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AULA 21

4.6 Agentes econômicos


Definição: Indivíduos, famílias, empresas e governo que participam das atividades econômicas de produção,
distribuição, consumo e regulação.
Exemplo: Uma família decide comprar um carro novo, uma empresa contrata trabalhadores para expandir sua
produção, o governo implementa políticas fiscais para estimular o crescimento econômico.

Famílias
Papel: Consumidores de bens e serviços, fornecedores de mão de obra e poupadores/investidores.
Exemplo: Uma família decide gastar parte de sua renda em educação para seus filhos, outra decide poupar uma
porcentagem de sua renda para investir em ações.
Empresas/Firmas
Papel: Produtores de bens e serviços, empregadores de mão de obra, consumidores de insumos e investidores.
Exemplo: Uma empresa decide expandir sua linha de produtos, contratando mais trabalhadores e investindo em
novas máquinas.
Governo
Papel: Regulador da atividade econômica, provedor de bens públicos, redirecionador da renda, estabilizador
macroeconômico.
Exemplo: O governo aumenta os gastos com infraestrutura para estimular a economia durante uma recessão, ou
implementa políticas de impostos progressivos para reduzir a desigualdade de renda.
Instituições Financeiras
Papel: Intermediários financeiros entre poupadores e investidores, provedores de crédito e serviços financeiros.
Exemplo: Um banco concede um empréstimo para uma empresa investir em expansão, ou uma corretora de
valores facilita a compra e venda de ações para investidores.
Setor Externo
Papel: Intercâmbio de bens, serviços e capitais entre países.
Exemplo: Um país exporta produtos agrícolas para outros países, recebendo divisas em troca, ou atrai investimento
estrangeiro direto para construir uma nova fábrica.
AULA 21
4.6 Agentes econômicos
Alguns conceitos econômicos sobre os agentes no mercado

Utilidade Marginal: Refere-se à satisfação adicional que um consumidor obtém ao consumir uma
unidade adicional de um bem ou serviço. Por exemplo, se um consumidor ganha uma unidade extra de
pizza e sua satisfação aumenta, isso representa a utilidade marginal positiva dessa unidade adicional.
Curva de Demanda: Mostra a relação inversa entre o preço de um bem e a quantidade demandada pelos
consumidores. Por exemplo, quando o preço da gasolina aumenta, é esperado que os consumidores
comprem menos gasolina, seguindo a lei da demanda.
Efeitos de Substituição e Renda: O efeito de substituição ocorre quando os consumidores mudam para
um bem mais barato quando o preço de outro bem aumenta. O efeito renda reflete a mudança na
quantidade demandada de um bem devido a uma mudança na renda do consumidor.
Produtividade Marginal: Representa o aumento na produção resultante do uso de uma unidade
adicional de um fator de produção, como trabalho ou capital. Por exemplo, se uma fábrica contrata um
trabalhador adicional e a produção aumenta, a produtividade marginal do trabalho é positiva.
Custo Marginal: Refere-se ao custo adicional de produzir uma unidade adicional de um bem. Por
exemplo, se uma padaria decidir produzir um pão extra e o custo total aumentar em R$ 2,00, o custo
marginal desse pão é de R$ 2,00.
Curva de Oferta: Mostra a relação positiva entre o preço de um bem e a quantidade que as empresas
estão dispostas a produzir e vender. Geralmente, quanto maior o preço, mais lucrativo se torna a
produção adicional, levando as empresas a ofertar mais no mercado.
Mercado de Trabalho: Examina como os salários são determinados pela interação entre a oferta de
trabalho (trabalhadores) e a demanda por trabalho (empresas). Por exemplo, se a oferta de trabalho em
uma determinada área aumenta, isso pode resultar em salários mais baixos para os trabalhadores nessa
área.
Mercado de Capital: Descreve como os preços dos ativos financeiros (como a taxa de juros) são
determinados pela oferta de capital (poupança) e pela demanda por capital (investimentos). Por exemplo,
se a demanda por empréstimos empresariais aumenta, isso pode levar a taxas de juros mais altas.
AULA 21 - 4.7 Trabalho e empresa
Teorias sobre a relação entre trabalho e empresa no mercado

Teoria da Eficiência do Mercado de Trabalho:


Esta teoria sugere que os mercados de trabalho são eficientes, onde
os salários refletem a oferta e a demanda por habilidades
específicas.
Argumenta que, em um mercado de trabalho competitivo, os salários
serão determinados pela produtividade marginal do trabalho.
Prevê que as empresas pagarão salários que são aproximadamente
iguais à produtividade marginal do trabalhador, maximizando o lucro
empresarial.

Teoria do Capital Humano:


Esta teoria enfatiza o investimento em educação, treinamento e
experiência como meios de aumentar a produtividade dos
trabalhadores.
Argumenta que os trabalhadores são ativos que podem aumentar
sua produtividade ao longo do tempo por meio de investimentos em
capital humano.
Prevê que as empresas estão dispostas a pagar salários mais altos
para trabalhadores mais qualificados devido à sua maior
produtividade.
AULA 21 - 4.7 Trabalho e empresa
Papel do Trabalho na Economia
Geração de Renda: O trabalho é a principal fonte de renda para a maioria das pessoas e famílias.
Crescimento Econômico: A produtividade do trabalho é um dos principais impulsionadores do crescimento
econômico de um país.
Distribuição de Recursos: A alocação de mão de obra entre diferentes setores da economia afeta a distribuição de
recursos e a eficiência econômica.

Tipos de Trabalho
Trabalho Formal: Emprego formalmente registrado, com direitos trabalhistas e contribuições para a previdência
social.
Trabalho Informal: Emprego sem registro formal, sem benefícios trabalhistas e muitas vezes em condições
precárias.
Empreendedorismo: Trabalho autônomo realizado por indivíduos que iniciam e administram seus próprios
negócios.

Papel da Empresa na Economia


Produção de Bens e Serviços: As empresas são responsáveis pela produção de uma ampla variedade de bens e
serviços que atendem às necessidades e desejos da sociedade.
Criação de Empregos: As empresas são grandes empregadoras, oferecendo oportunidades de trabalho e
contribuindo para a redução do desemprego.
Inovação e Crescimento: As empresas inovadoras impulsionam o crescimento econômico por meio do
desenvolvimento de novas tecnologias, produtos e processos.
AULA 21 - 4.7 Trabalho e empresa
Lógica neoliberal nas relações entre trabalho e empresa

Individualismo e Competição:
Na lógica neoliberal, as relações entre trabalho e empresa são permeadas pelo individualismo, onde cada
trabalhador é incentivado a buscar seus próprios interesses e objetivos.
A competição é vista como um motor para o crescimento e eficiência, tanto para os trabalhadores, que
competem por promoções e reconhecimento, quanto para as empresas, que competem por market share e
lucro.
Flexibilização do Trabalho:
O neoliberalismo promove a flexibilização do mercado de trabalho, permitindo que as empresas ajustem
facilmente sua força de trabalho de acordo com a demanda do mercado.
Isso pode resultar em contratos de trabalho precários, como trabalho temporário, terceirização e contratos
de zero hora, onde os trabalhadores têm menos estabilidade e proteção.
Desregulamentação:
O neoliberalismo geralmente advoga pela redução das regulamentações trabalhistas, permitindo que as
empresas tenham mais liberdade na gestão de seus funcionários.
Isso pode levar a condições de trabalho menos seguras e salários mais baixos, já que as empresas podem
buscar maximizar seus lucros cortando custos trabalhistas.
Meritocracia e Desigualdade:
O neoliberalismo promove a ideia de meritocracia, onde o sucesso individual é visto como resultado do
mérito pessoal e esforço.
No entanto, isso pode levar a uma crescente desigualdade, já que fatores como acesso desigual à
educação e recursos podem criar barreiras para o sucesso.
Privatização e Redução do Estado:
O neoliberalismo muitas vezes defende a privatização de serviços públicos e a redução do papel do Estado
na regulação econômica.
Isso pode resultar em menos proteção para os trabalhadores, já que os sindicatos e outras organizações
de trabalhadores podem ter menos poder de barganha.
AULA 22 - 5.Salário
Tipos de Salário

Salário Fixo: Remuneração constante, independentemente do tempo ou da


quantidade de trabalho realizado. Exemplo: salário mensal de um funcionário de
escritório.
Salário por Hora: Remuneração com base no número de horas trabalhadas. Exemplo:
salário horário de um trabalhador temporário.
Salário Variável: Remuneração que pode variar com base no desempenho individual,
metas alcançadas ou lucros da empresa. Exemplo: bônus por produtividade de um
vendedor.
AULA 22
5.Salário
Determinantes do Salário
Oferta e Demanda de Trabalho: O salário é determinado pela interação entre a oferta de trabalho (número de
trabalhadores dispostos a trabalhar) e a demanda por trabalho (número de trabalhadores que as empresas
desejam contratar).
Produtividade do Trabalho: Trabalhadores mais produtivos geralmente recebem salários mais altos, pois
contribuem mais para o valor agregado do produto ou serviço.
Negociações Coletivas: Acordos entre sindicatos de trabalhadores e empregadores podem influenciar os salários
por meio de negociações salariais e acordos coletivos.

Impacto do Salário na Economia


Distribuição de Renda: O salário é uma das principais fontes de renda para a maioria das famílias, influenciando
diretamente a distribuição de renda na sociedade.
Consumo e Demanda Agregada: Salários mais altos aumentam o poder de compra dos trabalhadores,
estimulando o consumo e contribuindo para a demanda agregada na economia.
Custo para as Empresas: Salários representam um custo significativo para as empresas, influenciando os custos
de produção e os preços dos produtos e serviços.

Políticas Relacionadas ao Salário


Salário Mínimo: Estabelecimento de um salário mínimo legal para garantir um padrão mínimo de vida para os
trabalhadores e combater a exploração.
Indexação Salarial: Ajuste automático dos salários com base em índices de inflação ou custo de vida para
proteger o poder de compra dos trabalhadores.
Políticas de Redistribuição de Renda: Impostos progressivos e programas de assistência social visam reduzir as
desigualdades salariais e garantir uma distribuição mais equitativa da renda.
AULA 22
5.Salário
Algumas teorias econômicas sobre definição salarial

Salário de Reserva: Esta teoria sugere que os trabalhadores têm um salário mínimo que estão dispostos a
aceitar para trabalhar. Esse salário é determinado por fatores como necessidades básicas, oportunidades
alternativas de emprego e preferências individuais.

Produtividade Marginal: De acordo com esta teoria, os salários são determinados pela produtividade marginal do
trabalhador, ou seja, pela quantidade adicional de produção que um trabalhador pode gerar. Os empregadores
estão dispostos a pagar um salário igual à produtividade marginal do trabalhador, pois isso maximiza seus lucros.

Negociação Coletiva: Esta teoria sugere que os sindicatos e os empregadores negociam os salários por meio de
contratos coletivos. O resultado dos salários é influenciado pelo poder de barganha relativo das partes envolvidas.

Custos de Reprodução da Força de Trabalho: Esta teoria argumenta que os salários são determinados pelo
custo de reproduzir a força de trabalho, ou seja, pelos custos de vida e pela necessidade de sustentar uma
família. Os salários devem ser suficientes para garantir a reprodução da força de trabalho.

Segmentação do Mercado de Trabalho: Segundo esta teoria, o mercado de trabalho está segmentado em
diferentes setores com diferentes características, como salários, condições de trabalho e requisitos de
habilidades. Os salários são determinados dentro de cada segmento com base na oferta e demanda específicas
desse segmento.

Competição Bilateral: Esta teoria sugere que os salários são determinados pela interação entre trabalhadores e
empregadores individuais. Os salários são negociados bilateralmente, levando em consideração as preferências,
habilidades e poder de barganha de cada parte.
AULA 22 - 5.1 Capital Humano e
investimento na qualificação: educação,
profissionalização e treinamento
Teoria do capital humano de Shultz

Origem: Desenvolvida por Theodore W. Schultz na década de 1960.


Ênfase no Trabalhador: Destaca o papel do trabalhador como um investimento que
pode melhorar sua produtividade e renda ao longo do tempo.
Definição de Capital Humano: Refere-se ao conjunto de habilidades, conhecimentos,
experiências e capacidades que um trabalhador adquire por meio de educação,
treinamento e experiência.
Investimento em Educação e Treinamento: Schultz argumentou que os
investimentos em educação e treinamento são semelhantes aos investimentos em
capital físico e podem aumentar a produtividade e os ganhos dos trabalhadores.
Retorno sobre o Investimento em Capital Humano: Os indivíduos que investem em
educação e treinamento podem colher retornos maiores em forma de salários mais
altos e melhores oportunidades de emprego ao longo de suas vidas.
Impacto Econômico: A teoria do capital humano sugere que investimentos em
educação e treinamento não apenas beneficiam os indivíduos, mas também a
economia como um todo, aumentando a produtividade, a inovação e o crescimento
econômico.
Críticas: Críticos argumentam que a Teoria do Capital Humano tende a simplificar a
complexidade das relações entre educação, habilidades e mercado de trabalho,
negligenciando fatores como discriminação, desigualdade de oportunidades e barreiras
estruturais.
AULA 22 - 5.1 Capital Humano e
investimento na qualificação: educação,
profissionalização e treinamento
Impacto do Investimento na Qualificação
Benefícios para os Indivíduos: O investimento na qualificação aumenta as
oportunidades de emprego, promoção e progressão na carreira, além de
contribuir para a realização pessoal e o desenvolvimento profissional dos
trabalhadores.
Benefícios para as Empresas: Empresas que investem na qualificação de seus
funcionários tendem a ter uma força de trabalho mais qualificada e motivada,
maior produtividade, menor rotatividade de pessoal e maior capacidade de
inovação e adaptação às mudanças do mercado.

Políticas e Intervenções para Promover o Investimento na Qualificação


Incentivos Fiscais: O governo pode oferecer incentivos fiscais e subsídios para
empresas que investem na qualificação de seus funcionários.
Parcerias Público-Privadas: Colaboração entre governo, empresas e instituições
de ensino para desenvolver programas de capacitação e treinamento alinhados
às demandas do mercado de trabalho.
Educação Continuada: Promoção de programas de educação continuada e
aprendizagem ao longo da vida para garantir que os trabalhadores estejam
constantemente atualizados e preparados para os desafios futuros.
AULA 22 - 5.1 Capital Humano e
investimento na qualificação: educação,
profissionalização e treinamento
AULA 22 - 5.1 Capital Humano e
investimento na qualificação: educação,
profissionalização e treinamento
AULA 23
5.2 Discriminação no mercado de trabalho e políticas
antidiscriminatórias
Definição: Tratamento injusto ou diferenciado de indivíduos com base em características
pessoais irrelevantes para a capacidade de desempenhar um trabalho, como gênero, raça,
etnia, idade, orientação sexual, deficiência, entre outros.

Tipos de Discriminação
Discriminação Direta: Ocorre quando um indivíduo é explicitamente excluído de
oportunidades de emprego com base em características protegidas por lei, como raça ou
gênero.
Exemplo: Recusa em contratar uma pessoa negra para uma posição de liderança apenas por
sua raça.
Discriminação Indireta (estrutural): Acontece quando políticas ou práticas neutras parecem
justas, mas acabam prejudicando grupos específicos de forma desproporcional.

Impactos da Discriminação
Desigualdade de Oportunidades: A discriminação cria obstáculos para a inserção e ascensão
no mercado de trabalho, resultando em desigualdades de oportunidades entre grupos.
Redução da Produtividade: A exclusão de talentos com base em características irrelevantes
pode levar a uma alocação ineficiente de recursos humanos, prejudicando a produtividade e a
competitividade das empresas.
AULA 23
5.2 Discriminação no mercado de trabalho e políticas
antidiscriminatórias
Exemplos de Discriminação no Mercado de Trabalho Brasileiro

Diferenças Salariais por Gênero e Raça: Mulheres e pessoas negras ou pardas


enfrentam, em média, salários mais baixos do que homens brancos com a mesma
qualificação e experiência.
Barreiras de Acesso à Educação e Emprego: Indivíduos de famílias de baixa renda ou
de áreas periféricas muitas vezes enfrentam dificuldades adicionais para acessar
educação de qualidade e oportunidades de emprego.

Políticas Antidiscriminatórias – Ação Afirmativa – Discriminação Positiva

Legislação Trabalhista: Leis que proíbem a discriminação no local de trabalho com


base em características protegidas, como a Lei de Igualdade Racial e a Lei de
Acessibilidade para Pessoas com Deficiência.
Ações Afirmativas: Programas que visam corrigir desigualdades históricas e promover
a inclusão de grupos marginalizados, como cotas para mulheres, negros e pessoas
com deficiência em processos seletivos e programas de capacitação.
Educação e Sensibilização: Campanhas de conscientização e treinamentos para
empregadores e trabalhadores sobre a importância da igualdade e da diversidade no
local de trabalho.
AULA 23 - 5.2 Discriminação no mercado de trabalho e
políticas antidiscriminatórias

Algumas práticas discriminatórias comuns no


mercado de trabalho brasileiro


Sexismo;

Assédio sexual;

Assédio moral;

Homofobia;

Transfobia;

Racismo;

Xenofobia;

Discriminação em relação à origem regional;

Etarismo;

Capacitismo;

Exclusão e demissão na gravidez;

Demissão por HIV;
AULA 23 - 5.2 Discriminação no mercado de trabalho e
políticas antidiscriminatórias
AULA 23
5.2 Discriminação no mercado de trabalho e políticas
antidiscriminatórias

Exemplos de políticas antidiscriminatórias


No ordenamento jurídico brasileiro pode-se apontar como exemplo de
discriminação positiva a reserva legal de mercado, prevista mediante um
sistema de cotas (também entendido como ação afirmativa), que assegura
à pessoa portadora de deficiência, na qualidade de habilitada ou
capacitada para o exercício da função, sua inserção no trabalho, nos
setores público (art. 37, VIII, CF) e privado (art. 93, da L. 8.213/ 91).
Também, a reserva de vagas em favor do menor aprendiz, a que estão
obrigados os estabelecimentos empresariais cujas atividades demandem
formação profissional (art. 429, da CLT, alterado pela Lei 10.097) e o
estabelecimento de cotas de bolsas de estudo para o ingresso de negros
no Instituto Rio Branco, que prepara diplomatas brasileiros. Como
discriminação positiva, tem-se ainda a criação, no âmbito da Administração
Pública Federal, do Programa Nacional de Ações Afirmativas, que
estabelece, para os órgãos da Administração Pública, a observância de
metas percentuais de participação de afrodescendentes, mulheres e
pessoas portadoras de deficiência, no preenchimento de cargos, em
comissão, de direção e assessoramento superiores (DAS).
AULA 24 5.3 Segmentação no mercado de trabalho

a) por tipo de emprego (formal/informal);

b) Por setor econômico


(primário/secundário/terciário);

c) por nível de qualificação;

d) por gênero/raça;
AULA 24 5.3 Segmentação no mercado de trabalho

Vamos relembrar a relação entre a segmentação do mercado


e o desenvolvimento tecnológico e as transformações do
mercado de trabalho.
AULA 24 5.3 Segmentação no mercado de trabalho
AULA 24 - 5.4 Custos não salariais

Benefícios Sociais e Previdenciários: Inclui contribuições para a segurança


social, fundos de pensão e seguros de saúde. Em muitos países, os
empregadores são obrigados a contribuir para esses esquemas em nome de
seus empregados.
Impostos sobre Folha de Pagamento: Alguns governos impõem impostos
sobre a folha de pagamento que são pagos pelos empregadores. Estes
impostos são calculados como uma porcentagem dos salários pagos.
Custos de Treinamento e Desenvolvimento: O custo de formação e
desenvolvimento de funcionários, incluindo cursos, seminários e outras formas
de educação profissional.
Benefícios e Gratificações: Incluem bônus, planos de participação nos lucros,
alimentação, transporte, alojamento e outras formas de remuneração indireta.
Custos de Segurança e Saúde no Trabalho: Investimentos em equipamentos
de segurança, programas de saúde ocupacional e medidas para garantir um
ambiente de trabalho seguro.
Custos Administrativos Relacionados ao Emprego: Inclui o custo de gerir
recursos humanos, como a contratação, o processamento de salários e o
cumprimento das regulamentações laborais.
Indenizações e Seguros Trabalhistas: Custos associados a indenizações por
demissão, seguros contra acidentes de trabalho e outras formas de proteção ao
empregado.
AULA 24 - 5.4 Custos não salariais
AULA 24 - 5.4 Custos não salariais
AULA 25
6 Estruturas de mercado: concorrência perfeita,
monopólio, oligopólio e monopsônio
1. Concorrência Perfeita
Definição: Estrutura de mercado em que há muitos compradores e vendedores, produtos
homogêneos, livre entrada e saída de empresas, transparência de informações e
nenhuma influência individual sobre o preço de mercado.
Exemplo: Não existe na realidade, mas há mercados agrícolas que podem se aproximar.

2. Monopólio
Definição: Situação em que há apenas um vendedor no mercado, sem substitutos
próximos, barreiras à entrada de novas empresas e poder significativo de mercado para
determinar o preço.
Exemplo: Correios, que detinham o monopólio estatal dos serviços postais no Brasil até
recentemente. Embora tenha sido quebrado em alguns serviços, como encomendas
expressas, ainda mantém uma posição dominante em muitas áreas.

3. Oligopólio
Definição: Estrutura de mercado dominada por um pequeno número de grandes
empresas que detêm uma parcela significativa do mercado, o que lhes confere poder
considerável para influenciar os preços.
Exemplo brasileiro: Indústria de telefonia móvel, onde poucas empresas (como Claro,
Vivo, TIM e Oi) dominam o mercado. Essas empresas competem entre si, mas também
têm poder suficiente para influenciar preços e condições de serviço.
AULA 25
6 Estruturas de mercado: concorrência perfeita,
monopólio, oligopólio e monopsônio
AULA 25
6 Estruturas de mercado: concorrência perfeita,
monopólio, oligopólio e monopsônio
AULA 25
6 Estruturas de mercado: concorrência perfeita,
monopólio, oligopólio e monopsônio
4. Monopsônio
Definição: Situação em que há apenas um comprador no mercado para um determinado bem
ou serviço, o que confere a esse comprador poder de monopólio sobre os preços de compra.
Exemplo brasileiro: Compra de produtos agrícolas pelo Programa de Aquisição de Alimentos
(PAA) pelo governo brasileiro. O governo é o único comprador em muitas regiões rurais, o que
lhe confere poder de monopólio sobre os preços de compra dos produtos dos agricultores
locais.

5. Comparação das Estruturas de Mercado


Concorrência perfeita: Muitos pequenos vendedores e compradores, sem controle sobre os
preços.
Monopólio: Um único vendedor, controle total sobre os preços.
Oligopólio: Poucos grandes vendedores, poder considerável sobre os preços.
Monopsônio: Um único comprador, controle sobre os preços de compra.

6. Implicações Econômicas e Sociais


Cada estrutura de mercado tem diferentes implicações para a alocação de recursos, eficiência
econômica, distribuição de renda e bem-estar social.
Políticas governamentais, como regulação, legislação antitruste e políticas de concorrência,
podem ser utilizadas para corrigir distorções e promover uma competição mais saudável e
equilibrada em cada tipo de mercado.
AULA 25
6 Estruturas de mercado: concorrência perfeita,
monopólio, oligopólio e monopsônio
AULA 26 - 7 A intervenção governamental
Definição: A intervenção governamental refere-se às ações e políticas implementadas pelo governo para influenciar a economia de um
país.
Objetivos: As intervenções governamentais visam corrigir falhas de mercado, promover a estabilidade econômica, alcançar equidade
social e promover o crescimento econômico sustentável.

Tipos de Intervenção Governamental:


a. Regulação:
Definição: Estabelecimento de regras e normas para governar o comportamento de empresas e indivíduos no mercado.
Exemplos: Regulação financeira, ambiental, trabalhista e de segurança do consumidor.
b. Política Fiscal:
Definição: Uso de gastos públicos e impostos para influenciar a demanda agregada e a atividade econômica.
Exemplos: Alteração nas taxas de imposto, investimentos em infraestrutura, programas de transferência de renda.
c. Política Monetária:
Definição: Controle da oferta de dinheiro e das taxas de juros para influenciar a atividade econômica.
Exemplos: Ajuste das taxas de juros pelo banco central, compra e venda de títulos governamentais.
d. Política Industrial:
Definição: Promoção e regulamentação de setores específicos da economia para estimular o crescimento e a competitividade.
Exemplos: Subsídios para indústrias estratégicas, políticas de incentivo à inovação e pesquisa.
e. Política de Comércio Exterior:
Definição: Regulamentação das relações comerciais entre países para proteger a indústria nacional e promover o comércio internacional.
Exemplos: Tarifas de importação e exportação, acordos comerciais bilaterais e multilaterais.
Justificativas para a Intervenção Governamental - Keynesianismo
Corrigir Falhas de Mercado: Como monopólios, externalidades, assimetria de informação.
Promover Estabilidade Econômica: Ações para combater recessões, inflação e crises financeiras.
Alcançar Equidade Social: Redução das desigualdades de renda, acesso a serviços básicos e proteção social.
Estimular o Crescimento Econômico: Investimentos em infraestrutura, educação e pesquisa para impulsionar a produtividade e a
inovação.
AULA 26 - 7 A intervenção governamental

Intervenção Governamental na Economia Brasileira

Regulação Econômica:
- Normas e regulamentações em setores como energia, telecomunicações e transporte.
- Exemplo: Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL).

Política Fiscal:
- Estímulo à atividade econômica e equidade social.
- Exemplo: Auxílio emergencial durante a pandemia de COVID-19.
- Exemplo: desoneração da folha de pagamento de alguns setores.

Política Monetária:
- Controle da oferta de moeda e taxas de juros.
- Exemplo: Redução da taxa básica de juros (Selic) durante a pandemia.

Política Industrial:
- Promoção do desenvolvimento e competitividade da indústria nacional.
- Exemplo: Programa Inovação Brasil para incentivar pesquisa e desenvolvimento (P&D).

Política de Comércio Exterior:


- Participação em acordos comerciais regionais e bilaterais.
- Exemplo: Acordo de livre comércio do Mercosul.
AULA 26 - 7 A intervenção governamental
Atuação no Mercado de Trabalho:

Legislação Trabalhista:
- Estabelecimento de direitos e deveres entre empregadores e
trabalhadores.
- Exemplo: Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Políticas de Emprego:
- Estímulo à criação de vagas e inserção no mercado de trabalho.
- Exemplo: Programas de qualificação profissional e apoio ao
empreendedorismo.

Salário Mínimo:
- Determinação do valor mínimo de remuneração.
- Exemplo: Fixação pelo governo federal considerando custo de vida e
inflação.

Proteção ao Trabalhador:
- Fiscalização das condições de trabalho e combate a práticas abusivas.
- Exemplo: Atuação do Ministério do Trabalho e Emprego e Justiça do
Trabalho.

Políticas de Inclusão e Equidade:


- Combate a discriminações e desigualdades no mercado de trabalho.
- Exemplo: Implementação de cotas e campanhas de conscientização.
AULA 26 - 7.1 Política salarial e políticas
de emprego

Política Salarial:

Determinada por negociações entre sindicatos e empregadores, legislação trabalhista e decisões governamentais.
Exemplo: Estabelecimento do salário mínimo pelo governo federal, reajustado periodicamente com base na inflação e no
crescimento econômico.

Políticas de Valorização do Trabalho:


Incentivo à remuneração justa e participação nos lucros.
Exemplo: Concessão de benefícios fiscais para empresas em alguns setores.

Políticas de Emprego:
Promoção da criação de empregos e redução do desemprego por meio de estímulos ao investimento e à produção.
Exemplo: Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda (BEm) durante a pandemia de COVID-19.
Evita demissões em massa e preserva empregos durante crises econômicas.

Sistema Nacional de Emprego (SINE):


Oferece serviços de intermediação de mão de obra, qualificação profissional e apoio à inserção no mercado de trabalho.
Parceria com empresas, sindicatos e instituições de ensino para promover a empregabilidade.

Impacto e Objetivos:
Promoção do bem-estar econômico e social no Brasil.
Construção de uma economia mais inclusiva, equitativa e dinâmica.
Benefício para todos os cidadãos ao garantir salários justos, estimular a criação de empregos e promover a qualificação
profissional.
AULA 27
7.2 Subsídios governamentais para investimentos em capital
humano
Importância do Investimento em Capital Humano Exemplos Internacionais

Suécia:
Contexto Econômico Contemporâneo: - Investimentos significativos em educação desde a infância até a
- Reconhecimento do papel fundamental do capital humano no educação superior.
desenvolvimento econômico e social. - Programas de reciclagem e atualização profissional para manter
- Investimentos em formação, capacitação e qualificação para trabalhadores competitivos.
elevar produtividade e competitividade.
Singapura:
- Ênfase na formação de capital humano como motor do
Políticas Públicas no Brasil: desenvolvimento econômico.
- Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego - Incentivos fiscais e programas de treinamento para garantir
(Pronatec) oferece cursos gratuitos de formação profissional. preparo dos trabalhadores.
- Fundo de Financiamento Estudantil (FIES) e Programa
Universidade para Todos (ProUni) facilitam acesso à educação Finlândia:
superior. - Sistema educacional inclusivo e igualitário subsidiado pelo
governo.
- Oferta gratuita de instituições de ensino de alta qualidade e
programas de treinamento profissional.
Incentivo à Pesquisa e Inovação:
- Bolsas de estudo e financiamento para projetos de pesquisa
Alemanha:
visam fomentar avanço científico e tecnológico.
- Sistema dual de educação combinando aprendizado prático e
- Impulsionam desenvolvimento de setores estratégicos da
teórico subsidiado pelo governo.
economia.
- Oportunidades de emprego garantidas para jovens qualificados.

Conclusão:
Desafios no Brasil: - Subsídios governamentais para capital humano promovem
- Desigualdade de acesso à educação e formação profissional. desenvolvimento econômico e social.
- Deficiências na qualidade do ensino. - Priorização da educação e formação resulta em crescimento
- Falta de alinhamento entre demanda do mercado de trabalho sustentável, inclusão social e prosperidade a longo prazo.
e oferta de mão de obra qualificada.
AULA 27 - 7.3 Salário-mínimo

Definição e Propósito:
- Estabelecido por lei ou acordo, o salário mínimo garante remuneração justa para atender necessidades básicas.
- Visa reduzir desigualdades sociais, promover consumo e estimular crescimento econômico.

Panorama Histórico:
- Origens no final do século XIX, com leis trabalhistas pioneiras em países como Nova Zelândia e Reino Unido.
- Nos EUA, o Fair Labor Standards Act de 1938 instituiu o primeiro salário mínimo federal.
- No Brasil, instituído em 1940 durante o governo de Getúlio Vargas.

Impacto Econômico e Social:


- Contribui para distribuição de renda e redução da pobreza.
- Amplia poder de compra, estimula consumo e beneficia economia.
- Desafios para pequenas empresas e setores intensivos em mão de obra.

Desafios e Perspectivas Futuras:


- Equilibrar remuneração justa com competitividade das empresas.
- Necessidade de fiscalização e cumprimento da legislação trabalhista.
- Revisão periódica para preservar poder aquisitivo frente à inflação.
- Adaptação aos avanços tecnológicos com políticas de capacitação profissional.
AULA 27 - 7.3 Salário-mínimo
Cálculo do DIEESE para um Salário Mínimo Ideal no Brasil
(Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos)

2022: R$ 5.315,74

Metodologia de Cálculo:
Baseia-se no custo de vida de uma família composta por quatro pessoas (dois adultos e
duas crianças).
Considera despesas essenciais como alimentação, moradia, saúde, transporte, educação,
vestuário e lazer.

Itens Considerados no Cálculo:


Alimentação: preço da cesta básica de alimentos.
Moradia: custo médio de aluguel ou financiamento de uma habitação básica.
Saúde: gastos com planos de saúde ou serviços médicos.
Transporte: despesas com transporte público ou combustível.
Educação: mensalidade escolar e materiais educativos.
Vestuário: custo médio de roupas e calçados.
Lazer: gastos com atividades recreativas e culturais.

Atualização Periódica:
Compara o valor do salário mínimo ideal calculado pelo DIEESE com o salário mínimo
oficial estabelecido pelo governo.
Revela a defasagem entre o valor necessário para uma vida digna e o valor efetivamente
pago aos trabalhadores.
Texto complementar

Pesquisa brasileira mais recente sobre o tema indica que


elevação dos valores na década de 2000 teve forte impacto
na população com menor renda

Marcelo Medeiros, Nexo Jornal, 9/2/2022

https://www.nexojornal.com.br/o-elo-entre-aumento-do-salar
io-minimo-e-reducao-da-pobreza
 Visão tradicional: O salário mínimo era considerado uma
causa da pobreza, devido à suposição de que aumentos
levariam ao desemprego.
 Novas descobertas: Experimentos e estudos demonstraram
que pequenos aumentos no salário mínimo podem, na
verdade, elevar o nível de emprego e reduzir a pobreza.
 Impacto no Brasil: Aumentos do salário mínimo contribuíram
significativamente para a redução da pobreza no país entre
2002 e 2013.
 Alcance do salário mínimo: Além de afetar os trabalhadores
formais, serve como referência para o setor informal e
influencia os benefícios previdenciários.
 Debate atual: A discussão mudou para a eficácia comparativa
de diferentes políticas na redução da pobreza, com ênfase em
transferências focalizadas e tributos progressivos.
 Papel do salário mínimo: Apesar de não ser a política mais
focalizada para combater a pobreza, é importante como
medida de proteção aos trabalhadores de baixa renda.
Observe que as variações de salário-mínimo no Brasil possuem forte
relação com o projeto político de grupos diferentes no poder. Há também
forte correlação entre ditadura e arrocho salarial e democracia e ganho de
poder de compra.

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