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MESTRADO EM DESENVOLVIMENTO RURAL

PROPTOCOLO PARA DISSERTAÇÃO DO MESTRADO

TEMA: AGRICULTURA URBANA

Titulo: Analise socioeconómica da agricultura urbana

Etudo de caso: Sector Familiar no Distrito Municipal KaMubukwana.

Estudante:

Fernanda da Glória Tamele Saia

Supervisor꞉

Prof. João Mutondo

Maputo, Março de 2018


INTRODUÇÃO

A presente investigacao aborda a questão da agricultura urbana, que pode ser definida como
"a produção de alimentos - o cultivo de hortaliças, frutas, forrageiras, plantas hornamentais,
medicinais, aromáticas, árvores e criação de animais (caprinos, coelhos, cobaias, caracóis,
rãs, peixes), dentro dos limites do perímetro urbano. Ele inclui a reciclagem de resíduos e
água utilizada, serviços, processamento agrícola, inclui mercado, distribuição e consumo em
áreas urbanas para beneficiar a população de baixa renda através da melhoria da nutrição,
geração de renda e emprego, incorporando tecnologias de producao sustentáveisʺ (LEFT ,
John 2009)

A agricultura urbana como estratégia para melhorar a qualidade de vida das pessoas com
recursos limitados é uma actividade que pode combinar varios elementos como : social e
econômico onde cada um desses elementos são representados em ações concretas, como a
integração social e produção de alimentos para as famílias que a praticam Araujo, (2003).
Esta actividade tem vindo a ganhar espaço na actualidade apesar de ser uma tradição muito
antiga em várias sociedades. Esta situação está associada a vários factores como a
urbanização dos países em desenvolvimento, as guerras, as catástrofes naturais que perturbam
o abastecimento das zonas urbanas pela produção rural, a degradação do meio ambiente, o
elevado nivel de pobreza e a falta de recursos que provoca a escasses de alimentos (FAO
1996). Apesar da Actividade ser dos tempos primordiais durante muito tempo fou ignorada
pela maioria dos habitantes urbanos e passar a largo dos estudos acadêmicos relacionados às
cidades (VEENHUIZEN et al., 2001; SIRKIS, 2003 apud NOLASCO, 2009).

Nos últimos tempos a agricultura urbana tem ganhado crescente interesse por parte dos
pesquisadores assim como pelas populações urbanas por ser uma fonte importante de
alimentos, desempenha um papel muito importante no abastecimento dos mercados, garante
o emprego e a sobrevivência de muitas famílias, (FAO,1999)
Em Moçambique a agricultura urbana foi impulsionada pela criação da política das zonas
verdes no ano de 1980 onde um dos objectivos era criar ocupação para residentes urbanos
desempregados e a melhoria da segurança alimentar nas zonas urbanas, (Malauene, 2002)

Em vários bairros da cintura peri-urbana das cidades moçambicanas as características da


sociedade rural se mistura com as formas sócio-económica e cultura urbana, onde a maioria
dos seus habitantes sobrevive da actividade agrícola familiar tal como sucedia nas áreas
rurais de origem. As famílias vindas da área rural mantiveram os seus hábitos e
comportamentos rurais, continuando a prática agricola mesmo em pequenas parcelas de terra
das zonas urnabas (Araujo 2003).

A Pesquisa realizar-se-à no Distrito de KaMubukwana será conduzida com a aplicação de


um inquerito aos agricultores urbanos, este focará itens como identificação do entrevistado,
informações habitação, informação económica, a informação social, informações sobre
agricultura urbana no Distrito e as tecnologias utilizadas. serao tambem realizadas entrevistas
com informantes-chave reconhecidos como autoridades no assunto desta pesquisa.

Com o desenvolvimento da pesquisa espera se demonstrar os benefícios da prática d


agricultura urbana, assim como o impacto socio-economico (integração de grupos, producao
de alimentos e a melhoria da qualidade de vida) no seio das familias.
2. PROBLEMATIZAÇÃO

1.1. Problema

O espaço urbano é resultado de uma construção económica, política, social e cultural. Num
passado recente, muitos actores associavam a actividade agrícola apenas ao espaço rural. Esta
realidade tem vindo a ser alterada, com o surgimento de um número cada vez maior de
espaços urbanos aproveitados para a agricultura. Nos últimos anos tem-se verificado um
crescimento acelerado na taxa de urbanização das cidades moçambicanas havendo mais
pobres urbanos do que rurais. Segundo a (FAO, 2000), com a expansão das cidades, crescem
as necessidades alimentares das famílias urbanas.

A visão de (Garnet, 1996), (HynesS 1996), Wheeler e (Howe, 1999), citados por Howe et al.
(2005) é de que a importância que a actividade agrícola tem na vida de quem a prática está
expressa pelo empenho e interesse dos cidadãos e um dos maiores contributos da prática da
agricultura urbana é ser capaz de melhorar consideravelmente a qualidade de vida da
população citadina.

A agricultura urbana pode ser praticada pelas familias de baixa renda, com o intuito de
garantir a subsistência, diminuir os gastos com a alimentação e ainda aumentar a renda
através da venda de excedentes e pelas familias de alta renda com o intuito de ornamentar e
garantir o acesso a produtos frescos em hortas caseiras vasos e jardins (Mougeot, 2000; Van
Veenhuizen e Danso 2007; Drechsel e Dongus, 2008; Matos, 2010). “É predominante a
presença de grupos em situação de risco social” a executar tarefas agrícolas, porém não é uma
atividade exclusiva deste grupo, a agricultura urbana é praticada por outros grupos socias
com propósitos diferentes (Coutinho, 2007).

A agricultura urbana também pode ser vista enquanto manifestação social, uma vez que
permite a intensificação das relações entre vizinhos; a realização de uma atividade recreativa
com poucos custos ou mesmo nenhuns; a formação de novas amizades, sobretudo por parte
da população idosa, que encontra na prática da agricultura urbana uma das poucas
oportunidades, para conviver com pessoas para além do seu agregado familiar (Araujo,
2003).
Os consumidores urbanos dependem quase exclusivamente de compras de alimentos, e as
variações nos preços de alimentos e na renda traduzem-se directamente em menor poder de
compra e no aumento dos níveis de insegurança alimentar, o que compromete a quantidade e
qualidade dietética. Mudanças nos estilos de vida têm contribuído ainda mais para o aumento
da desnutrição urbana e de doenças crônicas relacionadas à dieta. A prática da agricultura
vem se tornando mais comum nas zonas urbanas suburbanas como fonte de sobrevivência e
incremento da renda dos agregados familiares. Contudo para autores como (Resende, 2004) e
(Tinker, 1999) esta prática agrícola não é recente, a sua ocorrência nas zonas urbanas vem de
muitos anos, entretanto, só recentemente tem-se tornado objecto de estudos em todo o
mundo.

A actividade agrícola urbana inserida no designado sector informal, foi durante muito tempo
apontada como um fenómeno pouco expressivo e passageiro, com o passar dos anos
constatou-se um crescimento da actividade a realidade é crescente número de áreas agricolas
urbanas. Os cidadãos urbanos estão a criar novos padrões, exigindo dos espaços urbanos
novas posturas (Mougeot 2007).

De acordo com a (FAO; MDS; IPES; RUAF 2000), a expansão urbana tem gerado uma
crescente insegurança alimentar nas cidades e em sua periferia, particularmente entre os
sectores populacionais vítimas da pobreza e da extrema pobreza”.

“Nas últimas décadas, o crescimento demográfico e económico têm desafiado os limites da


sustentabilidade económica, social e ecológica”, tais factos têm trazido para o cenário
mundial uma crescente preocupação com as questões ligadas à segurança alimentar.

Segundo Filho (2010), o desenvolvimento da agricultura urbana, ocorre devido a falta de


oportunidades adequadas que permitam a obtenção de uma renda suficiente para fazer face a
todas as necessidades básicas e ainda devido a escassez de produtos agrícolas em quantidade
e qualidade.

O Distrito de KaMubukwana é o mais populoso da cidade de Maputo com 379.025


habitantes (proINE, 2017). A maior parte dos moradores são jovens na sua maioria
emigrantes desempregados provenientes de diferentes regiões do país principalmente da zona
norte, atraídos pela oportunide das melhores condicoes de vida da capital, pelas ofertas
acessiveis de habitação. A caracteristica da população deste distrito contribui para violência
doméstica, violência generalizada, problemas de insegurança alimentar e nutricional,
especialmente em mulheres grávidas e crianças de menos de seis anos, contribuindo para a
baixa qualidade de vida da população. Associado ao anteriormente citado está a falta de
emprego e renda que se reflecte na dificuldade de aquisição de alimentos de forma óptima em
termos de qualidade e quantidade suficiente para satisfazer as suas necessidades nutricionais.

Este leque de dificuldades têm forçado essas pessoas a reduzir o seu suplemento dietetico
esforçando se para viver de uma maneira mais digna e reduzir o seu suplemento dietético e os
problemas econômicos. Além disso, é importante ressaltar que muitas dessas pessoas , porque
vêm da zona rural ou de áreas rurais se recusam a deixar as suas práticas agrícolas uma vez
instaladas na cidade dando continuidade as suas actividades agropecuarias praticando aa
agricultura nos limites da cidade.

Neste sentido urge a necessidade de realizar este trabalho na pespectiva de entender como a
agricultura urbana influência social e economicamente a vida da população urbana que a
pratica, quais os ganhos (em termos de rendimentos económicos, desenvolvimento do capital
social, criação de postos de emprego) esta prática actualmente vista com muita frequência no
contexto de produção agrícola dentro de espaços urbanos, em áreas reduzidas e qual é a sua
real contribuição no bem-estar socio-económico dos produtores além da sua margem de
contribuição no mercado de alimentos na cidade de Maputo.

Outro foco da pesquisa é a necessidade de gerar informações sobre agricultura urbana na


região de pesquisa vista a escacês de informação a respeito da agricultura urbana, para
melhor entender os sistemas de cultivo praticados e suas diversas interações, bem como
ajudar na criação de base de dados para determinação de políticas públicas específicas de
inclusão em programas de assistência técnica e promoção agrícola percebeno quais os efeitos
socio-economicos advem da prática da agricultura urbana praticada no Distrito de
KaMubukwana e e que forma a Agricultura urbana contribui para o fortalecimento das
relações familiares e comunitárias entre os individuos que a praticam e se esta gera renda
para os habitantes do distrito de KaMubukwana.
JUSTIFICAO

O espaço urbano é resultado de uma construção económica, política, social e cultural. Num
passado recente, muitos actores associavam a actividade agrícola apenas ao espaço rural. Esta
realidade tem vindo a ser alterada, com o surgimento de um número cada vez maior de
espaços urbanos aproveitados para a agricultura. Nos últimos anos tem-se verificado um
crescimento acelerado na taxa de urbanização das cidades moçambicanas havendo mais
pobres urbanos do que rurais. Segundo a FAO (2000), com a expansão das cidades, crescem
as necessidades alimentares das famílias urbanas.

A visão de Garnet (1996), HynesS (1996), Wheeler e Howe (1999), citados por Howe et al.
(2005) é de que a importância que a actividade agrícola tem na vida de quem a prática está
expressa pelo empenho e interesse dos cidadaos e um dos maiores contributos da prática da
agricultura urbana é ser capaz de melhorar consideravelmente a qualidade de vida da
população citadina.

A agricultura urbana pode ser praticada pelas familias de baixa renda, com o intuito de
garantir a subsistência, diminuir os gastos com a alimentação e ainda aumentar a renda
através da venda de excedentes e pelas familias de alta renda com o intuito de ornamentar e
garantir o acesso a produtos frescos em hortas caseiras vasos e jardins (Mougeot, 2000; Van
Veenhuizen e Danso 2007; Drechsel e Dongus, 2008; Matos, 2010). “É predominante a
presença de grupos em situação de risco social” a executar tarefas agrícolas, porém não é uma
atividade exclusiva deste grupo, a agricultura urbana é praticada por outros grupos socias
com propósitos diferentes (Coutinho, 2007).

A agricultura urbana também pode ser vista enquanto manifestação social, uma vez que
permite a intensificação das relações entre vizinhos; a realização de uma atividade recreativa
com poucos custos ou mesmo nenhuns; a formação de novas amizades, sobretudo por parte
da população idosa, que encontra na prática da agricultura urbana uma das poucas
oportunidades, para conviver com pessoas para além do seu agregado familiar (Araujo,
2003).
Os consumidores urbanos dependem quase exclusivamente de compras de alimentos, e as
variações nos preços de alimentos e na renda traduzem-se directamente em menor poder de
compra e no aumento dos níveis de insegurança alimentar, o que compromete a quantidade e
qualidade dietética. Mudanças nos estilos de vida têm contribuído ainda mais para o aumento
da desnutrição urbana e de doenças crônicas relacionadas à dieta. A prática da agricultura
vem se tornando mais comum nas zonas urbanas suburbanas como fonte de sobrevivência e
incremento da renda dos agregados familiares. Contudo para autores como Resende (2004) e
Tinker (1999) esta prática agrícola não é recente, a sua ocorrência nas zonas urbanas vem de
muitos anos, entretanto, só recentemente tem-se tornado objecto de estudos em todo o
mundo.

A actividade agrícola urbana, inserida no designado sector informal, foi durante muito tempo
apontada como um fenómeno pouco expressivo e passageiro, mas com o passar dos anos
constatou-se que esta atividade é cada vez mais, a realidade de um número crescente de áreas
urbanas. Os cidadãos urbanos estão a criar novos padrões, exigindo dos espaços urbanos
novas posturas (Mougeot 2000).

De acordo com a (FAO; MDS; IPES; RUAF 2000), a expansão urbana tem gerado uma
crescente insegurança alimentar nas cidades e em sua periferia, particularmente entre os
sectores populacionais vítimas da pobreza e da extrema pobreza”.

“Nas últimas décadas, o crescimento demográfico e económico têm desafiado os limites da


sustentabilidade económica, social e ecológica”, tais factos têm trazido para o cenário
mundial uma crescente preocupação com as questões ligadas à segurança alimentar.

Segundo Filho (2010), o desenvolvimento da agricultura urbana, ocorre devido a falta de


oportunidades adequadas que permitam a obtenção de uma renda suficiente para fazer face a
todas as necessidades básicas e ainda devido a escassez de produtos agrícolas em quantidade
e qualidade.
Objectivos

1.1.1. Objectivo Geral

1.Analisar o impacto socioeconómico da agricultura urbana no seio das familias (produtores)


do Município de KaMubukwana.

2.Analisar o impacto da agricultura urbana no bem estar socioeconómico dos agregados


familiares do Município de KaMubukwana

3.

2.1.2. Objectivos Específicos

1- Caracterizar / Descrever a agricultura desenvolvida no Distrito Municipal de


KaMubukwana;

2- Estimar o impacto (a contibuicao) da agricultura urbana na renda dos agregados


familiar que a praticam

3- Identificar os efeitos socioeconomicos da agricultura urbana em KaMubukwana

4- Analisar a participação dos produtores praticantes da agricultura urbana no mercado

5- Identificar e propor possíveis estratégias que permitam um melhor desempenho e


prática sustentável da agricultura urbana.

2.2. Questões de estudo

Para responder aos objectivos do estudo, tomar-se-á as seguintes questões de estudo como
base:

i. Quem são os potenciais praticantes da agricultura urbana no distrito KaMubucuana?

ii. Para que fins praticam a agricultura urbana?

iii. Qual é a contribuição desta actividade na renda familiar, na segurança alimentar das
famílias e na redução do desemprego?

iv. Quais os principais constrangimentos que os agregados familiares enfrentam na


prática da agricultura urbana?
v. Que quantidades de diferentes produtos os produtores produzem e comercializam?

vi. Os agregados familiares beneficiam de alguma assistência técnica de instituições


responsaveis pela promoção da agricultura?

vii. Será que a agricultura urbana contribue para o fortalecemento das relações familiares
e comunitárias entre os indivíduos que a praticam ?

viii. Será que a agricultura urbana gera renda para os agregados familiares de
KaMubukwana que o praticam ?

FUNDAMENTAÇÃO

A agricultura urbana é uma atividade produtiva praticada por diferentes (esferas)


socioeconômicas da cidade que foi se massificando devido ao apoio do governo, da FAO
( Organização das Nações Unidas Agricultura e Alimentação) Minieterio da agricultura e
outras organizacoes. Nesse sentido, a Direção de Agricultura e Segurança Alimentar da
Cidade de Maputo em parceria com Administração do Distrito de KaMubukwana e algumas
Organizações Não Governamentais tem vindo a implementar projectos na agricultura urbana
como ferramente para superar a pobreza e a exclusão que afecta parte da população do
Distrito.

Por sua vez esta atividade surgiu em resposta à dificuldade de acesso aos alimentos, à
necessidade de gerar renda e emprego, assim, melhorar a qualidade de vida das pessoas que o
praticam. Existem inúmeros benefícios da agricultura urbana, mas é necessário observar o
que acontece quando as atividades agrícolas ( plantio , criação de animais , etc.) são levadas
para a cidade onde passa a ter um contacto muito próximo com as comunidades que vivem lá
em constante movimento, o que acontece com os pequenos senarios e as relações de troca
comercial de produtos gerados pela agricultura urbana.

Tendo em conta ao anteriormente exposto e que a implementação destes projectos exigirá


investimentos de dinheiro, vale a pena mencionar que estes investimentos são , por vezes em
vão , devido à falta de estudos e informações que permitam uma maior fiabilidade e uma boa
tomada de decisão para que projetos como a agricultura urbana sejam implementadas de uma
forma eficaz, e que muitas pessoas através deles possam melhorar sua qualidade de vida. Por
esta razão a identificação dos Efeitos sócio – económicos da agricultura urbana em
KaMubukwana é de extrema importância, pois sera uma fonte de informação para diferentes
instituições e agricultores urbanos interessados nesta actividade.
3. METODOLOGIA

Abordagem Metodológica

Para a realização deste trabalho, utilizar-se-á a abordagem mista (quantitativa e qualitativa)


com vista a traduzir os o significado dos dados numéricos através de análise estatística e
perceber o significado das variáveis na óptica do pesquisado pois, segundo Minayo e Sanches
(2008) a abordagem mista permite uma compreensão mais profunda, fundamentada em dados
numéricos e de vivência através de técnicas de entrevista, questionários e observação. Outra
fundamentação na escolha desta abordagem deve-se ao facto de que esta não só faz uma
quantificação mas também dá primazia a subjectividade e a singularidade de cada situação,
além da compreensão de determinadas situações para os diferentes actores sociais
Goldenberg, (2004).

O metodo de pesquisa sera participativo e a observacao para auxiliar. Pois, segundo Licia
Valladares (2017) este metodo permite ao investigador uma convivência intensa com o grupo
alvo e o pesquisador não é esperado pelo grupo, desconhecendo muitas vezes as teias de
relações que marcam a hierarquia de poder e a estrutura social local. A observação
participante supõe a interação pesquisador/pesquisado. As informações que obtém, as
respostas que são dadas às suas indagações, dependerão, ao final das contas, do seu
comportamento e das relações que desenvolve com o grupo estudado.

Será elaborado um questionario constituido por uma serie de perguntas com respostas
predefinidas (fechadas) para melhor capturar e avaliar de forma rápida e simples as opiniões,
objectivos, anseios, preferêncas e crêncas das pessoas

Análise de Dados
Depois da recolha de dados do campo, estes serão organizados e codificados no final de cada
dia usando o pacote estatístico SPSS e Exel. Depois serão feitas análises considerado, no
conjunto de análises, a frequência, a consistência, a coerência e originalidade das respostas
obedecendo os seguintes critérios:

Análise de distribuição de frequências – esta análise servirá para verificar a distribuição


das frequências para cada variável em estudo;

Coincidência de padrões (pattern matching) – é um método que envolve a junção de


respostas similares, explicação das diferenças e obtenção de conclusões relevantes, este
servirá para analisar dados qualitativos. A coincidência de padrões é similar a análise de
distribuição de frequências em dados quantitativos.

Os dados serão ilustrados em tabelas e gráficos para que seja possível evidenciar as
características da distribuição das variáveis a avaliar.

Desvio padrão – Esta estatística será utilizada para medir a dispersão, medindo a
variabilidade dos valores à volta da média em variáveis analisadas.

Para responder cada objectvo sera feita a colheita e analise de dados da seguinte forma:

1- Caracterizar / Descrever a agricultura urbana no distrito municipal de KaMubucuana;

Para descrever a AU vai se identificar e descrever os potnciais praticantes da AU


atravez da colheita de dados sobre as variaveiss idade, sexo, escolaridade onde serão
feitas tabelas de frequências para determinar as percentages de homens e mulheres
que praticam a AU a a respectiva faixa etaria, estas frequências serão testadas usando
a o teste do Q quadrado que apresenta-se assim X²= (0-E)²/E onde:

Serão tambem feitos o testes de correlação e regressão e apresentadas as respectivas


conclusões.

2- Estimar o impacto (a contibuição) da agricultura urbana na renda dos agregados


familiar que a praticam.

Para este objectivo serão feitas questoes com vista a capturar as diferentes fontes de
renda que os agricultores tem, incluindo a renda proveniente da AU e de que forma
esta influência ou contribui para o seu bem estar.

3- Analisar a participação dos produtores praticantes da agricultura urbana no mercado

Para este objectivo serão analizadas as quantidades vendidas e consumidas de


diferentes culturas e serão achadas as medias e serão feitos os testes de frequências

Alem de ver os praticantes vai-se analizar para que fins praticam no caso para venda
ou para o consumo e posteriormente sera calculada a frequencia dos que praticam
para o consumo e os que praticam para a venda e testar, seram achadas medias da
quantidade vendida e para cada produto proveniente da AU e serão testadas essas
medias usando o teste do Q quadrado com a formula x 2=(O-E)2/E onde O- e
afrequência calculada, E- frequência esperada.

Será analizada a quantidade vendida por cada cultura que produzem e as respectivas
percentagens.

Do total da quantidade produzida será achada a média do que e vendido e da


quantidade consumida e serão achadas as proporções e médias que serão
posteriormente testadas. Para o presente estudo foi selecionado o grupo organizado
em associações pois assim estará facilitara a recolha de dados.

Amostragem

Para a definição de amostra será usado o calculo de amostra estractificada pois ha


evidencia de que existem diferença significativas entre os subgrupos da população
que pretendemos estudar deste modo teremos uma amostragem que garanta que esses
subgrupos estejam representados na nossa amostra de forma proporcional ao seu peso
nessa população.

Tamanho da Amostra

O Distrito de KaMubukwana conta com um universo de cerca de 2546 produtores


divididos em associações DASACM (2015), cooperativas e produtores privados
sendo os 2 ultimos grupos em numeros menores a produzir na cintura verde da
Cidade de maputo. Deste universo 1969 produtores estao organizados em associações
de produtores num total de 14 associações outros 577 praticam de forma privada e
timida em quintais de residencias, os outos organizados em cooperativas de
agropecuarias. Para melhor efectuar a recolha de dados será usado o universo de
produtores associados onde calculada a amostra serão inquiridos 323 individuos.

Sendo uma populacao finita a sera calculada a amostra com auxilia da formula:

n= z2.p.q.N/d2.N+z2.p.q

LEGENDA:

N= tamanho da população
E- Margem de erro /erro máximo de estimativa . identifica a diferenca maxima entre a
proporção amostral e a verdadeira proporção populacional

n= numero de individuos na amostra que será calculada

∂= nível de confiança

σ- Desvio padrão

Zα/2- valor crítico que coresponde ao grau de confiança desejado

A tabela abaixo mostra o esquema de individuos que serão esntrevistados por associação
visto que o número de membros não e similar.

Membros
a
entrevista
N. % % r por No de No de
Nome membros Homens Mulheres ASSO H %M associacao Homens Mulheres
25 de Setembro 68 26 42 0,03 0,38 0,62 11 4 7
Alivio a
pobreza 128 28 100 0,06 0,22 0,78 21 5 16
Sombra das
enxadas 297 37 260 0,15 0,12 0,88 48 6 42
A.Chirute 126 52 74 0,06 0,41 0,59 20 8 12
Luisa Diogo 315 86 229 0,16 0,27 0,73 51 14 37
M.C. do
Bagamoio 259 50 209 0,13 0,19 0,81 42 8 34
Forca do povo 170 70 100 0,09 0,41 0,59 27 11 16
10 de
Novembro 86 27 59 0,04 0,31 0,69 14 4 10
Maguiguana 29 1 28 0,01 0,03 0,97 5 0 5
Janete
Mondlane 58 5 53 0,03 0,09 0,91 9 1 9
Centro das
mulheres 21 6 15 0,01 0,29 0,71 3 1 2
M.C.Zimpeto 284 25 259 0,14 0,09 0,91 46 4 42
8 de Marco 24 0 24 0,01 0,00 1,00 4 0 4
Josina Machel 133 33 100 0,07 0,25 0,75 22 5 16
Total 1969 446 1552 1 323 72 251
4.Area de estudo

O estudo será realizado no Distrito Municipal de kaMubukwana, que segundo (Araujo 1999)
esta localizada na parte noroeste da cidade de Maputo entre os paralelos 71̊ e 46̍ e 71̊ e 30̍ sul,
entre os meredianos e 46̊ 40̍ este entre os limites da chamada area peri urbana. Encontra-se
limitado a norte pelo distrito de Marracuene (Kumbeza e Guava), a sul pelos Distritos de
Kalhamankulo, e Ka npfumo pelo bairro de Malanga e CFM da cidade de Maputo , pela
portagem de Maputo a oeste pelo Distrito de KaMahota bairros hulene, Aeroporto,
Unidade7 e Albazine, a este pelos vale do Infulene que separa o Distrito da provincia de
maputo fazendo limite com os bairros de kongolote , zona verde T3 e Infulene.

Dados do INE (1998) referem que este Distrito possui uma area de 4895,53ha
administrativamente divididos em 14 bairros subdivididos em 472 quarteiroes ( Inhagoia
A,B, Nsalene, jardim, luis cabral, 25 de Junho A e B, Magoanine A,B e C, Zimpeto,
Malhazine, Bagamoio Gorge de Mitrov.

O Distrito é caracterizado pelo clima tropical húmido, com chuva predominate na época
quente que vai de Outubro a Março e o seco de Abril a Setembro sendo a média de
temperaturas diúrnas da ordem de 28,7̊c registando o máximo em Feverreiro com 30,9̊c, em
quanto a média de temperaturas mínimas diúrnas é de 17,4̊c com o mínimo em Julho (11,9̊c).

A pluviosidade media anual e atinge 756,4mm os meses de dezembro, Janeiro e feverreiro


onde se registam maiores medias de precipitacao. Na maior parte da cidade de maputo os
solos sao arenosos e secos mesmo na epoca das chuvas devido a natureza dos sedimentosque
permite um afiltracao rapida das aguas Iden (1994), segundo Cherewa 1996 predominam
neste distrito formações aluviais ao longo das margens do rio Malahuze com solos ricos em
humos atorficos vulgarmente chamados por machongos.

Dados obtidos na Administracao local indicam que o Distrito de KaMubukwana possui cerca
de 238010 habitantes correspondentes a 42501 agregados familiares com uma média de 6
membros na sua maioria com mais de 15 anos de idade. Segundo (Malawene 2002) embora a
maior parte destes abgregados familiares sejam chefiados por homens este Distrito possui um
consideravel numero de agregados chefiados por mulheres prefazendo um total de 30% do
total de agregados.
Segundo (Araujo 1999) o Distrito de Kamubukwana possui cerca de 79% da populacao
considerada pobre e tem uma densidade de ocupação residêncial baixa onde a maior parte da
ocupação territorial e usada para a actividade agricola apesar de estes espacos estarem a
diminuir ano apos ano para dar lugar a construção de novas residências e infraestruturas
comerciais.

A actividade produtiva basica da população é a agropecuaria ao longo da cintura verde do


vale do Infulene para a produção de horticulas e criação de aves, coelhos e suinos.A area total
das zonas verdes do Dostrito é de 2323,6ha e vai desde o Bairro Buis cabral ate ao bairro do
zimpeto divididos pelo sector familiar disperso, , associativo, cooperativo e privado
(Malawene,2002)

Segundo a Direccao da Agricultura e Seguranca Alimentar do distrito o sector associativo é


composto por 14 associações agro-pecuárias com 1969 membros, a produzirem numa área de
219ha , os restantes sectores totalizam 567 produtores cultivando numa area de 85ha.

Segundo ( Araujo 1999), a maior parte das familias do Distrito nao possui agua canalizada, o
sistema de saneamento e deficiente, no que refere aos cervicos de saude tambem sao fracos.

5. Ponto de situação

A partir da informação recolhida através dos instrumentos utilizados para esta finalidade
serao dadas respostas aos objetivos propostos nesta pesquisa. Durante o desenvolvimento
deste trabalho investigativo seram estudadas cuidadosamente as experiências selecionadas da
agricultura urbana no Distrito de KaMubukwana, para os quais teram em conta a sua
estrutura organizacional, procedimentos e estratégias que vem acontecendo nesta prática, o
que permitira obter os resultados esperados.

Para arecolha de dados em campo a aprovacao do questionario pelo supervisor e de grande


importancia.
Referências Bibliográficas

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Cultivando uma cidade sustentavel.

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DANSO, G.;DRECHSEL, P.ANTWL,T. Revista de Agricultura Urbana Vol.7 aggosto de


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Ciências Sociais 8ª EDIÇÃO EDITOR A RECOR D RIO DE JANEIR O • SÃO PAULO
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