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1º SEMINÁRIO PARA

PROFESSORES DA ESCOLA
BÍBLICA DOMINICAL

MINISTÉRIO MONTE MORIÁ - CATUMBELA


CENTRO VILA
TEMA
ENSINANDO O EVANGELHO EQUILIBRADO
ESBOÇO

I. EXIGE PREPARAÇÃO DIDÁCTICA


II. EXIGE PREPARAÇÃO BÍBLICA
III. EXIGE PREPARAÇÃO ESPIRITUAL
APRESENTAÇÃO
O QUE É A ESCOLA DOMINICAL

A Escola Dominical é um ministério interpessoal,


cujo objetivo básico é alcançar, através da Palavra de Deus,
as crianças, os adolescentes, os jovens, os adultos,
a família, a igreja e toda a comunidade.
Escola Dominical é a única agência de educação popular de que
dispõe a igreja, a fim de divulgar, de maneira devocional,
sistemática e pedagógica, a Palavra de Deus.

O ilustradíssimo pastor António Gilberto assim a descreve: "A


Escola Dominical, devidamente funcionando, é o povo do Senhor,
no dia do Senhor, estudando a Palavra do Senhor, na casa do
Senhor".
OBJETIVOS DA ESCOLA DOMINICAL
1. Ganhar almas. Ganhar almas significa convencer o pecador
impenitente, através do Evangelho de Cristo, quanto à
premente necessidade de arrepender-se de seus pecados, e
aceitar o Filho de Deus como o seu Único e Suficiente Salvador.
Evangelizar, ou ganhar almas, é o primordial
objetivo da Escola Dominical. Pois antes de ser a
principal agência educadora da Igreja, é a E.D.
uma agência evangelizadora e evangelística.

• Evangelizadora. proclama o Evangelho de Cristo


enquanto ensina.
• Evangelística. prepara obreiros para a sublime
missão de ganhar almas.
2. Educar o ser humano na Palavra de Deus. Em linhas
gerais, educar significa desenvolver a capacidade física,
intelectual, moral e espiritual do ser humano, tendo em
vista o seu pleno desenvolvimento.

O Dr. Clay Risley achava-se bem ciente quanto a essa


missão da Escola Dominical: "Um jovem educado na Escola
Dominical raramente é levado às barras dos tribunais".
No âmbito da Escola Dominical, educar implica em formar o
caráter humano, consoante às demandas da Bíblia Sagrada, a fim
de que ele (o ser humano) seja um perfeito reflexo dos atributos
morais e comunicáveis do Criador.
3. Desenvolver o caráter cristão. Também é missão da
Escola Dominical a formação de homens, mulheres e
crianças piedosos. Escrevendo a Timóteo, o apóstolo Paulo é
irreplicável: "Exercita-te a ti mesmo na piedade" (1 Tm 4.7).

A piedade não se adquire de forma instantânea. Advém-nos


ela de exercícios e práticas espirituais que nos levam a alcançar
a estatura de perfeitos varões. Lembro-me, aqui, das
apropriadíssimas palavras de Alan Redpath: "A conversão de
uma alma é o milagre de um momento; a formação de um
santo é a tarefa de uma vida inteira".
Só nos resta afirmar ser a Escola Dominical uma oficina de
santos. Ela ensina a estes como se adestrarem na piedade até
que venham a ficar, em todas as coisas, semelhantes ao
Senhor Jesus.
4. Treinar obreiros. Embora não seja um seminário, nem
possua uma impressionante grade curricular, é a Escola
Dominical uma eficientíssima oficina de obreiros. De suas
classes é que saem os diáconos, os presbíteros, os
evangelistas, os pastores, os missionários e teólogos.

A pesquisa efetuada pelo Dr. C. H. Benson referenda o que


está sendo dito: "Um cálculo muito modesto assinala que
75% dos membros de todas as denominações, 85% dos
obreiros e 95% dos pastores e missionários foram, em
algum tempo, alunos da Escola Bíblica Dominical".
FUNDAÇÃO DA ESCOLA
DOMINICAL
A Escola Dominical nasceu da visão de um homem que,
compadecido pelas crianças de sua cidade, quis dar-lhes
um novo e promissor horizonte.

Como ficar insensível ante a situação daqueles meninos e


meninas que, sem rumo, perambulavam pelas ruas de
Gloucester? Nesta cidade, localizada no Sul da Inglaterra, a
delinqüência infantil era um problema que parecia
insolúvel.
Aqueles menores roubavam, viciavam-se e eram viciados;
achavam-se sempre envolvidos nos piores delitos.

É nesse momento tão difícil que o jornalista episcopal Robert Raikes


entra em ação. Tinha ele 44 anos quando saiu pelas ruas a convidar os
pequenos transgressores a que se reunissem todos os domingos para
aprender a Palavra de Deus. Juntamente com o ensino religioso,
ministrava-lhes Raikes várias matérias seculares: matemática, história
e a língua materna - o inglês.
Embora haja começado a trabalhar em 1780, foi somente
em 1783, após três anos de oração, observações e
experimentos, que Robert Raikes resolveu divulgar os
resultados de sua obra pioneira.

No dia três de novembro de 1783, Raikes publica, em seu


jornal, o que Deus operara e continuava a operar na vida
daqueles meninos de Gloucester. Eis porque a data foi
escolhida como o dia da fundação da Escola Dominical.
Eis o que declarou o príncipe dos pregadores, Charles
Spurgeon: "Uma criança de cinco anos, se ensinada
adequadamente, pode crer para a salvação tanto quanto
um adulto. Estou convencido de que os convertidos de
nossa igreja que se decidiram quando crianças são os
melhores crentes.

Artur A. M. Conçalves, reitor da Faculdade Teológica Batista de São


Paulo: "As maiores vítimas dos males da nossa sociedade estão sendo
as crianças. E é das crianças que vêm os mais angustiantes apelos.
Para construirmos um mundo melhor, concentremos nossos esforços
nas crianças. Para expandirmos o Reino de Deus, demos prioridade à
evangelização das crianças".
I. EXIGE PREPARAÇÃO
DIDÁCTICA
Ninguém nasce educador ou marcado para ser educador.
Paulo Freire

Se é ensinar, haja dedicação ao ensino (Rm 12.7b).


1. O que ensinar?
2. Como ensinar?
3. Por quê ensinar?
A palavra didáctica vem do grego didaktiké e significa a
arte de ensinar.
É uma disciplina pedagógica de carácter prático e
normativo, que tem por objetivo específico a técnica do
ensino, isto é, a técnica de incentivar e orientar
eficazmente os alunos na sua aprendizagem.

Ser didáctico é ser simples, claro, acessível, directo e organizado.

Imagine quantos alunos poderão perder o interesse diante de um


professor, confuso, desorganizado, que não tem a mínima noção de
como iniciar, desenvolver e concluir uma aula.
O PROFESSOR E A SUA VOCAÇÃO
DE EDUCADOR
A palavra hebraica hanak, ``educar´´, tem uma raiz orinal
que quer dizer «dedicar» ou «consagrar». Os educadores
cristãos autênticos amam e se dedicam a seus alunos. Isso
significa que o professor deve ir além da simples simpatia
e interesse por eles.
O professor desenvolve um puro sentimento de empatia, ou seja, coloca-
se no lugar do aluno para sentir o que está sentindo, como se estivesse no
lugar dele.

Para que os alunos possam aprender, devem sentir o


calor e o amor genuínos de seu professor.
O professor que se interessa sinceramente poderá
trabalhar com todos os tipos de alunos e poderá produzir
uma mudança neles.
O professor precisa familiarizar-se de modo individual e pessoal com
cada aluno.
Conta-se que um velho professor chinês se inclinava profundamente e
reverentemente diante de seus alunos. Assim, diariamente aqueles
alunos eram reverenciados pelo idoso mestre ao início de cada aula.
Um dia, um aluno perguntou: “Senhor, porque se inclina em reverência
diante de nós? Nós somos os seus alunos. Nós deveríamos nos inclinar
diante do senhor!”. O velho homem respondeu: “Diante de mim estão
os homens que mudarão o mundo, homens que edificarão o país e o
governarão sabiamente. De forma que me inclino em respeito agora,
pois não os poderei honrar no futuro, quando se tornarem estes
homens.”.
O amor de um professor por seus alunos e pela matéria ensinada,
invariavelmente, conduz a uma dedicação mais profunda à tarefa de
ensinar. O amor ajuda o professor a perceber a necessidade dos
alunos e a ensinar para sanar essas necessidades.

Os alunos reagem ao amor de seu professor estudando mais e


melhor, e vencendo mais facilmente as barreiras do aprendizado.
As mentes dos alunos tornam-se mais receptivas quando há
amizade e amor.
A motivação do ministério terreno de Cristo claramente foi o amor:
“Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho
unigênito [...]” (Jo 3.16). A morte expiatória de Cristo pelos pecadores
foi também motivada pelo amor (Rm 5.8).
APREÇO E INTERESSE PELA
PESQUISA

O professor que tem vocação para o ensino é naturalmente um estudioso, um


leitor assíduo, com sede de novos conhecimentos.
O professor que não lança ao labor da pesquisa não pode leccionar de forma
relevante. Nunca é suficiente o conhecimento adquirido e acumulado ao longo
dos anos. O professor deve ser um eterno aprendiz. Charles Spurgeon, o
príncipe dos pregadores, já dizia: “ O que deixa de aprender também cessa de
ensinar.
O PROFESSOR E O PROCESSO DE
ENSINO APRENDIZAGEM
O QUE É APRENDER
No século XVII, Comenius, o pai da didáctica moderna, dividiu a
aprendizagem em três etapas: compreensão, memorização e aplicação.
Actualmente, verifica-se que aprender é um processo: lento, gradual e
complexo de interiorização e de assimilação, no qual a actividade do
aluno é o factor decisivo.
A moderna pedagogia diz que aprender é modificar o comportamento.

O professor pode afirmar que seu aluno sabe tudo acerca de determinado
assunto, todavia esse aluno não demonstra na sua prática do dia a dia as
mudanças implicadas no conteúdo recebido. Não houve mudanças
significativa do comportamento do aluno. Essa modificação do
comportamento abrange alterações na maneira de pensar, sentir e agir.
A APRENDIZAGEM PODE SER
a) Aprendizagem ideativa. Quando envolve novas ideias.
b) Aprendizagem afectiva. Quando o aprendiz toma novas atitudes.
c) Aprendizagem motora ou verbo-motor. Quando o aprendiz adquiri
habilidades para, por exemplo, nadar, dirigir, etc.
CONHEÇA SEU ASSUNTO

Professor e aluno são fatores humanos na situação de ensino. O


terceiro fator, o assunto, é que torna o ensino possível.
E SEDE CUMPRIDORES DA PALAVRA E
NÃO SOMENTE OUVINTES, ENGANANDO-
VOS COM FALSOS DISCURSOS. TIAGO
1.22
Para reflexão
“A aprendizagem se realiza através da conduta activa do
aluno, que aprende mediante o que ele faz”. (Ralph W. Tyler)
O assunto que deve ser ensinado, ou a mensagem que deve ser
proclamada, é composto de duas partes principais. Primeira, ele
contém fatos e idéias, ou seja o tema de discussão. Segunda, ele
declara os objetivos ou metas indicando que mudanças de
comportamento são desejadas no aluno como resultado da lição.

Ao examinar Jo 4.1-30 novamente, vê-se que ali estão os três fatores na


situação de ensino:
Jesus (O Mestre dos mestres), a mulher no poço (a aluna), e o tema da
discussão (o assunto). Note que o tema é tratado nos versículos 13 e 14 e de
novo no 24: “Deus é espírito; e importa que os seus adoradores o adorem em
espírito e em verdade”. A informação é clara: Deus é espírito. A mudança
desejada é que a aluna adore a Deus adequadamente.
Uma abordagem similar pode ser aplicada à história do encontro de
Nicodemos com Jesus (Jo 3.1-21). A mensagem é clara: “Importa-vos
nascer de novo [...] para que todo o que nele crê (no Filho de Deus) não
pereça, mas tenha a vida eterna.”
Podemos ver claramente os três fatores, professor, aluno e assunto,
separadamente.

Um professor precisa conhecer um assunto muito bem para poder


orientar e guiar seus alunos.
Se o próprio professor não conhece seu assunto, será como o cego que
guia outro cego. A excelência acadêmica de um professor e sua atitude
para com o conhecimento devem ser considerações primárias de
qualquer programa educacional.
Os melhores professores (e isto é verdade no caso de Jesus) não contam
todos os fatos ou fazem aplicações de todas verdades, antes deixam os
alunos fazerem descobertas. Uma das maiores tarefas dos professores é
fazer com que os alunos se tornem pensadores e investigadores
independentes da verdade e do conhecimento.
OBJECTIVOS E TÉCNICAS DE ENSINO
O bjectivo significa a previsão do termo ou do resultado provável de nossa
acção.
O objectivo é, portanto, o príncipio que governa e dirigi toda a nossa
actividade e influencia cada um dos passos que dermos para atingi-lo.
7 PERGUNTAS QUE DEVEM SER
RESPONDIDAS PELO PROFESSOR DA ESCOLA
DOMINICAL ANTES DE ENCETAR QUALQUER
ACÇÃO DOCENTE:
1. O que venho fazer aqui?
2. E o que vêm fazer meus alunos?
3. O que espero deles?
4. O que esperam eles de mim?
5. Ao terminar minhas aulas, o que eles serão capazes de fazer?
6. Terão modificado alguma coisa em seu comportamento?
7. O que realmente desejo que meus alunos sejam?
CATEGORIAS OU TIPOS DE OBJECTIVOS

Objectivo geral: É complexo e alcançável em períodos mais amplos. Exemplo:


O objectivo de um trimestre ou de um ano lectivo: “ Ao término deste ano meu
aluno deverá ter lido todos os livros da Bíblia
Obejctivo específico: São mais simples, concretos, alcançáveis em menor
tempo e explicitam desempenhos observáveis. Exemplo: Objectivos de uma
aula: “Ao término desta aula meus alunos deverão relacionar no quadro giz os
principais atributos de Deus”.
Relação de verbos apropriados para a elaboração de objectivos
operacionais
Conhecimento compreensão aplicação análise síntese avaliação

Definir Descrever Interpretar Distinguir Reunir Julgar


Repetir Explicar Aplicar Analisar Construir Avaliar
Apontar Transcrever Praticar Diferenciar Criar Escolher
Enunciar Narrar Traçar Examinar Formular Valorizar
Relatar Traduzir Demonstrar Criticar Coordenar Estimar
Nomear Discutir Ilustrar Experimentar Planejar Medir
TÉCNICAS DE ENSINO
1. Exposição oral
2. Perguntas e respostas
3. Discussão ou debate
4. Dinâmica de grupo
ETAPAS DO PLANEJAMENTO DE
ENSINO
 1. CONHECIMENTO DA REALIDADE
• 2. ELABORAÇÃO DO PLANO
• 3. EXECUÇÃO DO PLANO
• 4. AVALIAÇÃO E APERFEIÇOAMENTO DO
PLANO
Tema:
Jesus tem poder para nos ajudar os nossos
probles

1
Abertura: Paródia duma personagem
uma personagem engraçada tenta cozinhar
uma refeição sozinho, não aceita ajuda e faz
bagunça.
O Ponto: A lição de hoje é sobre alguém que
nos pode ajudar com os nossos problemas

2
Texto Àureo: Salmo 121.2
. Palavras do versículo colado com fita adesiva
ou alfinete nas costas das crianças.
. Uma outra criança coloca o versículo em
ordem movendo as crianças.
. Toda classe fala junto o versículo junto o
versículo quando estiverem em ordem.

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