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Tácito Borralho

Discentes:
John Wesley
Joacir Antônio
Cézar Augusto
Compreensão da máscara na
trajetória do homem.

 Utilizada como objeto Religioso ou Ritualístico
(primitivo). Mas é reduzido somente a objeto pois no
passar das épocas tem sua importância dramática.
 O dançarino primitivo sendo o xamã ou sacerdote-
chefe possui conhecimento da máscara como objeto
sagrado, não cabendo esse conhecimento somente a
ele mas também aos participantes ativos e iniciados.
• Xamã (do tungus siberiano "aquele que enxerga no escuro") é
um portador de função religiosa, um sacerdote do xamanismo,
que podem acessar outras dimensões, através de um
estado extático e fazer contato com aliados (animais, vegetais,
minerais) e espirito ancestrais.
 A máscara primitiva era
figura grotesca feitas
normalmente com couro;
barro ou madeira.

Xamã da África Ocidental, 1904


A máscara, dos rituais litúrgicos
ao cortejo e festas de ruas.

 Ao pensar nessa máscara como instrumento ritualístico e
necessário saber como ela é feita.
 Sua construção é feita de fora para dentro.
 Não sendo feita por qualquer artesão, quem detém esse
poder é o sacerdote ( Sacerdos – Sagrado; e Otis
Representante ) por ser uma espécie de Demiurgo (o
artesão divino ou o princípio organizador do universo que, sem criar de
fato a realidade, segundo platão).
Situações característica sobre o
uso das máscaras ritualística.

 Na áfrica entre os Dogon:
(...) cada participante membro da Sociedade das
Máscaras da aldeia, tem que construir sua máscara e
usar sua máscara para dançar nas cerimônias fúnebres
(...). Essa sociedade denominada AWA constitui a
associação masculina encarregada entre outras coisas,
do culto que é celebrado ao primeiro morto – o
ancestral mítico Dyongu Seru – representado pela
Grande Máscara que é propriedade da aldeia
(DIETERLEN, 1988: 28).
 Vídeo (mask Danc Dogon). (el kankurang rito de
iniciacion).


 Outro exemplo é sobre o mito das máscaras Swaihwé
e Sainnux dos índios que ficam na parte oriental de
Vancouver dos índios da família linguística Salish.
 Essas mascaras predominam o branco na vestimenta
dos portadores das mascaras, essas mascaras
possuem um cabeção e eram feitas com penas de
cisne tais como saiotes, gravas e braçais. Em suas
festas são dançados apontando para o céu.

 Teatro de Bali perceber que a máscara religiosa,
ritualística, passou a operar em outro território do
imaginário. Mesmo sem se afastar ainda da esfera do
culto, pode-se perceber aí um salto evolutivo da
máscara, do uso ritualístico para um novo tipo de
uso, o “dramático” ou de espetáculo.
 vídeos.
 Não há duvida que as danças folclóricas tiveram sua
gênese das danças religiosas que aos poucos foi
sendo liberadas pelo sacerdotes de um culto de
celebração em templos passaram a ser em praça
pública e ao mesmo passo que o povo obtém acesso a
esses ritos onde somente os iniciado tinham acesso.
Ao passarem do domínio dos sacerdotes para o
domínio do povo, as manifestações religiosas
transformaram-se em manifestações populares.
Assim, com o passar dos anos, a ligação com os
deuses foi ficando cada vez mais longínqua, e danças
que nasceram religiosas foram paulatinamente se
transformando em folclóricas (FARO, 1986: 14).
 traços europeus estão presentes sugerindo resultados
de uma imbricação muito forte entre componentes
(fragmentos) de autos e brincadeiras de além mar e
de práticas lúdicas nascidas do imaginário poético
exercitado no território brasileiro.
As máscaras nos folguedos
e danças do Brasil

 Organizado pelo calendário litúrgico católico.
 Iniciarei com os folguedos que ocorrem no ciclo Pascal,
seguindo-se dos ciclos Pentecostal, Junino, dos Santos
de Outubro, Natalino e Carnavalesco.
• Por tipo ou feição: em Antropomorfas, Zoomorfas e
Caretas de Tisna;
• Por material de confecção: Madeira, Couro Curtido,
Tecido (tela e malha), Couro Cru, Papelão, Papel e Cola,
Cabaça, Palha Tecida, Tisna (de carvão ou de lama);
• Por modelos de construção: Fôrmas de argila, Fôrmas de
papelão, Moldes para tecidos, Esculpidas em madeira,
Moldes aleatórios para couro e outros matérias.
1- Ciclo pascal:

 Procissão do fogaréu. (Video)
Máscaras dos Farricocos:

 Penitentes do Sítio Cabeceiras: (Vídeo)
 As máscaras dos Penitentes:
2 – Ciclo Pentecostal

 Os Curucucus ( vídeo)
 Máscaras do Curucucos;
3- ciclo junino:
 Bumba-meu-Boi (no
Maranhão) Máscaras dos
personagens do Bumba-
meu-Boi: Pai Francisco
(Negro Chico) e Mãe
Catirina.

Catirina. Foto de Ivan Veras.

Pai Francisco. Foto de Nael -


Acervo do Grupo Casemiro
Coco.
 Máscaras de Cazumba:

Cazumba
mascara de torre
antopomorficas.
Foto de Nael.
Cazumbá mascara zoomorfa. Foto de Nael.

Cazumbá
Cabeleira.
Foto de Ivan
Veras -
Acervo do
Cazumbá de Grupo
torre. Foto de Casemiro
Ivan Veras Coco.
4 - Os Santos de Outubro

 Dança dos Mascarados: (Vídeo)
 As máscaras da Dança:

5 – Ciclo Natalino

 Cavalo Marinho (vídeo)
é um folguedo folclórico tradicional da zona da mata
setentrional de Pernambuco, Alagoas e agreste da
Paraíba. Apesar de ser uma variação do Bumba meu
Boi, a brincadeira tem características próprias e além do
"auto do boi", podem ser vistos diversos personagens
fantásticos do interior do estado.


 Reisado: Brincadeiras comuns no Nordeste, tem, por
exemplo, no interior do Ceará uma presença ainda
muito viva. Contém ainda fragmentos de autos e
exibem figuras também encontradas no Bumba-meu-
Boi nordestino. (Vídeo)
 Folias de Reis: Folguedo existente com mais
frequência no sudeste brasileiro, as “folias” são
cordões que celebram as festas de Reis com danças e
têm em suas formações três personagens mascarados
denominados palhaços. (Vídeo)

 Boi-de-Mamão: Vídeo
 narrativa que conta a morte e a ressurreição do Boi.
As personagens da brincadeira se dividem em
humanas (Mateus, Vaqueiro, Doutor) e personagens
animais e fantásticas, apresentados como bonecos-
máscaras (Boi, Maricota, Cavalinho, Cabra, Urubu,
Cachorro, Urso, Macaco e Bernúncia)

 Os Caretas de Caxias (MA)
Como são denominados em Caxias do Maranhão, são
na verdade grupos de reisados, com todos os elementos
animados do bumba nordestino como costuma
acontecer em todos os grupos de reisado no Nordeste,
até o Piauí.
(Vídeo)
 Máscara dos Caretas de Caxias.

6 – Ciclo do Carnaval
 Os Caretas de Guiratinga:
 Guiratinga, uma cidade distante 300 quilômetros da
capital. Ali o carnaval é bastante peculiar, existindo
dois grandes blocos: o dos ‘sujos’ e o dos ‘caretas’
(devido ao uso de máscaras). Esse último bloco é
composto por 400 participantes.
 Máscaras do S. Bilibreu
São
Bilibreu.
Máscara
de tisna.
Foto de
Albani
Ramos.

 Máscaras do Caretas de Guiratinga:
Os personagens
Histriônicos do Brasil:

 Máscara de Fofão:  Feições: Grotescas.
 Confecção: Papelagem
sobre fôrma de argila.
O acabamento é a
pintura em tinta a óleo
em cores quentes e
uma cabeleira de sisal
em macramé.
Conclusão

 A herança europeia trouxe-nos fragmentos de autos,
modelos de festas, notícias de festejos que aqui no
mínimo se tornaram híbridos ou se imbricaram,
dando vida a novas manifestações, mas sem que
pudessem se livrar de formas, modelos e traços
básicos daqueles que lhe deram origem. Alguns
foliões, como os histriônicos, fazem uso da máscara
para compor o personagem, sim, mas reafirmam o
caráter de disfarce. Esse tipo de uso pode acontecer
também em danças e folguedos de outros ciclos
como foi relatado em descrições anteriores.
Referência Bibliográfica

 BELTRAME, V.N; ANDRADE, M. As Máscaras nas
manifestações teatrais populares brasileira, Teatro
De Máscaras, Florianópolis, 2010 , pg 167 – 187.
 BORALHO, Tácito, BRAGA, A.S.R; PEREIRA, abel
lopes, Teatro de formas animadas, são luis,
EDUFMA, 2015.

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