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ASSISTÊNCIA EM UTI À
NEONATOLOGIA, À CRIANÇA
E AO ADOLESCENTE
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1.1.1 Recomendações conforme as diretrizes 2020 DA AHA
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houver vitalidade adequada, com respiração rítmica e regular, e FC > 100 bpm, o
RN deve receber os cuidados de rotina na sala de parto (SBC, 2019).
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realizadas. A aspiração endotraqueal é indicada apenas se houver suspeita de
obstrução da via aérea depois da realização da VPP (AHA, 2020).
A laringoscopia e a aspiração endotraqueal diretas não são necessárias
rotineiramente para recém-nascidos com líquido meconial, mas podem ser
benéficas em recém-nascidos com evidências de obstrução da via aérea quando
recebem a VPP (AHA, 2020). A aspiração traqueal propriamente dita é feita por
meio da cânula traqueal conectada a um dispositivo para aspiração de mecônio e
ao aspirador a vácuo, com pressão máxima de 100 mmHg. Nessa situação,
aspirar o excesso de mecônio uma única vez (SBC, 2019).
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quando um TET com cuff é usado, atentar ao tamanho, à posição e à pressão de
insuflação do cuff (normalmente <20 a 25 cm H2O); o uso rotineiro de pressão
cricoide não é recomendado durante a intubação endotraqueal de pacientes
pediátricos.
É aconselhável administrar a dose inicial de epinefrina em até cinco
minutos depois do início das compressões torácicas em crianças em situação de
PCR. Segundo AHA (2020), estudos de PCREH pediátrica demonstraram que a
administração mais precoce de epinefrina aumenta as taxas de RCE, de sobrevida
depois da internação na unidade de terapia intensiva, de sobrevida depois da alta
e de sobrevida depois de 30 dias.
Quando houver recursos disponíveis, o monitoramento contínuo por
eletroencefalografia é recomendado para detectar convulsões depois de uma
PCR em pacientes com encefalopatia persistente. Os sobreviventes de PCR
pediátrica devem ser avaliados com relação à necessidade de serviços de
reabilitação.
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O trauma é definido como lesão sofrida pelo organismo, de aparecimento
súbito, não previsto e indesejável e de suficiente intensidade, produzindo lesão/
dano/ferida/alteração de vários tipos e ordens podendo provocar reações
imediatas que exigem atendimento imediato nos serviços de urgência (Freire,
2001). O trauma é conhecido como a doença do século e é a principal causa de
morte em crianças em todo mundo. os tipos mais frequentes de acidentes
causadores de lesões traumáticas são: as quedas, acidentes de trânsito,
atropelamentos, afogamentos e queimaduras (Carvalho, 2006). Os traumatismos,
podem ser divididos em: craniano, penetrante e intra-abdominal (Rogers; Osborn,
Pousads, 1992).
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tomografia de crânio, como edema e ingurgitamento cerebral difuso, hematoma
subdural, hemorragia subaracnóidea a lesão axonal difusa (Carvalho, 2007).
Os traumatismos cranioencefálicos têm como principais causas as quedas,
acidentes de trânsito e acidentes com bicicletas. Conforme Melo (2005), o nível
de consciência da criança com TCE é avaliado baseando na escala de coma de
Glasgow, que é caracterizado segundo a faixa etária da criança.
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apenas em pacientes, com monitorização da PIC, que apresentem seu valor maior
que 40 mmHg e não possuam resposta a outras medidas (Freitas, 2020). Manter
o equilíbrio hemodinâmico, facilitando a pressão de perfusão cerebral (PPC) e a
termorregulação é importante para prevenir lesões cerebrais secundárias.
(Freitas, 2020).
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A aparência é o componente mais importante ao determinar quão grave é
a doença ou lesão, a necessidade de tratamento e a resposta à terapia. Ela reflete
a adequação da ventilação, oxigenação, perfusão cerebral, homeostase corporal
e função do sistema nervoso central (Dieckmann, 2012). Essa característica do
TAP é delimitada pelo mnemônico TICLS: tônus, interatividade, consolabilidade,
olhar ou contemplação e faortantes, como o tônus, a consolabilidade, a interação
com cuidadores e outros e a força do choro da criança podem informar a aparência
normal ou anormal da criança ao profissional (para a idade e o desenvolvimento)
(Dieckmann, 2010).
O trabalho da respiração descreve o estado respiratório da criança,
principalmente o grau no qual a criança deve trabalhar para oxigenação e
ventilação. Avaliar o trabalho da respiração exige escutar cuidadosamente para
ouvir sons anormais audíveis das vias aéreas, por exemplo, estridor, grunhidos e
pieira) e buscar sinais de aumento no esforço de respiração (posicionamento
anormal, retrações ou queima das narinas na inspiração (Melo, 2011).
A circulação da pele reflete a perfusão geral do sangue em todo o corpo. O
profissional observa a cor e o padrão de cor da pele e das mucosas. No contexto
de perda de sangue/fluidos ou alterações no tônus venoso, os mecanismos
compensatórios desviam sangue da pele e regiões periféricas do corpo para
órgãos vitais, como o coração e o cérebro. Ao notar mudanças na cor da pele e
na perfusão da pele (como palidez, cianose ou moteamento), o profissional pode
reconhecer sinais precoces de choque (Melo, 2011).
O padrão de características afetadas no TAP ainda classifica a criança em
uma de cinco categorias: dificuldade respiratória, insuficiência respiratória,
choque, sistema nervoso central ou distúrbio metabólico e insuficiência
cardiopulmonar. A categoria específica então dita o tipo e a urgência da
intervenção (Melo, 2011).
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REFERÊNCIAS
ALLEN, E. M.; BOYER, R.; CHERNY, W. B. et al. Head and Spinal Cord Injury,
em: Rogers MC Textbook of Pediatric Intensive Care. 3. ed. Baltimore, Williams
& Wilkins, 1996. p. 809-857.
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MELO, M.C.B; SILVA, N.C. (org.). Urgência e emergência na Atenção Primária
à Saúde. Núcleo de Educação em Saúde Coletiva. Belo Horizonte: Universidade
Federal de Minas Gerais, 2011.
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UNICEF. United Nations Children’s. The State of the World’s Children 2015.
Executive Summary. Nova York: Unicef; 2015.
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