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MINISTÉRIO DA DEFESA

COMANDO DA AERONÁUTICA
HOSPITAL DE FORÇA AÉREA DO GALEÃO
COMISSÃO DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR

TREINAMENTO
                                            

CCIH
   

CCIH – 2017
HFAG
ROTEIRO
 CCIH
 INFECÇÃO HOSPITALAR
 PREVENÇÃO DE INFECÇÕES
 HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS
 PRECAUÇÕES BÁSICAS E
ESPECÍFICAS
 ACIDENTES COM MATERIAL
BIOLÓGICO
Comissão de Controle de Infecção Hospitalar
Portaria n° 2616 - 12 de maio de 1998 - M. Saúde

CCIH
 Membros consultores - equipe multidisciplinar representada
pelos serviços médico, enfermagem, farmácia, laboratório de
microbiologia, administração.
 Membros executores - representam o SCIH e são responsáveis
pela vigilância, elaboração e execução das ações de controle de
infecção.
Programas desenvolvidos pela CCIH

 Vigilância e investigação epidemiológica;


 Perfil microbiológico da Instituição;
 Aconselhamento em antibioticoterapia;
 Implantação e atualização de rotinas;
 Controle de disseminação dos microorganismos
multirresistentes;
 Controle dos acidentes ocupacionais com material
biológico;
 Treinamento / reciclagem dos funcionários.
 Inspeções Técnicas dos Serviços de saúde.
O que é Infecção Hospitalar ?

 Infecção adquirida dentro do ambiente


hospitalar, podendo manifestar-se durante a
internação do paciente ou após a sua alta
hospitalar.
Fatores que contribuem para a aquisição de IH

 Condições básicas do paciente


 Tempo de hospitalização
 Frequência de procedimentos invasivos
 Utilização de antimicrobianos/imunossupressores
 Escassez de recursos material e humano
 Falta de atenção / má qualificação dos profissionais

 Ausência de um programa de controle das infecções


hospitalares
Prevenção das Infecções Hospitalares
Medidas Básicas:

 Lavar as mãos;
 Retirar adereços durante o horário de trabalho;
 Manter cabelo preso e unhas curtas;
 Cumprir as rotinas estabelecidas pela CCIH em conjunto
com as Chefias dos Setores ;
 Obedecer as precauções básicas;
 Realizar os procedimentos com máxima atenção;
 Respeitar as técnicas assépticas;
 Lembrar que você é um controlador de infecção!
Higienizar as mãos
Por que tanta preocupação?
Meio de transmissão de microrganismos mais
comum: MÃOS!

 Infecções hospitalares
 Disseminação de microrganismos
multirresistentes
Definições

Lavagem básica
b ou simples das mãos

 Utilizar água e sabão neutro/comum líquido

  
                       
Antes e após:
 prestar cuidados aos pacientes em geral;
 atos fisiológicos pessoais ;
 usar luvas de procedimentos.
 Tempo mínimo de  15 segundos.
Definições
Antissepsia das mãos:
 Lavagem das mãos utilizando água e
solução degermante contendo antisséptico
ou fricção de solução antisséptica nas mãos.

Álcool a 70% gel ou glicerinado:


 Solução antisséptica indicada para aplicação
nas mãos, sem o uso de água.

  Guideline for Hand Hygiene in Health-care Settings. MMWR 2002; vol. 51, no. RR-16.
                       
Pontos Críticos para a Lavagem das Mãos


Ponta dos
dedos Unhas

Anéis

Entre os dedos

Relógios ou pulseiras
Qual o principal motivo para o profissional
de saúde higienizar as mãos?

1. Remover sujidade visível das mãos

2. Prevenir transferência de microrganismos de sua


residência para o hospital

3. Prevenir transferência de microrganismos do hospital


para sua residência

4. Prevenir infecções que os pacientes possam adquirir


no hospital
Qual o principal motivo para o profissional
de saúde higienizar as mãos?

1. Remover sujidade visível das mãos

2. Prevenir transferência de microrganismos de sua


residência para o hospital

3. Prevenir transferência de microrganismos do hospital


para sua residência

4. Prevenir infecções que os pacientes


possam adquirir no hospital
Certo ou errado?

AS DUAS ESTÃO ERRADAS!

A técnica correta para lavagem das mãos inclui a RETIRADA


DE TODOS OS ACESSÓRIOS de mãos e punhos: anéis, relógio,
aliança, pulseiras, etc.
MEDIDAS de ISOLAMENTO
 Precauções básicas (universais)
• Indicadas sempre, independente do diagnóstico do
paciente (proteção do funcionário).

 Precauções específicas
• Indicadas de acordo com o modo de transmissão do
agente infeccioso:
 Contato
 Aérea
 Gotículas
Precauções Básicas

 Lavagem das mãos !


 Uso de Luvas (não-estéreis):
Possibilidade de contato com sangue, secreções,
mucosas e pele não-íntegra;
 Retirar logo ao terminar ;
 Lavar as mãos em seguida.
 Uso de aventais limpos (proteção do corpo).
 Máscara, óculos e protetor facial.
Precauções Básicas

Utilizar ao cuidar de qualquer paciente,


independente do status infeccioso, e sempre
em adição às precauções específicas
Precauções específicas X Formas de Contágio
 CONTATO:
 DIRETO: transferência do microrganismo do indivíduo infectado
ou colonizado ao indivíduo susceptível.
 INDIRETO: transferência do microrganismo por intermédio de
objeto contaminado ou profissional de saúde ao indivíduo
susceptível.

 GOTÍCULA: partículas > 5 micras geradas durante a tosse, espirro ou


conversação.

 AÉREO: disseminação de partículas < 5 micras que permanecem


suspensas no ar.

 VEÍCULO COMUM: transmissão através de água, alimento,


medicamentos, dispositivos e equipamentos.
Precaução para aerossol:
 A tuberculose é um exemplo de doença com transmissão aérea.
 As máscaras não cirúrgicas (com filtro N95 ex: bico-de-pato)
são indicadas na prevenção da transmissão aérea de
microrganismos como o da tuberculose, o vírus do sarampo e o da
varicela. Elas devem ser capazes de filtrar partículas menores que
1µ com eficiência de pelo menos 95% e se adaptar perfeitamente à
face.
 É obrigatória a colocação da máscara não cirúrgica antes de
entrar no quarto.
 É obrigatório o paciente ficar em quarto privativo, com filtro
adequado. Manter a porta SEMPRE FECHADA.

 Quando transportado,
o paciente deve usar máscara cirúrgica.
Precaução para gotículas:

As gotículas são produzidas através da fala, tosse, espirros e durante a


realização de procedimentos como a aspiração traqueal.
A transmissão ocorre pela deposição destas gotículas em mucosa nasal
ou oral, através de um contato muito próximo (<120 cm) entre a fonte de
infecção e o indivíduo suscetível.
As máscaras cirúrgicas são eficientes no isolamento de patologias
transmitidas por gotículas, como a meningococcemia.

 Usar máscara cirúrgica ao


aproximar-se do paciente a distância
< 1 metro;
 Preferir quarto privativo;

 Quando transportado, o paciente


deve utilizar máscara cirúrgica.
PRECAUÇÃO ESPECÍFICA DE CONTATO

 Utilizar luvas não estéreis para manusear o


paciente ou mobiliário;

 Retirá-las antes de deixar o quarto,


higienizando as mãos antes e após seu uso;

 Utilizar capote limpo não estéril, de mangas


longas, para qualquer possibilidade de contato
corporal com o paciente ou mobiliário,
removendo-o antes de sair do leito, com técnica
adequada.

OBRIGATÓRIA EM TODOS PACIENTES COLONIZADOS


POR PATÓGENOS MULTIRRESISTENTES!
Precauções Específicas

Precaução Precaução Precaução


de Aérea por
Contato Gotículas
CERTO
ou
ERRADO?
C
E
ERRADO
R
T
O

O capote deve ser pendurado de modo que a sua face interna (não
contaminada) fique voltada para fora, para que o próximo
profissional a utilizá-lo não se contamine.
ERRADO

PACIENTE EM PRECAUÇÃO DE CONTATO PARA MR


 Devemos considerar todos os mobiliários e aparelhos de um paciente
colonizado por MDR, igualmente colonizados!
 Por isso, todo equipamento deve ser manuseado de forma a prevenir a
transmissão do microrganismo para o profissional de saúde, para o
ambiente e para os outros pacientes.
 Os equipamentos não críticos (aparelho de pressão, termômetro,
estetoscópio) devem ser restritos a este paciente.
ACIDENTES COM MATERIAL BIOLÓGICO

Os acidentes em que profissionais de saúde se expõem a


sangue e outros fluidos biológicos devem ser considerados
emergência médica, havendo, portanto, necessidade de se
priorizar o atendimento no mais curto espaço de tempo
possível.

As condutas específicas a serem tomadas visam evitar a


disseminação do HIV, VHB e VHC no ambiente de trabalho.

CARACTERIZAÇÃO DO ACIDENTE
 Acidente leve: contato com secreções, urina ou sangue em pele íntegra;
 Acidente moderado: contato com secreções ou urina em mucosas; sem sangue
visível;
 Acidente grave: contato de líquido orgânico contendo sangue visível com
mucosas ou exposição percutânea com material pérfuro-cortante.
ACIDENTES COM MATERIAL BIOLÓGICO

PROFILAXIA

 Logo após o acidente, deverá se proceder à descontaminação


do sítio exposto, limpando a ferida com água e sabão ou
irrigando as membranas mucosas com água limpa.
 A seguir, o acidentado deverá dirigir – se a UEM, independente
do horário do acidente, para notificação do caso (em formulário
especial) e definição da profilaxia medicamentosa, juntamente
com o médico atendente.
 A CCIH deve ser comunicada imediatamente para abertura de
prontuário e acompanhamento do acidentado.
ACIDENTES COM MATERIAL BIOLÓGICO

PREVENÇÃO:
 Higienização das mãos, e precauções padrão;
 »Não re-encapar as agulhas;
»Os materiais pérfuro-cortantes devem ser desprezados em
recipientes próprios;
»Não desconectar as agulhas das seringas;
»Não utilizar agulhas para fixar papéis;
»Ao utilizar material pérfuro-cortante, garantir a imobilização do
paciente;
»Jamais utilizar os próprios dedos como anteparo;
»Utilizar sempre material de apoio;
»Não utilizar as lâminas de bisturi desmontadas;
»Vacinação contra hepatite B (três doses) em todos profissionais
de saúde.
ROTEIRO
 CCIH
 INFECÇÃO HOSPITALAR
 PREVENÇÃO DE INFECÇÕES
 HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS
 PRECAUÇÕES BÁSICAS E
ESPECÍFICAS
 ACIDENTES COM MATERIAL
BIOLÓGICO
Obrigada pela sua participação!

1º Ten Márcia de Freitas


Enfermeira
CCIH

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