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Legislação Sanitária e Biossegurança

Unidade VII
Prof. Felipe Fuentes

• Professor Graduado em Estética e Cosmética, Pós Graduação em


Procedimentos Intradérmicos e Subcutâneos para Estética. Criador do
Símbolo da Estética reconhecido por pelas universidades e entidades de
classe da Estética no Brasil. Participou ativamente no desenvolvimento da
lei 13.643 que é a lei do Esteticista se tornando um conhecedor dos
direitos profissionais de estética no Brasil na prática. Participou da
fundação da Sociedade Brasileira de Estética e Cosmética. Representante
da categoria varias vezes em Brasília nos ministérios.
Unidade VII

Agentes Químicos

• Os agentes químicos não apresentam todos a mesma capacidade para a


destruição dos microrganismos de interesse médico, que incluem
bactérias na forma vegetativa, vírus lipofílicos e hidrofílicos, fungos,
Mycobacterium tuberculosis e esporos bacterianos. Conforme a gama
de microrganismos que podem ser destruídos pelos agentes químicos, o
processo é designado:
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Agentes Químicos

• Esterilização química - é um processo de longa duração (de 8 a 18


horas) no qual se consegue a destruição de todas as formas de vida
através do uso de agentes químicos designados como
esterilizantes.
• Desinfecção de alto nível - é um processo de curta duração (30
minutos), no qual se consegue a destruição de todas as formas de
vida, exceto esporos, utilizando agente químico esterilizante.
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Agentes Químicos

• Desinfecção de nível intermediário - é o processo no qual se


consegue a destruição da maioria dos microrganismos, inclusive o
bacilo da tuberculose, mas não todos os vírus, nem os esporos. O
agente é designado desinfetante hospitalar tuberculicida.
• Desinfecção de nível baixo - é o processo de destruição de poucos
microrganismos.
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ESCOLHA DO AGENTE QUÍMICO

• O agente químico deve ser escolhido conforme:


• a finalidade de uso;
• o atendimento aos critérios do agente ideal;
• o certificado do Ministério da Saúde.
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Rótulos e instruções
• Os rótulos e instruções de uso deverão estar assim apresentados e conter
as seguintes informações:
• em língua portuguesa;
• nomes e endereços do fabricante e do fornecedor;
• nome, sigla do Conselho Profissional e número de registro do Responsável
Técnico pelo produto fabricado ou distribuído no Brasil;
• prazo de validade do produto;
• número de registro do produto na SVS/MS, que é composto de 11 dígitos.
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O agente químico ideal deve:

• Ampla ação em baixas concentrações;


• Substâncias estável;
• Ser solúvel;
• Atingir apenas os microrganismos;
• HOMOGENEIDADE: cada porção da substância dever conter a mesma
quantidade do princípio ativo;
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O agente químico ideal deve:

• Não combinar com material orgânico estranho, ou que possa inativar


o agente;
• Atingir bons níveis de penetração;
• Não ser corrosivo ou corante;
• Não possuir odor desagradável;
• Ser obtido com facilidade e a baixo custo.
• Exibir amplo espectro de ação;
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O agente químico ideal deve:

• agir rapidamente sobre todos os microrganismos;


• ser indiferente a agentes químicos e físicos;
• ser atóxico e inodoro;
• apresentar compatibilidade com as superfícies;
• ter efeito residual;
• ser fácil de usar e econômico.
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Eficiência

• Para que se consiga o melhor desempenho de um agente químico, é


necessário respeitar:
• concentração de uso;
• tempo de ação;
• validade do produto.
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Aplicações

• Descontaminação, desinfecção e esterilização de artigos.


• Desinfecção de superfícies.
• Desinfecção de estetoscópio, termômetro, etc.
• Desinfecção de roupas.
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Cuidados

• Em função da toxicidade dos agentes químicos, que é tanto maior


quanto mais eficiente ele for, sua manipulação deve ser feita
utilizando o EPI (equipamento de proteção individual) adequado.
• Seu armazenamento deve ser feito em local arejado, fresco e ao
abrigo da luz.
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ESTERILIZANTES QUÍMICOS

• Entre os agentes químicos esterilizantes estão os aldeídos


(glutaraldeído e formaldeído) e o óxido de etileno
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DESVANTAGENS DA ESTERILIZAÇÃO QUÍMICA

• O material não pode permanecer estéril, uma vez que é esterilizado


não embalado.
• Não existe teste biológico para comprovar a esterilidade.
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CONTROLE MICROBIANO POR AGENTES QUÍMICOS


• Geralmente os agentes químicos apresentam ação desinfetante.
Alguns deles podem ser esterilizantes.
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TIPO DO AGENTE x TEMPO x CONCENTRAÇÃO

• A escolha do agente químico deve considerar:


• População alvo;
• Condições ambientais;
• Ação do agente.
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Outros Fatores

• A matéria orgânica pode servir de barreira física, pois interage com


os compostos ativos, como o cloro, inibindo a ação direta. Ela pode
apresentar-se sob várias formas como sangue, pus, material fecal,
resíduos de alimentos. Pode também agir formando complexos
menos ativos e deixando menor quantidade de agente químico
disponível para atuar sobre os microrganismos.
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Outros Fatores

• Entre os compostos químicos utilizados podemos citar álcoois,


compostos liberados de cloro, formaldeído, glutaraldeído,
iodóforos, fenóis sintéticos e compostos quaternários de amônio,
entre outros.
• O álcool atua na inibição da microbiana por desnaturação de
proteínas, razão pela qual o álcool absoluto é menos efetivo,
utilização então do álcool 70.
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Outros Fatores

• Os agentes químicos podem ser agrupados de acordo com:


• FUNÇÃO QUÍMICA: álcool, aldeídos, etc.
• ELEMENTO QUÍMICO: halogênios, metais pesados, etc.
• MECÂNISMO DE AÇÃO: agentes oxidantes, agentes de superfícies,
etc.
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ETANOL

• O etanol é o mais empregado no Brasil, como desinfetante e


também na descontaminação da superfície de bancada, de fluxo
laminar, equipamentos de grande e médio porte, e para
antissepsia das mãos e de muitos equipamentos de grande e
médio porte. A adição de iodo na proporção de 0,5% a 1% p/v a
soluções de 70% em peso incrementa a atividade e acrescenta
ação residual a esta solução.
• A aplicação frequente produz irritação e dessecação da pele.
Muito utilizado em associação com outros desinfetantes ou
antissépticos (álcool- iodado e outras soluções alcoólicas);
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ÁLCOOL ETÍLICO

• ÁLCOOL ETÍLICO: eficaz na concentração de 50 a 70 %;


• AÇÃO: desnaturação de proteínas celulares; solvente de lipídios,
portanto danificam membranas; agentes desidratante;
• USO: em soluções ou combinados com IODO; antisséptico;
desinfecção de superfícies e utensílios.
• LIMITAÇÕES: Age apenas nas células vegetativas.
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ÁLCOOL ISOPROPÍLICO

• ÁLCOOL ISOPROPÍLICO: mais eficiente e menos corrosivo que o


etílico.
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PROPILENOGLICOLE ETILENOGLICOL

• PROPILENOGLICOLE ETILENOGLICOL: desinfecção de ambientes


(desde que haja vapor d’água para que os agentes estejam
dispersos em micro gotas.
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Vantagens

• Rapidamente bactericida.
• Tuberculicida e Virucida para vírus lipofílico.
• Econômico.
• Ligeiramente irritante.
• Desvantagens
• Não é esporicida.
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Vantagens

• Atividade diminuída em presença de biocarga.


• Atividade diminuída quando em concentração inferior a 60%.
• Atacam plásticos e borrachas.
• Evapora rapidamente das superfícies.
• É altamente inflamável.
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ALDEÍDOS E DERIVADOS

• AÇÃO: alquilação de grupos funcionais das proteínas formando


hidroximetilderivados.
• Aldeído Fórmico: solução aquosa-> FORMALINA
• Uso: vaporização de ambientes fechados.
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ALDEÍDOS E DERIVADOS

• Glutaraldeído: (esterilizantes) age contra formas vegetativas e


esporuladas de bactérias e fungos, sendo também viricidas;
• USO: solução 2% para esterilização de sondas e outros
equipamentos.
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Classificação

• Esterilizante (8 a 10 horas) Desinfetante de alto nível (30 minutos).


• Indicações.
• Esterilização de artigos críticos e semicríticos termos-sensíveis;
desinfecção de alto nível e descontaminação.
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Classificação

• Vantagens
• Penetra no sangue, pus e restos orgânicos.
• Não ataca material de borracha ou plástico.
• Pode ser corrosivo.
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Classificação

• Desvantagens
• Apresenta toxicidade cutânea, celular e inalatória. Libera vapores
tóxicos, razão para se evitar o processamento de materiais em salas
mal ventiladas, em recipientes sem tampa ou com vazamentos.
Aconselha-se o uso de máscaras com camada de carvão ativado
para diminuir o efeito tóxico, quando em manipulação frequente.
• É alergênico.
• Não pode ser utilizado em superfícies.
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Classificação

• Sua atividade corrosiva aumenta com a diluição.


• Seu tempo de reutilização varia com a biocarga.
• Pode ser retido por materiais porosos, daí exigir enxágue rigoroso,
para evitar seus resíduos tóxicos.
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Observação:

• Apesar de o formaldeído ser também um agente esterilizante,


seus vapores irritantes, odor desagradável e comprovado
potencial carcinogênico, não o recomendam, devendo, portanto,
ser evitado.
Obrigado!
jazer2001@msn.com

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