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PRINCÍPIOS DO TREINAMENTO

FUNCIONAL
PÓS-GRADUAÇÃO EM ORTOPEDIA E
TRAUMATOLOGIA COM ÊNFASE EM TERAPIAS
MANUAIS
Prof. Ms. Lucilius Martins de Souza
MUNDO FISIO
Quem somos.
 Prof. Lucílius Martins de Souza,ft.
 Fisioterapeuta formado pela UEG-GO
 Docente do curso de fisioterapia Pontifícia
Universidade Católica de Goiás
 Mestre em Ciências Ambientais e Saúde (PUC-GO)
 Especialista em Ciência do Movimento Humano (USP-
SP)
 Pós-graduação em Fisiologia do Exercício (UVA-RJ),
Musculação (UVA-RJ), Prescrição de exercícios para
Grupos especiais (UVA-RJ) Docência Superior (UCAM)
e Treinamento Desportivo. (Universo-RJ)
 Formação em Conceito Mulligan (MCTA), Bola Suíça,
Bandagens funcionais e neuromusculares,
Estabilizaçao Segmentar, Conceito Maitland, RPG/RFL,
RPG/EPI, Ketlebell training, Treinamento Funcional.
 Brava Sport Center / CDC – Centro de Diagnóstico
Clínico
 Docente de diversos programas de pós-graduação
pelo Brasil
Conceito
 É um conceito de treinamento que visa
melhorar a capacidade de um indivíduo realizar
as tarefas do cotidiano com mais eficiência,
autonomia e independência ou melhorar o
rendimento esportivo específico do esporte
(princípio da especificidade)

 Sua essência é fortalecer o centro do corpo


(CORE)
(Boyle)
Por que o treinamento funcional?

 Funcionalidade
 Especificidade
 Movimentos
combinados
 Ludicidade
 Desafios
 Praticidade
Aspectos fisiológicos
 Especificidade do trabalho

 Força funcional

 Mecanismo de defesa e reação

 Adaptação
Treinamento Funcional

 Acima de tudo

treinar

movimento
CORE

ESSÊNCIA DO
TREINAMENTO
FUNCIONAL
(Boyle)
CORE
 Músculos estabilizadores do tronco
 Responsável pela postura ereta e
movimentos amplos e pequenos
 Globais e Locais
 Músculos
 LOCAIS: estabilização que antecede o
movimento
 GLOBAIS: auxiliam nos movimentos
específicos
(Anderson; Behm, 2005)
INSTABILIDADE
BENEFÍCIOS
• Ganho de força e massa magra ( HIPERTROFIA
proporcional e equilibrada )
• Diminuição do % de gordura (EPOC)
• Melhora condicionamento cardiorrespiratório
• Aprimoramento da postura
• Desenvolver/equilibrar capacidades físicas:
equilíbrio, força, velocidade, coordenação
motora, flexibilidade(ADM), resistência
• Envolve todos os planos de movimento
• Treino dinâmico
• Grandes grupos musculares
• Melhora nas atividades básicas: saltar, puxar,
empurrar, agachar/levantar, girar e lançar
• Máquinas x treino funcional
• Fidelização
Anamnese das Avd’s

 Principais atividades diárias?


 Atividade esportiva?
 Tipo de valência mais requerida?
 Maior facilidade?
 Maior dificuldade?

 (Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte)


TREINAMENTO FUNCIONAL É UM
MEIO E NÃO UM FIM
 Associar á outras atividades esportivas
Alongamento dinâmico

• Aquecimento
• ADM
• Mobilidade
Exigência do profissional
 Demonstrar
 Ensinar
 Corrigir

PERIODIZAÇÃO

Prioridades do indivíduo
X
Prioridades do treinamento
Melhorar função específica

Treino específico

Situações cotidianas/esporte
(Weineck, 2003)
Possibilidades na prescrição
• Mobilidade músculoarticular
• Exercícios combinados ( burpies, agachamentos
com arremesso, etc...)
• Pliometrias (saltos, polichinelos)
• Exercícios corretivos
• Coordenação e agilidade ( escada, cones,
obstáculos)
De um modo geral...

 Força transferível
 Estabilidade articular
 Equilíbrio dinâmico
 Qualidade do
movimento
 Agilidade
 Força muscular
PARA TUDOOOO!!!!

CRIATIVIDADE E BOM SENSO

 Inúmeras possibilidades e combinações


 Deve ser direcionado à real necessidade
do cliente
 Pra quê e pra quem?
Treinamento Funcional não é circo
 INSTABILIDADE

 CARGA
Treinamento Funcional

 Acima de tudo

treinamento

funcional
Treinamento para Core
 Princípio básico

 Relação com fraqueza e dor


músculoarticular

 Controle postural
antecipatório

(Hodges, 1999)
Avaliação Funcional
 Idoso
 Time Up and Go (TUG)
 Utilizado para avaliar o equilíbrio:
- Sentado
- Transferência de sentado para de pé
- Estabilidade na deambulação
< ou = 10s: paciente independente sem alterações no
equilíbrio;

< ou = 20s: pacientes com independência em


transferências básicas
- Desempenho:
> 30s: dependentes em muitas atividades de vida diária
e na habilidade/mobilidade
Avaliação Funcional

 Idoso
 Teste de Alcance Funcional
 Verifica as alterações dinâmicas do controle
postural

 Resultado:

- 25,4cm: normal
- 15,2 a 25,4cm
- < 15,2cm: fragilidade do pcte e risco de queda
Avaliação Funcional

Equilíbrio estático
 Apoio unipodal
 Marcar tempo (3x)
 Contar maior tempo
Avaliação Funcional

 Teste dedo-solo

 Flexibilidade de cadeia
posterior

 Não há padronização

 Observar a região com maior


grau de encurtamento
1. Lombar /Coxofemoral
2. Joelho
3. Ângulo tibiotársico
Avaliação Funcional
 Teste do ângulo poplíteo
Avaliação Funcional
 Mobilidade de quadril
Avaliação Funcional
 Agachamento funcional
EXERCÍCIOS BÁSICOS DO T.F.
 Bracing

 Pranchas

 Pontes
Exercícios para o Core
Pontes e pranchas

Solo
Bipodal Estático MMSS
Unipodal
Dinâmico MMIII

Bola
Bipodal Unipodal Estático MMSS
Unipodal
Bipodal Dinâmico MMIII
Treinamento para Core

 Básico
 Estático

1. Deitado (dorsal / ventral)


2. Sentado
3. Em pé
Treinamento para Core

 Básico
 Dinâmico

1. Deitado (dorsal / ventral)


2. Sentado
3. Em pé
Escolha dos Exercícios

 Observar:
1. Limitações do idoso
2. Limitações da patologia
3. Necessidade do idoso
Prioridades do idoso
X
Prioridades do treinamento
Escolha dos exercícios
 Primeiro momento
 Exercícios gerais
 Força
 Equilíbrio
 Amplitude de
movimento
Exercícios gerais
 Força global ( empurrar /
puxar / lançar /
agachamentos / pontes /
pranchas)
 Equilíbrio ( pranchas /
bosu / apoio unipodal /
descargas de pesos)
 ADM (alongamentos
dinâmicos)
Escolha dos Exercícios

 Segundo momento
 Exercícios específicos para o idoso
 Sentar
 Levantar
 Empurrar
 Puxar
 Lançar
Sentar e levantar
1. Sentar e levantar da cadeira
2. Sentar e levantar da cadeia
unipodal
3. Sentar e levantar da bola
4. Agachamento na bola
5. Agachamento na bola
unipodal
6. Agachamento bosu / prancha
Empurrar
1. Supino com elástico na
cadeira
2. Supino com elástico sentado
na bola
3. Supino com elástico no
espaldar
4. Supino com elástico bola na
parede
5. Supino com halteres na bola
(DD)
Puxar
1. Remada sentado na
cadeira
2. Remada sentado na bola
3. Remada em pé
4. Remada em pé unilateral
5. Remada em pé no bosu /
prancha
Lançar
1. Desenvolvimento
na cadeira
2. Desenvolvimento
sentado na bola
3. Desenvolvimento
em pé na parede
4. Desenvolvimento
em pé livre
SENTAR E EMPURRAR PUXAR LANÇAR
LEVANTAR 1 1 1
1 2 2 2
2 3 3 3
3 4 4 4
4 5 5
5
6

ESCOLHA
DOS
EXERCÍCIOS

NÍVEL DE GRAU DE
PRIORIDADES
DIFICULDADE DE ASSIMILAÇÃO
EXECUÇÃO
Escolha dos exercícios

 Terceiro momento
 Exercícios específicos para cada indivíduo
 Força e equilíbrio
 Força e coordenação
 Força e agilidade
Exercícios de força

 Movimentos básicos
 Sobrecarga
 Princípios do treinamento
 Tarefas associadas
Exercícios de coordenação
 Mudança de direção
 Pista com obstáculos
 Tarefas associadas
Exercícios de agilidade

 Velocidade
 Força rápida
 Tarefas associadas
Sugestão (básico)

 Core
 Sentar e levar
 Puxar
 Empurrar
 Agilidade / Coordenação (tempo)
 Séries (2x / 8 – 12 repetições)
Sugestão (intermediário)

 Core dinâmico
 Agachar com lançar
 Puxar
 Coordenação / Empurrar
 Agilidade / Equilíbrio (tempo)
 Séries (2-3x / 10-12 repetições)
Sugestão (Avançado)

 Core + força muscular


 Levantar / Puxar
 Equilíbrio / Empurrar
 Agachamento / Lançar
 Agilidade / Coordenação (tempo)
 Séries (3x / 10 repetições)
TREINAMENTO SUSPENSO
 Randy Hetrick (criador TRX)
 Exercícios com peso do corpo (em pé)
 Baixo custo
 Viabilidade
 Aceitação
 Eficiente (atletas e indivíduos comuns)
 Maximização do CORE (bracing)
Conceito

• MIO: músculo
• FÁSCIA: tecido conjuntivo

• Ação de destravar e reequilibrar os músculos e seus


envelopes de tecido conjuntivo
• Melhora as funções músculoesqueléticas
• Coordena os movimentos
• Auxiliando o deslizamento dos músculos entre sí

(Dixon, 2007)
BENEFÍCIOS

• Maior deslizamento muscular


• Aumento da ADM
• Reequilíbrio músculoesquelético
• Liberdade de gestos motores
• Diminui dores
• Tendinites
• Reduz possibilidade de lesões
• Postura (Dixon, 2007)
“Quando a execução e o
sentimento estiverem unos
surgirá um belo
resultado!”
(autor desconhecido)

OBRIGADO!!!!!!
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

 Bossi LC. Treinamento Funcional na Musculação. São Paulo:


Phorte; 2011.
 D’Elia L. Guia Completo de Treinamento Funcional. São
Paulo; Phorte: 2013.
 Dixon MW. Massagem Miofascial. Rio de Janeiro;
Guanabara: 2007.
 Monteiro AG, Evangelista AL. Treinamento Funcional: uma
abordagem prática. São Paulo: Phorte, 2010.
 Remédios R. Power Training. São Paulo: Universo dos
Livros; 2010.
 Michael Boyle
 CORE 360°
 Artigos relacionados ao tema

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