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Autobiografia
ESCOLA RÉGIA DE MOGADOURO – local onde passou o primeiro ano de aulas
“No velho casarão do convento é que
era a aula. Aula de primeiras letras. A
porta lá estava, com fortes pinceladas
Para a Escola - Os Meus amores
LITERATURA DE CORDEL )
Produção literária, muito vulgar em Portugal e no Brasil,
de características populares. Deve o nome ao facto de as
publicações impressas em papel de fraca qualidade, sob
a forma de folhetos, estarem expostas para venda
penduradas em cordéis.
1873 - Porto
Vai para o Porto frequentar o Colégio S. Carlos, onde faz os
preparatórios para entrar na Universidade.
Autobiografia
PORTO - COLÉGIO de S. CARLOS
Autobiografia
1880 - A terceira etapa era Coimbra, onde concluiu o curso
de Direito. Embora os pais fossem ricos (a Mãe morreu
ainda ele era jovem) a verdade é que ele chumbou no 1º ano
do curso de Coimbra e o pai cortou-lhe a mesada, pelo que
Trindade Coelho teve que arranjar forma de ultrapassar as
dificuldades.
Começou a dar explicações e iniciou a sua vida literária com
o pseudónimo “ BELISÁRIO”(nome de origem grega, significa guerreiro)
Em 1884, casou com D. Maria Lucília Andrade da Costa e apareceu um
filho, facto que mais complicou a sua vida, enquanto estudante.
Chegou a ter um esgotamento. E ele próprio escreveria do ambiente
Coimbrão: "aquela vida em que estive metido e que nunca se deu comigo nem
eu com ela, mas em que nunca me dei razão porque lha atribuía a ela e a mim
uma inferioridade que mais pesava por ser sincera” .Também fundou, nessa
época, duas publicações: Porta Férrea e Panorama
TRABALHOS AGRÍCOLAS
“Este ano a festa da Senhora das “(...) falando dos bulhos (...) que lá cima
se comem no Entrudo, são (...) das
Dores devia ser de estalo. A pontas das costelas, doutros ossos
começar pelo juiz, todos os da tenros e miúdos, e do rabo.
mesa eram de respeito - abonados O rabo é parte obrigada, e não têm as
e decididos. Tanto assim, que o mulheres pequeno trabalho, quando é
fogo preso, que afinal era o melhor da matança, para o não deixarem
da festa, vinha de Chaves, longe roubar aos rapazes! Pra eles é o grande
petisco. (...)
que nem seiscentos diabos.”
Chouriços de sangue (ou alheiras).”
Prelúdios de festa - Os Meus Amores
•FORMIGOS
O Natal, momento de festa por excelência,
origina também receitas de iguarias regionais.
Receita dos FORMIGOS
Formigos ou mexidos vem tudo a ser a mesma coisa. Fazem-se
no dia de Natal, e comem-se ao Norte, no grande jantar patriarcal
das consoadas.
A receitinha:
Tomem dois pães duros e cortem-nos em pedacinhos. Ao lume ponham água com açúcar
em um tacho e levem-no à fervura; é então que deitam dentro o pão partido, deixando
ferver um pouco mais, sempre mexendo.
Deitam em seguida meia garrafa de bom vinho e dois decilitros de mel, mexendo sempre
e deixando ferver um pouco mais. Quando o doce estiver na consistência pastosa de uma
açorda, retirem do lume e deixem-no esfriar um pouco.
Deitem então uma dúzia de gemas de ovos, previamente batidas. Para bem executar esta
operação é preciso que os ovos fiquem intimamente misturados no doce e para esse
efeito é indispensável deitar os ovos em fio e mexer sempre.
Levem depois novamente o tacho ao lume a cozer o ovo, mexendo constantemente,
retirem, ponham na travessa e espalhem canela em pó por cima. Os formigos comem-se
frios.
Já um morto ressuscitou para comer formigos.
in O Senhor Sete
TEMAS ( continuação)
FESTA DE REIS
Depois do Natal, é a festa de Reis que Trindade Coelho evoca da forma mais pitoresca:
(...) que saudades eu tive (...) do tempo em que eu, pequeno, cantava os Reis no meio dos
rapazes meus patrícios! Um levava a rabeca desafinada, com um arco já muito torto; outro
uma bacia de lata, a fazer de bombo; outro uma ronca; outro um cornetim velho dos que já
estão aposentados, mas que entram em folia (...); outro uma castanholas, outro uns
ferrinhos. Há sempre também um que leva o saco: o saco praquilo que vier: chouriços, um
rabo de porco, figos passados, nozes e amêndoas. (...) A gente não vai pé ante pé: e se a
casa tem pátio, entra; se não tem pátio, junta-se me pinha à porta da rua, todos muito
calados como um rancho de conspiradores (...). De repente (...) um dos da malta dá
sinal, quase sempre o da rabeca, e rompe a festa! Zine a rabeca, berra o mais
que pode o cornetim, e os mais, todos, fazem também o seu dever. (...) E entram
todos a cantar (...)
A Choca tem uma história. Entre literatos, um criticou a minha simpatia pelos
assuntos rústicos e disse-me assim: "Capaz é você de achar poesia numa
galinha a morrer de gosma!" Pedi 24 horas para responder, e ao fim das 24
horas li-lhe a Choca.
Portanto eram apenas quatro chaves. O número sete passou a ser utilizado devido
ao valor místico atribuído a ele, desde a época das religiões primitivas. A partir daí
começou-se a utilizar o termo “guardar a sete chaves” para designar algo muito bem
guardado.
TEMAS ( continuação)
PEDAGOGIA
Largo da Feira
oficialmente chamado de
S. Sebastião.