidos ou líquidos muito quentes ou muito
competência específica 7. gelados, dando preferência à ingestão de água à temperatura ambiente.
Uma analogia interessante a Além disso, é importante buscar cuidados médicos em caso de dor ou
fazer para compreender como as A produção da voz problemas contínuos.
pregas vocais produzem som é A voz é um instrumento de interação entre as pessoas. A comunicação pela voz não
imaginar as cordas de um violão ocorre somente por meio das palavras, mas também é possível expressar sentimentos por meio
sendo perturbadas, quando elas da entonação ou fazer arte por meio de um canto, por exemplo. Mas de onde vem a voz?
passam a oscilar. A cada modo de IMAGENS FORA AS CORES NÃO
oscilação, definido pela espessu- Representação da cabeça e do pescoço humano, DE PROPORÇÃO. SÃO REAIS.
Cavidade oral
Comentários sobre
as atividades Nos homens, em média, as pregas vocais são mais grossas
e mais longas do que nas mulheres. Essas características
fazem as pregas vocais masculinas vibrarem menos,
2. A diferença de frequência resultando em um tom de voz geralmente mais grave.
que comumente existe entre Laringe
por uma corda menos espessa. respeito com as diferenças individuais durante cirurgia é a mudança do tom de voz, que
No caso, o som produzido pela essa discussão. pode ficar levemente mais aguda, por causa
corda menos espessa é agu- do encurtamento da prega vocal.
3. Comentar com os estudantes que um pro-
do, se comparado com o som blema comum que acomete cantores e can- 4. Conduzir uma conversa com os estudantes,
produzido pela corda mais toras são lesões nas pregas vocais, causadas reforçando as questões de competição sono-
espessa, detectado de forma principalmente por excesso de apresenta- ra, com destaque para a sala de aula. Men-
mais grave. Ressaltar que nem ções e falta de cuidados. Em alguns casos, cionar a poluição sonora e algumas de suas
sempre mulheres têm a voz o problema é resolvido com procedimentos consequências, como estresse, agressividade
mais aguda ou homens têm a cirúrgicos, quando a parte lesionada deve e perda de atenção.
76
MARCEL BORGES
Apresentação da Orquestra Juvenil de Heliópolis – Coral da Gente, na Sala São Paulo, São Paulo (SP),
em 2016. Existem projetos sociais no Brasil que incentivam jovens e trazem novas perspectivas de
futuro para seus integrantes.
3 Que cuidados podem ser adotados para evitar problemas com a voz? Converse com os colegas
sobre os cuidados que vocês tomam.
4 Assim como os radialistas, locutores e cantores, os professores são profissionais que utilizam a
voz como instrumento de trabalho. Converse com o professor sobre os cuidados que ele tem com
a voz. Anote o resultado encontrado. Resposta pessoal.
5 Nos últimos anos, diversas bandas musicais se popularizaram pela recriação de sucessos sem instru-
mentos musicais, usando apenas vozes. Esse estilo musical, conhecido popularmente como “à capela”,
inspirou a criação de jingles, isto é, músicas que promovem uma marca ou um produto em campanhas
publicitárias. Forme um grupo com os colegas e produzam um jingle utilizando as próprias vozes.
Resposta pessoal.
77
som de determinado nível sono- 20 25 30 35 40 45 50 55 60 65 70 75 80 85 90 95 100 105 110 115 120 125 130 135 140 145 150 155
ro, a sensação audível causada Elaborado com base em: WESTIN, Ricardo. Poluição sonora prejudica a saúde e preocupa especialistas. Senado Notícias, Brasília, DF,
29 maio 2018. Disponível em: https://www12.senado.leg.br/noticias/especiais/especial-cidadania/poluicao-sonora-prejudica-a-saude-e-
pode variar de acordo com a fre- preocupa-especialistas/poluicao-sonora-prejudica-a-saude-e-preocupa-especialistas. Acesso em: 28 abr. 2022.
quência. Um som de nível sonoro Representação de escala de nível sonoro em decibéis (dB), com alguns exemplos. Sons acima de 70 dB são con-
siderados, em geral, desconfortáveis; acima de 85 dB, prejudiciais à saúde auditiva; e acima de 100 dB, podem
70 dB, por exemplo, com uma causar danos irreversíveis.
frequência de 1 000 Hz, é detec-
tado por nossas orelhas como 78
70 dB(A). Caso esse nível sonoro
seja emitido com frequência de
50 Hz, nossas orelhas podem de-
Quando o nível sonoro78 é medido por um equi-
D3-CIE-F2-2104-V9-U2-LA-G24_AV1.indd 19/07/22 08:19 D3-C
tectá-lo como um som de menor
pamento eletrônico, não se sabe qual é a sensação
nível sonoro.
que esse som realmente causa na orelha humana.
Comentar ainda que o tempo
Por esse motivo, criaram-se algumas variações na
de exposição tolerável a um som
escala de nível sonoro, como o dB(A), que pode
varia de acordo com a intensidade
ser, então, entendido como uma unidade de
dele e também entre indivíduos,
medida para nível sonoro qualificada a partir da
lembrando que pessoas neurodi-
sensação causada na orelha humana.
vergentes podem apresentar hi-
persensibilidade auditiva.
78
3 Faça uma pesquisa sobre ações que podem ser realizadas para reduzir os efeitos nocivos da
poluição sonora. Apresente os dados obtidos por meio de alguma ferramenta digital que permita
o compartilhamento pela internet com os colegas. Resposta pessoal.
#FICA A DICA, Professor
As informações apresentadas
79 na atividade 1 foram fornecidas
pela OMS (Organização Mundial
da Saúde) e publicadas pelo site
ONUBR (Nações Unidas no Bra-
08:19 Comentários sobre as atividades
D3-CIE-F2-2104-V9-U2-LA-G24.indd 79 dados com a saúde do corpo, contemplando
17/07/22 10:01a sil). Na publicação existem ou-
competência específica 7 e o tema contem- tras informações que podem ser
1. O objetivo da questão é que os estudantes trabalhadas com os estudantes.
porâneo transversal Saúde. Quando se fala em
possam realizar uma avaliação de seus há- Sugerimos acessar o link indicado
bitos quanto à exposição à música com som saúde, é comum que se mencionem alimenta- a seguir para obtê-las.
alto, especialmente quando se usam fones ção saudável e práticas regulares de exercícios
• MAIS DE 1 bilhão de jovens
de ouvido. Incentivar essa conversa e orientar físicos, o que é essencial. Porém, devemos tam- correm risco de perda auditiva
os estudantes sobre as consequências do uso bém lembrar de outros cuidados com a saúde, devido à exposição a sons altos.
inadequado de fones de ouvido para a saúde a como cuidados com a visão, cuidados com a voz, ONU. [S. l.], 12 fev. 2019. Dispo-
médio e longo prazo. cuidados com a audição, entre outros. É comum nível em: https://news.un.org/
Esta atividade possibilita realizar uma discussão observar pessoas fazendo atividades físicas, que pt/story/2019/02/1659581.
Acesso em: 7 jun. 2022.
com os estudantes a respeito de rotina e cui- é algo bom para a saúde, mas utilizando fo-
79
AVALIANDO
08:19 Comentários sobre as atividades
D3-CIE-F2-2104-V9-U2-LA-G24.indd 81 a) Se desejar, dividir a pesquisa dos grupos por
17/07/22 10:01
3
Competências
Gerais: 1, 2, 4, 5, 6, 7 e 10
Específicas: 1, 2, 3, 4, 5, 6 e 8
UNIDADE
Habilidades
• EF09CI04
• EF09CI05
• EF09CI06
• EF09CI07
ONDAS
ONDAS
Temas contemporâneos
transversais
ELETROMAGNÉTICAS
ELETROMAGNÉTICAS
• Ciência e Tecnologia
• Educação em direitos humanos
• Vida familiar e social
acordo com a quantidade de o desenvolvimento do respeito aos diferentes missão espacial como essa, o significado dessa
estudantes na turma, pode-se posicionamentos. Na atividade em grupo, cada missão para a Ciência e para a Tecnologia na-
formar grupos de até cinco in- integrante pode ficar encarregado de buscar um cional, os custos de produção e manutenção do
tegrantes, a fim de incentivar o link confiável para obter informações, fazer a lei- equipamento, a importância dos monitoramen-
convívio social e o trabalho em tura e apresentar os dados ao restante do grupo. tos encarregados ao satélite, a criação de outros
equipe, o que possibilita a eles Na data agendada para o debate, pode-se projetos como esse, entre outros tópicos.
um tempo para pesquisas, estu- dispor os estudantes em círculo para que apre- Como se trata de um satélite de monitoramen-
dos e diálogos, desenvolvendo, sentem as informações obtidas e suas conclu- to da região amazônica e do desenvolvimento
assim, a capacidade de selecio- sões sobre o assunto. Eles podem conversar agrícola, essa dinâmica pode ser feita em par-
nar informações confiáveis, a sobre as informações reais do satélite e expor ceria com o professor de Geografia. Conversar
82
AS
dimento, o envio das informações
obtidas por esse satélite envolve
aos estudantes sobre a relação
ondas eletromagnéticas ou ondas existente entre as ondas eletro-
mecânicas? Justifique sua resposta. magnéticas e a cor dos objetos.
MCTI/GOV
dizer que existem ondas eletromag- Os links a seguir apresentam in-
néticas nele? Justifique sua resposta.
formações sobre a missão espacial
Resposta pessoal.
Amazonia.
• INSTITUTO NACIONAL DE
PESQUISAS ESPACIAIS. Mis-
são Amazonia. São José dos
Campos, [2019]. Disponível
em: www.inpe.br/amazonia1/
amazonia.php. Acesso em: 26
jun. 2022.
• FREIRE, Diego. Amazonia-1, o
1o satélite 100% brasileiro, é
lançado com sucesso de base
indiana. CNN Brasil, São Paulo,
28 fev. 2021. Disponível em:
www.cnnbrasil.com.br/tecno-
logia/amazonia-1-o-1-satelite-
-100-brasileiro-e-lancado-com-
-sucesso-de-base-indiana/. Acesso
em: 26 jun. 2022.
• BRASIL. Coordenação-Geral de
Observação da Terra. Imagens
do Amazonia-1 disponíveis
para o público. São José dos
Campos: INPE, 26 jul. 2021.
Disponível em: http://www.obt.
Representação do satélite inpe.br/OBT/noticias-obt-inpe/
Amazonia 1, primeiro satélite de
imagens-do-amazonia-1-disponi
observação da Terra projetado e
operado pelo Brasil. veis-para-o-publico. Acesso em:
13 ago. 2022.
83
jamento conjunto possa ser feito. micro-ondas e rádio, já terem sido apresen-
Comentários sobre as atividades tados na Unidade anterior, não se espera que
os estudantes identifiquem as ondas eletro-
1. O objetivo desta atividade é levantar conheci-
magnéticas ao redor deles, mas que reflitam
mentos desenvolvidos pelos estudantes na Uni-
sobre o assunto. Caso estejam na sala de aula,
dade anterior. Espera-se que eles respondam que
as informações por satélites são transmitidas por é possível que identifiquem a luz do sol ou das
ondas eletromagnéticas, pois se propagam no lâmpadas como ondas eletromagnéticas ou as
vácuo do espaço. Ondas mecânicas necessitam associem ao funcionamento do celular, da te-
de um meio material para se propagar. levisão ou do computador. Pode ser feito um
83
1
1. DO RÁDIO À LUZ VISÍVEL um celular, mas que associem seu funcionamento ao fato de existir uma rede
TEMA de “sinais” necessária para a troca de dados e para a realização de ligações.
O estudo sobre a evolução dos Explorar essa falta de rede como sendo uma anomalia na propagação das ondas
conceitos referente à luz possibilita
contemplar a competência geral 1 DO RÁDIO À LUZ VISÍVEL
e a competência específica 1. O eletromagnéticas, causada por uma barreira física ou pela longa distância entre
estudo do espectro eletromagnético uma torre de retransmissão e o aparelho.
contempla a habilidade EF09CI06 Observe a cena da imagem a seguir.
e a competência específica 3.
MANU PADILLA/ALAMY/FOTOARENA
Perguntar aos estudantes sobre
os modelos de Empédocles (cerca
de 493 a.C.-430 a.C.) e Aristóteles
1 O que acontece com o celu-
lar quando estamos em um
(384 a.C.-322 a.C.) para explicar a lugar “sem rede”? Você sabe
luz e a visão. Empédocles acredi- o que isso significa?
tava que o Universo era formado
por quatro elementos – fogo, ar,
terra e água –, e que a luz estava Os celulares modernos, também
associada ao elemento fogo. Se- chamados smartphones, podem
ter diversos usos, como chama-
gundo ele, dos olhos saíam um das de voz e vídeo ou localização
tipo de fogo interno que tocava por GPS.
os objetos e com ele interagia.
Em 2021, existiam mais de 250 milhões de telefones celulares ativos no
Já Aristóteles afirmou que a luz
Brasil, uma média de mais de um aparelho para cada habitante. A maioria
era emitida pelos corpos que ve-
desses aparelhos possui funções variadas que podem ser utilizadas, por
mos. É importante destacar, neste exemplo, na educação, para comunicação, para diversão e para trabalho.
momento, a Ciência como uma Os celulares são exemplos de equipamentos desenvolvidos a partir
construção humana, passível de Os raios solares emitem luz
dos estudos e das pesquisas sobre ondas eletromagnéticas. Inicialmente,
visível, infravermelha e ultra-
erros, que depende do raciocínio o estudo das ondas eletromagnéticas buscava entender como os objetos
violeta, exemplos de ondas
e do contexto histórico e social. eletromagnéticas. podiam ser vistos pelos seres humanos. O grego Empédocles (cerca de
Ressaltar que o espectro eletro- 493 a.C.-430 a.C.), por exemplo, acreditava
BONSALES/SHUTTERSTOCK
10:02 AMPLIANDO
D3-CIE-F2-2104-V9-U3-LA-G24.indd 85 17/07/22 10:02
A apresentação do espectro eletromagnético assim por diante. Pode-se perguntar, por exem- as respostas dependem do tipo de produto e da
com as frequências em ordem de grandeza pos- plo, qual é a medida da altura aproximada de atual realidade econômica.
sibilita realizar uma atividade conjunta com o uma pessoa. Nesse caso, eles devem usar a or- É importante os estudantes perceberem que
professor de Matemática. dem de grandeza 100 m. Qual é a medida da as respostas não são as medidas exatas, mas a
Uma sugestão de atividade é fazer algumas altura de um prédio de 10 andares? Ordem de ordem de grandeza do número, por exemplo,
perguntas aos estudantes referentes a escalas grandeza de 101 m. Qual é o preço de deter- a altura de uma pessoa é da ordem de 1 m
de medidas de comprimento e de preços, indi- minado computador? Ordem de grandeza de (100 m), visto que a próxima ordem de grandeza
cando a eles que devem responder apenas com R$ 103. Qual é o preço de determinado modelo é 10 m (101 m), o que é distante da altura real
valores na potência de base 10, como 1 (100 ), de carro? Ordem de grandeza de R$ 104. Para do ser humano.
10 (101), 100 (102), 1 000 (103), 10 000 (104) e as perguntas referentes a valores de produtos,
85
86
86
SELMA CAPARROZ
conteúdo, desenhar duas ondas
Ondas
refletidas na
na lousa, com sua forma tradi-
ionosfera cional de oscilação transversal e
Recepção do
com medidas de comprimentos
sinal emitido de onda diferentes. Explicar que
a de maior comprimento possui
Torre emissora
menor frequência e a de menor
comprimento possui maior fre-
quência. Perguntar aos estudan-
tes qual seria uma onda de rádio
Elaborado com base em: THE EFFECTS of Earth’s Upper Atmosphere on Radio Signals. Nasa: The IMAGENS FORA de uma estação de frequência
Radio JOVE Project. Washington, D.C., 2022. Disponível em: https://radiojove.gsfc.nasa.gov/ DE PROPORÇÃO.
education/activities/iono.html. Acesso em: 2 abr. 2022. FM – a de menor comprimento
Representação da emissão de ondas de rádio AM. AS CORES NÃO
SÃO REAIS.
de onda – e qual seria a de uma
estação de frequência AM – a de
As ondas de rádio de maiores frequências, como as emitidas por
maior comprimento de onda.
emissoras FM (sigla para “frequência modulada”) e alguns sinais de televisão,
têm comprimento de onda menor e não são refletidas na ionosfera. Essas
transmissões dependem de outras torres, chamadas torres de retransmis- #FICA A DICA, Professor
são, que retransmitem o sinal, aumentando o alcance das ondas. Acessar o link sugerido a seguir
para informações adicionais sobre o
SELMA CAPARROZ
Elaborado com base em: THE EFFECTS of Earth’s Upper Atmosphere on Radio Signals. Nasa: The
Radio JOVE Project. Washington, D.C., 2022. Disponível em: https://radiojove.gsfc.nasa.gov/
education/activities/iono.html. Acesso em: 2 abr. 2022.
Representação da emissão de ondas de rádio FM.
87
SELMA CAPARROZ
enviados com alta qualidade. IMAGEM FORA
DE PROPORÇÃO.
é uma área com alta demanda Representação da emissão de ondas retransmitidas por torres ou satélites artificiais.
atualmente. Com o uso intenso ERNESTO REGHRAN/PULSAR IMAGENS
As micro-ondas dão nome ao aparelho que pode ser utilizado para
e frequente de equipamentos aquecer alimentos e bebidas – o forno de micro-ondas. No interior desse
conectados à internet, as redes aparelho, são emitidas ondas eletromagnéticas com frequência espe-
devem comportar o envio e o cífica, que fazem as moléculas de água do alimento vibrarem com
recebimento de informações em maior intensidade. A maior agitação das moléculas gera aumento
tempo real. Logo, os conheci- da energia térmica, ou seja, elevação da temperatura.
mentos e estudos sobre as ondas As micro-ondas também estão presentes nos aparelhos
eletromagnéticas utilizadas nessas conhecidos como radares móveis, utilizados por agentes de
transmissões são essenciais para a trânsito para controle das velocidades dos veículos nas vias
rotina da sociedade atual. públicas. O radar móvel emite uma onda eletromagnética em
Ondas eletromagnéticas na direção ao veículo e, nesse momento, a contagem do tempo
frequência das micro-ondas são é iniciada. A onda é refletida no veículo e retorna ao aparelho,
que compara o tempo entre a emissão e a recepção da onda e a
comumente relacionadas ao forno
distância do equipamento ao veículo, determinando sua velocidade.
micro-ondas, utilizado no aqueci-
mento de alimentos. Nesses fornos, Agente de trânsito utilizando radar móvel durante fiscalização
utiliza-se apenas uma faixa das de trânsito em uma via em Londrina (PR), 2016.
ondas eletromagnéticas, como a
frequência de aproximadamente 88
2 x 109 Hz, ou 2 giga-hertz (2 GHz).
Nesse equipamento, existe um
dispositivo chamado magnétron, D3-CIE-F2-2104-V9-U3-LA-G24.indd 88 17/07/22 10:02 D3-C
que emite as micro-ondas. #FICA A DICA, Professor
Acessar o link a seguir para mais informações
sobre como as micro-ondas emitidas em um forno
aquecem os alimentos.
• SANTOS, Carla E. dos. Como funciona o forno de micro-
-ondas? Instituto de Física. Universidade Federal do
Rio Grande do Sul. Porto Alegre, [2019?]. Disponível
em: http://www.if.ufrgs.br/tex/fis01043/20022/Carla/
fornomicroondas.htm. Acesso em: 26 jun. 2022.
88
89
LUCAS FARAUJ
Livro do estudante. Avaliar se a
confecção do disco será feita em
sala de aula, sendo necessário IMAGENS FORA
DE PROPORÇÃO.
providenciar o material com an-
tecedência. Os estudantes tam-
bém podem trazer o disco pronto
de casa.
Caso os estudantes elaborem 2. A face colorida foi
percebida como uma cor Representação de passos da investigação feita pela estudante.
a montagem em casa, solicitar próxima à cor branca.
que pesquisem outras formas 3. Professor, espera-
de fazê-lo, por exemplo, utili- -se que os estudantes 2 O que ocorreu quando o disco foi girado rapidamente?
cheguem à conclusão
zando um CD ou DVD antigo. de que a cor “branca” é 3 Elabore uma hipótese para o resultado observado e conte-a aos colegas.
Nesse caso, é necessário colar o formada pela mistura de
disco colorido e fazer dois furos todas as cores. Explicar A luz visível, ou seja, aquela que conseguimos enxergar, tem fre-
a eles que essa mistura
alinhados, ao redor do centro observada é composta quências na ordem de 1014 Hz. Dentro desse espectro, cada frequência
do CD/DVD. Assim, um barban- por luz visível e que a luz equivale a uma sensação de cor. O termo “sensação” relaciona-se ao fato
te é passado nos dois furos que branca é formada pela de que é nosso cérebro que interpreta as informações que captamos,
soma das frequências de
foram feitos, para que o disco onda de todas as cores.
associando-as às cores.
VANESSA NOVAIS
seja girado. Verificar como esta Infravermelho Luz visível UV Raios X
atividade pode ser realizada no
vídeo disponível no #FICA A Ondas de rádio Raios gama
DICA, Professor.
Micro-ondas
A elaboração desse disco pode
ser uma oportunidade para um
trabalho interdisciplinar com Ma-
temática, pois envolve o uso de
compasso para traçar a circunfe-
rência e de transferidor para divi-
dir o círculo formado em setores 3,8 ? 1014 Hz 7,8 ? 1014 Hz
3,8.1014
ElaboradoHz
com base em: YOUNG, Hugh D.; FREEDMAN, Roger A. Física III: eletromagnetismo. 14. ed. 7,8.1014
São Paulo: Hz
com um ângulo central de apro- Pearson Education do Brasil, 2015. p. 414.
ximadamente 51°. Espectro eletromagnético destacando a faixa de frequência da luz visível, composta de
várias cores.
90
#FICA A FICA, Professor
No link a seguir é possível acessar Comentários sobre as atividades
D3-CIE-F2-2104-V9-U3-LA-G24_AV3.indd 90 21/07/22 23:29 D3-C
91
RENAN LEEMA
Íris Nervo óptico
que existem infinitas cores. Neurônios
Já quando se fala no sentido da IMAGENS FORA Luz Cones
DE PROPORÇÃO.
visão, a cor é uma percepção fisio-
Pupila
lógica do ser humano. Como as AS CORES NÃO
SÃO REAIS.
Lente
células que detectam as cores têm Humor
maior sensibilidade para as cores Elaborado com base em: vítreo
SILVERTHORN, Dee U. Fisiologia
vermelha, verde e azul, todas as humana: uma abordagem Bastonetes
cores que enxergamos são inter- integrada. 7. ed. Porto Alegre:
Artmed, 2017. p. 347.
pretadas pelo nível de sensibiliza- Representação do olho humano
ção de cada uma dessas células. e detalhe da retina, mostran- Retina
Comentar com os estudantes do cones e bastonetes.
que a percepção das cores pode
A seguir, observe como é possível enxergar as cores a partir de uma
variar entre indivíduos. Atentar combinação de três feixes de luz – vermelho, verde e azul – incidindo
para que estudantes com dalto- em uma parede escura.
nismo ou outros problemas de vi-
Luz vermelha
são não se sintam constrangidos Sobreposição das Sobreposição das
OLEKSII LIEBIEDIEV/SHUTTERSTOCK
luzes vermelha e azul, luzes verde e vermelha,
ou excluídos. Se necessário, auxi- formando a cor magenta. formando a cor amarela.
liá-los nas atividades que exijam
identificação de cores.
Sobreposição das luzes
As cores de luz formam um verde, vermelha e azul
Sobreposição das
luzes verde e azul,
sistema conhecido pela sigla formando a cor branca. formando a cor ciano.
RGB: red (vermelho), green (ver-
de) e blue (azul). Outro sistema Esquema mostrando a combinação de três
Luz azul Luz verde
de cores é designado pela sigla feixes de luz – vermelho, verde e azul.
CMYK: cyan (ciano), magenta
(magenta), yellow (amarelo) e 92
key ou black (preto, interpretado
como uma mistura colorida), que
corresponde à cor pigmento, ou finição física da cor e a92 maneira como a interpre-
D3-CIE-F2-2104-V9-U3-LA-G24.indd sonagem (a mesma selecionada). Selecionar duas 17/07/22 10:02 D3-C
seja, às cores que são misturadas tamos. Se possível, acessar o link durante a aula e cores no maior nível e destacar a cor interpretada
para gerar qualquer outra cor em manipular as simulações com os estudantes. Na pela personagem, resultante da sobreposição de
uma impressão, por exemplo. opção "lâmpadas RGB", destacar a cor que está duas cores. Neste momento, os estudantes têm
A proposta de simulação do sendo emitida pelas lanternas e a cor que está a oportunidade de verificar as cores do sistema
link sugerido no #FICA A DICA sendo interpretada pelo encéfalo da personagem. CMYK. Perguntar a eles qual é a cor que será in-
do Livro do estudante auxilia na Selecionar uma cor no maior nível (vermelha, ver- terpretada se as três cores forem selecionadas no
verificação da diferença entre de- de ou azul) e destacar a cor interpretada pela per- maior nível e mostrar a interpretação do branco.
92
SPASTA/SHUTTERSTOCK
que determinadas frequências
da luz incidente foram refleti-
das e outras frequências foram
absorvidas. Os olhos humanos
Nas regiões em que é
Nas regiões em que é observada a cor preta, a observada a cor branca,
também podem ser estimulados
luz branca incide e a maior parte não é refletida, a luz branca incide e pela tonalidade da cor refletida,
ocorrendo a absorção de todas as cores. é quase totalmente
refletida. Todas as cores
e, por isso, o cérebro humano
Esquema mostrando como as cores de um objeto colorido iluminado com luz que formam essa luz pode interpretar diversos tons
branca podem ser percebidas. são refletidas e chegam de uma mesma cor.
aos nossos olhos.
Mas o que ocorre quando a luz incidente não é branca? Ao ser
iluminada com luz verde, por exemplo, a tampa vermelha de uma caneta
é observada como preta, pois não há vermelho na luz incidente para ser
refletido. Observe as imagens a seguir.
FOTOS: DOTTA2 /ARQUIVO DA EDITORA
A B
Tampa vermelha de caneta sendo iluminada por luz branca (A) e por luz verde (B).
93
10:02 AMPLIANDO
D3-CIE-F2-2104-V9-U3-LA-G24.indd 93 17/07/22 10:02
Esse assunto pode ser trabalhado com demons- sapatos, de modo que seja possível observar seu esses objetos estão iluminados diretamente pela
trações práticas que evidenciem que a cor de um interior, mas evitando ao máximo a entrada de luz luz branca.
objeto está relacionada também à cor da luz que dentro da caixa. Colocar dentro da caixa objetos Com essa atividade, os estudantes podem verificar
o ilumina. Uma investigação prática pode ser es- de diferentes cores. É importante que um deles que a cor detectada em um objeto está relacionada à
sencial para a compreensão correta dos conceitos seja vermelho (ou da cor do celofane utilizado). luz que o ilumina. Quando a luz vermelha incidiu no
científicos envolvidos. A atividade a seguir é uma Acender uma lanterna e iluminar o interior da objeto vermelho, sua cor não foi alterada, pois esse
sugestão que pode ser realizada com os estudantes. caixa através do papel celofane. Solicitar aos es- corpo é capaz de refletir a luz vermelha. Já os corpos
Cortar um buraco retangular na região central tudantes que observem os objetos pela abertura de outras cores absorvem a luz vermelha e, por isso,
de uma caixa de sapatos e fechar esse buraco lateral que foi feita. são observados como pretos. No caso de um corpo
com papel celofane vermelho. Fazer um pequeno Questionar que cor eles detectaram em cada branco, ele é observado na cor vermelha, visto que
buraco em uma das laterais menores da caixa de objeto e se essas cores são as mesmas de quando reflete todas as cores de luz, incluindo a vermelha.
93
AZUR13/SHUTTERSTOCK
quantum, ele salta para um nível
mais energético e, então, retorna
ao seu nível, emitindo essa ener-
gia na forma de um fóton de luz,
que é um corpúsculo localizado
de pura energia, uma partícula de
luz ejetada pelo átomo.
Na emissão da luz branca, os
elétrons emitem fótons de diversas
frequências, cada uma correspon-
dente a uma cor da luz visível e Evento em que se utiliza laser como efeito visual para o espetáculo.
com variação na oscilação. O primeiro equipamento emissor de laser foi desenvolvido por volta
de 1960 pelo físico estadunidense Theodore Harold Maiman (1927-2007).
ALEX SILVA
ANATOLY VARTANOV/SHUTTERSTOCK
Um laser é emitido por uma fonte
de átomos do chamado meio ativo,
que podem ser gasosos, líquidos
ou sólidos. Esses átomos são es-
timulados, absorvendo energia e
desencadeando um processo que
resulta na emissão de fótons, todos
de mesma frequência e oscilação.
ALEX SILVA
94
Elaborado com base em: HEWITT, Paul.
Física conceitual. 11. ed. Porto Alegre:
Bookman, 2011. p. 547.
D3-CIE-F2-2104-V9-U3-LA-G24.indd 94 17/07/22 10:02 D3-C
Representação de um #FICA A DICA, Professor
feixe de laser, com ondas Para conhecer mais informações sobre os fundamentos
de apenas uma frequência do laser, ler o artigo disponível no link a seguir.
e oscilando em fase. • BAGNATO, Vanderlei S. Os fundamentos da luz laser.
Física na escola, São Carlos, v. 2, n. 2, p. 4-9, 2001.
Disponível em: http://www.cepa.if.usp.br/e-fisica/
apoio/textos/a02.pdf. Acesso em: 26 jun. 2022.
94
95
KARINA KA/SHUTTERSTOCK
Laser sendo aplicado no tratamento de mucosite, inflamação da mucosa da boca e da garganta.
1. Os textos citam aplicações do laser no tratamento de problemas de visão e no tratamento de problemas dentários.
No primeiro caso, cita-se o uso do laser na correção de miopia, astigmatismo
• Atividades NÃO ESCREVA
NO LIVRO. e hipermetropia. No segundo caso, cita-se o uso do laser como terapia para
casos de dor e inflamações, além de impedir possíveis contaminações.
1 Explique as aplicações do laser na saúde que foram citadas nos dois textos.
2 Forme um grupo com mais dois colegas. Vocês devem fazer uma pesquisa, em sites e revistas, sobre
tratamentos ou tecnologias que utilizem o laser. Escolham uma dessas aplicações e expliquem seus
detalhes por meio de uma apresentação em sala de aula. Resposta pessoal.
96
96
PAVELSHYNKAROU/SHUTTERSTOCK.COM
1. O que é espectro eletromagnético?
3. a) São lâmpadas de luz branca
Como ele é organizado?
acesas.
2. Observe os dois equipamentos. 3
2 b) Policromática, pois a luz
MARIUS RUDZIANSKAS/
SHUTTERSTOCK
PETER GUDELLA/
SHUTTERSTOCK
magnéticas relacionadas à HOMENS são resgatados após ficarem à deriva em caiaque no mar de Fortaleza. O Povo, Fortaleza, 27 jul. 2020.
Disponível em: https://www.opovo.com.br/noticias/fortaleza/2020/07/27/homens-sao-resgatados-apos-ficarem-a-deriva-
transmissão de calor. Utilizado em-caiaque-no-mar-de-fortaleza.html. Acesso em: 4 abr. 2022.
no funcionamento de sensores
de presença, controles remotos
a) Que equipamento foi utilizado pelos pilotos para o resgate dos homens em alto-mar?
de aparelhos eletroeletrônicos
b) Por que o equipamento pode ser utilizado em buscas por pessoas desaparecidas?
e câmeras noturnas. Faixa de 9. Respostas nas Orientações para o professor. 8. a) Um equipamento
frequência de 1011 Hz a 1014 Hz. 9. Observe a fotografia a seguir. constituído de uma
câmera em alta definição
• Luz visível: ondas eletromag- a) A luz incidente sobre os balões da fotografia com infravermelho.
néticas perceptíveis pela visão é branca. O que aconteceria se os balões fossem
MIKE FLIPPO/SHUTTERSTOCK.COM
CIENTÍFICA
escolhida, deverá ser realizada
2. A sobreposição das luzes vermelha e verde reflete a cor amarela na pelo professor ou por um adulto
parede. As luzes vermelha e azul refletem a cor magenta. Já as cores responsável. Deve-se também
verde e azul refletem a cor ciano. Isso ocorre porque a parede pintada na cor branca reflete todas as
cores. Ao refletir as duas cores incidentes simultaneamente, nossos olhos recebem a informação da atentar para isolar corretamente
sobreposição das cores e o encéfalo interpreta essa combinação como amarelo, magenta ou ciano. as partes condutoras, evitando
Compondo cores 3. Observou-se a cor branca, porque a parede pintada dessa cor reflete todas as
cores. Quando nossos olhos recebem a informação da sobreposição do vermelho,
qualquer tipo de contato pos-
do verde e do azul, o encéfalo interpreta essa combinação como cor branca. sível delas com a pele e garan-
Primeiras ideias tindo, assim, a integridade física
Como é possível verificar e evidenciar que todas as cores de luz podem ser formadas pela de qualquer indivíduo envolvido
composição das três cores primárias da luz que podem ser captadas pela visão do ser humano? na prática. Neste caso, o papel
celofane deverá recobrir uma das
• Preciso de... extremidades do tubo. Existem
também lâmpadas coloridas que
• 3 lanternas; • fita adesiva; podem ser adquiridas, se for pos-
• papel celofane de cores vermelha, azul e verde; • tesoura com pontas arredondadas. sível e necessário.
Outra opção para esta prática
• Mãos à obra é utilizar lanternas de três tele-
fones celulares, que podem ser
A. Recorte um pedaço de papel celofane de cada cor e cubra a saída da luz recobertas com o papel celofane.
de cada lanterna com uma cor diferente. Fixe o papel com a fita adesiva,
evitando rugosidades.
Neste caso, é necessário verificar
B. Em um ambiente fechado, com paredes de cor branca, apague a luz e acen-
antes se as condições são favo-
da a lanterna recoberta com celofane vermelho, direcionando-a para uma ráveis à prática (intensidade da
fonte luminosa e distância até a
ILUSTRAÇÕES: BENTINHO
parede. Observe a cor projetada na parede. Depois, apague essa lanterna e
repita o procedimento com as outras duas lanternas, uma de cada vez. parede, por exemplo).
C. Utilizando as lanternas que você recobriu com papel celofane, planeje
um procedimento para identificar a cor que resulta da junção de duas Comentários sobre
cores. Sugestão: utilize a parede branca como tela de projeção. Descreva as atividades
o procedimento que planejou e as cores obtidas nas projeções.
D. De forma semelhante, planeje outro procedimento que permita identificar,
1. Espera-se que os estudantes
agora, a cor que resulta da junção das três cores (vermelha, azul e verde). concluam que a parede bran-
Descreva o procedimento elaborado e as observações realizadas com a ca reflete a cor da luz que a
projeção feita na parede. AS CORES NÃO ilumina.
SÃO REAIS.
Representação de etapas
IMAGENS FORA da atividade. 4. A cor observada em um objeto
• E aí? NÃO ESCREVA
NO LIVRO.
DE PROPORÇÃO.
está relacionada à cor da luz
que o ilumina. Quando ilumi-
1 O que foi observado na realização do procedimento B? Explique o motivo dos resultados. nados por luz branca, compos-
ta de todas as cores, os com-
2 O que foi observado na realização do procedimento C? Organize, em um quadro no caderno, os resultados
primentos de onda refletidos
observados. Em seguida, proponha uma explicação para o que observou.
pelo objeto definirão sua cor
3 O que foi observado na realização do procedimento D? Explique o motivo do resultado. característica. Caso os objetos
4 O que se pode dizer sobre a cor que observamos em um objeto? Resposta nas Orientações para o professor. sejam iluminados por luzes
monocromáticas, eles podem
ou não refletir sua cor carac-
99 terística. Por exemplo: se um
objeto é verde quando ilumi-
nado por luz branca, caso seja
21:30 ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
D3-CIE-F2-2104-V9-U3-LA-G24.indd 99 região da parede e as cores que detectamos 17/07/22 pelo
10:02 iluminado por luz vermelha,
sentido da visão. Logo, com apenas uma fonte ele parece preto, pois absorve
OFICINA CIENTÍFICA luminosa, o efeito desejado não será observado. a cor vermelha.
Esta seção possibilita o desenvolvimento da Buscar um ambiente com o mínimo de lumino-
habilidade EF09CI04, da competência geral 2 sidade possível. Nas atividades práticas sugeridas,
e da competência específica 2. busca-se sempre o emprego de material de baixo
Nesta proposta de prática, é importante que custo e de fácil acesso. Sugerimos utilizar lanter-
existam três fontes luminosas individuais, nas nas simples e pequenas, que possuem baixo custo.
cores vermelha, verde e azul, para verificar a Se desejar, é possível comprar lâmpadas, soque-
composição das luzes iluminando uma mesma tes, fios elétricos, fita isolante e tubos hidráulicos
99
2
2. DO ULTRAVIOLETA TEMA
AOS RAIOS GAMA
Esse assunto desenvolve a ha- DO ULTRAVIOLETA
bilidade EF09CI06 ao incentivar
o estudante a classificar as radia-
AOS RAIOS GAMA
ções eletromagnéticas por suas
frequências, fontes e aplicações. As ondas ultravioleta (UV), os raios X e os raios gama são as ondas de
Ultravioleta maior frequência do espectro eletromagnético e variam de 1015 Hz a 1021 Hz.
DESIGNUA/SHUTTERSTOCK.COM
Sol Camada de ozônio
na página 85. UV
cas e nocivas aos seres vivos. A maior parte é bloqueada pela
-C camada de ozônio.
Comentar que, conforme se UV
-B
aumenta a frequência de oscila- UV
• Os raios UV-B apresentam níveis intermediários de energia. A
-A maior parte é absorvida pelas partículas gasosas na atmosfera
ção das ondas eletromagnéticas,
menor é seu comprimento de e uma pequena parcela atinge a superfície do planeta.
Terra
onda. Se o comprimento de onda • Os raios UV-A, menos energéticos, são os que mais atingem
for da mesma ordem de gran- a superfície da Terra.
Elaborado com base em: STRATOSPHERIC
deza das estruturas celulares do Ozone and Ultraviolet Radiation Research.
Os raios UV-B são absorvidos pela epiderme, a camada superficial
corpo humano, as ondas passam World Meteorological Organization. da pele. Em excesso, geram dor, inchaço e dilatação dos vasos sanguí-
[S.l.], c2020. Disponível em: https://
neos, causando a “vermelhidão” característica em uma pessoa que ficou
a penetrar nessas estruturas, in- community. wmo.int/activity-areas/gaw/
science/stratospheric-ozone-and-uv- exposta aos raios solares. A exposição excessiva à radiação UV-B pode
teragindo com regiões internas radiation. Acesso em: 7 jul. 2022.
causar catarata e câncer de pele.
do corpo. Essa penetração não A camada de ozônio protege o
ocorre com as ondas estudadas planeta dos raios ultravioleta. UV-A UV-B
tromagnéticas com o corpo hu- Elaborado com base em: TUDO que você precisa
mano ocorre no infravermelho, saber sobre queimaduras solares. TelessaúdeRS.
Porto Alegre, [2019?]. Disponível em: https://
perceptível pelo sentido do tato, www.ufrgs.br/telessauders/noticias/queimaduras-
solares/. Acesso em: 5 abr. 2022.
e na luz visível, que interage es-
Representação da estrutura da pele,
pecificamente com as células pre- em corte longitudinal, mostrando
sentes na retina. Perguntar aos a profundidade de penetração dos
estudantes por que, quando um raios UV-A e UV-B.
corpo humano é iluminado por
uma luz visível, não podemos ver 100
suas estruturas internas. Explicar
que o comprimento de onda da
luz visível é maior do que as estru- D3-CIE-F2-2104-V9-U3-LA-G24_AV1.indd 100 19/07/22 08:25 D3-C
100
JAVIER ROSANO/SHUTTERSTOCK.COM
ou solicitar em uma aula anterior
que os estudantes a providenciem, IMAGENS FORA
DE PROPORÇÃO.
caso tenham em casa. Com a
AS CORES NÃO
radiografia em mãos, explicar SÃO REAIS.
102
AMPLIANDO
D3-CIE-F2-2104-V9-U3-LA-G24.indd 102 17/07/22 10:02 D3-C
Propor aos estudantes que, em grupos, pesquisem Algumas sugestões de uso dos raios X que podem
outras utilidades dos raios X, além das apresentadas ser pesquisadas: tratamento de alguns tipos de câncer;
no Livro do estudante. Orientá-los sobre a forma irradiação de alimentos para prolongar o tempo de con-
mais adequada de apresentar os resultados obtidos, servação; análise de estruturas prediais e de máquinas
podendo ser um trabalho manuscrito, impresso, industriais para verificar problemas estruturais; análise
arquivo digital para compartilhar em plataformas de solos; investigação de obras de arte, para verificar
digitais, entre outros. se foram danificadas, restauradas ou falsificadas.
102
103
104
PENSE BEM
PENSE BEM
Esta seção contempla a habili-
dade EF09CI07, a competência
geral 10 e a competência es-
pecífica 8. Também está relacio-
nada aos temas contemporâneos Câncer, radiação e coração
transversais Ciência e Tecnologia,
Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), o câncer é um dos principais problemas
Educação em direitos humanos de saúde pública no mundo. São registrados milhares de novos casos a cada ano; apenas no
e Vida familiar e social. Brasil, houve uma estimativa de cerca de 600 mil novos casos em 2022. Entre os fatores para
O câncer é considerado um dos esse aumento estão aspectos genéticos, condições do ambiente em que se vive, o estilo de vida
principais problemas de saúde sedentário e a alimentação não saudável.
no mundo. Nesta seção, comen- De modo a assegurar os direitos da pessoa com câncer, em 2021, foi instituído o Estatuto
tam-se os tratamentos dessa da Pessoa com Câncer no Brasil. Entre os objetivos do estatuto estão a efetivação de políticas
doença, ampliando o assunto ao públicas relacionadas à prevenção e ao combate ao câncer. Nesse sentido, o estatuto garante
se abordar a mobilização que deve como direitos fundamentais à pessoa com câncer o acesso a informações claras e objetivas sobre
ocorrer ao redor de uma pessoa a doença, à realização de exames de diagnóstico precoce e a tratamentos adequados, além de
com câncer, tanto das pessoas serviços de assistência social.
mais próximas a ela como das A legislação brasileira também prevê que o paciente do Sistema Único de Saúde (SUS) com
entidades governamentais e da suspeita de câncer tenha o direito a realizar o exame diagnóstico em um prazo de 30 dias, para
sociedade como um todo. que, caso seja confirmado, inicie o tratamento o mais breve possível.
Explicar aos estudantes que o
de do ser humano é essencial, de um paciente com câncer, como uma forma da sociedade como um todo, principalmente nos
ainda mais em um momento de de luta coletiva em favor da vida do indivíduo. casos de pessoas de outros locais, que devem se
fragilidade física e psicológica, Por exemplo, pode-se mencionar o trabalho/ deslocar para fazer o tratamento. Pedir a algum
que tem consequências em toda emprego da pessoa com câncer, visto que tanto estudante que leia em voz alta o parágrafo sobre
a vida social do paciente. o paciente como as pessoas ao seu redor de- as casas de apoio e o depoimento da seção,
Após essa conversa, seguir verão alterar suas rotinas de trabalho durante permitindo aos estudantes que argumentem
com uma explanação sobre ou- o tratamento. a respeito.
106
107
2. b) A radiação UV-A
ao espectro visível. A radiação infravermelha fica posicionada antes da luz vermelha do
lho); laser, lâmpada de LED (luz b) Na história em quadrinhos, a personagem está “pegando um bronzeado”. Explique como
visível); lâmpada ultravioleta isso ocorre.
(ultravioleta); equipamento de c) Uma exposição em excesso aos raios solares faz mal à pele e à saúde. Cite alguns malefícios
que esse excesso pode causar e algumas atitudes que devemos tomar para nos proteger.
raios X (raio X); equipamento
Você costuma tomar essas atitudes? Resposta nas Orientações para o professor.
de radioterapia (raios gama). d) Analise o espectro eletromagnético da página 85 e elabore uma explicação sobre por que a
Orientar os estudantes a se radiação infravermelha e a radiação ultravioleta receberam esses nomes.
basear no modelo do Livro
do estudante ou a pesquisar
3. Algumas ondas eletromagnéticas podem ser utilizadas para formar imagens. Como
exemplo, temos a fotografia e a radiografia. No caso da fotografia, a luz visível que
em sites confiáveis. Caso seja ilumina uma pessoa ou um objeto é refletida em direção à lente da máquina foto-
possível, convidar o professor gráfica, que fará o registro de forma digital ou em filmes fotográficos. Já no caso da
de Matemática para auxiliar no radiografia, o processo é até certo ponto equivalente, já que uma onda eletromagnética
entendimento da representação. também é lançada na direção do corpo de uma pessoa ou de um objeto, incidindo em
É possível utilizar esta atividade seguida em um filme fotográfico, que é sensibilizado, fazendo um registro da forma.
para verificação de aprendizagem a) Por que, quando fazemos um registro fotográfico, apenas a região externa do nosso corpo
sobre o espectro eletromagnético fica registrada na fotografia?
e as principais características b) Que onda eletromagnética é utilizada para fazer um exame de radiografia? Os raios X.
c) Converse com seus colegas sobre como é realizado um exame de radiografia e façam um
das ondas eletromagnéticas.
paralelo com a fotografia. 3. a) Porque a luz visível é uma onda eletromagnética que é refletida na
região externa de nosso corpo, não atingindo, assim, regiões internas.
2. É importante os estudantes
compreenderem que, entre as 108
radiações emitidas pelo Sol, a
luz visível ilumina o ambiente,
o infravermelho proporciona com a saúde. Se julgar interessante, orien-
D3-CIE-F2-2104-V9-U3-LA-G24_AV2.indd 108 entre as 10 h e as 16 h e usar chapéu, óculos 19/07/22 21:31 D3-C
a transmissão de calor que tar os estudantes a ilustrar no caderno uma escuros e roupas compridas quando a exposi-
aquece o planeta, e o ultra- história em quadrinhos que envolva algum ção aos raios solares for inevitável.
violeta interage com o corpo dos conceitos trabalhados nesta Unidade.
É possível também realizar um trabalho em 3. Esta atividade contempla a habilidade
humano tanto de forma benéfica
conjunto com o professor de Arte. EF09CI06. Retomar com os estudantes o poder
como maléfica. Aproveitar a
de penetração das radiações eletromagnéticas
forma lúdica como a atividade c) A incidência em excesso de raios solares
no corpo humano e a relação com o compri-
foi proposta para retomar os pode causar queimaduras na pele, envelhe-
mento de onda.
conceitos apresentados na cimento precoce, catarata, câncer de pele,
Unidade, enfatizando também entre outros danos. Para proteção, devemos
a importância dos cuidados usar filtro solar, evitar a exposição no período
108
110
111
10:02 AMPLIANDO
D3-CIE-F2-2104-V9-U3-LA-G24.indd 111 17/07/22 10:02
Para retomar conceitos da Unidade e avaliar 1. Que aparelhos geralmente presentes em uma Essa pergunta leva os estudantes a inferir
a compressão dos estudantes sobre o assunto, casa poderiam sofrer a interferência de tempes- que, se as ondas de rádio e as micro-ondas são
comentar com eles que no Sol ocorrem eventos tades solares? Justifique sua resposta. afetadas, os aparelhos que funcionam com elas
chamados tempestades solares, que liberam Resposta: O rádio, a televisão, o computador e são afetados.
grande quantidade de energia para o espaço o celular (pois utilizam a internet). Todos esses
2. Classifique os tipos de ondas que podem ser
aparelhos funcionam ou utilizam ondas de rá-
e podem gerar interferências nos sistemas de afetados pelas tempestades solares quanto à sua
dio e micro-ondas. Sugerir aos estudantes que
comunicação da Terra, como nas ondas de rádio natureza e à forma de propagação.
expandam o raciocínio, citando outros serviços
ou micro-ondas. que poderiam ser afetados, como o sistema de Resposta: Ondas de rádio e micro-ondas são ondas
Depois, fazer as perguntas a seguir. posicionamento global (GPS). eletromagnéticas, com propagação transversal.
111
4
Competências
Gerais: 1, 3, 4, 5, 7, 9 e 10
Específicas: 1, 3, 4, 5, 6 e 8
UNIDADE
Habilidades
• EF09CI08
• EF09CI09
Temas contemporâneos
transversais
• Saúde
GENÉTICA
• Educação em direitos humanos
• Ciência e Tecnologia
112
BIRKIR ASGEIRSSON/SHUTTERSTOCK.COM
ser revistas e complementadas
ao longo da Unidade.
1. No material genético,
que é transmitido dos pais para
os filhos por meio dos gametas.
1 Onde está a informação das carac-
terísticas hereditárias de cada ser
vivo? Como elas são herdadas?
113
1
1. INTRODUÇÃO À GENÉTICA TEMA
Iniciar a aula solicitando aos
estudantes que observem as ca-
INTRODUÇÃO
racterísticas das pessoas das fo-
tografias. Solicitar, também, que
À GENÉTICA
descrevam as características que
são similares entre as gerações
e que expliquem como ocorre
sua transmissão. Assim, é possí-
vel responder à atividade 1. Ao ESB PROFESSION
AL/SHUTTERSTO
CK.COM
114
BATESON, WILLIAM.1902
a República Tcheca. Entre os anos de 1851 e 1853, Mendel frequentou mento da competência geral 1
a Universidade de Viena, onde tomou conhecimento de diversas práticas e da competência específica 1.
científicas, que aplicou nos experimentos que desenvolveu posteriormente. Em seguida, retomar alguns
Um de seus experimentos mais conhecidos foi realizado com ervilhas conceitos relacionados à repro-
da espécie Pisum sativum, conhecida popularmente como ervilha-de- dução de plantas, vistos em anos
-jardim ou ervilha-de-cheiro. anteriores, como as estruturas de
Observando os indivíduos dessa espécie, Mendel percebeu que as plantas Retrato de uma flor e as funções do grão de
podiam variar bastante em suas características. Por exemplo, quando consi- Gregor Mendel,
tirado em 1902.
pólen e do estigma. Também re-
derada a altura, havia indivíduos de dois tipos, altos e baixos. Com o objetivo
visar autofecundação e fecunda-
de compreender como essa e outras características eram transmitidas entre as
ção cruzada.
gerações de ervilha-de-jardim, ele planejou e executou alguns experimentos.
Em relação à característica altura da planta, Mendel fez o experimento descrito Ao comentar sobre os expe-
a seguir. rimentos de Mendel, destacar
Inicialmente, ele observou que, ao serem autofecundadas, ou seja, ao terem algumas etapas que compõem
seus óvulos fecundados com seus próprios grãos de pólen, certas plantas altas as investigações científicas, de
geravam somente descendentes altos, e certas plantas baixas geravam somente des- forma geral. Explicar que Mendel
cendentes baixos. Assim, essas plantas podiam ser consideradas de linhagens puras. partiu de suas observações ini-
Mendel então promoveu cruzamentos entre plantas altas puras e plantas baixas ciais, para, em seguida, formular
puras. Para cada cruzamento, ele primeiramente removia as anteras das flores de uma hipóteses sobre como as carac-
das plantas, antes da liberação de pólen, evitando que elas se reproduzissem natu- terísticas são passadas ao longo
ralmente. Dessa forma, ele poderia ter controle sobre a reprodução das plantas. Em das gerações. Em uma próxima
seguida, Mendel realizava manualmente a fecundação cruzada: coletava grãos de etapa, ele realizou experimentos
pólen das flores de uma das linhagens e os depositava no estigma das flores das plantas para testar suas hipóteses e, de-
da outra linhagem. Após esses cruzamentos, verificou que todas as plantas resultantes
pois, analisou quantitativamente
do cruzamento de plantas altas de linhagem pura e plantas baixas de linhagem pura
os dados obtidos. Essas análises
tinham apenas plantas altas entre seus descendentes. Observe a ilustração a seguir.
foram registradas ao longo de
IMAGENS FORA várias gerações de ervilhas, para
LUIZ RUBIO, RAFAEL HERRERA
Antera
Ovário x
115
as características observadas.
Alta
Finalmente, as características
analisadas estão associadas a
um único gene e, ao considerar
duas características, dois genes
com segregação independente –
o que não será tratado nesta Resultado da
autofecundação
época escolar. Caso estivessem
associados a múltiplos genes,
os resultados seriam potencial- Alta Alta Alta Baixa
mente complexos para levar a Elaborado com base em: Representação da autofecundação das plantas altas obtidas por Mendel por
SNUSTAD, D. Peter; SIMMONS,
conclusões objetivas. Michael J. Fundamentos de meio do cruzamento entre plantas puras de variedades distintas.
Ao informar sobre os fatores genética. 7. ed. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 2017. Livro Para explicar os resultados de seus experimentos, Mendel propôs
genéticos, explicar que esses expe- digital não paginado.
a existência de algo que ele denominou fatores hereditários, que,
rimentos permitiram que Mendel segundo ele, seriam transmitidos dos progenitores aos seus descenden-
concluísse que as ervilhas possuíam tes, conferindo-lhes suas características.
dois fatores associados à altura, No caso dos experimentos com a altura das plantas de ervilha,
os quais são transmitidos para as Mendel sugeriu a existência de dois fatores: o fator alto e o fator baixo.
próximas gerações via gametas. Ao observar que a autofecundação das plantas altas obtidas do primeiro
Mais especificamente na forma- cruzamento produziu descendentes altos e descendentes baixos, Mendel
ção dos gametas, esses fatores percebeu que ambos os fatores poderiam estar presentes nessas plantas.
são separados, de forma que
tanto o gameta feminino quanto 116
o gameta masculino só possuem
um dos fatores originalmente
associados às plantas da primeira D3-CIE-F2-2104-V9-U4-LA-G24.indd 116 17/07/22 10:03 D3-C
116
IMAGENS FORA
DE PROPORÇÃO.
deu origem às seguintes varieda-
AS CORES NÃO
SÃO REAIS.
des presentes no dia a dia: couve,
couve-flor, brócolis, repolho e
couve-de-bruxelas.
Ilustrações represen-
tando uma espiga de
milho antiga (à esquer-
OLGA STREL/SHUTTERSTOCK.COM
117
10:03
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
D3-CIE-F2-2104-V9-U4-LA-G24.indd 117 Maias, auxiliando os estudantes na resolução
17/07/22 10:03
da atividade 4.
INTEGRANDO COM HISTÓRIA Se possível, alguns dias antes da aula, separar
alguns exemplares de abóboras encontradas em
O assunto apresentado nessa seção permite o supermercados e levá-las para a aula, de modo
desenvolvimento da competência geral 1. que os estudantes possam analisar suas caracte-
Antes de iniciar o trabalho com a seção, veri- rísticas, identificando semelhanças e diferenças.
ficar a disponibilidade do(a) docente de História Ao iniciar a aula, questionar aos estudantes
para planejar uma aula conjunta, de modo que o que entendem por seleção artificial. A partir
ele(a) possa trazer mais informações relativas de suas respostas, conduzir uma conversa para
às civilizações citadas, no caso, os Astecas e os que concluam o significado dessa expressão.
117
PICTURE PARTNERS/SHUTTERSTOCK.COM
neutro. É muito
tação feita por eles, para, então,
ITACI/SHUTTERSTOCK.COM
utilizada em saladas
planejar outras atividades que os e pratos salgados.
permitam exercitar e aprimorar
sua competência leitora.
2. Ao longo do tempo, os seres
humanos selecionaram caracterís- IMAGENS FORA
DE PROPORÇÃO.
ticas que consideravam desejáveis
PAULO VILELA/SHUTTERSTOCK.COM
FIRN/SHUTTERSTOCK.COM
selecionadas plantas com maior
produtividade e com grãos de ta- WS-STUDIO/SHUTTERSTOCK.COM
118
VE
LL
S/
CO
GE
ON
TTY
esses estudos e muitas outras descobertas constituíram a área da Genética.
Genes e alelos
LDS
IM
DONA
AGES
Genes e alelos Ao descrever os feitos dos
Em 1953, os cientistas James Watson cientistas James Watson e
(1928-) e Francis Crick (1916-2004) descreveram a Francis Crick, procurar destacar
estrutura tridimensional da molécula de DNA, a contribuição da química e
molecular da
célula. 6. ed. Porto poucas pessoas, as proposições
Alegre: Artmed,
2017. p. 176. Científicas são fruto do trabalho
coletivo de toda uma comuni-
Fitas de DNA
dade de pesquisadores. Além
Representação da estrutura tridimensional da molécula de DNA. IMAGEM FORA AS CORES NÃO
DE PROPORÇÃO. SÃO REAIS. deles, técnicos de laboratório
e outros participantes também
119 exercem papel importante na
condução de pesquisas. Desta-
car, ainda, que as proposições
10:03 D3-CIE-F2-2104-V9-U4-LA-G24_AV3.indd 119 21/07/22 23:36
científicas normalmente são
#FICA A DICA, Professor feitas a partir de um conjunto de
O link a seguir traz mais informações sobre a resultados obtidos por diferentes
contribuição de Rosalind Franklin à descrição da investigações – o que significa
estrutura tridimensional do DNA. que a elaboração de grandes
• MARCOLIN, Neldson. A matéria desvendada. conclusões ocorre gradualmente,
Pesquisa Fapesp. São Paulo, ed. 218, abr. normalmente após a realização
2014. Disponível em: http://revistapesquisa. de pesquisas iniciais.
fapesp.br/2014/04/24/materia-desvendada.
Acesso em: 8 jun. 2022.
119
ALEX ARGOZINO
que algumas regiões têm fun- Biologia molecular da
Núcleo
ções regulatórias associadas à célula. 6. ed. Porto Alegre:
Artmed, 2017. p. 176. Cromossomos Gene
duplicação do DNA. Representação da
localização de
alelos de um gene
em cromossomos Cromossomos
homólogos. homólogos
Dessa forma, pode-se concluir que a característica planta alta aparece mesmo
quando o alelo para planta alta está presente em somente um dos cromossomos
homólogos, ou seja, está em dose única. Dizemos, então, que o alelo para planta alta
é dominante sobre o alelo para planta baixa, que só se manifesta quando está em
dose dupla, ou seja, nos dois cromossomos do par de homólogos. Aos alelos que só
se manifestam em dose dupla, damos o nome de alelos recessivos.
Para facilitar nossos estudos, a partir de agora, os alelos serão identificados por
letras. Por convenção, os dominantes serão representados por letras maiúsculas e os
recessivos, por letras minúsculas.
Retomemos os experimentos de Mendel com as ervilhas. Ele indicou o fator alto
como dominante e o fator baixo como recessivo, porque fica evidente na segunda
parte do experimento que os indivíduos altos poderiam carregar ambos os fatores.
Nesse caso, o alelo para plantas altas é considerado dominante e será identi-
ficado por D, e o alelo para plantas baixas é o recessivo e será identificado por d.
120
120
IMAGENS FORA
Alta DD Baixa dd DE PROPORÇÃO.
D D D d d d
Gametas Gametas Finalmente, ilustrar as possibi-
Primeiro AS CORES NÃO
cruzamento
produzidos: x produzidos: SÃO REAIS. lidades de gametas que podem
D d
D geradas
ser D aD partird de cada
d d
par
D D ou d d
de cromossomos.
Alta Dd
Gametas
D D D d d d
Autofecundação produzidos:
D ou d Elaborado com base
em: SNUSTAD, D. Peter;
SIMMONS, Michael J.
Fundamentos de genética.
7. ed. Rio de Janeiro: D D ou d d
Guanabara Koogan, 2017.
Livro digital não paginado.
Representação do
primeiro cruzamento
Resultado da
autofecundação
e da autofecundação
realizados nos experi- D D ou d d
mentos de Mendel com
DD Alta Dd Alta Dd Alta dd Baixa ervilhas-de-jardim.
121
Depois de apresentados esses
conceitos, explicar aos estudan-
23:38 ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
D3-CIE-F2-2104-V9-U4-LA-G24.indd 121 Explicar que, nos cromossomos autossomos,
17/07/22 10:03
tes os experimentos de Mendel
os genes são encontrados em pares (um em cada
Transmissão de características novamente, com uma aborda-
hereditárias cromossomo). Adicionalmente, esses pares de ge-
gem que inclua genes e alelos.
Neste momento, é possível trabalhar a habi- nes estão localizados na mesma posição nos res-
lidade EF09CI08 e continuar o trabalho com a pectivos cromossomos.
habilidade EF09CI09.
ILUSTRAÇÕES: ALEX SILVA
D D D d d d
D2-F2-2104-CIE-V9-U4-MP-112-145-G24_AV2.indd 121 29/08/22 22:11
ORIENTAÇÕES
DIDÁTICAS
Genótipo
Genótipo
Ao apresentar os termos ho-
Quando retomamos os experimentos de Mendel, percebemos que as
mozigoto e heterozigoto, in-
plantas altas de ervilha, por exemplo, podem ter dois alelos dominantes (DD)
centivar os estudantes a consi- no genótipo ou ter um alelo dominante e um recessivo (Dd). A constitui-
derar o significado dos prefixos ção de alelos de um indivíduo é denominada genótipo. Isso significa que
“homo-” e “hetero-” para faci- ervilhas-de-jardim altas podem ter dois genótipos diferentes, DD ou Dd.
litar o entendimento dos tipos Em Genética, chamamos homozigotos os indivíduos cujo genótipo
de genótipo. No caso, o prefixo tem alelos iguais para determinada característica e heterozigotos os
“homo-” refere-se àquilo que é indivíduos cujo genótipo tem alelos distintos para essa característica.
igual e o prefixo “hetero-”refe- Em nosso exemplo, plantas com genótipo DD ou dd, que chama-
re-se àquilo que é diferente. Se mos puras, são homozigotas para a característica altura, e as plantas Dd,
desejar, é possível convidar o que chamamos não puras, são heterozigotas para essa característica.
docente de Língua Portuguesa Considerando, agora, a relação de dominância, plantas DD são ditas
para realizar um trabalho apro- homozigotas dominantes e plantas dd são chamadas homozigotas reces-
fundado sobre prefixos. sivas. Observe o quadro a seguir.
Altura da ervilha-de-jardim
ECOPRINT/SHUTTERSTOCK.COM
1,5 m 1,5 m
Indivíduo da raça de gado angus de pelagem preta. Indivíduo da raça de gado angus de pelagem
vermelha.
122
122
SHUTTERSTOCK.COM
ção de respostas equivocadas,
SHUTTERSTOCK.COM
NYNKE VAN HOLTEN/
ERIC ISSELEE/
inclusive, pode ser um indício
de que a abordagem utilizada
para o trabalho do conteúdo
não tenha sido suficiente para
Gato de pelagem curta. Gato de pelagem longa. contribuir com a aprendizagem
da turma como um todo. Nesse
O alelo L condiciona pelagem curta, enquanto o alelo l condiciona sentido, a presente dinâmica pode
pelagem longa. ser utilizada como instrumento
Como o alelo L é dominante, um gato com pelagem curta pode avaliativo tanto da aprendizagem
ser LL ou Ll. Um gato com pelagem longa tem genótipo ll. Observe o dos estudantes sobre o conceito
quadro a seguir. de genótipo quanto da própria
atuação docente, auxiliando o
Pelagem de gato planejamento futuro de alterna-
tivas de trabalho com o assunto.
LL Homozigoto dominante Pelagem curta
123
123
nótipo com o genótipo, citando por fatores ambientais. Assim, dependendo das con-
outros padrões. Considerar, por dições do ambiente, um mesmo genótipo pode se
exemplo, a altura das ervilhas- expressar em mais de um fenótipo. Acompanhe os
-de-jardim. Essa característica exemplos a seguir.
depende do genótipo, como já Os flamingos nascem com a plumagem
visto, mas também do ambien- 1m acinzentada e, conforme o tempo passa, vão adqui-
te (temperatura, exposição ao rindo a coloração rosa ou avermelhada. Essa cor
Sol, acesso à água e nutrientes). avermelhada é decorrente da alimentação rica em
Flamingos adultos e filhotes com diferentes
um pigmento avermelhado, que está presente nos
Uma planta que cresce em um plumagens.
crustáceos e em algumas algas que servem de ali-
ambiente desfavorável provavel-
mento para os flamingos, ou seja, é influenciada
mente terá uma altura menor do
pela alimentação, um fator ambiental.
IVANBUENO/SHUTTERSTOCK.COM
124
3. d) Os descendentes não terão cornos. O touro com cornos tem genótipo cc e a vaca mocha tem genótipo CC, uma vez que ambos são homozigotos. Os
diversos cientistas. Faça uma linha do tempo indicando os cientistas apresentados neste alguns pesquisadores chega-
Tema e como eles colaboraram para a construção dos conhecimentos atuais em Genética. ram em resultados parecidos.
descendentes serão heterozigotos, Cc, genótipo que se expressa no fenótipo correspondente ao do alelo dominante, no caso, ausência de cornos.
Resposta nas Orientações para o professor.
2. Relacione os termos com os conceitos. Ao checar se alguém já tinha
a) Gene c) Genótipo e) Homozigoto estudado aquilo, descobriram
b) Alelos d) Fenótipo f) Heterozigoto o trabalho de Mendel. Portan-
I. Conjunto das características observáveis em um indivíduo. to, Mendel fez os experimen-
II. Genótipo formado de alelos distintos. 2. a – III; b – IV; c – V; d – I; e – VI; f – II. tos sozinho, mas a divulgação
III. Segmento do DNA que contém informações que podem condicionar uma característica. do seu trabalho dependeu de
IV. Formas de um mesmo gene que condiciona determinada característica. outras pessoas.
V. Constituição de alelos de um indivíduo.
Se desejar, propor a realização
VI. Genótipo formado de dois alelos do mesmo tipo para determinado gene.
de uma pesquisa para comple-
3. A presença ou a ausência de cornos em certos mentar a linha do tempo su-
VINICIUS BACARIN/SHUTTERSTOCK.COM
bovinos está relacionada a um gene com duas gerida na atividade. Incentivar
1,5 m
variedades de alelos, C e c. O alelo C é domi-
a busca por nomes de outros
nante e sua presença no genótipo resulta em
animais sem cornos, também chamados de
cientistas importantes para a
mochos. O alelo c é recessivo e, quando em construção da Genética.
dose dupla no genótipo, resulta em animais 2. Utilizar essa atividade para
com cornos. Sabendo disso, responda.
avaliar a aprendizagem dos
a) Quais são os possíveis genótipos de bovinos
mochos? CC e Cc. Bovinos sem cornos e com cornos. conceitos estudados até o mo-
b) Quais são os possíveis genótipos de bovinos com cornos? cc.
mento, identificando eventuais
c) Indique os genótipos homozigoto dominante, homozigoto recessivo e heterozigoto, relacio-
equívocos no entendimento
nando cada um ao fenótipo que expressa. dos estudantes sobre eles.
d) Considere um cruzamento entre dois bovinos homozigotos, um touro com cornos e uma vaca Para melhor aproveitamento,
mocha. Os descendentes do casal terão cornos ou não? Justifique identificando os genótipos pedir aos estudantes que, ao
de cada um deles. compartilharem suas respostas
4. Em relação aos estudos de Mendel sobre hereditariedade em ervilhas-de-jardim, analise com a turma, expliquem o
as afirmativas a seguir e corrija as falsas. porquê das associações entre
I. O objetivo de Mendel era compreender como algumas características das ervilhas-de-jardim os termos e os conceitos.
(por exemplo, altura) eram transmitidas entre as gerações.
II. Os experimentos de Mendel envolviam o cruzamento entre ervilhas-de-jardim. Como essa 3. Ao realizar essa atividade, pe-
espécie pode realizar a autofecundação, Mendel precisou controlar os cruzamentos e fazer dir aos estudantes que façam
manualmente a fecundação cruzada. em seus cadernos um quadro
III. Em relação à altura das plantas, inicialmente, Mendel realizou o cruzamento entre plantas que relaciona o genótipo ao
altas e baixas de linhagens puras, que produziu apenas indivíduos baixos. respectivo fenótipo, conside-
IV. No segundo experimento, Mendel permitiu a autofecundação dos indivíduos obtidos do pri- rando como característica a
meiro cruzamento, o que produziu apenas indivíduos altos.
presença ou não de cornos.
V. Para explicar os resultados de seus experimentos, Mendel propôs a existência de fatores
hereditários, que, segundo ele, seriam transmitidos dos progenitores aos seus descendentes, Orientar para que utilizem
contribuindo para suas características. 3. c) CC, homozigoto dominante = ausência de cornos; como base os quadros apre-
cc, homozigoto recessivo = presença de cornos; sentados no Livro do estu-
Cc, heterozigoto = ausência de cornos.
125 dante, como o disponibiliza-
do a seguir.
SIRIO CANÇADO
sementes lisas sementes rugosas IMAGENS FORA
DE PROPORÇÃO.
Descendentes
x
Plantas altas Cruzamento AS CORES NÃO
RR rr SÃO REAIS.
Dd (heterozigoto) 7. a) Genótipos: VV, Vv e vv.
Fenótipos: olhos amarelos (VV e
Vv) e olhos vermelhos (vv).
Plantas de
7. b) Genótipos: MM, Mm e mm.
Autofecundação dos descendentes
sementes Autofecundação
Fenótipos: pele verde (MM e Mm) lisas
e pele marrom (mm).
do primeiro cruzamento
Plantas altas
Elaborado com base em: PIERCE, Benjamin A.
Genética: um enfoque conceitual. 5. ed. Rio
de Janeiro: Guanabara Koogan, 2016. p. 103.
Representação de cruzamentos
Sementes Semente realizados por Mendel.
lisas rugosa
Dd (heterozigoto)
a) Em relação à textura das sementes, qual das características é dominante e qual é recessiva?
Justifique sua resposta.
b) Relacione os possíveis genótipos que condicionam os fenótipos observados para a textura
Plantas Plantas das sementes. Depois, classifique os genótipos em homozigoto dominante, homozigoto
altas baixas recessivo e heterozigoto.
Descendentes
DD 7. Considere que, em uma espécie de anfíbio, as características cor dos olhos e cor da pele
(homozigoto dd sejam condicionadas geneticamente. Em relação à cor dos olhos, o alelo V condiciona
dominante) (homozigoto olhos amarelos e o alelo v, olhos vermelhos. Em relação à cor da pele, o alelo M con-
e Dd recessivo) diciona cor verde e o alelo m, marrom.
(heterozigoto) a) Quais são os genótipos e os fenótipos para a cor dos olhos nessa espécie?
b) Quais são os genótipos e os fenótipos para a cor da pele nessa espécie?
6. a) Dominante: sementes lisas. 8. A cor da pelagem do gato siamês é influenciada pela temperatura
Recessiva: sementes rugosas. corporal do animal. 30 cm
No primeiro cruzamento, as Nas regiões do corpo do gato em que a temperatura é elevada, a cor
da pelagem é clara. Em contrapartida, nas extremidades do corpo do
AXEL BUECKERT/SHUTTERSTOCK.COM
plantas são de linhagens pu-
gato, como patas, focinho, orelhas e cauda, em que a temperatura
ras, ou seja, homozigotas, RR
é mais baixa, a cor da pelagem é escura. Com base em seus conheci-
(sementes lisas) e rr (sementes
mentos, explique o exemplo utilizando os termos genótipo, fenótipo
rugosas). Assim, as plantas
e ambiente. Resposta nas Orientações para o professor.
resultantes desse cruzamen- Gato siamês.
to são heterozigotas (Rr) e
possuem o fenótipo expresso 126
pelo alelo dominante, cuja
presença no genótipo resulta
em sementes lisas.
são manifestadas em um indivíduo. Parte delas
b) RR (homozigoto dominan- Genótipo
D3-CIE-F2-2104-V9-U4-LA-G24.indd 126
Fenótipo 17/07/22 10:04 D3-C
127
ALEX ARGOZINO
de pragas agrícolas pelo RNA de O gene humano com as
informações para a produção de
interferência (RNAi), conforme insulina é inserido em pequenas
evidenciado no trecho a seguir. moléculas de DNA circular de
DNA bactérias, especialmente da
circular
Ferramenta molecular basea- DNA circular com gene espécie Escherichia coli, formando
de interesse inserido moléculas de DNA recombinante.
da na técnica de RNA de interfe- (DNA recombinante)
AS CORES NÃO
rência pode auxiliar no combate SÃO REAIS.
a pragas agrícolas
IMAGENS FORA O DNA recombinante corresponde a uma molécula de
[...] DE PROPORÇÃO.
DNA formada a partir da combinação do material genético
Criadas em laboratório, as mo- de diferentes seres vivos: nesse caso, ele contém DNA
humano correspondente ao gene para a produção de
léculas de RNAi neutralizam a insulina e a molécula de DNA de bactérias.
ação de um gene-alvo em um
organismo qualquer [...]. No uso
agrícola, o RNAi é programado 2 2. Alguns produtos que podem
para inativar genes específicos O DNA recombinante é incorporado ser pesquisados: vacinas,
de pragas e patógenos associa- pelas bactérias. alimentos transgênicos (arroz
dourado, trigo enriquecido, ali-
dos a processos essenciais à sua
mentos resistentes a pragas ou
sobrevivência. defensivos agrícolas), biocom-
[...] bustíveis etc.
Como o nome deixa claro, a 3
molécula sintética de RNAi in- As bactérias se reproduzem, gerando
clones com o gene humano.
terfere no processo de tradução 4
As bactérias com o gene
do RNA mensageiro em proteína,
humano são capazes
fragmentando-o. Ela intercepta e de produzir a insulina
destrói as informações celulares humana, que pode ser
conduzidas pelo RNA dentro da isolada e utilizada no
tratamento de pessoas
célula antes que sejam processa- Hormônio com diabetes tipo 1.
das e originem proteínas. Dessa insulina isolado
forma, o processo de expressão Elaborado com base em: TORTORA, Gerard J.; FUNKE, Berdell R.; CASE, Christine L. Microbiologia. 12. ed.
gênica que dependia dos dados Porto Alegre: Artmed, 2017. p. 240.
contidos naquele RNA não irá Representação das etapas do processo de produção de insulina humana sintética.
mais ocorrer.
VASCONCELOS, Yuri. Genes em silêncio.
Pesquisa Fapesp. São Paulo, ed. 268, jun. • Atividades NÃO ESCREVA
NO LIVRO.
2018. Disponível em: http://revistapesquisa.
fapesp.br/2018/06/18/genes-em-silencio.
Acesso em: 8 jun. 2022.
1 Explique como a insulina utilizada no tratamento de pessoas com diabetes tipo 1 é produzida por
meio da Biotecnologia com a Engenharia Genética.
Comentário sobre 2 Faça uma pesquisa sobre outros produtos produzidos por meio da Biotecnologia. Verifique como
a atividade são produzidos e se estão presentes em nosso cotidiano. Compartilhe o material encontrado com
seus colegas por meio das redes sociais da turma.
2. A atividade solicita que os
estudantes pesquisem por 128
biotecnologias utilizadas no
cotidiano, isto é, aplicações
sociais da Ciência e da tecno-
D3-CIE-F2-2104-V9-U4-LA-G24.indd 128 17/07/22 10:04 D3-C
logia. Assim, é possível desen- #FICA A DICA, Estudante
volver a competência espe- O site a seguir traz algumas das inúmeras aplica-
cífica 4. Sugerir que os estu- ções das biotecnologias em nosso cotidiano.
dantes utilizem o site indicado • GOMES, Yara H. F. Vamos falar sobre Biotecnologia?
no #FICA A DICA, Estudante Espaço Interativo Ciências. São Carlos, [2019?].
como fonte de pesquisa. Disponível em: https://eic.ifsc.usp.br/vamos-falar-
sobre-biotecnologia/. Acesso em: 8 jun. 2022.
128
2
TEMA 2. A GENÉTICA E
O SER HUMANO
A GENÉTICA Antes de iniciar o trabalho
E O SER HUMANO com esse assunto, perguntar aos
estudantes o que eles entendem
por grau de parentesco, de modo
que sonde seus conhecimentos
É comum as pessoas dizerem que existem parentes que muitas vezes 1 Você já descobriu algum
prévios sobre o assunto. Pedir que
grau de parentesco com
nem conhecem ou ficarem surpresas ao descobrir que apresentam algum deem exemplos de parentesco
alguém com quem você
grau de parentesco com uma pessoa com quem estão conversando. de primeiro, segundo e terceiro
não imaginava que teria?
graus. Após a avaliação de suas
respostas, explicar a definição de
Árvores genealógicas e heredogramas Resposta pessoal.
grau de parentesco utilizando o
A Genética também está relacionada à análise dos ancestrais e dos descendentes material disponibilizado no #FICA
de uma pessoa, o que é denominado genealogia. A DICA, Professor.
O histórico de ancestrais e descendentes de uma família pode ser representado As relações de parentesco
por meio de um esquema cheio de ramificações, conhecido como árvore genealó- serão retomadas ao longo do
gica. Acompanhe como exemplo a árvore genealógica a seguir. estudo dessa temática de modo
Horácio e Miriam tiveram três filhos: Nilton, Amanda e Fabiana. Por sua vez, Nilton
que facilite o entendimento dos
se casou com Márcia e tiveram uma filha, Izabela. Logo, se Izabela é filha de Nilton, ela
heredogramas.
é neta de Horácio e Miriam. Esse raciocínio deve ser realizado para a leitura de toda a
árvore genealógica. Analise a localização de Lúcia na árvore genealógica. Árvores genealógicas
e heredogramas
GABI VASKO
As informações sobre here-
Horácio Miriam André Lara ditariedade, genes e tipos de
alelo, estudadas anteriormente,
agora são retomadas e aplicadas
Márcia Nilton Amanda Fabiana Breno Paulo Marta Caio
a um contexto mais próximo
do cotidiano dos estudantes. A
contextualização pode contribuir
com o aprendizado dos estudan-
Lucas Izabela João Lúcia Joana Jordana
tes, conforme evidenciado no
texto disponibilizado no #FICA
A DICA, Professor. De modo
Árvore genealógica da família de Lúcia.
Ana Henrique Gabriel que contribua com sua formação
2. Fabiana e Breno. continuada, recomenda-se que
2 Quem são os pais de Lúcia? 3. Lúcia é irmã de Joana e prima de Izabela e Jordana. essa leitura seja feita.
4. Horácio e Miriam (maternos); André e Lara (paternos).
3 De quem Lúcia é irmã? E prima?
5. João é marido e Gabriel é filho de Lúcia.
É importante destacar que a
árvore genealógica apresentada
4 Quem são os avós de Lúcia? Indique quais são maternos e quais são paternos.
é fictícia, assim como todos os
5 Qual a relação de parentesco que João e Gabriel têm com Lúcia? heredogramas presentes nessa
coleção.
129
129
GABI VASKO
EDITORIA DE ARTE
heredogramas, das informações que Casal
L US
AGEP
D,
INC
. /IM Um heredograma, além de mostrar relações de
TE
MI
U NL
I parentesco, também possibilita identificar pessoas que
S
compartilham alelos para determinadas características.
AL
SU
VI
entre os descendentes.
DR. STA
130
130
131
DIETMAR TEMPS/SHUTTERSTOCK.COM
ausência total ou parcial da me-
lanina, um pigmento que dá cor
aos cabelos, à pele e aos olhos.
Em pessoas albinas, uma mu- Homem com albinismo
com seu filho, que tem a
tação genética faz com que as mesma característica.
células não apresentem a enzima
tirosinase e, assim, não sejam Ou seja, o alelo A é dominante sobre o alelo a, que é recessivo.
capazes de produzir a melanina. Acompanhe um heredograma relacionado à presença de albinismo em
Esse pigmento protege o corpo uma família hipotética.
contra a radiação ultravioleta
EDITORIA DE ARTE
e = sem albinismo
do Sol, então as pessoas albinas
e = com albinismo
precisam evitar a exposição di-
reta aos raios solares, utilizando = que ainda não nasceu Sandra Marcelo
(sem sexo biológico
óculos, protetor solar e chapéu. conhecido)
Esses mesmos cuidados devem
ser tomados por pessoas que não
são albinas, devido ao risco de Lívia Valentim
queimaduras e desenvolvimento Heredograma que mostra a
de câncer de pele. ocorrência de albinismo em uma
Para que os estudantes com- família hipotética. A pessoa
preendam o heredograma apre- que ainda não nasceu é represen-
tada por um losango.
sentado no Livro do estudante, Vítor Gustavo
utilizar as mesmas estratégias Caso Lívia e Valentim queiram ter mais filhos, é possível realizar um
sugeridas para a anemia falcifor- cálculo de probabilidade de seu terceiro filho, não importa de que sexo
me. Desenhar o heredograma na seja a criança, nascer com albinismo.
lousa e questionar os estudan-
tes sobre os diferentes graus de 132
parentesco que estão ilustrados.
Em seguida, escrever os genóti-
pos dos indivíduos albinos, aa, e D3-CIE-F2-2104-V9-U4-LA-G24_AV4.indd 132 27/07/22 08:00 D3-C
132
133
133
KATERYNA KON/SHUTTERSTOCK.COM
DE PROPORÇÃO.
KATERYNA KON/SHUTTERSTOCK.COM
Representação do cariótipo
masculino. Há 44 cromossomos
somáticos, com os pares de
homólogos numerados de 1 a
22, e dois cromossomos sexuais
(circulados em vermelho), um do
tipo X e o outro do tipo Y.
134
AMPLIANDO
D3-CIE-F2-2104-V9-U4-LA-G24.indd 134 17/07/22 10:04 D3-C
Levar para a sala de aula algumas cópias im- [2019?]. Disponível em: http://www.biologia. estudantes percebam que existem 22 pares de
pressas de uma representação de cariótipo hu- seed.pr.gov.br/arquivos/File/praticas/2cariohu cromossomos autossomos e 1 par de cromosso-
mano (masculino e/ou feminino), para propor mano.pdf. Acesso em: 8 jun. 2022. mos sexuais. No exemplo sugerido, por tratar-se
sua montagem em grupos. Para a montagem, A conferência da montagem dessa sugestão de um cariótipo humano masculino, os cromos-
orientar os estudantes a buscar, primeiramente, pode ser feita em: Idiograma humano normal somos sexuais são X e Y. Contudo, caso a ativi-
por pares de cromossomos, e, posteriormente, (sexo masculino). Paraná: Secretaria da Educa- dade considere um cariótipo humano feminino,
a organizá-los com base nas imagens de carióti- ção do Paraná, [2019?]. Disponível em: http:// os cromossomos sexuais serão X e X.
po disponíveis no Livro do estudante. www.biologia.seed.pr.gov.br/arquivos/File/pra Ao final, solicitar que os estudantes guardem
Para o material, há uma sugestão no link: ticas/2modelocariotipo.pdf. Acesso em: 8 jun. os cariótipos montados, porque eles poderão
Cariótipo nº 1 (célula diploide humana mascu- 2022. ser usados no estudo posterior das síndromes
lina). Paraná: Secretaria da Educação do Paraná, Finalizada a montagem, é importante que os genéticas humanas.
134
AS CORES NÃO
SÃO REAIS.
X mulheres.
X X X X X
IMAGENS FORA
Explicar isso desenhando no
DE PROPORÇÃO.
quadro os alelos de um gene lo-
calizado na região não homóloga
do cromossomo X. Nessa situa-
A ção, as mulheres
a poderão ter os
seguintes genótipos:
A A A a a a
X Y X Y
X X Y
A A A a a a
Elaborado com base em: MOORE, Keith L.; PERSAUD, T. V. N.; TORCHIA, Mark G. Embriologia básica. 9. ed. Rio de
Janeiro: Elsevier, 2016. Livro digital não paginado.
Tipos de ovócito (à esquerda) e de espermatozoide (à direita) que podem ser formados durante
X X X X X X
a produção de gametas humanos, com relação à constituição de cromossomos sexuais.
XX XY
Cromossomo X (sexo feminino) (sexo masculino)
X Y X Y
135 X Y X Y
No exemplo apresentado, um
10:04 D3-CIE-F2-2104-V9-U4-LA-G24.indd 135 ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS 17/07/22 10:04 fenótipo associado a um gene
Se julgar adequado para o aprendizado dos recessivo só aparecerá em uma
estudantes, explicar o funcionamento dos genes mulher quando presente em
pares, isto é, em homozigose
presentes nos cromossomos sexuais. Para isso,
recessiva aa. Por outro lado, em
representar, na lousa, um cromossomo X e um homens, o fenótipo é determina-
cromossomo Y. Explicar aos estudantes que es- do por apenas um alelo, e, assim,
ses cromossomos apresentam regiões similares, basta um alelo recessivo a para
ou homólogas, e regiões diferentes. A imagem que a pessoa tenha a caracterís-
a seguir é uma representação que pode ser de- tica associada ao gene.
135
Cr o
Cr
X
que percebam que o pensamen-
mo
oX
om
mo
AS CORES NÃO
sso
os
sso
so
so
SÃO REAIS.
to difundido no senso comum é
mo
os
mo
om
oX
Y
Cr o
Cr
equivocado. Aproveitar para rea-
lizar a atividade 3 da página 140
MAAL ILUSTRA
nesse momento.
Esquema da determina-
Síndromes genéticas ção do sexo biológico. XY XX
humanas
Considerando as fecundações representadas no quadro da página
Trabalhar esse assunto de for- anterior, pode-se concluir que a probabilidade de nascerem meninos é igual
ma cautelosa, incentivando os à de nascerem meninas, isto é, em uma gestação, há 50% de probabilidade
estudantes a respeitar a diversi- de nascer um menino e 50% de probabilidade de nascer uma menina.
dade de indivíduos.
Síndromes genéticas humanas
Os gametas humanos, ovócitos e espermatozoides, carregam
apenas a metade do conjunto cromossômico de nossa espécie, isto é,
23 cromossomos. No entanto, no processo de sua formação, durante
a divisão meiótica da célula, podem ocorrer erros na separação dos
cromossomos, resultando em gametas com alterações numéricas ou
alterações na estrutura de alguns cromossomos, como pedaços ausentes.
De modo geral, zigotos originários da fecundação de gametas
com alterações no número ou na estrutura dos cromossomos não se
desenvolvem. Porém, em alguns casos, o zigoto pode se desenvolver.
Dá-se o nome de síndrome genética ao conjunto de características
fenotípicas que resultam de uma constituição genética diferente da mais
comum para a espécie humana. É importante ressaltar que as síndromes
genéticas não são doenças.
Entre as síndromes genéticas que podem ocorrer na espécie
humana, estudaremos a síndrome de Down.
136
136
IMAGENS FORA
DE PROPORÇÃO.
chamada síndrome de Down
AS CORES NÃO
SÃO REAIS.
primária. Essa forma é carac-
terizada pela presença de três
cópias completas do cromossomo
21 e corresponde à maioria das
pessoas com síndrome de Down.
Poucas pessoas com síndrome
de Down possuem a chamada
síndrome de Down familiar. Nessa
situação, parte do cromossomo
21 fica presa em outro cromos-
somo, por exemplo o 14, por um
processo chamado translocação.
Esse processo acontece em um
Representação do cariótipo feminino com síndrome de Down.
dos pais, por isso o nome “fa-
Na meiose, durante a divisão dos cromossomos da célula-mãe em miliar”. Nessa situação, quando
células-filhas, pode ocorrer de um gameta ficar com dois cromossomos os cromossomos são separados
21 e do outro ficar sem esse cromossomo. para a formação dos gametas, é
Um zigoto formado da união de um possível que um deles apresente
DENIS KUVAEV/SHUTTERSTOCK.COM
gameta com dois cromossomos 21 e um gameta uma cópia extra do cromosso-
com um cromossomo 21 pode se desenvolver
mo 21 anexa ao cromossomo
em uma pessoa com síndrome de Down. Os
14. O resultado é que, após a
indivíduos com síndrome de Down apresentam
fecundação, o zigoto possuirá 46
algumas características em comum, como: rosto
arredondado, olhos amendoados, nariz pequeno
cromossomos, porém um deles
e baixa estatura. Além disso, eles têm mãos será a união do cromossomo 14
pequenas e com apenas um vinco, ou dobra, com o cromossomo 21. Essa
na palma. forma de síndrome de Down
apresenta um fenótipo igual
Desde 2012, a ONU reconhece a data de 21 de março ao descrito para a síndrome de
como o Dia Mundial da Síndrome de Down. A data Down primária.
busca celebrar a vida das pessoas com a síndrome
e garantir que elas tenham as mesmas liberdades e
Se desejar, utilizar os cariótipos
oportunidades que as pessoas sem essa síndrome. montados pelos estudantes an-
teriormente (atividade sugerida
137 na seção Ampliando da página
134 deste Manual do professor)
para explicar a síndrome de Down.
10:04 D3-CIE-F2-2104-V9-U4-LA-G24.indd 137 17/07/22 10:04
137
PENSE BEM
O assunto dessa seção per-
mite um trabalho com o tema
PENSE BEM
contemporâneo transversal Vida
familiar e social. Aproveitar a
oportunidade para destacar que Diferente, mas igual, isso que é legal! FICA A DICA #
todas as pessoas são diferentes,
Pessoas com síndrome de Down riem, choram, dançam, correm,
sendo as singularidades de cada Que tal assistir a uma
praticam esportes, apaixonam-se, estudam e trabalham, enfim, podem série com histórias de
uma o que as tornam únicas. e devem ser incluídas em todos os meios sociais, os quais devem ser pessoas com síndrome
Ao trabalhar a temática, é livres de preconceito. de Down alcançando
importante estar atento à possi- No entanto, ainda existem muitas barreiras sociais a serem vencidas. sua autonomia na
vida adulta? Para isso,
bilidade de os estudantes terem A falta de informação sobre a síndrome ou informações equivocadas acesse a página da
um parente ou um amigo de podem gerar julgamentos, discriminações e desconfortos que dificultam o websérie Geração 21,
fora da escola com síndrome de desenvolvimento e a interação social de pessoas com síndrome de Down. disponível em: http://
Entretanto, com o incentivo adequado, o respeito e a inclusão em www.movimentodown.
Down. Também é possível que org.br/2017/04/webse
todas as dimensões – sociais, econômicas, culturais, políticas, educacio-
tenha algum estudante com rie-geracao-21/. Acesso
nais e religiosas –, as chances de pessoas com síndrome de Down serem em: 10 maio 2022.
síndrome de Down na sala ou plenas e felizes são iguais às de qualquer outra pessoa.
na escola. Manter um ambiente Leia o trecho a seguir, com o exemplo de Luana Dallacorte Rolim de Moura, que, aos 26 anos,
acolhedor, de modo que o res- se tornou a primeira vereadora com síndrome de Down do Brasil, no município de Santo Ângelo (RS).
peito prevaleça.
Pessoas com síndrome de
Sempre sonhou ser fisioterapeuta. Depois de concluir a graduação, decidiu atuar
Down ainda enfrentam proble- como fisioterapeuta domiciliar, o que sempre foi motivo de orgulho para ela e a família.
mas para serem inclusas na so- Passou a dedicar-se à reabilitação de crianças e pessoas com necessidades específicas,
ciedade devido à existência de algo que ela sempre desejou. Mas ela não parou e resolveu investir em um interesse
inúmeros preconceitos. Utilizar que a acompanhava desde pequena, a carreira política. “[...] A política me chamava
essa realidade para incentivar atenção e meus familiares sempre estiveram envolvidos na política, isso foi gerando
os estudantes a combaterem em mim o interesse de um dia fazer a diferença na Câmara dos Vereadores de Santo
qualquer forma de discrimina- Ângelo (RS) e colaborar para uma sociedade mais inclusiva.”
A partir daí veio a ideia de se candidatar, pois ela sempre gostou de política e seus
ção que possam vivenciar em
pais a apoiaram nessa decisão. [...]
seus cotidianos, de modo que [...]
possam incorporar princípios A sua posse foi considerada um marco histórico para ela, sua família e por todas
éticos, responsáveis e inclusivos as pessoas que trabalham para construir uma sociedade mais inclusiva. “É muito emo-
em suas ações. cionante poder representar as pessoas com deficiência. É uma bandeira que defenderei
Após o trabalho com o assun- com muita garra e responsabilidade”, respondeu orgulhosa.
to, recomendar que os estudan- [...]
tes façam a leitura indicada no Para a população com deficiência ela deixa o seguinte recado: “Somos capazes sim
de fazer a diferença. Nunca desistam dos seus sonhos. Lutem, tenham fé. Prosseguir
#FICA A DICA, Estudante que
sempre, desistir jamais. O céu é o limite.”
traz informações extras sobre a
ALVARENGA, Thaissa. Primeira vereadora com síndrome de Down do Brasil: uma vitória para a inclusão. Papo de Mãe.
síndrome de Down. [S. l.], 27 abr. 2021. Disponível em: https://papodemae.uol.com.br/noticias/primeira-vereadora-com-sindrome-de-down-do-
brasil-uma-vitoria-para-a-inclusao.html. Acesso em: 10 maio 2022.
ELEONORA_OS/SHUTTERSTOCK.COM
diferentes fenótipos para as
mais diversas características.
Também é importante que
mencionem a influência das
condições ambientais sobre o
fenótipo. Todas essas condi-
ções contribuem para a diver-
SOLOMON7/SHUTTERSTOCK.COM sidade dos seres humanos. E,
mesmo sendo diversos, é muito
importante que todos tenham
Menino com mãe, pai e irmãs.
os mesmos direitos como pes-
Menina brincando com cachorro. soas. Caso não seja possível a
gravação de vídeos na escola,
Por que a inclusão social é importante para o desenvolvimento pleno de uma pessoa, inclusive
pedir aos estudantes que mon-
para as pessoas com síndrome de Down? Resposta pessoal. tem apresentações na forma
de slides ou cartazes.
3 Forme um grupo com seus colegas e produzam um vídeo cujo tema seja o respeito à diversi-
dade humana. No vídeo, é importante que vocês relacionem o que aprenderam sobre Genética
com o fato de os seres humanos serem diversos, além de valorizarem a inclusão de todas as
AMPLIANDO
pessoas na sociedade. Argumentem com base em alguns dos direitos humanos estabelecidos Propor que os estudantes bus-
pela Declaração Universal dos Direitos Humanos, disponível em: https://www.unicef.org/brazil/ quem o significado do termo capa-
declaracao-universal-dos-direitos-humanos, acesso em: 10 maio 2022. Postem o vídeo em uma citismo. Pedir que selecionem exem-
rede social da turma e compartilhem-no com seus colegas. Resposta pessoal. plos de frases capacitistas e que re-
flitam se usam ou já usaram expres-
sões desse tipo. O site disponível
139 em: https://www.academia.org.
br/nossa-lingua/nova-palavra/
capacitismo, acesso em: 28 jun.
2022, é uma boa fonte para a
10:04 nesse dia, as pessoas utilizem meias com pares
D3-CIE-F2-2104-V9-U4-LA-G24.indd 139 dimensões da vida (econômica, cultural,
17/07/22 polí-
10:04 pesquisa.
trocados, para chamar a atenção e celebrar a tica, educacional, religiosa, entre outras) pro- Iniciar uma discussão sobre como
vida das pessoas com a síndrome. porcionam-lhes, além dos mesmos direitos, as pessoas com deficiência devem
c) O preconceito causado pela falta de infor- mesmas chances de desenvolvimento pessoal. sentir-se em relação às expressões
mação ou por informações equivocadas sobre 3. Essa atividade permite o trabalho com o tema capacitistas e o que pode ser feito
a síndrome. para evitar o uso delas.
contemporâneo transversal Educação em di-
reitos humanos, ao solicitar que os estudan- Se julgar interessante, sugerir a
2. Promover uma conversa com os estudantes,
montagem de uma campanha an-
de maneira que eles se sintam à vontade para tes elaborem argumentos com base na Decla-
ticapacitista para a comunidade es-
expressar o que pensam. Espera-se que men- ração Universal dos Direitos Humanos. Nesse colar, com vídeos curtos, postagens
cionem que a inserção de todas as pessoas contexto, a argumentação permite o desenvol- em mídias digitais ou cartazes.
na sociedade e sua participação em todas as vimento da competência geral 7 e da com-
139
ELITAN DAVID
6. I, IV, VI estão corretas.
...só porque eu ...está na hora
Se você acha que
pode prever meu
nasci com síndrome
de down...
de você rever os II. Pessoas com hemoglobina
seus conceitos.
comportamento... do tipo S apresentam a anemia
falciforme.
III. Tanto o genótipo BB quanto
o Bb resultam em indivíduos
sem anemia falciforme.
V. O genótipo de Marcos, Ro-
sana, Célio e Larissa é Bb.
DAVID, Eliton. [Dauzito]. Portal Acesse. [S. l.], c2017. Disponível em:
https://www.portalacesse.com/tdauzito2-2/. Acesso em: 28 jun. 2022.. Para essa atividade, pedir aos
a) O que está retratado na tirinha? Respostas nas Orientações para o professor. estudantes que justifiquem
b) O que caracteriza geneticamente a síndrome de Down? as correções feitas. Adicional-
c) Elabore uma história em quadrinhos (de 5 a 7 quadrinhos) falando sobre a importância do mente, perguntar a eles se se-
respeito a pessoas com síndrome de Down e de sua inclusão na sociedade. ria possível saber o genótipo de
6. Analise o heredograma de uma família em relação à condição conhecida como anemia Rosana e de Marcos caso Felipe
falciforme. Depois, leia as afirmativas a seguir e corrija-as, quando for necessário. não apresentasse anemia falci-
I. A anemia falciforme é uma doença caracterizada por uma forme. Explicar que, nessa situ-
EDITORIA DE ARTE
alteração nas hemácias, que ficam com formato de foice; ação, não seria possível saber
isso prejudica sua ligação com o gás oxigênio, dificultando
o transporte desse gás para as outras células.
Marcos Rosana o genótipo deles. Um dos dois
II. Existem dois alelos principais que determinam o tipo de
teria de ser heterozigoto, Bb,
hemoglobina. O alelo B resulta em hemoglobina do tipo A, mas o outro poderia apresen-
Felipe Célio Larissa
enquanto o alelo b resulta em hemoglobina do tipo S. Pessoas tar tanto o genótipo BB quanto
com hemoglobina do tipo A apresentam a anemia falciforme. o genótipo Bb.
Manuela
III. Existem três genótipos possíveis para essa característica:
BB, Bb e bb, sendo o genótipo BB o único que resulta em indivíduos sem anemia falciforme.
IV. Felipe e Manuela apresentam anemia falciforme, portanto, o genótipo dos dois é bb.
V. O genótipo de Marcos é BB, já o genótipo de Rosana, Célio e Larissa é Bb.
VI. Se Manuela tivesse um filho com um homem Bb, a chance de seu filho ter anemia falciforme
seria de 50%. Resposta nas Orientações para o professor.
141
10:04 AMPLIANDO
D3-CIE-F2-2104-V9-U4-LA-G24_AV1.indd 141 19/07/22 08:35
Após a realização das atividades presentes no doença cardiovascular em que ocorre o bloqueio tificando alguns de seus fatores de risco e,
Livro do estudante, sugerir que realizem a se- do fluxo sanguíneo ao músculo do coração, o a partir deles, propor atitudes que possam
guinte atividade como ampliação do conteúdo que causa a morte do tecido não irrigado. Ainda contribuir para evitar a ocorrência da doença,
estudado. Explicar aos estudantes que muitas que o indivíduo apresente genótipo (predisposi- quando possível. Os resultados da pesquisa e
doenças relacionam-se a uma predisposição ção genética) para o infarto, existem modos de as atitudes propostas pelos estudantes podem
genética do indivíduo em desenvolvê-la, isto é, evitar o desenvolvimento da doença (fenótipo), ser utilizados para compor um folheto infor-
se o indivíduo possuir familiares com a doença, como a adoção de hábitos saudáveis. mativo digital, que pode ser compartilhado
existe uma grande chance de ele desenvolvê-la Orientar os estudantes a realizarem uma com a comunidade escolar, contribuindo para
também. Uma delas é o infarto do miocárdio, pesquisa sobre o infarto do miocárdio, iden- sua conscientização.
141
GOLDEN SIKORKA/SHUTTERSTOCK.COM
IMAGENS FORA
tacar a importância da realização DE PROPORÇÃO.
142
2 Por que se recomenda que os familiares de primeiro grau de pessoas que apresentam alterações
nos genes BRCA1, BRCA2 e CDH1 também façam os testes genéticos capazes de detectar
essas alterações? Resposta nas Orientações para o professor.
3 A mastectomia (retirada das glândulas mamárias) pode ser sugerida por especialistas como
prevenção ao desenvolvimento do câncer de mama, quando um teste genético identifica alte-
rações em genes relacionados à doença. Também é uma das formas de tratamento, quando a
doença já se desenvolveu. Forme um grupo com seus colegas e pesquisem em sites confiáveis
depoimentos de pessoas que realizaram a mastectomia como tratamento do câncer de mama
e como lidaram com essa situação. Também pesquisem a importância de realizar exames pre-
ventivos para a identificação precoce desse tipo de câncer. Elaborem uma apresentação de
slides com os resultados da pesquisa. Resposta pessoal.
143
143
O ASSUNTO É...
Explicar aos estudantes sobre
O ASSUNTO É...
as origens genéticas da popula-
ção brasileira, decorrente da co-
lonização do Brasil. Se possível, Somos todos iguais
convidar previamente o docente
de História para fornecer mais in- Somos todos seres humanos e temos os mesmos direitos
formações. e deveres. As diferenças que existem entre nós estão na nossa
Ressaltar que, mesmo com di- forma de pensar, nos nossos sentimentos e na nossa aparência.
ferenças em nossa aparência físi- Observe as imagens a seguir e compare a fisionomia das pessoas.
ca, somos muito semelhantes ge-
neticamente. Uma pesquisa fez
a análise comparativa do DNA
da população brasileira e revelou
uma mistura do material gené-
tico de ancestralidade africana,
europeia e ameríndia. Para saber
mais, recomenda-se a leitura da
reportagem indicada no #FICA A
DICA, Professor.
ALEX SILVA
[...]
Em um estudo de 1972 do
professor Richard Lewontin, da
Universidade de Harvard, nos Es-
tados Unidos, foram analisadas
proteínas no sangue de diferen-
tes populações.
Os resultados não mostraram
ROMAN SAMBORSKYI/SHUTTERSTOCK.COM
144
145
5
Competências
Gerais: 1, 2, 3, 4, 5, 8, 9 e 10
Específicas: 1, 2, 3, 4, 6, 7 e 8
UNIDADE
Habilidades
• EF09CI10
• EF09CI11
Temas contemporâneos
transversais
• Educação para valorização do multi-
EVOLUÇÃO
culturalismo nas matrizes históricas e
culturais brasileiras.
• Saúde
tagem menor é coordenadora de de fósseis. É possível que os exemplos citados es- térias que relatam descobertas de fósseis, como
projeto de pesquisa, como a Dra. tejam relacionados com diferentes ossos. Nesse o do titanossauro, por exemplo, indicadas no
Aline Marcele Ghilardi, presen- caso, explicar que fósseis podem ser tanto partes #FICA A DICA, Estudante. Comentar que, na
te nas fotografias e atualmente de seres vivos, como os próprios ossos ou cau- descoberta reportada na primeira notícia indi-
professora adjunta de Paleonto- les fossilizados, quanto evidências de atividade, cada, os ossos pertencem à espécie Arrudatitan
logia no Departamento de Ge- como pegadas ou excrementos. maximus, que vivia há cerca de 85 milhões de
ologia da Universidade Federal Destacar que o estudo dos fósseis é contínuo e anos. Dizer que os titanossauros dessa espé-
do Rio Grande do Norte (UFRN), que novas descobertas podem alterar o conheci- cie apresentavam cerca de 22 metros, pescoço
em Natal. mento atual ou incluir mais informações sobre eles. e cauda longos e tinham hábitos herbívoros.
146
SRSPVL WITCH/SHUTTERSTOCK.COM
trapolem seus conhecimentos
do comum. Isso significa que esses
animais têm parentesco em termos prévios e criem novas conexões;
evolutivos. Como os pesquisadores as hipóteses apresentadas não
chegam a essas conclusões? precisam, neste momento, ser
3. Resposta pessoal. corretas cientificamente. Pedir
3 Elabore uma hipótese de como ocorre aos estudantes que registrem
o surgimento de novas espécies.
1. Resposta pessoal. Uma possibi- suas hipóteses em seus cader-
lidade de resposta são os nos e que as confrontem com
dinossauros. as informações apresentadas
adiante na Unidade sobre es-
peciação, avaliando se podem
ser corroboradas ou refutadas.
A validação das hipóteses pode
ser feita após o trabalho com
o assunto.
147
1
1. ORIGEM DA VIDA TEMA
Ao comentar sobre mitos, di-
zer que o termo, no contexto
apresentado no Livro do estu
ORIGEM DA VIDA
dante, refere-se a uma narrativa
acerca de fenômenos que ocor- Desde há muito tempo, os seres humanos buscam e elaboram expli-
rem na natureza e que pode ser cações para os fenômenos que observam no mundo. Uma das questões
construída com elementos sobre- que sempre despertou curiosidade é a origem da vida.
naturais. Essa narrativa costuma 1 Você conhece algum Ao longo da história, diversos povos criaram sua própria maneira
mito sobre a origem
ser transmitida oralmente entre de explicar como os seres vivos, ou especificamente os seres humanos,
dos seres humanos e
as gerações de determinado de outros seres vivos? surgiram no planeta Terra. Essas explicações, que se baseiam nos costumes
grupo, constituindo, assim, par- Converse com seus co- e nas crenças do povo que as criou, também são chamadas mitos e são
te das tradições e costumes de legas sobre o assunto. transmitidas entre as gerações, como parte da cultura de cada povo. O
um povo. Destacar que os mitos Resposta pessoal. trecho a seguir, sobre o mito de origem dos karajá, povo indígena com
2 Os mitos explicam
território distribuído entre estados da região Centro-Oeste e Norte do
fazem parte das manifestações os fenômenos na-
artísticas e culturais dos grupos Brasil, exemplifica isso.
turais com base nos
sociais e precisam ser respeitados costumes e nas cren-
O mito de origem dos Karajá conta que eles moravam numa aldeia,
e valorizados. Essa abordagem ças de um povo. No
no fundo do rio, onde viviam e formavam a comunidade dos Berahatxi
que se baseiam as
contribui com o desenvolvimen- Mahadu, ou povo do fundo das águas. […] Interessado em conhecer a
explicações cientí-
to da competência geral 3. ficas acerca desses superfície, um jovem Karajá encontrou uma passagem, […] na Ilha do
Solicitar que voluntários façam fenômenos? Bananal. Fascinado pelas praias e riquezas do Araguaia e pela existên-
a leitura em voz alta do trecho do Resposta pessoal. cia de muito espaço para correr e morar, o jovem reuniu outros Karajá
mito apresentado no Livro do e subiram até a superfície.
estudante sobre a origem dos Tempos depois, encontraram a
HÉLIO NOBRE
çam outras explicações, pedir peração. Conduzir a conversa de modo que características que distinguem mitos de expli-
que as compartilhem com a todas as explicações sejam respeitadas e va- cações científicas. Por exemplo, os mitos não
turma. Caso não conheçam lorizadas. podem ser testados quanto à sua veracida-
outros mitos, é possível so- de, nem corroborados ou refutados – o que
licitar que façam uma pes- 2. Os estudantes podem mencionar procedimen- é plenamente possível (e necessário) para a
quisa sobre a temática e que tos como observação, levantamento e análise construção de conhecimentos científicos. Os
compartilhem os resultados de dados coletados, levantamento e teste de conhecimentos científicos estão submetidos
encontrados na aula seguin- hipóteses, análise do resultado do teste, ela- a métodos que proporcionam sua constante
te. Se desejar, organizar essa boração de conclusões sobre os fenômenos construção, sendo revistos, reestruturados, re-
atividade em grupos, opor- estudados, entre outros. formulados ou corroborados.
148
BENTINHO
futados, conforme o pro-
re
??
Os conhecimentos científicos são construídos e per- ? gresso de novas pesquisas. Por
petuados por meio de pesquisas sobre os fenômenos que ? exemplo, em tempos antigos,
ocorrem na sociedade, no planeta e no Universo, a partir? ? acreditava-se na geração es-
de investigações científicas. É importante destacar ? ? que pontânea dos seres vivos. Com
não existe um método único e universal – cada pesquisa ? Observação e
questionamento o avanço dos estudos, verifi-
apresenta particularidades –, entretanto, os procedimentos cou-se que eles surgem de ou-
apresentados a seguir referem-se a etapas comuns a boa
tros seres existentes (assunto
parte das pesquisas.
estudado na Unidade).
As investigações científicas são orientadas por
perguntas ou problemas, os quais são levantados na • Os conhecimentos científicos se
comunidade científica a respeito de diversos fenômenos. relacionam ao contexto econô-
Esses questionamentos são formulados a partir de conhe- mico, político, cultural e social
cimentos que já existem e devem ser relevantes para a área do período em que se desen-
em estudo. Para responder a esses questionamentos, os volvem. Por exemplo, durante
pesquisadores podem elaborar hipóteses, que consistem a pandemia de covid-19, muitas
Levantamento
em explicações possíveis para a pergunta inicial; elas orien- pesquisas se voltaram a compre-
de hipóteses
tam as pesquisas. Ao longo da investigação, as hipóteses ender aspectos da doença.
são testadas, podendo, ao final dela, ser confirmadas
• A Ciência se desenvolve a partir
(quando verdadeiras) ou refutadas (quando falsas).
Para testar hipóteses, os pesquisadores coletam informa- da colaboração entre diferentes
ções e, posteriormente, as analisam. Portanto, as investigações pessoas (pesquisadores, técni-
contam com a coleta e a análise de dados, os quais auxiliam cos de laboratório, participan-
??
em um melhor entendimento do problema investigado. tes de pesquisa etc.), institutos
? ?
? de se coletar dados
Existem diversos locais e formas de pesquisa e universidades.
em pesquisas científicas. É possível, ?por exemplo, coletá-los Todos são importantes para o
em laboratório, no ambiente natural, em museus e em andamento das investigações
unidades básicas de saúde. Nesses locais, a coleta pode Coleta e análise
de dados científicas.
ocorrer por meio de entrevistas, utilizando-se gravadores
• A Ciência pode ser desenvolvida
de áudio ou vídeo; pela análise de imagens registradas por Representações de parte
por homens e mulheres de qual-
câmeras fotográficas ou desenhos; ou, ainda, pela leitura das etapas comuns às
de artigos e livros disponíveis em bibliotecas ou na internet. investigações científicas. quer condição social ou etnia.
Ao comentar as etapas da in-
149 vestigação científica, destacar
que não são todas as pesquisas
que as apresentam. Por exem-
10:05 ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
D3-CIE-F2-2104-V9-U5-LA-G24_AV1.indd 149 sunto. Verificar se suas percepções iniciais se 08:37
19/07/22 en- plo, algumas pesquisas de cunho
quadram nos estereótipos midiáticos da Ciência qualitativo não dispõem de hi-
A construção do e da forma como ela se desenvolve, por exemplo, póteses a serem testadas, mas
conhecimento científico contam com objetivos a serem cum-
que as pesquisas são realizadas por uma só pes-
pridos ao longo da investigação.
Antes de iniciar o trabalho com esse assunto, soa, geralmente um homem branco e de idade
Destacar que os questiona-
perguntar o que os estudantes entendem por Ci- mais avançada. Esses estereótipos precisam ser mentos na etapa inicial orien-
ência. Pedir que listem palavras que associam ao suplantados ao longo da escolarização dos estu- tam as investigações em curso e
termo Ciência e solicitar que expliquem as asso- dantes. De modo a contribuir com esse processo, que, a partir deles, são definidas
ciações feitas. Essa dinâmica permite uma avalia- promover uma discussão sobre o assunto, consi- as formas de coleta e de análise
ção de seus conhecimentos prévios sobre o as- derando os seguintes pontos: de dados.
149
I. NOYAN YILMAZ/SHUTTERSTOCK.COM
ses, explicar que não é possível
fazer generalizações a partir da
corroboração de uma hipóte- IMAGENS FORA
DE PROPORÇÃO.
AS CORES NÃO
SÃO REAIS.
Ao comentar sobre a divulga- tigação, no geral, revelam novos conhecimentos, que podem ou não
ção dos resultados de pesquisas, divergir daqueles já existentes. Também pode ocorrer sua complemen-
explicar aos estudantes que isso tação, reforçando-se o conhecimento anterior.
normalmente é feito a partir da Seja qual for o resultado, os novos conhecimentos precisam ser
publicação de artigos científicos
Interpretação compartilhados com a comunidade de cientistas ao redor do mundo, o
de resultados
que pode ser feito por meio da publicação em revistas, de palestras e de
em periódicos e revistas da área.
apresentações. Essa etapa é importante para que outros pesquisadores
Para tanto, o pesquisador preci-
possam ter acesso ao trabalho realizado e avaliar os resultados obtidos.
sa submetê-lo à avaliação, feita Também é fundamental que o conhecimento chegue à população, infor-
pelos editores (também pesquisa- mando-a e possibilitando a reflexão e um debate mais amplo sobre
dores)? ? do periódico considerado. diversos assuntos, podendo até resultar em alterações de hábitos.
?
? ?A avaliação precisa ser feita por
?
mais de um editor, além de ser rea
SEVENTYFOUR/SHUTTERSTOCK.COM
lizada às cegas. Ou seja, o(s) pes-
Elaboração de
quisador(es) responsá vel(is) pelo conclusões
artigo produzido não é(são) iden-
tificado(s), para garantir imparcia- Representações de
parte das etapas
lidade na avaliação. Os editores, comuns às investiga-
então, produzem um parecer, que ções científicas.
informa se o artigo está aprovado
(nesse caso, sem ou com correções Os cientistas devem sempre
a serem feitas) ou reprovado. discutir os dados cole-
tados e os resultados de
Muitos periódicos e revistas
suas pesquisas.
científicas são acessíveis de for-
ma gratuita pela população.
Contudo, sabe-se que seu aces-
150
so normalmente é feito por ou-
tros pesquisadores e membros
assunto, aproveitar para
D3-CIE-F2-2104-V9-U5-LA-G24.indd 150 destacar a possibilidade 17/07/22 10:05 D3-C
da própria academia. Então, de
modo a contribuir com a facili- de erros interpretativos por parte dos veículos de
tação do contato da população comunicação, gerando distorções dos resultados
com os resultados das pesquisas encontrados, o que abre espaço para a divulga-
desenvolvidas pela comunidade ção de fake news.
científica, faz-se importante sua A apresentação das etapas das investigações
divulgação pelos meios de co- científicas contribui com o desenvolvimento da
municação de massa. Sobre esse competência específica 2.
150
Larvas de mosca
com algumas das etapas de
investigações científicas estu-
dadas. Por exemplo, a partir de
Pedaços de carne crua em Larvas de mosca crescendo sobre os
dois recipientes abertos. pedaços de carne em decomposição nos suas observações do mundo,
Telas
recipientes abertos. Redi levantou um questiona
mento sobre a origem de larvas
em carnes em decomposição,
propondo a hipótese de que
as larvas não surgiam esponta-
neamente, mas surgiam a partir
da deposição de ovos de insetos.
Pedaços de carne crua em dois Carne em decomposição, sem larvas de
recipientes cobertos com tela. mosca, nos frascos cobertos com tela. Para testar essa hipótese, ele
Elaborado com base em: VIDA e educação em ciências. USP: e-disciplinas. [S. l.], [2019?]. Disponível em:
https://edisciplinas.usp.br/mod/book/view.php?id=2434792&chapterid=20331. Acesso em: 19 maio 2022.
desenhou um experimento no
Representação do experimento de Redi: à esquerda, os frascos no início do qual uma tela impediria o con-
experimento; à direita, os mesmos frascos ao final do experimento. tato de insetos com a carne. A
Analisando os resultados, Redi chegou à conclusão de que as larvas partir desse experimento, ele
de mosca observadas na carne dos recipientes abertos surgiam de ovos coletou dados (as larvas não
colocados ali por moscas adultas. Isso não acontecia nos recipientes com apareceram sobre os pedaços de
tela, porque as moscas adultas não conseguiam alcançar a carne. Com carne que estavam no interior
base nisso, Redi argumentou contra a ideia de geração espontânea, dos recipientes coberto com as
demonstrando que as larvas eclodiam de ovos de mosca. telas, enquanto nos recipientes
descobertos, as larvas aparece-
151 ram) e os analisou. Em seguida,
ele interpretou resultados,
considerando que as larvas que
10:05 D3-CIE-F2-2104-V9-U5-LA-G24.indd 151 17/07/22 10:05
apareceram sobre os pedaços de
carne mantidos em recipientes
descobertos surgiram em de-
corrência da deposição de ovos
feita por moscas. Assim, ele
concluiu que as larvas não sur-
giam por geração espontânea.
Destacar que os conhecimentos
sobre a origem da vida foram
historicamente construídos.
151
RENAN LEEMA
tremófilos. Especificamente, aque- IMAGENS FORA
DE PROPORÇÃO.
# FICA A DICA
Frasco com
Saiba como, no passado, gargalo removido
estudiosos davam Caldo nutritivo
diversas receitas sobre alterado
geração espontânea, no
Elaborado com base em: MADIGAN, Michael T. et al. Microbiologia de Brock. 14. ed. Porto
link disponível em: http:// Alegre: Artmed, 2016. p. 16.
www.invivo.fiocruz.br/
Representação do experimento de Pasteur.
cienciaetecnologia/
o-misterio-da-geracao- Com base nos resultados do experimento, Pasteur pôde argumentar
3-pasteur-sobe-a- contra a ideia de geração espontânea de seres microscópicos: se os
montanha/. Acesso em:
11 maio 2022.
microrganismos pudessem surgir de forma espontânea, sua presença
também teria sido observada nos frascos mantidos intactos.
152
152
153
153
EQUAD A SAAD/SHUTTERSTOCK.COM
+ Para simular as condições
metano, amônia _ de tempestades e raios
aos estudantes que, apesar de e hidrogênio, da hipótese, Miller e Urey
os resultados obtidos por M iller IMAGEM FORA além de vapor de aplicaram descargas
DE PROPORÇÃO.
água, simulando a 2 elétricas ao sistema.
e Urey em seu experimento rei- atmosfera da Terra
AS CORES NÃO
terarem a hipótese de Oparin SÃO REAIS. primitiva, segundo
4
Oparin e Haldane. O vapor era resfriado em
e Haldane, hoje sabe-se que o um condensador.
ambiente terrestre não era rico Frasco com
em hidrogênio, amônia e me- água aquecida.
1
O líquido condensado era
tano, como descrito por esses 5 coletado em outro frasco.
últimos cientistas, mas sim rico Elaborado com base em: SADAVA, David et al. Vida: a ciência da biologia. 8. ed. Porto Alegre: Artmed, 2009. p. 62.
em dióxido de carbono e nitro- Representação do experimento de Miller e Urey.
gênio. Portanto, essa hipótese
Quando analisaram o líquido coletado, eles identificaram a presença de molé-
não pode ser entendida como culas complexas, que não estavam lá no início do experimento. Assim, Miller e Urey
válida para explicar a origem da constataram a formação de moléculas orgânicas que podem ter sido fundamentais
vida no planeta Terra, mas foi para a formação de células. O teste de hipótese efetuado por Miller e Urey foi muito
importante para instigar a con- importante, pois demonstrou ser possível a formação de moléculas complexas a partir
tinuidade das pesquisas realiza- da combinação de moléculas simples em condições adequadas.
das na comunidade científica Contudo, é importante ressaltar que estudos posteriores, como os que comparam
sobre o assunto. a composição da atmosfera dos planetas do Sistema Solar, indicam que as condições
primitivas da Terra podem ter sido diferentes daquelas propostas por esses cientistas,
Nas décadas seguintes à pro- portanto, saber como os seres vivos se originaram em nosso planeta ainda é uma
posição dessa hipótese, outras questão não resolvida, e novas hipóteses continuam a ser formuladas atualmente.
linhas de pensamento foram se
consolidando entre os pesquisa- Vida originada por cometas?
dores que estudam a origem da
vida na Terra. Para alguns pes- Há pesquisadores que têm como hipótese a ideia de que a vida na Terra pode
ter se iniciado de moléculas orgânicas simples presentes em cometas que colidiram
quisadores, por exemplo, a vida
com a Terra. Já na superfície terrestre, essas moléculas teriam sofrido alterações,
teria se originado a partir da ca- transformando-se em moléculas mais complexas, por causa da própria colisão do
pacidade de duplicação de uma cometa com a Terra e das condições presentes nos primórdios do planeta.
molécula de material genético. Uma das evidências para essa hipótese são as moléculas orgânicas encontradas
Para outros, a vida teria se ori- na superfície de meteoritos que caíram sobre a Terra. Essa hipótese foi refor-
ginado a partir de redes de rea- çada com a missão Rosetta, que pousou o robô Philae na superfície do cometa
67P/Churyumov-Gerasimenko, em 2016, e encontrou a presença de moléculas de
ções metabólicas relacionadas água, oxigênio e glicina, uma molécula orgânica essencial para a vida.
ao aproveitamento da energia. Apesar das evidências, essa hipótese ainda é alvo de grande debate científico
Para outra parte dos pesquisa- e necessita de mais estudos, assim como todas as hipóteses que se relacionam à
dores, a vida teria se originado origem da vida.
a partir da formação de peque-
nos compartimentos delimitados
externamente por membrana. 154
Também há aqueles que conside-
ram que todos esses fatores fo-
ram essenciais para o surgimento comprovar como a vida
D3-CIE-F2-2104-V9-U5-LA-G24.indd 154 se originou no planeta – 17/07/22 10:05 D3-C
da vida, e que, portanto, a vida o que é uma tarefa extremamente difícil. Boa parte
teria se originado a partir de to- das explicações consistem em hipóteses, as quais
dos eles, que teriam ocorrido de se encontram em fase de testes. De qualquer for-
forma simultânea nos primórdios ma, todas contribuíram (e ainda contribuem) para
do planeta. a ampliação do arcabouço de conhecimentos
existentes sobre o assunto.
Apesar das diferentes linhas
de pensamento existentes, ne-
nhuma delas ainda é capaz de
154
ALLANDIER/BRIDGEMAN IMAGES/FOTOARENA
origem do mundo, da humanidade e de outros cia e Tecnologia. Explicar aos
seres. Em um mito do povo Asteca conhecido estudantes que o avanço dos
como “Lenda dos cincos sóis”, os astecas contam conhecimentos científicos é
que existiram quatro eras anteriores à existência auxiliado pelo desenvolvimen-
deles. Cada uma dessas eras, também denomi- to tecnológico e vice-versa.
nadas sóis, foi governada por um deus ou uma
deusa. A divindade de cada sol deu origem a 3. A elaboração de hipóteses con-
uma população única de humanos, que acabou tribui com o desenvolvimento
devastada por uma catástrofe natural. No pri- da competência geral 2.
meiro sol, por exemplo, os humanos foram
c) Auxiliar os estudantes a
devorados por onças. O quinto e último sol foi
elaborar uma explicação que
governado por Nahui-Ollin, que deu origem à
população atual de seres humanos, a partir dos
possa ser testada e verificada
ossos do povo da era anterior. Veja a represen- (hipótese). É possível que di-
tação de Chalchiuhtlicue, deusa que governou gam que os ratos seriam pro-
o quarto sol asteca. 1. Resposta nas Orientações venientes de outros locais,
para o professor. pois eram atraídos pelo odor
Explicações mitológicas, como a que você
acabou de ler, seguem os mesmos princípios dos grãos e entravam nos jar-
utilizados pela Ciência? Justifique sua resposta. ros, que não estavam vedados
(tinham sua abertura apenas
Divindade asteca Chalchiuhtlicue, segundo o Codex
Borbonicus, um manuscrito desenvolvido na região que hoje encoberta com uma camisa).
corresponde ao México. Autoria desconhecida. [1507?]. Se julgar conveniente, pedir
2. Em tempos antigos, os recursos tecnológicos disponíveis para o desenvolvimento de
que planejem etapas de uma
pesquisas científicas eram diferentes dos atuais. Com o avanço dos estudos e da tec- investigação que permitisse
nologia, novas descobertas foram feitas, os conhecimentos científicos puderam ser realizar o teste de suas hipó-
aprimorados, e as explicações científicas sobre fenômenos cotidianos foram reformu- teses (por exemplo: como
ladas. Assim, muitas teorias elaboradas em séculos passados podem não ser válidas coletariam os dados? Como
para a comunidade científica atual, mas, naquele contexto histórico e social, elas analisariam esses dados? etc.).
eram amplamente aceitas. Relacione as informações anteriores com o histórico das No exemplo citado, poderiam
explicações científicas sobre a origem dos seres vivos, estudado neste Tema. dizer que preparariam dois ti-
3. No século XVII, o médico belga Jan Baptiste van Helmont (1580-1644) escreveu recei- pos de jarros, sendo um deles
tas para produzir animais vivos. Ele afirmava que, quando se colocava trigo em um completamente vedado com
jarro e se fechava esse jarro com uma camisa suja, um fermento proveniente da tampa e outro com a abertura
camisa, modificado pelo odor dos grãos, transformava o trigo em ratos e que o apenas encoberta com a cami-
tempo de surgimento dos ratos era de aproximadamente 21 dias. sa suja.
a) Que ideia está por trás dessa crença de Helmont, assim como da de outros estudiosos de
sua época? A ideia de geração espontânea de vida.
b) O que afirmava essa hipótese? Cite um exemplo.
c) Levante outra hipótese que explique o surgimento de ratos, considerando a forma com que
Helmont executou o experimento. Resposta pessoal.
3. b) Afirmava que alguns seres vivos podiam surgir espontaneamente de matéria não viva, inanimada.
Por exemplo, larvas de insetos podiam “surgir” sobre corpos em decomposição, de forma espontânea. 155
ATIVIDADES
1. Explicações mitológicas são criações simbóli- ções científicas que, de forma geral, envolvem
cas que se baseiam nos costumes e nas crenças as etapas de: questionamento H levantamen-
do povo que as criou e são transmitidas entre to de hipóteses H coleta e análise de dados H
as diferentes gerações como parte da cultura interpretação de resultados H elaboração de
de cada povo. As investigações científicas, ao conclusões. Conversar com os estudantes so-
contrário, são construídas a partir de evidên- bre a importância de valorizar a cultura de di-
cias e desenvolvidas com base em investiga- ferentes povos, distinguindo-a dos princípios
155
las complexas a partir da com- mórdios do planeta, a atmosfera terrestre se acumulado inicialmente na água de poças
binação de moléculas simples. seria composta de gás metano (CH4), gás hi- à beira do mar, formando aglomerados que,
Contudo, tais resultados não drogênio (H2), gás amônia (NH3) e água, na com o passar do tempo, se transformaram em
confirmam a hipótese levan- forma de vapor ou em gotículas suspensas. estruturas de metabolismo simples, capazes
tada por Oparin e Haldane, já b) A energia de descargas elétricas de tem- de absorver substâncias do ambiente. Da for-
que atualmente se sabe que as pestades, que eram muito frequentes, e a mação das primeiras moléculas orgânicas até
condições primitivas da Terra radiação solar teriam agido sobre os gases da o aparecimento dos primeiros organismos, ou
foram diferentes daquelas ini- atmosfera terrestre primitiva e alterado sua primeiras células, teriam se passado milhões
cialmente propostas por esses composição, permitindo a formação das pri- de anos. Posteriormente, esses organismos se
cientistas. meiras moléculas orgânicas. espalhariam pelos mares primitivos.
156
2
TEMA 1. O bicudo se alimenta de sementes, o
beija-flor-rajado, de néctar, o pica-pau- 2. EVOLUÇÃO DOS
EDUARDO MENEZES/SHUTTERSTOCK.COM
das penas e, conforme destaca-
do, formato dos bicos. Solicitar
que levantem hipóteses sobre
os hábitos alimentares das dife-
80 cm 27 cm rentes aves representadas, con-
siderando os formatos de seus
Águia-cinzenta Pica-pau-de-cabeça-amarela bicos, oportunizando seu en-
(Urubitinga coronata). (Celeus flavescens). volvimento com práticas cientí-
ficas. Registrar as hipóteses dos
LEONARDO MERCON/SHUTTERSTOCK.COM
WILFRED MARISSEN/SHUTTERSTOCK.COM
1 Analise o formato do bico de cada uma das aves apresentadas e associe-o a um desses hábitos alimenta-
res: sementes com envoltório duro, que precisa ser quebrado; néctar escondido no fundo das flores; larvas
de insetos que vivem dentro do tronco de árvores; e carne de animais, que precisa ser cortada e dilacerada.
3 Há uma grande diversidade de formatos de bico entre as aves. Em muitos casos, eles podem ser es-
pecializados na obtenção de determinados alimentos, como exemplificado pelas aves presentes nas
fotografias. Considerando essas informações, duas pessoas elaboraram diferentes explicações para
essa diversidade. Acompanhe.
I. O formato do bico foi se modificando devido ao seu uso contínuo para determinada alimentação
disponível no ambiente.
II. Cada ambiente possibilitou que espécies de aves com características vantajosas sobrevivessem e
se reproduzissem.
O que você achou dessas explicações? Concorda com alguma delas? Ou discorda das duas? Existiria uma
terceira explicação possível? Converse com seus colegas sobre isso.
3. Resposta pessoal. Professor, no momento não é esperado que os estudantes identifiquem qual dessas
explicações é mais aceita atualmente, mas que pensem sobre o assunto e debatam suas ideias. 157
157
158
Essas ideias explicariam, por exemplo, o longo pescoço das exemplo do pescoço das gira-
T T ER
159
VESPÚCIO CARTOGRAFIA
0° OCEANO GLACIAL ÁRTICO
um tempo para a fala do docente Círculo Polar Ártico
convidado. GRÃ-
-BRETANHA
EUROPA
Falmouth
Plymouth
(20-2-1836)
AMÉRICA (10-2-1831)
ÁSIA
DO NORTE AÇORES
OCEANO
Trópico de Câncer ATLÂNTICO
CABO OCEANO
OCEANO VERDE
ÁFRICA PACÍFICO
PACÍFICO ILHAS
Equador GALÁPAGOS OCEANO
0°
ASCENSÃO ÍNDICO ILHAS
AMÉRICA COCOS
TAITI
DO SUL Bahia MADAGASCAR
Trópico de Capricórnio MAURÍCIO OCEANIA
Rio de Janeiro Cidade
Valparaíso do Cabo Sydney
Meridiano de
Fonte dos dados: CHARLES Darwin: 1809-2009: introdução ao estudo da evolução biológica. Universidade Estadual Paulista "Júlio
Mesquita Filho". Assis, 2009. Disponível em: http://www2.assis.unesp.br/darwinnobrasil/evolucao.htm. Acesso em: 11 maio 2022.
Essa viagem, que durou 5 anos, foi muito importante para que
Darwin elaborasse suas ideias evolucionistas, pois ele pôde observar
diferentes ambientes e seus organismos ao redor do mundo, além de
coletar fósseis de animais que o fizeram refletir sobre as semelhanças e
as diferenças entre as espécies encontradas naquela época.
160
160
Geospiza parvula
Certhidea olivasca
[ILUSTRAÇÃO de bicos de diferentes espécies de tentilhões]. In: DARWIN,
Charles. Journal of Researches into the Natural History and Geology of
the Countries Visited During the Voyage of H. M. S. Beagle Round World.
London: John Murray, 1845. p. 379.
161
161
STEVE ALLEN/SHUTTERSTOCK.COM
I. Os seres vivos apresentam alto
na escala evolutiva. É importante
potencial reprodutivo.
que os estudantes compreen-
dam que as espécies ancestrais Em seus estudos, Darwin propôs uma
estão extintas. Neste momento, estimativa do número de descendentes
é possível explicar que os fósseis que poderiam ser gerados a partir de
um casal de elefantes. Assim, calculou
auxiliam na compreensão dessas
que, após 500 anos, o total de descen-
relações evolutivas, sobretudo
dentes desse casal, entre os ainda vivos
quanto à ancestralidade, ante- e os que morreram no período, seria
cipando conteúdos que serão de 15 milhões de elefantes. 3m
apresentados na sequência.
Seleção natural Elefante africano (Loxodonta africana) com filhote.
A apresentação da atuação da
seleção natural sobre as carac- 162
terísticas dos indivíduos de uma
espécie permite a abordagem da
habilidade EF09CI11. afirmações destacadas.
D3-CIE-F2-2104-V9-U5-LA-G24.indd 162 Por exemplo, questionar 17/07/22 10:05 D3-C
162
ção de elefantes, por exemplo, competirá por alimentos. cas estão associadas a genes
presentes nos cromossomos.
3m
Esses genes podem ser trans-
mitidos aos descendentes por
Elefante africano (Loxodonta africana)
coletando frutos para comer. meio dos gametas.
Apesar de Darwin não saber
da existência de genes, o conhe-
III. Os indivíduos de uma população são diferentes entre si. cimento de que os filhos pos-
Alguns indivíduos de uma população podem apresentar características que favoreçam sua suem características dos pais foi
sobrevivência no ambiente, na competição por determinado recurso. Se a sobrevivência de suficiente para a formulação de
um indivíduo é favorecida, ele terá mais chances de se reproduzir, gerando maior número de sua teoria. Se desejar saber mais
descendentes. Como muitas dessas características podem ser passadas aos descendentes, os sobre o assunto, sugere-se a lei-
filhos de indivíduos com características favoráveis à sobrevivência também tendem a sobreviver tura do primeiro texto indicado
e a se reproduzir, gerando novos descendentes, que podem herdar essas características. No caso no #FICA A DICA, Professor.
dos elefantes, digamos que, em uma população, alguns indivíduos tenham uma tromba maior. Ao comentar sobre Wallace,
Se essa característica favorecer sua sobrevivência no ambiente em que vivem, a tendência é
se desejar, fornecer mais in-
que, ao longo dos anos, o número de elefantes com tromba maior aumente nessa população.
formações sobre os trabalhos
que desenvolveu ao longo de
FOUR OAKS/SHUTTERSTOCK.COM
sua vida utilizando o segun-
do texto indicado no #FICA A
DICA, Professor como mate-
rial de referência.
3m
A seleção natural também foi uma das conclusões elaboradas por Wallace em seus estudos
sobre a evolução dos seres vivos. Wallace chegou a enviar um artigo com os principais pontos
de suas conclusões a Darwin, que fez um compilado de ambos os trabalhos e os apresentou à
comunidade científica inglesa no ano de 1858. Contudo, na época, seus trabalhos não obtiveram
reconhecimento. No ano seguinte, em 1859, Darwin publicou suas ideias evolucionistas no livro
A origem das espécies, que despertou polêmicas, provocou debates e revolucionou a Biologia.
163
163
UDOVICHENKO/SHUTTERSTOCK.COM
Darwin e Wallace, mas sem as
Jean-Baptiste de Lamarck Charles Darwin
informações preenchidas. Em
A RT
C R E AT IO N/ S L/ S H U T T E R S T O
H ICA
seguida, solicitar aos estudantes M
OR
PH UT
TE
RS
HI
ST
OR CK
.C
OM
TO
T
ET
CK
ER
.C O
EV
teorias evolutivas diferem em re-
M
lação:
• ao papel do ambiente;
• a como as características são
passadas para as próximas ge-
rações;
• ao surgimento das espécies.
Solicitar que justifiquem suas
Retrato de Jean-Baptiste de Lamarck, Fotografia de Charles Darwin, tirada em
respostas e, depois, pedir que as da obra Universe and Humanity. 1910. 1879.
comparem com as informações Gravura.
Os indivíduos com características
presentes no Livro do estudan O ambiente induz os seres vivos a mais favoráveis a determinada condi-
te. Incentivá-los a corrigi-las, se mudar. Em um ambiente, uma estru- ção ambiental têm mais chances de
necessário. tura do corpo que é muito utilizada sobreviver e de se reproduzir.
Ao discutir o papel do am- tende a se desenvolver, e uma estru- Indivíduos com características
biente nas teorias da evolução, tura que não é muito utilizada tende favoráveis tendem a produzir
destacar que, para Lamarck, a a se atrofiar. número maior de descendentes,
evolução é direcionada a partir As estruturas resultantes do uso os quais podem herdar essas
do ambiente. Ao mesmo tempo, ou desuso são transmitidas para as características.
é importante ficar claro para os próximas gerações. As espécies atuais surgiram de
estudantes que, para Darwin, a espécies ancestrais, que se modifica-
matéria-prima para a evolução é ram ao longo do tempo.
a variação existente entre os indi-
víduos, e a seleção natural seria a
força propulsora. Atualmente, as ideias nas quais a teoria de Lamarck se baseava
Se julgar pertinente, explicar não são aceitas pela comunidade científica. Com o desenvolvimento da
aos estudantes que a seleção Genética, verificou-se, por exemplo, que os caracteres adquiridos por um
natural atualmente é entendida indivíduo não são, em geral, transmitidos aos descendentes.
Em contrapartida, as ideias nas quais as teorias de Darwin se
como um dos fatores envolvidos
baseavam constituem a base da teoria da evolução que é mais aceita
na evolução dos seres vivos, que,
atualmente e ainda recebe contribuições de muitos pesquisadores.
juntamente à mutação, à deriva
genética, à recombinação gênica
e ao fluxo gênico, compõe a teo-
164
ria sintética da evolução.
164
DEAN DROBOT/SHUTTERSTOCK.COM
ELENA BUTINOVA/SHUTTERSTOCK.COM
MARTIN MECNAROWSKI/SHUTTERSTOCK.COM MARIA SPB/SHUTTERSTOCK.COM
25 cm Asa de ave
Asa de um morcego Nadadeira de uma baleia Membro anterior de um gato Braço de um ser humano A comparação dos membros
Elaborado com base em: REECE, Jane B. et al. Biologia de Campbell. 10. ed. Porto Alegre: Artmed, 2015. p. 473. superiores, somada a outras evi-
Representação de estruturas homólogas: membros anteriores do morcego, da baleia, do gato e do ser humano. dências, permite concluir que o
morcego tem um maior grau de
165 parentesco com um gato do que
com um pássaro.
Espécie C Espécie B Espécie A evidências de que as aves se modificaram ao longo do tempo e de que
MIKHAILSH/SHUTTERSTOCK.COM
descendem de determinados répteis ancestrais.
Ancestral comum
Fóssil 3
Genética
D3-CIE-F2-2104-V9-U5-LA-G24.indd 166 Para isso, é medido o tempo médio que uma mu- 17/07/22 10:05 D3-C
Fóssil 6
tação demora para acontecer no trecho de DNA
Fóssil 5 Em algumas situações específicas, em que as
em questão e, em seguida, esse tempo é multi-
taxas de mutações de um trecho de DNA são plicado pela quantidade de diferenças no DNA
semelhantes entre as espécies, os estudos gené- das duas espécies. Essa técnica é chamada de
Fóssil 4
ticos permitem estimar há quanto tempo duas relógio molecular e permite investigar relações
Fóssil 1 espécies se separaram em linhagens diferentes. evolutivas importantes.
Fóssil 2
Ancestral comum
166
KUTTELVASEROVA STUCHELOVA/
SHUTTERSTOCK.COM
3. b) Para Lamarck, as mudan-
ças no bico de cada ave foram de-se dizer que, por viverem
8 cm induzidas pelo ambiente, em um ambiente desprovido
permitindo que se alimentas- de luz, os peixes perderam a
sem do recurso disponível. Para visão por desuso dos olhos −
Darwin e Wallace, indivíduos
que apresentam características no passado, peixes com olhos
favoráveis a certas condições funcionais que viviam no local
ambientais, no caso, os tipos foram deixando de utilizar
de alimento disponíveis, têm esses órgãos, por causa da es-
Peixe-cego (Astyanax fasciatus) encontrado mais chance de sobreviver curidão, os quais foram aos
nas cavernas do México. e produzir descendentes, os
quais podem herdar essas poucos se atrofiando. Por he-
características. rança de caracteres adquiridos,
2. Os ratos da espécie Peromyscus polionotus são encontrados em uma vasta região da essa característica passou aos
América do Norte. Os indivíduos de diferentes populações dessa espécie costumam descendentes ao longo das ge-
exibir coloração de pelagem distinta, geralmente relacionada ao ambiente em que rações. Destacar que essa teoria
vivem. Por exemplo, os ratos que vivem em dunas de areia na região costeira do estado não é mais aceita atualmente.
da Flórida, nos Estados Unidos, exibem pelagem clara. Já os ratos que habitam o interior 2. As populações apresenta-
do estado, onde os solos são argilosos, ou seja, mais escuros, exibem pelagem escura. das nessa atividade corres-
pondem a subespécies. A
HOPI E HOEKSTRA, RACHEL J HIRSCHMANN,
RICHARD A BUNDEY, PAUL A INSEL/HARVARD
UNIVERSITY /UNIVERSITY OF CALIFORNIA
167
SARUNYU L/SHUTTERSTOCK.COM
FRANTIC00/SHUTTERSTOCK.COM
das espécies. Se achar impor-
tante, ressaltar que os fósseis
também podem ser vegetais,
como no caso de troncos fos-
silizados, ou apenas vestígios
de atividade biológica, como
o molde do corpo de algum Esqueleto de protoceratops, um dinossauro que Vestígios de amonites, animais marinhos que
animal. media cerca de 1,8 m de comprimento. viveram na Terra há milhões de anos. Cada concha
tinha cerca de 20 cm de diâmetro.
5. Ao realizar essa atividade, é
importante que os estudantes a) Que tipo de evidência da evolução dos seres vivos as imagens representam? Os fósseis.
entendam que essas duas te- b) Como essa evidência contribui para o estudo da evolução dos seres vivos?
orias não são opostas. Ambas c) Cite outro tipo de evidência que contribui para os estudos de evolução.
foram construídas para expli- 5. Relacione os símbolos romanos com as letras a seguir.
car como as espécies se altera- I. Pressupostos que compõem a teoria evolutiva de Lamarck. I – a; d; e; g.
vam com o tempo, opondo-se, II. Pressupostos que compõem a teoria evolutiva de Darwin. II – b; c; f.
assim, à visão fixista, que con- a) O ambiente induz o ser vivo a mudar suas características.
siderava que os organismos b) Seleção natural.
vivos eram "estáticos". c) Indivíduos com características mais favoráveis a determinada condição ambiental têm maiores
chances de sobreviver.
6. a) O esquema evidencia alte-
d) Uma estrutura que não é usada tende a se atrofiar.
rações na população relacio-
e) Uso e desuso.
nadas à resistência à falta de
f) Espécies atuais surgiram de espécies ancestrais, que se modificaram ao longo do tempo.
água. Os indivíduos mais resis-
g) Herança dos caracteres adquiridos.
tentes, representados em tons
de vermelho, sobreviveram e se 6. Analise a imagem a seguir, que representa uma população que vivenciou um período
de alterações no ambiente relacionadas à escassez de água.
reproduziram, possibilitando o
aumento do número de indiví- População inicial População após População final
EDITORIA DE ARTE
168
ENTRE responsáveis pela resistência aos descendentes. Com isso, cada vez
mais são selecionados indivíduos resistentes, a ponto de os pestici- ENTRE CONTEXTOS
CONTEXTOS das não fazerem mais efeito.
2. À teoria de Darwin e Wallace. A resistência a inseticidas é uma
característica favorável para a sobrevivência das pragas agrícolas
Esta seção possibilita o de-
senvolvimento da competên-
no contexto descrito. Portanto, elas têm maior chance de sobreviver cia específica 3 e da habilidade
e tendem a produzir mais descendentes, ao longo do tempo, que
EF09CI11.
Resistência a inseticidas podem herdar essa característica, ou seja, no futuro poderá existir
uma grande população de pragas resistentes a esses inseticidas. Fazer a leitura do texto em
Atualmente, a produtividade do setor agrícola de diversos países tem sido ameaçada pelo conjunto com os estudantes.
aumento da resistência de pragas agrícolas a inseticidas. Após a leitura, comentar que
o uso de inseticidas e de outros
O aumento da resistência a inseticidas tem dificultado o controle de pragas defensivos agrícolas é cada vez
agrícolas em diferentes partes no mundo. Um dos motivos para o aumento é o uso mais alto no Brasil. Questionar
indiscriminado desses próprios agroquímicos nas lavouras. a turma a respeito dos impac-
[...] tos ambientais que podem ser
“O fator determinante da evolução da resistência de uma praga a um inseticida é provocados pelo uso indevi-
[...] o uso contínuo de um mesmo produto sem a implementação efetiva de estratégias do desses produtos químicos,
de manejo de resistência”, disse Celso Omoto, professor da Escola de Agricultura “Luiz
além do estudado no texto,
de Queiroz” da Universidade de São Paulo (Esalq-USP) [...].
introduzindo o contexto da ati-
“Isso faz com que aumente a proporção de indivíduos resistentes no campo que, ao se
reproduzirem, transmitem os genes responsáveis pela resistência aos seus descendentes vidade 3.
e, gradativamente, a população dessa praga passa a não ADRIANO KIRIHARA/PULSAR IMAGENS Após finalizar o trabalho,
ser controlada eficientemente com o inseticida”, explicou. se desejar, é possível abordar
[...] a seção O Assunto é..., que
ALISSON, Elton. Aumento de resistência de pragas agrícolas a inseticidas apresenta outro exemplo de
ameaça agronegócio. Agência Fapesp. São Paulo, 18 out. 2017. Disponível
em: http://agencia.fapesp.br/aumento-de-resistencia-de-pragas-agricolas-a-
resistência, no caso, de agentes
inseticidas-ameaca-agronegocio/26432/. Acesso em: 12 maio 2022. patogênicos a antibióticos.
3 A busca por alternativas ao uso de inseticidas no controle das pragas agrícolas também é importante
para se evitarem outros impactos ambientais. Forme um grupo com seus colegas e realizem uma
pesquisa sobre isso. Com os resultados de sua pesquisa, elaborem uma apresentação utilizando
mídias digitais. Resposta pessoal.
169
169
OR
fornecer mais informações sobre
AQ
UA
Fóssil vivo
TIC
as atividades econômicas realiza-
BIOL
OGY/CC-BY-SA-3.0
das na região costeira de ambos Imagine você acreditar que um animal já está extinto e, de repente,
os países citados. Essa discussão deparar-se com ele. Essa é a história do celacanto, um peixe que os
pode orientar os estudantes na pesquisadores consideravam extinto e que agora chamam de fóssil vivo!
resolução da atividade 2. Em 1938, Marjorie Courtenay Latimer (1907-2004), curadora e
A apresentação da (re)desco- pesquisadora de vida selvagem do museu East London Museum, na
berta dos celacantos exemplifica África do Sul, foi ao porto para ver o que seu amigo, um capitão de
Fotografia de Marjorie
o fato de os conhecimentos cien- barco pesqueiro, trouxera do mar. Um dos peixes pescados possuía cerca
Courtenay Latimer.
tíficos serem provisórios, contri- de 1,5 metro de comprimento, coloração azul e barbatanas grossas e
encorpadas, características que chamaram sua atenção, pois não sabia ictiológo: profissional
buindo com o desenvolvimento especializado no estudo
da competência específica 1. a qual espécie esse peixe pertencia. Marjorie, então, optou por preser-
de peixes.
Ao fazer a leitura da seção, vá-lo e consultar a opinião de um ictiólogo. Para surpresa de ambos, o
peixe misterioso era um celacanto, que se acreditava
comentar que Marjorie e o icti-
do estudante ocorreram com #FICA A DICA, Professor Para obter mais informações sobre aspectos evolu-
tivos dos celacantos, pode-se acessar:
uma velocidade mais lenta do que Se desejar acessar as cartas trocadas por Marjorie e
o observado em outros seres vi- Smith, acessar o link a seguir. • ANDRADE, Rodrigo de O. Pesquisadores identifi
cam ancestral dos vertebrados de quatro patas. Pes-
vos, provavelmente porque esses • TYSON, Perter. Moment of Discovery. Nova. [S. l.],
quisa Fapesp, São Paulo, 18 abr. 2013. Disponível
peixes vivem em ambientes rela- jan. 2003. Disponível em: https://www.pbs.org/wgbh/
em: https://revistapesquisa.fapesp.br/pesquisadores-
tivamente estáveis. Sobre isso, su- nova/fish/letters.html. Acesso em: 3 ago. 2022.
identificam-ancestral-dos-vertebrados-de-quatro-
gere-se a leitura do texto indicado patas/. Acesso em: 22 jun. 2022.
no #FICA A DICA, Professor.
170
3
3. SURGIMENTO DE TEMA
NOVAS ESPÉCIES
O trabalho com essa temática SURGIMENTO DE
é iniciado com a apresentação
de manchetes que noticiam a
NOVAS ESPÉCIES
descoberta de novas espécies de
animais e plantas pela comunida- Leia as manchetes a seguir.
de científica. Se possível, realizar
uma pesquisa prévia, durante PA U L
O G O N EL
LA
Nova espécie de maracujá
a etapa de planejamento dessa é descoberta na Mata Atlântica
4 cm
aula, por manchetes que pos- Flor da nova
espécie de ‘Maracujita’ é o apelido escolhido para a planta
sam ser mais recentes, buscan- maracujá que já corre risco de extinção
do a constante atualização das descoberta, JANUZZI, Nicolle. Nova espécie de maracujá é descoberta na Mata
informações presentes no Livro Passiflora ita. Atlântica. G1, Campinas, 3 jan. 2022. Disponível em: https://g1.globo.com/
sp/campinas-regiao/terra-da-gente/noticia/2022/01/03/nova-especie-de-
do estudante. Verificar a pos- maracuja-e-descoberta-na-mata-atlantica.ghtml. Acesso em: 12 maio 2022.
sibilidade de imprimir algumas
delas e levar à sala de aula para
IX Y T
ES/PAUL M Primeiro milípede de verdade descoberto:
apresentar aos estudantes. Outra NO
AR
EK
EM /C
espécie possui 1.306 pernas
OL
BY
AG G
- 4.0
Ao longo das atividades 1 e 2, explicar aos es- plares de seres vivos sejam coletados. Quando
tudantes que a catalogação das espécies existen- esses exemplares são analisados, algumas dife-
tes contribui para a compreensão dos diferentes renças entre eles podem ser identificadas. Es-
seres vivos que existem na Terra e a relação entre sas diferenças podem ser evidências para que
eles. No entanto, até o momento, apenas uma pe- os exemplares sejam considerados de espécies
quena parte das espécies existentes foi descrita. distintas daquela à qual se acreditava que per-
Assim, é esperado que novas espécies sejam des- tencessem.
critas todos os anos.
172
173
CRIS ALENCAR
plicar a eles que essas espécies DE PROPORÇÃO.
TRISTAN TAN/SHUTTERSTOCK.COM
ROBHAINER/ISTOCKPHOTO/GETTY IMAGES
ABESELOM ZERIT/SHUTTERSTOCK.COM
DEAN DROBOT/SHUTTERSTOCK.COM
1,5 m
1m
(rádio e ulna, tíbia e fíbula) sepa- 1,3 m
ancestral comum exclusivo entre O polegar opositor é uma característica da maioria dos primatas.
todos os primatas.
Aproveitar essa discussão ini- Além do polegar opositor, grande parte dos prima- SER
GEY
UR
YA
tas se caracteriza por apresentar garras modificadas D NIK
cial para também questionar so- OV
/S
HU
em unhas, ter o sentido da visão bem desen- TT
ER
bre a origem evolutiva dos seres
volvido, ter hábitos arbóreos, ser diurna e
ST
OC
humanos. É possível que alguns
K.
CO
apresentar mãos e pés preênseis, isto é,
M
estudantes respondam que os se- capazes de segurar objetos.
res humanos surgiram dos maca- Em relação ao parentesco entre
cos, o que está equivocado. Caso os primatas, estudos têm indicado
isso ocorra, explicar que os seres que chimpanzés (Pan troglodytes)
humanos e os macacos com- e bonobos (Pan paniscus) são mais
partilham um ancestral comum, próximos dos seres humanos (Homo
que se diversificou, ao longo do sapiens) do que os demais primatas.
tempo, originando diferentes li- Isso significa que os seres humanos, os
nhagens de primatas. Essa expli- chimpanzés e os bonobos teriam um 1,2 m
174
BENTINHO
Homo sapiens
0 a extremidade superior, à sua ex-
tinção.
0,5
Homo Com essas informações, fazer
Paranthropus neanderthalensis
1 robustus a leitura completa da linha do
1,5
Paranthropus boisei
Homo tempo, citando todas as espé-
rudolfensis
Homo erectus cies presentes, sua origem e sua
2 extinção. Chamar a atenção ao
Australopithecus garhi Homo habilis
2,5 fato de que, ao longo da história
Milhões de anos atrás
175
#FICA A DICA, Professor
No link a seguir, há um texto
10:05 ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
D3-CIE-F2-2104-V9-U5-LA-G24.indd 175 na linha do tempo da p. 175 do Livro do estu
17/07/22 10:05 explicativo sobre as principais di-
dante, estão em um grupo taxonômico específi- ferenças na classificação dos seres
Explicar que o ser humano, assim com os oran- humanos e grandes primatas.
co, denominado tribo (grupo entre subfamília e
gotangos, gorilas, bonobos e chimpanzés, per- • ROCHA, Gabriel. Hominídeo
gênero): a tribo Hominini, sendo coletivamente
tencem à família dos Hominidae, cujos membros ou hominínio? Arqueologia
são denominados hominídeos. Em razão da pro- chamados de hominínios. Comentar que o ser
e pré-história. [S. l.], 31 jan.
ximidade evolutiva, os seres humanos, os bono- humano pertence ao gênero Homo e à espécie 2022. Disponível em: https://
bos, os chimpanzés e os gorilas pertencem à sub- Homo sapiens. arqueologiaeprehistoria.
família Homininae, cujos membros são chama- Se desejar, desenhar na lousa o esquema so- com/2022/01/31/hominideo-
bre a classificação dos seres humanos presente ou-homininio-%EF%BF%BC/.
dos hominíneos. Por sua vez, os seres humanos
Acesso em: 29 jun. 2022.
e seus ancestrais mais próximos, representados no link do #FICA A DICA, professor.
175
O
JOHN BAVARO FINE ART/
SCIENCE PHOTO LIBRARY/FOTOARENA
.C
3,6 milhões de anos eram bípedes.
CK
responde ser possível e pedir que
TO
E RS
cite exemplos à turma. Avaliar os
UT T
D AN N Y YE/ SH
exemplos citados e complemen- Réplica do crânio reconstituído de Lucy,
fêmea da espécie Australopithecus
tar com outros. É possível inferir, afarensis. Singapura, 2021.
por exemplo, os hábitos alimen-
tares de uma espécie, a partir da
análise de sua arcada dentária
176
176
177
ATIVIDADES • ATIVIDADES
SUMIKOPHOTO/SHUTTERSTOCK.COM
NÃO ESCREVA
NO LIVRO.
B CHRISTOPHER/ALAMY/FOTOARENA
cola para fornecer mais infor-
mações sobre como se deu a 20 cm
JEMASTOCK/
SHUTTERSTOCK.COM
durante a formação do cânion.
Com o tempo, as populações Esquilo da espécie Ammospermophilus harrisii.
se tornaram espécies distintas.
b) Especiação por isolamento Essas espécies de esquilo são encontradas A B
geográfico. em regiões diferentes do Grand Canyon,
uma formação geológica localizada no Elabore uma hipótese que explique a
2. Espera-se que os estudantes estado do Arizona, nos Estados Unidos. história evolutiva das duas espécies.
mencionem que existia uma No caso, a espécie Ammospermophilus Resposta pessoal.
3. Observe os crânios fósseis a seguir.
população ancestral, que foi leucurus, caracterizada por apresentar
E. R. DEGGINGER/
SCIENCE SOURCE/
FOTOARENA
179
rentes formas contra as bactérias mostrado resistentes aos antibióticos. Os dados a seguir
em nosso organismo. Entre elas, mostram a porcentagem de bactérias resistentes ao
antibiótico ciprofoxacina, usado para tratar infecções no
impedem a síntese da parede ce- sistema urinário de diferentes pacientes.
lular bacteriana, inibem a síntese • De 8,4% a 92,9% para Escherichia coli.
• De 4,1% a 79,4% para Klebsiella pneumoniae.
proteica das bactérias, desorga-
nizam a membrana celular bac-
teriana e interferem diretamente
no metabolismo celular. Fonte dos dados: ANTIMICROBIAL resistance. World Health Organization. Geneva, 17 nov. 2021.
A resistência a antibióticos Disponível em: https://www.who.int/news-room/fact-sheets/detail/antimicrobial-resistance. Acesso em: 24 maio 2022.
racterística funcional inerente sente em outros microrganismos e propagados brana etc. Esses mecanismos bioquímicos irão
à espécie. Além disso, ela pode por transferência gênica horizontal. conferir resistência às bactérias, dependendo do
ser adquirida como fruto de Os mecanismos bioquímicos de resistência a mecanismo de ação dos antibióticos. Por exem-
mutações, que podem ocorrer antibióticos podem ser vários. Algumas bactérias plo, alterar a permeabilidade da membrana é um
durante a multiplicação celular, são capazes de produzir enzimas que degradam mecanismo de resistência aos antibióticos que
ou ser induzida por agentes mu- ou inativam o antibiótico; outras são capazes de penetram a membrana das bactérias. No entan-
tagênicos. Por fim, a resistência modificar o alvo do antibiótico, alterando algum to, algumas espécies de bactérias são resistentes
bacteriana a antibióticos pode componente estrutural celular; outras são ca- a mais de um antibiótico.
ser adquirida pela aquisição de
180
181 AVALIANDO
Durante o desenvolvimento
dos Temas, é possível avaliar os
conhecimentos dos estudantes.
10:06 Comentários sobre as atividades
D3-CIE-F2-2104-V9-U5-LA-G24.indd 181 conscientização de sua comunidade17/07/22no que
10:06
Neste momento, sugerimos uma
se refere à utilização de antibióticos com base avaliação que compreenda os
1. O aparecimento da resistência bacteriana
no tema desta seção. A filmagem pode ser conteúdos presentes em toda a
pode ser acelerado pelo uso inadequado de dos bastidores da atividade, entretanto, caso Unidade 5, ao longo da qual pu-
antibióticos: ou por medicamentos sem o efei- os estudantes desejem apresentar os momen- deram desenvolver e mobilizar as
to desejado ou pelo uso de doses diferentes tos das entrevistas, é necessário a autorização habilidades EF09CI10 e EF09CI11.
das recomendadas pelos médicos. do uso de imagem dos entrevistados. Ver orientações sobre avaliações
na página XLVIII deste Manual do
2. Orientar os estudantes na realização desta ati- É importante que os estudantes não identifi- professor.
vidade. O objetivo é que contribuam para a quem nenhum dos participantes entrevistados.
181
6
Competências
Gerais: 4, 5, 7, 9 e 10
Específicas: 3, 5, 6 e 8
UNIDADE
Habilidades
• EF09CI12
BIODIVERSIDADE
BIODIVERSIDADE
E E
• EF09CI13
Temas contemporâneos
transversais
• Educação ambiental
SUSTENTABILIDADE
SUSTENTABILIDADE
• Educação para o consumo
de raciocínio condizente com a são os impactos ambientais decorrentes da pro- evitando a contaminação e a morte de muitos
resposta esperada, como: Qual dução excessiva de resíduos?, entre outras ques- seres vivos.
é a diferença entre materiais reci- tões. Dessa forma, espera-se que concluam que Essa dinâmica com os estudantes auxilia na
cláveis e materiais reutilizáveis?; reutilizar materiais reduz a produção excessiva identificação dos conhecimentos prévios e possi-
Qual é a diferença entre materiais de resíduos descartados e/ou a possibilidade de bilita diagnosticar diferenças de conhecimentos
biodegradáveis e não biodegra- descarte de forma indevida e de acúmulo no am- na turma, comuns em grandes grupos.
dáveis?; Quais deles contribuem, biente. A utilização de materiais biodegradáveis Após esse momento inicial, solicitar que volun-
de modo geral, com o aumento também reduz o acúmulo de materiais no am- tários façam a leitura do texto em voz alta. Por fim,
significativo de resíduos?; Quais biente, já que serão rapidamente decompostos, realizar as atividades presentes nesta abertura.
182
E em: https://uc.socioambiental.
org/mapa, acesso em: 23 jun.
2022. Caso não existam UCs
na cidade em que a escola se
localiza, pesquisar em outras
cidades do estado.
2. Espera-se que os estudantes
citem ações individuais, como
economizar água; não des-
cartar óleo na pia; descartar
resíduos sólidos corretamente;
não fazer queimadas nem con-
tribuir para que ocorram etc.
3. Neste momento, não é espera-
do que os estudantes conhe-
çam a definição de sustenta-
bilidade, mas que expressem
seus conhecimentos prévios
sobre o assunto. É possível
que eles mencionem que o
material do qual são feitos os
Canudos e copo produ-
objetos é natural, favorecendo
zidos a partir de palha. sua decomposição. Isso não
aconteceria caso os objetos
fossem produzidos de plás-
1 Na região em que você mora, existe alguma área
tico, que pode levar cerca de
ambiental protegida prevista por lei? Converse com 450 anos para se decompor
seus colegas. totalmente. O descarte incor-
reto e o tempo de decompo-
2 De que forma você pode contribuir com a proteção sição dos resíduos causam
da biodiversidade em seu dia a dia?
impactos ambientais, como
3 A fotografia apresenta uma ação sustentável? a poluição do solo e de reser-
Converse sobre isso com um colega. Respostas pessoais. vatórios de água, favorecen-
do desequilíbrios ambientais
e prejudicando a biodiversida-
183 de. Dessa maneira, o exemplo
da fotografia é uma ação sus-
tentável, que, nesse caso, é
10:06 D3-CIE-F2-2104-V9-U6-LA-G24.indd 183 17/07/22 10:06 prevista por meio de leis mu-
nicipais ou estaduais, que pro-
íbem a produção e a comercia-
lização de canudos de plástico.
183
1
1. PRESERVAÇÃO E TEMA
CONSERVAÇÃO DA PRESERVAÇÃO
BIODIVERSIDADE
Ao iniciar o assunto, propor
E CONSERVAÇÃO
outras perguntas para identificar
os conhecimentos prévios dos
DA BIODIVERSIDADE
estudantes a respeito de alguns
assuntos a serem estudados nes-
Observe as imagens a seguir, que mostram alguns componentes da biodiversi-
se tema. Por exemplo, é possível
dade brasileira.
perguntar qual é o entendimento
deles sobre o termo "biodiversi-
dade" e como justificariam a im-
FRANCO BANFI/NATURE/FOTOARENA
portância de protegê-la. É espe-
NICK GARBUTT/NATURE/FOTOARENA
e as relações que estabelecem
ONDREJ PROSICKY/SHUTTERSTOCK.COM
184
DIRK ERCKEN/SHUTTERSTOCK.COM
COULANGES/SHUTTERSTOCK.COM
1. Os estudantes podem, por
exemplo, ressaltar a grande
diversidade de seres vivos pre-
sente no território brasileiro,
além da variedade de paisa-
gens naturais.
2. Espera-se que os estudantes
resgatem os conhecimentos
2m
5 cm
prévios e valorizem a manu-
tenção de paisagens naturais
Boto-cor-de-rosa (Inia geoffrensis) no Rio e dos seres vivos nelas exis-
Rã da família dos dendrobatídeos
(Dendrobates tinctorius) na Amazônia.
Amazonas. tentes. É possível também que
mencionem que a proteção
das paisagens e dos seres vivos
ANDRE DIB/PULSAR IMAGENS
FLAS100/SHUTTERSTOCK.COM
entre outras formas de prote-
ção. Verificar se os estudantes
percebem que alterações cli-
máticas, redução da qualidade
Rio Amônia em vista aérea, em Marechal Thaumaturgo (AC), 2021. do ar, aumento de doenças,
problemas na produção de
1 Ao observar as imagens, quais são suas impressões sobre a biodiversidade alimentos, entre outras ques-
brasileira? Resposta pessoal.
tões, podem estar relaciona-
2 Você considera importante a proteção de paisagens naturais e de seres das direta ou indiretamente
vivos de um local ou de um país? Por que e como isso pode ser feito? Resposta pessoal. à redução da biodiversidade.
Esse assunto será abordado
O Brasil é um dos países com maior biodiversidade do planeta. O posteriormente.
termo biodiversidade ou diversidade biológica refere-se ao conjunto
de seres vivos existentes no planeta ou em determinado ambiente. Esse
conceito considera a diversidade de organismos, incluindo a variabilidade
genética das espécies.
Quando falamos em biodiversidade de um ecossistema, estamos
nos referindo, então, à variabilidade existente entre os seres vivos desse
ecossistema, tanto entre indivíduos da mesma espécie (abundância)
quanto entre seres de espécies diferentes (diversidade).
Os ecossistemas brasileiros abrigam muitas espécies de plantas,
animais e outros organismos, como fungos e microrganismos. Essa biodi-
versidade associada à grande diversidade de paisagens naturais, incluindo
praias, cachoeiras, florestas, rios, lagos, cavernas, montanhas, entre outras,
tornam o Brasil mundialmente reconhecido por suas riquezas naturais.
185
185
descrito no Ampliando.
186
AMPLIANDO
D3-CIE-F2-2104-V9-U6-LA-G24.indd 186 17/07/22 10:06 D3-C
Solicitar que os estudantes formem grupos para a de expor os cartazes na escola, com o objetivo de cons-
elaboração de cartazes sobre o Dia Internacional da cientizar a comunidade escolar sobre a importância de
Biodiversidade (dia 22 de maio). Os cartazes podem ser valorizar e proteger a biodiversidade.
feitos manualmente, utilizando cartolina, lápis de cor, Essa atividade pode ser realizada em conjunto com o
canetinhas hidrocor, tinta e giz de cera, ou digitalmen- docente de Arte. Para isso, consultar previamente sua
te, utilizando programas de edição de imagem disponí- disponibilidade para participar.
veis gratuitamente na internet. Verificar a possibilidade
186
187
SONIA VAZ
centes sobre a quantidade de UCs VENEZUELA Guiana Francesa (FRA)
COLÔMBIA SURINAME
existentes no Brasil. RR
Equador AP 0°
escolar para fazer uma visita com Fonte dos dados: INSTITUTO CHICO MENDES DE CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE. Unidades
os estudantes a uma Unidade de de conservação federais, RPPN, centros de pesquisa e coordenações regionais. Brasília,
DF: ICMBio, 2020. Disponível em: https://www.gov.br/icmbio/pt-br/servicos/geoprocessamento/
Conservação próxima da escola. mapa-tematico-e-dados-geoestatisticos-das-unidades-de-conservacao-federais/copy_of_mapa_
Para isso, realizar uma pesquisa oficial_08_2021_150.pdf. Acesso em: 15 maio 2022.
188
189
190
WOLFGANG DIEDERICH/ALAMY/FOTOARENA
privadas, cujo proprietário assumiu o com- # FICA A DICA O link disponibilizado a seguir
pode ser indicado como sugestão
promisso de conservar a biodiversidade. Nelas Acesse o link disponível em: https://tvbrasil.ebc. de fonte de pesquisa aos estu-
é permitida a entrada para fins de pesquisa com.br/parquesdobrasil, acesso em: 15 maio 2022,
e conheça mais sobre a biodiversidade dos parques
dantes para obterem maiores in-
científica e visitação turística. São as Reservas
nacionais e outras Unidades de Conservação brasi- formações sobre as Unidades de
Particulares de Patrimônio Natural (RPPN).
leiras por meio da série de TV Parques do Brasil. Conservação brasileiras.
• UNIDADES DE CONSERVAÇÃO
endêmico: que só existe em NO BRASIL. [S. l.], [2019?]. Site.
determinada região geográfica. Disponível em: http://uc.socioam
biental.org/pt-br. Acesso em: 23
jun. 2022.
191
10:06
AMPLIANDO
D3-CIE-F2-2104-V9-U6-LA-G24.indd 191 17/07/22 10:06
Solicitar aos estudantes que formem duplas para realizar uma pesqui- A apresentação dessas informações pode ser feita em diferentes formatos.
sa a respeito de uma Unidade de Conservação localizada em qualquer Para incentivar o interesse dos estudantes, uma maneira de apresentá-las é
região brasileira. Para diversificar os exemplos que serão pesquisados, solicitar que elaborem uma publicação de rede social, buscando valorizar a
realizar um sorteio com as categorias de UC entre as duplas. Pedir aos UC pesquisada. A publicação precisa conter diferentes imagens (como foto-
estudantes que pesquisem algumas informações, como localização, área grafias constituídas por algumas informações do local) e uma legenda. A edi-
de abrangência, ano em que foi instituída como UC, categoria de UC à ção das imagens pode ser feita em aplicativos de edição gratuitos que ofere-
qual pertence, objetivo dessa UC, atividades permitidas/realizadas no lo- cem diferentes ferramentas ao usuário, como a inclusão de textos, figuras etc.
cal e outras que julgarem relevantes (uma sugestão de fonte de pesquisa
está indicada no #FICA A DICA, Estudante).
191
2. a) A reportagem informa que a poluição e a degradação ambientais nos manguezais está prejudi-
de abelhas desapareceram. Entre as
cando a flora e a fauna e que o peixe-boi, um mamífero, é um dos animais ameaçados de extinção.
de Proteção Integral são os chamados
competência geral 4 pode ser causas podem estar a destruição dos
monumentos naturais, áreas destinadas
desenvolvida. hábitats pelos seres humanos e o uso
à preservação de lugares únicos (raros),
de agrotóxicos. Considerando o papel
1. A produção agrícola de alimen- desempenhado pelas abelhas no
onde são permitidas visitas turísticas. Um
tos será prejudicada, visto que exemplo é o Monumento Natural das
ambiente como polinizadoras, elabore
grande parte dela depende da Árvores Fossilizadas do Tocantins, que
uma explicação de como sua possível
polinização realizada sobretudo abriga a mais completa floresta fossili-
extinção afetaria a espécie humana.
Resposta nas Orientações para o professor. zada do mundo.
por abelhas. O objetivo dessa
atividade é que os estudantes 2. Leia o trecho da reportagem a seguir.
CARLOS ELLER/FOTOARENA
percebam as relações que se
estabelecem entre diferentes Poluição em manguezais
componentes dos ecossistemas prejudica fauna e flora da Costa
e como as atividades humanas dos Corais, entre AL e PE
podem prejudicá-las, ameaçan- A poluição e degradação ambien-
tal na área de manguezais da maior
do a existência dos seres vivos –
unidade de conservação federal costei-
o que traz consequências,
ro-marinha do Brasil, a Área de Proteção
inclusive, aos próprios seres Ambiental Costa dos Corais (APA), é Monumento Natural das Árvores Fossilizadas
humanos. prejudicial para a fauna e a flora.
do Tocantins, Filadélfia (TO), 2015.
192
VE.STUDIO/SHUTTERSTOCK.COM
de décadas. Os atuais esforços
plantas correm risco de extinção
para conservar os recursos da
Terra devem falhar caso não
dentro de décadas.”). A men-
sejam tomadas ações radicais,
sagem encaminhada afirma a
Pesquisa extinção futura dessas espécies
disseram especialistas das Nações científica.
Unidas [...].
até o ano de 2050 e não cita
NATTANAN ZIA/SHUTTERSTOCK.COM
[...] nenhuma fonte de referência.
O relatório também examinou Essa atividade oportuniza o de-
cinco fatores impulsionadores senvolvimento da competência
de mudanças “sem precedentes” Extração
leitora dos estudantes, uma vez
na biodiversidade e em ecossis- de látex. que precisam identificar fragili-
temas ao longo dos últimos 50 a) Considere que as imagens represen- dades na mensagem enviada
anos. Os impulsionadores foram tem as atividades realizadas em uma pela pessoa. Aproveitar o con-
identificados como: mudanças no Unidade de Conservação. A qual grupo texto para alertar os estudantes
uso da terra e do mar; exploração de Unidades de Conservação elas se sobre a criação e veiculação de
relacionam? Justifique sua resposta. fake news, já que, muitas vezes,
direta de organismos; mudança
b) Que imagem(ns) representa(m) ativida- ocorrem dessa maneira. Orientá-
climática, poluição e invasão de
des que podem ser realizadas em ambos
espécies estrangeiras. os grupos de Unidades de Conservação?
-los a sempre buscar pelas fon-
RELATÓRIO da ONU mostra que 1 milhão Turismo ecológico e pesquisa científica. tes originárias das informações
de espécies de animais e plantas enfrentam
risco de extinção. Canal Saúde: construindo
9. Analise as afirmativas a seguir e corrija veiculadas para checar se são
cidadania. Rio de Janeiro, 8 maio 2019. as falsas. condizentes. Além disso, dizer
Disponível em: https://www.canalsaude.fiocruz. I. As Unidades de Conservação são para verificarem a confiabilidade
br/noticias/noticiaAberta/relatorio-da-onu-
mostra-que-1-milhao-de-especies-de-animais-e-
espaços territoriais, com exceção de das informações, buscando-as
plantas-enfrentam-risco-de-extincao08052019. águas costeiras, que devem ser prote-
Acesso em: 8 jul. 2022. gidos por apresentarem características
em diferentes fontes.
naturais particulares. 8. Se desejar, incentivar os estu-
II. Em Unidades de Conservação de dantes a produzir cartazes com
a) De acordo com a reportagem, quais são Proteção Integral não é permitido
os fatores relacionados ao risco de extin- imagens que representem as
qualquer tipo de interferência humana
ção de espécies nas próximas décadas? sobre os recursos naturais. atividades que podem ser re-
b) Quais consequências podem estar rela- III. Em Unidades de Conservação de Uso alizadas em Unidades de Pro-
cionadas à extinção de espécies? Sustentável não é permitida a instala- teção Integral e Unidades de
c) Considere que uma pessoa, após ler ção de moradias. Uso Sustentável. É possível que
essa reportagem, tenha feito circular a IV. Reservas Biológicas e Parques Nacionais as imagens sejam buscadas na
seguinte mensagem nas redes sociais: são exemplos de Unidades de internet, em revistas e jornais
“Até 2050, mais de um milhão de Conservação de Proteção Integral. ou que sejam produzidas pelos
animais vão desaparecer”. A mensagem V. Florestas Nacionais e Reser vas estudantes.
traz informações corretas? Justifique sua Extrativistas são exemplos de Unidades
resposta utilizando elementos do texto. de Conservação de Uso Sustentável. 9. II, IV e V estão corretas.
Respostas nas Orientações para o professor. Resposta nas Orientações para o professor. I. As Unidades de Conservação
193 são espaços territoriais, incluindo
águas costeiras, que devem ser
protegidos por apresentarem ca-
10:06 seres humanos. A conservação da biodiversidade
D3-CIE-F2-2104-V9-U6-LA-G24.indd 193 climática, poluição e invasão de espécies
17/07/22 10:06
racterísticas naturais particulares.
refere-se ao uso consciente dos recursos natu- estrangeiras. III. Em Unidades de Conservação
rais, de forma planejada e sustentável, com o de Uso Sustentável, é permitida
b) A extinção de espécies pode prejudicar o a instalação de moradias, desde
objetivo de garantir que esses recursos estejam
equilíbrio do ecossistema em que vivem, con- que não representem formas de
disponíveis para futuras gerações. Ao realizar
siderando que suas funções deixarão de ser agressão ao ambiente.
essa atividade, retomar a dinâmica sugerida
desempenhadas. Isso pode prejudicar, dentre
neste Manual do professor para o trabalho
outras funções, as relações alimentares exis-
com os termos conservação e preservação.
tentes no ecossistema. Com isso, também,
7. a) Mudanças no uso da terra e do mar, ex- podem ser extintos bens ou serviços que nós,
ploração direta de organismos, mudança seres humanos, utilizamos diretamente (acesso
193
2
1. Resposta pessoal. Professor, perguntar aos estudantes sobre
2. AÇÕES SUSTENTÁVEIS TEMA as atividades humanas que contribuem para que esses problemas
existam, principalmente em centros urbanos.
Ao iniciar a aula, explorar a
ilustração, que retrata alguns
problemas ambientais encon-
AÇÕES SUSTENTÁVEIS
trados em centros urbanos. Co-
mentar que esses problemas são
Observe a ilustração a seguir, que apresenta alguns problemas
intensificados pela expansão
encontrados em centros urbanos, decorrentes de atividades humanas.
desordenada das cidades e pelos
hábitos de consumo exagerado. 2. Resposta pessoal. AS CORES NÃO IMAGENS FORA
Perguntar aos estudantes que Professor, não é esperado SÃO REAIS. DE PROPORÇÃO.
EBER EVANGELISTA
ficação desses problemas. É pos- urbanos. O objetivo da
questão é incentivar a
sível que citem o desperdício de reflexão sobre os
alimentos, a circulação de veícu- problemas e possíveis
los movidos a combustão interna soluções. Se houver
sistema de coleta
(poluição do ar), o despejo na pia seletiva de lixo no Poluição do ar Desperdício
de óleo de cozinha usado (polui- município ou de alimentos
ção da água), a troca desneces- tratamento de esgoto,
é possível que eles os
sária de aparelhos eletrônicos, mencionem.
como celulares e notebooks (ge-
ração de resíduos) e outras. Com
base nas atitudes citadas, solici-
tar que proponham atitudes para
minimizar os problemas em dis- Poluição da água Produção excessiva
cussão, estimulando-os a exercer de resíduos
sua consciência socioambiental.
Se desejar, é possível trabalhar,
nesse momento, a seção Pense
Bem presente adiante nesta Uni-
dade (páginas 202 e 203). 3. Resposta pessoal.
Possíveis respostas:
Comentários sobre coleta seletiva de Representação de algumas situações que podem ser observadas em centros
resíduos sólidos; imple-
as atividades mentação de programas
urbanos.
de reciclagem de resí-
As atividades 1, 2 e 3 têm ob- duos; saneamento básico 1 Você identifica algum desses problemas no município onde você vive?
jetivo de introduzir o assunto que adequado, incluindo o Quais deles?
será estudado sobre problemas tratamento de esgoto;
locais para descarte de 2 No município onde você vive, existe alguma medida para resolver proble-
ambientais e ações sustentáveis lixo eletrônico; reapro- mas como esses? Qual? Explique.
que podem mitigá-los. Incentivar veitamento de alimentos;
os estudantes a refletir sobre os compostagem para os 3 O que você acha que poderia melhorar no município onde você vive com
resíduos orgânicos; entre relação a problemas como os apresentados na imagem?
papéis executados pelo governo, outras melhorias.
pela sociedade e pelos indivíduos
na resolução desses problemas. 194
194
195
196
MANISHANKAR PATRA/SHUTTERSTOCK.COM
crescimento das plantas, que
melhoram a absorção de água
e nutrientes, potencializando
Embrapa a produção e a resistência a
estresses ambientais.
A Embrapa é uma Ao finalizar esse tópico,
Aspecto de lago eutrofizado, com camada de microrganismos cobrindo a empresa vinculada ao é possível apresentar outros
Ministério da Agricultura,
superfície da água. exemplos de ação sustentável
Pecuária e Abastecimento.
De modo geral, o aumento excessivo de nutrientes em reservatórios Seu principal objetivo é criar
relativa à água. Com relação à
de água está relacionado a atividades humanas, como o uso excessivo um modelo de agricultura sua economia, é possível reali-
de fertilizantes químicos no preparo do solo para o plantio. Essa prática e pecuária eficiente para zar o aproveitamento da água
aumenta a disponibilidade de nutrientes no ambiente que, quando não o Brasil, por meio de ino- das chuvas por meio de cister-
são utilizados totalmente pelas plantas, podem ser carregados com a vações tecnológicas. São nas, que realizam sua captação
água das chuvas para os rios e os lagos. várias unidades espalhadas e filtragem. Um projeto promo-
Uma forma de reduzir os impactos desse problema é utilizar os fer- pelo país, com pesquisas
tilizantes químicos de maneira controlada, realizando uma análise prévia
vido por estudantes da Univer-
voltadas à agropecuária e
do solo. A partir dos resultados dessa análise, o agricultor pode escolher ao meio ambiente.
sidade Federal do Pará (UFPA)
com mais certeza a quantidade e o tipo adequado de fertilizante, evitando possibilita o reaproveitamento
o desperdício e a contaminação dos corpos-d´água. de água das chuvas para uso
Outra maneira é a melhoria da eficiência de um processo natural doméstico por meio de cister-
TOMASZ KLEJDYSZ/SHUTTERSTOCK.COM
197
GABRIEL CABRAL/FOLHAPRESS
combina diferentes sistemas produtivos em
água com alto teor de sais mine- uma mesma área, no caso, o plantio agrícola
rais. Altos níveis de sais no solo (lavoura), o plantio de pasto (pecuária) e o
podem ser prejudiciais ao desen- plantio de árvores (floresta). Isso otimiza o uso
volvimento de algumas espécies do solo, aumentando sua produtividade sem
de plantas, comprometendo a comprometê-lo. A estratégia ILPF tem sido
produtividade agrícola. adotada em diversos estados brasileiros, como
Após apresentar formas de Mato Grosso do Sul (MS), Mato Grosso (MT),
Minas Gerais (MG) e Rio Grande do Sul (RS).
evitar a degradação do solo, reto-
Outra forma de reduzir a degradação do
mar as técnicas de manutenção solo é utilizar agrotóxicos de forma consciente
do solo apresentadas em anos e, quando possível, evitar seu uso. Uma alter-
anteriores, como a rotação de nativa aos agrotóxicos é o uso de predadores
culturas (alternância das plantas naturais no combate de pragas agrícolas. Ao se
cultivadas em um local ao longo alimentarem, os predadores, que não causam
do ano) e o plantio direto (plantio danos às plantas, regulam o crescimento da
diretamente sobre os restos da população de pragas, ao que se denomina
colheita anterior). controle biológico.
1,5 m
Propriedade que utiliza a estratégia de
Integração Lavoura-Pecuária-Floresta
(ILPF) em Esperança Nova (PR), 2017.
198
198
SHUTTERSTOCK.COM
JMAUROGSANTOS/
portes) é o maior causador de
poluição atmosférica. Também
destacar sua expressiva relação
Área verde em centro urbano de Joinville (SC), 2021. com as mudanças climáticas.
A questão do ar Nesse sentido, o combate
Outro problema mundial decorrente de ações humanas é a à poluição do ar no planeta
poluição do ar. Entre as principais causas da poluição do ar estão as precisa envolver uma tomada
queimadas e o uso de combustíveis fósseis, como gasolina e óleo diesel, de ações que reduzam a utili-
ambos refinados do petróleo, por indústrias e veículos. A poluição do ar zação de combustíveis fósseis.
é prejudicial para os seres vivos, podendo causar doenças e comprometer Uma delas, em nível global, é o
a qualidade de vida. investimento em fontes reno-
Existem diversas ações sustentáveis que podem ser tomadas para váveis de energia pelos países
reduzir a poluição atmosférica, como o incentivo ao uso de fontes de ao redor do mundo. Aproveitar
energia renováveis, a instalação de filtros em escapamentos de veícu-
para relembrar que o Brasil é o
los e em chaminés de indústrias, o incentivo ao uso dos biocombustíveis
país que possui matriz energé-
e de meios de transporte alternativos aos veículos automotores, a
fiscalização e a proibição das queimadas, a proteção de áreas flo-
tica mais renovável do mundo.
restais, a criação de áreas verdes nas cidades, entre outras. Em nível individual, a redução
Um exemplo de ação sustentável para reduzir a poluição do ar é a da circulação de automóveis
criação dos ônibus híbridos, que possuem dois motores: um elétrico e movidos a combustão é uma
outro movido a diesel. Em alguns modelos, quando o ônibus freia ou se ação que os estudantes podem
mantém em velocidades baixas, o motor a diesel é desligado e apenas o entender como possível e pró-
motor elétrico sustenta o ônibus em funcionamento, evitando a libera- xima a eles. Uma atividade in-
ção de gases poluentes. Quando o ônibus atinge velocidades maiores do dicada no Ampliando propõe
que 20 km/h, os dois motores passam a operar juntos. Esse um trabalho com essa ação.
sistema possibilita a economia de combustível
e reduz a emissão de gases poluentes.
RODOLFO BUHRER/LA IMAGEM/FOTOARENA
199
10:07 AMPLIANDO
D3-CIE-F2-2104-V9-U6-LA-G24.indd 199 17/07/22 10:07
Solicitar que os estudantes formem grupos e produ- ao uso de transportes coletivos, sistemas de carona,
zam um panfleto informativo para conscientizar seus caminhadas etc. A confecção do panfleto pode ser
familiares e os demais membros da comunidade esco- feita utilizando ferramentas digitais e compartilhado
lar sobre os problemas relacionados ao uso de meios por meio das redes sociais da escola. Outra possibili-
de transporte que utilizam combustíveis fósseis. No dade é produzi-lo à mão e o distribuir pessoalmente
panfleto, eles devem apresentar propostas para a re- aos membros da comunidade.
dução do uso desses automóveis, como o incentivo
199
ALPA PROD/SHUTTERSTOCK.COM
O documentário indicado a se-
guir destaca os impactos decor-
rentes do descarte inadequado
dos resíduos produzidos em todo
o mundo, considerando conse-
quências ao meio ambiente e à
saúde da população. Se julgar
pertinente, apresentá-lo aos estu-
dantes e levantar uma discussão
sobre o assunto.
• TRASHED: para onde vai nosso
lixo. Direção: Candida Brady.
Reino Unido: Blenheim Films,
2012. DVD (97min).
#FICA A DICA, Professor Algumas ONGs recebem computadores quebrados, que são reciclados ou
Para saber mais sobre o ILZB, re- reaproveitados.
comenda-se o site a seguir.
• INSTITUTO LIXO ZERO BRASIL. 200
[S. l.], [2019?]. Site. Disponível
em: https://ilzb.org/. Acesso em:
23 jun. 2022. D3-CIE-F2-2104-V9-U6-LA-G24.indd 200 17/07/22 10:07 D3-C
200
201
nas, para levar e buscar os es- dos de um adulto responsável. possibilidade de construir uma composteira,
tudantes na escola, levando-os • Orientar os estudantes a levar suas próprias ca- utilizando-a como local para destinação de re-
à conscientização de que um necas reutilizáveis à escola para beber água, em síduos orgânicos produzidos na escola, como
veículo circulando polui menos vez de utilizarem copos descartáveis. cascas de frutas e restos de alimentos. O adubo
do que dois ou três. • Orientar os estudantes a evitar o desperdício produzido pode ser utilizado na horta da escola
de comida, incentivando-os a pegar somente a (caso exista) ou doado a pequenos agricultores
• Incentivar os estudantes que
quantidade necessária de alimentos para suprir da comunidade.
moram perto da escola a fazer o
trajeto a pé ou de bicicleta. Eles a sua fome durante as refeições, evitando que
podem combinar um ponto de sobras sejam descartadas no lixo.
202
3 Com base nas ações relacionadas, faça uma autoanálise e crie um quadro com duas colunas
para registrar as ações que você pratica e as que não pratica. Em seguida, elabore estratégias
para incluir em seu cotidiano as que ainda não pratica.
Resposta pessoal. Professor, auxiliar os estudantes na autoanálise e na elaboração das estratégias.
203
203
DANIEL CYMBALISTA/FOTOARENA
A
Tal tarefa não é fácil, pois o atual
2. O objetivo da questão é fazer
sistema de produção e consumo utili-
os estudantes refletirem que,
za-se de vários métodos de indução ao
para alcançar o desenvolvimento
consumo, principalmente dos veículos
sustentável, é preciso fazer uso
de comunicação. [...]
consciente dos recursos naturais, Por meio de gestos simples podemos
o que não acontece quando o fazer a diferença em nosso dia a dia, como
consumo é exagerado. Espera-se por exemplo observar o uso sustentável
que eles percebam a necessidade dos recursos naturais, além da escolha
de ser alterada a maioria dos mo- de empresas que atribuem a função de
São Paulo (SP), 2020.
delos de produção e consumo. responsabilidade socioambiental.
Aproveitar a oportunidade e pedir Desta forma o consumidor respon-
205
206
ALLMAPS
40° O
mesma lei ambiental que instituiu
lução dos seres vivos. Destacar
o Sistema Nacional de Unidades de
que genótipos mais variados
Conservação (SNUC). Isso quer dizer
permitem que as chances de
que eles são unidades de proteção
da biodiversidade. Alguns dos cor-
sobrevivência de determinada
redores biológicos brasileiros são:
BA espécie, em caso de uma altera-
corredores Norte, Central, Leste ção ambiental, sejam maiores.
e Oeste da Amazônia, Corredor 4. Uma sugestão de fonte de pes-
Central da Mata Atlântica, Corredor quisa para auxiliar os estudantes
da Serra do Mar, Corredor Araguaia-
na realização desta atividade
-Bananal, Corredor do Cerrado e o
é o site Unidades de Conser-
Corredor Cerrado-Pantanal.
O Corredor Central da Mata
vação no Brasil, vinculado
Atlântica se estende do Espírito
OCEANO ao Instituto Socioambiental.
ATLÂNTICO
Santo até o sul da Bahia. Ele apre- Disponível em: https://uc.so
senta extrema riqueza biológica e MG
cioambiental.org/mapa. Aces-
abriga muitas espécies ameaçadas so em: 23 jun. 2022.
de extinção e de distribuição res-
5. Se possível, organizar uma vi-
trita, isto é, que ocupam pequenos
sita a um local que tenha um
espaços territoriais específicos.
ES corredor ecológico. Solicitar
20° S
aos estudantes que levem um
Fonte dos dados: BRASIL. Ministério do Meio celular para tirar fotografias e
Ambiente. Série corredores ecológicos: 12 anos realizar filmagens para a pro-
de trabalho pela conservação da biodiversidade
nacional. Brasília, DF: MMA, 2015. p. 13. Minicorredor ecológico terrestre dução do vídeo.
Disponível em: https://www.terrabrasilis.org. Corredor Rio Doce
0 72
br/ecotecadigital/images/abook/pdf/2016/abril/ RJ Corredor central da Mata Atlântica
Abr.16.28.pdf. Acesso em: 16 maio 2022.
2. Os corredores ecológicos possibilitam a troca de material genético entre
• Atividades NÃO ESCREVA
NO LIVRO.
diferentes populações de uma espécie, garantindo a variabilidade genética,
que tem um papel fundamental na evolução das espécies.
1 O que são os corredores ecológicos? 3. Os corredores ecológicos possibilitam a mobilidade da fauna de um local
para outro, aumentando a disponibilidade de alimento e de abrigos, além de
2 Qual é a importância dos corredores ecológicos para a evolução das espécies? possibilitar maior variabilidade
genética e proteger espécies de distribui-
3 Como os corredores ecológicos ajudam a proteger a biodiversidade? ção restrita e ameaçadas de extinção.
4 Corredores ecológicos podem ligar Unidades de Conservação. Elabore um mapa de seu estado
com os principais corredores ecológicos e/ou Unidades de Conservação presentes nele. Escreva
um texto sobre os impactos de sua criação para a região. Resposta pessoal.
5 Reúna-se com seus colegas e pesquisem o corredor ecológico mais próximo da região onde
vocês moram. Pode ser que o corredor ecológico seja uma grande área ou esteja em alguma
propriedade rural, ligando fragmentos de mata. Levantem informações sobre os animais que
usualmente se encontram nessa área, bem como a localização e o tamanho do corredor sele-
cionado por vocês. Façam um vídeo no formato de documentário e apresentem-no aos colegas.
Resposta pessoal.
207
207
existência.
Com relação à poluição das B RESÍDUOS
RESÍDUOS
RESÍDUOS
SÓLIDOS
SÓLIDOS
SÓLIDOS
águas pelo despejo de esgoto em toneladas
em
empor
toneladas
toneladas
ano (2021)
por
porano
ano(2021)
(2021)
sem tratamento em corpos-
-d’água, retomar a eutrofização,
apresentada anteriormente nes-
11 651
ta Unidade. Explicar que o des- Disposição Disposição
final 45
Disposiçãofinal802 44845
final 45802
30
802
277
448
448
39030
30277
277390
390
Disposição Disposição
final
Disposiçãofinal
final
pejo aumenta a oferta de maté- adequada adequada
adequada(60,2%) (60,2%)
(60,2%)
(39,8%) (39,8%)
(39,8%)inadequada inadequada
inadequada
em aterros sanitários, em aterros PANORAMA dos resíduos sólidos no Brasil 2021. Abrelpe. São Paulo, 2021. Disponível em: https://abrelpe.org.br/panorama/.
INSTITUTO CHICO MENDES DE CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE. Livro vermelho da fauna brasileira ameaçada de extinção.
controlados e em lixões a céu Brasília, DF: ICMBio: MMA, 2018. v. 1. Disponível em: https://www.gov.br/icmbio/pt-br/centrais-de-conteudo/publicacoes/publicacoes-
diversas/livro_vermelho_2018_vol1.pdf
aberto, mas apenas os aterros BRASIL. Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais. Estimativa de desmatamento por corte raso na Amazônia Legal para 2021 é
sanitários tratam os resíduos de de 13.235 km2 Prodes. São José dos Campos: Inpe, 2021. Disponível em: https://www.gov.br/inpe/pt-br/assuntos/divulgacao-de-dados-
prodes.pdf/view. Acessos em: 16 maio 2022.
forma adequada. Se necessário,
utilizar o material indicado no 208
#FICA A DICA, Professor para
obter mais informações acerca
do assunto. Como os recursos são
D3-CIE-F2-2104-V9-U6-LA-G24.indd 208 limitados, os indivíduos pode provocar a morte dos seres vivos recém- 17/07/22 10:07 D3-C
Sobre o desmatamento, ex- recém-chegados aos novos ambientes competi- -chegados, levando à sua extinção nesse local).
plicar que ele ocasiona a des- rão com aqueles que já os ocupavam, podendo Sobre as causas de ameaças para espécies ter-
truição do hábitat de diversos ter vantagens sobre eles (o que pode provocar restres e aquáticas, pode-se mencionar que elas
seres vivos, forçando-os a se a redução populacional das espécies que já ocu- estão relacionadas principalmente à destruição
deslocar para outros ambientes. pavam esse ambiente) ou desvantagens (o que de hábitats ou à remoção direta da natureza.
208
Número de espécies
Número de espécies
Número de espécies
500 500
500 PELAS PRINCIPAIS
PELASPRINCIPAIS
PELAS PRINCIPAIS
CAUSASCAUSAS
CAUSAS
DE AMEAÇAS
DEAMEAÇAS
DE AMEAÇAS 2. Comparar as respostas dos es-
400 400
400
313 313
313
300 300
300 tudantes com os resultados da
191 162191
191 162
162
200 200
200 147 147
135147 135
135
123 123
111123 111
111 pesquisa: em 2º lugar os brasilei-
100 100
100
0 00 ros citaram a poluição das águas,
Agro- Expansão
Agro- Produção
Agro- ExpansãoPoluição
Expansão Produção Caça/
Produção Poluição
Poluição Queimadas
Caça/ Mineração
Caça/ Queimadas
Queimadas Turismo
Mineração Turismo
Mineração Turismo
pecuária urbana
pecuária
pecuária de energia
urbana dede
urbana energia
energia Captura Captura
Captura desorde- desorde-
desorde- com 26%; em 3º lugar, empata-
nado nado
nado
dos, estão a caça e a pesca ilegais
ESPÉCIES
ESPÉCIES
ANIMAISANIMAIS
E ESPÉCIES ANIMAIS
MARÍTIMAS
MARÍTIMAS
AFETADAS
MARÍTIMAS AFETADAS
AFETADAS e as mudanças climáticas, com
Número de espécies
Número de espécies
Número de espécies
140 140
140
121 120 121
121
120
100
120
100
100
PELAS PRINCIPAIS
PELASPRINCIPAIS
PELAS PRINCIPAIS
CAUSASCAUSAS
CAUSAS
DE AMEAÇAS
DEAMEAÇAS
DE AMEAÇAS 16%. A construção de hidrelé-
80
60
8080
6060
60 6060 tricas, rodovias e portos ocupa
40 4040 31 3131
23 2323
21 162121 1616
14 1414
o 4º lugar, com 15%. Apresen-
20 2020
0 00 tar esses dados e promover uma
Pesca/ Poluição
Pesca/ Transportes
Pesca/ Poluição Transportes
Poluição Expansão
Transportes Expansão
Turismo
Expansão Espécies
Turismo Mineração
Turismo Espécies Mineração
Espécies Mineração
Captura Captura
Captura urbana desordenado
urbana desordenado
urbana desordenado
exóticas exóticas
exóticas conversa sobre eles.
3. Espera-se que os estudantes
montem uma apresentação
DESMATAMENTO
C DESMATAMENTO
DESMATAMENTO
DA AMAZÔNIA
DA
DAAMAZÔNIA
AMAZÔNIA destacando que a agropecuá-
em km2 em
emkm
km2 2
ria é responsável pela produção
13 235 1313235
235
12 911 1212911
911 (estimativa) (estimativa)
(estimativa) de alimentos, gera milhões de
11 651 1111651
651
empregos, é fonte de matéria-
10 851 1010851
851 -prima para grande quantidade
10 129 1010129
129
de produtos, entre outros as-
pectos. A agropecuária no Brasil
ALEX ARGOZINO
7 893 7 7893
893
7 464 7 7464
464 7 536 7 7536
536
7 000 7 7000
6 418
000
6 6418
418
6 947 6 6947
947 ocupa grandes extensões terri-
6891
207 6 6207
207
5 891 5 5891 toriais, gerando desmatamento
4 571 5571
012
4 4571 5 5012
012
e, portanto, destruição da bio-
diversidade. Quanto à redução
dos impactos, é possível que
2007 20082007
2007
20092008
2008
20102009
2009
20112010
2010
20122011
2011
20132012
2012
20142013
2013
20152014
2014
20162015
2015
20172016
2016
20182017
2017
20192018
2018
20202019
2019
20212020
2020 2021
2021
citem a estratégia da integração
lavoura-pecuária-floresta (ILPF),
• Atividades NÃO ESCREVA
NO LIVRO.
ou que pesquisem outras técni-
cas ou tecnologias que, de ma-
1 Entre os dados A, B e C, qual possui maior relação com as informações apresentadas em D? neira geral, permitam o aumen-
E com as informações em E? Explique. 2. Resposta pessoal. to da produtividade sem neces-
2 Segundo pesquisa encomendada pela organização internacional Fundo Mundial para a Natureza (WWF) sariamente aumentar o espaço
em 2018, 27% dos brasileiros consideram o desmatamento a principal ameaça ao ambiente. Você con- de cultivo/pastagem.
corda? Cite outros dois problemas que, para você, estão entre as maiores ameaças ao ambiente.
4. Em um ecossistema, as relações
3 Os dados apresentados em D indicam que a agropecuária é o maior fator de ameaça para as
que se estabelecem entre os
espécies de animais terrestres. Entretanto, essa área é fundamental para a economia do país.
Forme um grupo com seus colegas, façam uma pesquisa na internet e montem uma apresentação seres vivos e entre eles e os re-
que explique a importância da agropecuária para o país, como essa atividade ameaça espécies cursos abióticos são diversas e
nativas e como seria possível a redução de seus impactos na biodiversidade. Resposta pessoal. complexas. A alteração de uma
4 Forme um grupo com dois colegas e respondam: manter áreas naturais protegidas por lei, onde dessas relações pode implicar a
seja proibida ou controlada a retirada de qualquer recurso, contribui para a manutenção da bio- alteração de outras, compro-
diversidade? Elaborem um texto argumentativo que justifique sua resposta. Resposta pessoal. metendo a sobrevivência de
uma ou mais populações de
seres vivos. Assim, pode-se di-
209 zer que a existência e o manejo
adequado de áreas protegidas
por leis contribuem para a ma-
AVALIANDO
10:07 D3-CIE-F2-2104-V9-U6-LA-G24.indd 209
#FICA A DICA, Professor 17/07/22 10:07 nutenção da biodiversidade.
Durante o desenvolvimento dos Te-
Essa atividade incentiva o exer-
A reportagem presente no link a seguir detalha as possibili- mas, é possível avaliar os conhecimen-
cício da argumentação, contri-
dades de descarte dos resíduos sólidos produzidos no Paraná, tos dos estudantes. Neste momento,
as quais são similares a boa parte dos estados brasileiros. sugerimos uma avaliação que compre-
buindo com o desenvolvimento
enda os conteúdos presentes em toda da competência geral 7 e da
• GIMENES, Erick; HISING, Ederson. Aterros sanitários, aterros
a Unidade 6, ao longo da qual puderam competência específica 5, do
controlados e lixões: entenda o destino do lixo no Paraná.
desenvolver e mobilizar as habilidades diálogo e da cooperação, opor-
G1, Paraná, 1 ago. 2017. Disponível em: https://g1.globo.
com/pr/parana/noticia/aterros-sanitarios-aterros-controla EF09CI12 e EF09CI13. Ver orientações tunizando o desenvolvimento
dos-e-lixoes-entenda-o-destino-do-lixo-no-parana.ghtml. sobre avaliações na página XLVIII deste da competência geral 9.
Acesso em: 23 jun. 2022. Manual do professor.
209
7
Competências
Gerais: 1, 2, 3, 4 e 5
Específicas: 1, 3, 4 e 6
UNIDADE
Habilidades
• EF09CI14
• EF09CI17
211
1
1. A ASTRONOMIA TEMA
Ao comentar sobre o cometa
Leonard, perguntar aos estudan-
tes se eles se lembram de terem A ASTRONOMIA
observado a passagem do co-
meta no céu, ao final de 2021. É Em 2021, o cometa Leonard passou próximo à Terra e pôde ser
possível que alguns estudantes observado a olho nu, iluminando o céu em diversos lugares do mundo,
tenham vivenciado esse evento. incluindo o Brasil.
Nesse caso, solicitar que compar-
tilhem o momento com seus cole-
212
de Desenvolvimento Científico e
Tecnológico (CNPq).
• BRASIL. Governo Federal. Tabe-
la de áreas do conhecimento.
Brasília, DF: Conselho Nacional
de Desenvolvimento Científico e
Tecnológico, [2019?]. Disponível
em: http://lattes.cnpq.br/docu
213 ments/11871/24930/TabeladeA
reasdoConhecimento.pdf/d192f
f6b-3e0a-4074-a74d-c280521b
23:52 D3-CIE-F2-2104-V9-U7-LA-G24.indd 213 17/07/22 10:07 d5f7. Acesso em: 25 jun. 2022.
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS organizá-la em campos de menor abrangência. Se O vídeo no link a seguir apre-
achar importante, é possível apresentá-los. Para senta uma conferência sobre a
Ao apresentar a Astronomia como Ciência, isso, utilizar o material indicado no #FICA A DICA, etnoastronomia promovida pela
pedir aos estudantes que citem diferentes áreas Sociedade Brasileira de Física.
Professor.
de atuação científica. É possível que apontem as Aproveitar o contexto para questionar os es- • ETNOASTRONOMIA. 2021. Ví-
grandes áreas do conhecimento. Então, explicar tudantes sobre as áreas de que mais gostam de deo (113min). Publicado pelo ca-
que a Ciência tem o objetivo comum de compre- nal Debate Consciência. Dispo-
estudar. Se julgar oportuno, conversar sobre as
nível em: https://www.youtube.
ender o Universo e os fenômenos naturais, mas, carreiras profissionais que pretendem seguir. Na com/watch?v=Dr-xTSl3gAE.
para facilitar a sua compreensão, costuma-se idade escolar em que se encontram, é possível Acesso em: 4 jul. 2022.
213
LÁPIS13B
mais sobre o assunto, acessar o AS CORES NÃO
SÃO REAIS.
Terra Mercúrio
link indicado no #FICA A DICA, IMAGENS FORA
Professor. DE PROPORÇÃO.
ocaso dessa estrela. Assim, foi Representação do modelo planetário geocêntrico proposto por Aristóteles.
proposto que, enquanto os ou-
tros planetas giravam em torno 214
da Terra, Mercúrio e Vênus orbi-
tavam em torno do Sol.
Aproveitar para ressaltar o D3-CIE-F2-2104-V9-U7-LA-G24.indd 214 17/07/22 10:07 D3-C
#FICA A DICA, Professor
caráter de constante constru-
ção da Ciência, em que teorias Para saber mais sobre o modelo de Ptolomeu,
e leis podem ser confirmadas ou acessar:
reformuladas a partir de dados • OLIVEIRA FILHO, Kepler de Souza; SARAIVA, Ma-
obtidos por novos e mais com- ria de Fátima Oliveira. Movimento dos planetas.
pletos estudos. Departamento de Astronomia do Instituto
de Física da UFRGS. Porto Alegre, 21 ago. 2006.
Disponível em: http://astro.if.ufrgs.br/p1/p1.htm.
Acesso em: 25 jun. 2022.
214
215
215
SELMA CAPARROZ
SELMA CAPARROZ
respeito dos modelos cosmoló- Mercúrio
gicos apresentados. Caso sejam Terra
Sol
identificados equívocos concei-
Sol
tuais, retomar a apresentação
deste conteúdo utilizando dife- AS CORES NÃO Júpiter Júpiter
SÃO REAIS.
rentes abordagens.
IMAGENS FORA
2. Essa atividade permite que DE PROPORÇÃO.
os estudantes entendam a
Representação dos modelos planetários. 1. a) A ilustração A representa o
Ciência como um empreendi- modelo geocêntrico e a ilustração
mento humano, ao destacar a) Que modelos estão representados nessas imagens? B, o modelo heliocêntrico.
as contribuições de Galileu b) Qual é a diferença entre eles? Qual desses modelos é atualmente aceito no meio científico?
Galilei à Astronomia. Dessa 2. As ilustrações a seguir foram feitas por Galileu Galilei em 1609 e publicadas em seu livro
forma, oportuniza-se o desen- Sidereus Nuncius (Mensageiro das estrelas), em março de 1610.
volvimento da competência
2. a) Galileu fez as 2. b) Professor,
ILUSTRAÇÕES: SCIENCE PHOTO LIBRARY/FOTOARENA
específica 1.
imagens utilizando um espera-se que os
telescópio/uma luneta. estudantes comentem
b) Ao realizar essa atividade, que os telescópios
destacar que as fases da Lua se possibilitam fazer
observações mais
apresentam como Galileu as nítidas e precisas do
observou do Hemisfério Norte. Universo e ter mais
Retomar informações de anos informações sobre
estruturas, fenôme-
anteriores sobre a as fases da nos e movimentos
Ilustrações da Lua em quarto crescente (esquerda)
Lua e questionar os estudantes e quarto minguante (direita) feitas por Galileu Galilei. dos astros.
como elas poderiam ser ilus-
tradas se Galileu as tivesse ob- a) Se você olhar para a Lua no céu nas fases descritas na legenda, não é possível observar alguns
dos detalhes desenhados. Para fazer essas observações, que instrumento Galileu Galilei utilizou?
servado do hemisfério Sul, do
Brasil, por exemplo. Comentar b) Qual é a importância do instrumento utilizado por Galileu Galilei para fazer essas observações?
também que a rotação da Lua 3. Na época em que o modelo heliocêntrico proposto por Nicolau Copérnico foi divulgado,
e a sua translação ao redor da houve grandes manifestações na sociedade contrárias a esse modelo. Com um colega,
Terra possuem a mesma du- façam uma pesquisa sobre o que ocorreu nesse momento da história da Ciência e da
ração, de, aproximadamente, humanidade e sobre os motivos que levaram a essa negação do modelo heliocêntrico.
27 dias. Por esse motivo, a Professor, espera-se que os estudantes encontrem em sua pesquisa que o modelo geocêntrico estava
associado à idealização do ser humano como o centro do Universo. Tirar o planeta dessa posição
Lua sempre está com a mesma 216 significava um conflito do ser humano com sua própria criação.
face voltada para a Terra.
3. Essa atividade possibilita o de-
senvolvimento da competên- Por exemplo, na época, acreditava-se que, as-
D3-CIE-F2-2104-V9-U7-LA-G24.indd 216 por anos, passaram a ser contestadas por testes 17/07/22 10:07 D3-C
cia específica 1. O modelo sim como sentimos o movimento de um veí- empíricos e por observação, e algumas ruptu-
geocêntrico foi proposto na culo quando estamos dentro dele ou quando ras ocorreram, como a do modelo geocêntrico.
Antiguidade Grega e, devido estamos andando a cavalo, deveríamos sentir o Mesmo não sendo aceito de imediato e enfren-
à grande influência dessa civi- movimento da Terra, caso ela estivesse em mo- tando resistência da sociedade, novos testes e
lização, várias ideias propostas vimento. Com a chegada da Idade Moderna, as observações apoiaram o modelo de que a Terra
eram até então incontestáveis. proposições científicas feitas até então, aceitas estaria em um sistema heliocêntrico.
216
MAXIMILIAN LASCHON/SHUTTERSTOCK.COM
Universo.
a) Espera-se que os estudantes
c) Modelo proposto por Ptolomeu.
relacionem a importância do
d) Modelo proposto por Nicolau Copérnico.
desenvolvimento da tecnolo-
e) Várias contribuições foram importantes
gia para a Ciência e vice-versa,
para a aceitação desse modelo, como as
observações astronômicas feitas com o possibilitando a ampliação dos
auxílio de um telescópio. conhecimentos da atualidade.
f) Esse modelo foi proposto na Antiguidade Além disso, o desenvolvimen-
e se manteve aceito por muitos anos. to de ambas é importante para
a sociedade, em suas diversas
7. A tecnologia possibilitou aos seres dimensões (social, política,
humanos ampliar seus conhecimentos a econômica etc.).
respeito do Universo. Com o desenvolvi- Primeira imagem de um buraco negro, feita em
mento de instrumentos de observação 2019, por meio de telescópios em órbita na Terra. b) O objetivo da atividade é que
astronômica de alcance cada vez maior, os estudantes entrem em con-
muitas dúvidas sobre a estrutura do a) Com base nas informações apresentadas
e em seus conhecimentos, elabore um tato com descobertas recentes
Universo foram sanadas, assim como
texto que relacione os termos: Ciência, importantes na área da Astro-
muitas outras surgiram, deixando
tecnologia e sociedade. nomia que foram possíveis por
lacunas que instigam a curiosidade e
incentivam a busca por respostas.
b) Realize uma pesquisa em sites e fontes causa do aprimoramento da
confiáveis sobre conquistas importan- tecnologia – seja de equipa-
Uma das grandes conquistas atuais no tes feitas recentemente no campo da mentos, seja de programação
campo da Astronomia foi o registro Astronomia por causa do desenvolvi-
da primeira imagem de um buraco mento tecnológico.
e análises. Alguns exemplos:
4. a) Segundo as proposições de Aristóteles e de Respostas nas Orientações para o professor. constituição dos planetas do
Ptolomeu, o Sol estava em movimento ao redor da
Terra. Esse modelo foi chamado geocêntrico.
217 Sistema Solar, análise de dados
coletados em cometas, desco-
berta de corpos celestes até
então não observados etc.
10:07 D3-CIE-F2-2104-V9-U7-LA-G24.indd 217 17/07/22 10:07
217
DESIREE STOVER/NASA
feitas observações em frequência Astronomia, os cientistas perceberam que a atmosfera da Terra
do infravermelho, diferentemen- impedia uma visão mais nítida do Universo. Desenvolveram-se,
te do Hubble, que operava nas então, os telescópios espaciais, como o Hubble, colocado
frequências da luz visível e ultra- em órbita pela Nasa em abril de 1990. Ele está a cerca de
violeta. O infravermelho é emitido 550 quilômetros de altitude, ou seja, acima da atmosfera, e já
por todo corpo aquecido e é ca- possibilitou a obtenção de muitas imagens do Universo.
paz de atravessar nuvens de poei- Em 2021, foi lançado pela Nasa, pela Agência Espacial
Canadense e pela Agência Espacial Europeia o telescópio
ra interestelar, permitindo que ob-
James Webb, 100 vezes mais sensível do que o Hubble.
jetos cósmicos distantes possam
Ele está a cerca de 1,5 milhão de quilômetros da superfície
ser observados.
terrestre, aproximadamente quatro vezes mais distante do
Ao final, apresentar aos estu-
que a Lua! Seu principal objetivo é observar as primeiras Montagem do telescópio James
dantes o Telescópio Gigante Ma-
estrelas e galáxias formadas há bilhões de anos. Webb, em 2017.
galhães (GMT), um aparato que
está sendo construído no Chile
por um consórcio que envolve di-
• Atividades NÃO ESCREVA
NO LIVRO.
versos países, entre eles o Brasil. 1 Qual é a importância de instrumentos como os telescópios para a Astronomia? Explique sua res-
Esse telescópio terá um poder co- posta utilizando elementos do texto.
letor cerca de 100 vezes maior do
que o do Hubble, o que amplia- 2 Junte-se a outros dois colegas e busquem na internet imagens capturadas por telescópios atuais.
Elaborem uma apresentação digital com os resultados da pesquisa, indicando a que se refere cada
rá as possibilidades de estudo do imagem, que telescópio a capturou e a localização do telescópio. Resposta pessoal.
Universo profundo.
218
#FICA A DICA, Estudante
Sugerir aos estudantes que
acessem o link a seguir para visua- Comentários sobre as atividades
D3-CIE-F2-2104-V9-U7-LA-G24.indd 218 Disponível em: https://www.ufmg.br/espa 17/07/22 10:07 D3-C
2
1. Resposta pessoal. Que o Universo é tão grande e tão antigo (13,8 bilhões
TEMA de anos), que ele fica feliz de poder estar com sua esposa no mesmo local e
no mesmo tempo.
2. ALÉM DA TERRA
Ao iniciar esse Tema, se de-
ALÉM DA TERRA sejar, é possível fazer algumas
perguntas para levantar os
conhecimentos prévios dos es-
2. Resposta pessoal. Professor, espera-se que os estudantes citem ao menos
os planetas, as estrelas e as luas. É possível que também mencionem outros tudantes sobre assuntos que
componentes do Universo, como os asteroides e os cometas. serão estudados, como: Quais
são os componentes do Siste-
Leia a seguir outra frase de Carl Sagan, desta vez, uma declaração de amor por ma Solar? Qual é a localização
sua esposa Ann Druyan. do Sistema Solar no Universo?
O que é via Láctea? Existem pla-
“Na vastidão do espaço e na imensidão do tempo, é uma alegria com- netas fora do Sistema Solar? Até
partilhar um planeta e uma época com Annie.” onde vai o Universo? e outras.
SAGAN, Carl. Cosmos. Tradução: Paulo Geiger. São Paulo: Companhia das Letras, 2017. p. 3. Se desejar, é possível solicitar
que registrem suas respostas
1 Qual é a mensagem transmitida por Carl Sagan na frase apresentada?
iniciais no caderno, para que
as revejam e as reformulem, se
2 Você sabe quais são os astros que compõem o Universo? necessário, durante o estudo do
Tema.
Carl Sagan ficou famoso pela maneira simples que explicava conceitos complexos Explorar o contexto inicial
sobre o funcionamento do Universo. desse Tema, que destaca a vas-
Detalhes sobre o Sistema Solar e outras partes do Universo, incluindo outras tidão do Universo por meio da
estrelas, sistemas de planetas, galáxias e buracos negros, foram descobertos conforme frase de Carl Sagan e das ima-
novas tecnologias foram sendo desenvolvidas, possibilitando o avanço científico e a
gens obtidas pelo telescópio
proposta de novos estudos.
Hubble. Utilizá-lo para instigar
O telescópio espacial Hubble, por exemplo, foi de grande auxílio nessas desco-
a curiosidade dos estudantes.
bertas. Por meio das imagens que ele capturou, foi possível estimar que o Universo
tem aproximadamente 13,8 bilhões de anos. A seguir, estão algumas imagens obtidas
Aproveitar esse contexto
por esse telescópio. para explicar brevemente aos
estudantes a origem do Uni-
verso, explicada pela teoria do
ESA/HUBBLE/NASA
NASA/ESA/HUBBLE HERITAGE/STSCI/AURA
219
Outros planetas possuem uma Marte (_65 °C), Júpiter (_110 °C), Satur- Mercúrio 1 407 88
quantidade bem maior desses Vênus _5 832 224
no (_140 °C), Urano (_195 °C) e Netuno
satélites: Júpiter tem 79, Satur- Terra 24 365
no, 82; Urano, 27; e Netuno, 14. (_200 °C). Marte 25 687
220
/J
e suas velocidades de translação
SA
NA
São astros que orbitam outros corpos do Universo, como os pla-
são inferiores.
netas e os asteroides. A Terra possui apenas um satélite natural, porém
existem centenas no nosso Sistema Solar. Em relação à classificação dos
corpos celestes do Sistema Solar,
comentar com os estudantes que,
Pequenos corpos do Sistema Solar até 2006, Plutão era considerado
Os pequenos corpos do Sistema Solar são os asteroides, os meteo- Ganimedes, um dos um planeta. No entanto, devido
satélites naturais de
roides e os cometas. Esses corpos têm características próprias: ao fato de Plutão não ser domi-
Júpiter, é a maior lua
• Asteroides são blocos de rocha que orbitam o Sol e são menores do Sistema Solar. nante em sua órbita (isto é, por
do que um planeta. Dezenas de milhares deles estão reunidos em um se encontrar com outros astros de
cinturão, situado entre as órbitas de Marte e de Júpiter. Também há tamanhos similares em sua órbi-
outro cinturão além da órbita de Netuno. ta), passou a ser considerado um
• Meteoroides são rochas menores do que os asteroides que vagam planeta-anão. Essa decisão não
pelo Sistema Solar. Quando atingem a atmosfera da Terra, incendeiam- ocorreu rapidamente; na verda-
-se – fenômeno chamado de meteoro ou estrela cadente. Quando de, decorreu de diversas discus-
atingem o solo, também recebem o nome de meteorito. sões entre astrônomos da União
• Cometas são corpos de massa relativamente pequena que contêm Astronômica Internacional (UAI).
rocha e gelo em sua composição. Quando sua órbita passa próxima ao A decisão foi firmada na Assem-
Sol, são iluminados e se aquecem, liberando poeira e gases na forma bleia Geral da União Astronômica
de uma cauda típica. Internacional (UAI) ocorrida em
Praga, na República Tcheca, em
2006. Para saber mais sobre o
assunto, há um link disponível no
#FICA A DICA, Estudante.
A reclassificação de Plutão
como planeta-anão é um fato
que pode ser explorado para evi-
denciar o aspecto dinâmico da
NATHAN B. NIYOMTHAM/GETTY IMAGES
221
VADIM SADOVSKI/SHUTTERSTOCK.COM
VADIM SADOVSKI/SHUTTERSTOCK.COM
planetas do Sistema Solar podem
ser divididos em rochosos (Mer-
cúrio, Vênus, Terra e Marte) e ga-
Núcleo Núcleo
sosos (Júpiter, Saturno, Urano e
Netuno) e que as diferenças entre
os grupos e as características de
cada planeta serão detalhadas ao
longo da Unidade. Representação da estrutura interna de Mercúrio. Representação da estrutura interna de Vênus.
Terra
VADIM SADOVSKI/SHUTTERSTOCK.COM
VADIM SADOVSKI/SHUTTERSTOCK.COM
Ao explicar sobre a Terra, co-
mentar que nosso planeta possui
uma massa de 5,974 sextilhões Núcleo Núcleo
222
222
segundos em um ano
x = 300 000 ? 31 536 000 =
= 9 460 800 000 000 km
223
TO
cerca de 5% da massa da Terra.
RA
BO
menor do que alguns dos satélites
LA
Por esse motivo, sua gravida-
IC S
YS
naturais de Saturno e Júpiter. Seu
PH
de superficial também é baixa,
IED
volume é cerca de 0,06 vezes o
APPL
aproximadamente um terço da volume da Terra.
P KI N S U NI V E R SIT Y
gravidade da Terra. Explicar que, Não apresenta atmosfera
devido a sua baixa gravidade, a significativa, o que torna sua
atmosfera de Mercúrio é uma
HNS HO
temperatura variável. Durante
camada muito fina, constituída o dia, pode alcançar 430 °C
A/ J O
NAS
principalmente por átomos de e, durante a noite, _180 °C.
oxigênio, sódio, hidrogênio, hé- Mercúrio leva aproximadamente
lio e potássio. Comentar que sua 88 dias terrestres para completar
atmosfera não significativa não uma volta ao redor do Sol. Já seu
é capaz de reter calor, o que faz período de rotação é longo, corres-
com que as temperaturas diárias pondendo a cerca de 59 dias terrestres.
Mercúrio. O planeta não apresenta satélites naturais.
variem significativamente, po-
dendo atingir 430°C durante o
dia e _180°C durante a noite.
Vênus
Vênus Vênus é o segundo planeta mais próximo do Sol, estando a uma dis-
Ao comentar sobre Vênus, di- tância de 0,7 UA dele. Seu volume é cerca de 0,86 vezes o volume da Terra.
zer que o planeta pode ser ob- Sua superfície apresenta pressão atmos-
servado no céu após o pôr do sol / J PL férica de 90 atm e temperaturas de
SA
ou antes do nascer do Sol, sendo NA cerca de 480 °C. Mesmo não sendo
popularmente chamado estrela- o planeta mais próximo do Sol,
-d’alva. Também mencionar que é o mais quente por causa
da sua composição atmosfé-
Vênus possui uma atmosfera
rica, que apresenta gases de
com ventos muito intensos. Para
efeito estufa. A consequência
isso, utilizar o seguinte texto
de sua densa atmosfera é a
como apoio: temperatura praticamente
O dia custa a passar em Vênus. não variar entre o período ilu-
É que o planeta gira bem deva- minado (dia) e o período não
gar. Quase do tamanho da Terra, iluminado (noite). Vênus não
Vênus leva 243 dias terrestres
apresenta satélites naturais.
para dar uma volta em torno de
Para completar uma volta
si. Com rotação tão lenta, os me-
teorologistas esperavam que a ao redor do Sol, Vênus leva, aproxi-
atmosfera venusiana fosse uma madamente, 225 dias terrestres, e seu
das mais calmas do Sistema So- período de rotação corresponde a cerca de
Vênus.
lar. Mas as sondas enviadas ao 243 dias terrestres.
planeta observaram uma venta-
nia constante na alta atmosfera, 224
onde os ventos atingem 400 qui-
lômetros por hora (km/h). Ventos
dessa intensidade só ocorrem na
mais lenta, é provável224que um padrão específico
D3-CIE-F2-2104-V9-U7-LA-G24.indd 17/07/22 10:08 D3-C
Terra durante furacões ou, es-
de oscilações nos movimentos da atmosfera, as
poradicamente, a altitudes ele-
chamadas ondas atmosféricas, ajudem a criar
vadas. Em Vênus, eles sopram
um intenso jato de ar que se concentra no equa-
o tempo todo, em especial no
dor e cobre quase todo o corpo celeste. [...]
equador.
ZOLNERKEVIC, Igor. Atmosfera conturbada. Pesquisa
[...]
Fapesp, São Paulo, ed. 225, nov. 2014. Disponível em:
[...] Os pesquisadores [...] con- https://revistapesquisa.fapesp.br/atmosfera-conturbada/.
cluíram que, além da rotação Acesso em: 26 jun. 2022.
224
S
à sua distância do Sol, que é de 1,5 UA. Seu volume é de temperatura em Marte, des-
cerca de 0,15 vezes o volume da Terra. O período de tacar também que o gradiente
rotação de Marte é de 24 horas e 37 minutos, e seu de temperatura na superfície
período de translação corresponde a 687 dias terrestres. desse planeta é bem mais acen-
A superfície de Marte é formada por rochas e tuado que na Terra. Por exem-
pó de rochas de aparência avermelhada por causa da plo, se uma pessoa estivesse na
grande quantidade de minerais de ferro presentes no superfície de Marte, em uma
solo marciano. Por esse motivo, Marte também é conhe- posição equivalente à linha do
cido como planeta vermelho. equador, ao meio-dia, ela sen-
Sua atmosfera é estreita se comparada à atmosfera ter- tiria que seus pés estariam na
restre, com temperatura que pode variar entre 20 °C e _153 °C. Marte.
primavera (24 °C) e sua cabeça,
Essa variação ocorre porque o calor escapa facilmente para o espaço por NAS A
/J P
L-C
AL
T no inverno (0 °C).
causa da fina atmosfera.
EC
Aproveitar para citar que,
H/
UN
Marte tem dois satélites naturais, chamados Phobos e Deimos.
IVE
desde a década de 1960, o pla-
R S IT Y
Várias sondas já visitaram esse planeta. Imagens feitas da super-
neta é explorado por diversas
OF ARIZO
fície de Marte indicam que seus polos têm água congelada e que sua
superfície é alterada constantemente por grandes tempestades de areia. missões realizadas por agên-
NA
cias espaciais, principalmente a
Nasa. Essas missões pertencem
NASA/JPL-CALTECH
Deimos. ao Programa de Exploração de
Marte (MEP, sigla do inglês).
Algumas delas enviaram robôs
para explorar sua superfície,
como a missão Mars Science
Laboratory, lançada em 2011
Superfície de Marte, com o veículo Curiosity, que
capturada pela câmera
do rover Perseverance
aterrissou em Marte em 2012, e
Mars, 2021. a Mars 2020, lançada em 2020
com o veículo Perseverance,
que aterrissou no planeta em
2021. A exploração de Marte
NASA/JPL-CALTECH
225
VADIM SADOVSKI/SHUTTERSTOCK.COM
VADIM SADOVSKI/SHUTTERSTOCK.COM
põem o Sistema Solar.
Chamar a atenção dos estudan-
tes para o fato de que, apesar de
receberem o nome de planetas ga-
sosos, eles não são completamente
compostos de gases. Destacar que
apresentam um núcleo rochoso, Hidrogênio e hélio gasosos Hidrogênio e hélio gasosos
que representa uma pequena fra- Representação da estrutura interna de Júpiter. Representação da estrutura interna de Saturno.
ção do volume total dos planetas.
Júpiter Água, amônia e metano Núcleo (rocha e gelo) Água, amônia e metano Núcleo (rocha e gelo)
VADIM SADOVSKI/SHUTTERSTOCK.COM
VADIM SADOVSKI/SHUTTERSTOCK.COM
Ao comentar sobre Júpiter,
acrescentar que o planeta é
composto principalmente por
gás hidrogênio e gás hélio. Des-
tacar que esse planeta possui
um papel importante na esta-
Hidrogênio e hélio, além de gás metano (CH4) Hidrogênio e hélio, além de gás metano (CH4)
bilidade do Sistema Solar, como
mostrado no trecho a seguir. Representação da estrutura interna de Urano. Representação da estrutura interna de Netuno.
[...] De acordo com as teorias Elaborado com base em: PLANETS. Nasa Science: Solar System Exploration. Washington, D.C., 2022. Disponível em:
atuais, a formação de planetas https://solarsystem.nasa.gov/planets/overview/. Acesso em: 12 maio 2022.
com a massa de Júpiter desem- Representação da estrutura interna dos planetas gasosos do Sistema Solar, mostrando um núcleo sólido e as
penha um papel importante na camadas gasosas que os envolvem.
arquitetura de sistemas planetá-
ON A
rios. A existência de um planeta O FA
RIZ Júpiter
ITY
com a mesma massa e numa ór- ER
S
Júpiter situa-se logo após o cinturão de aste-
V
226
DIEGO BARUCCO/SHUTTERSTOCK.COM
Calisto montanha), formadas por gelo e
rocha revestidos por outros ma-
Io
teriais. Visivelmente, é possível
Europa
distinguir sete anéis, que se es-
tendem até cerca de 282 000 km
do planeta. A velocidade com
que cada anel orbita o planeta
é distinta. Se desejar, recomen-
dar que os estudantes observem
Os maiores satélites naturais de Júpiter foram descobertos por Galileu Galilei, em 1610. imagens dos anéis de Saturno
acessando o link disponibilizado
NASA/JPL
Saturno
-CALTE
CH/SP
ACE
SCIE
no #FICA A DICA, Estudante.
NCE
INS
TIT
UT Comentar que Júpiter, Netu-
Saturno é o sexto planeta no Sistema E
no e Urano possuem estruturas
Solar em relação ao Sol e o segundo maior
semelhantes, na forma de anéis,
planeta do Sistema Solar, com volume
mas são tão tênues que passam
aproximadamente 763 vezes maior do
praticamente despercebidas.
que o da Terra. Ele está a 9,5 UA do Sol
e tem temperatura média de _139 °C. O
Com relação às luas de Satur-
período de translação de Saturno é de cerca de
no, é importante destacar que,
29,5 anos terrestres e seu período de rotação, de apenas Saturno.
no momento de produção deste
10 horas e 39 minutos. material, existiam 53 luas con-
Uma das características marcantes de Saturno, mas não exclusiva, firmadas e 29 luas prováveis. Se
possível, realizar uma pesquisa
NASA
são seus anéis, formados por fragmentos de gelo e rocha que giram ao
redor do planeta. Saturno apresenta 82 satélites naturais, sendo os mais para verificar novamente esses
conhecidos Enceladus e Titã. números quando o assunto for
trabalhado em sala de aula.
Enceladus (à esquerda) com Titã ao fundo
Urano (à direita), duas das luas de Saturno. Urano
Apresentar aos estudantes que
Urano está a 19,8 UA do Sol. Seu volume é aproximadamente
Urano foi descoberto em 1781
63 vezes maior do que o terrestre. Seu período de translação
pelo astrônomo alemão William
é de aproximadamente 84 anos terrestres e seu período
de rotação, de 17 horas e 15 minutos. A temperatura
Herschel (1738-1822). Herschel
inicialmente pensou que se tratava
NA
227
mais rápida no equador e mais O estudo do ciclo evolutivo do Sol está asso-
lenta nos polos. ciado com a habilidade EF09CI17.
Comentar que, no núcleo do Questionar o que os estudantes entendem
Sol, ocorrem as reações de fusão como o ciclo de vida de uma estrela, como o Sol.
nuclear responsáveis por gerar É possível que eles associem ao ciclo de vida de
a luz e o calor que essa estrela um ser vivo, com nascimento, desenvolvimento
emite, fenômeno que será ex- e morte. Explicar que essas fases também acon-
plorado na seção O assunto é... tecem com o Sol, mas o processo é muito lento
desta Unidade. (leva alguns bilhões de anos).
228
EM
gigante vermelha, as rochas podem derreter e a superfície transformam hidrogênio em hé-
EN
T:
UDJ
da Terra, virar um mar de lava. No céu, o Sol aparecerá lio durante boa parte de seu ci-
YS
CH
como uma enorme bola vermelha. clo evolutivo, formando outros
M ID
T
Apesar de o Sol se tornar maior, sua massa vai elementos químicos mais leves.
reduzir, assim como a força da gravidade que prende Ao final desse processo, a estre-
os planetas em suas órbitas. Isso pode fazer que a
la se torna uma supergigante.
Terra escape de sua órbita atual e se afaste do Sol.
Devido à sua grande massa, ao
Ao final da fase de gigante vermelha, o Sol
perderá muita massa para o Universo e suas camadas
final de sua vida, ocorre uma ex-
externas vão se espalhar, formando uma nebulosa plosão e a produção de grande
planetária. Após 100 000 anos dessa fase, o Sol se quantidade de energia, assim,
transformará em uma pequena e quente estrela anã a supergigante se torna uma
branca, aproximadamente do tamanho da Terra. Sem a pro- supernova. Nesse processo, ele-
dução de energia, gradativamente, essa anã branca esfriará e se mentos químicos mais pesados
transformará em uma anã negra. Exemplo de nebulosa planetária. são formados e se espalham
pelo Universo. Dependendo da
sua massa inicial, a supernova
MARUSYA CHAIKA/SHUTTERSTOCK.COM
pode se tornar uma estrela de
Agora Gigante Nebulosa
vermelha planetária nêutrons ou um buraco negro.
Aquecimento gradual Anã
branca Para saber mais sobre o assun-
to, há um material indicado no
#FICA A DICA, Professor.
Nascimento 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14
Elaborado com base em: ALL About the Sun. Nasa Science Space Place. Washington, D.C., 1 set.
2021. Disponível em: https://spaceplace.nasa.gov/all-about-the-sun/en/. Acesso em: 13 maio 2022. AS CORES NÃO IMAGENS FORA
SÃO REAIS. DE PROPORÇÃO.
Esquema do ciclo de vida do Sol.
229
229
OM
N
SÃO REAIS. DE PROPORÇÃO.
VA
GIO
cuja luz chegou até a Terra. É pos-
sível estimar que recebemos a luz Galáxia (Via Láctea)
de estrelas que estão no máximo a SC
IE N
C
E
46 bilhões de anos-luz, um núme-
PH
OT
MURATART/SHUTTERSTOCK.COM
OL
ro maior que a idade do Universo,
I B R A RY - S P L / F O T
porque este está se expandindo. O Aglomerado
que está além do Universo obser- de galáxias
OA
vável ainda é incerto.
RE
N
A
TY
RA
K.C OM
NNO
centivam, ainda, o exercício do di-
SA UR U
STO C
S REX/SHUTT
UT
/S H
E
M
RST
OC
para ser realizada pelos estudantes
K.C
OM
no Ampliando. Essa atividade Elaborado com base em: COMINS, Neil F.;
KAUFMANN III, William J. Descobrindo o universo.
pode ser realizada após o trabalho 8. ed. Porto Alegre: Bookman, 2010. p. 480-482.
com o tópico estudado. Esquema localizando o planeta Terra
no Universo observável.
O Universo observável é formado por superaglomerados de galáxias. Cada
superaglomerado é formado por aglomerados de galáxias. Por exemplo, a Via
Láctea, galáxia na qual se encontra o Sistema Solar, está agrupada com outras 20
galáxias. Cada galáxia pode ser formada de milhões, bilhões ou trilhões de estrelas
e ter formatos diferentes umas das outras.
A galáxia em que vivemos é a Via Láctea. Seu formato assemelha-se a um disco
espiral e ela tem entre 200 e 400 bilhões de estrelas. Uma delas é o Sol, estrela do
Sistema Solar onde se localiza a Terra, planeta onde vivemos.
230
AMPLIANDO
D3-CIE-F2-2104-V9-U7-LA-G24.indd 230 17/07/22 10:08 D3-C
Solicitar aos estudantes que construam modelos di- obtenção de materiais, construção do modelo, apre-
dáticos que representem a estrutura do Sistema Solar sentação à turma e outras). Para os materiais, pedir
e sua localização no Universo. Para tanto, dividir a para que priorizem materiais recicláveis ou que já pos-
turma em grupos de seis a oito membros e orientar suem em casa, incentivando seu reúso.
cada grupo a construir ambos os modelos. Instruir os Verificar a possibilidade de reservar uma aula do cro-
grupos a se subdividir em duplas para a realização das nograma para que os grupos apresentem os modelos
tarefas necessárias à construção do modelo (como construídos à turma. A partir de suas apresentações,
organização de um cronograma, pesquisas com in- é possível avaliá-los quando à habilidade EF09CI14,
formações complementares do assunto, listagem e que poderá ser mobilizada ao longo da atividade.
230
NA
Foi um dos primeiros exoplanetas descobertos pela sonda
SA
Kepler. Este planeta orbita duas estrelas, mais frias do que candidatos a exoplanetas (“Nasa
o nosso Sol; assim, teria dois pores do sol. Entretanto, candidates”) e o número de sis-
não é um planeta que tenha condições de receber vida temas planetários descobertos
da forma como a conhecemos, pois ele provavelmente (“planetary systems”). Ao clicar
é frio e parcialmente composto de rochas.
em expandir (“click to expand”),
Concepção artística do exoplaneta Kepler-16b. aparecerão diversas informações
relativas às descobertas desses
exoplanetas, como uma classi-
55 Cancri e
NA
ficação conforme os tipos deles
S A/
Um lado do planeta apresenta temperaturas extremas,
J P L-
e os métodos utilizados. Como
CALTECH
maiores do que 2 400 °C, provavelmente por causa de
fluxos de lava. O outro lado do planeta, cuja face não se as informações estão em inglês,
volta para sua estrela, tem temperatura próxima a 760 °C. se necessário, verificar a possi-
bilidade de o docente de Língua
Concepção artística do exoplaneta 55 Cancri e.
Inglesa auxiliar na tradução das
informações, contribuindo com
seus estudos complementares
Kepler-452b
sobre o assunto.
Foi o primeiro planeta descoberto com tamanho mais
NAS
A
3 Considerando seus conhecimentos atuais, que fatores são necessários SÃO REAIS. DE PROPORÇÃO.
Resposta pessoal. Professor, não se espera que os estudantes respondam indicando corretamente
os fatores, mas que os associem a conhecimentos que têm sobre a Terra (é um planeta rochoso, tem
água no estado líquido, tem atmosfera etc.).
231
O link a seguir traz dados e informações atualiza- 3. Essa atividade explora as características que
das sobre os exoplanetas. um planeta deve possuir para sustentar a vida.
• EXOPLANET EXPLORATION: PLANETS BEYOND Perguntar o que é importante para a existên-
OUR SOLAR SYSTEM. Washington, D.C., [2019?]. cia de vida na Terra e explorar a ideia de que
Site. Disponível em: https://exoplanets.nasa.gov/. outros planetas precisam apresentar as mes-
Acesso em: 26 jun. 2022. mas características. Esse assunto será traba-
lhado na Unidade 8.
231
NASA/JPL
para o professor.
bilidade EF09CI17.
2. Leia as características a seguir e rela-
1. b) Os asteroides são blocos de cione-as com os planetas aos quais
rocha que orbitam o Sol. Mui- pertencem.
tos se encontram reunidos no I. Rochoso; atmosfera com gases de efeito
cinturão de asteroides (I). Os estufa; presença de água em abundân-
cometas são corpos de massa cia no estado líquido.
pequena, recobertos por gelo II. Gasoso; localiza-se logo após o cinturão
e rocha que, ao passar pró- II. de asteroides; rotação rápida que oca-
ximos do Sol, refletem a luz NASA/MSFC/MEO/CAMERON MCCARTY
siona liberação de calor próprio.
solar e brilham, aquecem-se III. Rochoso; solo com presença de mine-
rais de ferro; dia terrestre com 24 horas
e liberam poeira e gases na
e 37 minutos.
forma de uma cauda típica
IV. Gasoso; quarto maior planeta do
(II). Planetas são astros que Sistema Solar; 14 satélites naturais
orbitam ao redor de uma es- orbitam ao seu redor; temperatura
trela central, com formato média de cerca de _214 °C.
aproximadamente esférico e III. V. Rochoso; segundo planeta do Sistema
massa elevada, que dominam Solar em relação à distância do Sol;
TRISTAN3D/SHUTTERSTOCK.COM
232
233
INTEGRANDO
MATEMÁTICA
INTEGRANDO COM
MATEMÁTICA
com
Verificar a possibilidade de re-
alizar uma aula conjunta com o
docente de Matemática. Solicitar
que ele explique a conversão feita
entre quilômetros (km) e unidade Viagens interplanetárias
astronômica (UA), ressaltando a Em 1977, as sondas idênticas, Voyager 1 e Voyager 2 foram lançadas ao espaço com o obje-
importância do uso desta última tivo de estudar Júpiter e seus satélites naturais, além de Saturno, seus satélites naturais e seus anéis.
em estudos astronômicos. O projeto das sondas foi tão bem-sucedido que, além desses planetas, conseguiram
Antes de iniciar o trabalho com estudar Urano e Netunoe, até hoje, viajam no espaço coletando mais informações, incluindo
a seção, solicitar que os estudan- o espaço fora do Sistema Solar. Observe a seguir o percurso de cada sonda.
tes estimem o comprimento da
sala de aula em diferentes unida-
EDITORIA DE ARTE
das citadas são médias e apro- corpos celestes. Pelo mesmo motivo, a distância que é muito mais fácil fazer os cálculos utili-
ximações. Citar, por exemplo, entre os planetas citados na atividade 2 tam- zando UA quando se trata das distâncias den-
que a distância média entre a bém pode variar. Por exemplo, a distância entre tro do Sistema Solar. Entretanto, essa unidade
Terra e o Sol é, mais precisamen- os planetas Terra e Marte varia entre cerca de de medida não é factível quando se trata de
te, 149 597 870 km, sendo esta 55 000 000 km e 401 000 000 km. Se julgar ne- trabalhar com distâncias entre estrelas, por
a Unidade Astronômica. Como cessário, pedir aos estudantes que transformem exemplo. Nesse caso, questionar sobre qual
a órbita da Terra é elíptica, essa esses valores em Unidades Astronômicas. seria a melhor unidade de medida. Espera-se
distância varia ao longo do ano que eles reconheçam o ano-luz.
entre 0,9833 UA e 1,0176 UA.
234
2 Segundo o quadro, qual é a distância média, em UA, entre Terra e Marte, entre Marte e Netuno e tro e 50 centímetros);
entre Mercúrio e Vênus? • Marte: 2 280 milímetros (2 me-
3 Converse com um colega sobre a importância de utilizar uma unidade de medida adequada às
tros e 28 centímetros);
dimensões do que se está estudando. Escreva no caderno um pequeno texto com as principais • Júpiter: 7 790 milímetros (7 me-
ideias que vocês discutiram. Resposta pessoal. tros e 79 centímetros);
4 Forme um grupo com os colegas para criarem um modelo que represente em escala as distân- • Saturno: 14 000 milímetros
cias dos planetas no Sistema Solar. Esse modelo deverá ser construído na escola e apresentado (14 metros);
à comunidade com o objetivo de mostrar aos observadores as grandes distâncias que existem
• Urano: 29 000 milímetros (29 me-
entre os componentes do Sistema Solar. Resposta nas Orientações para o professor.
Para a montagem do modelo, sigam estas orientações: tros);
• A escala deve ser feita no chão e, sobre ela, devem ser colocadas as representações dos • Netuno: 45000 milímetros (45 me-
planetas. tros).
• Na escala adotada, 1 milímetro deve representar 100 000 quilômetros (1 mm/100 000 km). Na escala proposta, se fosse
Assim, será necessário que vocês calculem a distância dos planetas do Sistema Solar em
considerado também o diâmetro,
relação ao Sol, conforme a escala proposta.
o Sol seria uma pequena esfera
• Não há necessidade de que os tamanhos dos planetas obedeçam à mesma escala proposta
para as distâncias, mas que exista uma proporção entre eles. Por exemplo, se o Sol for uma
com aproximadamente 14 mm de
bola de tênis, torna-se inviável a representação de Mercúrio e de outros planetas. diâmetro, e a Terra, com aproxima-
1. Voyager 1 – Júpiter e Saturno; Voyager 2 – Júpiter, Saturno, Urano e Netuno. Júpiter está a aproximadamente damente 0,13 mm. Nesse caso,
5 UA do Sol; Saturno está a aproximadamente
9 UA do Sol; Urano está a aproximadamente seria impraticável tentar represen-
DANIEL BOGNI
19 UA do Sol; e Netuno está a aproximadamente tar a Terra, mas esse trabalho
30 UA do Sol.
com escalas é importante para
desenvolver a percepção nos
estudantes sobre as grande-
zas envolvidas na Astronomia.
Caso a escala proposta para a
distância dos planetas no Sis-
tema Solar seja inviável devi-
do ao tamanho, alterar para
1 mm/200 000 km ou 1 mm/
1 000 000 km.
Considerando esta última es-
cala, as distâncias dos planetas
em relação ao Sol seriam: Mer-
cúrio: 58 milímetros (5,8 cen-
tímetros); Vênus: 108 milíme-
tros (10,8 centímetros); Terra:
150 milímetros (15 centímetros);
Marte: 228 milímetros (22,8 cen-
235 tímetros); Júpiter: 779 milíme-
tros (77,9 centímetros); Saturno:
1 400 milímetros (1,4 metros);
08:45 4. A elaboração de um modelo que representa as
D3-CIE-F2-2104-V9-U7-LA-G24.indd 235 Mercúrio: 17/07/22 10:08
Urano: 2 900 milímetros (2,9 me-
distâncias entre os planetas do Sistema Solar em tros); Netuno: 4 500 milímetros
1 milímetro 100 000 km (4,5 metros).
escala oportuniza o desenvolvimento da com-
petência geral 2 e da competência geral 4. x 58 000 000 km
Auxiliar os estudantes na realização dos cál- X = 580 milímetros = 58 centímetros.
culos. Basta fazer uma regra de três simples.
Como exemplo, apresentaremos os cálculos
para um planeta.
235
Matéria e
antima-
Aniquila- 3 x 104 236
ção total anos
téria
um reator da fissão total. No primeiro caso, a gia que pode ser obtida com a fusão nuclear e,
Apresentar também que só os energia proveniente da fissão é utilizada para em seguida, apresentar mais informações sobre
três primeiros processos citados aquecer a água, a qual é utilizada para movimen- como esse processo ocorre no Sol, conforme
são utilizados atualmente e que os tar uma turbina, gerando, assim, energia elétri- descrito na seção O Assunto é...
três últimos refletem um potencial ca. No segundo caso, é estimado o quanto de
energético teórico que dificilmen- energia seria obtido se toda a energia da fissão
te será atingido pela humanidade. fosse aproveitada.
236
237
8
Competências
Gerais: 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7 e 9
Específicas: 1, 2, 3, 4, 5 e 6
UNIDADE
Habilidades
• EF09CI15
ASTRONOMIA
• EF09CI16
Temas contemporâneos
E SOCIEDADE
transversais
• Diversidade cultural
• Ciência e Tecnologia
O Universo sempre fascinou a huma-
Há comentários sobre como as habi- nidade. Os astros e seus movimentos,
lidades, as competências e os temas incluindo os da Terra, levaram as socie-
contemporâneos transversais podem dades humanas a criar diversos mitos
ser desenvolvidos no trabalho com e lendas, além de tentar compreender
cientificamente o Universo.
esta Unidade na seção BNCC na
Mesmo antes dos avanços tecnológi-
prática da página LXXV deste Ma- cos que permitiram compreender parte
nual do professor. da estrutura e do funcionamento do Uni-
verso, o ser humano utilizava os astros
de maneira prática, para se localizar, de-
ORIENTAÇÕES marcar a passagem do tempo, plantar e
colher, entre outras tarefas.
DIDÁTICAS Atualmente, o ser humano estuda o
Universo na busca de respostas que pos-
sibilitem compreender melhor o desen-
ABERTURA DE UNIDADE volvimento e a manutenção da vida aqui
na Terra e, quem sabe, encontrar vida
As páginas de abertura desta
fora do nosso planeta.
Unidade têm o objetivo de pro- Nesta Unidade, conheceremos al-
vocar questionamentos e refle- gumas interpretações do Universo e
xões para o levantamento dos as aplicações delas em atividades do
conhecimentos prévios e das cotidiano de diferentes culturas. Além
disso, analisaremos os fatores que via-
opiniões dos estudantes sobre os
bilizam a vida em nosso planeta e dis-
assuntos abordados na Unidade, cutiremos a possibilidade da existência
iniciando o desenvolvimento da de vida em outros locais do Universo.
habilidade EF09CI16.
Alguns anos atrás, o progra- Lançamento de um foguete espacial levando para a
ma de ônibus espaciais da Nasa, órbita da Terra o telescópio espacial James Webb, em
que levava astronautas e satéli- Kourou, Guiana Francesa, 25 de dezembro de 2021.
tes para o espaço, foi encerrado.
Um novo programa está sendo 238
desenvolvido e utilizará fogue-
tes mais modernos e potentes
do que os antigos. Atualmente, A Unidade irá abordar
D3-CIE-F2-2104-V9-U8-LA-G24.indd 238 as relações entre as di- bactérias, ou as lentes refletoras de raios ultra- 17/07/22 10:10 D3-C
foguetes produzidos por outros versas culturas e a observação e a pesquisa sobre violeta e resistentes a arranhões, utilizadas em
países ou empresas privadas são o espaço. O questionamento sobre a importân- óculos. Se julgar pertinente, é possível trabalhar
utilizados para levar e trazer as- cia e a necessidade dos investimentos terá impli- com estes assuntos de maneira antecipada, ao
tronautas até a estação espacial. cações durante o conteúdo, ao abordar o assun- iniciar a Unidade. Independentemente da se-
Muitas destas empresas estão to Viagem ao espaço e a seção O Assunto é…, quência adotada, retomar a resposta inicial dos
desenvolvendo foguetes reutilizá- pois, ao discutir os spin-offs, é possível abordar estudantes sobre a importância de investimentos
veis, que lançam materiais ao es- a utilização de novos materiais e tecnologias de- destinados à exploração espacial (atividade 2 da
paço e retornam, assim como es- senvolvidos para as pesquisas e as viagens espa- abertura) para que, a partir das novas informa-
paçonaves projetadas para levar ciais que passaram a fazer parte de nossa vida ções e aprendizagens desenvolvidas posterior-
turistas para um tour no espaço. cotidiana, tais como o filtro de água, que elimina mente, possam reformulá-la.
238
239
1
2. Professor, espera-se que os estudantes identifiquem que a recriação foi feita com
1. OS POVOS E OS ASTROS TEMA um mosaico de fotografias tiradas do espaço e que pode ter sido inspirada, por-
tanto, no Universo.
Este tema contribui para o de-
senvolvimento da competência
geral 1, da competência espe- OS POVOS E OS ASTROS
cífica 1, da habilidade EF09CI15
e do tema contemporâneo trans-
versal Diversidade cultural. Observe com atenção as imagens a seguir.
Este assunto apresenta exem-
Em conjunto com o professor da disciplina vendo, pedir que utilizem o programa Stellarium mostrando o céu da região onde se encontra na-
de Arte, pedir aos estudantes que façam uma para recriar o céu na cidade na data e no horário quele momento. Se estiver no período diurno,
pintura, um desenho ou uma colagem represen- combinados. Esse programa se encontra dispo- para ver as estrelas, basta clicar no ícone “atmos-
tando o céu e os corpos celestes à noite, em nível no link a seguir. phere”, e aparecerão todos os astros presentes
uma data e horário preestabelecidos. Organizar • STELLARIUM. [S. l.], [2019?]. Site. Disponível no céu naquele instante, e que não podem ser
uma exposição dos trabalhos e pedir aos estu- em: http://stellarium.org/pt/. Acesso em: 30 vistos por causa da luz solar.
dantes que comparem sua produção com os jun. 2022.
trabalhos dos colegas, discutindo as semelhan-
Para fazer a simulação sem baixar o programa,
ças e as diferenças. Caso o tempo não permita
clicar em “Stellarium web”. O simulador irá abrir
a observação do céu (se estiver nublado ou cho-
240
ERKKI MAKKONEN/SHUTTERSTOCK
As constelações, regiões do céu que contêm deter-
Ao comentar sobre a constela-
minadas estrelas e outros astros, também foram utilizadas
ção de Órion, explicar aos estu-
para indicar o início das estações do ano por diferentes
dantes que a Grécia se localiza no Três Marias
povos. Os gregos antigos, por exemplo, observavam a
Hemisfério Norte. Assim, em um posição da constelação de Órion no céu para saber o
mesmo momento, no Hemisfério início do inverno e do verão. Quando a constelação de
Sul, ocorre o contrário, ou seja, o Órion podia ser observada no céu durante o amanhecer,
aparecimento da constelação no concluíam que o verão já havia chegado. Em contrapar-
início da noite indica a chegada tida, quando observavam Órion nascer no início da noite,
do verão. concluíam que o inverno já havia chegado.
Explicar também que, na foto- O conhecimento do ciclo de fases da Lua, por sua
grafia, as três estrelas alinhadas vez, influenciou a criação do calendário de diversos povos,
representam o cinturão de Órion como os babilônicos. O calendário babilônico dividia o
e que a estrela avermelhada, ano em 12 meses lunares, de 29 ou 30 dias cada. O ano
na região superior esquerda da somava 354 dias. Assim, para que as estações do ano não
constelação, é Betelgeuse, uma ficassem defasadas em relação à passagem do tempo, os
babilônicos adicionavam um 13o mês a cada três anos.
estrela centenas de vezes maior
do que o nosso Sol. Algumas das estrelas da constelação de Órion vistas durante a
No link apresentado no #FICA noite, no inverno, no Hemisfério Norte. As Três Marias são estrelas
que pertencem à Constelação de Órion.
A DICA, Professor, são apre-
sentadas informações sobre a
constelação de Órion, incluindo Agricultura e caça
o contexto mitológico que a en- # FICA A DICA
O conhecimento sobre a periodicidade, o início e o fim das estações
volve e a sua localização no céu. Você sabe a origem do do ano e, consequentemente, sobre os períodos de seca e de chuva
nome “Três Marias”?
de uma região favorecia o planejamento de plantios e colheitas. Na
Agricultura e caça Acesse o link a seguir
Antiguidade, os egípcios, por exemplo, realizavam o cultivo às margens
para mais informações
Comentar que o conhecimen- sobre estas estrelas. do rio Nilo em função das cheias anuais do rio. Eles sabiam que as cheias
to da periodicidade dos períodos Disponível em: https:// se iniciavam quando a estrela Seped – conhecida atualmente como Sirius –
de chuva e de seca proporciona- www.ufmg.br/espa aparecia antes do amanhecer.
codoconhecimento/
va maior eficiência no plantio e
242
Magalhães
243
244
244
245
245
SCIENCE SOURCE/FOTOARENA
lábio. Relembrar que, no He-
misfério Norte, as navegações
eram guiadas pela estrela Po-
lar, que tem uma posição qua- Ursa Menor
se fixa no céu. Sendo assim, a Estrela Porlar Céu noturno no Hemisfério
latitude era determinada me- Norte mostrando as cons-
dindo-se o ângulo formado telações da Ursa Maior, a da
entre a posição da estrela e o Ursa Maior Ursa Menor e a estrela Polar.
horizonte. Aproveitar para ex- Os traços pontilhados foram
acrescentados para repre-
plicar que no Hemisfério Sul, sentar o padrão que pode ser
não há uma estrela que pos- reconhecido em cada uma
sua posição fixa no céu, como dessas constelações.
a Polar; por isso, a orientação
1. a) O astrolábio auxiliava a identificar a altura e a posição dos astros no céu.
era feita medindo-se o ângulo a) A orientação espacial a partir dos astros pode ser auxiliada por instrumentos como o astro-
entre o Sol e o horizonte ao lábio, utilizado em navegações marítimas no passado. Nesse contexto, como o astrolábio
meio-dia, horário em que ele contribuía para a orientação espacial?
atinge a posição aparente b) Como você se orienta e se localiza espacialmente? Que relação você consegue estabelecer
mais alta no céu (zênite). entre sua resposta e o desenvolvimento tecnológico? Resposta pessoal.
b) É importante que os estu- 2. Diversos povos interpretaram o Sol e sua posição no céu ao longo do dia de formas únicas,
dantes relacionem o desen- relacionadas a suas respectivas culturas. No Egito antigo, por exemplo, o deus Rá era o
volvimento tecnológico à ela- protetor e guia do Sol, e com sua presença era possível cultivar plantações. Dessa forma,
boração de mapas de grande Rá era reverenciado por fornecer a luz necessária para a colheita. Ao amanhecer, Rá era
parte das cidades do mundo vislumbrado como um recém-nascido, ao meio-dia, como um pássaro voando, e, no pôr do
e, sobretudo, à possibilidade sol, como um velho, indo em direção à Terra dos Mortos. Durante a noite, ele guiava o Sol
de acessá-los gratuitamente. pelo submundo e lutava contra Apep, a serpente que representava todo o mal presente na
humanidade. Sem as orações noturnas de seu povo, para que o Sol voltasse no dia seguinte,
É possível que a turma cite o
Rá ficaria fraco, Apep venceria e não haveria Sol para o cultivo das plantações.
GPS do aparelho celular como
a) Por que os egípcios acreditavam ser importante fazer orações todos os dias ao deus Rá?
instrumento para localização.
b) Os povos antigos, de forma única e considerando suas culturas, conheciam e interpretavam
Com isso, torna-se possível
os fenômenos da natureza. Para os egípcios, por exemplo, a ocorrência de eclipses era
questionar os estudantes so- explicada por meio do mito de Apep. Atualmente, conhecemos as explicações científicas para
bre a forma como poderiam os mesmos fenômenos. Explique, com base em conhecimentos científicos, como ocorrem os
se localizar na ausência dessa eclipses totais, solares e lunares. Se necessário, faça uma pesquisa sobre o assunto.
tecnologia, relacionando o c) Crie uma lenda sobre o Sol que se relacione à necessidade de orientação temporal, por
avanço tecnológico às neces- exemplo, a passagem do dia. Essa lenda precisa conter o motivo de o Sol nascer e se pôr e
sidades e possibilidades das como isso é importante para marcar o tempo. Resposta pessoal.
sociedades em cada época.
246
2. b) Retomar com os estudan-
tes a ocorrência de eclipses,
conteúdo estudado em anos rização dos conhecimentos historicamente
D3-CIE-F2-2104-V9-U8-LA-G24.indd 246 17/07/22 10:10 D3-C
anteriores. construídos, percebendo-os como constru-
c) O objetivo da atividade é ções humanas vinculadas a uma cultura local
que, ao criar a lenda com base e temporal. Esta atividade contempla o desen-
nos requisitos do item, os es- volvimento das competências gerais 1 e 4.
tudantes associem as lendas
a determinadas necessida-
des dos povos. Aproveitar a
oportunidade para enfatizar
a importância do respeito às
diferentes culturas e da valo-
246
MNSTUDIO/ALAMY/FOTOARENA
pelo fato de suas constelações
formarem desenhos similares
a esse animal.
b) Os estudantes podem en-
contrar explicações mitológi-
cas sobre os deuses que repre-
sentam planetas do Sistema
Fotografia aérea de Solar, como o deus romano
Newgrange, Irlanda,
2019.
dos mares, Netuno; o deus
romano da abundância e da
a) Utilize elementos do texto para elaborar uma hipótese que explique a maneira como o riqueza, Júpiter; entre outros.
monumento Newgrange demarca a passagem do tempo.
Caso não seja possível orga-
b) Forme um grupo com seus colegas e conversem sobre as hipóteses levantadas pelos inte-
nizar uma apresentação das
grantes do grupo, analisando-as. Depois, realizem uma pesquisa em sites confiáveis para
confrontar as hipóteses do grupo com os resultados encontrados. Ao final, apontem se as peças de teatro, pedir aos es-
hipóteses foram confirmadas ou negadas. Resposta nas Orientações para o professor. tudantes que gravem vídeos
de suas apresentações para
4. A mitologia de povos antigos possui influência em nossa sociedade até os dias de hoje.
compartilhá-las nas redes so-
Por exemplo, o nome de nossa galáxia, “Via Láctea” (que significa “caminho de leite”),
ciais da turma.
tem origem na mitologia grega relacionada ao semideus Héracles (mais conhecido como
Hércules). De acordo com esse mito, Zeus, o deus dos deuses, teria tido um romance com 5. Se possível, estabelecer uma
uma mulher mortal, Alcmena, enquanto seu marido, Anfitrião, estava na guerra. Com conversa com a turma, organi-
o passar dos meses, Alcmena deu à luz duas crianças: Íficles, mortal, filho de Anfitrião; zando a sala como uma grande
e Héracles, semideus, filho de Zeus. A mulher de Zeus, Hera, perseguia Héracles desde mesa redonda, para que todos
os primeiros dias de sua vida. Entretanto, de modo que ela não percebesse, Héracles foi possam dar suas opiniões. Este
colocado para mamar em seu seio enquanto a deusa dormia. Hera, ao afastar rudemente
questionamento pode ser uti-
Héracles, derramou gotas de leite pelo céu, formando várias estrelas da Via Láctea.
lizado para abordar a etnoci-
a) A Via Láctea foi interpretada de formas distintas por outras civilizações. Realize uma pesquisa
ência. Sobre este assunto leia
em sites e fontes confiáveis sobre outros significados atribuídos à Via Láctea.
o texto descrito na página XXX
b) Forme um grupo com seus colegas e realizem uma pesquisa em sites e fontes confiáveis
sobre outros mitos relativos aos astros. Escolham um dos mitos encontrados e organizem deste Manual do professor.
uma peça de teatro para apresentá-lo à turma. Respostas nas Orientações para o professor. Espera-se que os estudantes
argumentem sobre a impor-
5. Leia a frase a seguir e redija um texto argumentativo, posicionando-se em relação a ela.
tância desses conhecimentos
tanto para as sociedades an-
Os conhecimentos sobre Astronomia existem desde tempos antigos. No entanto, com tigas (de forma prática e utili-
o desenvolvimento da tecnologia, esses conhecimentos antigos deixaram de ser impor-
tantes para a nossa sociedade.
tária) quanto para a sociedade
atual. Tais conhecimentos nos
Resposta pessoal. dizem muito sobre a cultura
247 dos povos antigos, bem como
sobre o contexto histórico e so-
cial em que foram construídos.
Eles foram e ainda são impor-
10:10 3. No passado, acreditava-se que a construção
D3-CIE-F2-2104-V9-U8-LA-G24.indd 247 e iluminem todo o corredor de 19 metros até
17/07/22 10:10
tantes para compor os conhe-
do monumento de Newgrange tenha tido im- chegar ao centro do monumento.
cimentos vigentes no campo
portância apenas religiosa, uma vez que era b) O objetivo desta atividade é que os estu- da Astronomia.
utilizado como túmulo de passagem. Contu- dantes se envolvam com procedimentos rea-
do, atualmente, sua importância astronômica lizados em parte das investigações científicas.
também é reconhecida. O alinhamento solar No caso, eles precisam testar suas hipóteses,
em Newgrange é muito preciso, fazendo com confrontando-as com as informações encon-
que, no solstício de inverno do Hemisfério tradas em suas pesquisas. Caso as hipóteses
Norte (21 de dezembro), os raios de sol entrem levantadas no item a estejam relacionadas à
pelo vão que fica acima da entrada principal passagem de um ano, elas serão corroboradas.
247
HER
em outra missão para a Lua.
OME
pretação do texto pelos estu-
N30/S
dantes. Esclarecer dúvidas, se
HUT
UNIVERSAL PICTURES/DREAMWORKS SKG/PERFECT WORLD PICTURES/TEMPLE HILL ENTERTAINMENT/
UNIVERSAL PICTURES/UNITED INTERNATIONAL PICTURES
TERS
houver. É importante que eles
TCO
reconheçam a importância do
CK.C
OM
cinema como arte e como fer-
ramenta de aprendizado, além
de entretenimento.
3. Ao trabalhar esta proposta,
orientar os estudantes a iden-
tificar conceitos astronômicos
apresentados no filme que se-
jam cientificamente corretos e
outros que não sejam. Apro-
veitar para discutir com eles
que a linguagem artística não
necessariamente reflete a re-
alidade. Sugerir alguns filmes
Cartaz do filme O PRIMEIRO homem. Cartaz do filme APOLLO 13: do desastre ao ou aceitar sugestões da turma,
Direção: Damien Chazelle. EUA: Universal triunfo. Direção: Ron Howard. EUA: Imagine
considerando sempre a classifi-
Pictures/United International Pictures, Entertainment/Universal Pictures, 1995.
2018. Blu-ray (141 min). Blu-ray (140 min). cação indicativa, que pode ser
2. Quando o cinema surgiu, no final do século XIX, era considerado entretenimento para as consultada na página do Minis-
grandes massas. A partir de 1911, foi considerado como “sétima arte” pelo teórico e crítico de tério da Justiça, disponível em:
cinema Ricciotto Canudo, que o definiu como uma
• Atividades NÃO ESCREVA
NO LIVRO. síntese moderna de todas as outras artes: arquite- http://portal.mj.gov.br/Classi
tura, música, pintura, escultura, poesia e dança. ficacaoIndicativa/jsps/Consul
1 Com o avanço dos estudos e o desenvolvimento tecnológico, foi possível ampliar os conhecimentos tarObraForm.do?inicio_action,
sobre os astros. Parte deles é explorada na arte, em alguns filmes de ficção científica. De que outras acesso em: 30 jun. 2022. Con-
formas você acredita que a ampliação do conhecimento astronômico influenciou nosso cotidiano?
Resposta pessoal. vém estabelecer um filme por
2 Explique como o cinema passou a ser considerado “a sétima arte”. grupo, ou grupos, de manei-
3 Forme um grupo com seus colegas e assistam a um filme de ficção científica que trate de algum
ra que cada um possa buscar
tema relacionado ao Universo ou às viagens espaciais. Selecionem uma cena do filme e analisem a cena que mais lhe chamou
os conceitos astronômicos apresentados nela, avaliando se estão corretos cientificamente ou a atenção. Caso isso não seja
não (se necessário, façam pesquisas). Em seguida, descrevam a cena e apresentem aos colegas viável, verificar a possibilidade
as divergências ou coerências que ela apresenta quanto aos conceitos científicos. de reproduzir alguns filmes em
Resposta pessoal.
sala de aula ou em uma sala de
vídeo, em horário escolar.
249
2
tilhem suas experiências pessoais, além de despertar o interesse sobre o assunto; eles
2. ASTROBIOLOGIA TEMA também podem perceber que é possível participar efetivamente de projetos espaciais.
2. Resposta pessoal.
O trabalho com este Tema Professor, aproveitar para
possibilita o desenvolvimento da
habilidade EF09CI16 e da com-
ASTROBIOLOGIA discutir com os estudan-
tes como o incentivo
à pesquisa científica é
petência específica 2. necessário em qualquer instituição de ensino, seja em escolas ou universidades,
Para iniciar o assunto, é visto que contribui para a construção dos conhecimentos de diversas áreas.
Leia o trecho da reportagem, a seguir.
apresentada uma reportagem
cujo objetivo é aproximar a tur- Duas equipes de estudantes brasileiros apresentaram nesta
ma do estudo da Ciência, mos- segunda-feira, no Museu Nacional do Ar e do Espaço, em Chantilly,
trando o exemplo de estudantes na Virginia, Estados Unidos, projetos para testar interações físicas e
da mesma faixa etária deles en- químicas na Estação Espacial Internacional [...].
volvidos em experimentos cien- Os dois projetos podem contribuir para o futuro da vida humana
fora da Terra: um quer melhorar a proteção de seres humanos da
tíficos. A intenção é evidenciar
radiação em construções no espaço e outro tem como objetivo cons-
que, havendo incentivo, interes- truir um sistema mais apurado para filtração de água para consumo
se e muito estudo, todos podem humano em espaçonaves.
participar de experimentos cien- DE ORTE, Paola. Com apoio de NASA e SpaceX alunos brasileiros apresentam projetos para a
tíficos, o que abre caminho para Estação Espacial Internacional. O Globo, Rio de Janeiro, 2 jul. 2019. Disponível em: https://oglobo.
globo.com/brasil/com-apoio-de-nasa-spacex-alunos-brasileiros-apresentam-
a formação de novos cientistas. projetos-para-estacao-espacial-internacional-23777283. Acesso em: 18 maio 2022.
Além disso, busca-se destacar
que a curiosidade e o interesse 1 Você já participou de algum projeto que envolva Astronomia?
pela Ciência devem ser estimu-
2 Você considera importante o incentivo das escolas à pesquisa científica?
lados desde cedo, seja em casa, Converse com seus colegas.
seja na escola.
Explicar que a Astrobiologia Há muitas coisas que
O texto nos mostra que o estudo da Astronomia, e de qual-
não é uma ciência nova e que ter- podemos fazer para
quer área da Ciência, não é desenvolvido apenas por cientistas,
mos como “exobiologia”, “cos- novas descobertas.
mas pode ser feito por outras pessoas.
mobiologia” e “bioastronomia” Estudos e observa-
ções do céu noturno, Diversos pesquisadores brasileiros iniciaram suas carreiras por
são utilizados desde a década de por exemplo, podem causa da curiosidade por determinados assuntos, como o biólogo
1940. Na língua portuguesa, o estimular o desenvol- e astrobiólogo brasileiro Dr. Ivan Gláucio Paulino Lima (1979-), atu-
primeiro registro de Astrobiologia vimento de projetos almente pesquisador da Agência Espacial Americana (Nasa), do
data de 1958, no livro do biólogo inovadores. governo dos Estados Unidos. Leia a seguir uma entrevista que ele
concedeu exclusivamente para este livro.
brasileiro Flávio Augusto Pereira,
Introdução à Astrobiologia
(São Paulo: Sociedade Interpla-
netária Brasileira de São Paulo,
1958). No entanto, foi apenas em
1998 que a Astrobiologia ganhou
FRANTIC00/SHUTTERSTOCK.COM
DIO
Dr. Ivan, o que é Astrobiologia?
GO
MO
Astrobiologia é um empreendimento científico multidisciplinar, outras partículas. Por esse motivo,
R EIR
ou seja, envolve diferentes disciplinas científicas, como Biologia, são mais abundantes em maiores
A/A 2IM G
Astronomia, Química, Física e Geologia, em pesquisas que visam altitudes do que ao nível do mar.
responder a questões profundas da curiosidade humana, como a Os experimentos mencionados
origem da vida, o futuro da vida e se existe vida em outros locais no
na entrevista são realizados com
Universo, além da Terra.
a utilização de um simulador de
raios cósmicos, no Brookhaven
Dr. Ivan Gláucio Paulino Lima,
pesquisador da Nasa, em 2016. National Laboratory, em Nova
2 York, Estados Unidos. O trecho a
seguir explica sobre raios cósmicos.
Qual é a importância dos estudos da Astrobiologia para a sociedade?
Nós vivemos em uma época privilegiada da história da humanidade, pois é a primeira
A maioria dos raios é muito
vez que temos tecnologia capaz de investigar essas questões utilizando o método científico. energética podendo atingir vá-
Hoje em dia, é possível enviar sondas a outros planetas para investigar a composição química rios centímetros de chumbo.
desses ambientes. O avanço desses conhecimentos irá proporcionar grandes missões de Como a radiação cósmica […]
exploração tripulada ao Sistema Solar, abrindo caminho para a expansão da presença pode causar alterações genéti-
humana no espaço. Ao longo desse processo, novas tecnologias são geradas, tanto para a cas, muitos cientistas acreditam
sobrevivência humana no espaço como também na Terra. Portanto, a Astrobiologia reflete que essa radiação tem sido im-
o espírito humano de querer conhecer mais, de querer entender os motivos pelos quais portante no processo evolutivo
nós estamos aqui hoje. da vida em nosso planeta. [...] De
qualquer forma, nossa atmosfe-
ra é uma proteção natural contra
os raios cósmicos. Astronautas e
3 viajantes espaciais em viagens
Nos Estados Unidos, o senhor trabalha na Nasa. Qual é o seu trabalho? longas devem encontrar um
modo eficiente para minimizar a
Sou cientista do Blue Marble Space Institute of Science (BMSIS), um dos diversos
exposição aos raios cósmicos.
institutos de pesquisa que prestam serviços para a Nasa. Meu local de trabalho é o Centro
Ames de Pesquisas da Nasa, no Vale do Silício, Califórnia, EUA. Lá eu faço parte de dois RAIOS cósmicos. Instituto de Física
da Universidade de São Paulo.
projetos de pesquisa. São Paulo, c2022. Disponível em:
Um deles é a Missão Espacial que tem como objetivo coletar dados para verificar https://portal.if.usp.br/fnc/en/
como a variação da gravidade interfere no crescimento e nos processos de reprodução de node/353. Acesso em: 30 jun. 2022.
determinadas bactérias. Queremos saber se esses processos biológicos irão se comportar
da mesma maneira em outros planetas. Ao finalizar a leitura da entre-
O outro projeto visa testar como as radiações a que os astronautas podem estar expostos vista, questionar à turma se eles
no espaço afetam o DNA de glóbulos brancos do sangue humano, buscando algum padrão sabiam que estudantes podem
que possa ser usado para a seleção dos futuros astronautas que irão a Marte nas próximas participar indiretamente de mis-
décadas. Ou seja, queremos buscar um fenótipo, que já exista, de maior resistência aos efeitos sões espaciais, por meio de proje-
SVEKLOID/SHUTTERSTCOCK.COM
nocivos dos níveis de radiação presentes no espaço. Esse conhecimento poderá beneficiar tos e experimentos que são reali-
também tratamentos de câncer por radioterapia aqui na Terra, pois permitirá o uso de doses de zados por astronautas no espaço.
radiação mais eficientes e específicas para cada indivíduo, aumentando as chances de sucesso
Aproveitar a oportunidade
e reduzindo os efeitos colaterais associados a esse tipo de tratamento.
para verificar o interesse deles
pelo assunto e para encorajá-los
a procurar mais informações, au-
251 xiliando-os nas pesquisas.
Incentivar os estudantes a 4
conversar sobre áreas que lhes O que o senhor pode falar a
interessam e a adquirir conheci- respeito dos clubes ou grupos de
mento sobre elas. Caso alguém Astronomia espalhados pelo Brasil?
da turma demonstre interesse Qual é a importância desses movi-
em seguir uma carreira cientí- mentos para a Astronomia e a
fica, incentivá-lo a conhecer os Astrobiologia?
Institutos Federais de Educação, Esses clubes preenchem um
espaço muito importante na formação
Ciência e Tecnologia e a infor-
de qualquer pessoa que gostaria de tra-
mar-se sobre os cursos que são
balhar com Astronomia ou Astrobiologia.
oferecidos. Essa é uma maneira Eles permitem o acesso a um tipo de conhe-
de auxiliar os estudantes a iden- cimento prático que coloca as pessoas em uma
tificar sua vocação profissional, conexão material íntima com o Universo. Adolescente observando início
que poderá ser melhor elucidada Também amplia as noções de espaço e de eclipse da Lua em telescópio
e aprofundada durante todo o de tempo e, ao mesmo tempo em que nos durante evento no Rio de Janeiro
Ensino Médio. Além disso, diver- faz sentir pequenos em relação ao Universo, (RJ), 2018.
sas universidades oferecem cur- também nos faz sentir grandes em relação ao que conhecemos e ao que ainda
sos gratuitos para a comunidade. temos por conhecer. Isso gera um empoderamento que pode ser o grande
Incentive-os a pesquisar sobre diferencial em qualquer carreira.
a disponibilidade de cursos nas
universidades da região.
5
Comentários sobre
Que conselhos o senhor daria aos estudantes brasileiros que
as atividades gostariam de participar de projetos semelhantes aos que o senhor
4. Resposta pessoal.
3. Enfatizar que a pesquisa cien- Professor, incentivar participa ou participou?
tífica voltada à compreensão e uma conversa entre Meu conselho é que os estudantes identifiquem o quanto antes uma
os estudantes sobre paixão intrínseca por alguma área do conhecimento em que eles queiram
à manutenção da vida na Terra o assunto. Caso
também é uma das principais exista algum clube saber mais sobre um determinado assunto e aprimorem suas habilidades nessa
da Astronomia/ área. A partir daí, é fundamental ter bastante disciplina e foco para manter
contribuições da Astrobiologia Astrobiologia na uma rotina regular de estudos diários. Com o tempo, as oportunidades irão
para a sociedade. cidade, ou na região,
surgir. Aí, é preciso ter coragem para fazer escolhas. Ao longo desse processo,
SVEKLOID/SHUTTERSTCOCK.COM
promover uma visita
4. No link a seguir, é disponibili- dos estudantes certamente existirão altos e baixos, mas isso faz parte da própria vida, que,
zada uma lista de diversos clu- até o clube ou dos por natureza, está em constante transformação. O importante é termos em
membros do clube mente o foco e, no coração, o combustível que nos moverá para as nossas
bes de astronomia no Brasil. até a escola, para
Pesquisar antecipadamente se uma observação dos conquistas e realizações.
astros. Caso não
existe algum na sua cidade. exista, é possível LIMA, Ivan Gláucio Paulino. Biofísico e cientista do Blue Marble Space Institute of Science.
entrar em contato Entrevista exclusiva para esta obra.
• CLUBES e associações de As- com algum grupo já 3. Gerar novas tecnologias, tanto para a sobrevivência do ser humano no espaço quanto na Terra.
tronomia do Brasil. Google organizado e pedir
informações sobre 3 Cite uma das importâncias da Astrobiologia para a sociedade de acordo com o biólogo e
sites. [S. l.], [2019?]. Disponí- como proceder para astrobiólogo Dr. Ivan.
vel em: https://sites.google. realizar uma obser-
com/site/proflanghi/clubes. vação, que materiais 4 Você conhece ou tem vontade de participar de algum clube ou grupo de Astronomia?
são necessários etc.
Acesso em: 27 jun. 2022.
252
No link a seguir, é possível acessar a lista de to- ricas da USP disponibiliza, no link a seguir, livros, das pesquisas brasileiras em Astrobiologia,
dos os Institutos Federais que existem no Brasil. apostilas e cursos de Astronomia com diferentes em português.
• BRASIL. Ministério da Educação. Instituições níveis de aprofundamento. • PAULINO-LIMA, Ivan G.; LAGE, Claudia de
da rede federal. Brasília, DF: MEC, c2018. • LIVROS e apostilas. Instituto de Astronomia, A. S. Astrobiologia: definição, aplicações,
Disponível em: http://portal.mec.gov.br/re Geofísica e Ciências Atmosféricas. São Pau- perspectivas e panorama brasileiro. Bole-
de-federal-inicial/instituicoes. Acesso em: lo, [2021?]. Disponível em: https://www.iag. tim da Sociedade Astronômica Brasilei-
30 jun. 2022. ra, São Paulo, v. 29, n. 1, p. 14-21, 2010.
usp.br/astronomia/livros-e-apostilas. Acesso
Disponível em: https://sab-astro.org.br/
O Departamento de Astronomia do Instituto em: 30 jun. 2022. wp-content/uploads/2018/10/Paper2.pdf
de Astronomia, Geociências e Ciências Atmosfé- O artigo a seguir discorre sobre o panorama Acesso em: 30 jun. 2022.
252
ALAMY/FOTOARENA
sença dos gases por si só não é
capaz de manter o efeito estufa
por longos períodos. Também é
necessário que existam meca-
nismos que regulem a presença
desses gases na atmosfera, im-
pedindo que seu excesso aqueça
demais o local ou que sua escas-
sez torne a temperatura baixa
demais.
Se julgar pertinente, explicar
que esses mecanismos são fenô-
menos geológicos, como a ativi-
dade vulcânica, que lança esses
A vida como conhecemos depende da gases de maneira contínua na
existência de água líquida. Na fotografia, atmosfera; a tectônica de placas,
tuiuiú (Jabiru mycteria) se alimentando, que recicla o material rochoso
no Pantanal (MS), 2016.
presente no magma; e a erosão
e o intemperismo, que levam os
1,5 m
253 minerais a reagir com os gases
presentes na atmosfera, contro-
lando a sua concentração.
10:10 ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
D3-CIE-F2-2104-V9-U8-LA-G24.indd 253 Zona habitável 17/07/22 10:10
SELMA CAPARROZ
0 0,1 1 10 40
bita com raio 10, isso significa
que seu raio possui 10 vezes o ta- Raio da órbita em relação à Terra
manho do raio da órbita da Terra
(1000%), e assim por diante.
Explorar a figura e a localiza- Elaborado com base em: GALANTE, Douglas et al. (org.). Astrobiologia: uma ciência emergente.
São Paulo: Tikinet Edição: IAG/USP, 2016. p. 76.
ção do planeta fictício Y propicia
Esquema comparando a zona habitável do Sistema Solar com a zona habitável
condições para a mobilização da de outros possíveis sistemas planetários. As escalas utilizadas no esquema
habilidade EF09CI16. Enfatizar # FICA A DICA não apresentam proporção.
que, apesar de a Terra ser o único Apesar da existência
planeta do Sistema Solar localiza- de inúmeras zonas Observe na ilustração que a Terra é o único planeta do Sistema
do na zona habitável, pode haver habitáveis no Universo Solar localizado na zona habitável. Agora, considere que os planetas X
e da esperança de e Y formem outro sistema planetário, ao redor da estrela Z, que possui
outros planetas de outros siste- poder encontrar alguma
massa 1,5 vezes maior do que a do Sol. Em virtude do tamanho da
mas planetários nela, assunto forma de vida em outros
locais dele, um novo estrela e do raio da órbita dos planetas, nessa situação, o planeta Y
que será estudado mais adiante estudo reduziu essa apresenta condições de abrigar vida, enquanto o planeta X não, pois
na Unidade. possibilidade. Acesse o está fora da zona habitável.
A análise do esquema contem- link a seguir e entenda
os motivos. Disponível
pla a competência geral 2 e a em: https://br.sputni Luas habitáveis
competência específica 3. knews.com/20190612/
motivo-reduz-espe Se o principal critério para classificar um astro como tendo con-
O #FICA A DICA disponível no rancas-vida-extrater dições para abrigar a vida é apresentar água no estado líquido, então,
Livro do estudante apresenta restre-14047733.html. algumas luas (satélites naturais) de nosso Sistema Solar podem apresentar
um estudo que reduz a possibi- Acesso em: 18 maio
essa condição, mesmo estando fora da zona habitável. Por isso, esses
2022.
lidade de encontrarem planetas astros têm sido explorados por pesquisadores nas últimas décadas.
nas zonas habitáveis nos quais a
vida seja possível. Discutir com os 254
estudantes os argumentos apre-
sentados no estudo.
em Titã, maior lua de Saturno
D3-CIE-F2-2104-V9-U8-LA-G24_AV1.indd 254 e segunda maior 19/07/22 08:46 D3-C
Luas habitáveis do Sistema Solar. Na lua Enceladus também há
#FICA A DICA, Professor
Comentar com os estudantes evidências de presença de água líquida sob a Para saber mais sobre a missão espacial Cassini-
que, além das luas de Júpiter, há superfície de gelo. -Huygens e sobre a lua Titã, ler a reportagem dis-
evidências da presença de água ponível no link a seguir.
em algumas luas de Saturno. A • ZOLNERKEVIC, Igor. Paisagens de Titã. Pesquisa
missão espacial Cassini-Huygens Fapesp, São Paulo, ed. 248, out. 2016. Dispo-
orbitou Saturno de 2004 a 2017, nível em: https://revistapesquisa.fapesp.br/paisa
e os dados recolhidos pela sonda gens-de-tita/. Acesso em: 30 jun. 2022.
revelaram evidências da existên-
cia de água (na forma de gelo)
254
OCEANICWANDERER/SHUTTERSTOCK.COM
têm direcionado os cientistas a pesquisar por sonda Galileo. O objetivo da
seres vivos na Terra que vivam em locais de missão é obter algumas amos-
condições semelhantes. Bactérias foram encon- tras desse líquido, para buscar
tradas sobrevivendo no interior das camadas possíveis microrganismos que
de gelo da Groenlândia e da Antártida, a cerca existam ali. Comentar que es-
de 3 000 m de profundidade. Nesses locais, as sas plumas de água, que po-
temperaturas são muito abaixo de 0 °C, a luz está dem ser jatos de água líquida
ausente, a pressão é muito alta, a concentração de ou vapor de água, também fo-
gás oxigênio é baixa e existe pouca disponibilidade ram detectadas pelo telescópio
de água líquida. Ainda assim, a existência de vida espacial Hubble.
nessas condições apoia a possibilidade de haver vida Representação artística do satélite
na lua Europa. Europa, uma lua de Júpiter. Gelo em Marte
Explicar aos estudantes que,
Gelo em Marte juntamente com Europa, Marte
é um dos principais alvos para
Apesar de não estar em uma zona habitável, Marte apresenta água
a busca de vida fora da Terra.
congelada. Segundo estudos, Marte teve água líquida há milhões de
No ano de 2018, uma nova
anos e, por isso, acredita-se que teve condições de abrigar vida.
Não se sabe ao certo que eventos aconteceram para que Marte
missão não tripulada foi envia-
virasse um grande deserto vermelho, com água congelada em seus da a Marte, a InSight, com du-
polos. Diversas sondas foram enviadas para estudar o planeta, para o ração prevista de quatro anos.
qual também há planos do envio de missões tripuladas por volta de 2030. O objetivo da missão é estudar
ESA/ROSCOSMOS/CASSIS/CC BY-SA 3.0 IGO
o interior do planeta e suas ca-
madas. As missões enviadas a
Marte serão estudadas com
mais detalhes mais adiante na
Unidade.
Se desejar, indicar aos estu-
dantes a leitura da matéria do
#FICA A DICA, Estudante, em
que são divulgadas algumas
descobertas da sonda InSight
relacionadas à estrutura de
Cratera na região polar norte de Marte contendo água congelada. Fotografia Marte, permitindo a formula-
obtida pela sonda espacial ESA/Roscosmos ExoMars Trace Gas Orbiter, em 2021. ção de hipóteses em relação à
idade marciana em compara-
255 ção com a da Terra.
255
os estudantes compreendam Conhecer esses ambientes aqui na Terra e os seres vivos que nele habitam pode
NO LIVRO.
256
Ao comentar sobre a possibi- Atualmente, diversos robôs estão na superfície de Marte, cole-
tando e analisando amostras e enviando dados para nosso planeta.
lidade de exploração humana,
Em 2020, foi enviado a Marte o robô Perseverance (do inglês, per-
mencionar que o Programa de
severança), com a missão de investigar a potencial existência de vida
Exploração de Marte determinou
no planeta. Entre suas tecnologias, está um instrumento capaz de
e determinará diversas missões
gerar gás oxigênio a partir do gás carbônico encontrado na atmos-
com objetivos específicos ao pla-
fera marciana – o que seria fundamental para suprir os astronautas
neta. Explicar também que, até
durante a missão.
meados de 2022, existiam oito
Diversas tecnologias têm sido desenvolvidas e testadas para
missões da Nasa em curso em auxiliar nessa missão, como novos foguetes para o lançamento, naves
Marte, todas não tripuladas. A espaciais, instrumentos de análise do relevo e da composição química
missão Mars Odyssey, por exem- de materiais, além de trajes adequados, que confiram proteção aos
plo, enviou uma sonda à órbita astronautas
de Marte em 2001, cujas medi-
ções permitiram aos cientistas Representação artística da nave espacial Orion. Desenvolvida pela Agência
criar mapas dos elementos quí- Espacial Europeia (ESA), foi projetada para longas viagens espaciais, permitin-
micos encontrados e identificar do missões por todo o Sistema Solar.
regiões que apresentavam gelo.
NASA
Além disso, a sonda identificou
locais de radiação alta em Mar-
te – informação essencial para a
exploração humana do planeta,
por conta de seus efeitos prejudi-
ciais à saúde.
Apresentar também aos estu-
dantes a missão Mars Exploration
Rover – Opportunity, que enviou
um robô à superfície de Marte em
2003. Explicar a eles que essa mis-
são auxiliou os estudos e a carac-
terização da variedade de rochas e
do solo marciano, além de, recen-
temente, ter encontrado evidên-
cias que sugerem que o planeta
pode ter abrigado vida em tempos
antigos. Uma delas seria a desco-
berta de moléculas formadas por
carbono, hidrogênio, oxigênio,
nitrogênio e outros elementos –
moléculas associadas à vida.
O vídeo disponibilizado no link
do #FICA A DICA, Professor
traz boas informações sobre a
pesquisa acerca de exoplanetas,
as quais auxiliam as discussões
sobre mundos muito diferentes
do nosso.
258
258
HÉCTOR GÓMEZ
A coordenação motora, o equilíbrio Problemas de visão podem ocorrer.
e a locomoção são afetados.
Além dos problemas fisiológicos,
também pode haver consequên-
cias psicológicas. Ter quatro pesso-
Os ossos perdem as [...] em uma cápsula durante seis
densidade. meses pode provocar incompatibi-
Os fluidos corporais são lidade entre elas. Por isso, os gru-
distribuídos de forma anormal pos da expedição são selecionados
pelo corpo, concentrando-se O organismo pode se
tornar mais suscetível cuidadosamente levando em conta
na parte superior.
a alergias. que possam trabalhar eficazmente
em equipe. [...] A isso se deve somar
possíveis transtornos do ritmo cir-
Os músculos Pode haver mudanças cadiano, já que, segundo Clemente
esqueléticos perdem na pressão sanguínea.
massa e força. [diretor do Museu da Ciência de
Barcelona], “em uma nave orbital
você pode ver um nascer e um pôr
do sol a cada 90 minutos. Portanto,
O risco de desenvolvimento o ritmo de 24 horas se desmonta”.
de cálculos renais aumenta
por causa da redução do RUBIO, Isabel. Por que os astronautas
volume de sangue que crescem até 5 centímetros quando
Ocorrem problemas na produção
passa pelos rins. de células de defesa do corpo. vão ao espaço. El País, Madrid,
10 jan. 2018. Disponível em: https://
brasil.elpais.com/brasil/2018/01/10/
Elaborado com base em: THE HUMAN Body in Space. Nasa. Washington, D.C., 2 fev. 2021. Disponível em: https:// ciencia/1515596656_020248.html.
www.nasa.gov/hrp/bodyinspace. Acesso em: 18 maio 2022. AS CORES NÃO Acesso em: 30 jun. 2022.
SÃO REAIS.
Esquema indicando os efeitos da gravidade e das radiações no corpo humano durante longos
períodos no espaço. IMAGEM FORA Propor que os estudantes dis-
DE PROPORÇÃO.
cutam as posições defendidas
Estimativas da World Population Data Sheet do ano de 2020 apontam para a
existência de cerca de 9,9 bilhões de pessoas no mundo em 2050. Esse aumento pode
pelos dois grupos de cientistas em
provocar o esgotamento de recursos naturais disponíveis na Terra. Além disso, ativi- relação aos altos custos das via-
dades humanas descontroladas podem intensificar ainda mais o efeito estufa natural. gens espaciais, estimulando-os a
Com base nesses fatos, alguns cientistas afirmam que os altos custos das missões buscar soluções consensuais.
espaciais deveriam ser revertidos para áreas de pesquisa que tenham aplicação direta para
resolver esses problemas. Pelos mesmos motivos, outros acreditam que a exploração inter-
Comentário sobre
planetária será essencial e necessária para a sobrevivência de nossa espécie, a longo prazo. a atividade
Alguns defendem que as viagens espaciais propagariam a vida humana pelo Universo 5. Aproveitar para fazer um de-
e seriam interessantes para atender às curiosidades de exploração dos seres humanos. bate com os estudantes. Se-
parar a turma em dois grandes
5 E você, considerando seus conhecimentos atuais, como se posiciona em relação ao
grupos, um com aqueles que
investimento em missões espaciais? Converse com seus colegas.
concordam com os investi-
mentos em viagens espaciais
259 e outro com aqueles que não
concordam. Estimular que de-
fendam seus pontos de vista,
mas que também prestem
10:10 ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
D3-CIE-F2-2104-V9-U8-LA-G24.indd 259 Com relação aos ossos, explicar que 17/07/22
eles ten-
10:10
dem a perder cálcio, mineral que os forma, o que atenção aos argumentos dos
Ao abordar os danos causados pela ausência pode levá-los a se tornar fracos e quebradiços. colegas com opiniões contrá-
de gravidade, comentar que, nessa situação, o Comentar que estudos feitos nas viagens das rias às suas. Aproveitar a opor-
sistema cardiovascular tende a redistribuir o flu- missões Apollo 14 e Apollo 16, missões que fo- tunidade para reforçar que
xo sanguíneo dos membros inferiores aos mem- ram até a Lua após a Apollo 11, demonstraram devemos sempre respeitar opi-
um índice de perdas de minerais no osso calcâ- niões diferentes das nossas.
bros superiores e à cabeça, o que pode provocar
neo de 5% a 6%, que são valores muito acima
o aumento da pressão sanguínea na região, oca- do esperado, de 0,1% ao ano.
sionando problemas de saúde, como um aciden- Em relação aos efeitos sobre os rins, explicar
te vascular cerebral. aos estudantes que, com menor passagem de
259
ADÃO
preenderam o que é Astrobio- argumentos seriam a
logia e qual é a importância propagação da vida pelo
Universo e a curiosidade
de seus objetos de estudo. Ao exploratória do ser
trabalhar com a questão, enfa- humano.
tizar à turma que as pesquisas
realizadas pela Astrobiologia
são de grande importância
para o conhecimento da vida ADÃO. [Acabo de
na Terra e para a compreensão encontrar vida em
Marte!!!]. O Mundo
de como poderia ser a vida em Maravilhoso de Adão
Iturrusgarai. [S. l.], 2003.
outros locais do Universo.
a) O contexto da tirinha refere-se à descoberta de vida no planeta Marte. Considerando o que
2. Aproveitar a oportunidade para você estudou, isso seria possível?
descaracterizar a representa-
b) Considerando as características da vida na Terra, cite alguns fatores que os cientistas procu-
ção da vida extraterrestre em ram em outros planetas para classificá-los como com potencial para abrigar vida.
Marte tradicionalmente feita
pela mídia, como representada 3. Ao estudar a zona habitável na galáxia, um estudante fez a seguinte afirmação: “A Terra
é o único planeta em que existe vida no Universo por causa de suas condições únicas
na tirinha por criaturas verdes.
de temperatura, que permitem a existência de água no estado líquido”. Você concorda
Dizer que boa parte das pesqui-
com o estudante? Justifique sua resposta. Resposta pessoal.
sas que buscam pela existên-
cia de vida em outros planetas 4. Analise a charge a seguir e responda às questões. 4. d) Resposta pessoal.
do Sistema Solar consideram a) O que é representado na charge?
JEAN GALVÃO/FOLHAPRESS
a possibilidade de se tratar de b) Essa charge pode ser interpretada como
formas de vida simples, como uma crítica à exploração espacial que
microrganismos. Sobre outros busca condições favoráveis à vida, con-
siderando que não exploramos o nosso
sistemas estelares, não é possí- planeta de forma a valorizar e a preser-
vel fazer afirmações. var a vida aqui existente. Você concorda
As atividades 2 e 3 visam reto- com essa crítica? Por quê?
mar as características necessárias c) Alguns cientistas apresentam argumentos
a um planeta ou a uma lua para favoráveis à exploração espacial, indepen-
dentemente de como vem sendo feita
que possam abrigar vida. Nesse
a exploração dos ambientes da Terra.
momento, retomar o conceito Explique alguns desses argumentos.
de zona habitável, local onde há d) Elabore uma tirinha, uma música ou um
maior chances de se encontrarem poema que mostre e contraste ambos
planetas e luas com essas carac- os entendimentos em relação à explo-
terísticas. Explicar aos estudantes ração espacial. Apresente o material GALVÃO, Jean. [Charge Marte e Amazônia]. Folha de S. Paulo,
que, até o momento, não há evi- produzido aos seus colegas. São Paulo, 28 jun. 2008.
dências de vida fora do planeta, 2. b) Existência de uma estrela estável, de vida longa; ser um planeta rochoso; ter água líquida em
mas a presença de gelo e a possi- 260 sua superfície; ter uma atmosfera semelhante à da Terra.
peranças aos cientistas de que se- bre as características locais que podem possibi- tência geral 7 e da competência específi-
jam encontrados microrganismos litar a existência de vida e sobre a definição de ca 5. O objetivo é retomar as diferentes posi-
extremófilos nesses locais. Além zona habitável. ções dos cientistas e da população em geral
disso, há possibilidade de que exis-
3. Nesta atividade, é possível que os estudantes com relação às viagens espaciais. Aproveitar a
tam planetas com características
considerem a possibilidade de que existam, oportunidade para reforçar que, independen-
semelhantes às da Terra em locais
em algum lugar do Universo, condições para temente de ser contra ou a favor de investi-
do Universo ainda desconhecidos.
a existência de vida similares às da Terra. mentos para as explorações, é preciso tomar
É possível utilizar estas duas
atividades como avaliação para 4. Esta atividade possibilita discussões que con- medidas e ações sustentáveis, a fim de reverter
260
SELMA CAPARROZ
existência de água no estado
1
líquido.
b) Gliese 581 g, Gliese 581 d e
Gliese 581 c. Professor, consi-
Sol
derar, caso os estudantes res-
Massa da estrela (em massas solares)
O ASSUNTO É…
Se desejar, é possível orientar
O ASSUNTO É...
os estudantes a realizarem a ati-
vidade 3 da seção Ciência em
ação (página 267 do Livro do Spin-offs
Estudante) antes de trabalhar
esta seção. A atividade referida Diversas tecnologias foram criadas com o objetivo de garantir o
solicita que façam uma pesquisa sucesso de missões espaciais tripuladas, oferecendo aos astronautas condi-
sobre derivações de tecnologias ções seguras de sobrevivência no espaço. Muitas dessas tecnologias foram
adaptadas para uso em nosso cotidiano; elas são conhecidas como spin-
espaciais utilizadas em sua co-
-offs. Observe alguns exemplos.
munidade, analisando sua fre-
quência de uso. Ao finalizarem
o trabalho com a atividade, os
estudantes podem avaliar se as MONITOR CARDÍACO
O monitor cardíaco
tecnologias consideradas são as atualmente utilizado
ALIMENTOS LIOFILIZADOS
mesmas que as trazidas no info- Os alimentos liofilizados em hospitais derivou de
um sistema criado para
gráfico desta seção ou se são dis- apresentam baixíssimo teor de
monitorar os batimentos
PURIFICADOR DE ÁGUA água e devem ser hidratados
tintas, compartilhando-as, nesse O purificador de água utilizado no momento do consumo. Esse cardíacos dos astronautas
caso, com a turma. em residências derivou de um tratamento é interessante para em viagens espaciais.
sistema de filtros capaz de a conservação do alimento,
O infográfico presente nesta se- limpar as fontes de água de pois reduz a decomposição e
ção tem o objetivo de despertar a naves espaciais. a contaminação e aumenta
a estabilidade. Eles foram
curiosidade dos estudantes a res- desenvolvidos para alimentar
peito da exploração espacial e de astronautas durante viagens
aproximar o assunto do cotidiano espaciais longas.
ou de outras empresas.
Apresentar outro contexto em
que o termo spin-off costuma ser das por agências espaciais
D3-CIE-F2-2104-V9-U8-LA-G24.indd 262 que utilizamos em Comentários sobre as atividades 17/07/22 10:10 D3-C
utilizado, como para filmes e sé- nosso cotidiano, como o creme dental comes-
ries desenvolvidos a partir de ou- tível, utilizado para a higiene bucal de pacien- 1. Spin-offs são tecnologias desenvolvidas com
tros já existentes. Normalmente tes incapacitados, e o termômetro que mede a determinada finalidade, mas que acabam ten-
spin-offs de filmes ou séries são temperatura corporal em segundos, fabricado do aplicações em outra área também. Entre
produzidos para explorar uma utilizando-se a mesma tecnologia que mede o os exemplos que foram apresentados estão
nova narrativa a respeito de uma calor das estrelas. o purificador de água, o monitor cardíaco e
personagem que ganha notorie- Esta seção contribui para o desenvolvimento a espuma viscoelástica, derivadas de tecno-
dade do público. da competência específica 2, além de abordar logias desenvolvidas em programas e mis-
Comentar sobre outras tec- o tema contemporâneo transversal Ciência e sões espaciais. A atividade tem o objetivo de
nologias que foram desenvolvi- Tecnologia. levar os estudantes a interpretar o infográfico,
262
CRIS ALENCAR
A espuma viscoelástica astronautas.
atualmente utilizada em
travesseiros e colchões
que os estudantes conheçam
ortopédicos foi desenvolvida a origem de tecnologias que
para absorver impactos em são comuns em seu cotidia-
assentos de ônibus espaciais.
no, analisando comparativa-
mente a finalidade que pos-
suíam quando foram criadas
e a finalidade que passaram
PURIFICADOR DE AR
a ter posteriormente em nos-
O purificador de ar utilizado em sa sociedade. Caso não seja
residências e em estabelecimentos possível produzir um vídeo,
comerciais para eliminar eventuais
patógenos no ambiente derivou incentivá-los a produzir uma
de depuradores de ar criados apresentação utilizando slides
ÓCULOS DE SOL para eliminar a presença de gás
A tecnologia capaz etileno, responsável por acelerar e outras mídias digitais. Esta
de filtrar a radiação o amadurecimento de frutos. A atividade contribui para o de-
ultravioleta utilizada nas presença desse gás não é desejável
lentes de óculos de sol em viagens espaciais muito senvolvimento da competên-
foi derivada de cortinas longas, nas quais os astronautas cia geral 5 e da competência
de soldagem. Essas possivelmente precisarão cultivar
cortinas foram criadas em seu próprio alimento em estufas específica 6.
laboratórios espaciais para espaciais.
absorver, filtrar e dispersar
a radiação danosa #FICA A DICA, Professor
produzida em trabalhos Elaborado com base em: SPINOFF. Nasa. Para saber mais sobre a Agência
com laser e soldagem. Washington, D.C., [2019?]. Disponível em: https://
spinoff.nasa.gov/. Acesso em: 18 maio 2022. Espacial Brasileira, acessar o link a
seguir.
• Atividades NÃO ESCREVA
NO LIVRO.
• AGÊNCIA ESPACIAL BRASILEI-
RA. Brasília, DF, [2019?]. Site.
1 O que são spin-offs? Cite um exemplo. Resposta nas Orientações para o professor.
Disponível em: https://www.
2 A partir dos exemplos citados, é possível dizer que a Astronomia influencia o cotidiano da so- gov.br/aeb/pt-br. Acesso em: 30
ciedade humana? Por quê? Sim, pois para uma missão espacial, diversos estudos são realizados e muitos jun. 2022.
acabam propiciando o desenvolvimento de tecnologias que acabam por influenciar nosso cotidiano.
3 O Programa Espacial Brasileiro, desenvolvido pela Agência Espacial Brasileira (AEB), também con-
tribuiu com o desenvolvimento de novas tecnologias. Um exemplo é a produção de um aço leve e de
alta resistência. Esse material é utilizado nos trens de pouso de aviões comerciais, além de ter outras AVALIANDO
aplicações. Você sabia que, no Brasil, também há uma agência espacial? Qual é a importância disso? Durante o desenvolvimento dos
Resposta pessoal.
4 Forme um grupo com seus colegas e realizem uma pesquisa sobre outras duas tecnologias que Temas, é possível avaliar os conhe-
foram desenvolvidas para pesquisas espaciais, destacando qual foi sua finalidade inicial e qual cimentos dos estudantes. Neste
é sua utilização aqui na Terra. Com os resultados obtidos, produzam um vídeo e o compartilhem momento, sugerimos uma avalia-
em redes sociais ou no site da escola. Resposta pessoal. ção que compreenda os conteúdos
presentes em toda a Unidade 8,
ao longo da qual puderam desen-
263 volver e mobilizar as habilidades
EF09CI15 e EF09CI16. Ver orien-
tações sobre avaliações na página
XLVIII deste Manual do professor.
10:10 refletindo sobre como os estudos astronômi-
D3-CIE-F2-2104-V9-U8-LA-G24.indd 263 3. O objetivo deste questionamento é aproximar
17/07/22 10:10
cos contribuem não somente para ampliar o os estudantes da realidade brasileira sobre a
conhecimento científico sobre o Universo, Astronomia. Apesar de o Brasil não ter tantos
mas também para o desenvolvimento de no- recursos e tecnologias disponíveis quanto ou-
vas tecnologias. tros países, os pesquisadores brasileiros fazem
importantes contribuições para a Astrono-
2. Comentar que os estudos são voltados para au- mia. Ao trabalhar a atividade, comentar um
mentar as chances de sucesso das missões e a pouco mais sobre a Agência Espacial Brasilei-
segurança dos astronautas e que grande parte ra e seus programas, por exemplo, a missão
dessas tecnologias acaba gerando aplicações Amazônia 1, que prevê a construção de três
derivadas, ao que se denomina spin-offs. satélites de sensoriamento remoto para o mo-
263
SPEEDKINGZ/SHUTTERSTOCK.COM
Aula 4: produção do vídeo informativo
sobre o manual.
• Atividade 2: 3 aulas
BENTINHO
Comer e
hidratar-se
LEMBREM-SE: existem diversas maneiras de se construir um de um mapa mental (estrutura);
mapa mental. Escolham a maneira que mais agrade ao grupo.
como construir um mapa mental
(passo a passo e apresentação
Alongar-se
Corpo
Fazer pausas
curtas
Organizado dos exemplos dos mapas confec-
Tomar sol
cionados); e recomendações de
Iluminado
Fixar
links externos complementares
Ler livro sobre
outros assuntos
Mente horário
Tempo ao assunto. Caso essa estrutura
Silencioso ou Música calma
Ambiente
ambiente seja adotada, sugere-se que pro-
Conversar Foco nos
estudos
duzam um vídeo informativo so-
Objetivos
Arejado bre os três primeiros tópicos, de
modo que contribua para o en-
Organizar a
sequência do Offline Bloquear tendimento dos futuros leitores
estudo Desligar sites fora
celular do estudo do material produzido.
O vídeo pode ser gravado com
Priorizar o
que é mais a câmera dos celulares dos estu-
Como? Deixar
importante
Preparar computador
dantes e editado com o auxílio de
computador offline aplicativos gratuitos de edição de
Exemplo de mapa mental com o assunto central “foco nos estudos”.
vídeo, que permitem corte de ce-
nas, inserção de efeitos sonoros,
265 entre outros recursos.
Esta atividade oportuniza o
desenvolvimento das compe-
09:58 comitantemente ao trabalho com as Unidades
D3-CIE-F2-2104-V9-FINAIS-LA-G24_AV1.indd 265 verificar se eles compreenderam o que19/07/22
são ma-
08:53
tências gerais 4 e 5.
do Livro do estudante às quais se relacionam. pas mentais, sanando eventuais dúvidas.
No momento reservado para o levantamento
ATIVIDADE 1 • MAPA MENTAL de ideias iniciais, orientar a turma sobre a melhor
maneira de planejar o modo como irão elaborar
Para a pesquisa de informações sobre mapas os mapas mentais (como será seu design, quais
mentais, verificar previamente a disponibilidade pontos serão destacados etc.) e a organizar a
da sala de informática da escola para possibilitar estrutura do manual digital (quais tópicos serão
aos estudantes o acesso à internet. Caso isso não abordados).
seja possível, orientar que realizem previamente Para a elaboração dos mapas mentais, em um
essa etapa em suas residências. Após a pesquisa, primeiro momento, sugere-se produzir três ma-
265
BENTINHO
estudadas. Elas foram retratadas em
[...] Startup é um termo usado R1 dois momentos diferentes.
para classificar empresas novas e R2
R3 Para facilitar a investigação
que oferecem produtos inovado- R4
Reserva
R5 sobre a poluição das águas do rio
res. Normalmente, esses negócios florestal
estão ligados a soluções tecnoló-
R6 próximo às empresas, a área foi divi-
R7
gicas que tentam atender a algu- dida em 12 setores, indicados de R1
R8
ma necessidade do mercado. […] R9 R10 R11 R12
até R12. Em cada um desses setores,
foi analisada a quantidade de gás
GARRETT, Filipe. O que é startup? Entenda
o significado e como funcionam essas oxigênio dissolvida na água, indicada
empresas. Techtudo. [S. l.], 15 abr. 2020.
R1
em miligrama de oxigênio por litro de
Disponível em: https://www.techtudo.com.
R2 água (mg/L). Os dados obtidos foram
br/noticias/2020/04/o-que-e-startup-en R3
tenda-o-significado-e-como-funcionam-es Reserva R5
R4 comparados com os de uma análise
sas-empresas.ghtml. florestal semelhante feita anteriormente, no
R6
Acesso em: 30 jun. 2022.
R7 ano de 2013, quando as empresas
R8 ainda não estavam instaladas ali, con-
Os dados apresentados no Li- R9 R10 R11 R12
forme mostrado no gráfico a seguir.
vro do estudante são fictícios. Local de Área
Empresa X Empresa Y
Auxiliar os estudantes a analisá- coleta desmatada
EDITORIA DE ARTE
Quantidade (mg/L)
Considerando a proximidade da ter sido forçadas a migrar para outras localidades Considerar também os estudantes que aponta-
empresa X do ponto de coleta ou podem ter sido extintas localmente. Os dados rem ambas as empresas como responsáveis.
R5, os estudantes podem inferir também evidenciam que houve um aumento sig- Esta atividade contribui para o desenvolvi-
que ela foi responsável pela con- nificativo no número de espécies ameaçadas em mento da habilidade EF09CI13, além das com-
taminação da água. 2023, o que permite levantar a hipótese de que petências gerais 2, 7 e 10 e das competên-
Sobre a quantidade de espé- as operações das empresas X e Y representem fa- cias específicas 3, 5 e 8. Também é trabalhado
cies existentes na região, os da- tores de ameaça à existência de algumas popula- o tema contemporâneo transversal Educação
dos mostram que em 2023 foi ções encontradas no local. Essa análise não permi- ambiental.
menor que em 2013. Isso sugere te a inferência de qual empresa esteja ocasionan-
que, ao longo do período consi- do esses impactos, mas, por eliminação, pode-se
266
uma atividade em família. Orientar os estudantes a levarem consigo um ce- pedir que tentem relacionar os conteúdos estudados
Uma sugestão de atividade a lular para registro de imagens e sons e um caderno em sala de aula com os ambientes visitados.
ser desenvolvida durante a visita a para anotações. Durante a visita, dizer para fotogra- Como forma de avaliação, os estudantes podem
esses locais está descrita na seção farem ou gravarem, por meio de vídeos ou áudios, os produzir um relatório digital que descreva os locais
ambientes que conhecerem e os objetos e/ou seres visitados, o que aprenderam durante a visita e o que
Ampliando.
vivos que observarem. Solicitar, ainda, que façam mais lhes chamou a atenção, além de sentimentos ou
registros das informações fornecidas pelo guia do impressões pessoais. No material, eles podem anexar
local ou disponibilizadas em painéis ou placas e que as fotografias tiradas ou os vídeos e áudios gravados,
anotem tudo o que considerarem relevante. Também caso o relatório seja digital.
268
EDITORA ZAHAR
ce: e outras histórias reais de morte a partir dos elementos químicos, de Sam Kean. Rio de Janeiro:
loucura, amor e morte a par- Zahar, 2011.
tir dos elementos químicos Nesse livro, o autor nos guia por uma incrível história desde a descoberta
e As cientistas: 50 mulheres do átomo, a organização da tabela periódica e a criação de elementos
que mudaram o mundo po- artificiais a como alguns elementos revolucionaram nossa vida.
dem ser sugeridos como leitura
complementar a objetos de co- • As cientistas: 50 mulheres que mudaram o mundo, de Rachel
EDITORA BLUCHER
nhecimento relativos à unidade Ignotofsky. São Paulo: Blucher, 2017.
temática Matéria e energia do Conheça as importantes contribuições de 50 mulheres à ciência e à tec-
9o ano da BNCC, estudados ao nologia, desde a antiguidade até a contemporaneidade.
longo das Unidades 1, 2 e 3 deste
Volume. • Novos dinos do Brasil, de Luiz Eduardo Anelli. São Paulo: Peirópolis,
EDITORA PEIRÓPOLIS
Recomendar a leitura dos li- 2020.
vros Novos dinos do Brasil e Nesse livro, você vai conhecer algumas das espécies de dinossauros
Um dia, um rio como forma de que existiam no Brasil há milhões de anos, bem como a história de sua
aprofundar o trabalho com ob- descoberta.
jetos de conhecimento perten-
centes à unidade temática Vida • Um dia, um rio, de Leo Cunha. São Paulo: Pulo do Gato, 2016.
EDITORA MODERNA
abordagem de objetos de co- 2014.
nhecimento da unidade temática Conheça histórias mitológicas de povos indígenas brasileiros sobre fenô-
Terra e Universo do 9o ano da menos que ocorrem na natureza e no Universo.
BNCC, estudados ao longo das
Unidades 7 e 8. • Contato, de Carl Sagan. São Paulo: Companhia de Bolso, 2008.
EDITORA COMPANHIA DE
BOLSO
Orientar que os estudantes fa- Esse romance nos coloca em dúvida quanto a tudo que conhecemos,
çam a leitura dos livros em suas mostrando que vida extraterrestre não é sinônimo de homenzinhos
residências e marcar uma data verdes vivendo em Marte.
para uma discussão sobre eles
durante a aula. Alternativamen-
te, pode-se realizar a atividade
descrita na seção Ampliando. 270
270
ATKINS, Peter; JONES, Loretta; LAVERMAN, Leroy. Princípios de química: questionando a vida
moderna e o ambiente. 7. ed. Porto Alegre: Bookman, 2018.
Apresenta princípios de Química, como estados físicos da matéria, átomos e moléculas, reações quí-
micas e outros.
BRASIL. Lei nº 9.985, de 18 de julho de 2000. Regulamenta o art. 225, § 1º, incisos I, II, III e VII
da Constituição Federal, institui o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza e
dá outras providências. Brasília, DF: Vice-presidência da República, 2002. Disponível em: http://
www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9985.htm. Acesso em: 14 jun. 2022.
Lei que determina o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza, definindo suas cate-
gorias e atividades permitidas em cada uma delas.
BROWN, Theodore L. et al. Química, a ciência central. 13. ed. São Paulo: Pearson Education
do Brasil, 2016.
Discorre sobre diversos assuntos relacionados à Química, entre eles mudanças de estado físico,
modelos atômicos, estrutura atômica, tabela periódica, reações químicas, equações químicas e
balanceamento.
EXOPLANETS. Nasa. Washington, D.C., 9 jul. 2022. Disponível em: https://exoplanets.nasa.gov/.
Acesso em: 14 jun. 2022.
Site da Nasa que apresenta dados atualizados sobre os exoplanetas descobertos (confirmados e can-
didatos).
GALANTE, Douglas et al. Astrobiologia: uma ciência emergente. São Paulo: Tikinet Edição:
IAG/USP, 2016.
Apresenta fundamentos da Astrobiologia, além de discussões fundamentadas sobre temas perten-
centes à área, como origem da vida, zonas habitáveis e busca por vida fora da Terra.
GRIFFITHS, Anthony J. F. et al. Introdução à genética. 11. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koo-
gan, 2016.
Discorre sobre conceitos e fundamentos relativos à Genética, como genes e alelos, genótipo e fenóti-
po, padrões de herança monogênica e heredogramas.
HALLIDAY, David; RESNICK, Robert; WALKER, Jearl. Fundamentos de física: gravitação, ondas
e termodinâmica. 10. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2016. v. 2.
Apresenta fundamentos de gravitação, ondas e termodinâmica, como tipos de onda, suas proprieda-
des e som.
HALLIDAY, David; RESNICK, Robert; WALKER, Jearl. Fundamentos de física: óptica e física mo-
derna. 10. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2016. v. 4.
Apresenta fundamentos de Óptica e Física Moderna, como ondas eletromagnéticas e espectro eletro-
magnético.
MADIGAN, Michael T. et al. Microbiologia de Brock. 14. ed. Porto Alegre: Artmed, 2016.
Aborda aspectos da Microbiologia, como as contribuições de Louis Pasteur à refutação da geração
espontânea.
MAYR, Ernst. O que é a evolução. Rio de Janeiro: Rocco, 2009.
Aborda aspectos relacionados à evolução dos seres vivos, como um breve histórico do evolucionismo,
as principais contribuições de Lamarck e de Darwin ao pensamento evolutivo e evidências da evolução.
PICAZZIO, Enos (ed. coord.). O céu que nos envolve: introdução à astronomia para educadores
e iniciantes. São Paulo: Odysseus, 2011.
09:58 Aborda assuntos relativos à Astronomia, entre eles leituras do céu feitas por diferentes civilizações e
um histórico dos modelos cosmológicos.
271
271
272
272
Ciências
ENSINO FUNDAMENTAL – ANOS FINAIS
COMPONENTE CURRICULAR: CIÊNCIAS
ISBN 978-85-96-03668-9
9 788596 036689