o Animais estão cada vez mais inseridos em A matéria orgânica, umidade, falta de iluminação

diferentes ambientes e contato próximo do e ventilação no ambiente favorecem a um maior

humano. tempo de persistência do microrganismo. Esses
o Situações de saúde-doença. fatores funcionam como barreira física contra as
o Correto manejo ambiental: estratégias de formas de desinfecção.
manutenção da qualidade e correção das
o Conhecer o agente etiológico envolvido é
falhas – bem estar animal a curto e longo
imprescindível, pois somente assim é possível
prazo.
tomar as medidas adequadas.
o Biosseguridade: medidas que visam garantir
o Retirada de matéria orgânica e uso de
a melhor qualidade sanitária dos ambientes,
detergentes e desinfetantes.
tanto no aspecto preventivo (evitando a
o Ex.: parvovirose e cinomose – hipoclorito de
entrada de patógenos) quanto curativo
sódio (10-30 minutos).
(tratando os ambientes infectados ou
contaminados). Evita entrada,
disseminação e eliminação dos agentes. o Esterilização: destruição de todas as formas
de vida microbiana, incluindo endósporos,
com exceção dos príons.
o Estratégias nutricionais: depende da fase de
o Esterilização comercial: tratamento de calor
vida do animal. Permite melhor resposta aos
suficiente para matar os endosporos.
patógenos, pois fortalece o sistema imune.
o Desinfecção: destruição de patógenos na
o Medidas de higiene ambiental: necessárias
forma vegetativa.
mesmo em situações de boas condições
- Primeira etapa: remoção de matéria
nutricionais e vacinas. Visam reduzir o
orgânica (solo, resíduos vegetais, leite, pus,
desafio do animal frente ao patógeno.
fezes), para que os desinfetantes consigam
- Ambientes domésticos ou profissionais
desempenhar sua função.
livres de doença: garantir essa condição
- Segunda etapa: limpeza da superfície
ao longo do tempo.
utilizando água e detergentes.
- Ambientes domésticos ou profissionais
o Antissepsia: destruição de patógenos na
contaminados: um animal doente esteve
forma vegetativa em tecidos vivos.
nesse ambiente, fômites ou vetores.
o Degerminação: remoção de microrganismo
- Escolha do método adequado e eficaz
de uma área limitada, como a pele ao redor
para minimizar o impacto no ambiente.
do local da aplicação de uma injeção.
- Relação entre o agente etiológico
o Sanitização: tratamento destinado a reduzir
envolvido na doença e produto escolhido
as contagens microbianas nos utensílios
para intervenção.
alimentares a níveis seguros de saúde
- Nem todos os agentes reagem da mesma
pública.
forma a determinada medida de controle.
o Vacinas: medidas específicas de prevenção
de doenças. o “Todos dentro, todos fora”.
o Vazio sanitário – mínimo 10 dias.
 o Ajustados de acordo com o histórico – se
houver desafios específicos que tem que
alterar esse tempo.
o Clínicas/hospitais – feitos rotineiramente.
o Manter baixas as concentrações de agentes
patogênicos.
o Itens críticos: contato com tecidos estéreis.
- Instrumental cirúrgico, cateteres.
- Esterilização por autoclave, estufas, óxido
de etileno (superfícies sensíveis a altas temp).
o Itens semicríticos: contato com mucosa ou
pele não intacta.
- Instrumentos anestésicos, laringoscópio,
endoscópio, termômetro.
- Esterilização, desinfetantes de
eficiência.
o Itens não críticos: contato com pele intacta.
- Mesa, manguito, otoscópio.
- Exposição a desinfetantes por curtos
períodos.
Métodos físicos de desinfecção
o Luz UV: solar ou lâmpada específica. É mais
utilizada para fins de pesquisa e tem eficácia
limitada por presença de matéria orgânica.
o Água quente: pasteurização. Bactérias.
Tubos e equipamentos de anestesia.
o Calor úmido: autoclave. Método comum na
clínica.
o Calor seco: estufas e fornos. Taxa mais lenta
de penetração do calor. Pequenas qntd de
material a ser esterilizado por vez.
o Microondas: a energia pode não
distribuída de forma homogênea, deixando
áreas não esterilizadas.
Métodos químicos de desinfecção
o Atividade alta: ácido paracético e aldeídos.
o Atividade intermediária: álcool, hipoclorito
de sódio a 1% e fenol sintético.
o Atividade baixa: quaternário de amônia e
hipoclorito de sódio a 0,2%.
Álcool
Desnaturação proteica e interferência no
metabolismo bacteriano.
o Superfície e fômites.
o Tempo de contato varia de acordo com a
concentração do produto utilizado.
o Pouco efeito contra vírus não envelopados.
o Ineficazes contra esporos.
Iodo
Oxidação de componentes da membrana e
citoplasma, além de oxidação de lipídios.
o Iodóforo quando misturado em detergente.
alta o Solúvel em álcool – tintura de iodo.
o Utilizado como antisséptico e não como
desinfetante.
o Não muito utilizado para instrumentos e
superfícies por causar oxidação e danificar.
Cloro/hipoclorito de sódio
Oxidação de componentes da membrana e do
citoplasma.
o Amplo espectro.
o Atividade rápida contra vírus e bactérias.
o Ação variada em protozoários – giárdia
sensível, cryptosporidium resistente.
o Inativado por matéria orgânica.
o Pode danificar metal e borrachas.
o Irrita mucosas – tóxico.
o Conservação – frascos opacos.
ser Amônia quaternária
Afeta a membrana citoplasmática, causando
perda estrutural.
o Eficaz em baixas concentrações de matéria
orgânica.
o Água dura (rica em sais), algodão e faze
podem reduzir sua eficácia por absorver o
princípio ativo do produto.
Cloridrato de clorexidina o Concentração dos agentes: quanto menor a
Atua por lesão de membrana ou coagulação de concentração, maior o tempo necessário
proteínas. de exposição para se obter efeito. Não
pode ser de maneira empírica, deve-se
o Ação antisséptica.
obedecer às orientações do fabricante.
o Descontaminação de superfícies e fômites.
o Quantidade e localização: quanto maior a
o Maior ação em gram + e fungos.
quantidade de microrganismos, maior o
o Boa ação na presença de pequenas
tempo de exposição ou concentração do
quantidades de matéria orgânica.
desinfetante.
Água oxigenada (peróxido de hidrogênio) o Biofilmes: matriz polimérica extracelular. O
Oxidação de componentes de membrana e do cloro é eficaz contra os biofilmes.
citoplasma.
É necessário realizar avaliação do sucesso de
o Ação rápida e instável. protocolo de desinfecção ambiental.
o Uso em superfícies – vendido na forma
o Swabes de superfícies e cultivo em meios de
estabilizada.
cultura.
Fenol o Inspeção visual com lâmpadas UV.
Formação de complexos instáveis na membrana o Quantificação de ATP por bioluminescência.
citoplasmática e inativa enzimas intracelulares.
A limpeza deve ser rotineira!
o Eficácia muito boa.
o Estetoscópios, raio-x e mesa de consultório –
o Amplo espectro de ação.
desinfectados com agentes de baixo nível.
o Bactérias gram + e vírus envelopados.
o Panos de chão – lavados rotineiramente e
o Toxicidade relevante principalmente em
secos a alta temperatura. Imersão em água
gatos.
sanitária após a lavagem.
Soda cáustica e cal o Ambiente – pequenas quantidade de saliva
Desnaturação proteica. e sangue devem ser limpas com hipoclorito
0,05%, grandes quantidades (> 10 mL),
o Desinfecção de grandes áreas – cama de
hipoclorito 1:10 e 1:100.
frangos.
o Antes da chegada dos animais.
o Concentração 2%.
o Amplo espectro de ação.
o Corrosiva.

Fatores interferentes

o Matéria orgânica e inorgânica: são barreiras

mecânicas ou diminuem ação. Isso inclui
sangue, pus, fezes, dureza da água (muitos
sais). É necessário realizar limpeza com água
e detergentes antes da desinfecção ou
esterilização.