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Quinta dos

Loridos

Jardim Oriental
Fica na zona do Bombarral
Quinta dos Loridos

João Annes de Lourido, a quem o Mosteiro doara terras junto ao


Bombarral, talvez tenha sido o primeiro proprietário da Quinta dos
Loridos, por volta de 1430. Nos finais do sec. XV, aparecem em Lisboa
os Aifaitati ou Lafetas, família de banqueiros italianos, provenientes da
cidade de Cremona, que controlavam uma das mais poderosas
companhias internacionais, com sucursais em Roma, Portugal, Espanha,
Flandres, Inglaterra e Franca. Associados ao comércio do açúcar da ilha
da Madeira, e, logo após o regresso de Vasco da Gama, em 1499, ao
tráfico de especiarias, fixam-se na zona de Óbidos, tendo construído
casa de campo na Quinta dos Loridos doada por El Rei D. Manuel I, no
inicio do sec. XVI. Na actualidade, a imagem quinhentista ainda é
marcante na organização espacial das construções, nos jardins em
socalcos, e particularmente, no portal “Paladiano” do corpo central do
edifício, de inspiração obviamente colhida na Itália do sec XVI.
Curiosamente a casa dos Aifaitati em Cremona apresenta um portal
idêntico.
Em meados do sec. XVIII, a Quinta dos Loridos é propriedade da família
Sanches de Baena, da qual o portal de entrada apresenta uma pedra de
armas. Esta família, ao adquirir a Quinta, procedeu a alterações
exteriores de grande impacte visual e clara filiação barroca, de que e
exemplo a entrada e capela. Em 1834, o Capitão João Pedro Barboza
Os Loridos mantiveram-se na família Sepúlveda ate 1989,
quando a firma J.P. Vinhos, S.A adquiriu. Desde então foi
realizada uma profunda obra de restauro, que inclui a
reconstrução dos telhados e interiores, a instalação de
uma adega para a produção de um espumante Método
Clássico numa antiga adega existente que ainda conserva
um lagar de pedra com prensa de “vara”, a construção de
uma cave de envelhecimento e a plantação de vinha.

Vinhas
Desde o final dos anos 8o, quando a Quinta foi adquirida
pela JP Vinhos, inicia-se então à adaptação das vinhas aí
existentes, à produção de vinhos com direito à apelação
de espumantes, bem como de outras variedades de uva
inovadoras que lhe permitam vir a produzir vinhos de
mesa com a denominação de origem de região
(Estremadura) de que são exemplos as castas Pinot,
Alvarinho e Cabernet.

A Quinta dos Loridos dispõe de uma vinha com 45


hectares, com um compasso de 2,4 x 1,1 e uma densidade
de 3.700 plantas. As principais castas plantadas são:
Impressionado com a destruição das estátuas de Buda no Afeganistão,
pelos talibans - os libertadores da humanidade - Joe Berardo criou este
enorme espaço de vegetação, árvores de sobreiros e carvalhos, um lago
artificial, rodeado de inúmeras estátuas de Buda e de outras divindades
orientais.
A Quinta dos Loridos, fica a poucos kilómetros do Bombarral e é uma
exposição a céu aberto.

Um impressionante jardim oriental com pagodes chineses e enormes estátuas de


Buda está a nascer na Quinta dos Loridos, no Bombarral. O seu mentor, o milionário
português Joe Berardo, quer fazer daquele local um espaço de meditação e de paz e
“um contributo para um mundo melhor”.

O projecto ocupa uma área de 35 hectares, tem um lago artificial e levará 6 mil
toneladas de estátuas.
Ao longe, emergindo das copas das árvores, avistam-se pagodes chineses. O Jardim
do Oriente fica no meio dos vinhedos do Bombarral, em local discreto, nas
imediações na Quinta dos Loridos. Um leão de pedra guarda a sua entrada, numa
rampa que dá acesso a um moinho destino recuperado e a um fontanário de pedra
branca, importado da China, tal como todas as estátuas.

O Oriente começa uns metros mais abaixo, num passeio que pode ter início junto a
um lago artificial ladeado de árvores e de estátuas, onde pontificam as do Buda,
grandes e quase omnipresentes por se avistarem de vários ângulos.

As obras ainda estão quase no início e até Dezembro, quando estiverem concluídas,
o número de estátuas será quatro vezes maior do que o actual.

Na região, a Quinta dos Loridos já é local de peregrinação desde que passou a


Joe Berardo, o conhecido comendador e filantropo, coleccionador de arte, dá,
ele próprio, a explicação: “é um local onde as pessoas podem ir para meditar e
reflectir sobre si próprias sem qualquer responsabilidade religiosa”.

A área do projecto terá vários níveis de estatuária, desde as maiores, que serão
“as grandes referências”, até ao nível mais pequeno, com esculturas de meio
metro espalhadas por entre os caminhos que se situam no meio das flores e das
árvores.

O arquitecto José Cornélio diz que o jardim não será um santuário budista, mas
sim “uma evocação do Oriente feita por ocidentais” e que representará também
“a presença portuguesa no Oriente e a interpenetração de culturas”. As
estátuas representarão várias épocas da vida de Buda, a quem José Cornélio
equipara a S. Francisco pois ambos nasceram ricos e se despojaram da riqueza
em vida numa atitude humilde de conquista de paz interior.

Os trabalhos nos Loridos vão prolongar-se até Dezembro divididos por três
fases: instalação das peças, tratamento da zona envolvente às estátuas e o
plantio do coberto vegetal.

O projecto inclui ainda um anfiteatro onde se poderão realizar concertos.

O arquitecto, que estudou em Itália e leccionou em universidades daquele país


e dos Estados Unidos, diz que “é um prazer trabalhar com uma pessoa com as
qualidades do comendador”, a quem tece os maiores elogios, comparando-o a
Calouste Gulbenkian pois “deixa atrás de si um rasto de cultura”, de que é
exemplo este jardim no concelho do Bombarral que “será um legado ímpar para

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