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República de Angola

Ministério da Saúde e Educação


Instituto Técnico de Saúde(I.T.S) do Huambo

TRABALHO DE FIM DE CURSO DE


FISIOTERAPIA

Cordenador(a) do curso Tutor(a)


_________________________ _________________________

Ano lectivo, 2023-2024.


INSTITUTO TÉCNICO DE SAÚDE
HUAMBO

Autores: Álvaro Hossi Chilova


Anilson Rodrigues Dumba
Armindo Chipaco Sachicambi
Aristes Miguel David
Carlos Evaristo Camuenho

TEMA:ACTUAÇÃO DA FISIOTERAPIA EM PACIENTES


COM PÉ BOTO.

Tutora:
Glória Diatela Eduardo Guilherme

Huambo
Ano lectivo 2023-2024
Banca examinadora

Presidente
_____________________________________
Instituição:___________________________________
1º vogal
_____________________________________
Instituição:___________________________________
2º Vogal
_____________________________________
Instituição:___________________________________
Dedicatória
Dedicamos esse trabalho aos nossos pais e encarrergados de educação, colegas e
porofessores(as) que souberam acompanhar com êxitos a nossa jornada não pouparam
esforço para dar o seu apoio no nosso desenvolvimento acadêmico.
Agradecimento
Em primeiro lugar agradecemos a Deus pai todo poderoso pelo dom de vida e
saúde que tem nos concebido.
Agradecemos também aqueles que direta ou indiretamente contribuíram com
êxitos no decorrer da nossa formação, sem nos esquecer do coletivo de colegas e de
professores da I.T.S e profissionais do Hospital Geral e Centro de Medicina Física e
Reabilitação, especialmente nas professoras Zinaida R. Maindo e Conceição Lumbamba
que não pouparam esforço deram o seu máximo para que tudo corresse bem.
Não podemos deixar de agradecer a nossa orientadora, pós é graças a ela que
concluímos com a elaboração do nosso trabalho, e sem deixar de parte os nossos
familiares e encarregados de educação que moveram todo recurso financeiro para que a
conclusão do curso se tornasse uma realidade.
Resumo
No Presente trabalho, trataremos sobre aspectos relacionados a patologia do pé
boto congénito, definição, causas, sinais e sintomas, diagnóstico e tratamento.
O pé boto também conhecido pelo termo pé equinovaro, representa uma
deformidade severa e congénita (que está presente no momento do nascimento) a nível
do pé. O pé boto pode ocorrer em um ou em ambos os pés, mas cerca de metade dos bebês
afetados apresentam ambos os pés envolvidos.
Trata-se de uma deformidade congénita, que afeta 1 a 8 recém-nascidos em cada
1.000. As suas causas não estão definidas, admitindo-se porém que poderá existir uma
influência genética importante. E mais frequente nos rapazes e em 50% dos casos é
bilateral.
Lista de abreviaturas
CMRFD- Centro de Medicina Física e reabilitação-princesa Diana.
Índice
Introdução ........................................................................................................................ 1
Contextualizacao Temática............................................................................................ 1.1
Dedicatória........................................................................................................................ 4
Agradecimento.................................................................................................................. 5
Resumo ............................................................................................................................. 6
Introdução ......................................................................................................................... 9
Justificativa ..................................................................................................................... 10
Objectivos ....................................................................................................................... 11
Revisão bibliográfica ...................................................................................................... 12
Articulação do pé ............................................................................................................ 13
Etiologia ......................................................................................................................... 14
Diagnóstico: .................................................................................................................... 14
Tratamento fisioterapêutico da patologia: ...................................................................... 15
Epidemiologia................................................................................................................. 15
Metodologia .................................................................................................................... 15
Tipo de estudo ................................................................................................................ 16
Local de estudo ............................................................................................................... 16
Coleta de dados ............................................................................................................... 16
Aspectos éticos ............................................................................................................... 16
Descrição do caso ........................................................................................................... 17
Resultados/Discussão ..................................................................................................... 19
Considerações finais ....................................................................................................... 20
Referências Bibliográficas…..….……………………………………………………....21
Introdução
1.1 Contextualização Temáta
Pé boto é uma condição reconhecida desde o Antigo Egipto, tendo sido dois
Faraós portadores da mesma, foi descrita primeiramente por Hipócrates e pelos Aztecas,
e tem como definição um errado e complexo alinhamento do pé, envolvendo os seus
tecidos ósseos e moles (Maranho e Volpon, 2011).
Também denominado de pé equino varo congénito, é uma das mais antigas e mais
comuns anomalias congénitas conhecidas na humanidade (Mootha et al., 2011) e a
deformidade mais comum da extremidade inferior (Church et al., 2012).
O pé boto pode ocorrer em um ou em ambos os pés, mas cerca de metade dos
bebés afetados apresentam ambos os pés envolvidos.
Sendo o pé boto uma anomalia congênita muito comum em crianças, e uma das
causas de incapacidade cinético-funcional da extremidade inferior do pé é satisfatório um
adequado acompanhamento fisioterapêutico para melhoria do quadro de redutibilidade da
lesão com menor índice de comprometimento do membro lesado.

O pé boto apresenta um conjunto de características, em que a gravidade das mesmas


pode variar de leve a severa:

 A parte posterior do calcanhar sofre uma elevação, com retração do tendão de


Aquiles (o tendão dos músculos da barriga da perna), dando a impressão que o pé
é um prolongamento da perna;
 Os dedos do pé encontram-se virados para dentro, apontando para o outro pé;
 O pé sofre uma torção, em que a planta do pé fica virada para trás. Quando a
torção é muito grande existe a tendência de apoiar o dorso do pé no solo.

Apesar da sua aparência, o pé boto não causa desconforto ou dor ao bebé. Mas, à
medida que a criança vai crescendo, esta deformidade pode tornar-se dolorosa e causar
dificuldades na marcha se não for dada a devida atenção precocemente.

Independentemente do tipo de pé boto, a sua principal consequência, caso o defeito


não seja corrigido, consiste no facto de o bebé não conseguir apoiar adequadamente o pé
no chão, nem caminhar com normalidade, o que perturba o seu desenvolvimento
psicomotor.
Justificativa
Escolheu-se o tema, por causa de muitos casos de pé boto congénito, que se tem
registado no Centro de Medicina Física e reabilitação-princesa Diana e na sociedade em
geral, caso este que tem sido negligenciado no seio familiar por falta de conhecimento e
informações, facto que afeta e de vez em quando desestrutura muitas famílias por não
conseguirem lidar e prestar cuidados específicos a crianças com pé boto.
Objectivos
Objectivo geral

 Avaliar a eficácia do tratamento fisioterapêutico em pacientes com pé boto


apoiado no estudo de caso.

Objectivos específicos

 Qualificar a abordagem da atuação fisioterapêutica na recuperação da lesão.


 Realizar actividade prática de tratamento em forma de estudo.
 Mostrar a importância do tratamento precoce para melhores resultados no
processo de reabilitação.
 Analisar o contributo da Fisioterapia em pacientes com pé boto.
Revisão bibliográfica
O Pé boto congênito (PBC) é o termo usado para descrever a deformidade complexa que
inclui alterações de todos os tecidos músculo esqueléticos distais ao joelho, ou sejam, dos
músculos, tendões, ligamentos, ossos, vasos e nervos” (MERLLOTTI et al, 2006, p. 137).
O pé boto é uma malformação congénita do pé, que se apresenta fixo e dobrado, rodado
para dentro - pé varo.Esta posição anómala resulta de uma subluxação da articulação do tornozelo,
envolvendo os ossos, os músculos e ligamentos.

Anatomia do pé
A articulação do tornozelo é formada pela união dos ossos da perna – tíbia e fíbula
– e o osso do talo.
É constituída por três articulações: articulação superior do tornozelo (tibio-
társica), articulação talocalcaneonavicular e articulação subtalar. As duas últimas são
chamadas conjuntamente de articulação inferior do tornozelo.

Músculos do tornozelo tibial anterior, tibial posterior, extensor longos dos dedos,
extensor longo do hálux, flexor longo dos dedos, fibular longo, fibular curto, fibular
terceiro.
Pé – se refere à toda estrutura distal à tíbia e fíbula.
O pé, a nossa base de suporte, é dividido em três porções: tarso, metatarsal e
falanges. Essas porções são compostas por 26 ossos, sendo 7 ossos tarsais, 5 metatarsais
e 14 falanges.

Articulação do pé
composta por 33 articulações divididas em: articulação talocalcânea, articulação
transversa do tarso, articulação cunocuboidea, articulações cuneonavicular, articulações
intercuneiforme, articulações tarsometarsais,articulações metatarsofalangicas,
articulações .

Os músculos do pé são adutor do dedo mínimo,flexor curto dos dedos,abdutor do


halux,quadrado plantar,lumbricais do pe.
Etiologia
Segundo Weinstein (2000 apud Lima, 2013), a causa da patologia ainda é
desconhecida. Causas intrínsecas ou extrínsecas, fatores ambientais, como o
posicionamento incorreto uterino, lesão nervosa primária com disfunção muscular
secundaria, má formação da vascularização, contração muscular de maneira incorreta
evitando que esse tecido volte ao seu estado normal de relaxamento, infeções virais,
tentativa ou interrupção do desenvolvimento embrionário estão entre as principais
propostas do porquê essa deformidade ocorre.

Não obstante a todos os estudos feitos até então, ainda permanece desconhecida
as caus as, considerando-se várias as teorias propostas, tendo em vista causas intrínsecas
ou extrínsecas (Maranho e Volpon, 2011).
Foram concluídas duas hipóteses, a primeira, que considera causas intrínsecas,
relata que esta condição é causada por malformações ósseas, anormalidades musculares,
lesões articulares ou vasculares e/ou anormalidades ligamentares ou dos tendões. A
segunda, baseada em causas extrínsecas, refere que ocorre devido a forças externas que
colocam o pé do feto numa posição anormal, quando este ainda está em formação
(Matuszewski, Gil e Karski, 2012).

Diagnóstico
Em concordância com Galindo e Paz (2017), o diagnóstico pode ser bem fácil e
rápido, pois a parte externa do pé apresenta deformidade, sendo está bastante visível e
característica. Atualmente essa anomalia pode ser diagnosticada por suspeita no período
gestacional pela ultrassonografia.
Segundo Jaqueto et al. (2016), o diagnóstico clínico se baseia em alterações e
deformidades encontradas no paciente durante a avaliação. Frisa-se a importância da
análise precoce com o intuito de se estabelecer procedimentos de tratamento de acordo a
necessidade do paciente para facilitar a sua recuperação.
Tratamento fisioterapêutico da patologia
Para um tratamento satisfatório, segundo Guerschman e Nogueira (2020), relatam
que a intervenção deve ser iniciada nas primeiras semanas de vida.
Santin et al. (2004) descrevem que entre antes de submeter o indivíduo a uma
intervenção invasiva tal como a cirurgia, pode-se implantar tratamentos e medidas
conservadoras, com o uso da massoterapia, manipulações contínuas de mobilização
passiva e se possível, ativa-assistida, em seguida o uso do gesso pelo tempo determinado
por profissionais da área.
O Método de Ponseti tem sido um dos mais eficaz , ele foi descrito em 1940 pelo
Professor Ignacio Ponseti, mas só ganhou popularidade nos anos 90.Consiste em séries
de manipulações, e de colocações de gesso, sendo este trocado de 7 em 7 dias ou de 10
em 10 dias em todo o membro inferior, isto é desde o pé até à região inguinal, seguidas
por um período de utilização de ortóteses com o pé em abdução (Gottschalk, Karol e
Jeans, 2010).
A última colocação de gesso após a tenotomia, é mantida durante 3 semanas para
permitir uma cicatrização na amplitude máxima de dorsiflexão. Assim que terminam as
colocações de gesso, são utilizadas ortóteses, constituídas por calçado aberto nos dedos,
induzindo a pronação unidos por uma barra 4 Dennis-Brown com o pé lesado a 70º de
rotação externa.
As manipulações são constituídas por abdução do pé em torno do talus evitando a
pronação, para correção do cavus, o antepé é ligeiramente invertido. Para a correção da
adução o pé é gradualmente abduzido sem causar demasiado desconforto na criança. O
varus do calcanhar é considerado corrigido quando a parte anterior do calcâneo está
abduzida (Dimeglio e Canavese, 2012).

Epidemiologia
Em consonância com Cury et al. (2015), o pé boto apresenta ampla variação
conforme a raça, sua incidência anual chega a 100.000 crianças, sendo de 1 a 8 casos para
cada 1.000 nascidos vivos, afetando com maior proporcionalidade o sexo masculino. Em
conformidade com Galindo e Paz (2017), o pé boto congênito unilateral ocupa 50% dos
casos em termos de comprometimento.

Metodologia
O presente estudo trata-se de um estudo de caso descritivo qualitativo avaliado no
Centro de medicina física e reabilitação Princesa Diana com a palavra-chave “pé boto”,
onde foi explorado a importância da atuação fisioterapêutica no tratamento de pacientes
com pé boto congênito.
Tipo de estudo
Estudo descritivo qualitativo da abordagem fisioterapêutica em pacientes com pé
boto.
O referente estudo de caso clínico tem como objetivo mostrar de forma
quantitativa e qualitativa a relação do tratamento e intervenção em pacientes pós cirurgia
diante dos recursos fisioterapêuticos aplicados através da análise e interpretação dos
prontuários de atendimento, apresentando a evolução de acordo com o que foi descrito
no dia a dia da aplicação dos protocolos de reabilitação.

Local de estudo
O Centro de medicina física e reabilitação princesa Diana(CMFRPD) é uma
unidade hospitalar de nível secundário, especializado em Medicina Física e Reabilitação
da rede hospitalar provincial, integrado no Sistema Nacional de Saúde, vocacionado à
prestação de cuidados de saúde às pessoas portadoras de deficiência e não só.
O CMFRPD, está localizado na província do Huambo, Município do Huambo, no
bairro Bomba Alta.
O CMFRPD, dispõe de vários serviços e atende diversas patologias, nos serviços
de Fisioterapia, nas seguintes secções: Eletroterapia, Ginásio, Terapia Ocupacional,
Hidroterapia, Massoterapia e reabilitação pediátrica.

Coleta de dados
A seguinte coleta foi realizada no Centro de Medicina Física e
Reabilitação Princesa Diana (CMFRPD). Num período de 1 ano e 3 meses,
isto é: No ano de 2023 e no primeiro trimestre de 2024, onde foram
registados 95 casos de pé boto dos quais, 66 casos do sexo masculino e 29
do sexo feminino nas idades compreendidas de 0 aos 9 anos de idade.

Aspectos éticos
O paciente aceitou o convite de participar do nosso trabalho, assinando o termo
de consentimento livre, explicamos os procedimentos a serem feitos, sem qualquer
exposição, mantendo a confidencialidade sobre todo o processo de tratamento e a sua
imagem.
Descrição do caso
História Clínica:
Paciente E.M de 6 anos de idade Natural do Huambo, município do Huambo província
de Huambo, residente no bairro Benfica sem antecedentes familiares. A mãe relata que a
criança nasceu com deformidade nos dois pés, na qual foi levado ao Hospital Geral do
Huambo, submetido ao tratamento de gesso durante 10 meses e trocado de 15 em 15 dias.
Veio ao centro para realizar o tratamento fisioterapêutico para prepara-lo para a cirurgia.
Com o diagnóstico fisioterapêutico de Pé boto congénito.
 Queixa principal do paciente: Dificuldade de caminhar.
 HMP: Com 1 ano de vida o paciente veio transferido para os serviços de
fisioterapia. Onde foi submetido ao tratamento pelo método de ponseti durante 3
meses na qual chegaram a desistir do tratamento por falta de condições
financeiras. Voltando em 2022 onde seguio o tratamento por meio de
manipulações e imobilizações gessadas.
 HMA: No dia 17 de novembro foi internado no Hospital Geral do Huambo para a
realização da cirurgia. No dia 18 de novembro foi realizada a cirurgia e
permaneceram internados durante 7 dias permanecendo com gesso durante 30 dias
acompanhando os curativos desde o dia 22 de Dezembro de 2022.
Retirou o seu último gesso no final do mês de fevereiro retornando ao tratamento
reabilitador no mês de março de 2023. Dali para cá não fez o uso das órteses de
Denis Brown até a presente data.
 Antecedentes familiares: Não apresenta.
 Exames complementares: Não refere.
 Exame físico: pé apresenta-se em posição supina, e um equino acentuado, Rigidez
articular, contratura a nível do tornozelo(bilateral), apresenta dificuldade na
marcha. Paciente anda, mas pisa com a borda lateral do pé.
 Avaliação da amplitude de movimento(ADM): apresenta limitação na amplitude
de movimento na articulação do tornozelo(bilateral) rigidez articular.
 Palpação: refere dor no tornozelo(bilateral)
 Avaliação funcional: paciente colabora, sem limitações nas actividades de vida
diária.
Diagnóstico reabilitacional/fisioterapêutico
Pé boto bilateral negligenciado
Objectivos do tratamento reabilitacional
Prevenir complicações
Melhorar a mobilidade articular
Melhorar a marcha
Corrigir deformidade
Conduta fisioterapêutica
Educação para a saúde
Mobilizacão articular a nível do tornozelo
Exercícios de alongamento muscular do pé
Massagem relaxante.
Resultados/Discussão
Foram confrontados dois métodos de intervenção (Método de Ponseti, Método Funcional
Francês).
O Método Funcional Francês é um método que pretende ao máximo evitar a cirurgia, mas
caso seja mesmo necessária a sua realização, tenta que esta seja mais limitada possível recorrendo
a pequenas incisões (Dimeglio e Canavese, 2012).
Foi desenvolvido nos anos 70 por Mass, e popularizado por Bensahelet, e o seu objetivo
é reduzir rapidamente as deformidades respeitando todas as variáveis para evitar qualquer
deformação do pé. Este método é constituído por várias técnicas nas quais se incluem
mobilizações diárias suaves, alongamentos dos tecidos contraturados, estimulação e
fortalecimento dos músculos enfraquecidos e aplicação de tape ou uso de ortóteses (Dimeglio e
Canavese, 2012).
E já o método de Ponseti foi descrito em 1940 pelo Professor Ignacio Ponseti, mas só
ganhou popularidade nos anos 90.Consiste em séries de manipulações, e de colocações de gesso,
sendo este trocado de 7 em 7 dias ou d 10 em 10 dias em todo o membro inferior, isto é desde o
pé até à região inguinal, seguidas por um período de utilização de ortóteses com o pé em abdução
(Gottschalk, Karol e Jeans, 2010).
Em pacientes com equino residual, é realizada uma tenotomia percutânea do tendão de
Aquiles. A última colocação de gesso após a tenotomia, é mantida durante 3 semanas para permitir
uma cicatrização na amplitude máxima de dorsiflexão. Assim que terminam as colocações de
gesso, são utilizadas ortóteses, constituídas por calçado aberto nos dedos, induzindo a pronação
unidos por uma barra Dennis-Brown com o pé lesado a 70º de rotação externa
Apesar dos dois métodos demonstrarem resultados no tratamento do pé boto, o Método
de Ponseti foi o que apresentou os melhores resultados no processo reabilitacional do nosso
utente.
Considerações finais
O pé boto congénito é uma condição médica em que um bebê nasce com um ou ambos
os pés torcidos para dentro. É causado por uma combinação de factores genéticos e
ambientais durante o desenvolvimento fetal.
O tratamento geralmente envolve técnicas de manipulação, órteses ou em casos mais
graves, cirurgia corretiva. É importante procurar orientação, médica para determinar o
melhor curso de tratamento para cada caso específico.
É importante destacar a importância do diagnóstico precoce e do início do tratamento o
mais cedo possível. Com o acompanhamento médico adequado, fisioterapia, muitas
crianças com pé boto congénito conseguem ter uma qualidade de vida normal e
desenvolver uma marcha funcional, o apoio da família e a orientação de profissionais
especializados são fundamentais para o sucesso do tratamento.
Referências Bibliográficas

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https://www.universosenior.com/news/o-que-e-o-pe-boto/.

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