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Introdução Brasil Colonial
Introdução Brasil Colonial
Esse período foi marcado por um relativo desinteresse dos portugueses pelo território
recém-descoberto e por inúmeras tentativas de invasão de outros países europeus,
como França, Inglaterra e Holanda.
Apesar de curto, esse período é marcado por características importantes, que serão aqui
comentadas.
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O rei Dom Manuel de Portugal batiza as terras descobertas de Vera Cruz e depois,
Santa Cruz. Só em 1503 surge o nome Brasil, por conta da extração do pau-brasil.
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Em 1504, foi criada a primeira feitoria no Brasil, feita para facilitar o armazenamento
e envio do produto. As feitorias passaram a abrigar também um certo grau de
organização comercial, contando com armazéns e mercados.
É importante pontuar que a chegada dos portugueses não significou nem de perto uma
rápida consolidação do domínio colonial.
Além disso, colonizar o Brasil parecia um processo efetivamente caro, visto o tamanho
do território e a falta de contingente humano português para realizar o povoamento.
Em um primeiro momento, os colonizadores também não encontraram metais preciosos
aqui. Sendo assim, nos primeiros anos desde o descobrimento, investir no comércio com
as Índias ainda era mais lucrativo que focar na exploração da América Portuguesa.
A proteção do litoral era, sem dúvida, uma ação importante, uma vez que,
inconformados com a divisão do continente americano feita por Portugal e Espanha no
Tratado de Tordesilhas, países como França, Inglaterra e Holanda passaram a fazer
inúmeras incursões com o objetivo de invadir a América Portuguesa.
Foram nesses primeiros anos que se deram os primeiros contatos dos portugueses com
as populações nativas, que acabaram por serem chamadas de índios, assim como foi
feito pelos espanhóis, pois os europeus acharam que tinham chegado às Índias.
Esse contato não foi, inicialmente, de todo violento. Foi nele que aconteceram os
chamados escambos - as trocas de produtos entre portugueses e indígenas.
Perda de territórios;
Mortes por doença;
Repressões culturais e religiosas;
Mortes por confronto;
Escravização.
Essa confluência de fatores fez com que o rei de Portugal, D. João III, decidisse por
iniciar efetivamente a colonização do Brasil. Em 1530, Martim Afonso de Souza
parte com 50 embarcações repletas de pessoas, ferramentas e sementes, para enfim
começar a povoar o Brasil Colônia.
O Brasil Colônia é o período que ocorreu entre 1530 e 1822, iniciado pela implantação
das capitanias hereditárias e terminando com a independência do Brasil. Esse período da
história brasileira inclui o ciclo da cana-de-açucar e do ouro, a escravidão indígena e
negra, as revoltas coloniais e separatistas, além da formação da sociedade miscigenada.
A chegada dos portugueses ao Brasil ocorreu devido a uma expedição liderada por
Pedro Álvares Cabral. Ele comandou 13 caravelas que saíram de Lisboa no dia 9 de
março de 1500 e chegaram em Porto Seguro no dia 22 de abril de 1500.
Até hoje, os historiadores debatem sobre as intenções de Cabral. Alguns afirmam que
sua rota foi desviada acidentalmente da Índia e ele chegou ao Brasil. Outros discordam
e afirmam que ele sempre quis desviar-se do trajeto original e explorar a parte da
América que os espanhóis ainda não tinham.
Brasil pré-colonial
No momento em que o Brasil foi descoberto, não houve uma tentativa oficial de
colonização. Isso porque a Coroa portuguesa estava focada no comércio com a Índia e
não sabia se valia a pena explorar um lugar desconhecido naquele momento.
Por isso a historiografia considera que, desde a chegada dos portugueses (1500) até a
colonização (1530), existiu um outro período na história do brasil chamado de
Período Pré-Colonial. Ele vai do descobrimento até a implantação das estruturas
coloniais, como as capitanias hereditárias.
Além disso, a Espanha tinha acabado de descobrir ouro na América Espanhola. Isso fez
com que os portugueses criassem expectativa de adentrar o território e também
encontrar.
Esses fatores fizeram com que o rei de Portugal, D. João III, mobilizasse uma efetiva
colonização portuguesa para não perder as riquezas.
Quanto tempo durou o período colonial brasileiro?
O período colonial durou 292 anos, tendo iniciado em 1530 com a expedição de
Martim Afonso de Souza e se estendeu até 1822. No último tópico do artigo, veremos
como essa fase terminou.
Foram quase três séculos de intensa ocupação e exploração das terras brasileiras,
uma época marcada por divisões internas conforme as grandes descobertas
econômicas ou mobilizações sociais.
O enorme território foi dividido em 15 capitanias, que eram faixas de terras que
abrangiam desde o litoral brasileiro até o limite estabelecido pelo Tratado de
Tordesilhas. Esse tratado era uma linha imaginária de divisão das terras portuguesas e
espanholas.
O rei D. João III nomeou homens de sua confiança para receber e administrar os lotes.
Eles eram chamados de donatários e eram capitães vindos da pequena nobreza lusitana.
Essas poderiam ser passadas de pai pra filho e por isso, foram chamadas de hereditárias.
A Coroa Portuguesa não dava auxílio financeiro aos donatários, mas concediam
privilégios a eles como escravizar indígenas, cobrar tributos, doar lotes de terra não
cultivados (sesmarias) e usar todos os recursos naturais da região.
Vale lembrar que as capitanias não pertenciam aos donatários, mas à Coroa Portuguesa.
Por isso, ela cobrava um imposto de 10% da produção que ali fosse desenvolvida.
O sistema de capitanias foi falho e abolido alguns anos depois. Dos 15 territórios,
apenas 2 foram bem sucedidos.
Além disso, o governo-geral no Brasil Colônia também contava com três cargos
auxiliares:
Depois da morte de Mem de Sá, Portugal dividiu o Brasil em dois governos: Governo
do Norte com sede em Salvador e Governo do Sul com sede no Rio de Janeiro. Depois,
eles foram unificados e ficaram sob domínio espanhol até 1640, por causa da União
Ibérica.
Ainda sob o domínio espanhol, novamente o Brasil foi dividido em dois estados: o
Estado do Maranhão e o Estado do Brasil. Essa divisão durou até 1774, quando o
Marquês de Pombal assumiu o governo, unificando e modernizando o país.
Ciclo da cana-de-açúcar
As unidades eram conhecidas como engenhos e eram locais formados por terras para
plantio, a Casa-grande onde moravam os senhores proprietários, a Senzala que
abrigava os escravos e a Casa de engenho onde se encontrava as máquinas para a
moenda.
O gado era utilizado como força motriz, transporte e alimentação. O tabaco era trocado
por escravos e fomentava mão-de-obra, as lavouras de subsistência permitiam a
alimentação da colônia com mandioca e hortaliças. Nesse caso, a mão-de-obra era livre
e mestiça.
A partir disso, os colonos escravizaram negros vindos da África, onde haviam outras
colônias portuguesas. Como as condições de transporte eram precárias no navio
negreiro, eles já chegavam sem forças para resistir tanto quanto os índios, embora
fundaram quilombos para se refugiar.
Ao mesmo tempo em que tudo isso acontecia, saíram de São Paulo dois tipos de
empreendimentos:
Com a descoberta do ouro pelo bandeirantes no final do século XVII e crise do açúcar, a
economia passou a se voltar para a extração do minério, principalmente na região de
Minas Gerais.
O Ciclo do Ouro e do Diamante no sudeste até então não explorado, foram responsáveis
pela fundação de vilas afastadas do controle da Coroa, como Mariana e Ouro Preto
(Antiga Vila Rica). Assim, surgiu um grande crescimento urbano e comercial, além
de mudanças sociais para os mestiços que encontrassem ouro.
Logo que notou, a metrópole passou a cobrar altos impostos como “quinto”, que
correspondia a quinta parte do que era produzido (20% sob todo ouro retirado). Dizem
que daí surgiu a expressão “quinto dos infernos”!
O ouro começou a ficar mais escasso, visto que não é um recurso renovável. Mesmo
assim, Portugal não diminuiu os impostos porque tinha acabado de passar por um
terremoto e precisava de reconstruir.
Decretou mais um imposto, chamado “derrama”,obrigando cada região a recolher uma
tonelada e meia de ouro por ano e entregá-lo para Portugal. Esse foi um dos motivos
que levou ao surgimento de revoltas sociais, que veremos no tópico a frente.
Depois de toda essa análise, é possível estabelecer que a sociedae brasileira foi formada
pela miscigenação de três grandes grupos étnicos: indígena, negro africano e o
branco europeu. No caso dos europeus, destaca-se o português embora alguns locais
tenham sido ocupados por italianos e alemães.
A cultura brasileira é hoje reconhecida como diversa desde sua raiz, justamente
porque foi o produto de anos da mistura de hábitos, culinária, vocabulário, cantos,
objetos, danças, crenças e outros aspectos.
Muitas das práticas que herdamos hoje são vindas dessa mistura do período colonial,
algumas boas e outras não. É importante conhecer a história de formação de uma
sociedade para entender comportamentos e aprimorar a convivência no país.
O Brasil era uma colônia de exploração e sua principal atividade se dava em torno de
engenhos ou minas. É importante lembrar que aquele que detinha a terra ou a
riqueza era sempre a autoridade máxima da região.
Em torno do engenho viviam os mulatos (filhos dos senhores com negras escravizadas),
os escravizados, as famílias europeias, o clero, os trabalhadores livres e todos os outros.
Assim, as cidades e família viviam ao redor desses locais e as pessoas se ocupavam
principalmente dessas profissões.
Por fim, muitos negros resistiram aos maus tratos e fugiam da região do engenho,
fundando suas própias comunidades chamadas de Quilombos. O mais famoso era o
de Zumbi de Palmares.
Ironicamente, muitos quilombos escravizavam outros negros e índios para trabalhar
em seu território, mas eles são considerados importantes locais de perpetuação e
propagação da cultura afrodescendente, como a capoeira.
Isso gerou um desejo no povo de quebrar vínculos com Portugal, pois perceberam
que grande parte dos problemas eram devido à relação colônia-metrópole. Muitas
revoltas ocorridas no Brasil foram reflexos dessa insatisfação. Veremos no próximo
tópico quais são elas.
Revolta de Beckman
Guerra dos Emboabas
Guerra dos Mascates
Rebelião de Vila Rica
Inconfidência Mineira
Conjuração Baiana