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Júlia 2019
BETIM
Resumo elaborado por Júlia Madureira // @surtavet
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Princípios do controle microbiano:
#TERMOS:
- Calor:
• 1-calor úmido: é capaz de matar os microrganismos primariamente pela desnaturação e
coagulação das proteínas;
• Fervura;
• Pasteurização;
• Autoclave;
• 2-calor seco: mata por oxidação;
• 3-incineração: é o uso de temperaturas extremas para matar os microrganismos;
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• Baixas temperaturas;
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• Os PRIONS são altamente resistentes à altas temperaturas;
Tipos de desinfetantes:
Os desinfetantes são substâncias que são aplicadas em superfícies não vivas para destruir os
microrganismos que vivem nesses objetos.
- Ácidos: toda atividade relacionada ao PH;
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- Aldeídos: altamente reativos, podendo reagir com ácidos nucleicos e outros constituintes
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microbianos, assim formando formaldeído e glutaraldeído.
- Álcalis: toda atividade relacionada ao PJ alto.
- Biguanidas: composto catiônicos, (clorexidina) atividade residual na pele.
- Compostos halogênicos: iodo e cloro.
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áreas do organismo;
• Não ser inativado quando administrado oralmente ou parietalmente.
• São capazes de alcançar concentrações suficientes nos tecidos ou sangue para matar
ou inibir os microrganismos;
• Ser altamente solúvel nos fluidos corporais;
ANTIMICROBIANOS:
Os antimicrobianos são drogas que tem a capacidade de inibir o crescimento de
microrganismos, estes podem ser classificados de várias maneiras considerando seu espectro de
ação, o tipo de atividade antimicrobiana, o grupo químico ao qual pertencem e o mecanismo de
ação.
Os antimicrobianos são inibidores da síntese da parede celular. A parede celular da
bactéria é formada por peptideoglicano e a penicilina e outros antibióticos impedem a síntese
completa dele, como consequência a parede celular destas ficam enfraquecidas e a célula sofrerá
lise. Tal síntese dos componentes do peptideoglicano é afetada por antibióticos
Beta lactâmicos (penicilinas e cefalosporinas).
Além de serem inibidores da síntese proteica, pois as proteínas realizam várias reações
químicas complexas. Os antibióticos também atuam em ações inibitórias, que possuem
interferência em diversas etapas da síntese proteica, como a estreptomicina e a tetraciclina.
Também são inibidores da síntese de ácidos nucleicos, no qual possuem rifamicinas que
inibem a síntese de RNAm e quinolonas e fluorquinolonas sintéticos, que inibem a síntese de
DNA.
Os danos à membrana plasmática são ocasionados por vários antibióticos, especialmente
os polipeptídicos que promovem danos na permeabilidade da membrana
plasmática. As polimixinas rompem os fosfolipídios, que destroem a sua
permeabilidade, assim deixando escapar substâncias essências das células, assim causando
morte celular. Os antibióticos agem na membrana plasmática que possuem ácidos graxos que
quando alcançam a membrana, “mergulham” na sua parte lipídica e a porção básica permanece
na superfície, tal intercalação de moléculas resultam na desorganização que fazem com que
ocorra saída de componentes e morte da bactéria.
Os antimicrobianos que são inibidores da síntese de metabólitos essenciais, são os
sulfonamidas e trimetoprim-sufatamexazol.
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RESISTÊNCIA BACTERIANA:
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1. Mutação: são mediadas por natureza genética, sendo mutação natural/indução e mutação
adquirida, onde ocorre o surgimento de superbactérias, também considerado um dos
mecanismos mais importantes.
2. Transformação: ocorre quando se tem alteração
genética em que o organismo adquire resistência.
A célula
bacteriana pode incorporar aquela infecção
3. Conjugação:
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Testes para orientação na quimioterapia:
• Suplementação de ração;
• Inibição de bactérias em culturas de tecidos;
• Preparação de meios de cultura seletivos;
Drogas antimicrobianas:
• Suplementos de ração;
• Meio de cultura seletivo;
• Inibição de bactérias em culturas de tecidos;
1) Staphylococcus Aureus:
• Patógeno oportunista;
• As infecções mais comuns envolvem a pele;
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• Presente em alimentos com muito sal;
• Muito resistente a pressão osmótica (intoxicação alimentar);
• Responsável por vários tipos de infecção em nosso organismo;
• Podem ter macro moléculas;
Um conceito importante no
diagnóstico e controle da mastite é que os
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contagiosos e ambientais. Os microrganismos contagiosos são aqueles cujas principais fontes
de infecção para o rebanho são o úbere ou canal da teta infectados, ou lesões nas tetas
infectadas. A disseminação desses agentes se dá de um quarto infectado a outro ou de uma
vaca para outra durante o processo de ordenha. Já os microrganismos ambientais estão
normalmente disseminados no solo, utensílios, dejetos, água ou outros locais e podem atingir
a extremidade da teta a partir daí. Essa diferenciação entre os microrganismos causadores de
mastite é de importância prática, porque medidas de controle diferenciadas são necessárias
para cada um desses grupos.
No Brasil há perda de 12 a 15% da produção nacional, ou seja, 2,8 bilhões de litros de
leite por ano, esse alto valor caiu para R$ 1260.000.000.
Diagnóstico laboratorial:
Espécimes:
• Pus de abscessos;
• Exsudatos;
• Raspagem de pele, urina e tecidos afetados;
2. Staphylococcus intermedius:
4. Staphylococcus hyicus:
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denominada Micrococcus hyicus;
Na epidermite exsudadtiva suína, o agente
etiológico é uma bactéria Grampositiva classificada como
Staphylococcus hyicus encontrada na pele dos suínos, com
isso os leitões podem infectar-se imediatamente após o
parto, através do contato com a porca ou com o ambiente
contaminado.
Diagnóstico laboratorial:
- Garrotilho: é uma doença febril altamente contagiosa, que atinge principalmente os equinos
jovens e não é da microbiota normal, envolvendo o trato respiratório superior com abscessos
nos linfonods regionais. ocorre um processo infeccioso intenso nas vias aéreas. O principal
agente infeccioso é o S.equi.
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- Mastite estreptocócicas bovina: ocorre quando há uma infecção crônica ou aguda no úbere
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das vacas, principalmente as vacas leiteiras, causada por vários microrganismos e
caracterizada pela fal]lta de higiene na ordenha e processo inflamatório e alterações químicas
e físicas, bacteriólogicas do leite e como consequência sua redução da produção do leite
também. Os agentes infecciosos são S.uberis, S.agalactiae e S.disgalactiae. Para evitar a
mastite, é necessário, averiguar o manejo corretamente, nutrição, genética e sanidade do
animal.
É necessário deixar as vacas em pé, durante
uma hora, para que tenha maior susceptibilidade
da bactéria ir para glândula mamária (esfincter
aberto).
A grande maioria dos animais domésticos são afetados pelas cinco primeiras espécies
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descritas a seguir:
A Brucella melitensis, é considerada a mais patogênica nos homens, não tem no Brasil.
No homem causa febre ondulante (são picos de febre, com sudorese intensa), também
apresenta a doença de Bang, febre de Gibraltar, febre do mediterrâneo e febre de malta.
B. melitensis: mais patogênica no homem, principal fonte de infecção é a carne crua e o leite
cru, principalmente vindo de caprinos no mediterrâneo, seguida da B.suis (não tem no Brasil)
segunda mais patogênica,
B.abortus (única que tem vacina), depois B.canis. O auxílio de parto sem EPI, também é
considerada uma fonte de infecção.
A Brucella também são parasitas
intracelulares facultativos, que possuem
lipopolissacarídeos (LPS-constituintes) da
parede celular são os antígenos
imunodominantes, estes variam de acordo
com a espécie. Os LPS, se localizam na
membrana externa, tem como função
proteção cruzada na vacina.
Tipos de Brucella:
Brucellas lisas: são Gram+, além do lipídeo A, tem cadeia “O” completa > imunopatogênica >
sorologia positiva (B19). Na Brucella lisa não tem como comprovar se um animal foi vacinado
ou não, logo este é considerado infectado. Os animais infectados são diferentes de animais
vacinados.
Brucellas rugosas: são Gram-, que possuem cadeia “O” incompleta (RB51).
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Patogênese:
Penetração: linfonodos locais > vasos linfáticos > circulação sanguínea > bacteremia (Brucellas
livres oudentro de células fagocíticas) > formação de granulomas em diversos órgãos.
• Eritol;
• Placenta > necrose > aborto com retenção de placenta > endometrite;
• Bacteremia > órgãos genitais > orquite (qualquer tipo de inflamação nos testículos) e
epididimite (é a inflamação do epidídimo, acompanhada por inflamação dos testículos,
que gera dor escrotal e edema ocorrem em geral unilateralmente).
Diagnóstico laboratorial:
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realizar em laboratórios de nível dois;
Os “anéis” presentes nos tubos coletores são referentes à soro aglutinação. Soro
aglutinação é a reação de um anticorpo presente naturalmente ou produzido no plasma
(aglutinina), que possuem determinados antígenos na membrana das hemácias
(aglutinogênio), que resultam na formação de um aglomeramento de pequenas massas de
células.
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• Algumas espécies são móveis, pois apresentam flagelos peritríquio (presente em todo o
corpo da bactéria), também têm fímbrias;
• Não formam esporos;
• Muitas espécies são consideradas patógenos oportunistas (microbiota normal) e outras são
patógenos principais presentes no trato gastrointestinal (TGI);
• São anaeróbios facultativos;
• Diversos testes bioquímicos são utilizados para diferenciar as espécies;
Coliformes: engloba vários gêneros e estão presentes nas fezes, também usado para regularizar o
intestino do indivíduo. Os coliformes são grupos de bactérias indicadoras de contaminação e são
formados pelos gêneros Escherichia coli, Enterobacter e Klebsiella.
Divisão de patogenicidade:
• Patógenos principais;
• Patógenos oportunistas;
• Não patógenos;
Habitat:
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• Coli=intestino;
• Importante fator de virulência;
• Presença de potentes aflatoxinas;
• Habitat Natural: ✓ Parte final do Intestino Delgado e Intestino Grosso.
• Excretada nas fezes, podendo sobreviver em partículas fecais, poeira e água por semanas
ou meses.
• A presença de E. coli em amostras de água, quando testada para potabilidade é uma
evidência de contaminação fecal.
• Tem esse nome, devido a pessoa que descobriu;
Patogênese e patogenicidade:
• Idade (neonatos). Os neonatos recebem pouca imunidade passiva no colostro. Animais
neonatos, até uma semana de idade, são mais susceptíveis, porque: a flora normal do intestino
ainda não está estabelecida, possui imunidade deficiente, apresenta expressão de receptores
para fímbrias, nos enterócitos e é significativamente diminuída após a segunda semana de vida,
em bovinos e até as seis primeiras semanas em suínos.
• Ambiente (criação intensiva), onde há aglomerados de animais, o que leva a uma rápida
transmissão de amostras patogênicas;
• Exposição (manejo inadequado), o manejo inadequado resulta em pouca higiene que
geram cargas intensas de amostras patogênicas;
• Imunidade;
• Linhagens patogênicas possuem fatores de virulência que permitem a colonização das
superfícies mucosas e produção de doença.
• Fatores predisponentes: idade, estado imunológico, dieta, e exposição a linhagens
patogênicas.
Infecções urinárias: a E.coli é facilmente levada para o trato inferior da pessoa (vias genitálias). As
fímbrias (semelhantes a pelos) são importantes, pois fornecem proteção do local, a urina “lava” e
remove as bactérias, estes aspectos são considerados um importante fator de virulência.
Cistite: é uma infecção na bexiga, muitas vezes confundida com infecção urinária. Nos humanos,
tem maior frequência nas mulheres. São os próprios germes que colonizam (que moram) na região
perineal que causam as cistites. Geralmente as bactérias do intestino são as mesmas que habitam
a região próxima ao ânus, vagina e meato uretral (canal onde sai a urina). Esses microrganismos
podem deslocar-se para o interior da uretra (canal por onde urinamos) e para chegar no interior
da bexiga.
#OBSERVAÇÃO: ALGUNS INDIVÍDUOS
PODEM SER PORTADORES DA DOENÇA E NÃO APRESENTAR NENHUM TIPO DE PATOLOGIA.
Fatores de virulência:
• Cápsula;
• Endotoxina;
• Fímbrias;
• Enterotoxinas (efeito na atividade funcional dos enterócitos) e outras substâncias
secretadas. As enterotoxinas, produzem quadros de hipersecreção e hiposecreção,
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intestino causando principalmente dores abdominais, diarreias (resulta em uma acidose >
desidratação > óbito) e vômitos. É uma das causas de intoxicação alimentar;
• Verotixinas e fator citotóxico necrosante (lesão celular);
• Colibacilose;
• Colissepticemia;
• Doença do edema;
• Mastite por coliforme;
• Infecção urogenital;
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