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CIRCUITOS ELÉCTRICOS

• Engº Carlos Manuel Sebastião

20/10/2023 Carlos Manuel Sebastião


Capítulo I-Electroestática
1.2 Corrente no dipolo
A corrente eléctrica é devida ao deslocamento de electrões pelo que a
corrente que entra no terminal A tem de ser igual à corrente que sai no
terminal B.
A corrente i que percorre um dipolo, corresponde à quantidade de
carga eléctrica q que atravessa esse dipolo, por unidade de tempo:

A corrente de um ampere (1 A) corresponde à passagem de 1 coulomb


(1 Cb) por segundo. O sentido de referência da passagem de corrente,
pode ser escolhido de forma arbitrária: se a corrente passa
efectivamente no sentido escolhido, o seu valor (a sua intensidade) é
positiva; se passa no sentido contrário, é negativa.
NOTA: Tendo em conta que nos condutores metálicos habituais, os
portadores de carga são electrões (cargas negativas), a passagem de A
para B de uma corrente positiva de 1 A, corresponde, fisicamente, à
passagem de B para A de um conjunto de electrões que totaliza, num
segundo, uma carga de –1 Coulomb.
1.3 Diferença de potencial no dipolo
O trabalho produzido pela passagem de cargas através de um
elemento, traduz-se por uma diferença de potencial entre os terminais
desse elemento.
A absorção pelo elemento, de uma energia eléctrica de um Joule (1 J)
quando uma carga de um Coulomb (1 Cb) passa de A para B, provem de
uma diferença de potencial de um volt (1V) medida entre A e B (o
potencial do terminal A está 1 V mais elevado do que o potencial do
terminal B ).
Tensão aos terminais de um dipolo
Se, pelo contrário, o elemento fornece uma energia de um Joule (1 J)
quando uma carga de um Coulomb passa de A para B, essa energia
provem de uma diferença de potencial de um volt (1V) medida entre B
e A (o potencial do terminal A está 1 V mais baixo do que o potencial
do terminal B ).
Quando o elemento absorve energia, o potencial do terminal de
entrada da corrente é superior ao potencial do terminal de saída.
Quando o dipolo fornece energia, o potencial do terminal de entrada
de corrente é inferior ao do terminal de saída .
A diferença de potencial aos terminais de um dipolo também se pode
designar por tensão aos terminais desse elemento. O sentido de
referência desta tensão, pode ser escolhido arbitrariamente: se o
potencial do terminal “+” é, efectivamente, superior ao do terminal “-“,
a tensão é positiva; caso contrário, é negativa.
1.3 Potência no dipolo
A energia dW absorvida ou fornecida por um dipolo num intervalo de
tempo dt é igual ao produto da carga dq que o atravessa, pela diferença
de potencial U aos seus terminais:

dW=u.dq

Para saber se o produto corresponde a uma energia absorvida ou


produzida, há que ter em conta os sentidos de referência escolhidos
para a corrente e para a tensão aos terminais do dipolo.
Por definição de corrente que atravessa um dipolo, tem-se:
𝒅𝒒
i=
𝒅𝒕
Pelo que resulta que a potência absorvida p ou produzida pelo dipolo,
vem :

Para saber se o produto corresponde a uma energia absorvida ou


produzida, há que ter em conta os sentidos de referência escolhidos
para a corrente e para a tensão aos terminais do dipolo.
Capítulo II-Electrodinâmica
2.1- Receptor eléctrico
Os receptores eléctricos são dispositivos que convertem a energia
eléctrica que lhes é fornecida em outras formas energia.

Lâmpada Électricca

Figura 1
Habitualmente, os receptores eléctricos absorvem energia estes
podem ser:
Resistências
Indutâncias;
Condensadores;
Motores;
Resistências de aquecimento ,etc.
De facto, todas as cargas eléctricas.
2.2 Conversão de energia eléctrica em outras formas de energia
2.3 Exemplos de dispositivos e sistemas que melhoram a
eficiência energética
Transformadores eficientes vs Ineficientes
E C U –Engine Control Unity
( Unidade de controle do
motor)
É o computador responsável
por controlar os atuadores do
motor, otimizando todo o
processo de injeção e ignição
,o que aumenta a eficiência do
mesmo.
Sistema KERS
Knetic Energy Recovery System
2.4- Gerador eléctrico
Símbolo
2.4.1 Gerador eléctrico
Um gerador eléctrico ou fonte de tensão é qualquer dispositivo
ou sistema que gere uma força eletromotriz entre seus terminais
ou derive uma tensão secundária de uma fonte primária de força
eletromotriz.
Uma fonte de tensão primária pode suprir (ou absorver) energia a
um circuito, enquanto uma fonte de tensão secundária dissipa
energia de um circuito. Um exemplo de fonte primária é uma
bateria, enquanto um exemplo de fonte secundária é um
regulador de tensão.
Um gerador eléctrico possui dois polos, um sendo positivo e que
corresponde ao maior potencial elétrico, e outro sendo negativo e
que corresponde ao de menor potencial elétrico. O gerador
elétrico possui em seu interior, uma resistência muito pequena
que se denomina resistência interna. Para representar esse
elemento em um circuito elétrico usa-se o seguinte símbolo.
Onde: E = força eletromotriz do gerador
r = resistência interna do gerador
U= Tensão aos terminais do gerador de tensão
2.4.2 Gerador eléctrico ideal
Considera-se que um gerador de tensão ideal é aquele que gera
tensão sempre constante, independentemente da corrente por
ele fornecida ao circuito.
No gerador de tensão real, há desvios das características ideais,
uma vez que os elementos que o formam apresentam diversos
tipos de perdas, sendo a mais importante a perda por efeito Joule.
O gerador de tensão real pode ser modelado associando-se a
perda por efeito Joule a uma resistência interna Ri em série com o
gerador ideal E. Se nenhuma carga é ligada ao gerador, não há
queda de tensão na resistência interna, pois não há corrente
elétrica, sendo a perda nula.
Vs=E
Se uma carga qualquer RL é ligada à saída do gerador, o mesmo
fornecerá uma corrente elétrica IS à carga, fazendo com que haja
uma queda de tensão na resistência interna:
Do ponto de vista matemático, o gerador elétrico possui algumas
características:
1 – A potencia fornecida pelo gerador ao circuito elétrico:

P = U.i
Onde:
P = potencia fornecida
U = diferença de potencial entre os polos do gerados
i = corrente elétrica
2 – A potencia elétrica dissipada pelo gerador:
Pd = r.i^2
Onde:
Pd = potencia dissipada pelo gerador
r = resistência interna do gerador
i = corrente elétrica
3 – Potencia total fornecida pelo gerador:
Pg = E.i
Onde:
Pg = potencia total gerada
E = força eletromotriz
i = corrente elétrica
3 – Potencia total fornecida pelo gerador:
Pg = E.i
Onde:
Pg = potencia total gerada
E = força eletromotriz
i = corrente elétrica
• http://elee.ist.utl.pt/realisations/CircuitsElectriques/Approche
Circuits/DipolesElectriques/3_cours.htm#tth_fIg4
• https://www.wattson.pt/2019/01/12/estudante-concebe-
sistema-que-melhora-desempenho-de-geradores-eolicos/
• https://pt.wikipedia.org/wiki/Gerador_de_tens%C3%A3o
• http://www.ezuim.com/pdf/max_tpot.pdf#:~:text=Assim%20t
emos%3A%20RL%20%3D%20ri%20RL%20%C3%A9%20uma,fic
ar%C3%A1%20retida%20na%20resist%C3%AAncia%20interna
%20da%20fonte%20%28ri%29.
FIM

20/10/2023 Carlos Manuel Sebastião

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