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CIRURGIA E
ANESTESIOLOGIA
EXCLUSIVE
@emmanuelpacheco_20
1
HEXACLOROFENO:
PARACLOROMETAXILENOL (PCMX):
TESOURAS
BISTURIS
MAYO-HARRINGTON
Solicitação manual da tesoura: dedos indicador e médio Na solicitação dente de rato -> Polegar e indicador
realizando movimentos de abertura e fechamento e fletidos formando um círculo.
demais dedos fletidos. Dedos retificados para tesoura
reta e dedos encurvados para tesoura curva. Temos outros tipos de pinças, como a de Adson, Nelson,
Mayo-Russa, De-Bakey (prende vasos de menor
Arrumação na mesa: obedece a seguinte ordem, já calibre).
mencionada: Tipo, Curvatura e Tamanho. Lembrar que
na mesa a curvatura deve ser para baixo. PINÇAS HEMOSTÁTICAS – 3º QUADRANTE
Ex. Metzembaum (curva – reta – tamanho (menor- As pinças hemostáticas são pinças de preensão
maior) depois Mayo. contínua, usadas para coibir ou prevenir sangramento.
Possuem cremalheiras que as mantém presas. Podem
PINÇAS – 2º QUADRANTE ser retas, curvas com ou sem dentes, com estrias
longitudinais ou transversais, totais ou parciais.
Crile: São parecidas com a Kelly, porém as ranhuras SUPRAPÚBICA: possui em uma das suas extremidades
ocupam toda a parte funcional. Além de que é uma uma curvatura em C e a outra um cabo, utilizada
pinça longa. principalmente em cirurgias gineco-obstétricas.
AFASTADORES ESTÁTICOS:
BALFOUR: junção da suprapúbica com Gosset.
ESPECIAIS – 5º QUADRANTE
Cirurgia gastrintestinal:
Collin Coração: pinça de preensão atraumática para Backhaus: Pinça de campo usada para prender os
tecidos ou vísceras ocas ou da língua pelo campos à pele, os campos entre si ou fixar objetos nos
anestesiologista. Superfície com ranhaduras e ponta campos.
com aspecto arredondado.
6º QUADRANTE
1. Identificação do anestesiologista;
2. Identificação do paciente;
3. Dados antropométricos (peso, altura, circunf);
4. Antecedentes pessoais e familiares;
LARINGOSCÓPIOS
5. Exame físico, incluindo avaliação da VA;
6. Diagnóstico cirúrgico e doenças associadas; • Mackintosh: lâmina curva – encaixa na valécula
7. Tratamento (fármacos atuais ou recentes); epiglótica, usada em obeso e pescoço longo
8. Jejum pré-operatório; • Miller: lamina reta – mais usada em crianças e
9. Resultados dos exames complementares; passa por cima da epiglote
10. Estado físico;
A partir de duas tentativas sem sucesso por um
11. Prescrição pré-anestésica;
especialista já considera-se uma via aérea difícil. A
12. Consentimento informado específico p/
lâmina com ponta articulada é para o uso de pacientes
anestesia;
com intubação traqueal difícil, em que o grau de
dificuldade é maior.
DIFERENÇAS ANATÔMICAS ENTRE A VA DO
ADULTO – CRIANÇA
Tétano, pois o trismo torna impossível uma intubação O índice estratifica a dificuldade de intubação
orotraqueal, esta classificação está relacionada com a
orotraqueal.
desproporção entre a língua e a cavidade oral e divide-
Corpo estranho traumático, por causar obstrução das se em 4 classes:
vias aéreas.
0: epiglote visível com a abertura de boca e protrusão da
Lesão de maxila ou mandíbula, tanto a ventilação com língua.
máscara quando a intubação é difícil.
I: visualiza-se toda a parede posterior da orofaringe,
Radioterapia, por causa da fibrose que distorce a via incluindo o polo inferior das tonsilas palatinas, palato
aérea. mole, fauce, úvula e pilares amigdalianos visíveis;
Síndrome da ATM, pois impede que o paciente abra a II: visualiza-se parte da parede posterior da orofaringe,
boca. palato mole, fauce e úvula visíveis;
Angioedema, edema obstrutivo das vias aéreas. *III: visualiza-se a inserção da úvula e o palato mole. Não
se vê mais a par de posterior da orofaringe.
Acromegalia, língua e ossos grandes.
*IV: visualiza-se apenas parte do palato mole
Artrite reumatoide inflamatória, quando afeta a (parcialmente visível) e o palato duro.
articulação cricotireoideana deixa a cervical imóvel e
promove uma rotação laríngea. *III e IV não ventila com máscara.
ABORDAGEM DA VAD
II: somente a parte posterior da glote é bem visualizada. O -> Obstrução: qualquer condição que leve à obstrução
tornará a laringoscopia e a ventilação difíceis. Ex:
III: somente epiglote visível.
epiglotite, abcesso peritonsilar e trauma
IV: visualização parcial ou nula da epiglote.
N -> Neck Mobility (Mobilidade cervical – no peito
encoste o queixo). Pede-se para flexionar o queixo no
peito e em sequida estender como se fosse olhar para o
teto. Doentes com colar cervical não podem movimentar
o pescoço, logo são mais difíceis de intubar.
• Anestesiologista experiente
• Ausência de hipertonia muscular
• Posição olfativa otimizada – alinhar o lobo da
orelha ao esterno.
Em pacientes Mallampati III ou IV já é esperado um
• Compressão laríngea externa
Cormack III ou IV também. Grau III e IV significa que a
• Material adequado
laringe é anteriorizada.
A ponta da lâmina deve ser inserida na valécula
MÉTODO MNEUMÔNICO LEMON: epiglótica, tracionar o laringoscópio para cima e para
trás, realizando assim a elevação da epiglote e expondo
COMO IDENTIFICAR UMA VAD:
as cordas vocais.
• Tumores
• Extensão cervical inadequada – deve ser >
6,5cm.
• Variações anatômicas
• Infecções
• Traumas
• Anomalias congênitas
- Ausência de CO₂ exalado (ou seja, nada da ventilação Avaliar a probabilidade e o impacto dos problemas
está atingindo as vias aéreas inferiores e sabemos que básicos de manuseio que podem vir a ocorrer.
se usa a capnografia
• Ventilação difícil
– Monitorização de CO₂ exalado – para determinar a • Intubação difícil
ventilação do paciente); • Dificuldade de colaboração do paciente ou não
consentimento
- Ausência da expansibilidade torácica; • Dificuldade na traqueostomia
- Distensão gástrica durante ventilação com pressão + *Administrar oxigênio suplementar durante todo o
(há uma obstrução para a ventilação pulmonar de forma procedimento.
que ao invés do ar ir para o pulmão, ele vai para o
DICA: a cada realização de procedimento, prender a
esôfago, causando a distensão do estômago).
respiração enquanto não ventila o paciente, pois se você
Situações que encontrou maior dificuldade para sentir necessidade de respirar, significa que o paciente
realização da ventilação sob máscara: também está precisando, ou seja, hora de ventilar.
- Presença de barba (único fator modificável, pois a 1. Paciente acordado X indução anestésica
barba forma um coxim entre a pele e a máscara facial, 2. Técnica não invasiva para acesso inicial X
dessa forma, o ar escapa nesse espaço); técnica invasiva para acesso inicial
3. Preservar ventilação espontânea X abolir
- Mallampati III e IV; ventilação espontânea
• Dificuldade de ventilação com máscara e com Realizar anestesia de nervos regionais: laríngeo
dispositivos supraglóticos (máscaras recorrente e glossofaríngeo.
laringeas)
• Dificuldade de laringoscopia Anestesia translaríngea.
• Dificuldade de intubação
Realizar brioncoscopia.
• Dificuldade de acesso cirúrgico à via aérea
COMPLICAÇÕES NA INTUBAÇÃO:
Administrar ativamente oxigênio suplementar durante
todo o manuseio da via Laringoespasmo, crupe e estridor.
• Desenvolver estratégias primárias e
Para evitar as complicações fazer oxigênio com pressão
alternativas.
positiva, administrar succinilcolina, adrenalina em
DISPOSITIVOS SUPRAGLÓTICOS: aerossol e realizar digito pressão retroauricular.
São úteis em indivíduos nas quais a tentativa de Como saber se o tubo endotraqueal está corretamente
intubação não foi bem sucedida ou nos que se sabe que posicionado?
dificilmente a intubação será um sucesso. Podemos
usar máscaras laríngeas e combitube. • Ausculta pulmonar (sugere que está no local
ideal, mas não confirma)
• Capnógrafo (detector de dióxido de carbono): A
presença de CO2 no ar expirado indica que a
intubação foi bem-sucedida, mas não garante
que o tubo endotraqueal está em posição
correta
• Modo mais adequado para confirmação:
radiografia de tórax
VA EM PACIENTE ACORDADO:
• Lacerações
• Equimoses
• Hematomas
supra-orbitários caracterizam-se pelo sinal de Hemostasia — toda vez que corta, sangra. No momento
Guaxinim, sugerido fratura de base do crânio do corte, há liberação de epinefrina, TXA2 e PGE2 local,
com vasoconstricção. A exposição do colágeno propicia,
• Bossas Sangúineas então, a agregação plaquetária, e essas plaquetas que
chegaram soltam vários grânulos e corpos densos.
É o acumulo de sangue em um espaço pré existente.
É ESSA COAGULAÇÃO IMEDIATAQUE CAUSA A
TIPOS DE CICATRIZAÇÃO
HEMOSTASIA QUE CESSA EM 10-15MIN APÓS A LESÃO.
PRIMÁRIA OU PRIMEIRA INTENÇÃO: ferida cirúrgica,
Essa é a parte mais importante para iniciar a
menos contaminada.
coagulação, pois esses grânulos que vão conter
Contra-indicações = tempo maior que 6h, albumina, fibrinogênio, fatores de crescimento, fatores
suprimento sanguíneo inadequado (quando não de coagulação.
chegam as células de defesa, por problemas de
Os corpos densos liberam ADP, ATP e Ca+ (Agrega
circulação), perda de substância, feridas muito
mais), e as células endoteliais liberam prostaciclinas
contaminadas (terra, pus, deve fazer
(inibem agregação). O fibrinogênio liberado se
desbridamento antes), feridas por mordedura
converterá em fibrina para repor a matriz lesada.
de cão, gato ou humanas (apenas alguns pontos
em lacerações muito abertas, mas não é uma Fatores de crescimento: primeiramente atraem
sutura mesmo) — Nesses casos, a conduta é neutrófilos e monócitos para fagocitar as células
manter … estranhas no local. Na segunda etapa, estimula
proliferação e ativação de fibroblastos, estimulando a
SECUNDÁRIA OU SEGUNDA INTENÇÃO: quando se deixa
epitelização e a formação do tecido de granulação
a ferida aberta e ela se fecha a partir de sua força
contrátil pelas pontes de colágeno. Ativação da cascata de coagulação: a partir da trombina,
vai culminar formação de fibrina (pacientes com
TERCIÁRIA OU TERCEIRA INTENÇÃO: fazer a sutura em
vonWillebrand não conseguem firmar esse estágio, com
um terceiro momento, após melhorar a infecção e
cicatrização muito mais lenta).
realizar o desbridamento — uma ferida contaminada
que começa a cicatrizar por segunda intenção e depois A fibrina aglomerada forma a fibronectina, que funciona
você intervém por primeira intenção. como uma matriz provisória. O aumento da
permeabilidade vascular (cininas) vai causar edema, e a
É quando após o tecido já com granulação, o cirurgião
matriz provisória evita a perda de líquidos.
intervém e fecha as bordas da ferida ou aplica um
enxerto. Inflamação — calor, dor, rubor e edema — começa no
momento da lesão, havendo lesão do endotélio e
FASES DA CICATRIZAÇÃO:
exposição do colágeno subendotelial, lesão de vasos,
Processo presente em todas as feridas, seja qual for, degranulação de plaquetas.
devendo ocorrer perfeita e coordenada cascata de
Uma das funções primárias da inflamação é
eventos celulares, moleculares e bioquímicos, quais
levar células inflamatórias à área lesada. Essas
sejam (1) inflamação, (2) proliferação celular, (3)
células destroem as bactérias e eliminam os
formação de tecido de granulação, (4) contração e (5)
resíduos de células mortas e matriz lesada,
remodelação da ferida.
permitindo que o processo de reparo continue.
FASE INFLAMATÓRIA:
O início se dá ela secreção das cininas e dos mediadores
(0 – 5 DIAS): se inicia no momento da lesão e é inflamatórios. Depois, as células vão começando a
constituída por cincos importantes eventos: chegar, sendo que as primeiras são os neutrófilos.
Selectina e integrina são receptores na membrana e no
1. Vascoconstricção; endotélio para a adesão dos neutrófilos, que vão liberar
2. Acúmulo ou agregação de plaquetas; radicais livres, importantes para desbridamento e
3. Depósito de fibrina e coagulação; fagocitose de partículas estranhas.
4. Migração de leucócitos;
5. Ativação celular; Os neutrófilos permanecem até infecção ou material
desvitalizado (a necrose estaciona nessa fase, por isso
não cicatriza sem desbridar).
3
Após 48h, chegam os macrófagos, que vão fazer as Entretanto, ocorre problema, caso haja alto lactato, pH
mesmas coisas do neutrófilo, mas também vão ativar ácido e hipóxia (baixa perfusão ouinfecção). A migração
linfócitos, fatores de crescimento e NO (antimicrobiano). de fibroblastos vai ocorrendo e são ativados pelo fator
Alcançam o pico no terceiro dia pós trauma, apresentam de ativação.
meia-vida muito maior que os neutrófilos e persistem
até que a cicatrização se complete. - Formação do tecido de granulação — […] a ferida fica
rosa pela neoangiogênese
Linfócitos, eosinófilos e basófilos também aparecem,
liberando TNF-∂. Macrófagos e linfócitos exercem - Fibroplasia — produção do colágeno, que sustenta
funções importantes, porém neutrófilos não são nossa pele, precisando ser reposto. A maioria é do tipo I
essenciais, desde que não haja contaminação e só 10-20% do tipo III, sendo que o I tem cadeias ligadas
bacteriana, pois, seu papel na fagocitose e na defesa de modo estável, formadas pela hidroxilação da prolina
antimicrobiana pode ser desempenhado pelos e lisina, a qual precisa de co-fatores (Fe, Vit C, O2 e Vit
macrófagos. B6), sem os quais a cicatriz vai ser fraca, frágil.
Entretanto, o colágeno ainda está solto.
Logo após, ambos iniciam o desbridamento celular da
ferida, por fagocitose e material estranho. Os linfócitos FASE DE MATURAÇÃO OU REMODELAÇÃO:
começam seu pico em torno do 5º dia, com o linfócito T
(7 DIAS – 1 ANO): começa a predominar como atividade
com papel crucial.
primária de cicatrização da ferida aproximadamente 21
FASE PROLIFERATIVA: dias após a lesão. Normalmente, ocorre equilíbrio entre
a taxa de síntese e degradação do colágeno. A regulação
(4d- 14DIAS): na ausência de infecção significativa ou da síntese de colágeno e regulada pelo interferon-y, TNF
contaminação, a fase inflamatória é curta. Essa fase é alfa e pela própria matriz de colágeno.
caracterizada pelos eventos:
Ocorre nessa fase a formação do tecido cicatricial,
1. Reepitelização; remodelamento da ferida e a maturação do colágeno.
2. Migração de fibroblastos;
3. Formação de tecido de granulação; REMODELAMENTO DA FERIDA: ocorrem os seguintes
4. Angiogênese (neovascularização); mecanismos: equilíbrio síntese-degradação do
5. Síntese proteica (colágeno); colágeno, redução da vascularização, reabsorção de
6. Contração da ferida glicoproteínas, albumina, globulinas, degradação dos
proteoglicanos, reabsorção da água e eletrólitos,
Essa fase é caracterizada pela restauração da barreira redução da infiltração de células inflamatórias.
contra perda de fluidos e infecções por meio da
proliferação de fibroblastos, processo de fibroplasia. A remodelagem secundária ocorre nos tendões, que
Ocorre ainda o fenômeno de epitelização e da formação exigem um processo de remodelagem diferente da pele:
do tecido de granulação. a deposição de colágeno se dá de forma paralela às
fibras musculares.
Neoepitelização — se a membrana basal está intacta, a
reepitelização da epiderme ocorre direto em 3 dias. MATURAÇÃO DO COLÁGENO: o colágeno tipo III é
Senão, teremos de repor o colágeno, então a matriz sintetizado até o dia 21º após a lesão, enquanto que a
provisória passa a ser substituída pelo colágeno, com resistência à tensão da ferida operatória continua a se
restauração da continuidade do tecido lesado, desenvolver mesmo depois de encerrada a síntese de
diminuindo sangramento e impedindo entrada de colágeno.
antígenos.
Só cerca de muito tempo depois, tipo uns 20 anos, a
A lesão da membrana basal implica em migração ferida começa a perder a resistência a tensão. Fatores
desorganizada a partir das bordas ou ilhas para formar que contribui para o aumento da resistência a ferida:
novo epitélio, até que uma célula encosta na outra.
• Oxigenação das feridas;
Neoangiogênese — importante para a nutrição do local • Vitamina c;
que vai cicatrizar, começando a se desenvolver a partir • Proteinemia;
de brotos, ativadas pelos fatores de crescimento e pelo • Oligoelementos (ferro, zinco...)
TNF-∂.
PROCESSO DE CONTRAÇÃO: processo final de
remodelagem pela mobilização dos tecidos vizinhos,
4
Tecidos no pós operatório que necessitam A mesma coisa ocorre com os lipídios (ácidos graxos +
continuamente de glicose: cérebro e células da ferida glicerol), em que o glicerol serve como substrato para a
operatória – praticamente só utilizam glicose como síntese hepática de glicose.
substrato energético.
HÉRNIA INGUINAL
ETIOPATOGENIA
isso é uma predisposição, ou seja, um paciente que tem Que é aumentar a pressão dentro da cavidade
prisão de ventre e vive tendo que exercer pressão para abdominal. Você pede para o paciente colocar a mão na
defecar e isso possa causar uma protrusão o que causa boca e assoprar, aumentando a pressão na cavidade
a herniação. abdominal e isso vai fazer com que a hérnia apareça, um
inchaço e um aumento de volume faz com que a
Podendo acontecer também em pacientes com sensibilidade do exame físico aumente.
prostatismo, como por exemplo pacientes com
disfunções na próstata eles fazem muita força para
urinar o que favorece também a formação de hérnia na
região inguinal, paciente com ganho de peso substancial
o que força muito o abdome ou um paciente tabagista
que tosse muito e isso influencia na pressão na cavidade
abdominal;
QUADRO CLÍNICO
peritoneal e por fim o peritônio, sendo a última camada 2) 2) Se a hérnia é no trígono de Hasselbach eu faço
antes das vísceras abdominais. a mesma manobra, sendo que se for uma hérnia
inguinal direta ela irá empurrar meu dedo em
A formação testicular ocorre dentro da cavidade sentido anterior, ou seja, se ela empurra meu
abdominal e desce através do conduto peritônio-vaginal dedo em minha direção.
a partir da 28ª semana de gestação, até se alocar e
terminar sua descida dentro da bolsa escrotal. Obs.: examine o paciente de frente para ele porém de
maneira oblíqua. Obs.: a hérnia inguinal direta é medial
Após isso, esse conduto citado acima se oblitera e aos vasos epigástricos enquanto a hérnia inguinal
encerra, em um indivíduo saudável. indireta fica lateralmente aos vasos epigástricos.
A comunicação entre a cavidade abdominal e a bolsa Se você puder ver vídeos sobre a diferença das hérnias
escrotal, restando apenas estruturas que comunicam diretas e indiretas seria interessante. O conteúdo se
os testículos com essa cavidade, passando através do hérnia e você também vê anatomicamente o “pescoço da
canal inguinal, sendo que essas estruturas são: funículo hérnia” esse segmento pode se encarcerar.
espermático, os nervos, o músculo cremaster e outras
estruturas importantes.
COMO DIFERENCIAR?
o Técnica de Shouldice: que foi caracterizada por aberta porque você deve evitar a ares de
uma menor taxa de recidivas, sendo marcada cicatrização.
pelo imbricamento de camadas, ou seja,
suturando as camadas uma sobre a outra. HÉRNIA UMBILICAL
o Técnica de Lichtenstein (cirurgia aberta):
O mecanismo relacionado com o surgimento da hérnia
necessita da realização de hernioplastia com a
resulta do abaulamento de estruturas abdominais
colocação de tela (prótese), que impede que o
devido uma fraqueza na parede à nível da cicatriz
conteúdo abdominal extravase através dessas
umbilical.
falhas de parede, é chamada de técnica sem
tensão. Nessa técnica é utilizado fio de sutura não Pode ser consequência da distensão excessiva da
absorvível. parede abdominal, como na gravidez, durante o parto e
ascite.
HÉRNIA INCISIONAL
Essa é a característica dos anestésicos locais. Os A terceira parte é a amina terciária que vai também falar
estímulos nociceptivos aumentam a permeabilidade da da latência, de como ele vai se dissociar para agir no
membrana ao sódio até o ponto do potencial de ação. No receptor, quem vai dizer a latência é a amina terciária,
caso da célula nervosa: -90mV. mas ela depende do Ph do meio. Ph muito ácido faz com
que o PKA (constante de dissociação) aumente, com isso
A bomba de sódio é ativada pela maior positividade no libere menos a amina terciária para penetrar àquela
interior da célula, promove o efluxo de sódio, a camada bipolar da membrana do neurônio e ir ao seu
membrana torna-se impermeável ao sódio, o interior receptor final que é o canal de sódio.
torna-se menos positivo no estado de repouso celular.
Estímulo físico, químico ou elétrico AL Os anestésicos CARACTERTÍSTICAS DAS FIBRAS NERVOSAS
locais (AL)- ligam-se aos canais de sódio voltagem
Alguns AL são comercializados na forma de
dependente, tornando-os impermeáveis ao sódio;
estereoisômeros levogiros, estes encerram
Quanto maior o número de canais abertos, mais rápido propriedades menos tóxicas que os similares na forma
acontece o bloqueio pelo anestésico local. Deve ser feita racêmica.
injeção nas proximidades de terminações nervosas
• Bupivacaina – levogira > dextrogira
periféricas.
• Ropicavacaina – levogira >dextrogira
2
Bloqueio de gânglio -> resposta simpática. Pele pálida e (base neutra); somente esta última é capaz de penetrar
fria. nas membranas neuronais e exercer sua ação.
• Potência – tem a ver com o radical aromático. • Ou seja, pKa mais próximo ao PH do meio:
Define força da ação, lipossolubilidade. velocidade de ação mais rápida.
• Duração de ação – cadeia intermediária. Tempo
de ligação ao canal de sódio-proteina. Quanto mais próximo o pKA for do Ph, mais ele se
• Latência – amina terciária: velocidade de ação. dissocia e mais ele penetra na membrana pra em
Tempo inverso ao grau de ionização, o AL seguida se ligar ao receptor. Se precisa ser rápido, usa a
(anestésico local) se difunde em forma não- lidocaína, mas vai durar menos.
ionizada pelos tecidos e ionizado no canal de
sódio. Mas se precisa de maior duração e o paciente não tá com
tanta dor, pode usar a Bupivacaína e esperar o tempo de
A potência dos anestésicos está relacionada com a latência maior dela pra pegar, mas se puder vai usar a
lipossolubilidade do fármaco, assim, anestésicos muito Ropivacína porque a forma levógira é menos
lipossolúveis tendem a apresentar potência diminuída, cardiotóxica.
visto que se distribuem com maior facilidade para sítios
inespecíficos, diminuindo assim a concentração do Os anestésicos locais são frequentemente
fármaco no local que se deseja causar o bloqueio coadministrados com soluções como:
nervoso.
o Pode-se associar ao bicarbonato, que promove
Nervos que levam sinais de dor (fibras tipo C) e de um equilíbrio do pH do meio (alcaliniza o meio),
temperatura tendem a carecer de mielinização, o que os aproximando do pKa do anestésico local.
torna mais suscetíveis aos efeitos de agentes locais em o Adrenalina, que produz vasoconstrição. Isso
comparação com os nervos que desempenham funções retarda a absorção do anestésico, o que
de propriocepção ou motoras. prolonga o seu efeito e reduz o risco de
toxicidade sistêmica. Anestésicos com
Na abordagem de feridas no pronto socorro geralmente vasoconstrictor deve ser evitado em locais de
a anestesia é referida apenas pela eliminação da dor, circulação pobre (cartilagem) ou com
mas o paciente refere sensação de pressão no local circulação terminal (dedos e pênis), pois podem
suturado. acarretar em déficit no aporte sanguíneo,
levando a necrose da região. Sempre indicado
A velocidade de ação dos fármacos (latência) possui em bloqueio intercostal, peridural, caudal e do
relação inversa com seu grau de ionização, que depende plexo braquial devido à alta absorção.
do pK e do pH do meio em que o fármaco é dissolvido. o A glicose pode ser adicionada ao anestésico
local, pois tendem a manter o anestésico em
pKa é considerado o pH em que encontramos metade da
porções mais inferiores do saco dural, sendo
dose administrada do anestésico em sua forma ionizada
indicadas em anestesia espinhal (bloqueio
(catiônica), e a outra metade em sua forma não ionizada
subaracnóideo ou raquianestesia) e anestesia
epidural (peridural ou extradural).
3
abalos musculares, convulsões localizadas e, em casos • Intralipid20% 1.5 mg/kg bolusi.v. em 1 minuto
mais graves, convulsões generalizadas e coma. (100 ml emadultos). Repita a cada 5 min até um
máximo de 3 vezes.
CONDUTAS:
4. Trate arritmias cardíacas
1. Interrompa a administração do anestésico local;
• Evite Lidocaína
2. Inicie manobras de ressuscitação cardiopulmonar, se • Cuidado com betabloqueadores (depressão
necessário; miocárdica)
• Considere Amiodarona
• Baixas doses de adrenalina, se suspeita de
• Considere marcapasso transcutâneo ou
intoxicação por AL;
transvenoso em caso de ritmo bradicárdicocom
• Vasopressina NÃO recomendada
pulso, sintomático
3. Trate convulsões (leve em conta a
5. Por fim, além disto, considere:
instablidadecardiovascular)
• Bloqueador H1: Difenidramina50 mg i.v.
• Midazolam0.05 -0.1 mg/kg (70 kg: 5 -10 mg) (20
• Bloqueador H2: Famotidina20 mg i.v.,
kg: 1 -2 mg)
Ranitidina50 mg i.v.
• Tiopental 1 mg/kg
• Bicarbonato de sódio para manter o pH > 7.25
• Propofol0.5 -2 mg/kg
• Continue as manobras de RCR por período de no
mínimo 60 minutos
• ECMO –Circulação extracorpórea.
o Menor sangramento
o Menor incidência de TEP
o Menor reação endócrino-metabólico ao trauma.
BLOQUEIO REGIONAL
Anestesia subaracnoidea, raquidiana, injeção intratecal o Volume injetado: quanto maior a dose, maior o
de AL são todos sinônimos para anestesia espinal. Este tempo de bloqueio subaracnoide e maior o risco
tipo (subaracnoidea) e a peridural. de extensão cefálica (bloqueio indesejado de
níveis mais altos da medula espinhal)
Age também na resposta que vai pelo corno anterior da o Baricidade
medula com os neurônios motores, não terá movimento o Temperatura
nem rigidez. o Concentração do anestésico
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CONTRAINDICAÇÕES RELATIVAS:
• Bacteremia
• Desordens psicológica e neurológicas
• Infecção generalizada
RAQUIANESTESIA – PASSO A PASSO Por definição, esta cefaleia ocorre nos primeiros sete
dias após a punção e geralmente desaparece em 14 dias
1. Antissepsia pós-procedimento; contudo, em raros casos, pode
2. Espaço L4 ou processo espinhoso L4, linha assumir um caráter crônico se não diagnosticada.
imaginária de Touffier
3. Infiltração local de pele, subcutâneo, ligamento O quadro clínico consiste em cefaleia occipital ou
supraespinal, ligamento interespinal frontal, bilateral, não pulsátil, que se agrava quando o
4. Introdução de agulha de raqui, através das paciente assume a posição sentada ou ortostática,
estruturas citadas, avança pelo ligamento podendo vir acompanhada de vômitos.
amarelo, dura mater, aracnoide, espaço
8
• Cafeína IV ou oral.
ANESTESIA PERIDURAL:
O bloqueio consiste na injeção de AL, com o indivíduo o Bloqueio do nervo frontal (indicação: cirurgia na
consciente, em nervos ou plexos que nutrem a região a região frontal da face).
ser operada. O bloqueio de plexos nervosos (braquial, o Bloqueio do N. íleo inguinal (indicação: hérnia
lombar) e de nervos periféricos específicos exige inguinal, orquidopexia)
experiência e habilidade do anestesista. o Anestesia regional de plexo braquial para
intervenção de cotovelo, punho.
Exemplos: o Bloqueio de nervo interscostal (indicações:
cirurgia de mama, parede torácica, analgesia
o Bloqueio do N. dorsal do pênis (indicação:
para cirurgias torácicas).
postectomia)
TOXICIDADE POR ANESTÉSICOS LOCAIS
1
• Incisão;
• Tecidos;
• Órgãos;
• Cavidades manipuladas
sua linha de incisão cirúrgica) profunda da • Infecção que ocorre em menos de 1 ano após a
ferida ou aberta pelo cirurgião operação com implante e a infecção envolve
acompanhada de sinais de infecção ou febre qualquer parte da operação aberta ou
o Evidência inequívoca de infecção após manipulada + um dos seguintes fatos:
reexploração cirúrgica ou imagem o Secreção purulenta em um dreno instalado
sugestiva em exame radiológico em um espaço orgânico;
o Diagnóstico de infecção incisional profunda o Cultura positiva para fluidos oriundos do
estabelecido pelo cirurgião espaço/orgão;
o Coleção diagnosticada através de um
IAC DE ÓRGÃOS OU ESPAÇOS: exame físico, radiológico, histopatológico
ou durante a reoperação;
• Infecções intra-abdominais o Diagnóstico de infecção pelo cirurgião.
• Mais raros, mas tem alta mortalidade (5-50%)
Limpa contaminada: víscera oca penetrada, mas • Contaminação fecal na cavidade abdominal;
controlada, sem inflamação, fechamento primário da • Ferida traumática com + de 6horas de evolução
ferida, pequena falha na técnica asséptica, utilização de • Preconiza o uso de ATB intra operatória e pós
dreno mecânico, preparação intestinal no pré- com esquema tríplice
operatório. Uso de antibiótico como profilaxia
(ceftriaxona 1-2g EV ou cefalotina 1g EV 6/6). Não vai ter O QUE AUMENTA O RISCO DE ISC?
por exemplo contaminação com fezes ou bile. • Grau de contaminação
• Tempo de cirurgia
• Tecido de difícil descontaminação;
• Tamanho da incisão
• Ausência de processo infeccioso local;
• Momento de indicação da cirurgia
• Pequena infração às regras de assepsia (como
• Maior utilização de bisturi elétrico
gotejamento de suor no campo cirúrgico);
• Retardo no retorno a consciência
• Penetração dos tratos;
• Retardo em deambular
Contaminada: extravasamento descontrolado de uma • Retardo tardia de sonda vesical de demora,
víscera oca, inflamação aparente, ferida aberta, drenos, acesso venoso
traumática, grande falha na técnica asséptica.
O QUE FAZER QUANDO NÃO HÁ I NFECÇÃO?
• Tecido impossível de descontaminação; • Internação no dia da cirurgia ou anterior
• Extravasamento de conteúdo gastrointestinal, (exceção: preparo de cólon e em caso de
isto é, cirurgias entéricas até a região íleo- desnutrição)
terminal. • Banho antes da cirurgia feito com agentes anti-
• Abertura dos tratos geniturinário e biliar na sépticos (cabelo seco devido ao bisturi elétrico)
presença da infecção; • Tricotomia minutos antes da cirurgia (remoção
• Feridas decorrentes de colecistectomias do excesso de pelos), com máquinas elétricas
(vigente em quadro de colecistite aguda), com cabeças descartáveis na sala de operações
colectomias, enxertias, desbridamentos; • Antisepsia com PVPI (iodopovidona) ou
clorexidina
ATB com esquema tríplice:
• Assepsia com colocação de campos estéreis
• Cefalosporinas: cefalotina 1g EV 6/6 para cobrir • Manter normotermia e altas concentrações de
bactérias gram + O2 na SO e na RPA reduz taxa de ISC
• Aminoglicosídeos: gentamicina 80mg EV diluído • Controle glicêmico no perioperatório até 2º dia
em 100ml de SF para cobrir gram – pós operatório reduz ISC
• Metronidazol: Flagyl 500mg EV 8/8 para cobrir • Ferida local
anaeróbios • Fios monofilamentares tem menor taxa de ISC
• Sucção fechada
Suja: não tratada, extravasamento descontrolado de • Sutura do espaço morto
uma víscera, pus na ferida cirúrgica, ferida aberta • Drenagem aberta só em feridas infectadas
supurativa e inflamação grave.
TÁTICAS EFETIVAS NA DIMINUIÇÃO DA
ISC
SEPSE ABDOMINAL
• Alta taxa de mortalidade e morbidade;
1
Quem tem a maior CAM dos anestésicos é o Oxido Devemos pensar em algumas situações antes de
Nitroso, então vai precisar dar mais volume dele para aplicarmos a anestesia:
conseguir chegar a fase que o paciente não mexe. O mais
potente anestésico é o Metoxiurano, pois tem menor • Qual o anestésico ideal? O anestésico que
CAM. promova analgesia, hipnose, relaxamento
muscular, atenuação da resposta autonômica,
MECANISMO DE AÇÃO: modulação do REMIT
• A membrana neuronal deve ser o sítio de ação; • Via de administração
• Age no nível molecular do SNC (cérebro e • Agente anestésico seguro
• Qual a técnica mais confortável e adequada para
medula), inibindo o sistema excitatório ou
cada paciente?
aumentando a ação do inibitório (GABA -
• Há monitorização mínima adequada para
abrindo os canais de cloro).
técnica escolhida?
• Descerebração (pacientes em coma) não altera
• O despertar e recuperação do paciente
a CAM. adequados
• Altas concentrações de anestésicos inalados
são requeridas para interromper a sinapse
axonal (2-3x da CAM) Os principais anestésicos inalatórios são:
3
• HALOTANO: é administrado com o óxido nitroso tem pouco efeito sobre o fluxo sanguíneo
por ser pouco solúvel no sangue, além de cerebral e é menos hepatotóxico do que os
opiáceos e/ou anestésicos locais. É um potente outros anestésicos inalatórios.
hipnótico, não causa irritação e não é
hepatotóxico, podendo ser usado em pacientes FARMACOCINÉTICA
pediátricos. Porém, esse anestésico provoca
A absorção se refere à passagem da droga do seu local
bradicardia, devido à depressão da resposta
de administração para o sangue e a distribuição está
simpática e do efeito direto no nó sinoatrial
relacionada com o transporte da droga do sangue para o
(marcapasso cardíaco), além de hipercapnia,
tecido alvo.
arritmias cardíacas, hipotensão, formação
metabólitos tóxicos e aumento da pressão Com isso, vale ressaltar que a absorção dependerá das
intracraniana em anestesias profundas. vias de administração e da lipossolubilidade do fármaco,
visto que as membranas são lipídicas e com isso só
• ENFLURANO: apresenta recuperação rápida, podem ser atravessadas por substâncias lipídicas,
menor ocorrência de arritmias e efeito curare- sendo o grau de hidrossolubilidade também importante
simile, o que dispensa a utilização de relaxantes nesse processo, para garantir o transporte da droga no
musculares, pois o mesmo já realiza essa meio aquoso (plasma).
função. Como desvantagem, esse medicamento
causa excitação do SNC, é nefrotóxico e é A distribuição, por sua vez, é realizada pelas hemácias e
contraindicado para pacientes com distúrbios proteínas plasmáticas, especialmente a albumina, e
convulsivos. quanto maior o grau de afinidade entre as proteínas
transportadoras e as moléculas do fármaco, maior será
• ISOFLURANO: apresenta como vantagem pouca o tempo necessário para o surgimento de seus efeitos
alteração do débito cardíaco e maior
estabilidade do ritmo cardíaco, apesar de EFEITO DA VENTILAÇÃO E CONCENTRAÇÃO
causar hipotensão. Além disso, não provoca INSPIRADA
atividade convulsivante. Porém, em anestesias Dois fatores determinam a velocidade de concentração
mais profundas provoca aumento do fluxo alveolar: a concentração inspirada e ventilação alveolar.
sanguíneo cerebral e aumento da pressão Quanto maior a ventilação e concentração inspirada,
intracraniana, apesar desse efeito ser mais maior será a velocidade de concentração alveolar e
brando do que o provocado pelo halotano, o que mais rápida a indução anestésica.
torna o isoflurano preferencial na
neurocirurgia. Pré oxigenação do paciente, procedimento capaz de
realizar depois de 5 minutos de oxigenoterapia a 100%
• METOXIFLURANO: é mais potente por ser muito (por meio de uma máscara) antes da indução da
lipossolúvel e, apesar de ser nefrotóxico, é anestesia, a desnitrogenação do paciente.
muito empregado na obstetrícia por não
provocar relaxamento da musculatura uterina, Depois de retirado todo o nitrogênio do alvéolo, este
importante para o momento do parto. estará avido e extremamente sensível para infusão de
qualquer substância, sobretudo, os agentes
• SEVOFLURANO: não irrita as vias aéreas e não anestésicos de cunho inalatório.
provoca alterações significativas no débito e
Estes agentes encontrarão nos alvéolos apenas O2 gás
ritmo cardíaco, o que é benéfico para pacientes
de alta difusibilidade e terão maior facilidade para
com doença isquêmica do miocárdio. Outra
difundir-se ao longo das paredes alveolares.
vantagem desse anestésico é que tem captação
e eliminação rápidas. RELAÇÃO ENTRE ANESTÉSICO INALATÓRIO
INSPIRADO E ALVEOLAR
• ÓXIDO NITROSO: é um analgésico potente, com
fraco efeito anestésico, requerendo associação Para haver inibição da sensibilidade durante a indução
com outros adjuvantes. É o mais seguro dos da anestesia, é necessário obter uma concentração
anestésicos gerais, desde que administrado alveolar suficiente, que represente a dose anestésica.
com 20% de oxigênio, o que retarda a captação
Existe uma grande diferença entre a concentração
de O2 durante a recuperação. Não altera a
administrada (fração inalada ou FI) e a concentração
frequência cardíaca e nem a pressão arterial,
alveolar (fração alveolar ou FA). À medida que o tempo
4
passa, a diferença diminui e o equilíbrio cinético vai se manutenção da anestesia, pois sua eliminação é
processando. A relação FA/FI vai se aproximando de 1. relativamente lenta quando comparada com os
fármacos inalatórios.
• O óxido nítrico por ter maior fração inspirada,
usualmente 50 a 70% tem o maior efeito Os anestésicos venosos mais utilizados são os
concentração. sedativos hipnóticos. Os principais são:
RELACIONADOS AO PROCEDIMENTO:
UROCULTURA
RAIO X DE TÓRAX
O Índice de Risco Cardíaco Revisado (IRCR) estima o risco cardiovascular com base no tipo de cirurgia e critérios clínicos.
4
Reduz risco de infecções do sítio cirúrgico pós- Casos com feridas contaminadas (classe III) requerem
operatórias. preparo mecânico ou antibióticos parenterais com
atividade tanto aeróbica quanto anaeróbica. Cefazolina +
Escolha do antibiótico deve ter atividade contra metronidazol
patógenos identificados prováveis e depende do tipo de
ferida operatória. Feridas infectadas (classe IV) geralmente requerem o
mesmo espectro de antibióticos.
Aspectos relevantes: relata o que ocorreu na cirurgia, • Jejum (até recuperação anestésica), exceto em
cirurgias do TGI
inclusive complicações no ato operatório. Além disso,
relata posição do paciente, atos cirúrgicos • Realimentação precoce e progressão da dieta.
fundamentais, tipo de anestesia e o achado cirúrgico; Geralmente a progressão inicia com dieta
líquida, seguida de pastosa e depois sólida.
• É um documento médico/base para estudos • Taxa metabólica basal: 25-30 Kcal/Kg/ dia
científicos. • Aporte de proteínas: 1-1,2g/Kg/dia
PRESCRIÇÃO PÓS OPERATÓRIA OBS: evitar catabolismo do doente, visto que ocorre
muito consumo de calorias, especialmente proteínas
• Dieta ou Jejum
• Reposição hidroeletrolítica/hemoderivados ANTIEMÉTICOS
• Antibióticos
• Evitar enjoo, vômitos
• Analgesia
• Antieméticos: especialmente cirurgias no TGI, • Usar no transoperatório
pacientes que receberam anestesia geral • Vômitos ocorrem geralmente nas primeiras 18
h, principalmente com anestesia geral
• Profilaxia contra TVP
• Profilaxia de doenças ulcerosas: em pacientes Em pacientes com distensão do TGI por gás e alterações
que passam muito tempo em jejum ou terapia da motilidade: vale a pena usar sonda nasogástrica.
intensiva
• Medicações usuais REPOSIÇÃO HIDRO-ELETROLÍTICA
• Débito de sondas e drenos: quantificar o
volume Em circunstâncias normais, as necessidades de água
• Fisioterapia diárias variam de 30 a 35 ml/kg de peso
• Sinais vitais
Aporte calórico: 100g de glicose/dia → para evitar a
PROJETO ACERTO – ACELERAÇÃO DA formação de corpos cetônicos
RECUPERAÇÃO TOTAL EM PÓS OPERATÓRIO
o SG5% 500 ml → 25 g de glicose → 100 kcal
Conceito de diminuir o tempo do paciente internado e, o GH 50% 10 ml → 5 g de glicose → 20 kcal
por consequência, diminuir as complicações.
RISCO DE TEP/TVP:
• Analgesia pós-operatório para amplificar a
analgesia;
• Profilaxia e controle de vômitos no pós-
operatório imediato (Ex. uso de dexametasona)
• Realimentação precoce no pós-operatório:
evitar comprometimento catabólico
• Evidência para o uso de drenos e sondas em
cirurgia. Se atentar as indicações, pois o uso de
dreno pode produzir um processo inflamatório
e ser uma via de infecção.
• Deambulação ultra-precoce
• Uso racional de antibióticos em cirurgia – evitar
resistência antimicrobiana
• Auditoria periódica de condutas e resultados
em cirurgia – identificar o perfil de infecção, Pacientes de alto risco: estimular a deambulação
entre outros fatores precoce e uso de meias compressivas. Além disso,
2
São realizadas geralmente sob anestesia local, com alta SELEÇÃO DOS PACIENTES
imediata do paciente. Incluem as operações feitas no
• Pacientes hígidos ou com distúrbio sistêmico
consultório ou ambulatório.
moderado e controlado, decorrente de doenças
• Ex. retirada de lesões tumorais da pele e do crônicas (ASA I ou II respectivamente).
subcutâneo, postectomia, vasectomia, • Procedimentos cirúrgicos que não necessitam
hemorroidectomia, polipectomias cuidados especiais no pós operatório.
endoscópicas em casos selecionados. • Garantia de acompanhante adulto, lúcido e
previamente identificado.
Nem sempre a cirurgia ambulatorial será realizada
somente em ambulatório, podendo acontecer em Conhecimento por parte do paciente e do
consultórios ou hospital dia. acompanhante, verbalmente e por escrito, da relação
dos cuidados pós-anestésicos e pós-operatórios, bem
• Hospital dia é o regime de assistência como o compromisso da Unidade para atendimento de
intermediário entre a internação e o eventuais intercorrências.
atendimento ambulatorial. Para a realização de
procedimentos clínicos, cirúrgicos, CONDIÇÕES DE ALTA DO PACIENTE
diagnósticos e terapêuticos, o Hospital-dia é
• Orientação no tempo e no espaço;
indicado quando a permanência do paciente na
• Estabilidade dos sinais vitais há pelo menos 60
unidade é requerida por um período máximo de
minutos;
12 horas. Então, o paciente que vai fazer uma
• Ausência de náuseas e vômitos;
cirurgia de catarata, após a cirurgia aguarda se
• Ausência de dificuldade respiratória;
recuperar, estando tudo bem, vai para casa.
• Capacidade de ingerir líquidos;
Não é um hospital que tem plantonista um diarista para • Capacidade de locomoção, se não houver
passar na enfermaria e coisa do gênero, nem muito contraindicação;
menos UTI. • Sangramento mínimo ou ausente;
• Ausência de dor de grande intensidade, ou no
CIRURGIA DE GRANDE PORTE máximo dor controlada por medicamentos via
oral;
Cirurgia realizada sob qualquer modalidade anestesia.
• Ausência de retenção urinária.
É necessário um período de monitorização ou
recuperação pós operatória.
2
Carcinoma basocelular
CISTOS SEBÁCEOS
LOCAIS DE PUNÇÃO:
CONTRA-INDICAÇÕES:
• Distúrbios severos da coagulação (plaquetas
menor que 50.000 e atividade de protrombina
menor que 50%)
• Uso de medicamentos anti-coagulantes
• Deformidades no local da punção
(queimaduras, traumas, cirurgias e fraturas)
• Pacientes portadores de doença pulmonar
obstrutiva crônica
2. Antissepsia com álcool iodado ou iodopolvidine Local da punção: divide a clavícula em três segmentos
3. Colocação de campos estéreis e vestir (medial, lateral e médio). A punção infraclavicular é
máscara, gorro, avental e luvas estéreis realizada na junção do terço médio da clavícula com o
4. Realize a infiltração com anestésico local terço medial, em direção a fúrcula esternal. Inserir com
(xilocaína a 2%). angulação de 45º.
5. Puncionar a veia jugular interna, no ápice do
triângulo formado pelas porções esternal e • Após a penetração da agulha na veia subclávia,
clavicular do esternocleidomastoideo, tendo a técnica utilizada é a mesma para abordagem
como base a clavícula. Direcione a ponta da jugular, utilizando a técnica de Seldinger.
agulha para o mamilo ipsilateral com angulação • É o sítio de punção com maior risco de
de 30º a 45º com a pele. pneumotórax (devido a perfuração da pleura
6. Introduzir lentamente a agulha de punção com parietal) e complicações hemorrágicas.
pressão negativa (puxando o êmbolo da • O tempo de permanência com o cateter é de em
seringa) até o momento do refluxo de sangue. média 15 dias.
7. Quando a veia for alcançada, remova a seringa. • Cuidados gerais pós-procedimento: auscultar
Coloca-se o fio-guia metálico através da agulha ambos os pulmões, se MV estão simétricos;
e remove-se a agulha mantendo o fio-guia. fazer radiografia de tórax para confirmar a
8. Coloca-se o dilatador por meio do fio-guia. posição do cateter e excluir alterações
Remove-se o dilatador e mantém o fio-guia. pulmonares; curativo local.
9. Introduza o cateter definitivo por meio do fio- • Complicações: pneumotórax, hemotórax,
guia e remove-se o fio-guia. punção arterial, arritmia cardíaca, lesão do
10. Fixação do cateter na pele com fio inabsorvível ducto torácica, lesão de traquéia, esôfago e
11. Realize a confirmação radiológica da posição plexo braquial, hematoma, infecção, TVP,
adequada do dispositivo e evitar possíveis embolia gasosa, secção do cateter.,
complicações como o pneumotórax. mediastinite, embolia gasosa, embolia por
cateter, tromboflebite, fístula arteriovenosa.
DISSECÇÃO VASCULAR
VEIA SUBCLÁVIA
REVISÃO
• Traqueostomia
• Cricotireoidostomia;
• Punção torácica
• Drenagem torácica;
• Paracentese
• Lavado perinotenal;
• Pericardiocentese e drenagem pericárdica
1
QUANTO A FINALIDADE:
QUANTO A DIREÇÃO:
ESCOLHA DA INCISÃO:
• Necessidade de entrada rápida
• Certeza do diagnóstico
• Localização das cicatrizes anteriores
• Hábitos do corpo
• Potencial para sangramento significativo
• Minimizando a dor pós operatório
• Resultado estético
2
Acima da linha arqueda de Douglas: Linhas Langers do abdômen: são linhas de tensão da
• Folheto anterior: aponeurose do obliquo pele. Como essas linhas são predominantemente
externo e lâmina anterior da aponeurose do horizontais no abdômen, as incisões transversais
obliquo interno geram menos tensão na pele, conferindo uma cicatriz
• Folheto posterior: lâmina posterior da com mais estética.
aponeurose do obliquo externo, aponeurose do
músculo transverso e fáscia transversal
INCISÕES TRANSVERSAIS/OBLÍQUAS
• Mais demoradas.
• Apresentam menor formação de aderências e
obstrução intestinal no pós operatório.
• Tendem a ser menos dolorosas, pois
geralmente poupam a inervação abdominal.
• É a incisão preferida para crianças
(transversal), pois na incisão mediana ocorre
lesão das terminações nervosas, dificultando o
desenvolvimento normal da parede abdominal
da criança.
• Tendem a ter menos impacto na função
pulmonar.
• Menor chance de hérnias incisionais.
INCISÕES LONGITUDINAIS
MEDIANA:
Pode ser classificada em supra e infra-umbilical. É
realizada desde o apêndice xifóide à sínfise púbica, ao
longo da linha Alba.
Podem ser xifoumbilical, xifopúbica ou transumbilical. Incisão de McBurney: utilizada para apendicectomia. O
ponto de Mcburney é o ponto situados dois terços da
distância entre o umbigo e a espinha ilíaca antero
superior.
Incisão Subcostal (Kocher): obliqua subcostal direita.
INCISÕES OBLÍQUAS
• Lombotomia
INCISÕES NA PELE
• Hérnias incisionais
TÉCNICA:
• Punção da cavidade peritoneal com agulha de
• Evisceração Verees
6
COMPLICAÇÕES:
• Relacionadas a pré-medicações e anestesia
• Relacionada a inserção da agulha ou trocarter
• Relacionadas a confecção do pneumoperitonio
• Relacionadas ao instrumental
SITUAÇÕES ESPECIAIS:
• Laparoscopia em crianças: não suporta tão bem
hipóxia
• Pacientes cirróticos: circulação colateral na
parede abdominal (tomar cuidado para não
lesar)
• Necessita de equipe extremamente técnica e
• Incisões abdominais prévias: pode haver
familiarizada com os instrumentos.
aderência das alças intestinais
• Ambiente bem adaptado com os materiais
• Pacientes obesos: espessura da parede
ergonômicos
dificulta a realização do pneumoperitonio.
• Curva de aprendizado é teoricamente maior.
Manipulação dos instrumentais dificultados
• Sempre ter em mente a possibilidade para
pela parede. Necessidade de pressões intra
conversão para via convencional.
abdominais maiores. Menores taxas de
• Melhor resultado cirúrgico.
infecção do sitio cirúrgico. Melhor manejo pós
DESVANTAGENS: operatório. Cirurgia bariátrica laparoscopia:
• Custo mais elevado (material) realidade.
REVISÃO MEDRESUMO
7
8
9
1
INDICAÇÕES:
• Insuficiência respiratória
• Glasgow < 8
• Prevenir obstrução de vias aéreas por edema
• Pacientes com tubo orotraqueal por longo
período, para evitar estenose traqueal e para
facilitar o controle de secreções e higiene
brônquica
• QUANDO A VIA AÉREA NÃO CIRÚRGICA NÃO
FOR POSSÍVEL
CONTRA-INDICAÇÕES:
• Obstrução fixa das vias aéreas superiores
(tumor de laringe, de base de língua)
• Trauma de laringe ou traqueia
• Trauma de face com sangramento ativo (pode
ocorrer aspiração do conteúdo sanguíneo)
• Trismo e bloqueio intermaxilar
COMPLICAÇÕES:
TÉCNICA: • Intubação esofágica
Traqueostomia: Paciente em decúbito dorsal com • Falso trajeto e trauma laringo-traqueal
hiperextensão cervical, deve ser feita uma incisão com 3 • Luxação de aritenóide
a 5 cm, com uma polpa digital abaixo da cartilagem • Trauma dental
cricoide ou uma polpa digital acima da fúrcula esternal, • Piora da lesão cervical no trauma
geralmente uma incisão de caráter transversal. A • Estenoses
incisão prolonga-se no tecido subcutâneo, até • Morte
encontrar o plano dos músculos pré-traqueais, no qual DRENAGEM TORÁRICA/PLE URAL
são afastados por divulsão, identificando a traqueia e
introduzindo o traqueostomo. É a técnica cirúrgica que permite, pela inserção de dreno
acoplado a um sistema específico, acesso à
cavidade pleural (entre a pleura visceral e pleura
parietal).