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Esta doença é causada pelo fungo Cercospora sojina e é favorecida em condições de alta
temperatura e precipitação. Seus sintomas normalmente se iniciam na época de florescimento
da soja, a partir de R1 (BYAMUKAMA, 2020). Os sintomas começam com pontos de aspecto
encharcado que evoluem para lesões de cor castanho-clara com bordos castanho-escuros bem
definidos (Figura 4a). No final do enchimento de grãos, também são comuns sintomas nas
hastes e vagens. As lesões são alongadas de cor acinzentada e bordos castanho-avermelhados
nas hastes e circulares de cor castanho-escura nas vagens (Figura 4b) (WISE; NEWMAN, 2016).
O controle mais recomendado é o uso de cultivares resistentes. Outras medidas incluem o uso
de sementes sadias, tratamento químico de sementes e a pulverização da parte aérea com
fungicidas quando houver 5 a 10 manchas nas folhas mais afetadas e 10 a 15 dias após a
primeira aplicação (ALMEIDA et al., 2005). Benzimidazois, dimetilditiocarbamatos,
carboxanilida e triazois são indicados para a doença.
Considerações finais
Embora as DFC da soja ganhem evidência nas fases reprodutivas, seu manejo começa na
implantação da cultura, com a escolha de cultivares resistentes, no caso da mancha olho-de-rã,
e com o uso de sementes sadias e tratamento de sementes para as demais doenças. Quando a
produção de sementes é realizada pelo próprio produtor, atenção especial deve ser dada ao
controle destas doenças, já que todas elas são veiculadas por sementes. Na aplicação de
fungicidas em parte aérea, para evitar que estes produtos deixem de funcionar devido ao
surgimento de patógenos resistentes, é importante que diferentes ingredientes ativos sejam
rotacionados e/ou utilizados em misturas (já disponíveis comercialmente).