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Sumário
NOSSA HISTÓRIA ........................................................................................... 3
INTRODUÇÃO .................................................................................................. 4
INTRODUÇÃO ............................................................................................ 30
OBJETIVO .................................................................................................. 32
MÉTODO .................................................................................................... 33
RESULTADOS ............................................................................................ 33
Cirurgia segura em pediatria: aplicação na prática do Checklist .................... 40
0
CONDUTAS DE ENFERMAGEM À CRIANÇA NO PÓS-OPERATÓRIO DE
CIRURGIA CARDÍACA: ANÁLISE DAS PESQUISAS .............................................. 54
METODO .................................................................................................... 56
RESULTADOS ............................................................................................ 58
Condutas de prevenção .............................................................................. 59
Condutas de avaliação ................................................................................ 62
Condutas de recuperação ou reabilitação ................................................... 64
CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................ 65
REFERÊNCIAS .............................................................................................. 67
INTRODUÇÃO ................................................................................................ 72
INTRODUÇÃO ............................................................................................ 99
OBJETIVO ................................................................................................ 101
MÉTODO .................................................................................................. 102
RESULTADOS .......................................................................................... 102
Cirurgia segura em pediatria: aplicação na prática do Checklist .................. 108
1
Material e Método...................................................................................... 111
Checklist Pediátrico para Cirurgia Segura ................................................. 112
Aplicação na prática do CPCS .................................................................. 112
Resultados ................................................................................................ 114
Discussão.................................................................................................. 117
Conclusão ................................................................................................. 120
CONDUTAS DE ENFERMAGEM À CRIANÇA NO PÓS-OPERATÓRIO DE
CIRURGIA CARDÍACA: ANÁLISE DAS PESQUISAS ............................................ 121
2
NOSSA HISTÓRIA
3
PREPARO DA CRIANÇA E FAMÍLIA PARA
PROCEDIMENTOS CIRÚRGICOS: INTERVENÇÃO DE
ENFERMAGEM*
INTRODUÇÃO
4
preparar a criança para procedimentos cirúrgicos? Por que preparar sua família? O
quê considerar para realizar o preparo? Quais os recursos necessários para
implementá-lo? E, o quê esperar da criança que foi adequadamente preparada? As
respostas encontradas para cada um desses questionamentos são apresentadas a
seguir.
5
que lhe permita expressar em segurança e de acordo com seu nível de
desenvolvimento, as emoções decorrentes da mesma. Quando a criança compreende
a verdadeira finalidade do procedimento, ela é capaz de tolerar melhor o desconforto
e a dor.
6
PORQUE PREPARAR A FAMÍLIA PARA PROCEDIMENTOS
CIRÚRGICOS.
Uma vez que tudo que afeta a um membro do sistema familiar, afeta, de uma
forma ou de outra, a todos e a cada um de seus membros, a família não pode ficar de
lado. Assim sendo, não é apenas a criança que está em crise, a família está em crise.
O nosso cliente, como em qualquer área da Enfermagem, não é apenas o paciente,
mas o binômio inseparável paciente/cliente - família3.
7
O QUE CONSIDERAR PARA REALIZAR O PREPARO
8
experiências de crescimento para a criança, sendo que este aspecto é válido tanto
para experiências da própria criança como de pessoas próximas em sua vida.
9
RECURSOS MATERIAIS:
10
instrumentos ou suas limitações, a criança receberá explicações concretas dos
procedimentos ou descarregará a tensão após os mesmos.
RECURSOS HUMANOS:
11
• e, por último, criatividade para, independentemente dos recursos
materiais a seu dispor, improvisar meios que lhe auxiliem no preparo.
a) QUANDO
O momento mais adequado para realizar o preparo varia de acordo com o tipo
e cirurgia (eletiva ou de emergência) e com o nível de desenvolvimento da criança.
Este momento varia também de acordo com as experiências passadas da criança e
com o grau de ameaça a elas associado.
No caso de cirurgia eletiva, o preparo deve ser feito de modo a dar tempo à
criança para assimilar as informações e fazer perguntas, permitindo-lhe assim,
mobilizar defesas adequadas, porém sem deixar tempo para o desenvolvimento de
ansiedade excessiva.
Visitar o hospital antes da internação, quando esta visita puder ser agendada,
e discutir os procedimentos com a enfermeira, pode ser muito benéfico, tanto para os
12
pais como para a criança, particularmente aquelas no fim do período pré-escolar e no
início da idade escolar, ou seja, entre 4 e 8 anos. No entanto, com crianças pequenas,
em especial aquelas menores de 2 anos, a única medida preventiva realmente eficaz,
como já há muito tempo apontado, é a internação antecipada, com a permanência da
mãe como acompanhante. Esta através de oportunidades para expressar seus
sentimentos, elaborar suas emoções e liberar ansiedade, para compreender os
procedimentos, bem como a necessidade de executá-los. Mães confiantes e
emocionalmente fortalecidas vão poder comunicar esta confiança a seus bebês e
filhos pequenos.
13
Quanto ao preparo dos pais, estes, além de se beneficiarem de acompanhar o
preparo da criança, devem também ser preparados separadamente para, deste modo,
terem a oportunidade de expressar seus sentimentos, verbalizar dúvidas, solicitar
informações adicionais, uma vez que seu nível de compreensão é diferente do da
criança. Para este preparo ser possível, faz-se necessário um ambiente adequado, se
possível privativo e livre de quaisquer interferências2.
14
quando possível e apropriado, utilizar brinquedo de dramatização, demonstrando o
procedimento nos bonecos.
• Sempre que possível visitar a RPA com a criança e seus pais como
também a UTI, quando uma estadia da criança nessa unidade for esperada, sem
esquecer de apresentar as enfermeiras responsáveis por essas unidades.
• Elogiar a criança: ela necessita ouvir das outras pessoas que elas sabem
que ela fez o melhor que podia na situação - independentemente de qual tenha sido
15
seu comportamento. E importante que ela saiba que seu valor não está sendo julgado
com base em seu comportamento em uma situação estressante. Pode- se elogiar por
ter feito o melhor que podia com pequenas recompensas, como certificados por
mérito, adesivos, etc.
16
• avaliar o nível de compreensão tanto da criança como de seus pais;
17
Um dos objetivos do preparo é ajudar a criança a enfrentar da maneira mais
sadia possível aquilo que não pode ser evitado e o resultado, eminentemente
individual, é uma reação de medo adequada à realidade da experiência, isto é, uma
reação diferente do pânico por um lado e da negação por outro, pois ambos implicam
em perda de contato com a realidade.
A partir do século XX, com o advento dos primeiros hospitais modernos infantis
e unidades de internação pediátrica, a instituição hospitalar se tornou responsável
pela assistência à saúde da criança.
18
Sergipe (HU) constitui-se numa instituição nosocomial vinculada a Universidade
Federal de Sergipe (UFS) e a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH).
Em sua origem era voltada ao cuidado de pacientes, exclusivamente com tuberculose
e hanseníase, transformando-se ao longo dos anos possuindo, atualmente, uma
unidade de cuidados mais abrangente e especializada.
19
Enfermagem (PE) é definido como a dinâmica das ações sistematizadas e
interrelacionadas, que viabiliza a organização da assistência de enfermagem.
Representa uma abordagem de enfermagem ética e humanizada, dirigida à resolução
de problemas, atendendo às necessidades de cuidados de saúde e de enfermagem
de uma pessoa. No Brasil é uma atividade regulamentada pela Lei do Exercício
Profissional da Enfermagem, constituindo, portanto, uma ferramenta de trabalho do
enfermeiro no planejamento, organização e implementação de suas ações.
MODELO TEÓRICO
20
Por meio de discussões sobre várias teorias e levando-se em consideração
fatores restritivos, propulsores, as teorias foram definidas pela percepção do grupo de
enfermeiros sobre o cliente, seus atributos (dados socioculturais), a assistência
integralizada e sobre as características do hospital.
21
Para operacionalizar a Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE),
faz-se necessário utilizar o Processo de Enfermagem através de instrumentos, com o
objetivo de nortear o enfermeiro quanto aos dados importantes para a avaliação e o
cuidado do paciente. Dessa forma, é possível identificar necessidades, realizar
diagnósticos e traçar um plano de assistência adequado para cada indivíduo.
22
sistematização da assistência, a construção dos instrumentos de coletas de dados
fundamentada em Wanda Horta, a organização dos principais diagnósticos de
enfermagem, os fatores relacionados e as características definidoras. Esse momento
foi de grande valia para a equipe do HU-UFS, pois foi utilizado também para revisar e
atualizar os instrumentos construídos anteriormente.
CONSIDERAÇÕES GERAIS
23
resultado do trabalho de inúmeros profissionais e professores do Departamento de
Enfermagem da Universidade Federal de Sergipe, a Sistematização da Assistência
de Enfermagem na Unidade de Internação da Pediatria do Hospital Universitário foi
implantada. Esse fato se constitui num avanço de qualidade para a melhoria da
assistência de enfermagem à criança e à sua família. O modelo de assistência de
enfermagem desta unidade foi pautado na teoria de Wanda de Aguiar Horta,
propiciando a aplicação do processo de enfermagem, objetivando a assistência do ser
humano integral. Para tanto, é importante que toda a equipe de enfermagem esteja
envolvida nesse processo a fim de identificar as necessidades biopsicoespirituais das
crianças hospitalizadas, prestando a assistência necessária. Dessa maneira, o
enfermeiro estará desempenhando o seu processo de trabalho de maneira qualificada
e científica, embasando o cuidado à criança e seus familiares de forma humanizada,
sistematizada e integral.
24
Anexo 1 - ROTEIRO DE COLETA DE DADOS DO PROCESSO DE
ENFERMAGEM DA UNIDADE DE PEDIATRIA DO HU/UFS/EBSERH
ORGANIZAÇÃO: DEN/GEMAE/SERVIÇO DE ENFERMAGEM DO HU
25
26
27
Anexo 2 - ROTEIRO INSTRUCIONAL DOS PRINCIPAIS DIAGNÓSTICOS E
PRESCRIÇÕES DE ENFERMAGEM EM PEDIATRIA ORGANIZAÇÃO:
DEN/GEMAE/SERVIÇO DE ENFERMAGEM DO HU
28
29
SEGURANÇA DO PACIENTE INFANTIL NO CENTRO
CIRÚRGICO
INTRODUÇÃO
30
de risco próximo ou remota dessa lesão. Sendo que iatrogenia é definida, ora pela
ação prejudicial, ora pelo resultado indesejável relacionado à equipe de enfermagem.
31
hospitalar é a ausência de perigo ou de riscos a danos corporais (lesões e morte),
psicológicos e materiais.
Sendo assim, esse trabalho foi criado com con- texto elaborado de forma
específica, para buscar informações e as medidas tomadas pela equipe de
enfermagem, cuja meta é manter o ambiente seguro para o recebimento da criança.
A enfermagem é uma legião que cada vez mais está sendo cobrada e, se não nos
preocuparmos agora com a nossa maior meta, que é dar uma assistência 100%
qualificada, estaremos causando um efeito negativo. Então, resta salientar que a
enfermagem é uma continuidade e, acima de tudo, uma responsabilidade sócio-
humana e sócio-cultural que sempre deve estar atenta à maior preciosidade do ser
humano, que é a vida.
OBJETIVO
32
MÉTODO
RESULTADOS
33
Autor/Ano/Local
Periódico
Problemas/ Eventos Adversos
Tese
34
Brazilian Journal of Pharmaceutical Sciences (BJPS)
35
Sobretudo porque, nestas unidades, as crianças necessitam de cuidados
especializados, tanto no pré, quanto no intra e pós-operatório.
Existem inúmeras ocorrências que são considera- das eventos adversos, entre
elas: jejum prolongado e ou desnecessário; realização de procedimentos sem preparo
prévio; analgesia inadequada e poucas orientações aos pais ou acompanhantes e o
principal, que contribui para o aumento de eventos adversos às crianças, é a falta de
coesão da equipe de enfermagem1,4.
Autor/Ano/ Local
Conduta
Wegner W; 20111
Realizar procedimentos com precisão, responsabilidade e conhecimento científico,
anotando toda e qualquer atividade realizada. A elevação das grades da cama/berço e o
uso do cinto de segurança nos carrinhos são medidas preventivas para evitar quedas,
aplicando-se, assim, medidas de segurança.
Nascimento LC et al; 20106
36
Comunicação assídua entre profissionais entre profissionais de enfermagem e a família,
e que os mesmos tenham conhecimento da existência da dor para avaliar e intervir,
orientado quanto às medicações que estão sendo realizadas e aos efeitos colaterais
que podem causar.
Schmitz SM et al; 20037
Na assistência de enfermagem pode-se empregar o brinquedo para facilitar a realização
dos procedimentos, evitando processos traumáticos futuros para a criança. O brincar é um
instrumento rico em possibilidades, a ser utilizado pela enfermagem nas unidades de
cirurgia pediátrica.
Alves CA et al; 20098
Promover espaços que tragam estímulo à atividade e à criatividade com organização do
pensamento das crianças internadas, com espaços para leitura, composto por livros de
literatura infanto-juvenil, com a mediação de leitura para bebês, crianças, jovens e seus
acompanhantes, respeitando as restrições de contato e os cuidados especiais.
Silva JP et al; 20119
Realizar o cuidado para a criança cirúrgica significa orientar quanto aos procedimentos
técnicos adequados à sua faixa etária, respeitando as diferentes fases de seu
desenvolvimento, assegurando a permanência de sua família e incluindo atividades
lúdicas.
Harada MJCS, et al; 200310
Lavagem das mãos em toda e qualquer situação, uso de equipamentos de proteção
individual e emprego técnicas assépticas.
Costa PQ et al; 200911
De acordo com as normas nacionais (RDC 214/2006), o preparo de medicamentos em
hospitais é de responsabilidade exclusiva de um farmacêutico e não de outros profissionais
da saúde, devendo ser realizado em local apropriado, atendendo as exigências das boas
práticas de manipulação.
37
determinando que sua alta deverá ser dada somente ao atingir a pontuação máxima,
sendo necessária uma sala de recuperação para que se avalie o paciente, mediante
complicações gerais.
Soares VV et al; 200415
Notificação das ocorrências adversas para o desenvolvimento de estratégias
destinadas à prevenção de erros; o primeiro passo nesta direção é a compreensão de
como as ocorrências adversas acontecem.
Cristo RC et al; 200516
Integrar a família durante a internação, buscando não só a melhoria nesse período,
como também a continuidade dos cuidados após a alta hospitalar.
Por outro lado, a necessidade de brincar não deve ser esquecida, já que a
criança está afastada do seu ambiente natural, e as experiências durante a indução
da anestesia ou no período pós-operatório imediato causam alterações psicológicas,
como pesadelos, enurese e mau humor. As brincadeiras são usadas como forma de
distração, tendo a função de passar o tempo. Na assistência de enfermagem, pode-
se empregar os brinquedos, com o intuito de diminuir os processos traumáticos futuros
38
para a criança, pois seu uso ajuda a enfermagem a entender as necessidades da
criança como um todo7.
39
O reconhecimento e a identificação dos problemas foram considerados os
primeiros passos para o desenvolvimento de uma cultura de segurança na assistência
ao paciente pediátrico, além da possibilidade de ter o problema como uma fonte de
ensinamentos.
40
Descritores: Segurança do Paciente; Enfermagem Pediátrica; Cuidados Pré-
Operatórios.
41
Estudos avaliaram as respostas emocionais das crianças submetidas à cirurgia
e identificaram nível de ansiedade no período pré-operatório bastante elevado,
estimado entre 40 e 75%, principalmente relacionado ao medo do desconhecido nos
momentos que antecedem a cirurgia, podendo resultar em alterações futuras de
comportamento.
Material e Método
42
O local escolhido para a investigação foi uma unidade de cirurgia pediátrica de
um hospital universitário da cidade de São Paulo. Na unidade em estudo, realizavam-
se cirurgias de diversas especialidades, de pequeno, médio e grande porte.
43
minha família onde será feita a cirurgia e tchau! estou indo para a cirurgia daqui a
pouco.
Para a coleta dos dados, foram elaborados três instrumentos com a finalidade
de contemplar as variáveis da pesquisa, um referente às variáveis relacionadas às
características demográficas da criança e da família, outro às ações relacionadas ao
CPCS e o terceiro sobre a satisfação da família quanto ao uso do checklist.
44
Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), e, após as assinaturas, as crianças e seus
acompanhantes recebiam o CPCS para preenchimento, ganhavam um conjunto de
lápis de cor para pintar as figuras, e eram orientados quanto ao recolhimento do
checklist.
Antecedendo a ida ao centro cirúrgico, em média uma hora antes, o CPCS era
recolhido e realizava-se entrevista com o familiar, verificando o preenchimento do
checklist e a satisfação.
Resultados
45
que, para praticamente um terço dos itens (30,0%) do material, não houve a execução
da atividade pela equipe.
Por meio da Tabela 3, é possível observar que não houve diferença estatística
significante entre as variáveis gênero e escolaridade da criança, realização de cirurgia,
escolaridade e parentesco do familiar (p>0,05) com o preenchimento dos cinco itens
analisados do material.
46
Gênero
Masculino
43 (71,7)
Feminino
58 (96,7)
Feminino
17 (28,3)
Masculino
2 (3,3)
Idade (anos)
Idade (anos)
Mediana (Q1–Q3)*
7,5 (4–10)
Mediana (Q1–Q3)*
37 (33–43)
Mín–Máx†
3–16
Mín–Máx†
20–64
Escolaridade
Escolaridade
Ensino fundamental
35 (58,3)
Ensino médio
28 (46,7)
Pré-escola
16 (26,7)
Ensino fundamental
23 (38,3)
Ensino médio
3 (5,0)
Superior
9 (15,0)
Não estuda
6 (10,0)
Grau de parentesco
Internações anteriores
Mãe
53 (88,3)
Não
44 (73,3)
Avós e bisavós
6 (10,0)
Sim
16 (26,7)
Pai
1 (1,7)
Itens do checklist
Preenchido
Não preenchido
Não executado
N (%)
47
N (%)
N (%)
Meu nome é
59 (98,3)
1 (1,7)
-
Cheguei ao hospital
58 (96,7)
2 (3,3)
-
Hoje é o dia da minha cirurgia
55 (91,7)
5 (8,3)
-
Ganhei uma pulseira com meu nome
52 (86,7)
4 (6,7)
4 (6,6)
A enfermeira me explicou o que ocorrerá comigo aqui no hospital
48 (80,0)
2 (3,3)
10 (16,7)
A enfermeira me perguntou se tenho ou não alergias
48 (80,0)
5 (8,3)
7 (11,7)
A enfermeira me falou que eu não posso comer nem beber nada
47 (78,3)
4 (6,7)
9 (15,0)
Tomei banho
26 (43,3)
1 (1,7)
33 (55,0)
A enfermeira me perguntou se tenho ou não dente mole
14 (23,3)
1 (1,7)
45 (75,0)
Me pediram para tirar brincos/anéis/piercing/aparelhos
13 (21,7)
4 (6,7)
43 (71,6)
Meu médico mostrou para mim e minha família onde será feita a cirurgia
11 (18,4)
2 (3,3)
47 (78,3)
Total
431 (65,3)
31 (4,7)
198 (30,0)
48
Tabela 4 – Associação entre o preenchimento dos itens do checklist e a idade
da criança e familiar (N=60). São Paulo, SP, Brasil, 2013
Itens do checklist
Idade da criança (anos)
Idade do familiar (anos)
P*
NP†
p‡
P*
NP†
p‡
Ganhei uma pulseira com meu nome (n=56)
7,8 (3,3)
6,2 (3,2)
0,399
37,9 (9,0)
41,3 (16,0)
0,707
A enfermeira me perguntou se tenho ou não alergias (n=53)
7,4 (3,4)
9,0 (2,7)
0,296
37,5 (8,9)
36,4 (10,3)
0,817
A enfermeira me falou que eu não posso comer nem beber nada (n=51)
7,4 (3,0)
7,5 (3,7)
0,996
37,0 (9,1)
33,7 (6,1)
0,387
Hoje é o dia da minha cirurgia (n=60)
7,6 (0,4)
8,2 (4,9)
0,810
38,1 (9,5)
38,6 (12,3)
0,937
Me pediram para tirar brincos/anéis/piercings/aparelhos(n=17)
10,6(3,2)
6,5 (1,7)
0,008
36,3 (6,6)
38,3 (13,6)
0,809
Ótima
38 (63,3)
Boa
22 (36,7)
Nem boa, nem ruim
-
Ruim
-
Péssima
-
Da criança
Ótima
30 (50,0)
Boa
27 (45,0)
Nem boa, nem ruim
3 (5,0)
Ruim
-
49
Péssima
-
Por acompanhar os cuidados da criança
Ótima
32 (53,3)
Boa
27 (45,0)
Nem boa, nem ruim
1 (1,7)
Ruim
-
Péssima
-
Redução da ansiedade da criança
Reduziu
50 (83,3)
Às vezes reduziu
5 (8,3)
Não sei
4 (6,7)
Não reduziu
1 (1,7)
Clareza das informações
Claras
50 (83,3)
Algumas claras outras não
10 (16,7)
Não são claras
-
Não sei
-
Discussão
50
influenciar a não realização de alguns itens pela equipe, como o número reduzido de
profissionais, a sobrecarga de atividades, o número elevado de pacientes, bem como
a falta de interação da equipe com a criança e família.
O uso do checklist pode ser um facilitador dessa interação, pois, à medida que
o paciente e sua família são orientados sobre o que deve acontecer no período pré-
operatório, e possuir um local para registrar essas ações, como ocorre com o CPCS,
há a possibilidade de tomada de decisão compartilhada com a equipe.
Destaca-se, ainda, que os pais das crianças que são orientadas sobre esse
período também apresentam menores níveis de ansiedade. A inserção da família no
cuidado pré-operatório, não apenas pode satisfaze-la como, ainda, gerar sentimentos
de segurança e comprometimento no processo. Em pesquisa realizada em Dublin,
com a participação dos pais durante o emprego do checklist, proposto pela OMS, no
momento que antecede a indução anestésica, verificou-se que não houve prejuízo no
desenvolvimento da cirurgia, bem como reduziu a ansiedade dos familiares, já que
97% referiram sentir- se tranquilizados por estarem próximos das crianças. O estudo
sugeriu que os pais fossem sempre envolvidos no cuidado das crianças e que os
51
profissionais considerassem esse processo como obrigatório, sendo bom para a
equipe, criança e família. Uma cultura de segurança necessita, portanto, evoluir nesse
cuidado juntamente com a equipe. Ao analisar o preenchimento do CPCS, verificaram-
se itens que não foram realizados pela equipe em mais de 50% das crianças e que
poderiam trazer riscos à segurança das mesmas. Dentre esses estavam a
identificação de dentes amolecidos, retirada de adornos, banho pré-operatório e
lateralidade da cirurgia.
Com relação ao item retirada de adornos, vale ressaltar que, com frequência,
os pré-adolescentes e adolescentes utilizam esse tipo de acessório, havendo a
necessidade de orientação para a retirada, pois possibilita a prevenção da ocorrência
de queimadura durante o emprego do bisturi elétrico, garroteamento de dedo e
possibilidade de perda.
52
Sabe-se da dificuldade encontrada na adesão da equipe de saúde para a
utilização de novos instrumentos, como já demonstrado em pesquisas relacionadas
ao uso do Safety Surgical Checklist, porém, devido à relevância desses na segurança
e redução de erros e eventos adversos na saúde, por meio da dupla checagem e
confirmação de tarefas essenciais a serem executadas(2), espera-se que,
gradativamente, os profissionais, juntamente com o auxílio das instituições de saúde,
busquem esforços a fim de promover o comprometimento da cultura de segurança do
paciente cirúrgico.
53
Conclusão
54
intuito de proporcionar melhorias na prática assistencial, com base em ações de
promoção à saúde, com ênfase sobre avaliação da dor, verificação da temperatura
invasiva e medidas não farmacológicas para manejo da dor, entre outras.
55
hemodinâmica e laboratorial, suporte e ajustes ventilatórios, suporte nutricional,
manutenção de cateteres para infusão de fármacos vasoativos e hemo-componentes,
avaliação da incisão cirúrgica quanto à presença de sangramentos, acompanhamento
do débito urinário, avaliação das perdas pelo controle hidroeletrolítico, inclusive
procedimentos específicos relacionados à hemodiálise ou diálise peritoneal.
Somando-se a isso, o enfermeiro exerce importante papel no apoio aos pais, mediante
fornecimento de informações quanto aos procedimentos executados,
desenvolvimento da cirurgia e evolução da criança na unidade pós-operatória infantil.
METODO
56
restringiu-se às produções que envolvessem crianças e retratassem o período pós-
operatório de cirurgia cardíaca. Quanto aos critérios de exclusão, definiram-se as
publicações do tipo editorial, de revisão narrativa ou integrativa, resumo em anais de
evento, dissertação e tese, bem como publicações repetidas.
A seleção foi feita de forma ordenada nas bases de dados Scopus, National
Library of Medicine (PubMed), Cumulative Index to Nursing and Allied Health
Literature (CINAHL with full text), Centro Latino-Americano e do Caribe de
Informações em Ciências da Saúde (LILACS) e Cochrane, considerando-se suas
especificidades.
57
Todos os artigos identificados foram submetidos às duas etapas de avaliação.
A primeira dirigia-se à apreciação do título e do resumo, com vistas a identificar sua
adequação à pergunta norteadora e aos critérios de inclusão e exclusão pré-
estabelecidos. A segunda etapa apontou a extração das características metodológicas
relevantes, por meio de instrumento adaptado, o qual contemplou os seguintes
aspectos: tipo de estudo; autores; intervenção aplicada; resultados;
recomendações/conclusões.
RESULTADOS
58
Quadro 1: Caracterização dos artigos quanto ao objeto de estudo e condutas
de enfermagem.
Condutas de prevenção
59
Nesse ensejo, a admissão da criança, na unidade de terapia intensiva após o
procedimento cirúrgico cardíaco, é um momento de grande expectativa e tensões que
requer o monitoramento do paciente nas primeiras 24 horas. Inicialmente, a criança é
posicionada no leito e verificam-se o local de inserção dos acessos, cateter para
pressão arterial direta, bem como monitor cardíaco e ventilador mecânico, os quais
devem ser calibrados, porquanto a manutenção desses parâmetros torna-se vital para
a tomada de decisões do enfermeiro.
60
informar aos pais e às crianças acerca das tecnologias do ambiente e de
procedimentos; e favorecer a comunicação entre pais e enfermeiros.
Outro estudo, realizado nos Estados Unidos com pais (n=9) e mães (n=10) de
dez crianças e evidenciou a avaliação do comportamento de enfermeiras na unidade
de terapia intensiva pelos pais das crianças hospitalizadas e revelou diferentes
respostas demonstradas por estas profissionais sobre a garantia da qualidade do
cuidado, atenção, afeto, toques e gestos de compreensão da criança com fácies de
dor. Segundo os pais, as enfermeiras mostravam-se solícitas e permitiam plena
comunicação sobre a condição da criança e procedimentos executados. Assim, os
pais se sentiam mais confortáveis e menos ansiosos.
61
Além disso, a ação do enfermeiro centrada na família inclui a preparação para
alta, mediante orientações nutricionais, administração de medicamentos e o ensino
para identificação de sinais e sintomas de descompensação cardíaca e alterações
respiratórias.
Condutas de avaliação
62
de hipóxia e dificuldade de sucção durante a alimentação oral. Na condição pós-
operatória, muitas crianças requerem sondas nasogástrica ou orogástrica até se
sentirem em condições para iniciar alimentação oral. Nesse cuidado, a enfermeira
avalia a tolerância da criança, a presença, coloração e a quantidade do resíduo
gástrico, e também a presença de ruídos hidroaéreos para começar a alimentação.
Dessa forma, segundo estudos ora analisados, nas medidas profiláticas contra
infecções, o enfermeiro deve avaliar diariamente o cateter ao administrar os fluidos e
trocar os curativos; lavar as mãos por 15 segundos; reduzir a manipulação do cateter;
usar luvas e máscaras; limpar a área com clorexidine e utilizar gazes embebidas em
álcool etílico.
63
e ao estresse aumenta o trabalho da bomba cardíaca em recuperação(18). Somado
a isso, o estresse proveniente da cirurgia e a presença dos fatores como anestesia,
hipotermia e incisão cirúrgica aumentam a incidência de arritmias no período pós-
operatório e, por conseguinte, provocam alterações hemodinâmicas.
64
eventuais alterações da resposta da criança à dose prescrita e à necessidade de
desmame.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
65
observacional e descritivo; exploratório e descritivo; e experimental (ensaio clínico),
dois deles com randomização. Entre os estudos, o nível VI de evidência e a natureza
quantitativa predominaram.
66
REFERÊNCIAS
67
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INTRODUÇÃO
72
práticas desenvolvidas por alunos de graduação em enfermagem. Essa mudança tem
representado para nós uma lenta, porém segura caminhada em direção a uma
abordagem mais adequada, mais integral e mais holística da assistência à criança
hospitalizada.
73
PORQUE PREPARAR A CRIANÇA PARA PROCEDIMENTOS
CIRÚRGICOS
74
• desenvolver sintomas psicoemocionais pós-cirúrgicos associados à
cirurgia/hospitalização, tais como: fobias, pesadelos, insônia, enurese noturna e
diurna, distúrbios de linguagem, temor de pessoas vestidas de branco, incapacidade
de interagir com outras crianças e de brincar, agressividade (com a intenção
inconsciente de afastar qualquer outro perigo). Ansiedades que às vezes parecem
terem sido bem dominadas na época da cirurgia podem ser reativadas em crises
futuras na vida, como na crise normal da adolescência por exemplo. Há relação direta
entre o mentir ou não informar à criança sobre a cirurgia e seu propósito real e a
gravidade dos sintomas emocionais posteriores.
Uma vez que tudo que afeta a um membro do sistema familiar, afeta, de uma
forma ou de outra, a todos e a cada um de seus membros, a família não pode ficar de
lado. Assim sendo, não é apenas a criança que está em crise, a família está em crise.
O nosso cliente, como em qualquer área da Enfermagem, não é apenas o paciente,
mas o binômio inseparável paciente/cliente - família3.
75
Isto é particularmente verdadeiro no caso da criança, uma pessoa em
desenvolvimento que, de acordo com suas habilidades de desenvolvimento, depende
em diferentes graus dos relacionamentos, da dinâmica familiar para desenvolver da
maneira mais sadia possível o máximo do seu potencial.
76
apenas repete a palavra que lhe for dita. Entre 6 e 8 anos ela já define e interpreta as
coisas em torno de seu uso. Entre 9 e 11 anos a criança já consegue dar sinônimos e
classificar, isto é, é capaz de conceituar os objetos. Ao redor dos 12 anos a criança
atinge a lógica do pensamento adulto, sendo, portanto, capaz de conceituar os
objetos, de realizar abstrações e de fazer deduções a partir das relações entre esses
conceitos abstratos.
77
aliado possível para prover a segurança e o apoio de que a criança precisa para
enfrentar a cirurgia/hospitalização;
RECURSOS MATERIAIS:
78
Entre os recursos materiais que permitem adequar a explicação do
procedimento ao nível de compreensão da criança, pode-se utilizar:
79
solicitada, a própria criança ajuda a completar a estória, revelando desse modo
detalhes importantes para planejar a assistência.
RECURSOS HUMANOS:
80
QUANDO, ONDE E COMO IMPLEMENTAR O PREPARO
a) QUANDO
O momento mais adequado para realizar o preparo varia de acordo com o tipo
e cirurgia (eletiva ou de emergência) e com o nível de desenvolvimento da criança.
Este momento varia também de acordo com as experiências passadas da criança e
com o grau de ameaça a elas associado.
No caso de cirurgia eletiva, o preparo deve ser feito de modo a dar tempo à
criança para assimilar as informações e fazer perguntas, permitindo-lhe assim,
mobilizar defesas adequadas, porém sem deixar tempo para o desenvolvimento de
ansiedade excessiva.
Visitar o hospital antes da internação, quando esta visita puder ser agendada,
e discutir os procedimentos com a enfermeira, pode ser muito benéfico, tanto para os
pais como para a criança, particularmente aquelas no fim do período pré-escolar e no
início da idade escolar, ou seja, entre 4 e 8 anos. No entanto, com crianças pequenas,
em especial aquelas menores de 2 anos, a única medida preventiva realmente eficaz,
como já há muito tempo apontado, é a internação antecipada, com a permanência da
mãe como acompanhante. Esta através de oportunidades para expressar seus
sentimentos, elaborar suas emoções e liberar ansiedade, para compreender os
procedimentos, bem como a necessidade de executá-los. Mães confiantes e
81
emocionalmente fortalecidas vão poder comunicar esta confiança a seus bebês e
filhos pequenos.
82
c) COMO FAZER O PREPARO DA CRIANÇA
83
• Nas repetições do preparo deve-se observar quais fatos da situação
foram assimilados, quais os que estão sendo mal interpretados e quais estão sendo
negados, para assim poder determinar a ajuda de que a criança precisa.
• Sempre que possível visitar a RPA com a criança e seus pais como
também a UTI, quando uma estadia da criança nessa unidade for esperada, sem
esquecer de apresentar as enfermeiras responsáveis por essas unidades.
• Elogiar a criança: ela necessita ouvir das outras pessoas que elas sabem
que ela fez o melhor que podia na situação - independentemente de qual tenha sido
seu comportamento. E importante que ela saiba que seu valor não está sendo julgado
com base em seu comportamento em uma situação estressante. Pode- se elogiar por
ter feito o melhor que podia com pequenas recompensas, como certificados por
mérito, adesivos, etc.
84
não apenas como alguém associada a situações estressantes, mas como alguém
com quem também pode partilhar experiências agradáveis.
85
apresentar antes e após a cirurgia; sem esquecer o durante no caso do emprego de
anestesia local.
86
e controlador ativo. O brincar é a forma infantil da capacidade humana para lidar com
as experiências e dominar a realidade.
A partir do século XX, com o advento dos primeiros hospitais modernos infantis
e unidades de internação pediátrica, a instituição hospitalar se tornou responsável
pela assistência à saúde da criança.
87
visando o restabelecimento do processo de desequilíbrio psicoespiritual, biológico e
social. Atualmente, o Hospital Universitário é composto pelas unidades de internação
hospitalar de Clínica Médica, Clínica Cirúrgica, Psiquiatria, Pediatria e Unidade de
Terapia Intensiva Adulta, pelo serviço da Unidade de Diagnóstico e Imagem, bem
como pelo complexo Ambulatorial formado por três prédios. O Hospital Universitário
de Sergipe (HU/UFS), dentre outras unidades de internamentos e ambulatoriais, tem-
se a Unidade de Internação Pediátrica e Unidade de Atendimento Ambulatorial
Pediátrico, cujos objetivos estão relacionados a prestação de serviços integrais e
especializados, estes direcionam-se a atendimentos em pediatria, hematologia,
hepatologia, cardiologia, nefrologia, pneumologia, endocrinologia, alergia, neurologia,
cirurgia pediátrica, psicologia, nutrição, herbiatria, homeopatia, fonoaudiologia,
fisioterapia, terapia ocupacional e serviços de enfermagem. A unidade de internação
pediátrica é composta por 19 leitos, sendo um reservado para isolamento. Possui
como perfil assistencial, em maior frequência, atendimentos clínicos pediátricos de
exploração diagnóstica e procedimentos cirúrgicos pediátricos, atendendo à faixa
etária dos 29 dias de vida aos 12 anos completos. A via de acesso para a enfermaria
pediátrica é proveniente de uma demanda referenciada do serviço ambulatorial ou de
outros hospitais, que por vezes necessitam da investigação e confirmação uma
hipótese diagnóstica. No intuito de prestar um atendimento integral e humanizado livre
de injúria a saúde do paciente, priorizando a padronização, eficiência e eficácia das
ações de enfermagem implantou-se a Sistematização da Assistência de Enfermagem
(SAE), conforme a Resolução 358/2009 do Conselho Federal de Enfermagem
(COFEN). Através da aplicação do processo de enfermagem pode-se guiar a
assistência prestada às crianças e aos seus genitores e acompanhantes de acordo
com necessidades de saúde apresentadas. Para Horta (1979), o Processo de
Enfermagem (PE) é definido como a dinâmica das ações sistematizadas e
interrelacionadas, que viabiliza a organização da assistência de enfermagem.
Representa uma abordagem de enfermagem ética e humanizada, dirigida à resolução
de problemas, atendendo às necessidades de cuidados de saúde e de enfermagem
de uma pessoa. No Brasil é uma atividade regulamentada pela Lei do Exercício
Profissional da Enfermagem, constituindo, portanto, uma ferramenta de trabalho do
enfermeiro no planejamento, organização e implementação de suas ações.
88
MODELO TEÓRICO
89
identificação, análise e avaliação dos problemas apresentados pelas crianças e seus
acompanhantes. A segunda, é o Diagnóstico de Enfermagem em que o enfermeiro
identifica as necessidades de atendimento e o grau de dependência da criança,
levantando os diagnósticos. A terceira etapa caracteriza-se pelo Planejamento, que
determina as necessidades prioritárias do paciente a partir dos achados das
necessidades humanas básicas, de forma sistematizada e ofertadas à criança frente
aos diagnósticos estabelecidos. A quarta, delimita a Implementação de Enfermagem
descrevendo as intervenções diárias de enfermagem, focadas na coordenação das
ações da equipe de enfermagem e na execução dos cuidados e ao atendimento das
necessidades básicas e específicas da criança, mantendo o cuidado e avaliação
continuamente e diariamente. A quinta etapa é a Avaliação, concentrada em analisar
se os resultados esperados foram alcançados com as intervenções aplicadas.
90
Enfermagem (NANDA-I). Atrelado aos Diagnósticos dispomos do instrumento de
Prescrição de Enfermagem (anexo 2), baseado na Classificação das Intervenções de
Enfermagem (NIC), onde também é feito o aprazamento dessa prescrição.
91
do instrumento de coleta de dados, do roteiro instrucional, com os principais
diagnósticos de enfermagem relacionados àquela clínica e a folha de prescrição e
aprazamento. Nesta última, o enfermeiro elencará os diagnósticos identificados após
a avaliação da criança, fazendo a prescrição do cuidado para cada diagnóstico e
estabelecendo a periodicidade daquela ação. Vale lembrar que os roteiros
considerados como guias em cada setor, passaram pela análise de vários enfermeiros
experientes na área, para definição dos principais diagnósticos relacionados às
especificidades de cada unidade. Eles são atualizados, pela equipe do NEPE, de
acordo com a NANDA-I, no mínimo a cada dois anos, ou tão logo se perceba ausência
de algum diagnóstico não presente e identificado em algum paciente daquele setor.
Este processo, iniciado em setembro de 2015, está em constante avaliação e
supervisão do NEPE, para esclarecer as dúvidas dos profissionais e também, para
identificar as dificuldades vivenciadas, na busca do aperfeiçoamento de toda essa
prática, com o objetivo maior que é a qualidade da assistência.
CONSIDERAÇÕES GERAIS
92
crianças hospitalizadas, prestando a assistência necessária. Dessa maneira, o
enfermeiro estará desempenhando o seu processo de trabalho de maneira qualificada
e científica, embasando o cuidado à criança e seus familiares de forma humanizada,
sistematizada e integral.
93
94
95
Anexo 2 - ROTEIRO INSTRUCIONAL DOS PRINCIPAIS DIAGNÓSTICOS E
PRESCRIÇÕES DE ENFERMAGEM EM PEDIATRIA ORGANIZAÇÃO:
DEN/GEMAE/SERVIÇO DE ENFERMAGEM DO HU
96
97
98
SEGURANÇA DO PACIENTE INFANTIL NO CENTRO
CIRÚRGICO
INTRODUÇÃO
99
de risco próximo ou remota dessa lesão. Sendo que iatrogenia é definida, ora pela
ação prejudicial, ora pelo resultado indesejável relacionado à equipe de enfermagem.
100
hospitalar é a ausência de perigo ou de riscos a danos corporais (lesões e morte),
psicológicos e materiais.
Sendo assim, esse trabalho foi criado com con- texto elaborado de forma
específica, para buscar informações e as medidas tomadas pela equipe de
enfermagem, cuja meta é manter o ambiente seguro para o recebimento da criança.
A enfermagem é uma legião que cada vez mais está sendo cobrada e, se não nos
preocuparmos agora com a nossa maior meta, que é dar uma assistência 100%
qualificada, estaremos causando um efeito negativo. Então, resta salientar que a
enfermagem é uma continuidade e, acima de tudo, uma responsabilidade sócio-
humana e sócio-cultural que sempre deve estar atenta à maior preciosidade do ser
humano, que é a vida.
OBJETIVO
101
MÉTODO
RESULTADOS
102
Autor/Ano/Local Periódico Problemas/ Eventos Adversos
Silva JP et al; 2011 Revista Medo do desconhecido, da dor, da anestesia, da morte até
/ PR9 Eletrônica de mesmo receio de ficar desfigurado e incapacitado; falta ou até
Enfermagem mesmo omissão de informações sobre o procedimento ao qual
a criança será submetida.
Harada MJCS et al; Acta Pauista de Eventos adversos resultantes da prática do profissional de
2003 / SP10 Enfermagem saúde, relacionados às técnicas e aos procedimentos.
103
Ciência,
Dias SMZ et al; Na internação, houve presença de estressores que emanam
Cuidado e
2004 / SP12 do cotidiano da vida das famílias, tomadas de dúvidas,
Saúde
insegurança, esperanças e conflitos de ideias, oriundas da
mudança de vida, da doença e da hospitalização de uma
criança. A desestruturação temporária da família é uma das
consequências da hospitalização da criança.
Pediatria:
ANVISA; 2006 /
prevenção As infecções aumentam o tempo de internação, a morbidade e
DF13
e controle a mortalidade.
de infecção
hospitalar
Miyake MH et al; Acta Paulista de Complicações pós-cirúrgicas relacionadas com as drogas
2002 / SP14 Enfermagem administradas e com o procedimento cirúrgico.
Revista da
Soares VV et al; Escola de Novos horários e exames dolorosos.
2004 / SP15 Enfermagem da
USP
Revista da
Cristo RC et al; Ausência de acompanhante, perda de figura e rotina, levando
Sociedade
2005 / SP16 à angustia, depressão e apatia.
Brasileira de
Enfermagem
Pediátrica
Existem inúmeras ocorrências que são considera- das eventos adversos, entre
elas: jejum prolongado e ou desnecessário; realização de procedimentos sem preparo
prévio; analgesia inadequada e poucas orientações aos pais ou acompanhantes e o
principal, que contribui para o aumento de eventos adversos às crianças, é a falta de
coesão da equipe de enfermagem1,4.
104
onerarem o tratamento. Outro fator importante é a dor, pois a criança, muitas vezes,
não consegue expressá-la, devido à carência de habilidades verbais e cognitivas,
espacialmente as que se encontram em fase pré-escolar. A analgesia pós-operatória
é muito importante para o alivio da dor; entretanto, ainda hoje um considerável número
de crianças não tem medicação prescrita para dor após a cirurgia. Quando há, são
prescritas abaixo da dose terapêutica, fazendo com que sejam submedicadas.
Autor/Ano/
Conduta
Local
Wegner W; Realizar procedimentos com precisão, responsabilidade e conhecimento científico,
1
2011 anotando toda e qualquer atividade realizada. A elevação das grades da cama/berço
e o uso do cinto de segurança nos carrinhos são medidas preventivas para evitar
quedas, aplicando-se, assim, medidas de segurança.
Alves CA et al; Promover espaços que tragam estímulo à atividade e à criatividade com organização
20098 do pensamento das crianças internadas, com espaços para leitura, composto por
livros de literatura infanto-juvenil, com a mediação de leitura para bebês, crianças,
jovens e seus acompanhantes, respeitando as restrições de contato e os cuidados
especiais.
105
Silva JP et al; Realizar o cuidado para a criança cirúrgica significa orientar quanto aos
20119 procedimentos técnicos adequados à sua faixa etária, respeitando as diferentes fases
de seu desenvolvimento, assegurando a permanência de sua família e incluindo
atividades lúdicas.
Harada MJCS, Lavagem das mãos em toda e qualquer situação, uso de equipamentos de proteção
10
et al; 2003 individual e emprego técnicas assépticas.
Costa PQ et al; De acordo com as normas nacionais (RDC 214/2006), o preparo de medicamentos em
200911 hospitais é de responsabilidade exclusiva de um farmacêutico e não de outros
profissionais da saúde, devendo ser realizado em local apropriado, atendendo as
exigências das boas práticas de manipulação.
Dias SMZ et al; A presença da família no mundo do hospital é fundamental para a preservação do
12
2004 mundo vida da criança. Os pais são o seu próprio referencial, significando afeto, elo
que une criança e família; ter um acompanhante não deve ser importante apenas
porque está na lei, mas porque faz parte do cuidado à criança hospitalizada, como
um pressuposto básico do cuidado das enfermeiras da pediatria e clínica cirúrgica.
ANVISA; 200613 Lavagem das mãos em toda e qualquer situação, uso de luvas ao contato com
o paciente, uso de equipamentos de proteção individual e emprego de técnicas
assépticas.
Miyake MH et Aplicação da Escala de Aldrete e Kroulik, que avalia o paciente como um todo,
al; 200214 determinando que sua alta deverá ser dada somente ao atingir a pontuação máxima,
sendo necessária uma sala de recuperação para que se avalie o paciente, mediante
complicações gerais.
Cristo RC et al; Integrar a família durante a internação, buscando não só a melhoria nesse período,
16
2005 como também a continuidade dos cuidados após a alta hospitalar.
106
A enfermagem deve sempre monitorar a dor da criança por meio de escalas
específicas e pertinentes a cada faixa etária, observando toda e qualquer prescrição
médica, para que não ocorra falta ou até mesmo superdosagem de medicação.
Por outro lado, a necessidade de brincar não deve ser esquecida, já que a
criança está afastada do seu ambiente natural, e as experiências durante a indução
da anestesia ou no período pós-operatório imediato causam alterações psicológicas,
como pesadelos, enurese e mau humor. As brincadeiras são usadas como forma de
distração, tendo a função de passar o tempo. Na assistência de enfermagem, pode-
se empregar os brinquedos, com o intuito de diminuir os processos traumáticos futuros
para a criança, pois seu uso ajuda a enfermagem a entender as necessidades da
criança como um todo7.
107
criança se sinta totalmente segura e feliz, em companhia de pessoas de seu convívio,
adquirindo confiança nos profissionais da saúde, aplicando-se o uso de brinquedos
terapêuticos, antes da execução de qualquer procedimento, o que pode ajudar a
criança a compreender o que será realizado com ela no CC7-8,12,16.
108
Objetivos: avaliar a aplicação na prática do Checklist Pediátrico para Cirurgia
Segura no período pré-operatório e verificar a satisfação da família quanto ao uso do
material. Método: estudo exploratório, no qual se visou analisar o uso do checklist por
crianças que seriam submetidas a intervenções cirúrgicas, sendo a amostra
constituída por 60 crianças pré-escolares a adolescentes e 60 familiares. As variáveis
relacionaram-se à caracterização demográfica, preenchimento do checklist e
satisfação dos familiares, sendo avaliadas por meio da análise estatística descritiva e
inferencial. Resultados: a maioria (71,7%) das crianças era do sexo masculino, com
mediana de idade de 7,5 anos. Identificou-se consecução do checklist em 65,3% dos
itens, 30,0% não foram preenchidos devido à não execução da equipe e 4,7% por
motivos das crianças e familiares. Na análise de associação, verificou-se que o item
da retirada de adornos (p=0,008) foi mais checado por crianças com maior média de
idade. Quanto à satisfação, os familiares avaliaram o material como ótimo (63,3%) e
bom (36,7%) e acreditaram que houve redução de ansiedade na criança (83,3%).
109
como das complicações no período pós-operatório. Destaca-se o estudo que avaliou
7.688 pacientes antes e depois da utilização do checklist e confirmou redução de
36,0% em complicações graves e 47,0% de mortalidade.
110
Com o intuito de promover a participação colaborativa da criança, família e
equipe na segurança do paciente pediátrico, foi elaborado um Checklist Pediátrico
para Cirurgia Segura (CPCS), validado em conteúdo e construto. A finalidade desse
material foi promover a dupla checagem entre crianças e familiares juntamente com a
equipe, certificando-se que ações pré-operatórias, consideradas relevantes para
cirurgia segura, fossem realizadas, por meio da identificação da presença ou ausência
de ações necessárias para a promoção da segurança do paciente.
Material e Método
111
Checklist Pediátrico para Cirurgia Segura
Para a coleta dos dados, foram elaborados três instrumentos com a finalidade
de contemplar as variáveis da pesquisa, um referente às variáveis relacionadas às
características demográficas da criança e da família, outro às ações relacionadas ao
CPCS e o terceiro sobre a satisfação da família quanto ao uso do checklist.
112
período pré-operatório. Para a análise, foram utilizadas as categorias: item
preenchido, item não preenchido e item não executado pela equipe. Em situações nas
quais se identificou que o item não foi preenchido, questionou-se o motivo.
Antecedendo a ida ao centro cirúrgico, em média uma hora antes, o CPCS era
recolhido e realizava-se entrevista com o familiar, verificando o preenchimento do
checklist e a satisfação.
113
Adotou-se nível de significância de 5% e valores de níveis descritivos iguais ou
inferiores a esse valor (p≤0,05) foram considerados estatisticamente significantes.
Resultados
Por meio da Tabela 3, é possível observar que não houve diferença estatística
significante entre as variáveis gênero e escolaridade da criança, realização de cirurgia,
escolaridade e parentesco do familiar (p>0,05) com o preenchimento dos cinco itens
analisados do material.
114
diferença estatística significante (p≤0,05), demonstrando que as crianças com maior
média de idade preencheram mais esse item do que aquelas com menor média.
115
A enfermeira me explicou o que ocorrerá comigo aqui no hospital 48 (80,0) 2 (3,3) 10 (16,7)
A enfermeira me perguntou se tenho ou não alergias 48 (80,0) 5 (8,3) 7 (11,7)
A enfermeira me falou que eu não posso comer nem beber nada 47 (78,3) 4 (6,7) 9 (15,0)
Tomei banho 26 (43,3) 1 (1,7) 33 (55,0)
A enfermeira me perguntou se tenho ou não dente mole 14 (23,3) 1 (1,7) 45 (75,0)
Me pediram para tirar brincos/anéis/piercing/aparelhos 13 (21,7) 4 (6,7) 43 (71,6)
Meu médico mostrou para mim e minha família onde será feita a cirurgia 11 (18,4) 2 (3,3) 47 (78,3)
Total 431 (65,3) 31 (4,7) 198 (30,0)
Satisfação N (%)
Global com o checklist
Ótima 38 (63,3)
Boa 22 (36,7)
Nem boa, nem ruim -
Ruim -
Péssima -
Da criança
116
Ótima 30 (50,0)
Boa 27 (45,0)
Nem boa, nem ruim 3 (5,0)
Ruim -
Péssima -
Por acompanhar os cuidados da criança
Ótima 32 (53,3)
Boa 27 (45,0)
Nem boa, nem ruim 1 (1,7)
Ruim -
Péssima -
Redução da ansiedade da criança
Reduziu 50 (83,3)
Às vezes reduziu 5 (8,3)
Não sei 4 (6,7)
Não reduziu 1 (1,7)
Clareza das informações
Claras 50 (83,3)
Algumas claras outras não 10 (16,7)
Não são claras -
Não sei -
Discussão
117
O uso do checklist pode ser um facilitador dessa interação, pois, à medida que
o paciente e sua família são orientados sobre o que deve acontecer no período pré-
operatório, e possuir um local para registrar essas ações, como ocorre com o CPCS,
há a possibilidade de tomada de decisão compartilhada com a equipe.
Destaca-se, ainda, que os pais das crianças que são orientadas sobre esse
período também apresentam menores níveis de ansiedade. A inserção da família no
cuidado pré-operatório, não apenas pode satisfaze-la como, ainda, gerar sentimentos
de segurança e comprometimento no processo. Em pesquisa realizada em Dublin,
com a participação dos pais durante o emprego do checklist, proposto pela OMS, no
momento que antecede a indução anestésica, verificou-se que não houve prejuízo no
desenvolvimento da cirurgia, bem como reduziu a ansiedade dos familiares, já que
97% referiram sentir- se tranquilizados por estarem próximos das crianças. O estudo
sugeriu que os pais fossem sempre envolvidos no cuidado das crianças e que os
profissionais considerassem esse processo como obrigatório, sendo bom para a
equipe, criança e família. Uma cultura de segurança necessita, portanto, evoluir nesse
cuidado juntamente com a equipe. Ao analisar o preenchimento do CPCS, verificaram-
118
se itens que não foram realizados pela equipe em mais de 50% das crianças e que
poderiam trazer riscos à segurança das mesmas. Dentre esses estavam a
identificação de dentes amolecidos, retirada de adornos, banho pré-operatório e
lateralidade da cirurgia.
Com relação ao item retirada de adornos, vale ressaltar que, com frequência,
os pré-adolescentes e adolescentes utilizam esse tipo de acessório, havendo a
necessidade de orientação para a retirada, pois possibilita a prevenção da ocorrência
de queimadura durante o emprego do bisturi elétrico, garroteamento de dedo e
possibilidade de perda.
119
confirmação de tarefas essenciais a serem executadas(2), espera-se que,
gradativamente, os profissionais, juntamente com o auxílio das instituições de saúde,
busquem esforços a fim de promover o comprometimento da cultura de segurança do
paciente cirúrgico.
Conclusão
120
diferença no preenchimento e as características das crianças e familiares foi
significante em apenas um item que se relacionava à retirada de adornos e a idade,
em que aquelas com média de idade maior realizaram mais preenchimentos que as
demais. Acredita-se que o CPCS pode contribuir para a sistematização da assistência
e dupla checagem, desde que todos os envolvidos compreendam a necessidade de
executar as atividades relacionadas ao período. Identificou-se interesse no
preenchimento pelas crianças e familiares, bem como maior satisfação dos familiares
e redução da ansiedade nas crianças. Dessa forma, o material pode ser colaborador
para que se iniciem mudanças relacionadas à cultura de segurança do paciente
pediátrico, promovendo comprometimento de todos os envolvidos no processo e
promovendo sua satisfação.
121
As cardiopatias congênitas representam anomalias, cuja expressão clínica
inclui defeitos estruturais e funcionais no coração que atingem aproximadamente oito
em cada 1.000 nascidos vivos na população americana. Diante deste fato, avalia-se
que cerca de 650.000 a 1,3 milhão de americanos na idade adulta convivem
atualmente com defeitos cardiovasculares e pelo menos 35 defeitos já foram
identificados. No Brasil, estima-se o surgimento de 28.846 novos casos de cardiopatia
congênita por ano.
122
do débito urinário, avaliação das perdas pelo controle hidroeletrolítico, inclusive
procedimentos específicos relacionados à hemodiálise ou diálise peritoneal.
Somando-se a isso, o enfermeiro exerce importante papel no apoio aos pais, mediante
fornecimento de informações quanto aos procedimentos executados,
desenvolvimento da cirurgia e evolução da criança na unidade pós-operatória infantil.
METODO
123
publicações do tipo editorial, de revisão narrativa ou integrativa, resumo em anais de
evento, dissertação e tese, bem como publicações repetidas.
A seleção foi feita de forma ordenada nas bases de dados Scopus, National
Library of Medicine (PubMed), Cumulative Index to Nursing and Allied Health
Literature (CINAHL with full text), Centro Latino-Americano e do Caribe de
Informações em Ciências da Saúde (LILACS) e Cochrane, considerando-se suas
especificidades.
124
estabelecidos. A segunda etapa apontou a extração das características metodológicas
relevantes, por meio de instrumento adaptado, o qual contemplou os seguintes
aspectos: tipo de estudo; autores; intervenção aplicada; resultados;
recomendações/conclusões.
RESULTADOS
125
Quadro 1: Caracterização dos artigos quanto ao objeto de estudo e condutas
de enfermagem.
Condutas de prevenção
126
Nesse ensejo, a admissão da criança, na unidade de terapia intensiva após o
procedimento cirúrgico cardíaco, é um momento de grande expectativa e tensões que
requer o monitoramento do paciente nas primeiras 24 horas. Inicialmente, a criança é
posicionada no leito e verificam-se o local de inserção dos acessos, cateter para
pressão arterial direta, bem como monitor cardíaco e ventilador mecânico, os quais
devem ser calibrados, porquanto a manutenção desses parâmetros torna-se vital para
a tomada de decisões do enfermeiro.
127
informar aos pais e às crianças acerca das tecnologias do ambiente e de
procedimentos; e favorecer a comunicação entre pais e enfermeiros.
Outro estudo, realizado nos Estados Unidos com pais (n=9) e mães (n=10) de
dez crianças e evidenciou a avaliação do comportamento de enfermeiras na unidade
de terapia intensiva pelos pais das crianças hospitalizadas e revelou diferentes
respostas demonstradas por estas profissionais sobre a garantia da qualidade do
cuidado, atenção, afeto, toques e gestos de compreensão da criança com fácies de
dor. Segundo os pais, as enfermeiras mostravam-se solícitas e permitiam plena
comunicação sobre a condição da criança e procedimentos executados. Assim, os
pais se sentiam mais confortáveis e menos ansiosos.
128
Além disso, a ação do enfermeiro centrada na família inclui a preparação para
alta, mediante orientações nutricionais, administração de medicamentos e o ensino
para identificação de sinais e sintomas de descompensação cardíaca e alterações
respiratórias.
Condutas de avaliação
129
de hipóxia e dificuldade de sucção durante a alimentação oral. Na condição pós-
operatória, muitas crianças requerem sondas nasogástrica ou orogástrica até se
sentirem em condições para iniciar alimentação oral. Nesse cuidado, a enfermeira
avalia a tolerância da criança, a presença, coloração e a quantidade do resíduo
gástrico, e também a presença de ruídos hidroaéreos para começar a alimentação.
Dessa forma, segundo estudos ora analisados, nas medidas profiláticas contra
infecções, o enfermeiro deve avaliar diariamente o cateter ao administrar os fluidos e
trocar os curativos; lavar as mãos por 15 segundos; reduzir a manipulação do cateter;
usar luvas e máscaras; limpar a área com clorexidine e utilizar gazes embebidas em
álcool etílico.
130
e ao estresse aumenta o trabalho da bomba cardíaca em recuperação(18). Somado
a isso, o estresse proveniente da cirurgia e a presença dos fatores como anestesia,
hipotermia e incisão cirúrgica aumentam a incidência de arritmias no período pós-
operatório e, por conseguinte, provocam alterações hemodinâmicas.
131
eventuais alterações da resposta da criança à dose prescrita e à necessidade de
desmame.
132
CONSIDERAÇÕES FINAIS
133
REFERÊNCIAS
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