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ENFERMAGEM I
Volume I
Luanda, 2022
Prefácio
A ideia de reunir num único documento “um conjunto sistemático de normas” para a
enfermagem, é antiga, pois há que disciplinar processos e definir procedimentos que
garantam aos enfermeiros respostas seguras, flexíveis e com linguagem de qualidade.
Vale ressaltar que a Enfermagem está em constante evolução. À medida que novas
pesquisas e a própria experiência ampliam o nosso conhecimento, novas descobertas são
realizadas. Os autores desta obra consultaram as fontes consideradas confiáveis, num
esforço para oferecer informações completas e geralmente de acordo com os padrões
aceitos à época da sua publicação.
Técnicas de Enfermagem I
Sumário
CAPITULO I: Fundamentos, normas e princípios de técnicas de enfermagem .............. 7
Introdução ......................................................................................................................... 8
Objetivo da disciplina ....................................................................................................... 8
Breve história.................................................................................................................... 8
Definições de termos e conceitos ..................................................................................... 9
Normas .......................................................................................................................... 9
Princípios ...................................................................................................................... 9
Técnica .......................................................................................................................... 9
Enfermagem .................................................................................................................. 9
Técnica de Enfermagem ............................................................................................. 10
Princípios fundamentais de enfermagem ........................................................................ 10
Alguns princípios da técnica de enfermagem ............................................................. 10
Objetivo da técnica de enfermagem ............................................................................... 11
Princípios básicos relacionados com a realização de anotação de Enfermagem ............ 11
Método de trabalho ......................................................................................................... 12
Instrumentos básicos de enfermagem ............................................................................. 12
Importância da enfermagem ........................................................................................... 13
Lavagem das mãos.......................................................................................................... 14
Objetivos ..................................................................................................................... 14
CAPÍTULO II: Unidade do paciente .............................................................................. 18
Unidade do paciente ....................................................................................................... 19
Finalidades .................................................................................................................. 19
Regras de dobragem da roupa de cama .......................................................................... 19
Proteção do doente contra acidentes ............................................................................... 19
Acidentes mais frequentes .............................................................................................. 19
Maneiras de evitar estes acidentes .................................................................................. 20
Tipos de cama ................................................................................................................. 20
Finalidade.................................................................................................................... 21
CAPITULO III: Limpeza, desinfecção, assepsia e esterilização do material ................ 23
Responsabilidade do técnico de enfermagem ................................................................. 24
Assepsia .......................................................................................................................... 24
Antissepsia ...................................................................................................................... 24
Definição de alguns termos ............................................................................................ 24
Infecção ....................................................................................................................... 24
Técnicas de Enfermagem I
Infectado ..................................................................................................................... 24
Esterilização ................................................................................................................ 24
Assepsia ...................................................................................................................... 25
Antissepsia .................................................................................................................. 25
Antisseptico ................................................................................................................ 25
Estéril .......................................................................................................................... 25
Desinfecção ................................................................................................................. 25
MÉTODOS DE ESTERILIZAÇÃO .............................................................................. 25
Preparação de material para esterilização ....................................................................... 26
Preparação do ferro cirúrgico...................................................................................... 26
Objectivo ..................................................................................................................... 26
Instrumentos cirúrgicos .................................................................................................. 28
CAPÍTULO IV: Sinais vitais.......................................................................................... 35
Sinais vitais ..................................................................................................................... 36
Objetivos ..................................................................................................................... 36
Directrizes para verificação dos sinais vitais (ssvv) ....................................................... 36
Os sinais vitais devem ser verificado quando ................................................................. 36
Temperatura .................................................................................................................... 37
Febre ........................................................................................................................... 38
Valores normais da temperatura e suas variações ...................................................... 39
Terminologia básica .................................................................................................... 39
Técnicas para a avaliação da temperatura ................................................................... 39
Cuidados de enfermagem para a hipertermia e febre ..................................................... 39
Cuidados de enfermagem para a hipotermia .................................................................. 40
Pulso ............................................................................................................................... 40
Factores que afectam a frequência cardíaca................................................................ 41
Classificação do pulso ................................................................................................ 41
Valores normais .......................................................................................................... 41
Locais de verificação do pulso ....................................................................................... 41
Terminologias ................................................................................................................. 42
Respiração ...................................................................................................................... 42
Factores que influenciam a respiração............................................................................ 42
Valores normais .......................................................................................................... 43
Terminologias ............................................................................................................. 43
Pressão arterial ................................................................................................................ 43
Técnicas de Enfermagem I
TÉCNICAS DE ENFERMAGEM I.
Introdução
Objetivos da disciplina
Breve história de enfermagem
Definição de termos e conceitos
Normas e técnicas de enfermagem
Princípios fundamentais de enfermagem
Princípios da técnica de enfermagem
Objetivo da técnica de enfermagem
Métodos de trabalho
Instrumentos básicos de enfermagem
Importância da enfermagem como ciência
Elaborado por: Marcelino Cassoma & Marcos Bunga (Licenciando em ciências de Enfermagem) 7
Técnicas de Enfermagem I
Introdução
Falar de técnica de enfermagem, normas e princípios da técnica de enfermagem, é falar
de um tema que norteia toda a atividade de enfermagem, ligada ao cuidado com o paciente
e sobretudo no manejo e execução das técnicas.
Objetivo da disciplina
Fornecer conhecimentos ao tema, visando a melhor execução das técnicas de
enfermagem;
Descrever as técnicas, normas e princípios de enfermagem;
Identificar se os enfermeiros conhecem os princípios e normas de enfermagem;
Breve história
A enfermagem tem sido praticada desde o início da história do homem, a partir do
momento em que a primeira pessoa cuidou do outro doente ou da ferida. A pratica de
enfermagem tem tomado várias formas ao longo dos tempos. Nos estados unidos, a
enfermagem organizada teve origem na guerra civil, mas somente em 1873 apareceu as
primeiras escolas de enfermagem, hoje a enfermagem é um campo dinâmico, enriquecido
pelas tradições do passado e desempenha profunda mudança na sociedade e nos cuidados
de saúde.
Florence Nightingale nascido aos 12 de maio de 1820 em Florence, Itália, era filha de
inglês dominava com facilidade o inglês, alemão, italiano além do grego e do latim. No
desejo de realizar-se como enfermeira, passa o inverno de 1844 em Roma, estudando as
actividades das irmandades católicas. Em 1849 faz uma viajem ao Egipto e decide-se
servir a Deus, trabalhando em Kaisersuet, Alemanha, entre diaconisas.
Decidida a seguir a sua vocação procura completar seus conhecimentos que julgava ainda
insuficientes. A guerra declarada a Rússia em 1854 pelos ingleses, franceses e os turcos
que é a guerra da Criméia, deixou os soldados ingleses sentirem-se na maioria
abandonados e que a mortalidade entre os hospitalizados era 40%.
Florence partiu para escutári com 38 voluntários entre religiosos e leigos vindo de
diferentes hospitais. Alguns foram despedidos por falta de adaptação, e principalmente
por indisciplina.
Elaborado por: Marcelino Cassoma & Marcos Bunga (Licenciando em ciências de Enfermagem) 8
Técnicas de Enfermagem I
Após a guerra, Florence fundou uma escola de enfermagem no hospital Saint Thomas,
que passou a servir de modelos para as demais escolas que surgiram posteriormente.
Princípios
São regras de começo de uma determinada técnica, ação ou trabalho.
Também pode ser conjunto de regras que devem ser obedecidos na execução de
uma técnica ou norma do princípio até ao fim.
Técnica
É o procedimento que tem como objetivo obter um determinado resultado, seja no
campo da ciência, da tecnologias ou em outas atividades.
A técnica implica no conhecimentos das operações, como o manejo das
habilidades tanto das ferramentas como os conhecimentos técnicos e a capacidade
de improvisação.
Enfermagem
Segundo a Dra. Wanda de Aguiar Horta, a enfermagem é a ciência de assistir o
ser humano (Individuo, família e comunidade), no atendimento de suas
necessidades básicas, de torna-lo independente desta assistência, quando possível,
Elaborado por: Marcelino Cassoma & Marcos Bunga (Licenciando em ciências de Enfermagem) 9
Técnicas de Enfermagem I
Técnica de Enfermagem
É um conjunto de normas que vão permitir desenvolver habilidades e destrezas
manuais
Todas as medidas que a enfermagem toma para prevenir ou curar uma doença tem como
base medidas de assepsia e cirúrgicas e que quase se assemelham aos rituais sagrados,
porque se alguns dos seus princípios forem infringidos podem causar as pessoas a quem
a eles se destinam prejuízos de tal ordem que leva a perda do maior bem que o homem
lhe foi dado a usufruir, que é a vida.
Elaborado por: Marcelino Cassoma & Marcos Bunga (Licenciando em ciências de Enfermagem) 10
Técnicas de Enfermagem I
Promover a segurança;
Promover conforto ao doente;
Promover economia;
Prevenir ou diminuir as infecções hospitalares ao respeitar as técnicas de assepsia;
Evitar erros e acidentes provocadas por falta de atenção, de conhecimento ou
empírica;
Elaborado por: Marcelino Cassoma & Marcos Bunga (Licenciando em ciências de Enfermagem) 11
Técnicas de Enfermagem I
Método de trabalho
Identificação das necessidades do doente;
Preparação psicológica;
Preparação do ambiente;
Lavagem das mãos;
Desinfecção do tabuleiro;
Execução da técnica;
Registo ou anotação;
Observação;
Resolução de problemas;
Aplicação dos princípios científicos;
Planeamento;
Avaliação;
Criatividade;
Destreza manual;
Comunicação;
Trabalho de equipa;
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Técnicas de Enfermagem I
Importância da enfermagem
Tem como importância assegurar com eficiência os cuidados de enfermagem de
modo a proporcionar ao paciente o mesmo benefício e conforto.
Elaborado por: Marcelino Cassoma & Marcos Bunga (Licenciando em ciências de Enfermagem) 13
Técnicas de Enfermagem I
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Técnicas de Enfermagem I
Observações gerais:
Manter as unhas bem amparadas e de preferência sem pintura excessiva
Usar papel toalha que possibilite o uso individual folha a folha
O uso coletivo de toalha de tecidos ou de rolo é contraindicado pois permanecem
húmidas quando não são substituídas
Elaborado por: Marcelino Cassoma & Marcos Bunga (Licenciando em ciências de Enfermagem) 15
Técnicas de Enfermagem I
Elaborado por: Marcelino Cassoma & Marcos Bunga (Licenciando em ciências de Enfermagem) 16
Técnicas de Enfermagem I
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Técnicas de Enfermagem I
Elaborado por: Marcelino Cassoma & Marcos Bunga (Licenciando em ciências de Enfermagem) 18
Técnicas de Enfermagem I
Unidade do paciente
Conceito: entende-se unidade do paciente a área ocupada pelo mesmo (paciente).
Finalidades:
Prepara a cama segura e confortável
Evitar a propagação de infecções
Conduzir o paciente ao repouso e ao sono
Elaborado por: Marcelino Cassoma & Marcos Bunga (Licenciando em ciências de Enfermagem) 19
Técnicas de Enfermagem I
Tipos de cama
Cama fechada
Cama aberta
Cama de operado
Cama fechada
É aquela que está desocupada, aguardando chegada (admissão) do paciente
Elaborado por: Marcelino Cassoma & Marcos Bunga (Licenciando em ciências de Enfermagem) 20
Técnicas de Enfermagem I
Cama aberta
É aquela que está sendo ocupada por um paciente que pode deambular
Cama de operado
É realizada para receber o paciente que está na sala de cirurgia sob anestesia.
Finalidade:
Proporcionar conforto e segurança ao paciente.
Facilitar colocação do paciente no leito.
Prevenir infecção
OBS: a definição da cama faz-se ao nível da dobra do lençol de cima:
a) Se a dobra estiver por cima da colcha é uma cama aberta;
Elaborado por: Marcelino Cassoma & Marcos Bunga (Licenciando em ciências de Enfermagem) 21
Técnicas de Enfermagem I
Elaborado por: Marcelino Cassoma & Marcos Bunga (Licenciando em ciências de Enfermagem) 22
Técnicas de Enfermagem I
Conceitos:
Contaminação;
Limpeza;
Desinfecção;
Antissepsia;
Assepsia;
Esterilização;
Métodos de esterilização:
Meios físicos;
Meios químicos;
Elaborado por: Marcelino Cassoma & Marcos Bunga (Licenciando em ciências de Enfermagem) 23
Técnicas de Enfermagem I
Assepsia
A palavra assepsia pode ser entendida em dois sentidos de extensão diferentes.
Assepsia medica: refere-se a uma área infectada que nós queremos circunscrever
Assepsia cirúrgica refere-se a uma área esterilizada que nós queremos conservar estéril.
Antissepsia
Designa-se por antissepsia a toda a esterilização, que envolve o emprego de químicos
bactericidas desde que esses caibam dentro, da designação de germicidas que realizam a
destruição de micróbios e os seus esporos, e sejam capazes de realizar a esterilização.
Resgista-se que estes agentes químicos são na generalidade germicidas que realizam a
destruição dos micróbios ou impedem a multiplicação deles. Uns são sólidos e dissolvem-
se num liquido (água), outros são álcoois e outros ainda são gasosos (formol).
Elaborado por: Marcelino Cassoma & Marcos Bunga (Licenciando em ciências de Enfermagem) 24
Técnicas de Enfermagem I
Assepsia: é o conjunto de medidas para realizar um determinado acto sem que durante
ela haja qualquer conspurcação microbiana daquilo que previamente havia sido
esterilizado.
MÉTODOS DE ESTERILIZAÇÃO
Radiações: Ultravioleta
Chamejamento
Calor seco
Esterilização
Álcool
Oxianoreto de mercúrio
Formol, etc.
Elaborado por: Marcelino Cassoma & Marcos Bunga (Licenciando em ciências de Enfermagem) 25
Técnicas de Enfermagem I
Ferros cirúrgicos
Roupas
Compressas
Drenos
Material de sutura
Objectivo
Evitar a propagação de micróbios;
Permitir uma utilização em melhores condições;
Os ferros devem ser preparados, assim os de uma operação séptica devem ser
mergulhados em uma solução antisséptica durante 1h e depois lavados como os outros
ferros. Os ferros não infectados são logo lavados pelo processo vulgar.
Material necessário:
Técnica:
Elaborado por: Marcelino Cassoma & Marcos Bunga (Licenciando em ciências de Enfermagem) 26
Técnicas de Enfermagem I
6. Os ferros que não são para esterilizar novamente, arranjam-se segundo o processo
a utilizar.
Uma caixa retangular sem necessidade de ser perfurada com duas almofadas de gazes e
algodão cardado. Colocam-se na caixa pela ordem seguinte:
Material de campo
Material de dissecção
Materil de hemóstase
Material complementar (material especial)
Depois pôr a segunda almofada e ampola testemunho. Coloca enviesada para esterilizar.
170º________________ 40 minutos
160º________________ 1h
Pelo autoclave:
Devemos utilizar uma caixa perfurada, não esquecendo abrir os orifícios e colocar o papel
testemunho.
Por ebulição:
Um abolidor tem os ferros e bem cobertos com água a qual se juntou 20g/litro de
carbonato de sódio, borato de sódio ou bicarbonato de sódio, que tem a propriedade de
aumentar o ponto de ebulição da água de 100ºC para 104ºC e protege o ferro contra a
oxidação.
Por imersão:
Esteriliza-se por este processo os materiais de corte como bisturis, tesoura, aparelho de
endoscopias, e outros materiais, em álcool absoluto durante 2h ou em cetavlon durante
30 min ao qual juntamos 3 ou 4 comprimidos de nitrato de sódio para evitar a oxidação.
Elaborado por: Marcelino Cassoma & Marcos Bunga (Licenciando em ciências de Enfermagem) 27
Técnicas de Enfermagem I
Instrumentos cirúrgicos
Pinça de preensão: Tem o objetivo de prender tecidos, órgãos e gazes dobradas.
Bisturi são instrumento cirúrgico em forma de pequena faca, reta ou curva, para praticar
incisões.
Elaborado por: Marcelino Cassoma & Marcos Bunga (Licenciando em ciências de Enfermagem) 28
Técnicas de Enfermagem I
Pinça de Kelly
Pinça de Kocher
Pinça de Halstead mosquito
Elaborado por: Marcelino Cassoma & Marcos Bunga (Licenciando em ciências de Enfermagem) 29
Técnicas de Enfermagem I
Elaborado por: Marcelino Cassoma & Marcos Bunga (Licenciando em ciências de Enfermagem) 30
Técnicas de Enfermagem I
Elaborado por: Marcelino Cassoma & Marcos Bunga (Licenciando em ciências de Enfermagem) 31
Técnicas de Enfermagem I
Mayo – hegar
Mathieu
Olsen – hegar
Elaborado por: Marcelino Cassoma & Marcos Bunga (Licenciando em ciências de Enfermagem) 32
Técnicas de Enfermagem I
Pinça pean
Pinça foester
Instrumentos especias:
Elaborado por: Marcelino Cassoma & Marcos Bunga (Licenciando em ciências de Enfermagem) 33
Técnicas de Enfermagem I
Saca fibroma
Elaborado por: Marcelino Cassoma & Marcos Bunga (Licenciando em ciências de Enfermagem) 34
Técnicas de Enfermagem I
Temperatura;
Pulso;
Respiração;
Pressão arterial;
Elaborado por: Marcelino Cassoma & Marcos Bunga (Licenciando em ciências de Enfermagem) 35
Técnicas de Enfermagem I
Sinais vitais
Sinais vitais são medidas fisiológicas que nos indicam as condições de saúde da pessoa.
É um meio rápido e eficiente para se monitorar as condições de saúde da pessoa e
identificar possíveis problemas de saúde.
Os sinais vitais são um grupo de sinais indicadores do desempenho das funções vitais,
medidos para estabelecer seus padrões basais, orientar o diagnóstico inicial de uma
enfermidade, observar tendências dos processos fisiológicos, fazer o acompanhamento da
evolução do quadro clínico e monitorar a resposta do paciente ao tratamento. Chama-se
funções vitais às funções orgânicas directamente responsáveis pela manutenção da vida.
Os sinais vitais a serem avaliados são quatro, mas hoje em dia com o passar do tempo,
estuda-se também a dor como o quinto sinal vital.
1. Temperatura (Tº/ºC)
2. Pulso ou batimentos cardíacos (P ou bpm)
3. Frequência respiratória (R ou mrpm)
4. Pressão arterial (PA/mmHg)
5. Dor
Objetivos
Auxiliar na coleta de dados e avaliação das condições de saúde da pessoa;
Instrumentalizar o enfermeiro na tomada de decisões sobre intervenções
especificas;
Na admissão do paciente;
Dentro da rotina de atendimento;
Na pré-consulta ou consulta hospitalar ou ambulatório;
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Técnicas de Enfermagem I
Temperatura
Temperatura corporal é o equilíbrio entre a perda e a produção de calor do organismo
mediado pelo centro termo regulador (hipotálamo).
A temperatura corporal diz respeito a produção de calor e os mecanismos de regulação e
manutenção da temperatura interna do organismo (termorregulação), que são essenciais
para manter a homeostase (estabilidade fisiológica) sistémica.
A temperatura do corpo é registrada em graus Celsius (centígrados).
A temperatura corporal de uma pessoa pode ser aferida por várias vias:
Oralmente (boca),
Por via retal (ânus),
Inguinal (virilha),
Axilar (axilas),
No ouvido (obtida no tímpano e na pele (na testa).
Elaborado por: Marcelino Cassoma & Marcos Bunga (Licenciando em ciências de Enfermagem) 37
Técnicas de Enfermagem I
A temperatura corporal pode ser anormal devido à febre (temperatura alta) ou hipotermia
(temperatura baixa). É considerada uma febre quando a temperatura do corpo fica acima
de 37,8ºC. A hipotermia é definida como uma queda na temperatura corporal abaixo de
35,0ºC.
A causa mais comum de elevação sustentada da temperatura é a presença de processos
infecciosos, mas ela pode também surgir em função de outros factores.
Febre
Chamamos de febre a temperatura corporal acima do normal (Pirexia) resultado de
processo patológico, ferimentos ou doenças.
Febre continua: permanece sempre acima do normal com variações de até 1 grau, sem
grandes oscilações, e a temperatura nunca desce ao normal.
Febre remitente: quando tem oscilações diárias superiores a 2º, e a temperatura não
retorna ao normal.
Ex: Malária.
Tipo terçã
48 a 48 horas
Tipo quartã
72 a 72 horas
Tipo quotidiana
Em que a febre volta (vai e vem no mesmo dia)
Elaborado por: Marcelino Cassoma & Marcos Bunga (Licenciando em ciências de Enfermagem) 38
Técnicas de Enfermagem I
Terminologia básica
Normotermia: temperatura corporal normal (Apirexia)
Afebril: ausência de elevação da temperatura;
Febrícula: 37,2ºC – 37,8ºC
Febre ou hipertermia: a partir de 37,8ºC
Hiperpirexia: a partir de 40ºC
Hipotermia: temperatura abaixo do normal;
Elaborado por: Marcelino Cassoma & Marcos Bunga (Licenciando em ciências de Enfermagem) 39
Técnicas de Enfermagem I
3- Colocar compressas frias, não geladas, nas pregas inguinais e axilar e na testa
4- Diminuir a quantidade de roupas
5- Proporcionar repouso
6- Orientar em manter a alimentação
Temperatura axilar: apesar de não ser a mais precisa, é a maneira mais utilizada de se
verificar a temperatura.
Pulso
É o batimento que se percebe numa artéria, e que corresponde em condições fisiológicas
e as contrações sistólicas cardíacas.
O pulso é dividido a propagação de uma onda positiva que, das grandes artérias chega até
aos capilares. Esta onda é provocada pela brusca penetração na aorta, a cada sístole
ventricular.
Elaborado por: Marcelino Cassoma & Marcos Bunga (Licenciando em ciências de Enfermagem) 40
Técnicas de Enfermagem I
O pulso é uma sensação ondular que pode ser palpada em uma das artérias periféricas. É
produzido pelo movimento do sangue durante a contração do coração. Os melhores locais
para se palpar o pulso são onde artérias de grosso calibre se encontram próximas à
superfície cutâneas e possam ser comprimidas contra uma superfície firme (normalmente
um osso). As artérias radiais, ao nível dos punhos, são mais comummente usadas na
checagem do pulso em vítimas conscientes.
Frequência de pulsação: é o número pulsações periféricas palpadas a cada minuto.
1. Regularidade
Rítmico: bate ou pulsa com regularidade, ou seja o tempo de intervalo entre o batimento
é o mesmo.
Adolescente: 90 bpm
Elaborado por: Marcelino Cassoma & Marcos Bunga (Licenciando em ciências de Enfermagem) 41
Técnicas de Enfermagem I
Artéria radial;
Artéria femoral;
Artéria poplítea;
Artéria pediosa e tibial;
Terminologias
Normocardia: batimentos cardíacos normal;
Bradicardia: batimentos cardíacos abaixo do normal;
Taquicardia: batimentos cardíacos acima do normal;
Taquisfigmia: pulso rápido e fino (acima do normal);
Bradisfigmia: pulso baixo e fino (abaixo do normal)
Dicrótico: dá a impressão de dois batimentos;
OBS: evitar verificar o pulso em membros superiores afetados por sequelas de lesões
neurológicas ou vasculares;
Respiração
Respiração é um termo que se refere à troca de oxigénio e de dióxido de carbono.
Ventilação, por outro lado, é o movimento do ar que entra e sai do peito. Inalação ou
inspiração é o ato de inspirar o ar, exalação ou expiração é o ato de expirar o ar, ou seja,
colocar ar para fora.
Frequência respiratória (FR): é a quantidade de respiração que acontece em um minuto.
A principal função da respiração é suprir as células do organismo de oxigénio e retirar o
excesso de dióxido de carbono.
A taxa é medida quando uma pessoa está em repouso e simplesmente envolve a contagem
do número de respirações por minuto, contando quantas vezes o peito se expande.
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Técnicas de Enfermagem I
Estresse;
Idade;
Exercícios;
Valores normais:
No homem: 15 à 20 mrpm
Na mulher: 18 à 20 mrpm
Eupneia: 16 à 20 mrpm
Terminologias
Dispneia: dificuldade de respirar;
Taquipneia: aumento da frequência respiratória;
Eupneia: respiração normal;
Bradpneia: redução da frequência respiratória;
Apneia: ausência de movimentos respiratórios;
Cheyne-Stokes: quando o ritmo respiratório é desigual, ou seja, todo alterado.
Kussmaul: respiração profunda e ofegante característico de coma e acidose diabética
grave.
Biot: Respirações superficiais durante 2 ou 3 ciclos, seguidos por período irregular
de apneia.
Lavar as mãos;
Orientar o paciente quanto ao exame;
Não deixar o paciente perceber que estão sendo contados o movimentos;
Contagem pelo período de 1 minuto;
Lavar as mãos no termino e anotar no prontuário;
Pressão arterial
A pressão arterial ou sanguínea é a força do sangue que atua sobre as paredes das artérias,
fazendo pressão sobre elas. Essa pressão é maior durante a sístole (contração do coração)
Elaborado por: Marcelino Cassoma & Marcos Bunga (Licenciando em ciências de Enfermagem) 43
Técnicas de Enfermagem I
e menor durante a diástole (relaxamento do coração). Cada vez que o coração se contrai
(bate), bombeia sangue para as artérias, resultando na pressão arterial mais alta.
Quando o coração relaxa, a pressão arterial cai. Assim, dois números são registrados ao
medir a pressão arterial: o maior deles acontece durante a sístole cardíaca e é chamado de
pressão sistólica; o menor deles se verifica no momento de diástase, sendo chamado de
pressão diastólica.
A hipertensão arterial (ou elevação da pressão arterial) aumenta diretamente o risco de
ataque cardíaco, insuficiência cardíaca e acidente vascular cerebral. Com a hipertensão
arterial, as artérias podem ter uma resistência aumentada contra o fluxo de sangue,
fazendo com que o coração bombeie com mais força para o sangue circular.
A pressão arterial sistólica normal deve ser de, no máximo, 120 mmHg (milímetros
mercúrio) e a pressão diastólica deve ficar igual ou inferior a 80 mmHg. No entanto, esses
números devem ser usados apenas como guia. Uma única medida da pressão arterial
elevada não é necessariamente uma indicação de um problema. O médico precisa ver
várias medições da pressão arterial durante vários dias ou semanas antes de fazer um
diagnóstico e iniciar um tratamento.
Elaborado por: Marcelino Cassoma & Marcos Bunga (Licenciando em ciências de Enfermagem) 44
Técnicas de Enfermagem I
Terminologias
Hipertensão: Pressão arterial acima da média
Elaborado por: Marcelino Cassoma & Marcos Bunga (Licenciando em ciências de Enfermagem) 45
Técnicas de Enfermagem I
Enteral
Parenteral
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Técnicas de Enfermagem I
Administrar medicamentos;
Ensinar os pacientes a utilizar os medicamentos, de forma correta e segura.
Para cada fármaco que se administra, o enfermeiro deve-se estar familiarizado com:
Medicações
A administração de medicamento em um organismo humano é um procedimento que
provoca uma serie de efeito desde psicológico até bioquímicos podendo ter resultados
desejáveis e indesejáveis. Ao preparar o medicamento o profissional deve prestar muita
atenção.
Elaborado por: Marcelino Cassoma & Marcos Bunga (Licenciando em ciências de Enfermagem) 47
Técnicas de Enfermagem I
Os 5 certos da medicação
1. A medicação certa;
2. A dose certa;
3. A via certa;
4. A hora certa;
5. O paciente certo;
Quem prepara administra. Não administrar medicamentos preparados por outras pessoas.
Cuidados importantes
O copo graduado tem as seguintes medidas:
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Técnicas de Enfermagem I
Via Enteral.
Via Parenteral.
Via Oral
Via Rectal
Intravenosa
Intramuscular
Directa Intra-dérmica
Subcutânea
Intra-arterial
Parenteral
Respiratória
Cutânea
Indirecta Vaginal
Ocular
Auricular
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Técnicas de Enfermagem I
Via oral
É administração de medicamento pela boca.
Contra indicação:
Vantagens:
Mas seguro.
Mas conveniente.
Mas econômico.
Desvantagem:
Material necessário:
Uma bandeja
Copo com água ou seringa descartável (S.O.S)
Prescrição médica
Medicamento prescrito
Uma colher (S.N)
Um guardanapo
Procedimento:
1. Lavar as mãos
2. Identificar o recipiente com nome do paciente, número do leito, medicamento e
dose.
3. Levar a bandeja para junto do paciente.
4. Colocar o medicamento no recipiente, diluindo-os se for necessário.
Elaborado por: Marcelino Cassoma & Marcos Bunga (Licenciando em ciências de Enfermagem) 50
Técnicas de Enfermagem I
Absorção sublingual
São colocados debaixo da língua para ser absorvido diretamente pelos pequenos vasos
sanguíneos.
A maioria dos medicamento não podem ser administrado por essa via porque a
absorção é em geral incompleta.
Elaborado por: Marcelino Cassoma & Marcos Bunga (Licenciando em ciências de Enfermagem) 51
Técnicas de Enfermagem I
Via rectal
É a introdução de medicamento no recto, em forma de supositório ou clister
medicamentosa.
Finalidade:
Vantagens:
Desvantagem:
Material necessário:
1. Bandeja.
2. Supositório.
3. Gases úmidas e secas.
4. Comadre (S.N).
Elaborado por: Marcelino Cassoma & Marcos Bunga (Licenciando em ciências de Enfermagem) 52
Técnicas de Enfermagem I
Procedimento:
Lavar as mãos.
Reunir os material.
Explicar o procedimento ao paciente.
Calçar luvas.
Colocar o paciente na posição de SIMS.
Com o polegar e indicador da mão não dominante, entreabrir as nádegas.
Introduzir supositório no recto, delicadamente e pedir ao paciente que retenha por
alguns minutos.
Colocar os material em ordem.
Tirar as luvas e lavar as mão.
Anotar no prontuário.
OBS: O paciente poderá colocar o supositório sem o auxílio de enfermagem, desde que
seja orientado.
Elaborado por: Marcelino Cassoma & Marcos Bunga (Licenciando em ciências de Enfermagem) 53
Técnicas de Enfermagem I
Via parenteral
Consiste na aplicação de um fármaco de forma invasiva no organismo através de uma
agulha. Essa é a via que entra em contacto direto com a corrente sanguínea.
A via parenteral pode ser divido em diversas vias de administração, considerando como
as mais importantes:
1. Intradérmica (ID)
2. Subcutânea (SC)
3. Intramuscular (IM)
4. Intravenosa (IV)
Vantagens
A disponibilidade é mais rápida e mais previsível. No tratamento de emergência
Absorção mais rápida e completa
Maior precisão em determinar a dose desejada
Obtenção de resultado mais seguro
Possibilidade de administrar determinadas doses que são destruídas pelos sucos
digestivos
Desvantagens
Dor, geralmente causada pela picada da agulha ou pela irritação da droga
Em caso de enganos, pode provocar lesões consideráveis
É difícil para um paciente injetar o fármaco em si mesmo, se for necessário a
automedicação
Altos custos
Devido ao rompimento da pele, pode ocorrer o risco de adquirir infecção
Uma vez administrada a droga, impossível de retira-la
Elaborado por: Marcelino Cassoma & Marcos Bunga (Licenciando em ciências de Enfermagem) 54
Técnicas de Enfermagem I
Via intradérmica
Consiste na aplicação de um fármaco na derme, camada logo abaixo da epiderme
(Camada superficial da pele). É via restrita, usados para pequenos volumes de 0,1 à 0,5ml
no máximo.
Locais de aplicação
Face anterior do antebraço
Locais pobre em pelos, que possui pouca pigmentação
Possui pouca vascularização
Ter fácil acesso à leitura
Inserção inferior do musculo deltoide
Via subcutânea
É a introdução de uma droga no tecido subcutâneo ou hipoderme
Finalidade
Terapêutica lenta, continua e segura pela tela subcutânea
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Técnicas de Enfermagem I
Área de aplicação
Os locais mais adequados para a aplicação são aqueles afastados das articulações,
nervos e grandes vasos sanguíneos:
Partes externas e superiores dos braços;
Laterais e frontais das costas;
Regiões gástricas e abdomes (região peri-umbilical);
Nádegas;
Costas (logo acima da cintura escapular)
Angulação da agulha
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Técnicas de Enfermagem I
Via intramuscular
É a introdução de medicamentos nas camadas musculares.
Finalidades
Terapêutica de efeitos relativamente rápidas;
Volume injetado
Ventroglúteo: 1 à 4ml
Material necessário
1. Uma bandeja;
2. Medicamento prescrito;
3. Uma taça com bolas de algodão secas e outras embebidas em álcool a 70%;
4. Seringa;
5. Prescrição medica;
6. Luvas de procedimento;
7. Aparadeira para os sujos;
Procedimentos
1. Comunicar o paciente;
2. Posicionar bem o paciente;
3. Calçar as luvas;
4. Traçar uma alínea partindo do sulco nadegueiro, até a espinha ilíaca posterior-
superior (da crista ilíaca até ao grande trocânter do fêmur);
5. Fazer antissepsia de cima para baixo ou de forma circular de dentro para fora;
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Técnicas de Enfermagem I
500mg----------------2ml
250mg---------------.X
500mg.X= 2ml.250mg
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Técnicas de Enfermagem I
Via intravenosa
É a introdução de grandes quantidades de líquidos dentro da veia, afim de repor o que foi
perdido cujo a seleção é feita através das necessidades do paciente e sob prescrição
medica.
Vantagens
Absorção rápida;
Volume maior de medicamentos;
Administração de substâncias que poderiam ser irritantes por outras vias;
Possibilidades de administrar medicamentos em pacientes incapazes de deglutir;
Desvantagens
Risco potencial de infecção;
Complicações
Flebites;
Obstrução;
Infiltração;
Hematomas;
Embolias;
Abcessos;
Riscos de choques e alergias;
Antebraço
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Técnicas de Enfermagem I
Material necessário
1. Uma bandeja
2. Medicamento prescrito;
3. Seringa;
4. Bolas de algodão secas e embebidas em álcool a 70%;
5. Garrote;
6. Resguardo impermeável;
7. Aparadeira para os sujos,
8. Pequena almofada,
9. Luvas de procedimentos,
Procedimento
1. Comunicar o paciente;
2. Posicionar o braço e escolher a melhor veia;
3. Colocar o garrote aproximadamente 10 cm de distância da punção;
4. Pedir para o paciente fechar a mão;
5. Fazer antissepsia de baixo para cima;
6. Com o bisel voltado para cima, puncionar com um ângulo de 15º à 25º,
introduzindo mais ou menos metade da agulha;
7. Soltar o garrote;
8. Pedir para o paciente abrir a mão;
9. Introduzir a medicação lentamente,
10. Retirar a seringa com um movimento reto e firme;
11. O paciente deve manter o braço distendido, pressionando a bola de algodão por
cerca de 2 minutos.
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Técnicas de Enfermagem I
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Técnicas de Enfermagem I
Dor
Rubor
Edema
Calor
Exsudado purulento
Sinais secundários:
Atraso da cicatrização
Descoloração do tecido de granulação
Bolsas fistulosas
Aumento do odor
Exsudado seroso
Excisão: é o ato cirúrgico pelo qual se promove a rescisão de todas as áreas necrosadas.
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Técnicas de Enfermagem I
Feridas
Definição das feridas
Contaminadas: feridas com tempo maior de 6h entre o trauma e o atendimento sem sinal
de infecção
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Técnicas de Enfermagem I
Feridas fechada: não existe ruptura na pele e mucosa: tais feridas são frequentemente
causadas por golpes directos, tracção ou desaceleração forte rotação ou flexão, ou acção
muscular directa.
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Técnicas de Enfermagem I
É uma reação inflamatória cujo o resultado final é a reparação das feridas através da
formação do tecido cicatricial.
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Técnicas de Enfermagem I
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Técnicas de Enfermagem I
Deiscência
Pensos
Conceito
Pensos secos:
Asséptico
Antisséptico
Absorvente
Compressivo
Pensos húmidos:
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Técnicas de Enfermagem I
Pensos secos
São aqueles que ao serem feitos, os pensos a aplicar à lesão não são previamente
molhados nem depois de terem sido aplicados a lesão.
Penso seco asséptico: é um penso que se faz sobre uma ferida não infectada e que tem
como finalidade, proteger contra infecção e promover a sua cicatrização.
Penso seco antisséptico: é feito numa ferida infectada, sobre o qual se deixa um
antisséptico (soluto de Dakin, iodopovidona, violeta) a actuar para destruir os micróbios.
Penso seco permeável: é um penso na qual, depois de feito permite o arejamento possível
da ferida, por isso faz-se com uma ou duas compressas de gazes ao cobrir.
Penso seco compreensivo: é um penso que se faz com a finalidade de comprimir uma
ferida que sangra, com o intuito de se fazer uma hemóstase. No entanto, não deve-se
comprimir demasiadamente a ferida para não comprometer a circulação.
Pensos húmidos
São os que para serem feitos, os pensos a aplicar na lesão precisam previamente serem
umedecidos, podendo até continuar a umedece-los mesmo depois de aplicados na ferida.
Geralmente, estes pensos são feitos nas feridas crônicas e supurativas.
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Técnicas de Enfermagem I
OBS: O material é preparado de acordo com o tipo de penso que se pretende executar,
e é transportado para unidade ou enfermaria do doente por meios de carro de pensos ou
tabuleiros.
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Técnicas de Enfermagem I
Penso cirúrgico
É o penso que se faz numa ferida operatória e que tem como finalidade, proteger a ferida
contra infecções, traumatismo, promovendo assim a sua cicatrização.
Fora do campo:
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Técnicas de Enfermagem I
Procedimentos:
Depois de ter informado o paciente sobre o procedimento que lhe será feito,
explicando-lhe as vantagens do mesmo, e preparar o ambiente. feito isto, vai para
a sala de trabalho preparar o material.
Leve o material para junto do doente
Isolar o doente se for uma enfermaria
Fechar as janelas mais próximas
Coloque o paciente na posição que requer o tratamento.
Colocar os resguardos.
Colocar uma das aparadeiras sob o resguardo junto da ferida.
Desinfectar as mãos, e calçar as luvas;
Retirar o penso que se encontra na ferida, empregando o éter se estiver fixado com
adesivo.
Com duas pinças (uma de kocher e uma de dissecção), dobrar uma compressa em
4 e passar a mistura antisséptica na ferida, ou antes da substancia antisséptica,
limpar com uma substancia asséptica (Soro fisiológico).
Se limpou com soro fisiológico, dobrar outra compressa em 4 para secar e depois
é que se aplica a substância antisséptica.
Cobrir a ferida colocando várias camadas de compressas.
Fixar o penso com ligadura ou adesivo.
Colocar material utilizado na outra aparadeira.
Retire a aparadeira e os resguardos que estão na cama. Deixando o paciente
confortável
Arrumar o material e leve-o para a sala de trabalho, onde vai lava-lo, esteriliza-lo
e arrumar cada qual no seu respectivo lugar.
Registo:
Registar:
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Técnicas de Enfermagem I
Definição:
A sutura pode ser interna e externa; podendo ser ainda continuas ou descontinuas.
Precauções:
Nunca se deve suturar um feri mento que tenha completado 12h ou mais, se depois
de suturada começar apresentar sinais de inflamação, mau cheiro ou pús, retire
imediatamente os pontos de sutura e matem a ferida aberta.
Suturar apenas ferimentos de carácter incisos e tornar antas as bordas rentes se
não estiverem.
Não é aconselhável fazer síntese numa ferida provocada por mordeduras de
animais
Depois de se ter feito a síntese, perguntar ao paciente ou os seus acompanhantes
se já tenha sido vacinado contra tétano e se traz consigo o seu certificado de
vacinação. Certificar de a vacina pretendida está em dia se for não, perguntar se
não é alérgico ao soro antitetânico para evitar a reação anafilático.
Convém ter sempre à mão uma ampola de adrenalina ou corticoide.
Material necessário:
Tabuleiro contendo:
Um campo fenestrado
Duas pinças de kocher
Duas pinças de dissecção
Uma tesoura ou bisturi
Uma pinça porta agulha
Gazes
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Técnicas de Enfermagem I
Fora do campo:
Procedimento:
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Técnicas de Enfermagem I
Registo:
Registar:
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Técnicas de Enfermagem I
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