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A ideia do átomo na

História da Química
Prof. Robson Resende de Miranda
A palavra átomo e sua origem
Átomo é uma palavra grega que significa não divisível.

a é não

tomo é dividir

A maioria dos filósofos gregos acreditava que a matéria era um único bloco, ligado e
inseparável. Os defensores da ideia do átomo, filósofos como Leucipo e Demócrito iam
contra esta ideia e achavam que a interligação entre os materiais não era tanta assim.
Ao defender o átomo eles diziam que cada coisa é cada coisa, e podia ser separada. E
isto não foi bem aceito na época.
O átomo para Leucipo e Demócrito
O átomo de Leucipo e Demócrito não tinha formato definido. Ele era a porção de
matéria que não podia mais ser dividida. O seu formato, pensavam eles, estava
relacionado às propriedades dos materiais. Os átomos de água deveriam ser esféricos,
pois água escorre quando numa superfície lisa. Já os átomos de areia poderiam ser
cúbicos pois a areia não tem a mesma fluidez da água e forma montinhos.

Note que para eles existiam átomos de água (que hoje sabemos que é uma molécula), e
de areia (que hoje sabemos que é uma mistura).
A Alquimia - A origem
A alquimia teve sua origem naquela crença dos filósofos gregos de que a matéria era
uma coisa só e poderia se transformar. Um dos principais defensores desta ideia foi o
filósofo grego Aristóteles que criou a até hoje famosa “teoria dos 4 elementos” de que
tudo seria composto pela combinação de Terra, Fogo, Água e Ar.

Mas a alquimia se diferencia da filosofia pois os alquimistas acreditavam que um Deus


(Hermes Trimegistus) veio a Terra e deu ao homem todo conhecimento sobre a
matéria registrado na “pedra filosofal” uma tábua semelhante a dos dez mandamentos.
Só que os seres humanos, como na história de Moisés, perderam a escrita divina, e
precisavam a reencontrar.
A alquimia - A Busca
Na Pedra Filosofal que os alquimistas tentavam reencontrar estava descrito:

● Como transformar os materiais em ouro (a chamada transmutação)


● Como fabricar um remédio único para todas as doenças (o elixir da longa vida),
que garantiria vida eterna, pois a velhice era considerada uma doença.

Na verdade estas duas ideias podem parecer distantes, mas estão bem próximas. O
ouro, era considerado na alquimia, o único metal saudável, pois era da cor do sol, que
os alquimistas já enxergavam como a fonte da vida. Transformar um material em ouro,
era curá-lo de suas doenças, assim como curar as doenças nos seres vivos.
A Alquimia - A importância
A Alquimia foi duramente combatida durante séculos devido ao seu vínculo com a
religião. Devido a isto, os alquimistas viveram quase que na clandestinidade durante a
Idade Média. Tinham laboratórios secretos ou viviam como nômades para não serem
pegos. Muitos morreram nas mãos da Inquisição como bruxos ou hereges.

E foi na clandestinidade que eles conseguiram desenvolver técnicas laboratoriais que


permitiram a Química surgir e se desenvolver ao final deste período. O banho-maria
que você usa para fazer pudins ou derreter chocolate, foi criado por eles.

Paracelso, considerado pai da farmácia, foi um dos últimos alquimistas.


Modelo de Dalton
Com o surgimento das ciências no final da Idade Média devido ao surgimento de um
método científico, a ideia do átomo foi retomada, agora com um objetivo bem
específico.
Dalton criou seu modelo para explicar o que eram os fenômenos (ou transformações
químicas) como a queima de uma vela.
Para ele os átomos eram sempre esferas maciças, indestrutíveis e indivisíveis - como
minúsculas bolas de bilhar (sinuca).
Eles se combinam formando moléculas e quando uma reação ocorre estas combinações
se quebram e logo após surgem novas combinações.
Modelo de Thomson
O modelo de Thomson surge no século XIX para explicar aquilo que era a revolução
do momento: a eletricidade.

Os cientistas sabiam que a eletricidade estava presente na maioria dos materiais, e foi
baseado nisto, que Thomson propôs uma partícula menor que o átomo, que existisse
dentro dele e que pudesse sair de quando em quando causando o efeito elétrico. Ele
chamou esta partícula subatômica de elétron, e disse que o seu átomo era uma esfera
maciça, indestrutível e divisível (uma espécie bola de panetone) onde as frutas e passas
eram os elétrons.
Modelo de Rutherford
Foi criado no início do século XX para explicar como a radiação (descoberta pelos
cientistas nesta época) era capaz de atravessar as paredes, mesmo sendo constituída de
matéria (indo de encontro a lei da impenetrabilidade).

O que Rutherford propôs a partir dos resultados de seu experimento é que o átomo
não deveria ser maciço, devendo existir muito espaço dentro dele por onde a radiação
pudesse passar.

O átomo de Rutherford é uma esfera não maciça, formada por um núcleo pequeno e
denso de carga positiva, envolto de uma eletrosfera onde ficam girando elétrons de
modo semelhante aos planetas em torno do sol.
Modelo de Bohr
O modelo de Bohr foi criado um pouco depois do de Rutherford e tinha uma
preocupação bem específica: explicar porque alguns átomos ao receberem energia,
emitiam algum tempo depois, para alguns valores determinados de energia, luz de
cores bem específicas.
Com seu experimento de bombardear gás hidrogênio com quantidades específicas de
energia, Bohr chegou a conclusão que a energia do elétron é quantizada e que se
relaciona a sua posição na eletrosfera. Quanto mais perto do núcleo menor a energia.
Quando recebe energia suficiente para mudar de nível, o elétron vai, mas depois volta e
devolve a energia que recebeu na forma de luz (o fóton). Isto explica fenômenos como
as cores dos fogos de artifício, e fluorescência e fosforescência (coisas que brilham no
escuro).
Dica de Filme para entender a Alquimia: O Físico

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