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Purificação de Biodiesel Por Adsorção
Purificação de Biodiesel Por Adsorção
Purificação de Biodiesel Por Adsorção
CENTRO DE TECNOLOGIA
AGRADECIMENTOS
RESUMO
Neste trabalho estudou-se o processo de purificação do biodiesel obtido por
transesterificação de óleo de soja degomado com etanol na presença de NaOH
como catalisador. A reação ocorreu a 30 ºC durante uma hora, com razão molar
óleo:álcool de 1:7,5. Desta mistura reacional evaporou-se o excesso de etanol
a 65ºC e retirou o excesso de glicerol por decantação. Para a separação do
glicerol residual do biodiesel foi utilizado um processo de adsorção com carvão
ativado de ossos bovinos modificado com ácido nítrico. A solução de ácido
nítrico para o tratamento do carvão foi definida analisando o percentual de
glicerol adsorvido por este carvão. De acordo com os resultados, uma solução
de ácido a 1% foi suficiente para tratar o carvão de modo que um grama deste
carvão em 20 gramas de biodiesel foi capaz de adsorver 96,83% do glicerol. A
principal modificação sofrida pelo adsorvente foi o aumento de área superficial,
de 104,3 m2/g para 235 m2/g. Para fins comparativos, foram utilizadas para a
adsorção duas soluções contendo glicerol, uma solução artificial contendo
glicerina PA e água destilada preparada em laboratório, denominada solução 1,
e a outra, o biodiesel produzido por transesterificação etílica de óleo de soja
degomado, denominada solução 2. Os resultados mostraram que a adsorção
foi eficiente pois a solução 2 apresentou teor de glicerol dentro dos limites
especificados pela ANP e teor de éster de 94,95% dentro de,
aproximadamente, 20 minutos de adsorção. A adsorção do glicerol sofreu
influencia do biodiesel para os ensaios cinéticos, porém, não foi possível obter
uma isoterma de adsorção para a solução 2.
ABSTRACT
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO .................................................................................. 1
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ......................................................... 4
2.1. BIODIESEL ....................................................................................... 4
2.2. ÓLEO DE SOJA NO CENÁRIO DO BIODIESEL............................. 10
2.3. ÁLCOOIS UTILIZADOS PARA A TRANSESTERIFICAÇÃO ........... 14
2.4. CATÁLISE ALCALINA DO BIODIESEL ........................................... 15
2.5. CONTAMINANTES E ESPECIFICAÇÕES DO BIODIESEL ............ 16
2.6. PURIFICAÇÃO DO BIODIESEL POR ADSORÇÃO ........................ 20
2.6.1. ADSORVENTES ............................................................................. 23
2.6.2. CINÉTICA DE ADSORÇÃO ............................................................. 24
2.6.3. ISOTERMAS DE ADSORÇÃO ........................................................ 26
2.6.3.1. ISOTERMA DE LANGMUIR ............................................................ 26
2.6.3.2. ISOTERMA DE FREUNDLICH ........................................................ 28
2.6.3.3. ISOTERMA DE TÓTH ..................................................................... 28
2.7. CONCLUSÃO DA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ............................... 28
3. MATERIAIS E MÉTODOS ............................................................... 30
3.1. MATÉRIAS PRIMAS ........................................................................ 30
3.2. CARACTERIZAÇÃO DO ÓLEO ...................................................... 30
3.2.1. PERFIL DE ÁCIDOS GRAXOS ....................................................... 30
3.2.2. VISCOSIDADE E DENSIDADE ....................................................... 31
3.2.3. ÍNDICE DE ACIDEZ ........................................................................ 31
3.2.4. ÍNDICE DE SAPONIFICAÇÃO ........................................................ 32
3.2.5. TEOR DE UMIDADE ....................................................................... 33
3.3. CARACTERIZAÇÃO E MODIFICAÇÃO DO ADSORVENTE .......... 33
3.3.1. MODIFICAÇÃO QUÍMICA DO CARVÃO ......................................... 33
3.3.2. DETERMINAÇÃO DO pH DOS ADSORVENTES EM SOLUÇÃO
AQUOSA 34
3.3.3. MICROSCOPIA ELETRÔNICA DE VARREDURA (MEV) ............... 35
3.3.4. DIFRATOMETRIA DE RAIOS X (DRX) ........................................... 35
3.3.5. ESPECTROSCOPIA NO INFRAVERMELHO (FTIR) ...................... 35
vii
LISTA DE FIGURAS
LISTA DE TABELAS
CA – Carvão ativado;
DR – Dubunin-Radushkevich;
GL – Glicerol Livre;
HC – Hidrocarboneto;
MP – Materiais particulados;
PA – Padrão Analítico;
pH – Potencial Hidrogeniônico;
1. INTRODUÇÃO
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1. BIODIESEL
18000000
16000000
14000000
Produção (m3)
12000000
10000000
8000000
6000000
4000000
2000000
0
2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012
Ano
- Seu óleo pode ser utilizado tanto para o consumo humano, quanto para
produzir biodiesel ou para usos na indústria química e;
80000
70000
60000
Produçao (mil t.)
50000
40000
30000
20000
10000
0
2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012
Ano
- EN ISO 20884
19
15555 EN 14109
15553 EN 14538
15556
15556
6890
EN 14106
15344
2.6.1. ADSORVENTES
dqt
= k1 ⋅ (qeq − qt ) (2.1)
dt
na qual qeq e qt são a quantidade de soluto por massa de adsorvente (mg g-1)
no equilíbrio e no tempo t, respectivamente, e k1 (min-1) é a constante cinética
de primeira ordem.
ln(qeq − qt ) ln(qeq ) k1 ⋅ t
= − (2.3)
ln(10 ) ln(10) ln(10)
25
k1
log(qeq − qt ) = log(qeq ) − ⋅t (2.4)
2,303
dqt
= k 2 ⋅ (qeq − qt )
2
(2.5)
dt
1 1
(2.6)
(qeq − qt ) qeq + k 2 ⋅ t
=
1
qt = (2.7)
1 t
2
+
k 2 ⋅ qeq q eq
26
q max ⋅ K L ⋅ C eq
qeq = (2.8)
1+ K L ⋅ Ceq
sendo Ceq (mg L-1) a concentração da solução no equilíbrio e qeq (mg g-1) a
quantidade adsorvida no equilíbrio por unidade de massa de adsorvente. Os
parâmetros KL (L mg-1) e qmax (mg g-1) dependem do material adsorvente e
podem ser usados para comparar o desempenho da adsorção. O parâmetro
qmax (limite de saturação) está relacionado com a capacidade máxima de
adsorção e KL (constante de Langmuir) com as forças de interação entre
adsorvato e adsorvente (RUTHVEN, 1984, McCABE et al., 1993).
1
RL = (2.9)
1+ K L ⋅ C 0
1
q eq = K F ⋅ C eqn (2.10)
q max ⋅ K L ⋅ C eq
q eq = (2.11)
1
( (
1+ K L ⋅ C eq D
D
))
A isoterma de Tóth é definida pela equação (2.11), na qual qmax e KL tem
o mesmo significado que na isoterma de Langmuir e D(adimensional) são seus
parâmetros (LEVAN e CARTA, 2008).
3. MATERIAIS E MÉTODOS
v ⋅ f ⋅ 5,61
índicedeacidez = (3.1)
P
sendo que:
28,06 ⋅ f ⋅ (B − A)
índicedesaponificação = (3.2)
P
Para esta análise o carvão foi triturado e peneirado até que se obtivesse
um pó bem fino, este foi então analisado num difratômetro de raios-X Shimadzu
6000 entre os ângulos de Bragg de 20 e 70.
A área específica BET, o volume total dos poros e o diâmetro médio dos
poros foram determinados por adsorção de nitrogênio a 77,4 K com o
equipamento Nova 1200 Series da QuantaChrome, com o software Autosorb
Automated Gas Sorption System Report, Version 1.19.
37
Pr
FCT = (3.3)
Px
sendo que:
MM éster
FCEA = (3.5)
MM ácidograxo
sendo que:
Ax .M p .FCT
Mx = (3.6)
A p FCEA .M a
sendo que:
com arsenito de sódio 0,1 mol/L até que a coloração se tornou um pouco mais
clara. Após a adição de gotas de solução de amido, a titulação prosseguiu até o
ponto de viragem, ou seja, quando a solução se tornou incolor. Todo o
procedimento acima foi realizado, também, para uma amostra em branco.
0,059077 ⋅ C ⋅ (Vb − V a )
‰ glicerol = × 100 (3.10)
m
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
A Figura 4.1 apresenta a área dos picos de cada ácido graxo presente
no óleo em função do tempo que cada ácido graxo leva para passar pela
coluna cromatográfica. Esta área é diretamente proporcional ao teor do ácido
graxo. Os picos foram devidamente identificados e o teor de cada ácido graxo
foi calculado e estão apresentados na tabela 4.1.
Oléico (18:1) 30
1 0,0013
2 0,0013
3 0,0013
4 0,0013
49
65 0,0013
Adsorvente pH
poderá ser visto nas Figuras 4.6 e 4.7, que representam os difratogramas de
raios X do CA e do CAM, respectivamente.
Parâmetros CA CAM
Área específica BET (m2.g-1) 104,3 235,6
Diâmetro dos poros (Å) 30,56 27,19
Volume de poros (cm3.g-1) 0,26 0,61
Modelo Equação R2
q=qe-qe*exp(-k1*t) 0,97466
q=(k2*(qe^2)*t)/(1+(k2*qe*t)) 0,97598
Modelo Equação R2
q=qe-qe*exp(-k1*t) 0,95814
q=(k2*(qe^2)*t)/(1+(k2*qe*t)) 0,97598
Figura 4.17: Ajuste dos modelos de Langmuir, Freundlich, Tóth e linear aos
dados experimentais para glicerol em água.
Modelo Equação R2
q=Kf*C^(1/n) 0,9899
q=(qmax*KL*C)/(1+KL*C) 0,9819
q=(qmax*KL*C)/(1+KL*C^D)^(1/D) 0,9789
q=a*C 0,9876
5. CONCLUSÕES
6. REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
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78
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