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Entenden

Profecia
do a
Bíblica Porque tantas
Interpretações
Diferentes?

Pr. David Macedo


Porque é importante estudar Profecia?
Na Escritura, 62 (94%) dos 66 livros contêm informações proféticas
1 (Rute, Cantares de Salomão, Filemon e III João são as exceções).

2 Na Bíblia 27% (8352) de todos os versículos (31.124) referem-se a


questões proféticas.

3 Na Palavra de Deus, 22% (1845) de todos os versos proféticos (8352)


referem-se a Segunda Vinda de Cristo.

4 Todos os nove autores do NT mencionam a Segunda Vinda de Cristo.


Ao lado de fé e salvação, o tema da Segunda Vinda de Cristo é o
5 mais proeminente no NT.
Apenas três dos 27 livros do NT não mencionam o advento da
6 Segunda Vinda de Cristo (Filemon, II João e III João).
Das cerca de 333 profecias bíblicas específicas que tratam das duas
7 Vindas de Cristo, um terço se refere a Primeira Vinda e dois terços se
referem a Segunda Vinda
Dr. Richard Mayhue – In Christ’s Prophetic Plans
Entendendo a Profecia Bíblica
I. Introdução – A Doutrina das Últimas Coisas
1. Desenvolvimento Histórico da Teologia Cristã
PROPOST
2. Milênio
3. Arrebatamento
4. Método Hermenêutico
5. Método de Interpretação
6. Regras Básicas de Interpretação

II. Visões do Milênio (Reino de Deus)


7. Pré-milenismo Histórico ou Clássico
8. Amilenismo
9. Pós-milenismo
10. Pré-milenismo Futurista (Dispensacionalista)

III. Visões do Arrebatamento


A

IV. Porque sou Pré-milenista e Pré-tribulacionista


Introdução
Escatologia
Introdução
O QUE É ESCATOLOGIA?
ESCHATOS = O que vem por último
LOGOS = Estudo, ciência
ESCATOLOGIA = O estudo das profecias concernente as
últimas coisas, ou seja, ao futuro.

• Escatologia Individual: cujo foco são os seres humanos. Os temas


correlatos são: morte física, imortalidade da alma, estado intermediário e
ressurreição do corpo.

• Escatologia Geral: engloba acontecimentos sobre o mundo, a


história e a humanidade, que irromperiam no fim dos tempos. Entre esses
acontecimentos estão o Arrebatamento, a Tribulação, a 2ª. vinda de Cristo
em glória, o Milênio, Juízo final e o Estado eterno de todas as coisas.
Introdução
1. Desenvolvimento Histórico da Teologia Cristã
• Século II – Apologética e as ideias fundamentais do Cristianismo.
• Séculos III e IV – Doutrina de Deus (Trindade, Divindade de Cristo,
personalidade do Espírito Santo, etc.).
• Século V – Antropologia – Hamartologia – Eclesiologia –
Contovérsia Agostiniana e Pelagiana.
• Século V ao VII – Pessoa de Cristo – Controvérsias Cristológicas
(União Hipostática).
• Século XI ao XV– Soteorologia (Doutrina da Expiação)
• Século XVI – Soteorologia (aplicação da Redenção – Justificação
pela Fé); Eclesiologia
• Século XIX - Escatologia
Introdução
1. Desenvolvimento Histórico da Teologia Cristã
• Século XX
• Questões ligadas a revelação (natureza da inspiração,
abrangência da revelação geral);
• Eclesiologia (movimento ecumênico);
• Pneumatologia (movimento carismático – Rua Azuza em 1906);
• Escatologia – “Consenso Conservador entre os evangélicos”:
a) morte física;
b) estado intermediário ;
c) retorno corporal de Cristo;
d) ressurreição dos mortos;
e) e eternidade.
Introdução

2. A Questão do Milênio (Reino de Deus)

• Pré-milenismo (Histórico ou Clássico)


• Amilenismo
• Pós-milenismo
• Pré-milenismo Dispensacionalista (Futurista)
Introdução

3. A Questão do Arrebatamento

• Arrebatamento Pré-tribulacionista
• Arrebatamento Parcial
• Arrebatamento Midi-tribulacionista
• Arrebatamento Pré-Ira
• Arrebatamento Pós-tribulacionista
Porque tantas
interpretações
diferentes?
Introdução
“É óbvio que concepções tão
amplamente divergentes como pré-
milenismo e amilenismo, e pré-
tribulacionismo e pós-tribulacionismo
não podem ser todas corretas. Já que
o intérprete não esta manejando um
livro de origem humana, mas a
Palavra de Deus, deve-se munir-se de
um método preciso de interpretação,
caso contrário o erro será o resultado
inevitável de seu estudo. O fato de
que a Palavra de Deus não pode ser
corretamente interpretada a não ser
por um método correto e por regras
lógicas de interpretação confere a
J. Dwight Pentecost este estudo sua suprema
(1915 – 2014) importância.”
Introdução
4. Método Hermenêutico (Apocalipse)
• Preterista: Os elementos apocalípticos e proféticos são eventos
cumpridos aproximadamente no mesmo tempo em que foram
escritos, e não em um período futuro; em alguns casos o fim
dos tempos chegou quando o escritor o descreveu. Muitos
preteristas afirmam que a maior parte do Apocalipse se
cumpriu durante a destruição de Jerusalém e do Templo no ano
70 d. C. com base em Mateus 24:34 ;
• Historicista: Os elementos apocalípticos descrevem eventos
que da perspectiva dos autores bíblicos era futura, mas que já
aconteceram no período da era da Igreja. Este método de
interpretação foi adotado pelos reformadores, mas hoje, são
poucos estudiosos que adotam esta posição;
Introdução
4. Método Hermenêutico (Apocalipse)
• Futurista: Esse foi o primeiro método empregado por alguns
dos primeiros pais da Igreja (Justino, Irineu, Hipólito). Os
elementos proféticos e apocalípticos nas Escrituras se referem
a eventos relacionados ao fim dos tempos, ainda a se cumprir;
Interpreta os capítulos 4 – 22 de Apocalipse principalmente
como eventos que acontecerão no fim da história;
• Idealista: Não creem que a Bíblia indique qualquer cronologia
de eventos e nem que possamos determinar antecipadamente
o tempo de sua ocorrência. Argumentam que as passagens
proféticas ensinam principalmente grandes ideias ou verdades
da vida cristã ou refletem a batalha entre Deus e o mal, e entre
a igreja e o mundo de todas as épocas históricas;
Introdução
5. Método de Interpretação
MÉTODO ALEGÓRICO: A utilização deste método no cristianismo
teve sua origem no século II, na escola teológica da cidade de
Alexandria no Egito, através de teólogos como Orígenes. Quando
este método surgiu havia uma forte influência helenística na
região. A forte influência da filosofia grega, com seu estilo de
sempre procurar um sentido moral ou espiritual, alegorizando os
textos a fim de descobrir verdades ocultas neles, foi o alicerce
sobre o qual se edificou o método de interpretação bíblica. O
método alegórico coloca em segundo plano todo o sentido literal
e histórico do texto, transformando seus elementos em figuras e
tipos, na tentativa de utilizá-los para representar outras coisas ou
verdades mais profundas e espirituais
Introdução
5. Método de Interpretação
MÉTODO LITERAL: O termo “literal”, utilizado na Hermenêutica
(a ciência da interpretação bíblica) tem origem no Latim – sensus
literalis – e pretende descobrir o sentido literal do texto, ao
contrário de um sentido não literal ou alegórico. Trata-se de
procurar a compreensão que uma pessoa com inteligência
normal teria ao ler um texto, sem a aplicação de chaves ou
códigos especiais.
Este método é o que sempre foi utilizado pelos intérpretes das
Escrituras desde os primórdios e foi defendido pela Escola de
Antióquia nos dois primeiros séculos da era da igreja. Trata-se
de interpretar uma passagem bíblica da maneira normal ou
óbvia, respeitando-se as figuras de linguagem, o emprego de
símbolos, a aplicação de parábolas, etc.
Introdução
6. Regras Básicas de Interpretação
Introdução
6. Regras Básicas de Interpretação
REGRA DE OURO - Dr. David L. Cooper
Quando o significado simples das Escrituras faz sentido, não
procure nenhuma outra interpretação; tome cada palavra de
acordo com seu significado primário, comum, geral e literal,
a menos que os fatos de um texto imediato, estudado à luz de
passagens relacionadas e verdades axiomáticas e
fundamentais, indiquem claramente o contrário.
Introdução
6. Regras Básicas de Interpretação
Lei de Recorrência:
Um evento nas Escrituras pode ser registrado duas vezes com a
segunda conta incluída para fornecer detalhes adicionais (Ex.: Gn 1 e 2).

Lei da Dupla Referência:


Um evento nas Escrituras pode ter uma referência dupla, uma
imediata e local, e a outra profética e bem distante (Ex. Dn 11:31 - Mt
24:15). A Escritura pode também misturar em uma única narrativa,
dois eventos distintos separados no tempo (Ex: Zc 9:9,10; Is 61:1-11 cof.
Lc 4:16-19).
Introdução
6. Regras Básicas de Interpretação

PREVISÃO (Séc. XVIII)


“Por volta do tempo do
fim, um grupo de homens
se levantará e voltará
sua atenção para as
profecias, insistindo em
sua interpretação literal
Sir Isaac Newton em meio a muito clamor.”
(1642 – 1727)
Introdução
6. Regras Básicas de Interpretação

E quando a Interpretação
Literal não fizer sentido?
Introdução
6. Regras Básicas de Interpretação
TIPOS DE ALEGORIAS
1) Metáforas, ditados (ou hebraísmos)
2) Expressões na língua original (rimas, trocadilhos, etc.)
3) Simbologias Bíblicas

Interpretar uma alegoria é completamente


diferente de alegorizar um texto literal!
Introdução
Interpretação de Símbolos:
Comumente textos proféticos encontrados em livros como
Daniel, Ezequiel, Zacarias, Apocalipse, entre outros, possuem
simbolismos que não podem ser interpretados literalmente. A
Escritura normalmente interpreta a linguagem simbólica
dentro de seu próprio contexto, ou então conta com uma
outra passagem da própria Escritura para fornecer a
interpretação. O princípio básico da exegese bíblica é que:
“A Sagrada Escritura se interpreta por si mesma.”
REGRAS DE INTERPRETAÇÃO

Interpretação de Símbolos:
A Bíblia normalmente interpreta a linguagem simbólica dentro
de seu próprio contexto, ou então conta com uma outra
passagem da própria Escritura para fornecer a interpretação.
Não devemos tentar advinhar o significado dos símbolos.

Como sempre, devemos depender do Espírito Santo


para revelar a verdade, não devemos preencher lacunas
Introdução
Interpretação da profecia Bíblica – Resumo Geral

 Passado  Literal  Israel


 Presente  Simbólica  Gentios
 Futuro  Igreja

“Portai-vos de modo que não deis escândalo nem aos


judeus, nem aos gentios, nem à igreja de Deus.” 1 Co 10:32
VISÕES DO MILÊNIO
(Reino de Deus)
Diferentes Perspectivas Evangélicas do Milênio
Pré-Milenismo Histórico
Diferentes Perspectivas Evangélicas do Milênio
Pré-Milenismo Histórico
I. Conceitos Fundamentais:
• É a interpretação mais antiga da história do cristianismo e,
conforme o nome indica, defende que o retorno de Cristo
acontece antes do milênio, que ainda esta para acontecer no
futuro.
• É reconhecido o Reino de Cristo na presente era com a Igreja,
porém haverá também um reino milenar e literal no futuro
após a segunda vinda de Cristo, com Jesus reinando sobre as
nações do mundo (talvez não necessariamente o período seja
de mil anos).
• Acredita que a era em que estamos vivendo atualmente (a era
da igreja) continuara e prolongará até que, com a proximidade
do fim, venha sobre a terra um período de grande tribulação.
Pré-Milenismo Histórico
I. Conceitos Fundamentais:
• Depois desse período de tribulação e sofrimentos, no final da
era da igreja, Cristo voltará a terra para estabelecer um Reino
milenar. Nesta ocasião satanás é preso para não mais enganar
as nações.
• Ao termino dos mil anos satanás será solto para um breve
momento de perseguição. Sem êxito na perseguição, satanás
é derrotado por Cristo e lançado no fogo. Ao fim desse
episódio os crentes entraram com Cristo em sua Glória para
todo o sempre.
PRÉ-MILENISMO HISTÓRICO
Pré-Milenismo Histórico
II. Defensores:
• Papias (60 – 130) • George Eldon Lad (1911 – 1982)
• Justino Mártir (100 – 165) • Francis Shaeffer (1912 – 1984)
• Irineu de Lyon (115 – 203) • Russell Shedd (1929 – 2016)
• Tertuliano (160 – 220) • James M. Boice (1938-2000)
• Orígenes (185 – 254) ?? • Millard Erickson (1932 - )
• William Tyndale (1494 – 1536) • Robert H. Gundry (1932 - )
• Jeremiah Burroughs (1600 – 1646) • R. K. McGregor Wright (1940 - 2012)
• Issac Newton (1643 – 1727) • John Piper (1946 - )
• Charles Wesley (1707 – 1788) ?? • Wayne Grudem (1948 - )
• Charles Spurgeon (1834 – 1892) • James M. Hamilton (1969 - )
• Oscar Cullmann (1902 – 1999) • Jorge Noda (1972 - )
Amilenismo
Diferentes Perspectivas Evangélicas do Milênio
Antimilenarismo
“Papias ... diz que haverá um
milênio após as ressurreições dos
mortos, quando o reino de Cristo
será estabelecido em forma material
sobre esta terra. Eu suponho que
ele obteve estas noções por uma
leitura pervertida dos escritos
apostólicos, não compreendendo
que tais [apóstolos] tinham falado
misticamente e simbolicamente. A
explicação é que ele era um homem
da inteligência muito pequena,
como é claro em seus livros.”
Eusébio de Cesaréia
(263 – 339)
Amilenismo
Agostinho foi o responsável pela mudança na
escatologia eclesiástica da época; com ele
houve um desvio do pré-milenismo para o
amilenismo. Ele repudiou a ideia de um reino
milenar porque ele teve um mau entendimento
do que é o milênio. Existia um grupo de
Quiliastas carnais, que acreditavam que o
Milênio seria uma reino terreno e carnal onde
os justos “irão reinar e se deliciar nos
banquetes carnais sem moderação alguma,
desfrutando de uma grande quantidade de
carne e bebidas.” Esse não é o entendimento
bíblico do Milênio e por causa desta errônea
interpretação quiliasta de Ap 20, Agostinho
rejeitou o reino milenar terreno.
A interpretação Amilenista é uma negação de
que haverá um reinado de mil anos de Cristo
após Seu retorno à terra. As passagens
bíblicas que tratam deste reino são Agostinho de Hipona
interpretadas de forma alegórica ou espiritual. (354 – 430)
Amilenismo
I. Conceitos Fundamentais:
• As profecias devem ser interpretadas alegoricamente. O Antigo
Testamento deve ser interpretado a luz do Novo Testamento.
• As alianças que Deus fez com Abraão e Davi são cumpridas na Igreja,
que é o Israel espiritual, ou no céu num reino espiritual.
• Não há uma futura esperança para Israel como nação devido à sua
desobediência. Passagens como Is. 11 e 55 do Antigo Testamento, se
referem à Igreja de hoje ou ao estado final.
• O Amilenismo defende que o reino de “mil anos” apresentado em
Ap 20 é uma referência simbólica do período atual da igreja.
• O “milênio” foi inaugurado na ressurreição de Cristo e se estende até
a sua volta. Cristo está reinando agora no céu através da igreja e nos
corações dos crentes, que reinam com Cristo, depois da sua morte.
Amilenismo
I. Conceitos Fundamentais:
• Satanás esta amarrado (Ap 20:1-3; mas não inativo) durante a era
da igreja, de modo que não possa inibir o avanço do evangelho (Ap
20:3).
• O reino de Cristo durante o “milênio” (era da igreja) é espiritual, e,
no final dos tempos, haverá uma rebelião e apostasia na terra
liderada pelo Anticristo.
• A segunda vinda de Cristo acontecerá depois da tribulação e então
haverá uma única ressurreição dos povos de todos os tempos e
haverá um só julgamento para os justos e injustos
• O Amilenismo é uma visão escatológica que defende um otimismo
realista (Anthony Hoekema ).
Amilenismo
II. Interpretação do Apocalipse
Paralelismo Progressivo
AMILENISMO
Amilenismo
III. Defensores:
• Jerônimo (347 – 420) • Anthony Hoekema (1913 – 1988)
• Agostinho (354 – 430) • George L. Murray (1915 – 1983)
• Tomás de Aquino (1225 – 1274) • John Stott (1921 – 2011)
• João Calvino (1509 – 1564) ?? • J. I. Packer (1926 - )
• Adam Clarke (1760 – 1832) • Robert B. Strimple (1935 - )
• Abraham Kuyper (1837 – 1920) • Vern Poythress (1946 - )
• Geehardus Vos (1862 – 1949) • Greg Beale (1949 - )
• Louis Berkhof (1873 – 1957) • Augustus Nicodemus (1954 - )
• Arthur W. Pink (1886 – 1952) • Hernandes Dias Lopes (1960 - )
• John Murray (1898 – 1975) • Michael Horton (1964 - )
• D.M. Lloyd Jones (1899 – 1981) • Franklin Ferreira
Pós-Milenismo
Diferentes Perspectivas Evangélicas do Milênio
Pós-Milenismo
I. Princípios Teológicos:
• O propósito criativo de Deus (muito bom: Gn 1:31; para sua glória:
Rm 11:36; para Ele: Cl 1:16).
• O poder soberano de Deus (todas as coisas: Ef 1:11; o fim desde o
princípio: Is 46:10).
• Gradual avanço do reino de Deus como realização do propósito
criativo de Deus por meio do Seu poder soberano e da missão
cristã (Mt 13).
• A gloriosa provisão de Deus: A presença de Cristo Ressurreto (Mt
29:20; Fp 1:6; A habitação do Espírito Santo (I Jo 4:4); Deus se
agrada em salvar pecadores (Jo 3:17); O evangelho é o poder de
Deus para salvação (Rm 1:15); Oração (como acesso ao Pai) em
nome de Cristo (Mt 6:10 ); Satanás foi derrotado na cruz (Hb 2:14).
Pós-Milenismo
II. Defensores:
• Eusébio de Cesaréia (260 – 340) ?? • Isaac Watts (1674 – 1748)
• Atanásio (296 – 372) • Jonatas Edwards (1703 – 1758)
• Joaquim de Fiore (1145 – 1202) • William Carrey (1761 – 1834)
• Martin Bucer (1491 – 1551) • Charles Hodge (1797 – 1878)
• João Calvino (1509 – 1564) ?? • William Sheed (1820 – 1894)
• Teodore Beza (1519 – 1605) • Augustus H. Strong (1836 – 1921)
• William Perkins (1558 – 1602) • Loraine Boettner(1901 – 1990)
• John Owen (1616 – 1683) • Bob Munford (1938 - )
• Philip Spener (1638 – 1726) • R. C. Sproul (1939 - 2017)
• Daniel Whitby (1638 – 1726) • Iain Murray (1939 - )
• Matthew Henry (1662 – 1714) • Kenneth Gentry (1950 - )
Pré-Milenismo
Dispensacionalista
Diferentes Perspectivas Evangélicas do Milênio
Pré-Milenismo Dispensacionalista
II. Conceitos Fundamentais:
• Deus administra seu plano através de dispensações: Deus administra o
mundo através de dispensações que marcam o seu relacionamento com
o homem.
• Sólida interpretação Literal: O segundo fundamento do
dispensacionalismo não se limita a interpretação literal, mas abrange
uma hermenêutica literal sólida evitando espiritualizações e alegorias.
• Israel e a Igreja são distintos entre si: Dispensacionalistas crêem que o
plano de Deus para a história envolve um planejamento para Israel e um
outro, diferente, para a Igreja. Mesmo havendo planos diferentes, há
apenas um caminho para salvação: Jesus Cristo.
• O Propósito da História é Glorificar a Deus: O quarto fundamento do
dispensacionalismo gira em torno de uma outra importante distinção
resumida nesta citação de Renald Showers: “O supremo propósito da
história é a glória de Deus, a qual é manifesta na demonstração de que
somente Ele é o soberano Deus.”
PRÉ-MILENISMO DISPENSACIONALISTA
Pré-Milenismo Dispensacionalista
III. Defensores:
• John N Darby (1800 – 1882) • Dave Hunt (1926 – 2013)
• Dwight L. Moody (1837 – 1899) • Tim LaHaye (1926 – 2016)
• Cyrus I. Scofield (1843 – 1921) • Mal Couch (1938 – 2013)
• Lewis S. Chafer (1871 – 1952) • Norman Geisler (1932 - )
• Daniel Berg (1884 – 1963) • Walter Kaiser (1933 - )
• Alva J. McClaim (1888 – 1968) • Charles Swindoll (1934 - )
• John F. Walvoord (1910 – 2002) • John F. Macarthur (1939 - )
• Francis Schaeffer (1912 – 1984) • John C. Hagee (1940 - )
• Dwight Pentecost (1915 – 2014) • Arnold Fruchtenbaum (1943 - )
• Lawrence Olson (1918 – 1992) • Craig A. Blaising (1949 - )
• Billy Graham (1918 - 2018) • Thomas Ice (1951 - )
• Charles C. Ryre (1926 – 2016) • Carlos Osvaldo Pinto (1950 – 2014)
Conhecendo alguns
importantes autores
Dispensacionalistas
Pré-Milenismo Dispensacionalista
V. Definição do Dispensacionalismo Progressivo:
O Dispensacionalismo Progressivo é um movimento dentro do
dispensacionalismo clássico mas que diverge deste em alguns pontos. Para os
dispensacionalistas progressistas, ao invés de um parêntesis histórico sem
qualquer relação com as promessas do reino messiânico do Antigo
Testamento, estes dispensacionalistas reconhecem a presente era da igreja
como o primeiro estágio do cumprimento parcial dessas profecias que dizem
respeito ao reino de Deus.
Israel e a Igreja não são mais percebidos como se representassem dois
diferentes propósitos e plano de Deus, como fizeram os dispensacionalistas
mais antigos; eles agora os entendem como participando da mesma história
da salvação.
Podemos resumir dizendo que as características mais significativas desta
revisão do Dispensacionalismo são a ênfase sobre o caráter progressivo das
dispensações e a presente inauguração das bênçãos escatológicas do reino
messiânico, que culminará no milênio e no estado eterno.
VISÕES DO
ARREBATAMENTO
Diferentes Perspectivas Evangélicas do Arrebatamento
ARREBATAMENTO E OS SISTEMAS ESCATOLÓGICOS

SISTEMAS ESCATOLÓGICOS

AMILENISMO PÓS-MILENISMO PRÉ-MILENISMO

Pré-Tribulacionismo
Arrebatamento Parcial

Midi-Tribulacionismo
Pré-Ira
Pós-Tribulacionismo
Visões do Arrebatamento

Pré-Trib Arrebat Ira de Deus

Milênio
Mid-Trib Arrebat Ira de Deus

Pré-Ira Ira de Satan Arrebat Ira de Deus

Pós-Trib Ira de Deus Arrebat

7 Anos de Tribulação
Qual visão
Escatológica
devo seguir?
7 Razões porque Sou Pré-Milenista Dispensacionalista

1. O Aprisionamento Total de Satanás

2. Sequencia Cronológica dos Capítulos 19 e 20 de Apocalipse

3. Promessas e Alianças Incondicionais feitas a Israel

4. O Problema das Ressurreições de Apocalipse 20

5. Passagens que indicam o Milênio Literal no Futuro

6. Só o Pré-Tribulacionismo Preserva a Doutrina da Iminência

7. O Propósito (Plano) Eterno de Deus


1) O Aprisionamento Total de Satanás
Os estudiosos Amilenistas entendem que já estamos vivendo no período
do Milênio. No entanto, este ponto de vista é muito difícil de ser
conciliada com os dados bíblicos. Em Ap 20, lemos que, durante o
Milênio, Satanás não irá enganar as nações, porque ele será preso.
Os Amilenistas tentam resolver este problema falando de uma prisão
parcial. Eles dizem mais especificamente que esta prisão começou
quando Jesus triunfou sobre Satanás na cruz. Para eles, a prisão relatada
em Apocalipse 20, então, representa apenas a redução do poder de
Satanás, de forma que ele não consiga evitar que a luz da revelação
divina e do Evangelho da salvação alcance as nações.
Robert L. Thomas observa muito bem que Apocalipse 20 fala de um
aprisionamento total de Satanás e não parcial, e só a visão pré-milenista
faz jus a esse acontecimento. John Macarthur diz o texto de Apocalipse
afirma que a atividade de Satanás no mundo “não será apenas limitada
ou restringida, mas totalmente eliminada; …ele não terá permissão para
influenciar o mundo de forma alguma” .
1) O Aprisionamento Total de Satanás
A leitura natural Ap 20 implica uma prisão literal e total, exatamente
como definido pelos Pré-milenistas.
Ao olharmos a situação do mundo atual, devemos confessar que é
estranho falarmos de um aprisionamento de Satanás. A Bíblia diz que,
no tempo presente, ele cega a mente dos incrédulos (2Co 4:4); ele é
retratado como aquele que ruge “como leão” e “procura a quem possa
devorar” (lPe 5:8); ele lança “armadilhas” sobre os cristãos descuidados
(lTm 3:7; 2Tm 2.26) e “age” especialmente “nos que vivem na
desobediência” (Ef 2.2). Ele é chamado de o “deus deste mundo” (2Co
2:4), o “príncipe deste mundo” (Jo  12.31)  e o “príncipe do poderio do
ar” (Ef 2.2). Para Osborne, é difícil entender como essas passagens
poderiam descrever alguém que está atualmente preso, a fim de que
“não enganasse as nações”. Satanás, na presente era, é retratado
principalmente como o “enganador”, portanto, Apocalipse 20.3b não
corresponde à situação atual. Na verdade, ela exige um período após a
Parúsia.
2) Sequência Cronológica entre os Cap. 19 e 20 de Apocalipse
O Dr. Robert Culver defende que existe uma sequência cronológica
entre os capítulos 19 e 20 de Apocalipse. Para ele, se não houvesse a
separação editorial de capítulos, algo que não fazia parte do escrito
original, esta continuidade seria mais evidente. Culver também diz que
no capítulo 19 vemos a eliminação de dois membros da trindade
maligna (a Besta e o Falso Profeta), enquanto no capítulo 20, vemos a
eliminação do terceiro membro, o próprio Satanás. George E. Ladd,
pré-milenista histórico, também defende a tese de que os capítulos 19
e 20 de Apocalipse apresentam uma continuidade cronológica.
A destruição desta Trindade não pode ocorrer em uma única vinda de
Jesus. A Bíblia claramente afirma que Satanás será lançado no Lago de
Fogo, onde já estavam a Besta (Anticristo) e o Falso Profeta (Ap 20.10).
Sabemos que a derrota da Besta e do Falso profeta acontecerá na
Segunda Vinda de Cristo (Ap 19). Por isso, deve haver um período
intermediário entre a Segunda Vinda de Cristo e a Derrota de Satanás.
Que período seria este? O Milênio.
3) Promessas e Alianças Incondicionais Feitas a Israel
Deus fez inúmeras promessas incondicionais a Israel que até hoje não se
cumpriram. Por exemplo, Deus prometeu que a terra de Canaã seria uma
possessão perpétua de Israel (Gn 13:15; 17:7-8). Walter Kaiser afirma que
essa promessa não pode ser “espiritualizada ou transmutada para tipificar
a Canaã celestial da qual a Canaã terrestre seria apenas um modelo”.
É conhecido o fato de que muitos Amilenistas e Pós-milenistas afirmam
que a igreja substituiu Israel no plano de Deus, por causa de sua rejeição
ao Messias. Para esses autores, as promessas feitas a Israel não se
cumprirão mais literalmente, pois elas dependiam da obediência do povo
judeu. Contudo, Paulo diz que a rejeição do povo judeu, ou o seu
endurecimento, não é algo permanente, mas temporário (Rm 11:25-26).
Ele também diz que a restauração de Israel é devido à eleição desta nação
e dos patriarcas, que a Bíblica considera “irrevogável” (Rm 11:29). Ao dizer
que a eleição de Israel como nação e os dons (que engloba a Aliança
Abraâmica) decorrentes deste chamado são irrevogáveis, Paulo está
dizendo que as Alianças de Deus com Israel se cumprirão após sua
restauração espiritual.
3) Promessas e Alianças Incondicionais Feitas a Israel
“A primeira das alianças de Israel
(Abraâmica) é um pacto incondicional
que Deus fez com Abraão e seus
descendentes, o qual nunca foi cumprido
na história, antes ou depois do Advento.
Devido ao fato de Israel ter rejeitado o
seu Messias-Rei, que deve governar em
Jerusalém (Mt 19:28) sobre toda a terra
que Deus deu a Abraão, e visto que este
reinado deverá durar para sempre, o
evento ainda é futuro, ele não será
cumprido até que Cristo volte (24.30;
25.31-34). Neste tempo, Abraão, Isaque,
Jacó, Davi e todos os outros santos do AT,
serão ressuscitados e reinarão
literalmente sobre toda a terra em corpos
Norman Geisler físicos ressuscitados.”
4) O Problema das Ressurreições de Apocalipse 20
a) O Problema da Primeira Ressureição
Agostinho entendia que primeira ressurreição de Apocalipse 20 era
uma ressurreição espiritual, significando a regeneração. Contudo, o
verbo reviver não está ligado à conversão, pois, na sequência lógica do
versículo, ele vem depois de uma morte de natureza física (“foram
degolados”… “e reviveram”, vs. 4). Observe que eles estão revivendo
não porque estavam mortos espiritualmente, mas porque seriam
degolados.
Diferentemente de Agostinho, os autores amilenistas Hoekema e
Hendriksen disseram que a primeira ressurreição significa a ascensão
do cristão ao céu, após a morte. Contudo, o Dr. Matthew Maymeyer
afirma que a palavra “ressureição” (anastasis) nunca é usada no Novo
Testamento para se referir a ascensão da alma de um cristão ao céu,
após a morte.
4) O Problema das Ressurreições de Apocalipse 20
a) O Problema da Primeira Ressureição
“A linguagem da passagem de Apocalipse 20
é bem clara e sem ambiguidades. Não há
necessidade nem possibilidade contextual
para interpretar qualquer dos ezesan
(reviver) espiritualmente, a fim de dar
sentido à passagem. No começo dos mil
anos, alguns dos mortos tornam à vida; no
final, o restante dos mortos torna à vida. Não
há jogo de palavras evidente aqui. A
passagem faz sentido perfeitamente quando
interpreta de forma literal.
Isto é reforçado pelo fato de que a mesma
palavra é utilizada com referência a tornar à
vida em outros lugares no Apocalipse (Ex.: Ap
Alan Myatt 2.8; 13:14).”
4) O Problema das Ressurreições de Apocalipse 20
b) O Problema da Segunda Ressureição
Para os autores Amilenistas e Pós-milenistas, a segunda ressurreição de
Apocalipse será uma ressurreição física e geral para todos os homens de
todos os tempos. Eles apontam para alguns textos que, aparentemente,
falam de uma ressurreição geral para todas as pessoas (Jo 5:28-29; Atos
24:15; Dn 12,2).
No entanto, esta interpretação também não está de acordo com o
ensino das Escrituras. O versículo 4 de Apocalipse 20, como vimos, fala
da primeira ressurreição. O versículo 5 fala da segunda ressurreição e
indica claramente quem irá participar dela: “O resto dos mortos não
reviveram, até que se completassem os mil anos” (Ap 20:5). É inegável
que o texto afirma que somente aqueles que não participaram da
primeira ressurreição (“o resto dos mortos”) irão participar na segunda
ressurreição.
5) Passagens que Indicam um Milênio Literal no Futuro
Isaías profetizou um tempo em que os animais serão mansos: “O lobo e o
cordeiro comerão juntos, e o leão comerá feno, como o boi, mas o pó
será a comida da serpente. Não farão nem mal nem destruição em todo
o meu santo monte” (Is 65:25). Alguns dizem que esta profecia se refere
à eternidade no céu, mas esta interpretação não pode ser verdadeira,
pois lemos também que, no mesmo período, haverá morte e pecado:
“Nunca mais haverá nela uma criança que viva poucos dias, e um idoso
que não complete os seus anos de idade; quem morrer aos cem anos
ainda será jovem, e quem não chegar aos cem será maldito” (Is 65:20).
Essa passagem requer a existência do Milênio.
Logo após sua ressureição, Jesus permaneceu na Terra por 40 dias,
ensinando os Discípulos sobre o “Reino de Deus” (At 1.3). É
interessante notar, no vers. 3, o tema sobre o qual Jesus instruiu seus
discípulos (Reino de Deus), porque essas instruções deram uma certeza
muito grande a eles de que Jesus iria, de fato, restaurar um reino literal
a Israel. Justamente por isso, os discípulos perguntaram a Jesus:
5) Passagens que Indicam um Milênio Literal no Futuro
“Senhor, é neste tempo que vais restaurar o reino a Israel?” (At 1.6). Se o
Pré-milenismo fosse falso, este seria o momento adequado para Jesus
corrigir seus discípulos. Contudo, Jesus não dissipa a esperança de um
reino literal a Israel, mas lhes diz que o tempo da restauração do Reino
não poderia ser revelado naquele momento: “Não lhes compete saber os
tempos ou as datas que o Pai estabeleceu pela sua própria autoridade”
(At 1.7). Fica implícito pela resposta de Jesus que já havia uma data
estabelecida por Deus para a restauração do reino literal de Israel. Esta
restauração teria início com o Milênio, conforme entendem os Pré-
milenistas.
A esperança de um Reino Literal para Israel permaneceu viva mesmo
depois da Ascenção de Jesus. O Dr. John Macarthur observa que Pedro
enfatiza que as promessas sobre a Primeira vinda de Jesus foram
literalmente cumpridas (At 3:18-21). Por isso, os judeus deveriam
esperar que as promessas de sua Segunda vinda se cumpram
literalmente
6) Só o Pré-Tribulacionismo preserva a Doutrina da Iminência
A igreja primitiva acreditava na iminência do retorno de Cristo. Enquanto
se pode debater sobre os detalhes de o que os [assim chamados] "pais
da igreja" disseram, há uma consistência e unanimidade nas igrejas
locais primitivas sobre a iminência do retorno do Senhor para buscar
aqueles que verdadeiramente são Seus, sendo tal iminência essencial à
posição pré-tribulacional e em oposição a algumas outras posições. A
posição Pré-milenista Dispensacionalista é a ÚNICA que
verdadeiramente ensina a iminência do retorno do Senhor para buscar
os [verdadeiros] crentes das igrejas locais (Arrebatamento).
A exortação a sermos confortados pela “vinda do Senhor” (1Ts 4:18) só é
válida no contexto da visão Pré-tribulacional. Poderia mesmo ser uma
coisa temerosa numa visão pós-tribulacional. “Portanto, consolai-vos
uns aos outros com estas palavras.” (1Ts 4:18).
Somos exortados a [com feliz expectativa] olharmos para e aguardarmos
a “bem-aventurada esperança e o aparecimento da glória do grande
Deus e nosso Salvador Jesus Cristo;” (Tt 2:13)
6) Só o Pré-Tribulacionismo preserva a Doutrina da Iminência
Se há algum evento profético (isto é: a Tribulação) a ocorrer antes disso,
então estas passagens ficam sem sentido.
Novamente, devemos “nos purificar” à vista desta vinda (1Jo 3:2-3). Se
esta vinda não é iminente, então esta passagem é sem
sentido.  “Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não é
manifestado o que havemos de ser. Mas sabemos que, quando ele se
manifestar, seremos semelhantes a ele; porque assim como é o veremos.
E qualquer que nele tem esta esperança purifica-se a si mesmo, como
também ele é puro.” (1Jo 3:2-3).
A própria saudação que os discípulos davam uns aos outros ao se
encontrarem ou se despedirem: “MARANATA” (ora vem Senhor Jesus!),
demonstra uma expectativa de que o Senhor Jesus poderia retornar para
buscar a sua Igreja a qualquer momento, sem a necessidade do
cumprimento de algum sinal.
7) O Propósito (Plano) Eterno de Deus
PRESSUPOSTOS BÁSICOS:
Sei que podes fazer todas as coisas; nenhum dos teus planos pode ser
frustrado. Jó 42:2 (NVI)
Ainda antes que houvesse dia, eu sou; e ninguém há que possa fazer
escapar das minhas mãos; agindo eu, quem o impedirá? Is 43:13
Que anuncio o fim desde o princípio, e desde a antiguidade as coisas
que ainda não sucederam; que digo: O meu conselho será firme, e
farei toda a minha vontade. Is 46:10

Deus tem um plano para o homem, e tudo o que Deus planeja


Ele faz. O Plano de Deus para o homem começa em um jardim
(Éden) e terminará em uma cidade (Nova Jerusalém). Deus
não tem plano “B”. Ninguém pode impedir aquilo que Deus
planejou, Ele fará tudo conforme a Sua vontade!
7) O Propósito Eterno de Deus
Qual o Propósito de Deus ao criar o Homem?
E disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa
semelhança; e DOMINE sobre os peixes do mar, e sobre as aves dos
céus, e sobre o gado, e sobre toda a terra, e sobre todo o réptil que se
move sobre a terra. E criou Deus o homem à sua imagem; à imagem de
Deus o criou; homem e mulher os criou. E Deus os abençoou, e Deus lhes
disse: FRUTIFICAI e MULTIPLICAI-VOS, e ENCHEI A TERRA, e SUJEITAI-A; e
DOMINAI sobre os peixes do mar e sobre as aves dos céus, e sobre todo
o animal que se move sobre a terra. Gn 1:26-28

Os céus são os céus do Senhor; mas a terra a deu aos filhos dos homens.
Sl 115:16
7) O Propósito Eterno de Deus
Qual o Propósito de Deus ao criar o Homem?

a) A intenção de Deus ao criar o homem era de ter uma grande família de muitos
filhos à sua própria imagem, e encher a terra com uma família que expressasse a
sua glória e autoridade (um Reino);
b) Deus coloca Adão como o seu representante neste reino que estava tendo o seu
início. Adão seria o representante de Deus na terra, e tinha como objetivo
dominar e encher toda a terra (Reino de Deus);
c) Como Adão tinha sido criado à imagem de Deus, e cada ser se reproduzia
segundo a sua própria espécie, quando Adão e Eva se multiplicassem,
reproduziriam filhos a imagem de Deus. 
7) O Propósito Eterno de Deus
Como o Pecado interferiu?
Todos nós conhecemos a triste história. O pecado de Adão foi uma
intromissão violenta e diabólica no propósito de Deus. Por meio dele o
homem se tornou culpado, alvo da ira de Deus, merecedor de castigo
eterno, expulso da presença de Deus e sem comunhão com Ele. "O
salário do pecado é a morte". 
7) O Propósito Eterno de Deus
Mas houve consequências ainda maiores. O problema não foi apenas que o
homem se tornou culpado diante de Deus, mas também a sua própria
natureza se "estragou", se corrompeu. O homem perdeu a imagem de Deus,
tornou-se numa outra criatura. Não era mais o mesmo homem, era um
homem morto para Deus; inútil para cumprir seu propósito.  Sabemos que
cada ser se reproduz segundo a sua própria espécie. Portanto, quando Adão
se corrompeu, toda a sua descendência ficou arruinada.  
Portanto, como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a
morte, assim também a morte passou a todos os homens por isso que todos
pecaram. Rm 5:12

Uma outra consequência terrível da queda do homem foi que ele deu
autorização para Satanás agir em toda a terra.  
Sabemos que somos de Deus, e que todo o mundo jazz no maligno. I Jo 5:19
E o diabo, levando-o a um alto monte, mostrou-lhe num momento de tempo
todos os reinos do mundo. E disse-lhe o diabo: Dar-te-ei a ti todo este poder e
a sua glória; porque a mim me foi entregue, e dou-o a quem quero. Lc 4:5,6
7) O Propósito Eterno de Deus
Deus desistiu do seu propósito?
Embora o homem pecasse, Deus não mudou o seu propósito inicial.
Deus não tem diversos planos, nem muitos propósitos; não criou um
novo alvo, nem abriu mão do que queria desde o princípio. Deus
necessita agora criar uma nova raça, porque todos os descendentes do
primeiro homem ficaram inúteis para o seu propósito. Como fez isso? 
Assim está também escrito: O primeiro homem, Adão, foi feito em alma
vivente; o último Adão em espírito vivificante. Mas não é primeiro o
espiritual, senão o natural; depois o espiritual. O primeiro homem, da
terra, é terreno; o segundo homem, o Senhor, é do céu.
Qual o terreno, tais são também os terrestres; e, qual o celestial, tais
também os celestiais. E, assim como trouxemos a imagem do terreno,
assim traremos também a imagem do celestial. I Co 15:45-49
Toda a glória do plano de Deus havia se perdido no pecado. Mas
Deus Pai não desistiu. Qual a sua esperança?
"Cristo em vós, a esperança da glória" (Cl 1:27). 
7) O Propósito Eterno de Deus
A Salvação é um Meio e não um Fim
Jesus Cristo, o Filho de Deus, com sua obra redentora, deu uma nova
vida ao homem, restaurando-lhe a comunhão com o Pai. E também
deu a Deus os recursos de infinita graça, para que ele continue com o
seu plano eterno. A redenção efetuada por Jesus e encarnada pela
igreja, é O MEIO para Deus restaurar todas as coisas, e assim concluir
seu propósito. O apóstolo Paulo conhecia bem esta verdade. 

Rm 8: 22,23
Rm 8: 28,29
Fp 3:12-14
Cl 1:13
7) O Propósito Eterno de Deus
No futuro Deus vai cumprir o seu plano que teve início no Éden.
Como o nosso Deus é Soberano e Imutável, é necessário que no futuro
Ele tenha um segundo Adão aqui na terra (I Co 15:45-47) que possa
cumprir o seu plano original de ter aqui na terra reino formado por
pessoas que refletem a imagem de Deus. Para isto Jesus vai ter que
desfazer todas as consequências do pecado na natureza (Rm 8:22,23)
e criar uma nova terra com as mesmas características do Jardim do
Éden.
São as características desta terra que nós vemos profetizado em todo
o Antigo Testamento (Zc 14:9; Is 2:2-4; 11:6-9; 65: 18-23; Sl 2:6-9; Ez
37:1-14; Dn 2:35; 7:13,14; Jl 2:21-27; Am 9:13-15; etc.) Estes versículos
são apenas algumas das várias passagens relacionadas a este assunto,
escritas antes da primeira vinda de Cristo.
O Novo Testamento também dá testemunho deste reino vindouro,
dando continuidade a visão do Velho Testamento de um Reino Milenar
futuro (Mt 26:27-29; Mc 14:25; Lc 22:18; Ap 20:1-7; etc.).
Que Deus nos abençoe!

Maranata!!!

Pr. David Macedo

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