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Compêndio de Odontologia Legal Moacyr Da Silva
Compêndio de Odontologia Legal Moacyr Da Silva
BIBLIOTECA SETORIAL
rnml40 B o.; CIIij\/rlA~ AOR4RrAO
C OM PÊNDIO DE
ODONTOLOGIA LEGAL
I
Coordenação de
Moacyr da Silva
1997
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el , 6,~ . 60-1-'
S.l'iCõ,, -
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Compê,ldio de Odo1ltologia Legal
Copyright Q 1997 by f df1j'fJ1-
MEDSI Editora Médica e Cient{fica Ltda. , IH5:j.
Reservados todos os direitos. i.~
É proibida a reprodução total ou parcial deste volume,
de qualquer forma ou por quaisquer meios,
sem o consentimento expresso da Editora .
•
ISBN: 85-7199-146-4
1
_I_'-IO~CA
12480 1
.,
COLABORADORES
Edgard erosato
, Doutor em Radiologia pela Faculdade de Odontologia da USP
Professor Responsável pela Disciplina de Orientação Profissional da
Faculdade de Odontologia da US?
Ida T. P. CalvieUi
Mestre em Direito Penal pela Faculdade de Direito da USP
Professora Responsável peJa Disciplina de Deontologia da Faculdade de
Odontologia da USP
Moacyr da Silva
Professor Titular da Faculdade de Odontologia da USP
Coordenador do Curso de Pós-Graduação em Deontologia e Odontologia
Legal da Faculdade de Odontologia da USP
,
PARTE I
EXERCíCIO ÉTICO
E LEGAL DA
ODONTOLOGIA NO
BRASIL
CAPíTULO 1
EXERCíCIO L íCITO DA
ODONTOLOGIA NO BRASIL
IDA T. P. CALVIELLI
INTRODUÇÃO
Embora o exercfcio da odontologia no Brasil seja regulado pela lei nll
5.081, de 24 de agosto de 1966, a edição da Resolução CF0/185, de 26 de
abril de 1993, que aprovou a Consolidação das Normas para
Procedimentos nos Conselhos de Odontologia, revogando a Resolução
CFO·155/84, veio trazer profundas modificações ao campo do exercício
legal da odontologia.
A citada Lei nll, 5.081/66, ao regular o exercício da odontologia em
todo o território nacional, contemplou apenas a figura do cirurgião-den·
tista, estabelecendo os requisitos exigidos para a sua "capacitação legal ".
Assim sendo, o exerdcio legal da odontologia no Brasil era sinônimo de
atuação do cirurgião-dentista.
Esse enfoque pode ser considerado, hoje, ultrapassado, na medida em
que a Resolução CFO-l85/93 acima mencionada estabelece, já em seu
artigo 1/1, que:
, CIRURGIÃO-DENTISTA
Para inscrever-se como drurgião-dentista no Conselho Regional sob cuja
jurisdição vai exercer a sua atividade, o profissionaJ deverá comprovar
EXERCFCIO ÚCITO DA ODONTOLOGIA NO BRASIL 5
b) Ser diplomado por tsCOW estrangeira, cujo dipltmIQ tenha sido revalidado
dou obrigatoriamente registrado para a lrabititaç40 ao exerdcio profissitr
nal em todo o territ6n'o nacional,
I. O estrangeiro formado no exterior que jixD nsidênciD tiO Brasil para aqui
exercer as suas atividD.des e que aqui revalide o seu diploma. - Em linhas
gerais, o processo de revalidação visa a verificar se os estudos reali-
zados na instituição estrangeira são equivalentes aos ministrados
pelas nossas instituições de ensino superior, validando novamente
EXERCrCIO trCITO DA ODONTOLOGIA NO BRASIL 7
I LEI N9 5.081, DE 24 DE
AGOSTO DE 1966
"REGULAMENTA O
EXERCíCIO DA
ODONTOLOGIA NO
BRASIL"
IDA T. P. CALVlELLI
INTRODUÇÃO
Como já tivemos a oportunidade de enfatizar, até bem pouco tempo, o
cirurgião-dentista era auxiliado no exercício de suas atividades pelos
protéticos e pelos auxiliares de consultório.
A evolução da proflSSâo odontológica e as transformações ocorridas
no mercado de trabalho se refletiram, também, nesse segmento profis-
sional, fortalecendo algumas categorias, como é o caso dos protéticos,
hoje denominados técnicos em prótese dentária, e ensejando o reconheci-
mento de outras, como a dos higienistas. que receberam o nome de técni-
cos em ',igiene dental. Os primeiros contam, inclusive, com sindicato
representativo e atuante, passando por uma marcante evolução.
I 15
,. EXERClclO tnco E LEGAL DA ODONTOLOGIA NO BRASil
Ainda que a nova lei não tivesse feito menção expressa à revogação
de dispositivos contrários, o artigo em exame traz como conseqüência a
revogação tácita da lei anterior que versa sobre o mesmo objeto, ao esta-
belecer que o exercido da odontologia no território nacional é regido pela
presente lei.
Art. 5' - É nula qualquer autorização administrativa a quem não for legal-
mente habilitado para o exarcfcio da odontologia.
lEI N" 5.081 , DE 24 DE AGOSTO DE 1966 19
ATRIBUIÇÕES DO CIRURGIÃO-DENTISTA
Em âmbito criminal:
a. Identificação
na vivo
noadáver
b. Peridas antropológicas (no crânio esqueletizado)
espécie animal
estimativa do sexo
estimativa da idade
estimativa da estatura
estimativa do bi6tipo
c. Lesões corporais
d. Detenninação da idade
e. Perídas de manchas
f. Detenninação da embriaguês alcoólica
Em âmbito trabalhista:
a. Acidentes-tipo
b. Doenças profissionais com manifestação bucal
c. Doenças profissionais do cirurgião-dentista
Em sede administrativa:
a. Auditorias
b. Exames determinados por comissões de sindicância
Empregar a A nalgesia
A falta de regulamentação da Lei n- 5.081/66 toma o exame desse inciso
totalmente dependente da in terpretação doutrinária.
Segundo Paciomik (1975), analgesia significa "abolição da sensibilida·
de à dor" ou, como interpretam os Zacharias (1988). é a "abolição da
sensibilidade à dor, sem perda da consciência".
Podendo a analgesia ser conseguida através da ministração de espe-
cialidades farmacêuticas, a competência para sua utilização já teria sido
prevista no inciso I do artigo 6-. Se, por outro lado, for decorrente da
anestesia local ou troncuJar, a hipótese também já teria sido contemplada
no inciso V, examinado no tópico anterior, o que nos leva a admitir que a
sua inclusão neste tópico é redundante e desnecessária.
Os termos analgesia e anestesia algumas vezes são encontrados na
bibliografia odontológica como sinônimos. Ao procurarmos subsidios
sobre anestesiologia na literatura, encontramos uma curiosa explicação
para a utilização do termo analgesia no prefácio da obra Sedation. de
Hamburg (1980). Diz esse autor que o termo "analgesia não pode ser
usado em sentido genérico para a sedação por inalação e foi adaptado
LEI,.,. 5.081 , DE 24 DE AGOSTO DE , 986 29
É ponto paóbco, pois, que a anestesia geral 56 pode ser realizada por
médic:o-anestesista em ambiente hospitalar.
No entanto, uma velha questão ressurge, atualmente, no âmbito da
anestesiologia odontológica, sendo objeto de movimentações discretas
no sentido de ser a sua prática considerada legal: a utilização do óxido
nitroso, em consultório odontológico, como agente anestésico.
O Conselho Federal de Odontologia vinha recebendo consultas e
pedidos de pronunciamento acerca da viabilidade legal da realização de
cursos sobre analgesia gasosa e da utilização da anestesia por inalação
do óxido nitroso. Disso resultou que, em 1991, o Conselho, pronuncian-
do-se sobre o assunto, manifestou o entendimento daquele órgão máxi-
mo da odontologia acerca dos incisos V e VI, do artigo 6', da Lei nl
5.081106 e o fez, a nosso ver inadCC{uadamente, através da Resolução
CFO-l72/91, de 2S de janeiro daquele ano, uma vez que nada acrescen-
tou às normas já existentes sobre a matéria .
A interpretação, no entanto, tão necessária}" antes de esclarecer as
dúvidas, lançou novas sobre as já existentes.
Após vários cOllsidaallda, a referida Resolução estabelece que:
°
"Considerando que atllalmente nifo existe condiçifo legal para exerdcio da
analgesia gasosa ou da anestesia geral inalat6ria executada por cimrxiifo-dentista,
Resolve
Art. 1 ~ O dmrgillo-dentisfa poderd operar pacientes submetidos a qualquer
um dos meios de anestesia geral, desde q llt! sejam atendidas as exigências caute-
lares recomendadas para o seu emprego.
Art. 2"- O cirurgião-dentista somente poderá executar trabalhos profissi(mais
em pacientes sob anestesia geral quando Q mesma for executada por profissional
médico, especialista e em ambiente hospitalar que disponM das indispell5áveis
condições comuns a ambientes dnírgicos."
• Laboratório de Prótese
A instalação e o funcionamento do laboratório de pr6tese obedecem
atualmente às disposições contidas nos artigos 84 usque 89, da Resolução
CFQ-185 / 93, do Conselho Federal de Odontologia, e normas específicas
do ERSA / SUDS.
I Quando o laboratório de prótese for mantido por cirurgião-dentista
em anexo ao seu consult6rio, ou estiver sujeito à administração direta ou
indireta federal, estadual ou municipal, ou, ainda, pertencer a instituição
de ensino, não estará obrigado a inscrever-se naquele órgão.
Fora dessas possibilidades, o regis tro e a inscr ição no Conselho
Regional respectivo são obrigatórios.
Segundo se depreende das normas do Conselho, aoma mencionadas,
a propriedade de laboratório de p rótese pode ser de leigo, embora seja
exigida a figura do técnico responsável, que poderá ser cirurgiã.o-dentis-
ta ou técnico em prótese dentária e que assinará Tenno de Responsabi-
lidade, respondendo pelas infrações éticas cometidas em nome da enti-
dade.
Quando se tratar de laboratório d e prótese comercial, isto é, aquele
que não se enquadra dentre as possibilidades de isenção de registro e
inscrição apontadas acima, é exigido, também, o registro junto ao
CVS/ ERSA/SUDS, que emitirá alvará de funcionamento após vistoria
inicial. Q responsável técnico junto ao CRQ também o é junto ao
CVS/ ERSA / SUOS, sendo necessária a comunicação ao órgão sempre
que houver mudança do responsável, com a indicação do substituto.
34 EXERClclO tnco E LEGAL DA ODONTOLOGIA NO BRASIL
Embora a lei date de 1966, até o presente momento não {oi baixado o
regulamento de que trata o artigo em exame.
Temos notícia de que existe um movimento na classe odontológica
para produzir esse documento legal.
Somos contrários a essa iniciativa porque, a essa altura, impõe-se uma
revisão da lei maior da odontologia pa ra adequá-Ia às exigências das
transformações trazidas pelo decurso do tempo. e uma reguJamentação
do que já está ultrapassado não se justifica.
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Zacharias M, Zacharias E. Diaem4rio Ih MedicinIJ Ugll. Curitiba: EDUCA. 1988.
CAPíTULO 3
EXERCíCIO ILíCITO DA
ODONTOLOGIA
IDA T. P. CALVlEW
39
40 EXERclClO Enco E LEGAL O... OOONTOlOGIA NO BRASIL
Clramamos a atençifo para o foto de que os requisitos exigidos ndo $do alterna-
tivos. slfo cumulativos, e a falta de qualquer deles implicam a afirmaçAo de que o
sujeito nlfo possui autorizaçdo legal.
Chamamos a atenção para esse fato porque se têm tomado muito fre-
qüentes as notícias sobre a constituição de "associações de práticos-licen-
ciados"; de indivíduos que se auto-intitulam "dentistas-práticos", sem
pertencerem ao grupo etário acima assinalado; enfim, de um constante
desafio às leis, com o conseqüente perigo trazido à incolumidade da
saúde da população.
Outra situação assemelhada refere-se aos beneficiados pela Lei n R
7.718/45. Obviamente, embora um pouco mais jovens que os possíveis
"dentistas práticos", os formados pelas escolas estaduais não reconheci-
das também estarão contando mais de 65 anos atualmente, o que os
coloca, do mesmo modo, como categoria profissional em extinção.
Por outro lado, como já tivemos a oportunidade de ressaltar, a edição
da Resolução CFO-l85/93, tomando obrigatória a inscrição de várias cate-
gorias profisslonaLS, além dos cirurgiões-dentistas submetidos ao
Conselho Federal de Odontologia pela Lei ng 4324 / 64, faz com que seja
necessário analisar as atribuições desses profissionais a par daquelas con-
feridas aos cirurgiões-dentistas pela Lei na 5.081/66, já examinadas no
Capítulo 2, nâo só para que fiquem evidenciados os limites de cada uma
delas, mas, principalmente, tendo em vista que esse exame possibilitará
examinar quais atos esses profissionais podem praticar, e se o Jazem sob a
supervisão direta do cirllrgiãtHientistn, com vistas ao eventual exercício ilegal
previsto no artigo 282 do Código Penal.
A simples enumeração dos atos que podem ser executados pelo técni-
co em higiene dentária demonstra o quão facilmente esses profissionais
estarão sujeitos a ultrapassarem os limites de sua atividade, exercendo
ilegalmente a odontologia. Convém atentar, por isso, às vedações a que o
mesmo está sujeito e que são objeto dos artigos 12- e 13G, da Resolução
CFO-l85/93.
Como se pode verificar, um centenário tabu que envolvia a profissão
odontológica {oi derrubado: o de que "8 boca era território exclusivo do
cirurgião-dentista". É bom que se atente, porém, que a allmção do técnico
em higiene derlfal somente poderá ocorrer sob a superoisi1o e com a presença flsi-
ca do cirllrgí6o~detltistQ, rlQ proporçdo mtfxima de 1 (um) cimrgiiJo-delltista
para 5 (cinco) técnicos em Irigiene dental (art.12R, Res. CFO-l85/93).
ai reprodução de modelos;
bl vazamento de moldes em seus diversos tipos;
cl montagem de modelos nos diversos tipos de articuladores ;
di prensagem de peçss protéticas em resina 8crnica;
ai fundição em metais de diversos tipos;
f) casos simples de inclusão;
gl contenção de moldeiras individuais no material indicado;
h) curagem, acabamento e polimento de peças protéticas.
EXCEDENDO-LHE OS LIMITES
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Calvielli ITP. O ondeio fl18a1 dn odmItologia. no Bmsil. São Paulo. 1993. Tese de mes-
trado, Fac. Direito USP, Opto. Direito Penal.
Casbglloni A. Hist6na tIII Mtdicuu. l ' vol. 5ao Paulo. Comp. Edit. National, 1947.
CAPíTULO 4
ALGUNS, COMENTÁRIOS
SOBRE ETICA PROFISSIONAL
ODONTOLÓGICA
INTRODUÇÃO
Os aspectos que envolvem a ética profissional odontológica são múlti-
plos e variados. Para entender o contexto atual sobre o assunto. podería*
mos fazer abordagens histórico/sociológicas ou mesmo filosóficas sobre
o tema. Um referencial muito preciso para a análise da ética odontológi-
ca são os códigos de ética odontológica.
O Conselho Federal de Odontologia (CFO). entidade que, por força da
Lei n- 4324/ 64, detém a atribuição legal de elaborar o Código de Ética
Odontológica, editou três desses c6digos a partir de 1976, sendo eles:
de realizá-Ia, ele sabe que existem e deve conhecer outras técnicas para
as quais talvez até não esteja persuadido intimamente, mas que, se acei-
tas na odontologia, são alternativas de tratamento que o paciente tem o
direito de conhecer.
Os termos - os propósitos, riscos, custos e alternativas do tralamrnto -
constituem cláusulas do contrato de prestação de serviços que seriam
melhores se explicitados antes do início do tratamento, por escrito, para
evitar problemas futuros por entendimento incorreto.
A responsabilidade de manter os usuários informados sobre os recursos
dispoPlíveis para atend~-Ios não é só do profissional, isoladamente, mas
também dos profissionais odontólogos responsáveis pela entidade pres-
tadora de atenção à saúde bucal onde trabalhe.
A indicação desta ou daquela terapêutica deve basear-se nas necessi-
dades clínicas do paciente e só ser realizada se o profissional tiver apti-
dão técnica para tanto. Assim, uma outra preocupação ética é a de que o
profissional não execute ou proponha tratamento desnecessário ou para
o qual não esteja capacitado. Não pode ser fator de indicação de técnica,
por exemplo, o que dá mais lucro ao profissional.
Conclama-se a classe a referendar sua conduta técnica em procedi-
mentos com efetiva comprovaçiJo científica, desta foona manifestando a
preocupação com técnicas e materiais novos, muitas vezes empregados
por profissionais devido aos modismos ou aos ape10s mercadológicos.
o Abandono do Paciente
o abandono do paciente é, em princípio, visto como infração ética, prin-
cipalmente em condições de urgência nas quais não haja outro profissio-
nal em condições de atendê-lo.
O conceito de "urgência '" no campo ético é muito mais abrangente do
que o jurídico, que considera as situações em que há iminente perigo de
vida . Podem-se considerar, então, a dor e mesmo danos estéticos abrup-
tos repentinamente causados nessa categoria. Frente a tais circunstâncias,
qunndo n60 houver outro cirurgibo-denhsta em condiç&s de fad-Io, o profissio-
nal não se pode eximir-se do atendimento, mesmo que paliativo.
Nos diferentes códigos aceita-se, porém, a possibilidade de "motivo
justificAvel" para o abandono do paciente, quando o(s) motivo(s) se inse-
re(m) em um conjunto de circunstâncias que vão desde a efetiva capaci-
tação técnica do profissional até os recursos financeiros do paciente em
c1inica particular, chegando às instituições prestadoras de assistência
ALGUNS COMENTARIOS SOBRE tTlCA PROFISSIONAL ODONTOLOGICA 55
----------------------------------
odontológica (clínicas, cooperativas, empresas e demais entidades pres·
tadoras ou contratantes de serviços odontológicos), que devem propiciar
padrões de trabalho minimamente adequados de higiene, segurança e
condições técnicas.
Uma circunstância bastante atual que coloca em pauta as questões de
abandono e recusa de atendimento diz respeito a pacientes contamina-
dos pelo vírus da AIDS, tema abordado no Capitulo 5.
A Concorrência Desleal
etc., ou mesmo oferecendo beneffdos: "Aqui os melhores preços ... " "Ser-
viços gratuitos ..:" "Facilidades de pagamento" etc., todas podendo ser
sintetizadas em uma única : ,. Antes de ir (ou continuar indo) ao consult6--
rio de concorrentes, venha ao meu."
Em uma sociedade capitalista de livre iniciativa como a nossa, enten-
de-se que é livre a escolha do profissional pelo paciente. O que se preten-
de garantir, eticamente, é que a opção seja feita com base em parâmetros
de competência profissional e não de estratégias de mídia, principalmen-
te aquelas enganosas e de má fé.
Uma outra questão introduzida pelo Código de 1992, de cunho atual,
é a de proporcionar cobertura aos movimentos classistas que visem a
defender djreitos e deveres éticos dos profissionais, pois estabelece que
os profissionais que assumirem emprego ou função de outros, demitidos
em represália por mouime,rlo legItimo da co/~ria, estarão incorrendo em
infração ética.
Nos incisos IV do art. 38, e VlI, do art. 4', do Código de 1992, encon ~
tram-se explicitadas as situações que configurarão movimento classista
legítimo, definindo aqueles casos com os quais não podemos ou não
devemos ser coniventes: colldiçlks de traballro que rulo sejam dignas, stguras
e salubres ef ou faliras nos regulamentos erras nomras das ItIstitlliçiJes quando
indigrra5 para o atrela0 da profl5SiIo 011 prejlldicinis ao pacier,'e.
o Erro Profissional
A questão do erro profissional, quer seja ele técnico no sentido estrito.
quer ético, merecerá um capítulo à parte (Cap. 6), tamanha a sua com~
plexidade. Considera-se inCração ética criticnr erro técnico-cierrtífico de cole-
ga ausente, salvo por meIo de represenlaçao ao Corrstllro Regronal.
Importante frisar que se omitir quanto a fatos que possam representar
erro de colega é considerado infração ética. A questão, antes de tudo, é
saber se houve ou não o "'erro"'.
No cotidiano dos consultórios odontológicos, é possível o profISSional se
deparar com o que ele julgue, em um primeiro momento, um erro técnico
cometido por um colega. Em muitos casos, a história contada pelo paciente
pode influenciar;. tendenciosamente, a forma como se vê a realidade.
ALGUNS COMENTÁRIOS SOBRE tTlCA PflOFISSIONAL ODONTOLÓGICA 57
Importante também frisar que O C6d.igo não se refere apenas aos con-
sultórios, mas também aos laboratórios, pois o dispositivo ético lembra
que esse contexto engloba o conjunto dos profissionais da odontologia -
dentista, protético, higienista e demais auxiliares - e que todos deverão
respeitar o princípio da não-exploração.
Por fim, O tema do exercício ilegal da odontologia já é motivo de tese
(Calvielli, 1993), devido à sua magnitude. Sob o aspecto ético, trata-se,
mais especificamente, da vedação ética da "utifizaçi1o de serviços prestados
por profissionais "no habilitados legalmente".
h importante lembrar que não é só o dentista que tem sua profissão
regulamentada. Também o protético, o higienista e os auxiliares contam
com legislação específica. Se existem condições para a regularidade,
podem existir profissionais em situação irregular. Uma situação freqüente
é a falta de inscrição no Conselho Regional de Odontologia. Assim, quan-
do da contratação dos serviços de outros profissionais da odontologia,
deveremos verificar previamente a legalidade de sua habilitação, para
não incorrermos na infração prevista no Código de Ética Odontológica.
A preocupação ética em impedir o exercício ilegal das profissões
odontológicas é tal que se considera de " manifesta gravidade" a infração
ética de acobertá-lo ou ensejá-lo (Art. 38, 11, do Código de Ética Odonto-
lógica).
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Calvielli ITP. O uercfóo i/egnl dR odontologlR, no Brasil. São Paulo, 1993 (Dissertação-
Mestrado-Faculdade de Direito da USp).
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comelltado, São Paulo: Liv. Santos, 199-1.
CAPíTULO 5
,
ASPECTOS ETICOS DO
ATENDIMENTO OOONTOLÓGICO
DE PACIENTES HIV
Posmvos
DALTON LUIZ DE PAULA RAMOS E NORMA TAMI MARUYAMA
INTRODUÇÃO
um impacto para que a população leiga fique mais atenta aos métodos
preventivos. A validade dessa estratégia de motivação é questionável,
prindpatmente porque, por outro lado, não se esclarece adequadamente
a população sobre o convívio com o doente, que passa a ser o motivo de
59
60 EXERCfclO éTIco E LEGAL DA ODONTOLOGIA NO BRASil
~Art.6· - ~ vedado:
Considerando
Proclamamos que :
o MOMENTO DA ANAMNESE.
O SIGILO PROFISSIONAL
CONCLUSÕES
Episódios de discriminação sofrida por pacientes HIV+, quando da
assistência odontol6gica, ainda têm ocorrido entre nós, como também
em outros países, apesar da existência de dispositivos éticos, nacionais e
ASPECTOS rncos DO ATENDIMENTO OOONTOlOGICO DE PAOENTES HIV POsrnvos 71
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49--55 .
CAPíTULO 6
ETICA NA PESQUISA
ODONTOLÓGICA COM
SERES HUMANOS
INTRODUÇÃO
A odontologia tem como objetivos os cuidados com a saúde bucal do
indivíduo, bem como com a saúde bucal da coletividade. Para aprimorar
suas técnicas. os pesquisadores realizam experimentos científicos para
verificar a segurança e a eficiência de novos materiais restauradores; de
novas técnicas protéticas, cirúrgicas ou comportamentais; e de novos fár-
macos.
Os experimentos científicos, segundo Vieira (1991), obedecem a uma
estrutura lógica, podendo utilizar metodologia quantitativa, baseada na
estatística e utilizando métodos comparativos, e metodologia de cunho
qualitativo, como o estudo de caso, quando o autor relata suas observa-
ções clínicas a respeito de um único caso representativo da manifestação
de determinada patologia ou terapêutica.
Para estudar o efeito do tratamento com um novo (ármaco, por meio
de uma metodologia quantitativa, comparam-se dois grupos: o que rece--
be tratamento e o de controle. Ocorre, portanto, que um dos grupos
pode ser benefidado e o outro não, caso se comprove a efetiva atuação
terapêutica do que se está pesquisando. Ainda, um grupo poderá estar
sujeito a algum tipo de prejuízo quando o experimento demonstrar que
73
74 EXERClclO tnco E LEGAL DA ODONTOLOGIA NO BRASil
Indução à Participação
o pesquisad or deve evitar situações que induzam à participação na pes-
quisa . Admite-se que os participantes podem ser pagos por seu incômo-
do e tempo, podendo ser reembolsados por eventuais despesas. como
também podem receber serviços gratuitos. Entretanto, pagamentos e
outros beneffcios não devem induzir a possíveis participações.
Estudos Epidemiológicos
Em estudos epidemiológicos, em que o consentimento individuaJ (ar
impraticável ou desaconselhável, o comitê de ética da instituição de pes-
quisa deverá avaliar se esta é eticamente aceitável e se são adequados os
planos do investigador para proteger a segurança e o respeito pela pri-
vacidade dos participantes e para manter o sigilo dos dados.
VI - Protocolo de pesquisa
O protocolo a ser submetido à revisão ética somente podera ser apre·
ciado se estiver Instrufdo com os seguintes documentos, em portu·
guês:
• aprovado;
• com pendência : quando o ComItê considera o protocolo como acei-
tável, porém identifica determinados problemas no protocolo, no for-
mulário do consentimento ou em ambos , e recomenda uma revisão
especifica ou solicita uma modificação ou informação relevante, que
deverá ser atendida em 60 (sessenta) dias pelos pesquisadores;
• retirado: quando, transcorrido o prazo, o protocolo permanece pen-
dente;
• não aprovado; e
• aprovado e encaminhado , com o devido parecer, para apreciação
pela Comissão Nacional de Ética em Pesquisa - CONEP/ MS. nos
casos previstos no Capftulo VIJI. item 4.c.
c) manter a guarda confidencial de todos os dados obtidos na execu·
ção de sue terefa e arquivamento do protocolo completo, que fica-
ré à disposição das autoridades sanitárias;
di acompanhar o desenvolvimento dos projetos através de relatórios
anuais dos pesquisadores;
ai desempenhar papel consultivo e educativo, fomentando a reflexão
em torno da ética na ciência;
fi receber dos sujeitos da pesquisa ou de qualquer outra parte
denúncias de abusos ou notificação sobre fatos adversos que poso
sam alterar o curso normal do estudo, decidindo pela continuida-
de, modificação ou suspensão da pesquisa, devendo, se necessá-
rio, adequar o termo de consentimento . Considera·se como antiéti-
ca a pesquisa descontinuada sem justificativa aceita pelo CEP que
a aprovou ;
g) requerer instauração de sindicAncia à direção da instituição em
caso de denúncias de irregularidades de natureza ética nas pesqUi-
sas e, em havendo comprovação, comunicar à Comissão Nacional
de Ética em Pesquisa - CONEP/MS e, no que couber, a outras Ins-
tincias; e
h) manter comunicação regular e permanente com a CONEP/MS.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
OMS. Diretrizes éticas internacionais para pesquisas biomédicas envolvendo seres
humanos. Bi«tiCJll995; 3(2): 98-126
Ramos DLP. ttim Odotlto/6giCQ -" C6dlgodt ttiCJJ OdontológiCD (RtsOIuflo CFO-179/9I)
CfJmnltlldo. 510 Paulo: Santos, 1994: 7Op.
Vieira 5, Hossne WS. Erperímtutap70 com Strt$ Humor/os. São Paulo: Moderna, 1991:
160p.
PARTE 11
NOÇÕES DE
ANTROPOLOGIA E
IDENTIFICAÇÃO
ANTROPOLÓGICA
CAPíTULO 7
NOÇÕES GERAIS DE
ANTROPOLOGIA E
IDENTIFICAÇÃO
ANTROPOLÓGICA
INTRODUÇÃO
Sendo o homem um ser social, tem ele a capacidade de ad aptação ao
meio físico e também ao meio cultural onde estabelece padrões de com-
portamento, aceitando ou rejeitando valores.
A antropologia é uma ciência que estuda a evolução do homem sob os
aspectos físico e cultural, preocupando-se com a sua origem, sua posição
na escala zool6gica e a compreensão acerca dos diferentes grupos étnicos
e sociedades.
Embora Aristóteles (384-322 a.c.) já chamasse de antropólogos os filó-
sofos que se preocupavam com o estudo dos fatos sociais e com a histó-
ria natural, o vocábulo arrtropologia surgiu somente no princípio do sécu-
lo XVI, mais precisamente em 1501, quando Magnus Hundt publicou
um livro assim intitulado.
Etimologicamente, antropologia (gr. antltropos, logos, ia) significa a
ciência do homem. Apesar da grandeza do seu campo de ação, a antro-
93
94 NOÇOES DE ANTROPOLOGIA E IDENTIFICAÇÃO ANTROPOLÓGICA
DADOS SOMATOSCÓPICOS
Dentre os dados somatosc6picos, convém tecer considerações sobre a cor
da pele, dos pêlos, dos cabelos e a cor dos olhos.
NOÇOES GERAIS DE ANTROPOLOGIA E IDENTIFICAÇÃO ANTROPOLOGlCA 95
Cor da Pele
Pêlos
o pêlo é fonnado por uma parte implantada (raiz) e por uma parte
livre (haste). Na raiz, vamos encontrar duas bainhas, a interna e a exter-
na; na extremidade profunda, encontramos o bulbo piloso. Ainda junto à
raiz, observam-se os eixos, representados pelas glândulas sebáceas e
pelo músculo eretor do pêlo.
Hi stologicamente, reconhecem-se três camadas no pêlo completo:
clltfcllla «(ormada por células imbricadas), córtex (onde vamos encontrar
a melanina, responsável pela cor dos pêlos), e medula (que apresenta
bolhas de ar no seu interior).
Diagnóstico Genérico
Pesquisa do Sexo
Importância Criminológica
Além de tudo que foi explanado, convém lembrar que os pêlos huma-
nos ou de animais descobertos nos locais do crime - tanto na vltima
NOÇOES GERAIS DE ANTROPOLOGIA E IDENTIACAÇ.A.O ANTROPOLÓGICA 101
Arcos Dentários
Com relação aos arcos dentários, as medidas que mais interessam são as
seguintes:
Curvas
Poucas são as curvas que podem ser determinadas e que podem ter inte-
resse para fins médico-Iegais. Dentre elas podemos salientar as curvas
cranianas e as curvas dos arcos dentários:
Ângulos e Triângulos
Na extremidade cefálica, os ângulos mais importantes são:
tismo, já não têm mais interesse nesse sentido, visto que o ânguJo de Rívet
substituiu com vantagem todos eles. embora sendo de determinação um
pouco mais trabalhosa quando se trata de indivíduo vivo ou cadáver.
Esses ângulos, nO entanto, assumem um valor muito alto quando se trata
de investigar a cor do indivíduo por ocasião do exame de um esqueleto.
A ligação dos pontos násio-básio, no ângulo de Rivet, forma uma
figura triangular conhecida como tri4ngulo d~ Rivet.
Índices
Platicrânio x - 69,9
Mesocrânio 70,0 - 74,9
Hipsicrânio 75,0 - Y
Tapinoc.rânio x - 91,9
Metriocrânio 92,0 - 97,9
Estenoc.rânio 98,0 - Y
Euripros6pio x - 84,9
Mesoprosópio 85,0 - 94,9
Leptoprosópio 95,0 - Y
Grupo euripros6pio:
Face muito larga ou muito baixa x - 44,9
Face larga ou baixa 45,0 - 49,9
Mesoprosópio 50,0 - 54,9
Grupo leptoprosópio:
Face estreita ou alta 55,0-59,9
Face muito estreita ou muito alta 60,0 - Y
i. {"dice nasal: relação centesimal entre il abertura piri(orme e nasio-
espinhal. Tipos:
Leptorrino x·47.9
Mesorrino 48,0 -52,9
Platirrino 53,0 - Y
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Simas Alves, E. Medicilla Legal e aeoutologia, Curitiba, 1965.
CAPíTULO 8
NOÇÕES DE
BIOTIPOLOGIA
MOACYR DA S ILVA
INTRODUÇÃO
PRINCÍPIOS FUNDAMEN1l\lS DA
BIOTIPOLOGIA
CONCEITO DE NORMALIDADE
CLASSIFICAÇÃO DE BARBARA E
BERARDINELLl
eRAMo
Ca,p;, . . .
""""
~~~~~~~~;~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~
• • ooooooOO ________
-------------------------
~~oo N~NNNNNftft
Cu,p.I.*'
POf<çAo
BUCAL
_ ~~.~_~~.~_~~.~_~n_. _ ~~.G _ ~n
Co"Ii'.ilO
iNOICES
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NOÇOES OE BIOnPOLOGIA 113
CRANIO
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BUCAL
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114 NoçOes DE ANTROPOLOGIA E IDENTIFICAÇÃO ANTROPOlOGICA
Fórmula
-"'-
O O No.mo""""
• • • M"""",""" """""""
•
O •
O
Breve/lnao nonnocerebRll
Br8Yilineo nonT'IO'o'Isceral
• meno<
maio<
• elevllíneo excedente
Bravlllneo deficiente
•O Brevilln90 anlagOnlco
•
O
Longillneo nonnovtsceral
longHlneo normocerebral
•
""""
menc<
• LongiIfneo exceden'e
LongiIineo dekklnl8
• LongiUneo antagOnico
REFERÊNCIAS BrnUOGRÁFIcAS
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Simas Alves E. M~did'ltl Ltgal ~ Dtolllologilz. Curitiba, ediçaio do autor, 1965
CAPíTULO 9
ESTIMATIVA DO SEXO
PELOS ELEMENTOS DO
CRÂNIO
MOACYR DA S ILVA
117
118 NOÇOES DE ANTROPOLOGIA E IDENTIFICAÇÃO ANTROPOLÓGICA.
Ouadro 9-1 .
-
GJabe~ Mab prono.rdada M..................
Arcos supetdllates Mais saientes Menos salientes
ArticulaçAo fronlonasaJ CUMo
Aebordo supra-orbltério Rombo C"".",.
Apófise mastOide Mais robusta Menos robusta
Apófise estil6ide Mais longa e mais gtoSSa Mais cufta e mais fina
COndiIos ocdpltals MaIs longos e mais estreitos Mais curtos e mais largos
SEXO GENÉTICO
ESTIMATIVA DA ESTATURA
PELOS ELEMENTOS DO
CRÂNIO
MOACYR DA SILVA
121
122 NoçOes DE ANTAOPOLOGIA E IDENTlFICAÇAo ANTROPOLOGICA
Es ta tu Ta maxlma = ax6x1t
i·
~
I
a =mensuração do arco em milímetros
Estatura mínima = a' x26 x. I
a'= mensuração da corda em milímetros
Ou.dto 10· 1. VaIOfe5 d. médil , desvio padrlo a erro padrio di médll , Clk:utadOI para
leucoclermas femminos. lados direito I esquerdo
p.tlm.trol Emo
Ouadro 10·2 , Valores da m6d il , desvIO padrto e eno padrJo da m6chl, CIIlculldos pari
leucodermu masculinos. lado. direito e esquerdo
Perlmetro. E,,.
Desvio pldrlo
Lado M6d11 p.drlo di midll
DlrlltO: diferenças positivas em
relaçio .. m6dJa .,. 10,40 1,62
DlrailO: diferença. poslIIYa. em
relaçlo .. rMd.1
El querdo: dlferençaa negatrvl' em
.,. 4.83 1,008
QUldro 11-1 . Estimativa da Idade em meses complfl105, por ponto e por Intervalos (imitas de
confiança de 80 e 95%), segundo o 18)(0, a em funçAo do nUmero da dentes pel1'T'l8Ollnles
O 8. 8' 8' 8.
1 8. 8. 8' 8.
2 8. 91 8' 85
J
.,
87 '5 8' 90
•5
6
7 88
..
95
103
100
104
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111
88
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••
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••103
lO'
••
10
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.
93
96
106
lO.
112
115
"'
118
121
12.
.,••
85
88
101
104
107
110
10.
113
116
12
13
102
105
88-118
89-121
127
130
97
100
113
84-1 UI
"'
122
125
14 108 92-124 133 103 87-119 128
15 111 95-127 86-136 lO. 90-122 131
16 98-130 89-139 109 84- 134
17
18
"'
117
120
101-133
104-136
92-142
95-145
112
115
93-125
95- 128
99-131
87-136
9().140
19 123 107-139 98-148 118 102-134 93-143
20 12' 11o.U2 102- 151 121 105-138 97-148
21 130 114-,4e 105-154 125 109-'4' '00-'49
22 133 117-149 108-158 128 112-144 104-153
23 137 121-153 112-161 132 116-'48 107- 157
24 141 125-157 116-16 5 136 120-152 111 -18'
25 145 129-181 121 140 124-157 116-185
26 151 134- 167 126 146 128-1 62 121
27 157 141 132 162 136 128
28 165 149 140 160 14' 135
Quadro' ' -2. Tabela de .eqOtncia eruptiva dos dente. permanentes_ considerando I Idade
mfnim. "I qUII ceda dente ut' presenla li li Idade mblm. em quI ,I. I.t' 8USllnll
PRESENTE AUSENTE
OENTE Id.de mlnlml Idlid. m6J1ima
11m mese. ) 'em m•••• '
"~
~
Quadro 11-3. Tabela cronológica da mneralllaÇAo dos denlêS p8l'T1"1Bn&nles entre brasileiros (Nlcodemo. MoraM e Medld FIlho) l i:
o
li
DENTE " IIYlô6ncil 113 d, 213 d, coral Inklo di 1/3 di 2/3 d. " ,mino
da mlnarllluçlo coroa corOIl completa to rn,açlo rall ,.11. .plelll
radlc:ular
m
Superiores j!!
Incl,lvo cenu.1 5-7 6-15 18-30 36-57 60-78 75-90 87· 108 100-118 o
inCISIVO lolaral 9-15 24-30 33-57 54-72 12-88 8 4. 102 96· 112 105· 117 ~
canino 5-. 12-33 36-60 60-78 76-87 90-114 111 · 141 126- 156 >
~
,. pt'-molar 27-30 48-66 57-75 78-96 87- 108 102-128 117- 138 129· 159 m
2' pr'-mol. 36-54 o
51 -66 66-84 78-102 93-117 105· 129 117- 144 141 - 159 o
~
\' mola, 1-6 6-16 18-30 36-48 54· 88 66·84 75-96 90- 104
2' molar 39·57 62-66 69-84 81 -102 102- 128 120·135 129·163 150- 162
o
3' molar 90-132 96-138 102· 156 138- 174 162· 198 180· 204 192·234 218-246 ~
m
~
Inferiores
IncisIVO central 3.9·6.1 9·12 18·27 28·45 48-66 60-78 76·96 90· 102
Incisivo lateral 4.6-5.8 7-12 18-30 18-66 54-78 68-88 80·99 92· 102
Canino 4-7 8 ·30 24· 54 51 · 72 69-93 84- 108 105-135 129-156
I" p,'-molar 27-36 45·60 51 -72 69· 90 84· 102 102· 126 114· 141 1:)2· 158
2" pr6-molar 33·54 4 6-63 66-81 78·96 93-144 108· 132 117· 144 141 -169
I " molar 1_6 6· 12 18·28 18·45 54·66 57·81 78·96 90· 10 4
2" mol.r 39-60 51 -66 72-87 84-105 102-126 117. 135 129· 153 150-165
3" mola, 90- 132 96· 138 102· 156 138· 174 162-198 18Q.204 192· 234 216-246
w
~
136 NoçOes DE ANTROPOLOGIA E IDENTlF1CAÇÃO ANTROPOlOOICA
2 3 4
5 6 7 8
Figura 11 -1 .
2 3 4
8 'QJ R
5 6 7 8
ElItãglos de mioeraftzaçAo
Figurll 11-2.
Figura 11 -3 .
138 NOÇOES DE ANTROPOLOGIA E IDENTlRCAÇ.A.O ANTROPOlOG1CA
AO - ausência de desgaste;
A 1 - desgaste leve;
A2 - desgaste que atinge a dentina;
A3 - desgaste que atinge a polpa .
ESTIMATIVA DA IDADE PElO EXAME DOS DENTES 139
Figura 11-4 .
Figura 11 -5 .
•
140 NOÇOES DE ANTROPOLOGIA E IDENTIFICAÇAo ANTROPOLÓGICA
Figura 11 · 6.
PO - ausência de periodontosc;
P1 - inkio de periodontose;
P2 - atinge mais de um terço da raiz;
P3 - atinge mais de dois terços da raiz..
RO - inexistência de reabsorção;
RI - pequena reabsorção;
R2 - grau mais adiantado de reabsorção;
R3 - grande área de reabsorção.
ESTIMATIVA DA IDADE PElO EXAME DOS DENTES 141
TO - ausência de transparência;
TI - transparência visfvel;
TI - transparência que atinge um terço da raiz;
T3 - transparência que atinge dois terços da raiz.
Figura 11 -7.
Idade
90
80
70
60
50
40
30
2()
10
2 , • • ,. 12 14
,. P",1os
18
Reta de regressão de GUSTAFSON
Figura 1 '-8.
........
superior a essas, tal como foi salientado na Discussão . ••••• • •••••
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148 NoçOes DE ANTROPOLOGIA E IOEHT1FICAÇAO ANTROPOLÓGICA
ESTUDO DO CRÂNIO NA
PESQUISA DA COR DA PELE
..
O
do Nor1e Cenlllll do Sul
n
~
-
~
Altura do Alta Alta Moderadamente Ballca Média O
C
"'"~ A_ _ alta
Conlomo sagital A_ Achalado Arqueado ~
largura do rosto ESITfIlta la",. Estreita Estreita Murto larga
o
>
Allura do roslo Alto Alia Modaradamente Baixa Alta n
O
AbeI1UI8 Ofbital
......" A< rBlb ii:Bda
Mod,.ad.m,,,,,
........
alta
......
Retangular AAodondada
~
O
>
Abef1Ura nasat
Margem I\BsaI
.....ta
Afiada
~
A_
... Estreita
Aflada "cavada" ou
Estreita
Afiada
~
~
Interior "tulCada"
,-
Pel1l1 Reto Ra" Ra" Inclinado
para baixo
Ra"
- , .-
Fonnato do palato EslTelto MOderadamente Estreito la"", MOderaClamenle
-'"-, '"-,
largo I."",
ImprouAo gerei Maciço, Grande Pequeno, Maciço, liso, Grande,
liso, aIOooado
dO_~
moderamonle li",
~
~
152 NOÇOES DE ANTROPOLOGIA E IDENTIFICAÇÃO ANTROPOLÓGICA
6
+
Figura 12-' .
PONTOS CRANIOMÉTRlCOS
Ponto mtrItonlPrnI 011 fnIlt,," - ponto mais inferiort mIlIis .nterior d, mandJbu~ .
2. Pr6stlDov ponto ./fIfDlIrr- ponto mais mimO' do bordo .alvmlar luperioz".loc;i,liuo~ entre 05
incW_ cmtni5 superiores..
3. Ponto tSprnhal ou subn4s.ll- ocupa o cmtro virtual cU espinha nasal anterior
4 NiÚIO- ponto IObre a JUtura nasorrontal.
S. GlllbeJ. - protub61nda Jltuacb mtre AS duu ct15talsupr.orbitJnu.
6. BrrgmR - ponto de encontro das suturu sagital e connári • .
'l. LAmbdll-ponto de convergfnd. ct. .utu~ Ngitll com • sutWiI lambdóide• •
8. Inm - bue cU protuberinda ocdpitaJ rxtcmll.
9. Básio -ponto mfdlo do bordo Interior do 'mame ocdpital.
Leurodermas até 91 ,9
Melanoclermas 98,0 para cima
Xantodermas 92,0 a 97,9
Leucodermas 50,0.54,9
Melanodermas 55,0 para cima
Xantodermas até 49,9
Porcen lajjleJn
CRIT-ClO fr.qa'ncl. Porcentagem Acumulada
Fr.qOfnela Porcentagem
CRlr·WEl Fr.qiifnct. Acumulada Acumulada
Fraqiifncra Porcentagem
CRIT..JAC FreqOlncra Porcentagem Acumulada Acumulada
Figura 12-2.
Figura 12· 3 .
Ir
•
\
. -
 ngulo de Welcker. b.sJo-centfo d~ ~elll túrsic~: centro d~ ,eJ~ runlclt-n.skJ
Figura 12-4.
Figura 12-5 _
leucoderma .8 1 2. .,
Melanoderma ,70, 97 1,08
70
27,96
4
100.00
77
Xenlo<lerma
'.90
22
90,91
6
5 , 19
45
100,00
13
30,14 8 ,22 61,64 100,00
77
TOlal
Porcentagem
Probabilidade
"37,45
0,3333
31 ,69
0.3333
7'
30,86
0 .3333
2"
100,00
ESTUDO DO CRANIO NA PESQUISA DA COR DA PELE 159
Mehmoderma 74 , 77
96,10 3, 90 100,00
Outras 9 157 166
5,42 94,58 100,00
TOlal 6' 160 24'
Porcentegem 34 , 16 65.84 100,00
Probabilidade 0,5000 0,5000
160 NOÇOES DE ANTROPOLOGIA E IDENTIFICAÇÃO ANTROPOLOGICA
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Paraka.n!.s do Igarapé do Lontra (pará, Brasil) e sua importAncia na caracteri-
zação de uma populaçJo isolada. 510 Paulo, 1978. IVp. Tese (Uvrc-Docfncia)
- Faculdade de Odontologia da Universidade de 510 Paulo.
CAPíTULO 13
NOÇÕES DE
DACTILOSCOPIA
INTRODUÇÃO
A pesquisa dos caracteres dactiloscópicos não se insere dentro do campo
de atuação do odontolegista. No entanto, é diante da sua ausência que se
fará necessária, muitas vezes, a atuação do odontolegista na busca de
outros dados que permitam a identificação de um cadáver em estado de
decomposição e mesmo de ossada .
Atendendo à finalidade da presente obra, que é a de apresentar ele-
mentos gerais de identificação, este capftulo pretende apenas fornecer
noções básicas do estudo da dactiloscopia (do grego d4Jct11os, dedos, e sko-
ptin, examinar), pois muitos são os tratados e livros escritos a respeito.
Sistema de Vucetich
PONTOS CARACTERÍSTICOS
Denominam-se pontos característicos os acidentes que ocorrem nas cris-
tas papilares e têm grande importância na identificação dactilosc6pica .
Segundo Araújo (1957), são os seguintes:
POROS COPIA
ALBODACTILOSCOPIA
J:: o estudo das linhas brancas encontradas nas impressões. São pregas de
natureza funcional. Entre outros fatores, 70% são persistentes e 30% de
duração efêmera. São utilizadas como infonnação complementar.
IMPRESSÕES PALMARES
~PRESSÕESPLANTARES
REFERÊNOAS BIBLIOGRÁFICAS
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edu;io de 6/ 12/1992
CAPíTULO 14
A PESQUISA DE DNA EM
ODONTOLOGIA FORENSE
INTRODUÇÃO
POLIMORFISMO GENÉTICO
Estrutura do DNA
v_
I
O
H
O
I I I
......
CH, ,CH
......
,_ ~'
CH, 'bH, CH,
Ó
O
C-'i::,
COO- COO- coe-
b
--
O O
~N-C-H ",i!i-C-H l/H HO
I I H/I-C-Di1
CH, H-C-C~ I I "'-
I
b. H,c--CH,
-- p-
CH, Grupo R com ""IV" poaiIMI
/ \ I coo- coa-
CH, CH, CH, coe-
......... I
~N--C -H
I
I
~N-C-H
I
I
HJ;-C-H
I
Dia 9Ha C~
Orvpo A n&o ... rrwgado, polar I , I
COO- COO- COO-
~ ~ C-N~
I H~Ii-c-H
O
HJN-C-H ,
HJN-C-H
, OH, ~ I .,
1 NH C_H
I ,
H -C-OH OH,, CH, ' H
.."'"
OH,OH
COO-
,- CH,
COO-
I
SH
Qat.....
c0e-
I
I
<NH,
""'"
,
c-1fH~
"'"
"',... -..
I HJN-C-H ~N-C-H
GnJ90 R com cargII ~
H,Ii-C-H
I I coe- COO-
I I I
r' \'"' ,
CH, H,I4-C-H HJ;-C-H
~
c f"> I
\'"' /, c CH,
--
S H,N o /, I
I
OH, H,N o
COO- f">
coe-
G....... ~
-~
Mo"'" OlulamN
Figura, 14·1. Esuutula Qurmica dos 20 aminoácidos Que normalmente compõem as protel·
nas, classrficados de acordo com seu radical IR) em cinco grupos, segundo Lehmlnger e
cols., 1993 .
I I
R, R
---~~_
I
(H,N-CH-CO-NH- CH ,COOH) + ",0
(ligação peptídica) I
R, R
CADEIA
POllNUCLEQTfOICA
DNA RNA
BASES NITROGENADAS
.....no.. ........
.........
PrWnktlras
NUCLEOsiDEOS
(bise nitrogenada .. penlose)
NUCLEOTIOEOS
(base nIrogeMda .. penloIe .. ácido fD5fórico)
~ O
O H-C-H n
"'C - C /
./ ~ H-Q-P-O-H
H-N, .....c-H I
O,C-N ~ _____ 0
0 ,- H/C, ._
Ilmina H-C / .......... b ~ H fosfórico
\~ H)
C--C
ribase ----+- H- o à-H
ou
deSoxlnlbosa - + H
Flgur. '4·3. COfrespond!ncla qurmlc. entre o DNA com rela"io aos seus componente,.
p~ "
p~
5'
5'
""
> ,3'
~
' P.'\.3'
A
A
C
T
T
G
,
3'
,
3' '\. 5'
3' P.
•• 5'
',P.
" 5'
•~ 5'
'p.
::. 3'
T A 3' '\. 5'
8. p~ 5'
'P: ~
3' A T ,
3' p~ 5'
~ \ 3'
~ p~ G C 3' p~ 5'
, 5' , 3'
i p 5'
P~ C G ,
3"P
~ 5'
ter
, 3'
5'
P~
'R" 3'
A T ,
3' P, 5'
5' T A
3~ 5'
Pteri 3'
Fig ura 14 -4. Diagrama d, sacçlo da mol6cula do ONA, iodicaodo a ligação eotre o rldical
fosfato IPI e a peotose UI OI diração dls posições S', 3 ' !lI) .
11) 12)
A T T A
c G G c
A T T A
G c c G
13) 14 )
,,/ "O H/
Ilmln. adenlna
H
H Cí
H _ C / N-H ------------O,C _ C,N::,N
H-C J "'N--------------H-N C
, / 'C~W'"
,
N- C ... O -------------H- N/
,
/ H
I citoslna guanlna
Flgul. 14-6. Estrutura qulmlc. das base. purlnlc" 'Ideninll I gUlnlnal • plnmidlnicu
ttimlnl e cltosinal. evidenciando IS Ilglç/l •• (pontel NdrogenlclJl.
A PESQUISA DE DNA EM ODONTOLOGIA FORENSE ,.,
Quadro 14-.1. VarlaçIodas bases presentes no ONAe no RNA em váta organismos.
Organllmo
ONA
Aff OIC A+ 1
"ã"""+C
.-..... "NA
8 _ Klfto
AIU OIC A + U e - AITIIrIo
"ô""+""C e - Kato
., ONAI
4 . E. co/i 1,09 0,99 !,OO 1,05 1,38 1, 18 0 ,83 ! ,06
., Serrada
mlJrcHcens
1,03 0 ,85 0,69 1,15 0 ,84 1,28 0 ,80 0 .8 1
.,.,
Pneumococos
7, levedura
OUnçCKIo-mar
NucleoH oócito
0 ,9 45
0 ,964
1,02
1.14
1,08
1,01
1.59
1.80
1,85
0 ,92
0 ,95
1,01
0 ,93 1,087
1,086 1,085
1,47 1, 34
1, 12 0 ,927
0 ,767 0 ,992
0,57 5 0.962
da estrela-do-
m..
la. Esperma da 1,02 1.01 1,43 ! ,ao
salmão
11 . Ffgado da boi 0 ,99 1.00 1.37 1.00 0.79 0.80 0 ,63 1,0 4
12. Nucleo de 0 ,805 0 ,865 0 ,795 0.990
flgado de boi
13. Timo de bezerro 0 ,985 1. 15 1,28 0,938
14 . Esperma de 0 ,98 1,03 1,67 0.978
homem
t5 , nmo de homem 1.05 ! ,OO 1,54 1.03
", Flgado da
homem
! ,OO ! ,OO 1.54 !,OO
transcriçtJo do tTQlIscriçtJo do
código código
I
(código genético)
replica••o
ONA
182 NOÇOES DE ANTROPOLOGIA E IOENT1ACAÇA.O ANTROPOLÓGICA
,.
._-
PorO de HidrugAt.,
(cIupIa ligaçao entre
8denInII - lIminl
nrecloNw.
_I
Agur. 14-7. Oi.gr.ma d. ncçlo da ettrotura l\ellcoidal cio ONA tendo como suporte u
mol6cula. ItÇÓcal-losfato , • reuniio du hemi-h4llc.. IUIV'S des lIgaç6u A - T lbiv..
'enta'. C. G Uriv,lentel. IAgur. modificada de Wltson e cols., 1988.1
A reação obtida pode ser descrita como aparece na Fig. 14-8, revelan-
do que o DNA primer funciona como modelo (template) para replicar
outra molécula exatamente igual em sua estrutura química quanto à
seqüência de bases.
Os estudos com isótopos marcados de nucleosfdeos em E. coli, reco-
nhecidos pelo gradiente de densidade após uJtracentrifugação (experi-
mento de Mcselson-Stahl), indicam que cada hemimolécula espiral do
DNA agiria como molde sobre o qual nova molécula é sintetizada pela
formação de uma cadeia com bases complementares (A - T e C - G ou T
- A c G - q, resultando de cada hemimolécula uma molécula derivada .
Esse processo se mantém através das divisões celula res, conforme
demonstrado na Fig. 14-9.
O processo é paralelo à divisão cromossômica, que, na primeira divi-
são, produz DNA nibrido, mas, nas divisões seguintes, um número gra-
dativamente maior de moléculas puras, isto é, somente com um tipo de
elemento ma rcador (N14 ou NlS). Esses dados mostram que a "réplica"
do DNA é do tipo semiconservativa, isto é, cada hemimolécula conser-
va-se íntegra, funcionando somente como molde que mantém constante,
de divisão em divisão, a seqüência linear das bases dos nucleotídeos e,
conseqüentemente, integra a natureza do código genético.
A 8
A-T
c-o
Dupla ~Ilce PfI~taJ
T-A
O-C
A T
C O cIu ~ hldrogtnlcu
Quebn,
T A com ~~ (desesplralluçtO)
O C . . dwI. cadelu
A-T A-T
C-O C-O PoIlmenlzllÇAo de nucleotlõeos
T-A T-A
O-C O-C
11 111
l ?~
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....'.:
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X
'·i ::,
.)
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.. . : .: ...
:'
.'oi )I
:
~
,
'"'
JÓ
FIgura 14-9. ESQ\lema de uAs poss/vli. mliK:lnlamos de rêplica do DNA eo longo da cedf!!'
espirai: I - con •• rvltivo. 11 - IlImlconservltivo .. UI - di,pe,.ivo. O experimenlo de
Me.elson,Slahl demoosttOlJ I ocorr6ncla do Pfocesso semicoolervltJVO. posteriormeml
confirmado por lIuto·radlogr.lia. IFiOU" modillcada de Cummmgl, 1991.'
DNA: lTC TIT CAA erA TAA AAG CGC ATA TCA ... etc
mRNA: AAG AAA UUG GAG AUUUUC GCG UAU AGU_ etc..
aminoácido: glu Iys Os gly tyr leu gly leu mel... etc.
A PESQUISA DE DNA EM ODONTOLOGIA FORENSE 187
. ...
.....
G
.....
'"
....
Lo"
•
C
r
........
.....
- . . no_
-
O ÇrrculO mal, O1erno repre..nta. o amlnóaddo ou o codoo eM 'ermlnallzaçao (x)
-
Amlno6ddo
.....
"""M
Aaparglna
~("')
No (J!)
Mo (N)
1001,""""
Lo""""
u.,...
"In
..... (l)
L" (K)
Acido a spjrtlc:o Mp (P)
Aan alOt.J Asp Au (8 )
"'UonIna
Fenllalanlna ''''
Pha (FI
IM)
ClstalNl
Glutamlna
ÁcIdo glutlmlc:o
c,. (C)
OI. (O)
O," (E)
.....
P<oIIna
T"••nlna
p,. (P)
se, (S)
Th, (T)
Btn e.'cJtj GJu O~ (Z) T~1an T", (W)
OlloN O~ (O) T.-..a T" M
Hlstldlllll HI. (H) Vali,... V.I M
Figura 14· 10 . Código genttico consdtuldo pela seqOtnc!. da uh bMn purmlas tA-GI .
plrimidlnlc•• (T·el na pane central 00 círculo, indicando o codon cOf,espondenta • c.t.
amlnoi!lcldo na lua perif.,,,.
A PESQUISA DE ONA EM ODONTOLOGIA FORENSE 189
raglAo nlo
codmc.da
IExon Exon
r ragllo naol
Exon codificada
5' Inttron I I Intron I
3'
Ragllo
DNA1 a stlmuladora ~ 1 I
lj'wTl fTATAl
5' ."t:rt':r::=t::;JC::Ct:::J-_ _ _....
I I
• Transcriçlo
1
• Processamento
-cap~ 5' ~ J I . -I I t-- MAA
11 J
1I-IjurçOO)
"Cap"' 5' ~ t=:1 ~ Cauda 3'
Nucleo
~
mRNA -c.p. 5' ----4C====::J~ CaUda 3'
Movimento do mRNA
Cltopl ••rn..
-Cap· 5'
! processado para
o cit oplasma
---oIC==~=~1-- Cauda 3'
• Traduçao
~
Pol1pepHdeo
~ - M.""",.ONA
~ Quer. com UITIII ou lTIIIit enVmas de restriçio
==-j/:;-
........-
-t-:::::._ ----
'"'Ç"~ - - -- -
-..;.F" •
-=-/.;:::::-=- --- ONA n.gmem.do
+-_GoI
+__ Membrana
FragmentM po*IonlHlOl
na membrana de nitrocelulose
(posIçIo Idtntlc:e. ~
no gel de agafOH)
Agura 14-12. T6cnica Southom bIottlnll. indicando a proouçio dos fr.gment05 de restri-
çlo reconhecidos por sondas marcadas no finei do processo.
' 96 NOÇOES DE ANTROPOLOGIA E IDENTIFICAÇÃO ANTROPOLÓGICA
Molde (Template)
AmpliTaqDNA Po li merase
Temperatura
Desnatllraçiio
É causa comum, levando ao insucesso do processo da PCR, a denatura-
ção incompleta da seqüência-alvo e/ ou do produto originado pelos pri-
meiros ciclos da reação (lnnis e cols., 1990).
A PESQUISA DE ONA EM ODONTOLOGIA FORENSE 203
Anelamen to
A composição básica, o comprimento e a concentração dos primers na
reação de amplificação irão determinar a temperatura e o tempo neces-
sários para promover o anelamento dos primers.
Em concentração típica de 0,2 mM, exposições curtas (alguns segun-
dos), a qualquer temperatura entre SS"'C e n"'C, podem ser adotadas
com sucesso, conforme sugerem lnnis e Gelfand (1990), assim como a
prática diária na manipulação de amostras forenses.
Reações contend o temperaturas de anelamento elevadas minimizam a
formação de primers-dimer nrtiJacts, o anelamento incorreto entre primas
de fita simples de DNA e a extensão inespecifica de nucleotídeos nas ter-
minações 3' do primer. No entanto, a adequação na escolha de tempera-
turas de anelamento, especialmente nos primeiros ciclos, aumenta a
especificidade da reação. Temperaturas baixas, especialmente em pre-
sença de altas concentrações de dNTP; favorecem a extensão inespecffica
de primers e a exte nsão de nucleotfdeos erroneamente incorporados
(Innis e cols., 1990).
Extensão
o comprimento e a concentração da seqüência-alvo irão determinar o
tempo e a temperatura de extensão adequados para o sucesso do proces-
204 NoçOes DE ANTROPOLOGIA E IOENTlFICAÇÃO ANTROPOlOGICA
Concentração de Agarose
Bons resultados, na maioria dos casos, podem ser obtidos com a utiliza-
ção de gel de agarose a 1%, proporcionando a visualização de fragmen-
tos que variam de 80 a 1.000 pares de bases (bp).
Também estão disponíveis no mercado outros tipos de agarose, bem
mais finos. Eles facilitam a leitura de amostras não visíveis ou não dis-
tintas suficientemente em agarose comum, proporcionando uma análise
precisa das bandas. Dentre esses reagentes podem ser mencionados a
NuSieveGTG agarose (FMC Bio Prod ucts) e o Separite™ Gel Malrix
(Gibco/ BRL ure Technology) .
A agarose NuSieve, em concentração de 3 a 4%, separa e evidencia
com nitidez um intervalo de fragmentos entre 80 e 1.000 bp. Aumentada
essa concentração acima de 4.%, toma-se possível a resolução precisa de
fTagmentos apresentando diferenciação de 10 bp. Outra agarose alterna-
tiva, que possibilita a diferenciação de bandas em até 10 bp, é a Separide,
que toma viável a separação de fragmentos de 50 a 1.000 bp de compri-
mento.
Número d e Ciclos
Precauções
a. cam ref erenda ao preparo das amostras - Atenção deve ser tomada
quanto à identificação dos tubos, evitando-se assim a troca entre
amostras . Se possível, deve-se optar pela não-manipulação de
amostras diferentes ao mesmo tempo. Após a adição do DNA à
reação, esta deve ser fechada e submetida a breve centrifugação
(especialmente quando se tratar de amostras diminutas), assegu-
rando que todos os componentes da reação estejam misturados.
A exposição das amostras já preparadas para amplificação, por
pelo menos 3 minutos a 940(:, irá ajudar a inativação da proteinase,
que pode estar presente na amostra li ser amplificada;
b. resultadas fa/so-positivos - São fontes potenciais de contaminação
entre amostras a presença de amostras dispersas do ar em rorma de
aerossol e a manipulação muito próxima de amostras diferentes já
206 NoçOes DE ANTROPOLOGIA E IDENTIFICAÇAO ANTROPOLOGICA
amplificadas e por amplificar. Para que taJ fato não venha a com-
prometer o resultado fmal da amplificação, sugere-se que sempre
se amplifique uma amostra como controle negativo (não contendo
DNA tcnplate).
U 'J ,
prepa~ode
raagenles
axtraçlo DNA •
ptepllraÇlo de PCR
a_.
,",)!se pós-amp/ificaçAo
rooeblmanlo de amostras
I vestltrto
l. .··.. l-t- O+
ar filtrado
~ I .....""
'.."
eparaÇlo de _ lIuxo
agent•• horiz. ampl/ficaçAo •
IIUKO análise pós·ampllflcaçlo
•xtraÇlo DNA_ laminar
+UV
-~ prasdo-I
ftuxo de pessoal
•
•
flgUfa . 14-14. Modelos "temetNOl de duas pa.ntas IM taboratÓf'1O patl petqUISII da DNA.
I
.9OHIlrAS 1oU.fl.0CI.IS (MLPs)' (ANW$AO.U VIA
SIOIITH€RN IiI.OTTIHG, lrMACADM COM
~TMDrADE OU~) (ON.A
- l
AHÁUIE 00 [)NA AEU:YAN'TE A
COMPROVAÇÃO 0E1CIEHf'IDN)E >
...."""
_""'0
I PCR
5TR (SHORr TM/OE'M REP&.1S)"
r-- - r--
-r-
r--
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A PESQUISA DE DNA EM ODONTOLOGIA FORENSE 22'
IDENTIFICAÇÃO
PELOS DENTES E
RUGOSCOPIA
PALATINA
CAPíTULO 15
IDENTIFICAÇÃO PELOS
DENTES
MOACYR DA S ILVA
INTRODUÇÃO
o conhecimento das particularidades anatômicas normais dos dentes
humanos, macros e microscópicas, é de suma importância para o odon-
tolegista .
Muilas vezes, OS dados anatOmJcos da coroa constituem os únicos ele-
mentos que irao permitir estabelecer a fórmula dentária correspondente.
Outras vezes, tra ta-se de identificar fragmentos que podem esclarecer
sua exata natureza, não cabendo di.scussão sobre o fato de a compreen-
são das alterações dentárias de interesse pericial, sejam elas patológicas,
fisiológicas ou intencionais, só ser possível com base no conhecimento
dos caracteres normais.
O perito, ao exam.inar um dente, deve, em primeiro lu~ verificar se trata-
se de dente dedduo ou permanente, para em seguida determinar o grupo a
que pertence (incisivos, caninos, pré-molares ou molares). Na seqüência,
observar-se-á se o elemento dentário é superior ou inferior. Também será ana-
lisada sua posição no aro) (central ou lateral), primeiro ou segundo, e qual
sua situação em relação ao planosagital (direito ou esquerdo).
Em urna perícia odontológica é muito importante o diagnóstico dife-
renciai entre dentes dedduos e dentes permanentes.
O cirurgião-dentista que pretende exercer a função de odontolegista
precisa cond entizar-se de que deve ter um conhecimento adequado de
225
226 IDENTIF1CAÇAO PELOS DENTES E RUGOSCOPIA PALATINA
Anomalias de Número
Anomalias de Erupção
Durante sua vida o indivíduo pode adquirir certos hábitos que podem
deixar estigmas nos elementos dentários . Essas alterações não são muito
numerosas, mas algumas delas são de uma tipicidade fora do comum.
Vejamos exemplos:
Qu adro 15-1. ManilestaçAo 0fB/ de doençu profissklnall, de acordo com o agente 8 lU ocu-
pações (adaptado de Schoure Sarnat, 1942)
Agentu Ocupações
Quadro 1501 . ManllastaçAo oral de doenças profissionais, de acordo com o agente e as octr
paÇÕEls (adaptado de Sctlour e Sarna!, 1942) (ContinuaçAo)
Quadro 15-1 . Manifestação oral de doenças profissionais, de acordo com o agente 8 as 0cu-
pações (adaptado de Schour e Sarna!, 1942) (Continuaçlo)
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CAPíTULO 16
ARCOS DENTÁRIOS E
RUGOSCOPIA PALATINA •
ARCOS DENTÁRIOS
Índices Extrínsecos
Índice de Flower
Distância do lR pm ao 3D m
x )00
Distância nãsio-básio
Classificação:
Microdentes abaixo de 42
Mesodentes 42 45
Megadentes acima de 45
Comprodo arco
~~~~~~~_____ X)OO
Distância incisivo-básio
Índices Intrínsecos
Utilizam, exclusivamente, medidas dos arcos dentários:
ARCOS DENTÁRIOS E RUGOSCOPIA PALATINA 239
____Largura do arco
~_____________ x 100
Comprimento do arco
Classificaçdo
Dolfcoves x 115
Mésoves 115 130
Euríoves 130 Y
Segundo Campion (in lzard, 1950), as distâncias que devem entrar no
cálculo do fndice são a largura ao nfvel do segundo pré-molar e o com-
primento até a face distaI do primeiro molar.
Índice Palatino
Largura da abóbada
______________ - - - x 100
Comprimento da abóbada
Classificaçilo:
Leptostafilinos x 79,9
Mesostafilinos 80,0 84,9
Braquistafilinos 85 Y
fndice de Kneese
Esse autor fez uma inversão do fndice de Campion, obtendo melhor dis-
tribuição, utilizando as distâncias preconizadas por Campion.
__Comprimento do arco
~~__~_______ X100
Largura do arco
Classificaçi1o:
Euríove x 69,9
Mésove 70 84,9
Dolícove 85 y
240 IDENnFICAçAo PELOS DENTES E RUGOSCOPlA PALATINA
RUGOSCOPlA PALATINA
Considerada como um meio auxiliar de identificação, a rugoscopia pala-
tina tem por base a análise das cristas, dobras, pregas ou, ainda, das cha-
madas plicas, encontradas na abóbada paJatina, sendo de grande valia
nos casos em que o estudo dactiloscópico, por quaJquer razão, não possa
ser utilizado, como, por exemplo, nos acidentes em que não há possibili-
dade de análise por ausência das falanges, nos indivíduos carbonizados,
ou em situações de desarticulações e amputações, quando a cabeça se
encontra separada do tronco.
Anatomicamente, o maxilar superior é um osso par, suporta os ele-
mentos dentários superiores e seus correspondentes pontos de implanta-
ção, entrando na construç.ão das principais regiões e cavidades da face;
abóbada pala tina, fossas nasais, cavidades orbitárias, fossas zigomáticas
e fossas pterigomaxilares. Sua fonna depende do arco aJveolar, podendo
apresentar, segundo Testut (1944), quatro aspectos distintos: hiperbóliCll,
quando os segmentos dos arcos são divergentes em todo o seu períme-
tro; parabólica, quando, sendo também divergentes, porém um pouco
menos pronunciados e prolongando-se sua direçâo, acabariam por
encontrar-se; ipsilon, quando são paralelos entre si; e tUptiCll, na qual os
segmentos apresentam convergência.
Particularmente, a porção infrapalatina constitui o palato, que exibe,
em seu terço anterior, inúmeras rugosidades, diretamente relacionadas
com a mucosa bucal, que apresentam uma grande variabilidade de com-
primento, podendo ser únicas ou ramificadas; retilíneas, curvilíneas,
angulosas ou sinuosas. Na espécie humana, como ensina Aroenz (1959),
o conjunto formado pelas rugas é assimétrico, ao contrário do que aconte-
ce, de regra, nos outros animais. No entanto, apresenta maior importân-
cia o fato, comprovado, de que são individuais, imutáveis, perenes e
passfveis de classificação, preenchendo, portanto, os requisitos témicos e
biológicos necessários para a identificação humana.
Em uma classificação da disposição das rugas no paJato, <:arrea, cita-
do por Brinon (1983), dividiu-as em quatro diferentes categorias:
1. Rugas dirigidas no sentido mediaI - Tipo 1
2. Rugas d irigidas no sentido lateral - Tipo n
3. Rugas dirigidas no sentido distai - Tipo m
4. Rugas dirigidas em sentido variado - Tipo rv
Ponto ...................................................... 3 %
Linha reta ................................................ l 7%
Linha curva ............................................ 160/0
Ângulo ....................................................8%
Circulo ....................................................6%
Linha sinuosa ........................................ .38%
Linhas compostas .................................. 15%
Ponto ....................................O...................................P
Reta ....................................... l ...................................R
Curva ...................................2 ...................................C
Ãngulo ................................3 ..................................A
Ângulo agudo ...........Aa
Ângulo reto .............. .Ar
Ângulo obtuso ......... .Ao
Curva fechada .....................4 ...................................Cf
242 IDENTlFICACÂO PElOS DENTES E RUGOSCOPlA PAlATINA
11 111 IV
• •
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PARTE IV
TRAUMATOLOGIA
FORENSE E
TANATOLOGIA
CAPíTULO 17
TRAUMATOLOGIA FORENSE
INTRODUÇÃO
Form as Puras
Agetrtes Perftlrantes
São aqueles que agem idealmente por um ponto que, pressionado, lesa o
corpo da vítima, produzindo ferimento punct6rio, provocando o afasta·
menta das fibras dos tecidos, divulsionando-as. São representados por
objetos afilados, pontiagudos, alongados, em geral de secção circular ou
poligonal. O diâmetro, em regra, não é largo, como ocorre com estiletes,
agulhas, pregos etc. Devem ser tomados cuidados ao se definir um obje-
to como sendo um agente especifico. porque uma agulha. por exemplo,
somente poderá ser considerada um agente perfurante se usada de
modo convencional. É importante lembrar que a energia mecânica é
cinética ou potencial, ou seja: a força viva de um obJeto depende de sua
massa e da velocidade com que se movimenta:
F=m......,yl
2
• Elementos da fesifo: orifício de entrnda (OE), trajeto e orifkio de sarda
(OS), podendo apresentar·se em forma de fenda, circular, fusiforme
ou oval.
• Caracter/sticas da ftsifo: convencionalmente produz lesão punct6ria
ou perfurante, segundo OQuadro 17·2, e a solução de continuidade
obedece as leis de Filh6s e de Langer (apud Arbenz, 1988):
1! lei de Filh6s: A solução de continuidade produzida por agentes
perfurantes ti semelhante à produzida por Instru·
mentos de doIs cortes.
2! Lei de FHh6s: Em ume mesma região, o maior eixo tem sempre a
mesma direção. que depende da orientaçio das
fibras; varia, portanto, de região para região .
Lei de langer: Na confluência de regiões de linhas de força diletentes.
a extremidade da lesão toma o aspecto de ponta de
seta ou de triângulo, ou mesmo de quadrilátero.
2.8 TRAUMATOLOGIA FORENSE E TANATOlOGIA
Agentes Cortantes
São aqueles que agem idealmente por uma linha representada pelo gu.
me da respectiva arma, seccionando os tecidos, dando origem à lesão
incisa. As lesões incisas (superficiais e profundas) podem ser.
• H' 18eçlo uniforme no tecido, partindo da um ponto da apoiO. Iste mais profundo d ....i-
do • prlsslo p81•• anUada do Instrumento n. pela, tornando-se progressiv.mante luper-
flcial; M afastamento das borda•• sangramento. Ob"rYaôo d, petf~. o aspecto t angular
ou Im bisei.
Agentes Conhmdentes
São os que atuam por pressão, deslizamento e tração, podendo origi-
nar impressões na superfície cutânea (como, por exemplo, a impressão
dentária). Apresentam supel fície plana ou romba. Inúmeros são os
exemplos de agentes desse grupo, não só OS de ação tfpica. como pau,
pedra, martelo, mas, também, aqueles que apresentam superfícies
resistentes contra as quais o corpo embate, e, ainda, os que podem fun-
cionar como agentes contundentes, dependendo do modo de ação.
Assim, as con tusões podem ser ativas ou passivas, segundo o modo de
ação do instrumento, isto é. se este atinge o corpo, ou se a vítima proje-
ta-se contra ele\
• Derrame pode ser linfiJtico, nos casos das contusões tangenciais, sero-
50 ou sinovial, ao nível das articulações, gasoso, na região torácica,
como nos casos de enfisema subcutâneo e pneumot6rax, pode
ainda ser hemáfico, sendo este o mais importante e freqüente (é a
equimose slrieto sensu) .
• Equimose, causada pela inftltração nos tecidos do sangue alojado
fora do vaso em virtude de rompimento dos capilares e vasos 5U))..
jacentes; é produzida por pressão, tração, sucção ou esforço, poden-
do ser traumática, acidental, provocada ou espontânea (esclerose
em placas, psicogênica), tendo como evolução:
hcmatina
hematOldína: sem a presença de
Fe livre. cor amarela _ _._ estimativa
de data: 12"' dia - 2
e reaçllio de Pers! meses
negati~
evolução da lesão
Fonnas Mistas
Agentes Perfllrocortatrtes
São representados por agentes que possuem uma ponta (perfurante) na
extremidade distal de uma lâmina, com um ou mais gumes (cortantes).
Os instrumentos típicos ~o: punhal, peixeira, faca de ponta e corte, cani·
vete.
Agentes Cortoconnmde"tes
Agem pela ação do gume (geralmente não muito afiado), influindo na
produção da lesão o peso do instrumento e a força viva de quem o
maneja, que sobrepuja a ação cortante.
Agetrtes PerfUTocontundentes
Apresentam extremidade mais ou menos romba ou que logo assume
esse caráter. O instrumento típico é o projétil de anna de fogo, que per·
fura pela força com que atinge a superfície cutânea e contunde pela sua
conformação. Dada à sua relevância, as considerações sobre os agentes
perfurocontundentes evidenciarão os aspectos relativos aos "ferimentos
por arma de fogo".
A classificaçilo médico-legal dos tiros quanto as distancias dos disparos é
feita pela caracteriz.açào do orifício de entrada (DE) (Fig. 17-1).
1. Areas de contamo
• sinais decorrentes do projétil: orlas
• conlusilo: estão presentes a equimose e escoriação, caracterizadas
pelo sinal de Thoinoti
• etlX llgo: caracterizado pelo sinal de Chavigny.
ELEMENTOS DE DISPARO
TE
I aR
•
•
~~
CHAMA CO
FULIGEM MO
•
GASES
LO
•
SUPER PAftT PÓLVORA
•
" ACUECIDOS NAo QUEIMADA
E PART. METAL
PROJrnL
CONTUsAo
trajeto do proJ,m
1 2 3
Fig . 17· 2.
• Sinais tfpicos
• ClImara ou Mina dt. Hoffmann. presente nos tiros encostados e no tiro
à queima-roupa (também chamado curtíssima distância).
• Sinal d~ Benassi. caracterizado por esfumaçamento. presente nos
tiros encostados, nos tiros à queima-roupa e de curta distância
(CO), ao redor do orificio de entrada ou na super((cie externa do
osso.
• FlUllt de BOlmel, identificado pela maior perda de substância da
tábua externa do osso transfixado (lesão perfurocontusa no crâ-
nio) .
TRAU M ATOLOGIA FORENSE 263
5. Aspectos gerais 110 exame das lesões por arma de. fogo
• Lesões por armn de fogo, por mecQnismos outros que não o projétil: po-
dem ser devidas à explosão do cano, ao tiro pela culatra ou, ainda,
ao contragolpe.
• Regiões geralme"te escolhidas como alvo dos suicidns por arma de fogo:
cabeça, na região temporal homolateral à mão usada; no cond uto
auditivo homolateral à mão usada; na região frontal lateral; na
região do prec6rdio, e no abdômen.
• Exame das vestes: de grande importância, pois possibilita o estudo
da correspondência dos orifícios no tegumento com os orificios nas
vestes, que só estará presente se o cadáver nâo tiver sido movimen-
tado. Esses orifícios devem ser fotografados em relaçâo a um ponto
fixo e podem deter elementos das orlas ou enxugarem o projétil.
Com relação aos orifícios encontrados nas vestes, devem ainda ser
verificadas sua forma, dimensões e situação, fornecendo elementos
para o diagnóstico da distância e da direção do disparo.
• Orifícios de entrada atípicos: pode haver somente contusão, porque o
projétil não tem mais força viva, erosão nos tiros ta ngenciais, e
lesão em boca de mina (nos tiros encostados).
Tempe ratura
Exposição ao Fn'o:
• Etiologia jurídica: acidente individual (acidente de traba lho) ou coleti-
vo (por exemplo, retirada do Exército de Napoleão da Rússia, em
264 TRAUMATOLOGIA FORENSE E TANA.TOlOGIA
Pressão Atmosférica
A umento da Pressiio
Eletricid ade
I I =E (volts)/R (ohms)
Radioatividad e
Asfixias
As asfixias são definidas como sendo a srndrome patológica, às vezes ter·
minada com a morte, produzida pela an6xia, que consiste na baixa de
oxigênio (Oi:> nos tecidos, ou por hipercapn8a, que ocorre devido ao aro·
mulo de monóxido de carbono (CO), resultantes da dificuldade ou
supressão das funções respiratórias .
Exttm1os:
• lento resfriamento do corpo.
• Equimose (subconjuntivas e petéquias na face, nuca e conjuntiva
decorrentes do derrame capilar).
• Cianose na face, lábios, pavilhões auriculares e unhas, devido ao
aumento nos capilares da hemoglobina reduzida.
TRAUMATOlOGIA FORENSE 275
Internos:
Cu adro 17-8.
So terramento ou Sepultamento
É a asfixia por aJteração no meio ambien te decorrente da substiruição do
ar por meio sólido, semi-s6lido ou puJverulento (resíduo sóLido aspirado
e engolido, como, por exemplo. farinha ou areia fina).
Apresenta como causa de morte o tamponamento dos orifícios respira-
tórios (abafamento) ou das vias respiratórias (obstrução respiratória); a
compressão torácica ou toracoabdominal; o confinamento; lesões trau-
máticas as mais variadas, como, por exemplo, traumatismo cranioence-
fático, rotura de ffgado, baço, rins. coração, pulmões, vísceras ocas (estô-
mago. intestino. bexiga).
A etiologia jurldica é homicida e acidental, inclusive infortunística.
O exame do vítimQ inicia-se pela perinecroscopia Oevantamento das cir-
cunstâncias do evento), seguida da busca dos sinais gerais internos e
externos. característicos da morte asffxica, dos sinais de abafamento,
obstrução respiratória. sufocação indireta e t.ruumatismos variados. além
da análise do corpo sujo com material soterrante. Há de se mencionar
que não é necessário que todo o corpo fique coberto pelo material soter-
rante.
A deten"jnnçifo de lesifo vital ou pós-mortal dá-se pela busca da penetra-
ção do meio asfixiante nas vias respiratórias, o que caracteriza lesão
vital.
Afogamento
É a asfixia por inspiração de água ou outro lfquido ou material semilí-
quido como iodo, barro, material de latrina etc.
O afogamento se efetiva com a condição do corpo submerso ou.
ainda, quando isso não ocorre, em casos de suicídio, acidente, homid-
dia, ou infanticídio, nos quais a vrtima, encontrando-se inconsciente ou
incapacitada de reagir, teve os orifícios respiratórios submersos. Há,
também, casos relatados de edema agudo de pulmão e hemorragia intra-
Iraqueal ou brônquica, 05 chamados afogamentos internos.
A etiologia juridien do afogamento é geralmente acidental, correspon-
dendo a 8,6% do total de mortes acidentais (Organização Mundial de
Saúde - OMS), como cita Arbenz (1988) . O afogamento aparece como a
segunda fonna mais freqüente de suicídio entre os homens, sendo rara-
mente escolhida como forma de suplício ou homicídio. A consecução
deste último exige que haja superioridade de forças por parte do agres-
sor, debilidade ou incapacidade de reação por parte da vítima .
TRAUMATOlOGlA FORENSE 2n
• Smais txtunos
• Pele rria e ansenna devido à contração- muscular, ainda em vida.
salientando os foUculos pilosos, dando à pele caracterfsticas de
"pele arrepiada".
• Retração dos mamilos, escroto e pênis.
• Cogwnclo de espuma presente desde a boca e narinas até os alvéo-
los pulmonares, devido à mistura de ar e plasma (sinal vital).
• Erosão dos dedos.
• Corpos estranhos sob as unhas das mãos .
• Maceração epidérmica (mão de lavadeira).
• Lesões no corpo em virtude de choque contra pedras, hélices,
remos, paus etc.
• Lesões causadas por animais da fauna aquática local.
• Hipóstases róseas (na região ventral do corpo, principalmente na
fa ce, no pescoço e na porção s uperior do tórax, devido à posição de
pronação em que se encontra a vftima).
• São observados, às vezes, espasmos cadavéricos .
• Sinais i"temos:
• Espuma traqueobrônquica (sinal vital) .
• Enfisema aquoso ou hidroaéreo.
• Manchas de Paltau(, características do rompimento de capilares.
• Presença de partfculas sólidas como areia, plâncton ou minerais,
nas profundezas dos pulmões, fígado e na medula óssea dos ossos
longos.
• Detecção do lIquido do afogamento nas vias digestivas.
• Diluição da concentração sangüínea.
TRAUMA TOlOGIA FORENSE 279
Oxiprivas
H;poxin a81,da
• alterações cardiovasculares
• alterações do sistema nervoso central (perturbações no raciocínio
e instabilidade motora, quadro semelhante ao do alcoolismo agu-
do) .
Hiporia cr6nica
• alterações do sistema nervoso centraJ (sonolência, falta de atenção,
fadiga, retardamento do tempo de reação etc.)
• alterações cardiovasculares, levando à hipertensão pulmonar com
insuficiência cardraca direta somada à poliglobulia.
TRAUMATOLOGIA FORENSE 281
Sufocação
Ê a asfixia decorrente do imped imento mecânico, direto ou ativo (por aba-
famen to ou obstrução respiratória) e indireto ou passivo, essencial à respi-
ração.
Constrição do Pescoço
Em virtude de enforcamento, tstrangulamellto ou esganadura, comprome-
tendo a entrada de ar nas vias aéreas.
O en.forcnmen.to consiste na ação de força constritiva agindo na direção
do eixo do corpo. Isto é, consiste na constrição do pescoço por laço acio-
nado pelo peso da própria vítima. O enforcamento pode ser analisado
segundo:
A suspettsão
• completa: quando O corpo fica suspenso por completo, sem qual-
quer contato ou apoio com o solo
• incompleta: quando há qualquer ponto de apoio do corpo com o
solo
•
A posiçdo do n6 (este nunca deve ser desatado!)
• simétrico: quando o n6 está posicionado na linha média anterior ou
posterior do pescoço
• assimétrico: quando o n6 está posicionado na posição lateral
• Sinais particulares
• Externos
• sulco obliquo, interrompido e de profundidade desigual, geral.
mente ao nível da laringe, ou acima desta, sendo único ou múlti·
pio
• a cabeça da vítima encontra-se inclinada para o lado oposto ao
don6
• fácies branca ou cian6tica
• exoftalmia acompanhada de protrusão da Ungua
• hipóstases nas porções inferiores do corpo, decorrentes do acú·
mula de liquido, o que explica a putrefação antecipada na por-
ção em declive em que se encontra o cadáver e a possível mumi·
ficação das regiões superiores do corpo;
• liquido seminal, espermático ou prostático no prepúcio ou nas
vestes
• lesões traumáticas devidas às crises convulsivas agônicas .
• Internos
• equimoses e infiltração sangüínea da pele e partes moles
• equimoses retrofarlngeas
• sulco no platisma e estemocleidomast6ideo
• roturas musculares
• roturas e/ou luxação dos cornos do hi6ide
• rotura da cartilagem tire6idea
• luxação e/ou fratura de vértebras cervicais, com ou sem rotura~ e
d05ligamentos intervertebrais
TRAUMATOlOGIA FORENSE 285
a. As LesDes
• de luta ou contenção em virtude de falhar o fator surpresa ou a
incapacidade de resistência
• de caráter mortal
• de caráter sádico
• de violação
• de hesitação 'ou tentativa
• de defesa
• de aparência aberrante resultantes, geralmente, de golpes falhos
• Internos
• as lesões na altura do pescoço são mais escassas e menos caracterís-
ticas do que no enforcamento
• presença de hemorragias localizadas nas partes moles, roturas
musculares, fraturas e luxações ao nível das vértebras cervicais
• equimose retrofaríngea .
• Externos
• presença de sulco único ou múltiplo, horizontal contínuo e de pro-
fundidade unifonne. Geralmente entre a cartilagem tire6idea e da
traquéia. ~ oportuno chamar a atenção para o posicionamento das
lesões profundas e do sulco, que devem estar sempre no mesmo
plano, uma vez retirado o laço.
• Externos
• impressão dos dedos do agressor deixadas no pescoço da vítima
• estigmas ungüeais lineares ou semicirculares, determinados pelas
unhas do agressor
• equimoses, que às vezes são vistas somente à luz ultravioleta .
• Internos
• hemorragia acentuada das partes moles
• equimose retrofarfngea
• lesões vasculares
• fraturas da laringe, sendo mais fre<:Jüentes do que nas demais asfi-
xias constritivas
• fratura do osso hióide e da apófise estilóide.
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CAPíTULO 18
AVALIAÇÃO MÉDICO-LEGAL
DAS LESÕES DO COMPLEXO
MAXILOMANDIBULAR
INTRODUÇÃO
As lesões sediadas na face suscitam muitas discussões no que ctiz respei-
to à avaliação pendal em ~o da complexidade anatômica, funcional e
est~tica da região.
A preocupação com os aspectos periciais aumentou nas últimas déca-
das devido ao grande número de vftimas de acidentes de trâru;ito. Para-
lelamente, a violência urbana contribui de (orma significativa para essa
casuística. Não se pode deixar de mencionar, ainda, o crescente número
desses tipos de traumatismos decorrentes da prática esportiva. Final-
mente, os acidentes de trabalho continuam a ocorrer, apesar de todas as
medidas de prevenção impostas pela lei e adotadas pelas empresas.
No que se refere aos acidentes de trânsito, estes trouxeram, além do
aumento no número de traumatizados. alterações no padrão das lesões,
devido à força de impacto e aos diferentes tipos de estruturas envolvidas
na produção dos traumatismos. Esses fatores podem acarretar complica-
ções clínicas no tratamento desses ferimentos, com conseqüentes dificul-
dades para a avaliação médico-Iegal.
Não é incomum que, de ferimentos sediados na região maxilofacial,
restem seqüelas, ainda que os tratamentos instituídos tenham sido bem
indicados e conduzidos adequadamente.
28.
290 TRAUMATOlOGIA FORENSE E TANATOlOGIA
LESÕES MAXILOFACIAIS
LESÕES DENTÁRIAS
Em razão da facilidade com que a face é atingida por traumatismos, é
freqüente a ocorrência de lesões do aparelho mastigatório. Tais lesões
podem ser mais ou menos graves, desde uma leve periodontite traumá-
tica até a avulsão de um ou mais dentes.
Como no item anterior, nos ateremos às discussões que envolvem tipi-
ficações concernentes às lesões dentárias. Por isso, a análise se referirá ao
capllt; § I R, I e ill, e § 211, I, D, me IV, do artigo 129.
No que diz respeito aos preceitos desse inciso, vale lembrar que não
há necessidade de um grau extremo de debilitação funcional, ou seja, a
perda não precisa ser absoluta, basta que a função fique praticamente
inútil (um vestígio funcional). Em geral, como já referido anteriormente,
em nosso país aceita-se que uma perda de 80% caracterize a perda ou a
inutilização de membro, sentido ou função.
Na ocorrência de perda de todos os dentes, alguns podem entender que
não se trata de perda de função mastigatória, considerando que esta é
exercida pelo desempenho dos dentes conjuntamente com outras estrutu-
ras anatômicas: mandíbula, maxila, articulação temporomandibular, lín-
gua, bochecha, músculos etc., e, sendo assim, não existiria a necessidade
de uma dentadura completa e perfeita. De fato, em um primeiro momen-
to, isso pode parecer verdadeiro, porém, deve-se reconhecer que a masti-
gação que se faça somente às expensas dos rebordos alveolares representa
um vestígio de função mastigatória. Com a perda de todos os dentes,
perde--se a fragmentação, o esmagamento e a trituração dos alimentos,
processos essenciais para a formação de um adequado bolo alimentar.
O fato de muitas pessoas, principalmente idosas, encontrarem-se des-
tituídas de elementos dentários, continuando, no entanto, a desenvolver
uma pseudofunção mastigatória por meio das gengivas (oportunamente
adaptada às novas funções), não autoriza afirmar que as pessoas edêntu-
las sejam capazes de mastigar; já que se nutrem, quase exclusivamente,
de alimentos de consistência líquida, mastigando longamente aqueles
mais sólidos e, na maioria das vezes, evitando-os.
Por OUITO lado, não nos devemos esquecer de que o edentado total,
principalmente o idoso, atingiu essa condição com O decorrer dos anos e,
portanto, teve condições de adaptar-se progressivamente (geral, local e
psicologicamente), enquanto aquele que se vê bruscamente edêntulo, no
300 TRAUMATOlOGIA FORENSE E TANATOLOGIA
temente, trata-se aqui de dano à coisa e não à pessoa. Quando esse dano
envolve dentes pilares da prótese em questão, além da avaliação comum
a qualquer elemento dentário, surge a necessidade de averiguar-se a
possibilidade de realização de uma nova prótese nos mesmos padrões
daquela perdida. Na prática, implica verificar se a eficiência da função
mastigat6ria continuará a mesma da anterior ao evento traumático, ou
se, ao contrário, a nova situação criada acarretará problemas protéticos
mais complexos.
Outra situação que gera muitas controvérsias é a da substituição dos
dentes perdidos por prótese. Nesse caso, o perito poderá. inicialmente, ver-
se diante de duas eventualidades: a parte lesada apresenta-se para a perícia
sem ter realizado a substituição protética ou apresenta-se com a prótese
já instalada .
Na primeira eventualidade. vale lembrar que a gravidade da lesão
deve ser avaliada no momento da perícia e não depois, se a parte ofendi-
da se submeter a tratamento especial ou à aplicação de próteses. No
segundo caso, entendemos que a situação em nada se modifica, posto
que as próteses constituem um recurso artificial e este, como se sabe, não
pode ser considerado como fator de elisão do dano.
Considerando que sempre que se fala em perdas dentárias vem à
baila a discussão da possibilidade de elisão do dano mediante o uso de
próteses, convém que o perito faça constar, no seu relatório. as diferentes
possibilidades desse tipo de reparação. bem como as limitações que
apresentam .
Entendemos que a possibilidade de confecção de aparelho protético
em nada muda a situação, uma vez que, das perdas dentárias, sempre
restará um prejuízo permanente; por mais adequado que seja o trata-
mento recebido. visto que, a ciência odontológica por muito que tenha
evoluído, não se pode pretender que dentes artificiais ou desvitalizados
tenham igual valor funcional e durabilidade de dentes naturais. As fun-
ções exercidas pelos dentes naturais não serão plenamente substituídas
no caso dessas perdas, constitu indo, a própria prótese. em um fator de
agressão aos dentes remanescentes.
Finalmente, lembramos que, apesar de todas as opiniões em contrário,
o s ignifi cado funcional dos elementos dentários não pode ser menospre-
zad o, visando a reduzir OS casos de debilidade a uma restrita série de
situações gravíssimas, sob pena de punir a vítima e premiar o ofensor,
em uma inequívoca inversão dos objetivos da lei penal.
AVAUAÇAO MI:OICO-LEGAL DAS LESOES DO COMPLEXO MAX1LOMANOIBULAR 303
Despesas de Cura
Pretiuln D%ris
cantei (2) leve; (3) moderado; (4) médio; (5) suficientemente importante;
(6) importante, e (7) muito importante.
Prejuízo Estético
A valorização do dano estético tem sido exaustivamente tratada na lite-
ratura jurídica e médico-legal. Enquanto tal dano, em âmbito penal, é
limitado pela noçào de deformidade permanente, em sede civil, ao con-
trário, a questão pode ser analisada no que diz respeito à totalidade de
suas implicações e reflexos.
Sabe-se que a qualidade estética permite ao indivíduo ampliar a pró--
pria consciência, agir utilitnristicamente no campo das relações huma-
nas, desenvolver e afirmar a própria personalidade. Essa qualidade é de
fundamental importância na "eficiência s<xial da pessoa, facilitando o
H
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Embora a atividade do árurgiã<Kientista como perito não seja freqüen-
te, algumas considerações devem ser feitas quanto à atuação do clrur-
gião-dentista no que tange à avaliação do dano, seja como depositário de
informações relevantes para a avaliação médico-legal, seja quando
envolvido em processos de responsabilidad e profissional.
Quando o cirurgiã<Kientista atua como perito, pode-se afinnar que a
documentação da vitima de lesões dentárias tem demonstrado ser insufi-
ciente para o adequado equacionamento da avaliação do dano. Geral-
mente, o perito conta apenas com a visão da lesão ou sua conseqüência, e
nenhuma ou escassas informações sobre os fatos geradores dessa lesão,
Tem-se observado que os profissionais sempre se preocupam com as ano-
tações de ordem terapêutica, esquecendo-se de que as conseqüências jurí-
dicas do dano não se encerram com a solução clínica do caso.
Saliente-se que, em ãmbito penal, o exame pericial, acontece às vezes,
logo após a ocorrência do evento lesivo, porém, nas ações cíveis, pode-
rão decorrer meses ou anos até que o ofendido venha a ser examinado
pelo perito. Nesses casos, resta-lhe recorrer aos registros realizados na
época da ocorrência dos fatos, constantes das fichas clínicas e das radio-
grafias, As primeiras freqüentemente são de difícil leitura, porque a
maioria dos profissionais utiliza símbolos e abreviações particulares. As
radiografias são produzidas com finalidade diagnóstica, e, quando da
realização da perícia, não raro deixam de ser localizadas ou, por vezes,
não foram adequadamente reveladas e fixadas, apresentand o, conse-
qüentemente, deficiências no que tange à resolução de imagem.
Outro problema que merece análise é o que diz respeito ao desconhe-
cimento, por parte de grande número de profissionais, dos indicadores
das diferentes figuras de avaliação do dano, seja na área penal ou civil.
312 TRAUMATOLOGIA FORENSE E TANATOlOG1A
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CAPíTULO 19
NOÇÕES DE TANATOLOGIA
MOACYR DA S ILVA
INTRODUÇÃO
Muitas vezes investido das funções periciais em casos de necropsia,
confonne prevê o inciso ))( do parágrafo 62 da Lei n!! 5.081 / 66, devendo
utilizar para tanto as vias de acesso da cabeça e do pescoço, é necessário
que o cirurgião-dentista tenha algumas noções de tanatologia (do grego
thánatos, morte, e Togia, ciência), parte da Medicina Legal que trata da
morte, dos fenômenos a ela relacionados e da legislação que lhe é con·
cemente.
"Entendendo-se que a existência da pessoa natural termina com a
morte, tem·se que admitir que o morto não é pessoa, e sim coisa "
(França - 1992), o que não dispensa o nosso respeito, nossa piedade e
nossa reverência .
A destruição, subtração, ocultação e vilipendiação de cadáver consti-
tuem infrações punidas pelo Código Penal Brasileiro.
A legislação brasileira aceita como conceito de morte a cessação total e
irreversíveJ das funções vitais que, no entanto, não desaparecem de uma
s6 vez, razão pela qual se costuma dizer que a morte não é um fato e sim
um processo que leva o organismo a uma série de transformações em
que a volta à normalidade toma-se impossível.
Definir O momento da morte tem sido a tarefa da classe médica em
razão das suas conseqüências legais. Antigamente, a morte era ligada ao
319
320 TRAUMATOlOGIA FORENSE E TANATOlOGIA
EXAME TANATOLÓGICO
FENÔMENOS CADAVÉRICOS
Fenômenos Abióticos
1. lmedintos: perda da consciênda, insensibilidade, imobilidade, abolição
do tônus muscular, cessação da respiração, cessação da circulação.
2. Mediatas : perda de peso (valor acadêmico), pergaminhamento da
pele. dessecação das mucosas. achatamento do globo ocular. resfria·
menta do corpo, hip6stase (começa mais ou menos 10 minutos após
a morte, depois de duas horas está quase localizada e de oito a 12
horas observa-se a fixação da hip6stase), rigidez. cadavérica (ocorre
tanto mais rápida quanto mais imediata for a desidratação, e atinge o
máximo em cinco a oito horas, permanecendo por dois a três dias).
Fenômenos Transformativos
Destrutivos
Conse.rvadores
1. Houve morte?
2. Qual a sua causa?
3. Qual o instrumento ou meio que a produziu?
4. A morte (oi produzida com emprego de veneno, fogo, explosivo,
asfixia, tortura ou outro meio insidioso ou cruel, ou de que podia
resultar perigo comum? (Resposta especificada.)
324 TRAUMATOLOGIA FORENSE E TANATOLOGIA
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Zacharlas M e Zach.arias. E. DiciollArio dt Mtdicina Legal, Ed. Educa, Curitiba, 1988.
PARTE V
,
ASPECTOS RELATIVOS
À ATUAÇÃO
PROFISSIONAL
•
CAPíTULO 20
DOCUMENTAÇÃO
ODONTOLÓGICA
MOACYR DA SILVA
327
328 ASPECTOS RELATIVOS A ATUAÇÃO PROFISSIONAL
REGISTRO DA ANAMNESE
FICHA CLÍNICA
Não se pode mais admitir que uma ficha clínica contenha apenas as con-
• dições bucais representativas do "orçamento" apresentado ao paciente .
Ela é parte integrante da prontuário e deve estar apta a representar não
apenas o planejamento do tratamento contratada, como também funda-
mentar eventuais alegações relativas às intercorrências da execução do
tratamento.
Assim, o estado geral bucal apresentado pelo paciente, antes de ini-
ciado o tratamento, mesmo quando se trate da intervenção de espedalis-
ta que O recebeu por encaminhamento de colega, deve constar da ficha
c1fnica, até para resguardar eventual responsabilidade por atos operacio-
nais não realizados pelo profissionaL
Por outro lado, o fato de a população brasileira submeter-se à identifi-
cação para expedição da cédula de identidade, geralmente ao completar
a maioridade, toma a ficha clínica importante subsfdio para o reconheci-
mento de menores em casos de catástrofes em que não se possa contar
com outros meios de reconhecimento. O mesmo se diga na eventualida-
de de o cirurgião-dentista ser chamado a colaborar com a Justiça, apre-
sentando esse documento para ser confrontado com as condições bucais
encontradas em corpo ou restos mortais submetidos a processo de iden-
tificação.
33. ASPECTOS RELATIVOS A AT\JAÇAO PROFISSIONAl
1- lden!dIc:açAo do PKIenI,
II - 0IIesIiDnArI0 de ArIamtIne
_....
05 .l. lleVJ$ Uf\Ie o CO<aÇI1Io bI~ mtJrID ~II _.SlM ___ NÃO
08 Sofre de aIgum.I oo.nç. do ecnçAo...
_ _ NAO
D7 Sanl.lalta de ar com tr&q(i6nc!llH' __ ' ._••••. SlM ._..............NÀO
OS
09
10
COStuma ter OI 1141 ou pema. inchadas __ _ ____ ._ _ 51.
T.nIo5HPMlltenlllcom'~:::=_,_---====~
~ ... l acanvu Mngue .
....
SIM
_._ .. __ NAo
_ _ NAO
_ _NAO
_ _ "Ao
NÂO
17 ~ vel.1OmOU ~ (8eNetac:l. J)Of w.npIol- SIM
VoctHtI~ 5,"
" "Ao
SIoPaUo,
'" "'''
OOCUMENTAÇAO OOONTOLOGICA 331
PERMANENTES
QUADRANTE 1 OUADRANTE2
1817 161514 131211 2122 23 24 25 26 27 28
4847Q'544434241 3132 33 34 35 36 37 38
QUADRANTE' QUADRANTE 3
oecfouos
OUADRANTE 5 OUAOAAHTE6
5550453525' 8162638465
85 84 83 82 81 7172737415
OUADRANTE' OUAORANTE7
'§
b
CanaIs tratadOs - radiografias - OIJIras obserwç&ts
Espaço (e) - Faces: "O . ocIusar "M - mestar "O. distai" '\... MnguaI"
-V ,. wslibtJlar" , • inclsar
Trabalhos en volvendo os elementos:
"CO - coroa" · PFP - ponta fixa pilar""PF - ponte llu elemento suspenso"
"CP - coroa plv6. "PRG - ponte relT1Ovfvellndlcando elemento como
grampo·
"PR - ponte removlvel elementos colocadOs"
ExodonUa: no espaço colocar a palavra "Exo·
Raiz: no espaço colocar a letra "R"
06S.: Caso lenha sido utilizado algum outro materiel, escrever por
axtenso no espaço ou fazer a cltaçAo no espaço de observações.
NOTA : Observar que, sendo esta uma ficha odontolegal, os trabalhos 1"110 codifica·
dos devem ser descritos minuciosamente na parte relerente a observaç6as
(próteses totaIs, aparelhos ortodÔfltlcos, forma do arco, anodonllas, dentes
extranumerários etc.).
PLANO D E TRATAMENTO
Nt do dente Exame das condições bucais Exame das condiç ões bucal.
antes do tratamento apó. o tratamento
Integro Integro
"
17 restauração MOO-amálgama restauração MOO-amálgama
I. Integro Integro
15 integro íntegro
14 cárie MOO Incrustação MOO-ouro
c/2 trat. radic o+ R-X
13 cárie MO prótase fixa-MP c11 trato
radlc. - R-X
12 axodontla prótese fixa metaioplástica
tt exodontia prótese fixa metaiopláslica
21 exodontia prótese fixa metaloplástlca
22 exodontia prótese lita metaloplásUca
23 cárie M prótese fixa pllar-metaloplástlca
24 Integro Integro
25 Integro Integro
2. coroa-metalocerAmlca coroa-metalocerAmica
27 Integro Integro
2. Integro Integro
3. Integro Integro
37 Integro integro
3. cárie O res\. Q-amálgama +
prol. remov_c/ apoio grampo
35 etodonlla prótese removlvel
34 exodonUa prótese removlvel
33 restauração O-silicato rest oO-slllcato +
prót. removoc/apoio grampo
32 íntegro Integro
31 Integro Integro
41 Integro Integro
42 Integro Integro
43 restauração M-sUlcato rest oM-slllcato +
prot. remov_c/apolo grampo
44 exodontla prótese removlvel
45 exodonlia prótese removlvel
4. exodontia prótese removlvel
47 cárie O resl. O-amálgama +
prot. removoc/apoio grampo
4. Incluso exodontia
FICHA ODONTOLEGAL
I~RugoP"""
18 17 UI 15 ,. 13 12 11 21 22 23 2A 25 21 'Z1 28
55 54 53 52 51 81 e2 53 &4 85
85 B4 83 82 81 71 72 73 74 75
48 47 48 45 .... 43 42 41 31 32 33 34 35 :te 37 38
1:1:ld .. II~II I
2C teR)(
Ag A.U MP MP MP
I. MOO
17
"
15
"
PFP PF
13
.
12
PF
\I 21 22 2:!
.. 25 71 28
55
85
50 53
B3 .2
51
81 "
71
82
72
83
73 74
55
75
Figura 20·5 .
DOCUMENTAÇÃO ODONTOLÓGICA 337
RECEITAS
• Em 1993. pelo Decreto n' 793. de .........• a redação do Ar! 35 da Lei 5.991 / 73 foi
alterada. esmbe1ec:endo que:
Art .35. Somente será aviada a receita médica ou odontológica que:
I - contiver a denominaç-Jo genérica do medicamento prescrito;
n - estiver escribl a tinbl, de modo IcgfveL observados a nomenclatura e o
sistema de pesos e mecHdas oficiais. indicando a posologia e a duração
total do tratamento;
m - contiver o nome e o endereço do paciente;
IV - contiver a data e a assinatura do profissional. endereço de seu consul-
t6rio ou residência, e o número de insaição no respectivo Conselho
Regional.
··0 Código de ~tica Odontol6gica referido no texto foi revogado pela Resolução
CFO-I79, de 19/ 12/1991. que aprovou o novo Código de ~tica . atualmente em
vigor. e 85 disposições dos Artigos 31 e 32 estio previstas nos Artigos 29 e 30 do
alual Códlgo_
DOCUMENTAÇAO ODONTOL001CA 339
ATESTADOS ODONTOLÓGICOS
Assim como as receitas. os atestados constituem documentos legais e, a
fim de que não surjam problemas legais, o cirurgião-dentista deve tomar
alguns cuidados com a sua reda~ão e sobre a oportunidade de oferecê-lo.
Conhecido o papel receituário mide costumeiramente os cirurgiões-
dentistas e médicos fazem a redação dos seus atestados, vamos nos ater,
agora, ao modlls fociendí do mesmo.
Um atestado é constihúdo por várias partes, sendo a primeira delas
aquela relativa às qualificações do profissional, que, como vimos, faz
parte do impresso (papel receituário) no qual vai redigir o atestado.
Em seguida virão a qualificação do padente, sua identificação e a
finalidade a que se destina, isto é, se para fins trabalhistas, escolares, espor-
tivos ou militares (e nunca para os devidos fins), podendo ser incluída a
informação de que foi fonnulado a pedido do interessado.
Finalmente, na sua terceira parte, o àrurgião-dentista declarará que o
paciente esteve sob seus cuidados profissionais sem especificar a nature-
za do atendimento (quando exigida a sua natureza, o profissional deve
valer-se do Código lntemacional de Doenças, cujos códigos de interesse
para a odontoiogia encontram-se especificados no Capítulo 21), seguin·
do-se uma breve conclusão relativa às suas conseqOências (impossibili-
dade de com parecer ao trabalho; que esteve sob seus cuidados profissio-
nais de tal hora a tal hora ou, então, que o mesmo deve guardar repouso
por tanto tempo quanto necessário) . Cada caso é um caso. Assim, o pro-
fissional irá concluir sobre o tipo de afirmação que fará no caso concreto,
tendo em vista que uma afirmação que não corresponda à verdade
poderá acarretar·lhe a imputação de falsidade ideológica, crime previsto
no Artigo 299 do Código Penal.
A seguir, exemplos hipotéticos de atestados que poderão ser adapta-
dos ao caso concreto:
DOCUMENTAÇÃO ODONTOLOGICA 341
Atestada
Local. data
Assinatura do profissional
CRO n· .....
Atestado para justiflcaçlo de '1Ilta de a/uno menor A escola
Atestado
Local, data
Assinatura do profissional
eRO na.. ....
Atestado
Local , data
Assinatura do profissional
CRO nl •••••
342 ASPECTOS RELATIVOS À ATUAÇAO PROFISSIONAL
MODELOS
RADIOGRAFIAS
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Podemos afirmar que o prontuário preconizado é passível de ser realiza-
do por todo e qualquer profissional, podendo ser modificado ou adapta-
do à sua administração do consultório, desde que atenda às exigências
legais para poder ser reconhecido judicialmente.
No caso de profissionais cuja cUnica seja diferenciada economicamen-
te, podem ser acrescentadas ao prontuário básico, radiografias panorâ-
micas, fotografias, vídeos, enfim, tudo o que constituir documentação
odontolegal.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Arbenz co. Medicina Uga/ r Âfltropologl4 Form~. Rio de Janeiro. 510 Paulo. Livraria
Atheneu, 1988.
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Lei n· 5.081 , de 24 de agosto de 1966 - Regulamenta o exerdcio da Odontologia .
Lei n· 5.991, de 17 de dezembro de 1973. Dispõe sobre o controle sanitário d o comér-
cio de drogas, medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos, e dá outras
providências.
344 ASPECTOS RElATIVOS A ATUAÇÃO PROFISSIONAL
CLASSIFICAÇÃO
INTERNACIONAL DE
DOENÇAS (CID) DE,
INTERESSE PARA A AREA
ODONTOLÓGICA
345
346 ASPfCTOS RELATIVOS À ATUAÇAO PROFISSIONAl
CLASSIFICAÇÕES RELACIONADAS AO
DIAGNÓSTICO
Odontologia e Estomatologia
A terceira edição da Aplicação da Oassmcação Internacional de Doenças
à Odontologia e Eslomatologia (CID-OE), baseada na CrD-I0, está em
preparação para publicação pela OMS. Destina-se a reunir categorias da
350 ASPECTOS RELAnVOS À ATUAC.lO PROFISSIONAL
• Doenças epidêmicas
• Doenças localizadas
• Doenças localizadas dispostas por local de acontecimento
• Doenças de desenvolvimento
• Traumatismos
Volumes
A OD-I0 compreende três volumes: o Volume 1 contém as principais
classificações, o Volume 2 fornece orientação aos usuários da ao, e o
Volume 3 é o índice Alfabético da Classificação.
Grande parte do Volume 1 é ocupada pela classificação principal,
composta pela lista de categorias de três caracteres e pela lista tabular de
inclusões e subcategorias de quatro caracteres. A classificação nuclear -
lista de categorias de três caracteres - é o nível obrigatório para informar
o banco de dados de mortalidade da OMS e para comparações interna-
cionais gerais. Esta classificação nuclear também relacion a titulos de
capítulos e de agrupamentos. A lista tabular, que dá o detalhamento
completo em nível de quatro caracteres, é dividida em 21 capitulos.
Capítulos
A classificação está dividida em 2] capítulos. O primeiro caracter do
código CID é uma letra, e cada letra está associada a um capítulo especí-
fico, excetuando-se a letra D, que é usada tanto no Capítulo U, "Neo-
352 ASPECTOS RELATIVOS À ATUAÇÃO PROASSIONAl
Agrupamentos de Categorias
Os capítulos estão subdivididos em agrupamentos de categorias homo-
gêneas de três caracteres. No Capítulo I, OS títulos dos agrupamentos
refletem dois eixos de classificação - modo de transmissão e grande
grupo de organismos infectantes . No Cap[tulo TI, o primeiro eixo é o
comportamento da neoplasiai e dentro do comportamento, o eixo princi-
pal é por localização de acometimentos, embora algumas poucas catego-
rias de três caracteres sejam fornecidas para tipos morfológicos impor-
tantes (por exemplo, leucemias, linfomas, melanomas, mesoteliomas,
sarcoma de Kaposi) . A amplitude de categorias é dada entre parênteses
após cada título do agrupamento.
CLASSIFICAÇÃO INTERNACIONAL DE DOENÇAS 1001 353
Parênteses ( )
Colchetes [ 1
Referências Cruzadas
As referências cruzadas são usadas para impedir duplicações desneces-
H
sárias. A palavra "ver requer que o codificador se dirija ao outro termo;
"ver também" indica que o codificador deve procurar também em outra
parte do fndice se o enunciado que está sendo codificado contém outras
informações que não se acham identificadas sob o termo ao qual "ver
também" está ligado.
CLASSIFICAÇÃO INTERNACIONAL DE DOENÇAS (CIDI 355
PARTE I
o Capítulo XI da OD agrupa todas as doenças do aparelho digestivo
(KOO-K93) e exclui:
KOO.O- Anodontia
Hipodontia
Oligodontia
K02.4 - Odontodasia
Melanodontia infantil
Melanodontoclasia
K03.4 - Hipercementose
Hiperplasia do cemento
K04.0 - Pulpite
Abscesso ou pólipo da polpa
Pulpite: crônica (hiperplásica) (ulcerativa), supurativa
KOS.4 - Periodontose
Periodontose juvenil
CLASSIFICAÇÃO INTERNACIONAL DE DOENÇAS ICIOI 361
Kll.2 - Sialadenite
Exclui: febre uveoparotídea [Heerfordt] (D86.8); parotidite epidêmica
(B26.-);
uveoparotidite (086.8)
CLASSIFICAÇÃO INTERNACIONAL DE DOENÇAS ICID) 365
Kl4.0 - Glossite
Abscesso ou ulceração (traumática) da língua
Exclui: glossite atr6fica (Kl4.4)
K14.6 - Glossodínia
Língua dolorosa
Glossopirose
Q37.4 - Fend .. bilateral dos palatos duro e mole com fenda labial
Q38.1 - Anquiloglossia
Lfngua presa
Q38.2 - Macroglossia
F45.8 - 8ruxismo
Ranger de dentes
Rl9.6 - Halitose
PARTEII
A2I - Thlaremia
A30 - HansenJase
A36 - Difteria
A38 -Esc;ulatina
Exclui angina estreptoc6cica 002.0)
086 - Sarcoidose
jOl- Sinusite
803 - Varíola
805 - Sarampo
806 - Rubéola
B37 - CandidJase
838 - Coccidioidomkose
839 - Histoplasmose
840 - Blastomicose
841 - Paracoccidioidomkose
Inclui: blastomicose brasileira
Doença d e Lutz
846 - Zigomicose
1
B46.3 - Muconnicose cutânea
Mucormicose subcutânea
842 - Esporotricose
376 ASPECTOS RELATIVOS À ATUAÇÃO PROFlSS10NAl
848.1 Rinosporidiose
A42 - Actinomicose
865 - Esquistossomose
867 - Eqüinococose
869 - Cisticercose
875 - Tricnose
8 77 - Ascaridíase
878 - Estrongiloidíase
B87 - Miiase
071.4 - Acondroplastia
Hiporondroplastia
Q78..2 - Osteopetrose
Síndrome de Albers-5chõnbcrg
074 - Metemoglobinemia
Doenças da Pele
C41.1 - Mandíbula
C43 - Me lanoma maligno da pele
C43.0 - MeJa.noma maJigno do lábio
C44.0 - PeJe do lábio
Carcinoma basoce1ular do lábio
C95 - Leucemia
Ncoplasias Benignas
010 - Neoplasla benigna da boca e da faringe
010.0 - Ubios
010.1 - Língua
Amigda la lingual
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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MêdiC3S,1988, p 368-n.
CAPíTULO 22
o CÓDIGO DE DEFESA
DO CONSUMIDOR E O
CIRURGIÃO-DENTISTA
COMO PRESTADOR
DE SERViÇOS
IDA T. P. CALVIELLJ
INTRODUÇÃO
A edição da Lei na 8.078, de 11 de setembro de 1990 - Código de Defesa
do Consumidor - , suscitou no seio da classe odontológica um sem-
número de indagações, ora maximizando ora minimizando os seus refle-
xos sobre o relacionamento cirurgião-dentista/ paciente.
O presente capítulo, longe de ter como objetivo oferecer um posicio--
namento definitivo sobre as conseqüências dessas normas para o rclacicr
namento profissional, pretende, isso sim, apresentar uma contribuição
micial para a discussão da matéria, coligindo as opiniões dos doutrina-
dores sobre dois aspectos relevantes para a classe odontológica, quais
sejam, o que se refere à responsabilidade profissional, quando encarado
o cirurgião-dentista como prestador de serviços, e o da publicidade vei-
culada por esses proflssionais, diante do entendimento de que ela inte-
390 ASPECTOS RElATIVOS À ATUAÇÃO PROFISSIONAL
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Do muito que se discute, informalmente, na classe odontológica sobre 05
efeitos do Código de Defesa do Consumidor nas relações com os seus
pacientes e do pouco que foi trazido dos pronunciamentos doutrinários,
fica a certeza de que o tema carece de estudos mais aprofundados por
parte dos pesquisadores da área odontológica.
Como afirmamos no início deste capftulo, a intenção foi a de expor os
pontos de vista dos doutrinadores da área jurídica sobre temas que
tocam, diretamente, as relações do cirurgião-dentista com os consumido-
res dos seus serviços profissionais, cabendo à comunidade odontológica
posicionar-se, também, em relação a eles.
Por outro lado, já temos tido a oportunidade de alertar a classe odon-
tológica para as questões relativas à publicidade, estas sim, indubitavel-
mente de natureza objetiva, frente à configuração de enganosa ou abusi-
va . Como alerta Marques (1995), os "efeitos civis da publicidade, como
frisamos, são totalmente novos e as reflexões sobre o tema estão apenas
começando no Brasil".
A produção doutrinária sobre o Código de Defesa do Consumidor é
considerável, e não pode ser negligenciada por quem pretenda ver a
odontologia ocupando o lugar que merece nesse novo contexto social.
Quase nada dela foi reproduzido neste momento, mas o pensamento
que preside a interpretação de seus princípios básicos está contido nos
396 ASPECTOS RELATIVOS A ATUAÇÃO PROFISSIONAL
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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o CÓDIGO DE DEFESA 00 CONSUMIDOR 397
RESPONSABILIDADE
PROFISSIONAL DO
CIRURGIÃO-DENTISTA
IDA T. P. CALVIEUI
gacionaJ O devedor apenas está obrigado a fazer o que estiver ao seu al-
cance para conseguir a meta pretendida pelo credor.. ,",
É nesse sentido que Magalhães (1988) afirma que a "questão da pre-
sunção de culpa e ronseqaente inversão do 01lU5 probandi não se Liga à
divisão entre culpa contratual e aquiHana, mas, sim, ao fato de a doutri-
na e a jurisprudência. mais recentemente, interpretarem as obrigações
contratuais como obrigações de meio e obrigações de resultado ......
São considerados de meio os contratos de prestação de serviços médi-
cos e advocatícios. por exemplo.
Já a "oUrigaçdo de resultado é aquela tm que o cnd(lr tem o direito de exigir
do devedor a produçilo de um resultado, sem o que se ImJ o inadimplemento da
reJaçifo obrigaaonal. Ter-se-4 a exn:uçilo dessa relaç40 obrigacional quando o
dtwdor CII"'prir o objetivo final. Como tSSQ obrigaç4o requer um residindo .'itil
ao credor, o seu inadimplemento é. sujiciellte para determinar Q mponsnbilidade
do droedor. j6 que basta que o resultado não seja atingido para que o C1?dor seja
illdcllimda pdo obrigRdo, que só ~ i$e1ltard de responsabr1idade se provar que
1lilo agm CIlfposamellte. Assim, se inadimplida essa obrigaçAo, o obrigado jicartf
constitufdo em mora, de modo qlle llte com.petirá pnwar que a falta do resultado
previsto tido decorreu de culpa slla,......
A relação contratual que se estabelece entre o drurgião-dentista e seu
paciente era, até bem pouco tempo, entendida pelo direito como perten-
cente, exclusivamente, a esse grupo: ao daqueles cuja obrigação contra-
tual é de resultado. Será fácil imaginar quão onerosa para o cirurgião-
dentista era essa classificação.
Pelizmente, a decidida atuação dos cirurgiães-dentistas, encabeçados
principalmente pejos pesquisadores e docentes da área da odontologia
legal, foi fazendo ver aos juristas que o estádio em que se encontra a
ciência odontológica, distante dos tempos de Gualter Lutz (1938) e
Guimarães Menegale, não podia mais se conter no campo da previsibili-
dade de resultados, eis que dependentes da resposta biológica de seus
paCIentes, ou até mesmo de sua colaboração (Silva e Calvielli, 1988;
Ramos e Calviclli, 1991), que na cirurgia, na endodontia, na periodontia,
por exemplo, existe uma inafastável imprevisibilidade da resposta bioló-
gtca. A partir dai, nos contratos que têm por objetivo a atuação nessas
~reas, admlte-se a obrigaÇ"dO de meio; porém, "quando se cuida de trata-
mento dentário que envolva a colocação de prótese, restauração, limpeza
etc. voltadas para o aspecto estético" (Stoco, 1995) essa obrigação conti-
nua a ser entendida como "de resultado" .
Assim, a obrigação contratual do cirurgião-dentista compreende, funda-
mentalmente, a realização do serviço convencionado (e que consiste no seu
plano de tratamento) que poderá ser considerada cumprida, em detennina-
RESPONSABILIDADE PROFISSIONAL DO CIRURGIÃO-DENTISTA 403
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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de Meslnlldo - Faculdade de Direito da USP!.
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Oiniz M1-l Curso ih OirtilO Cir1il BnzsiJdro. v. 7,4 !!d. Sio Paulo: Saraiva. 1988.
RESPQNSABIUOAOE PROFISSIONAL DO CIRURGIÃO· OENTIST A
PERíCIAS
ODONTOLÓGICAS
CAPíTULO 24
DAS PERíCIAS
OOONTOLEGAIS
M OACYR DA S ILVA
INTRODUÇÃO
A Lei Federal n l 5.081, de 24 de agosto de 1966, que regula o exercício da
odontologia, estabelece:
415
416 PERrCIAS ODONTOLÓGICAS
TIPOS DE PERÍCIAS
Perícias na Área Civil
De Ressarcimento de Danos
Exclusão da Paternidade
Estirrtativa da Idade
a. Em casos de adoção de menores.
a . No vivo:
• em casos de dentadas ou mordeduras na vitima ou no agressor;
• em casos de dentadas ou mordeduras em alimentos;
• em casos de delinqüentes com idade não-comprovacla;
• outros casos de identificação humana .
b. No cadáve.r:
• em adiantado estado de putrefação, em que a identificação dactilos-
cópica é impossível;
• afogados nos quais as polpas digitais tenham sido destruídas por
peixes ou outros animais;
• de desconhecidos que dão entrada nos Institutos Médic~Legais;
• de carbonizados;
• nos casos de grandes catástrofes em que um grande número de
pessoas perde a vida, dificultando o reconhecimento;
• nos casos de dilaceração do corpo.
Detenninação da Idade
Perícias de Manchas
Em Sede Administrativa
'lJ'erícias" de Convênios
Profissional Liberal
O cirurgião-rl.entista é, e sempre será, um profissional liberal, mesmo tra-
balhando como empregado, uma vez que, nessa condição. são seus direi-
tos fundamentais fazer o diagnóstico e o prognóstico e estabelecer a tera-
DAS PERrelAS ODONTOLfGAIS 421
pêutica indicada para cada caso, e ninguém poderá dizer como ele deve
proceder para fazer uma incisão, para preparar uma cavidade etc., desde
que esta esteja tecnicamente adequada. Essas decisões são de competên-
cia exclusiva do cirurgião-dentista, porque ele responderá pelos seus
atos .
Profissional A utônomo
É o cirurgião-dentista que trabalha por conta própria em seu consultório
particular, sem nenhum vínculo empregatício. É, portanto, um profissio-
nalliberal autônomo.
CASUÍSTICA
pectos (onnais desse documento legal. Por outro lado, a leitura dos casos
demonstra a importância adquirida pela correta elaboração da docu-
mentação odontológica pelos cirurgiões-dentistas que atenderam os
pacientes, seja nos casos de reconhecimento, seja naqueles em que estes
tenham sido vítimas de lesões bucomaxilofaciais.
Os casos trazidos para exame foram cedidos pelo Prof. Jorge de Souza
Lima , do Instituto Médico-Legal de Belo Horizonte, Minas Gerais, e
representam o trabalho da equipe que lidera naquele Instituto; peJo Prof.
Carlos Ferreira Valério Filho, Diretor da Divisão Técnica Odontológica
424 pERlCIAS ODONTOLÓGICAS
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436 PERfclAS ODONTOLÓGICAS
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1:I.,..an~"~I. dloual. CD na c:on.UltOrIO , c:ontlouanoa 1:1 ato r;1-
~ r~ i=" .o.... t. O C~ • Que ai" aa In.tru-
.ento • .nu.1 usou In.truMento rlltltOrl0. Tar.inaaa • r;lrurvl.
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DAS PERfC1AS DDONTOLEGAIS 437
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442 PERICIAS OOONTOLÓGICAS
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444 PEAfclAS OOONTOlÓGICAS
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n~v.a real .: ",uo ••u Ultl~o tr. t",~.nto ouon t o l0Q1 CO . ao QU. ..t A
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n:l touca ... U~ 1 11 ~ .. " "o- ,,\. ""nC• • u ' ... u .....o •
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~I. 1" • .,, 1. Mas,al ... ,Q.e"tau-•• I.v~n~ . . .d~M~CI.~ ..... roenao ..
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OCOilcli'lc",aor'
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CIO ........ ro .. "."9"" d .. cara• • ",r'n<;lpal •• "te por 1'"'1 .... 1 . n.nte 11
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450 PERfclAS ODONTOlÓGICAS
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452 PERlelAS ODONTOLÓGICAS
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456 PERfCIAS ODONTOLÓGICAS
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DAS PERICIAS ODONTOLEGAIS 457
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Pro r .Or.WI'lMÊSRÕ8êiTO G TE IX EI RA
Hidtco -Leghu
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472 PERfClAS ODONTOLÓGICAS
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CAPíTULO 25
MARCAS DE MORDIDAS
INTRODUÇÃO
475
476 PERfCIAS ODONTOLOG1CAS
figure 25· ' . MarCI da mordidl. 1.1Ht1e. 2. mirei nl pele, 3. sucçlo, 4. prasslo dlUngul.
pela Ungua; teríamos assim sua projeção nas superfícies incisais e lin-
guais dos dentes (Fig. 25-1 .)
Alguns aspectos importantes surgem na interpretação dessas lesões.
As mordeduras têm sido detectadas em quase todas as partes do corpo
humano e nem sempre reproduzem, com fidelidade, o sinal deixado
pela pressão dos d entes na pele. Assim, o exame deve analisar, muitas
vezes, precedendo o estudo espedfico da lesão, os seguintes fatores:
Quadro 25-1.
Aspectos Gereis
Todo. o. dente. prenntu Um/lrco
T.manno do alco denÚtlo Um/arco
FOlml do "CO dent',io Um/aICO
Po$lçlo do$ dente!l
Ve.tibulllrilllÇAo ou pllllltiniZllçlo Um/dlnte
Girovers6e. Um/dente
Espaço. Um/upaço
CIIT8CterlStk.s dMtais
Medida meslodl.tel Um/dente
Medida vestibulollngua. Trls'denl8
Curvltura do boldo inclui T,A./dente
o Incontro de uma callCterlstlca plrtlcular T,I.,dente
C.rfJCtfNlstic8s v.rilHi.s
Arco lIdentado T<t,
de qual a melhor para a reprodução mais fiel. A cor da pele, mais clara
(Ieucoderma) ou mais escura (melanoderma), é um fator que deve ser
avaliado no teste. Para se evitarem distorções, a marca da mordida deve
ser fotografada em posição paralela ao plano do filme, sempre acompa-
nhada de uma escala, essencial para a completa análise das marcas. A
escala na 2 da ABFO é considerada como padrão; quando não estiver dis-
ponível. duas réguas centesimais, uma posicionada verticalmente e
outra horizontalmente, ambas próximas à lesão, fornecerão as referên-
cias de escala. Nos casos de lesôes em superfícies curvas, a segunda
régua deve ser flexível, de tal forma que se ajuste à curvatura do tecido.
Sempre que possível, indicam-se novos registros fotográficos, 24 ou 36
horas após as primeiras fotografias, quando podem aparecer, nesse
intervalo de tempo, detalhes adicionais e importantes para a interpreta-
ção.
Uma vez obtida a fotografia da marca na pele, o perito passa ao regis-
tro das características dos arcos dentários para a respectiva comparação.
Nesse tipo de téOlica, o importante é o registro do contorno das superfí-
cies incisais e oclusais dos dentes, feito em folha transparente (acetato)
para sobreposição com a fotografia da lesão. Ressaltaremos duas possibi-
lidades de obtenção dos contornos.
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