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USOS PÚBLICOS DA HISTÓRIA:

ORIGENS DO DEBATE E DESDOBRAMENTOS NO ENSINO


DE HISTÓRIA
SOBRE A AUTORA
ANA LIMA KALLÁS

Doutoranda em História pela Universidade Federal Fluminense


(UFF), bacharel e licenciada em História pela mesma universidade
e mestre em História Social pela Universidade Federal do Rio de
Janeiro (UFRJ). É Técnica em História do Instituto do Patrimônio
Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), Superintendência
Regional do Pará. Em pesquisa de doutorado analisou as relações
entre memória, ensino de história e usos públicos da história do
passado ditatorial pós-1964. Anteriormente, foi vinculada ao
projeto Políticas Públicas de Memória para o Estado do Rio de
Janeiro: pesquisas e ferramentas para a não repetição, desenvolvido
pela PUC-Rio em parceria com a FAPERJ e a Comissão da Verdade
do Rio (CEV-Rio).
o Foi utilizado pela primeira vez por Jurgen Habermas

o O debate “A querela dos historiadores”, a polêmica em


torno do artigo de Nolte

o “Tendências apologéticas” – normalizar nazismo

o Habermas e o livro do historiador Daniel J. Goldhagen

o A posição de Habermas reforçou a visão defendida por


Adorno e Horkheimer

• Para Adorno, a educação teria um papel fundamental para uma formação


reflexiva e crítica sobre Auschwitz.
“O uso da história teria, à vista disso, uma função pedagógica, com
possiblidade transgressora ou conformadora.” (pág 134)

o Para Habermas, há uma ideologia burguesa, não democrática,


como apontava os princípios apontados pelos liberais.
o Usos públicos da história para Gallerano

o Campos de Usos (meios de comunicação, as artes, a


literatura, a escola)

o Gallerano e Habermas
• Uso publico como entretenimento e resgate de identidades
• História não apenas como ciência

o Reflexão sobre o processo de criação da história

o Historiador e o uso público da história


OUTROS CONCEITOS

o Regime de historicidade

o Cultura histórica

o Divulgação histórica
“Os três debates podem convergir e apresentam influências reciprocas.” (pág
143)
• O significado do termo revisionismo
• Para Traverso (2007), o revisionismo pode torna-se uma tendência negativa, ou seja, as leitura
podem contribuir de forma ideológicas

o A história pública para Jill Liddington (2011) é entendida como uma


modalidade que se opõe a história acadêmica.
• Para Liddington, a história pública tem o papel de “dar voz” ou “desenvolver a história”
• Kallás critica essa lógica binária de Liddington
o Beatriz Sarlo – A história pública é elaborada ao desejo dos
consumidores e a história acadêmica fica presa ao método.

o Nos Estados Unidos, a história pública, surgiu com o teor


empregatício para tentar suprir a falta de trabalho dos historiadores
que se formavam.
o Caráter pedagógico da história pública

“A disputa de hegemonia operada pelos usos públicos da história relaciona


perspectivas que interligam passado-presente e futuro, pois ao contribuir para
que o sujeito se localize historicamente, mobilizando sua consciência histórica,
também possibilita que ele construa uma perspectiva de futuro. “ pág 147

o Consciência histórica
COVID-19 E A HISTÓRIA PÚBLICA:
UMA REFLEXÃO SOBRE O OFÍCIO DO
HISTORIADOR
SOBRE O AUTOR
RICARDO DOS SANTOS BATISTA

Possui graduação em História pela Universidade do Estado da Bahia, mestrado e


doutorado em História pela Universidade Federal da Bahia. Realizou estágio de pós-
doutorado no Programa de Pós-Graduação em História das Ciências e da Saúde -
PPGHCS/COC/Fiocruz (2017-2018). Atualmente é pós-doutorando na Faculdade de
Medicina Preventiva da Universidade de São Paulo. Autor de "Mulheres Livres: uma
história sobre prostituição, sífilis, relações de gênero e sexualidade" (Edufba, 2014) e
de "Sífilis e reforma da Saúde na Bahia (1920-1945)" (Eduneb, 2017). Organizou
coletâneas como "História e Saúde: políticas, assistência, doenças e instituições na
Bahia" (Eduneb, 2018) e "Quando a História encontra a Saúde" (Hucitec, 2020).
Desenvolve pesquisa sobre a história das relações entre Brasil e Estados Unidos, com
ênfase nas trocas realizadas no campo da Saúde Internacional e é professor permanente
no Programa de Pós-Graduação em História da Universidade do Estado da Bahia,
Campus II, Alagoinhas.
o March Bloch - o movimento dos Annales
• Passou-se a valorizar outras fontes, deixando para trás a
obrigatoriedade de apenas utilizar documentos históricos escritos,
dito como oficial.

o Novas temáticas foram valorizadas

o Reflexão do impacto da pandemia de Covid-19 no


trabalho dos historiadores brasileiros

o Discutir os usos públicos da História


o Nacionalização de enfermidades

o Batalhas de responsabilização

o Dramaticidade na ocorrência de epidemias

o Fatores do Fim

o A ação da Mídia

o Visibilidade aos Historiadores da Saúde


o A história pública ganhou importância pela busca de justiça social

o A história pública não é exclusiva do ofício dos historiadores


• Percebeu -se que a história perpassa por diferentes experiências.

o Usos públicos pelos meios de comunicação

o Problematização do papel da Universidade, por Boaventura de Souza


Santos
• o autor apontou três crises: a crise de hegemonia, a crise de legitimidade e uma crise
institucional

o A importância dos historiadores diante da crise pandêmica

o A história divulgada em outros espaços, o on-line.


MUDA O PAPEL DO HISTORIADOR?

o Transformações no papel social do historiador

o Dificuldades encontradas

o Inserção do Historiador no meio digital

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