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AULA 01

História da Química: da alquimia


aos tempos modernos

C OM E Ç A R !
VA MO S
O que é a Química?
Como surgiu esta ciência que você estuda hoje? De onde ela veio, quem foram seus
primeiros pensadores e qual sua relação com a história? Essas são perguntas que podem
não ter uma resposta exata. Na verdade, podem ter várias respostas possíveis, porque a
História está em constante redescoberta.

Primeiramente, precisamos comentar sobre o que é a Química. Hoje, conhecemos a


Química como uma das Ciências que estudam a matéria. Ela anda muito ao lado da
Física – não é à toa que temos a disciplina de físico-química, uma das mais importantes para
explicar vários fenômenos. A Química se preocupa em entender a matéria a partir de um
nível atômico e molecular: suas energias, transformações e comportamento. Os átomos
são as menores unidades que utilizamos na química moderna. Uma combinação desses
átomos resulta em substâncias químicas; se a ligação resultar de um compartilhamento
de elétrons, chamamos então de ligação covalente, e o resultado é uma molécula. Várias
combinações são possíveis e, portanto, existe uma quase infinidade de substâncias
conhecidas e uma infinidade de substâncias a serem descobertas e exploradas.

Contudo, muito antes de entendermos o que é Ciência, tínhamos o


protagonista de tudo: o ser humano. O homem sempre dependeu da
natureza para se manter vivo ao longo da evolução. Mas é claro que
a natureza nem sempre é boazinha e prevê tudo o que precisamos de
bom grado. Era necessário dominá-la.

O homem aprendeu, aos poucos, a manipular os materiais.


Passou pela Idade da Pedra, onde aprendeu a confeccionar
armas e ferramentas utilizando minérios simples. Em
seguida, houve a Idade do Bronze e depois a Idade do
Ferro. A partir daí o desenvolvimento da química confunde-
-se com o desenvolvimento da própria humanidade.
Novos materiais foram surgindo: as moedas e o sistema
econômico monetário; o cultivo de alimentos; o transporte;
a arte.

A Química como conhecemos hoje é compreendida em três níveis. O primeiro


nível é o macroscópico, ou seja, aquilo que podemos observar, fenômenos que
ocorre em objetos “grandes” – como a chama de um gás queimando, uma
mudança de cor num camaleão ou até uma explosão. O segundo nível é o
microscópico. É o que ocorre em nível molecular, atômico e subatômico,
como as partículas do átomo: o elétron, o próton e o nêutron, e as
subatômicas como quarks e glúons. O terceiro e último nível é
o simbólico, e é neste que vamos focar um pouco mais ao
discutir a história da química.

Ela é repleta de símbolos – sempre foi. Mesmo


antes de ser entendida como ciência, já havia símbolos
que representavam alguns elementos da natureza. Os
fenômenos como o fogo, a água, o vento e a terra eram
representados, cada um, com um símbolo diferente. Muito
frequentemente, estes símbolos eram encontrados em rituais
religiosos, como se destinados a divindades. Como a astrologia era
uma crença muito presente, usavam-se muitos símbolos derivados dela.
Até mesmo técnicas como a mistura, a separação ou a fundição de metais
eram representados. A destilação, uma técnica de separação de líquidos, era
representada pelo símbolo de Virgem, ao passo que a precipitação levava o símbolo
de Libra.

É claro que as substâncias levavam nomes bastante diferentes do que conhecemos hoje.
Como a influência da religião e do misticismo era muito grande, os nomes refletiam isso.
Por exemplo, o etanol que conhecemos hoje (presente no posto de gasolina, nas bebidas
alcóolicas e no álcool gel) era chamado de “espírito do vinho” ou “água vital”. Imagine
você indo à farmácia comprar um “espírito do vinho em gel”. A reação do farmacêutico
seria interessante de se observar! Hoje, o nome de uma substância é padronizado pela
União Internacional de Química Pura e Aplicada (IUPAC, na sigla em inglês).

Hoje temos a nomenclatura de “elemento químico”, mas a definição atual não tem nada
a ver com a concepção de elementos da natureza, por exemplo. É comum encontrarmos
em animes, como Avatar – A Lenda de Aang, personagens que têm o poder de manipular
os elementos da natureza. Por definição, hoje, elemento químico é todo conjunto de átomos
que possuem o mesmo número de prótons. Por exemplo, todos os átomos que possuem
a quantidade de 1 próton serão o elemento químico hidrogênio. Os que tiverem 2 serão
hélio; 3, lítio, e assim por diante. Já a água, formada por três átomos, os gases que
queimam com o fogo, os vários componentes da terra e os vários gases que
compõem o ar não são, por definição, elementos químicos.

Você já deve ter ouvido falar, também, sobre a Pedra Filosofal. É o mesmo
nome que aparece na saga Harry Potter, de J. K. Rowling, logo no primeiro
livro, embora não tenha sido uma invenção da autora. Os alquimistas viviam
em busca dela porque se dizia ser uma pedra que transformaria qualquer
metal em ouro. Era também chamada de elixir da vida, pois, além de poder
transmutar (ou seja, mudar a natureza) dos metais, prometia também
cura e vida eterna a quem bebesse uma solução contendo partes da pedra
dissolvidas em vinho – você se lembra do nome alquímico do etanol, presente
no vinho? O nome fazia uma menção à busca pela vida eterna e pela cura.

Além da necessidade de o homem modificar a natureza, surgiu a necessidade


de explicar os fenômenos que observavam. Se ocorriam, por que ocorriam? Seria
sempre daquele jeito, como certo padrão de comportamento? “E se...”. Ao longo da
história, surgiram vários modelos para se explicar a matéria observável. Os modelos
atômicos começaram com Sir. John Dalton, um químico inglês. Ele propôs que os átomos
seriam como bolinhas de bilhar, esferas maciças e indivisíveis, que se combinariam para
formar substâncias. Já Thompson explicou a natureza elétrica da matéria, introduzindo o
elétron, de carga negativa. Rutherford propôs o núcleo, composto de partículas positivas,
e então surgiu a mecânica quântica, que explicaria coisas que a mecânica de Newton não
daria conta de compreender naquela época.

Não vamos analisar com detalhes todos os modelos atômicos, mas é importante notar
uma coisa: um modelo nunca é considerado totalmente ultrapassado. Isso porque ele
pode servir para explicar determinado fenômeno, mas não outro. Por exemplo, mesmo
tendo modelos complexos como a quântica, ainda usamos as bolinhas de bilhar de Dalton
para explicar como gases se comportam em um recipiente. Não precisamos nos preocupar
com cálculos avançados para imaginar bolinhas se chocando, como ocorre em um gás,
certo? Porém, quando vamos estudar ligações químicas, a coisa muda de rumo: agora
sim, temos de recorrer aos modelos mais atuais.

Há ainda muito o que se descobrir na Química, inclusive sobre seu passado. Quem
disse que só de exatas vive a Química está bastante enganado. Compreender o passado
nos permite entender não só de História, mas também a ter um olhar muito mais amplo
desta Ciência tão complexa e instigante que é a Química. Vamos às próximas aulas
conhecer mais?

PARA IR ALÉM

Tio Tungstênio: Memórias de uma infância química.


SACKS, Oliver. Tio Tungstênio: Memórias de uma infância química. SÃO
PAULO: COMPANHIA DAS LETRAS, 2002.

Uma breve história da química: da alquimia às ciências


moleculares modernas
GREENBERG, Arthur. Uma breve história da química: da alquimia às
ciências moleculares modernas. SÃO PAULO: Editora Blucher, 2010.

Referências Bibliográficas

GREENBERG, Arthur. Uma breve história da química: da alquimia às ciências moleculares


modernas. São Paulo: Editora Blucher, 2010.
ATKINS, Peter; JONES, Loretta; LAVERMAN, Leroy. Princípios de química: questionando a vida
moderna e o meio ambiente. Porto Alegre: Bookman Editora, 2018.
KUPATADZE, Ketevan. The history of chemistry and pharmacy development in early and
medieval georgia. Periodico Tche Quimica, v. 16, n. 31, p. 785-790, 2019.

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