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PUC

Júlia 2019
BETIM
Resumo elaborado por Júlia Madureira // @surtavet

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Princípios do controle microbiano:

#TERMOS:

Esterilização: destruição de todas as formas de vida microbiana;


Desinfecção: controle voltado para a destruição dos microrganismos nocivos;
Antissepsia: quando a desinfecção e
voltada para o tecido vivo;

Degerminação: remoção mecânica em


uma área limitada;

Sanitização: redução da contagem microbiana a níveis seguros de saúde


pública;

Asséptico: objeto ou área livre de patógenos;


Assepsia: ausência de contaminação significativa;

Condições que influenciam a atividade microbiana:


• Número de microrganismos;
• As características dos microrganismos são extremamente influenciáveis na atividade
microbiana;
• Influências ambientais;
• Tempo de exposição;
• Intensidade ou concentração do agente;
• Tempo de exposição;

Mecanismos de destruição das células microbianas:


• Alteração da permeabilidade da membrana;
• Danos às proteínas e os ácidos nucléicos;

Métodos físicos de controle:

- Calor:
• 1-calor úmido: é capaz de matar os microrganismos primariamente pela desnaturação e
coagulação das proteínas;
• Fervura;
• Pasteurização;
• Autoclave;
• 2-calor seco: mata por oxidação;
• 3-incineração: é o uso de temperaturas extremas para matar os microrganismos;

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• Baixas temperaturas;

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• Os PRIONS são altamente resistentes à altas temperaturas;

Métodos químicos de controle:


Os agentes químicos utilizados para essa função podem ser esterilizantes ou
desinfetantes. A esterilização acaba com todas as formas de vida de um material, enquanto os
desinfetantes apenas reduzem a carga de microrganismos, a ponto de não oferecer riscos de
disseminação.
Na seleção de um agente químico, visa sua atividade antimicrobiana, sua solubilidade,
estabilidade, ausência de toxicidade e homogeneidade.
• Amplo espectro;
• Compatibilidade com outros produtos químicos.
• Retenção de atividade em presença de matéria orgânica;
• Ausência de corrosividade;
• Retenção da atividade antimicrobiana sob ampla faixa de temperatura;
• Preço acessível e fácil disponibilidade;
• Não poluente aos lençóis freáticos e biodegradável;
Fenóis e compostos fenólicos: apesar de ser considerado um desinfetante fraco, estes atuam
sobre qualquer proteína, tendo como capacidade lesar as membranas plasmáticas, inativas
enzimas e desnaturar proteínas;
Halogênios: sendo iodo e cloro com os principais, o iodo tem como função inibir o aspecto
proteico, além de ser um forte agente oxidante tintura e iodóforo. Já o cloro, também é
conhecido como composto clorado, é oxidante e tem como função desnaturar as proteínas,
hipocloritos e cloraminas.
Álcoois: são capazes de desnaturar proteínas, romper membranas e dissolver lipídeos, etanol e
isopropanol (70%).

Modos de ação de desinfetantes antimicrobianos:


• Bactérias: parede celular, membrana celular, ácidos nucleicos e constituintes
citoplasmáticos.
• Virus: ácido nucleico, proteínas estruturais e funcionais com glicoproteínas e no caso de
vírus envelopados, com envelope lipídico.
Já os detergentes são compostos que diminuem a tensão superficial e são usados para limpar
superfícies.

Tipos de desinfetantes:

Os desinfetantes são substâncias que são aplicadas em superfícies não vivas para destruir os
microrganismos que vivem nesses objetos.
- Ácidos: toda atividade relacionada ao PH;

- Álcoois: desnaturam proteínas, rompem membranas e dissolvem lipídeos, também atuam em


bactérias, fungos e apenas alguns vírus.

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- Aldeídos: altamente reativos, podendo reagir com ácidos nucleicos e outros constituintes

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microbianos, assim formando formaldeído e glutaraldeído.
- Álcalis: toda atividade relacionada ao PJ alto.
- Biguanidas: composto catiônicos, (clorexidina) atividade residual na pele.
- Compostos halogênicos: iodo e cloro.

- Compostos peroxigenados: peroxido de hidrogênio e ozônio são agentes oxidantes potentes de


amplo espectro antimicrobiano.
- Compostos fenólicos: geralmente de baixo custo e pouco afetados pela presença de matéria
orgânica.
- Compostos de amônio quaternário (QUATs): são agentes de superfície o que significa que
podem ser utilizados como detergentes, porém podem possuir outras características conferindo
a eles propriedades umectantes, germicidas, emulsificadores e antissépticos, também possuem
propriedades tensoativas e atividade reduzida por matéria orgânica.
- Detergentes: Quimioterápicos
- Quimioterapia: é o tratamento para doenças infecciosas, utilizando substâncias químicas.
- Agentes quimioterápicos: são capazes de interferirem no crescimento dos microrganismos.
- Toxicidade seletiva: agem sobre o microrganismo sem prejudicar o hospedeiro.

Mecanismo de ação e resistência:


Penicilina/ Alexander Flemming

A descoberta da penicilina se deu de forma acidental, pelo médico bacteriologista


Alexander Fleming, em 1928, ele fazia pesquisas sobre substâncias capazes de combater
bactérias em feridas, este esqueceu seu material de estudo sobre a mesa enquanto saía de férias.
Ao retornar, observou que suas culturas de Staphylococcus aureus estavam contaminadas por
mofo e que, nos locais onde havia o fungo, existiam halos transparentes em torno deles,
indicando que este poderia conter alguma substância bactericida. No entanto, ao estudar as
propriedades deste bolor, identificado como pertencente ao gênero Penicillium, Fleming
percebeu que ele fornecia uma substância capaz de eliminar diversas bactérias, como os
estafilococos, que são responsáveis pela manifestação de diversas doenças, tanto comuns,
quanto mais graves. A substância então recebeu o nome de
“penicilina”.
Drogas sintéticas: são produzidas por químicos em laboratórios, também podem ser chamadas
de agentes quimioterápicos sintéticos.
Antibióticos: são metabólitos microbianos que podem matar ou inibir o crescimento de bactérias
susceptíveis, também podem ser chamadas de agentes quimioterápicos naturais. Há fontes
importantes de alguns antibióticos, tais como: Bacillus subtilis, B. polymyxa, Streptmyces
nodosus, entres outros.

Qualidades de um agente quimioterápico:

• Destruição ou inibição de muitas espécies de microrganismos patogênicos;


• Evitar o desenvolvimento de formas resistentes de microrganismos;
• Não produzir efeitos colaterais;

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• Não eliminar os microrganismos que normalmente habitam o trato intestinal e outras

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áreas do organismo;
• Não ser inativado quando administrado oralmente ou parietalmente.
• São capazes de alcançar concentrações suficientes nos tecidos ou sangue para matar
ou inibir os microrganismos;
• Ser altamente solúvel nos fluidos corporais;

Ação das drogas antimicrobianas:


• Dano à membrana plasmática;
• Inibição da síntese da parede celular;
• Inibição da síntese de proteínas;
• Inibição da síntese de ácidos nucleicos;
• Inibição da síntese de metabólicos essenciais;

ANTIMICROBIANOS:
Os antimicrobianos são drogas que tem a capacidade de inibir o crescimento de
microrganismos, estes podem ser classificados de várias maneiras considerando seu espectro de
ação, o tipo de atividade antimicrobiana, o grupo químico ao qual pertencem e o mecanismo de
ação.
Os antimicrobianos são inibidores da síntese da parede celular. A parede celular da
bactéria é formada por peptideoglicano e a penicilina e outros antibióticos impedem a síntese
completa dele, como consequência a parede celular destas ficam enfraquecidas e a célula sofrerá
lise. Tal síntese dos componentes do peptideoglicano é afetada por antibióticos
Beta lactâmicos (penicilinas e cefalosporinas).
Além de serem inibidores da síntese proteica, pois as proteínas realizam várias reações
químicas complexas. Os antibióticos também atuam em ações inibitórias, que possuem
interferência em diversas etapas da síntese proteica, como a estreptomicina e a tetraciclina.
Também são inibidores da síntese de ácidos nucleicos, no qual possuem rifamicinas que
inibem a síntese de RNAm e quinolonas e fluorquinolonas sintéticos, que inibem a síntese de
DNA.
Os danos à membrana plasmática são ocasionados por vários antibióticos, especialmente
os polipeptídicos que promovem danos na permeabilidade da membrana
plasmática. As polimixinas rompem os fosfolipídios, que destroem a sua
permeabilidade, assim deixando escapar substâncias essências das células, assim causando
morte celular. Os antibióticos agem na membrana plasmática que possuem ácidos graxos que
quando alcançam a membrana, “mergulham” na sua parte lipídica e a porção básica permanece
na superfície, tal intercalação de moléculas resultam na desorganização que fazem com que
ocorra saída de componentes e morte da bactéria.
Os antimicrobianos que são inibidores da síntese de metabólitos essenciais, são os
sulfonamidas e trimetoprim-sufatamexazol.

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RESISTÊNCIA BACTERIANA:

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1. Mutação: são mediadas por natureza genética, sendo mutação natural/indução e mutação
adquirida, onde ocorre o surgimento de superbactérias, também considerado um dos
mecanismos mais importantes.
2. Transformação: ocorre quando se tem alteração
genética em que o organismo adquire resistência.

(imagem = bactéria morta se fragmenta)

A célula
bacteriana pode incorporar aquela infecção

3. Conjugação:

(Plasmídeos e transposon): tem a presença de “pilus sexual”, tem


funções de ancoramento da bactéria ao seu meio e são importantes
na patogênese. Também são estruturas ocas que servem para ligar
duas bactérias, de modo a trocarem plasmídeos.
DNA são diferentes de plasmídeos. O DNA são sequencias
genicas pequenas, já os plasmídeos são as iniciações da
conjugação bacteriana, estes possuem genes que os tornam
resistentes a antibióticos ou venenos.

4. Transdução: ocorre a transferência de DNA entre as


bactérias através de um vírus bacteriófago. Os vírus são
considerados parasitas intracelulares obrigatórios.
“Bactéria trabalha para vírus”, o vírus capacita a bactéria
a ser mais resistente a uma droga.

A imagem abaixo, representa alterações na molécula alvo.

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Testes para orientação na quimioterapia:

• Técnica do disco em placa;


• Técnica da diluição em tubo;
Outras aplicações dos antibióticos:

• Suplementação de ração;
• Inibição de bactérias em culturas de tecidos;
• Preparação de meios de cultura seletivos;
Drogas antimicrobianas:

• Suplementos de ração;
• Meio de cultura seletivo;
• Inibição de bactérias em culturas de tecidos;

É um gênero de bactérias Gram positivas (tem uma espessa camada


de peptideoglicano) possuem formato arredondado e são encontradas agrupadas em cachos,
semelhante a um cacho de uva. Cerca de 30 espécies ocorrem na flora normal da pele e membranas
mucosas. Algumas espécies podem atuar como patógenos oportunistas que podem causar infecções
patogênicas, além disso são imóveis, pois não possuem flagelos e não formam esporos.
As Staphylococcus são de flora normal da pele, tanto de animais, quanto dos seres humanos,
também estão presentes em membranas mucosas do trato respiratório superior e urogenital inferior,
são transitórias no trato digestivo e estáveis no meio ambiente.
Também são consideradas bactérias piogênicas (produzem pus), que causam lesões
supurativas (lesões as quais têm. O pus é uma secreção de cor amarelada, ou amarelo-
esverdeada), também ocasiona pequenos traumas ou imunossupressão que podem predispor
ao desenvolvimento de infecções.
- Possuem coagulase, dnase, hialuronidase proteína A e toxinas.

As principais Staphylococcus são:


• Staphylococcus aureus;
• Staphylococcus intermedius;
• Staphylococcus pseudo intermedius;
• Staphylococcus hyicus;

1) Staphylococcus Aureus:
• Patógeno oportunista;
• As infecções mais comuns envolvem a pele;

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• Uma das mais abundantes e importantes;

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• Presente em alimentos com muito sal;
• Muito resistente a pressão osmótica (intoxicação alimentar);
• Responsável por vários tipos de infecção em nosso organismo;
• Podem ter macro moléculas;

As Staphylococcus Aureus, também


ocasionam infecções clínicas, tais como: mastite
bovina, epidermite exsudativa suína, piodermatite,
e otite em cães e gatos.

Na mastite bovina, a forma mais comum é


causada por S.aureus, geralmente subclínica.

A mastite é uma inflamação da glândula mamária, geralmente causada pela infecção


por diversos tipos de microrganismos, sendo as bactérias os principais agentes. É a doença
mais importante dos rebanhos leiteiros, devido à alta incidência de casos clínicos, alta
incidência de infecções não perceptíveis a olho nu
(infecções subclínicas) e aos prejuízos econômicos
que acarreta.

Uma vez que um microrganismo tenha se


instalado na glândula mamária, ele se nutre dos
componentes do leite e se multiplica, atingindo
números muito elevados. Nesse processo, são
produzidas toxinas ou outras substâncias que
causam danos ao tecido mamário. Essas substâncias
atraem leucócitos (células somáticas) do sangue para o leite, a fim de destruir os
microrganismos invasores.

Como resultado da inflamação, as paredes dos vasos sanguíneos se tornam dilatadas


e outras substâncias do sangue também passam para o leite. Entre essas estão íons de cloro
e sódio, que deixam o leite com sabor salgado, e enzimas que causam alterações na proteína
e na gordura. Devido às lesões do tecido mamário, as células secretoras se tornam menos
eficientes, isto é, com menor capacidade de produzir e secretar leite. Ocorre também a morte
das células e a liberação de enzimas dentro da glândula, que contribuem para agravar o
processo inflamatório. Tudo isso prejudica a qualidade do leite e causa redução na produção.
A mastite bovina pode ser causada por uma grande variedade de agentes, incluindo
bactérias, mico plasmas, leveduras, fungos e algas, mas maioria das infecções é causada por
bactérias. Apesar da heterogeneidade dos agentes que causam mastite, o primeiro passo para
o início do processo infeccioso é a contaminação da extremidade da teta de uma glândula
susceptível. Nas doenças sistêmicas, como
leptospirose, brucelose, salmonelose, febre
aftosa, tuberculose e carbúnculo hemático, no
entanto, o agente infeccioso pode ser
eliminado pelo úbere. Nesses casos, com
exceção da tuberculose, nem sempre existe
evidência de comprometimento do úbere com
presença de mastite.

Um conceito importante no
diagnóstico e controle da mastite é que os
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patógenos mais comumente encontrados podem ser classificados em dois grupos:

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contagiosos e ambientais. Os microrganismos contagiosos são aqueles cujas principais fontes
de infecção para o rebanho são o úbere ou canal da teta infectados, ou lesões nas tetas
infectadas. A disseminação desses agentes se dá de um quarto infectado a outro ou de uma
vaca para outra durante o processo de ordenha. Já os microrganismos ambientais estão
normalmente disseminados no solo, utensílios, dejetos, água ou outros locais e podem atingir
a extremidade da teta a partir daí. Essa diferenciação entre os microrganismos causadores de
mastite é de importância prática, porque medidas de controle diferenciadas são necessárias
para cada um desses grupos.
No Brasil há perda de 12 a 15% da produção nacional, ou seja, 2,8 bilhões de litros de
leite por ano, esse alto valor caiu para R$ 1260.000.000.

O CMT (Califórnia Mastite Teste) é um teste


muito empregado para identificar vacas com mastite
subclínica na fazenda. Necessita de uma raquete
contendo quatro cavidades e o reagente do CMT. Em
seu processo mistura-se o leite com o reagente,
homogeneíza-se e faz-se a leitura após 10 segundos,
e de acordo com a quantidade de células somáticas
do leite, forma-se um gel, de espessura variada. Se a
quantidade de células somáticas é baixa, não forma
gel, o resultado é negativo. De acordo com a
espessura do gel, o resultado é dado em escores, que
variam de traços (leve formação de gel) a +
(fracamente positivo), ++ (reação positiva) e +++ (reação fortemente positiva).

Diagnóstico laboratorial:

Espécimes:
• Pus de abscessos;
• Exsudatos;
• Raspagem de pele, urina e tecidos afetados;

Na microscopia direta, isolam o arranjo de staphylococcus (amostra de leite).


Oisolamento bacteriano é feito com ágar sangue de bovino e carneiro, em seu isolamento
predomina-se características coloniais nas bactérias, e também presença ou ausência de
hemólise (destruição dos glóbulos vermelhos do sangue) ao redor das colônias. Além disso,
possuem produção de catalase, produção de coagulase e perfil bioquímico.

2. Staphylococcus intermedius:

• Membro Gram-positivo do gênero Staphylococcus;


• Consistem em cocos agrupados;
• As cepas dessa espécie foram originalmente isoladas das narinas anteriores de
pombos, cães, gatos, martas e cavalos.
• Muitas das cepas isoladas apresentam diversas atividades de coagulase;

3. Staphylococcus pseudo intermedius

4. Staphylococcus hyicus:

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Originalmente isolada de infecções de pele em porcos e

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denominada Micrococcus hyicus;
Na epidermite exsudadtiva suína, o agente
etiológico é uma bactéria Grampositiva classificada como
Staphylococcus hyicus encontrada na pele dos suínos, com
isso os leitões podem infectar-se imediatamente após o
parto, através do contato com a porca ou com o ambiente
contaminado.

Embora os tratamentos anteriores tenham sido feitos em leitões com lesões de


pele, um aumento súbito da resistência antimicrobiana aos antibióticos foi frequentemente
observado em S.hyicus e S. aureus.
No tratamento da Staphylococcus, é necessário saber que estas são resistentes à
penicilina e sensíveis à meticilina (MSSA). Streptococcus
São cocos Gram-positivos;
• Formam cadeias de diferentes comprimentos;
• As espécies do Streptococcus, são catalase negativo; anaeróbias facultativas e
imóveis;
• São fastidiosas e requerem sangue ou soro para crescer;
• As espécies do gênero enterococcus são encontrados no trato intestinal de animais e
humanos, estes também são considerados patógenos oportunistas e também são
consideradas produtoras de hemolisinas.
Em seu habitat natural, pode se dizer
que muitas espécies fazem parte da flora normal
da mucosa do trato respiratório superior e do
trato urogenital inferior. São sensíveis a
dessecação e sobrevivem por pouco tempo fora
do hospedeiro.
Os Streptococcus piogênicos são
associados a formações de abscessos, condições
supurativas e septicemias.

Diagnóstico laboratorial:

Devem ser cultivadas imediatamente, pois são altamente susceptíveis à


dessecação. Todo pus ou exsudatos devem ser coletados em swab em um meio de transporte
se não forem processadas imediatamente. Possui microscopia direta, no qual apresenta cocos
Gram+ em pares ou cadeias. O isolamento de Streptococcus, é feito em ágar sangue, colônias
pequenas e translúcidas. Também apresenta o teste de catalase negativo, cujo objetivo é
diferenciar os estafilococos (catalase positiva) dos estreptococos (catalase negativa). A
catalase constitui um mecanismo de defesa para a bactéria contra células fagocitárias, porém
não é um fator essencial para a sobrevivência do S. aureus. Os Streptococcus possuem um
agrupamento de Lancifield, que tem como aspectos a especificidade sorológica baseada em
polissacarídeo da parede celular e testes bioquímicos.

Principais manifestações clínicas:

- Garrotilho: é uma doença febril altamente contagiosa, que atinge principalmente os equinos
jovens e não é da microbiota normal, envolvendo o trato respiratório superior com abscessos
nos linfonods regionais. ocorre um processo infeccioso intenso nas vias aéreas. O principal
agente infeccioso é o S.equi.
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- Mastite estreptocócicas bovina: ocorre quando há uma infecção crônica ou aguda no úbere

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das vacas, principalmente as vacas leiteiras, causada por vários microrganismos e
caracterizada pela fal]lta de higiene na ordenha e processo inflamatório e alterações químicas
e físicas, bacteriólogicas do leite e como consequência sua redução da produção do leite
também. Os agentes infecciosos são S.uberis, S.agalactiae e S.disgalactiae. Para evitar a
mastite, é necessário, averiguar o manejo corretamente, nutrição, genética e sanidade do
animal.
É necessário deixar as vacas em pé, durante
uma hora, para que tenha maior susceptibilidade
da bactéria ir para glândula mamária (esfincter
aberto).

Também há doenças como, septicemias neonatais


e pneumonia estreptocócica.

Meningoencefalite estreptocócica de suínos:


ocorre alto risco de transmissão por alimentos. É
uma doença que atinge o SNC e pode passar para o
ser humano.

• É um cocobacilo arredondados e cilíndricos;


• Gram (-);
• Coram se de rosa;
• Possuem um arranjo diferenciado;
• Colônias pequenas com tom esbranquiçado;
• Não formam esporos;
• Não são hemolíticas;
• São imóveis;
• Não possuem cápsulas;
• Tem esse nome, por conta do nome
• David Bruce (descobriu a brucela);

Brucellose: acomete a maioria dos animais


domésticos, em ênfase os bovinos e alguns silvestres,
são considerados patógenos principais e estão
presentes principalmente em infecções reprodutivas
nos animais, gerando baixa produção leiteira e
diminuição do índice de fertilidade, já em humanos
ocorre infecções sitêmicas, na mulher pode levar até
o aborto, neste caso entra questões econômicas que
são consideráveis significantes, uma vez que só caem. Também é uma zoonose.
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A grande maioria dos animais domésticos são afetados pelas cinco primeiras espécies

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descritas a seguir:

A Brucella melitensis, é considerada a mais patogênica nos homens, não tem no Brasil.
No homem causa febre ondulante (são picos de febre, com sudorese intensa), também
apresenta a doença de Bang, febre de Gibraltar, febre do mediterrâneo e febre de malta.
B. melitensis: mais patogênica no homem, principal fonte de infecção é a carne crua e o leite
cru, principalmente vindo de caprinos no mediterrâneo, seguida da B.suis (não tem no Brasil)
segunda mais patogênica,
B.abortus (única que tem vacina), depois B.canis. O auxílio de parto sem EPI, também é
considerada uma fonte de infecção.
A Brucella também são parasitas
intracelulares facultativos, que possuem
lipopolissacarídeos (LPS-constituintes) da
parede celular são os antígenos
imunodominantes, estes variam de acordo
com a espécie. Os LPS, se localizam na
membrana externa, tem como função
proteção cruzada na vacina.

Tipos de Brucella:

Brucellas lisas: são Gram+, além do lipídeo A, tem cadeia “O” completa > imunopatogênica >
sorologia positiva (B19). Na Brucella lisa não tem como comprovar se um animal foi vacinado
ou não, logo este é considerado infectado. Os animais infectados são diferentes de animais
vacinados.

Brucellas rugosas: são Gram-, que possuem cadeia “O” incompleta (RB51).

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Patogênese:

• Não produz exotoxina;


• Possui endotoxina que contribui para patogênese;
• A infecção natural pela Brucella ocorre através da penetração na mucosa nasal, oral ou
conjuntival;

Penetração: linfonodos locais > vasos linfáticos > circulação sanguínea > bacteremia (Brucellas
livres oudentro de células fagocíticas) > formação de granulomas em diversos órgãos.

Fatores que contribuem na brucelose como doença de animais sexualmente maduros:

• Eritol;
• Placenta > necrose > aborto com retenção de placenta > endometrite;
• Bacteremia > órgãos genitais > orquite (qualquer tipo de inflamação nos testículos) e
epididimite (é a inflamação do epidídimo, acompanhada por inflamação dos testículos,
que gera dor escrotal e edema ocorrem em geral unilateralmente).

Diagnóstico laboratorial:

• É necessário realizar o isolamento da bactéria;


• Faz se identificação do ácido nucleico por TCE;
• Aborto > feto > conteúdo estomacal > lesão fetal > cotilédones (são as primeiras folhas que
surgem dos embriões das espermatófitas, irrompendo durante a germinação das sementes);
• Macho > sêmen > tecido do epidídimo > leite > colostro (é uma forma de leite de baixo volume
secretado pela maioria dos mamíferos nos primeiros dias de amamentação pós-parto);

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• Testes sorológicos: possuem grande risco de contaminação, então é necessário

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realizar em laboratórios de nível dois;

Os “anéis” presentes nos tubos coletores são referentes à soro aglutinação. Soro
aglutinação é a reação de um anticorpo presente naturalmente ou produzido no plasma
(aglutinina), que possuem determinados antígenos na membrana das hemácias
(aglutinogênio), que resultam na formação de um aglomeramento de pequenas massas de
células.

Diagnóstico sorológico da Brucelose:

O teste sorológico de brucelose é feito em vacas fêmeas de idade igual ou superior a


24 meses, desde que estejam vacinadas de 3 a 8 meses, também é realizado em machos
reprodutores.

• Não é um gênero, mas sim uma família;


• Engloba vários gêneros, (31 gêneros e 139 espécies); ✓ Bastante ampla e diversa;
• São bacilos muito pequenos que podem ser chamados de bastonetes também (curtos
bastonetes por serem pequenos);
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• Bastonetes Gram (-);

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• Algumas espécies são móveis, pois apresentam flagelos peritríquio (presente em todo o
corpo da bactéria), também têm fímbrias;
• Não formam esporos;
• Muitas espécies são consideradas patógenos oportunistas (microbiota normal) e outras são
patógenos principais presentes no trato gastrointestinal (TGI);
• São anaeróbios facultativos;
• Diversos testes bioquímicos são utilizados para diferenciar as espécies;

Coliformes: engloba vários gêneros e estão presentes nas fezes, também usado para regularizar o
intestino do indivíduo. Os coliformes são grupos de bactérias indicadoras de contaminação e são
formados pelos gêneros Escherichia coli, Enterobacter e Klebsiella.
Divisão de patogenicidade:

• Patógenos principais;
• Patógenos oportunistas;
• Não patógenos;

Habitat:

Os membros desta família estão disseminados na natureza e no intestino de animais e dos


seres humanos. Algumas espécies (não são todas) ocupa o nicho ecológico limitado.
Estrutura patogênica:

• Somático O: são classificados mais de 150 (polissacarídeos);


• Capsular K: são classificados mais de 100
• (cápsula protetora);
• Flagelar H: são classificados mais de 50 (flagelo proteico);
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• Fimbrial F: são fímbrias proteicas;

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• Coli=intestino;
• Importante fator de virulência;
• Presença de potentes aflatoxinas;
• Habitat Natural: ✓ Parte final do Intestino Delgado e Intestino Grosso.
• Excretada nas fezes, podendo sobreviver em partículas fecais, poeira e água por semanas
ou meses.
• A presença de E. coli em amostras de água, quando testada para potabilidade é uma
evidência de contaminação fecal.
• Tem esse nome, devido a pessoa que descobriu;

Patogênese e patogenicidade:
• Idade (neonatos). Os neonatos recebem pouca imunidade passiva no colostro. Animais
neonatos, até uma semana de idade, são mais susceptíveis, porque: a flora normal do intestino
ainda não está estabelecida, possui imunidade deficiente, apresenta expressão de receptores
para fímbrias, nos enterócitos e é significativamente diminuída após a segunda semana de vida,
em bovinos e até as seis primeiras semanas em suínos.
• Ambiente (criação intensiva), onde há aglomerados de animais, o que leva a uma rápida
transmissão de amostras patogênicas;
• Exposição (manejo inadequado), o manejo inadequado resulta em pouca higiene que
geram cargas intensas de amostras patogênicas;
• Imunidade;
• Linhagens patogênicas possuem fatores de virulência que permitem a colonização das
superfícies mucosas e produção de doença.
• Fatores predisponentes: idade, estado imunológico, dieta, e exposição a linhagens
patogênicas.

Infecções urinárias: a E.coli é facilmente levada para o trato inferior da pessoa (vias genitálias). As
fímbrias (semelhantes a pelos) são importantes, pois fornecem proteção do local, a urina “lava” e
remove as bactérias, estes aspectos são considerados um importante fator de virulência.
Cistite: é uma infecção na bexiga, muitas vezes confundida com infecção urinária. Nos humanos,
tem maior frequência nas mulheres. São os próprios germes que colonizam (que moram) na região
perineal que causam as cistites. Geralmente as bactérias do intestino são as mesmas que habitam
a região próxima ao ânus, vagina e meato uretral (canal onde sai a urina). Esses microrganismos
podem deslocar-se para o interior da uretra (canal por onde urinamos) e para chegar no interior
da bexiga.
#OBSERVAÇÃO: ALGUNS INDIVÍDUOS
PODEM SER PORTADORES DA DOENÇA E NÃO APRESENTAR NENHUM TIPO DE PATOLOGIA.
Fatores de virulência:

• Cápsula;
• Endotoxina;
• Fímbrias;
• Enterotoxinas (efeito na atividade funcional dos enterócitos) e outras substâncias
secretadas. As enterotoxinas, produzem quadros de hipersecreção e hiposecreção,
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também são toxinas produzidas por diversos microrganismos que se proliferam no

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intestino causando principalmente dores abdominais, diarreias (resulta em uma acidose >
desidratação > óbito) e vômitos. É uma das causas de intoxicação alimentar;
• Verotixinas e fator citotóxico necrosante (lesão celular);

Principais infecções da E. coli:

• Colibacilose;
• Colissepticemia;
• Doença do edema;
• Mastite por coliforme;
• Infecção urogenital;

Diagnóstico laboratorial:

• Espécimes: amostras fecais, tecidos, leite, urina, swabs e cervicais-piometras;


• Em ágar sangue colônias acinzentadas, hemolíticas ou não.
• Perfil bioquímico;
• Métodos imunológicos e PCR;

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