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2021
INTRODUÇÃO
Nesta perspectiva, a escola enquanto uma estância mediadora e socializadora dos conhecimentos
socialmente adquiridos se ressente com o crescente fenômeno da violência estudantil, manifesta
através de depredações, indisciplinas, furtos, violência física e verbal, até mesmo ataques aos
profissionais que ali atuam.
Em situações com maior gravidade têm-se como produtos homicídios e lesões graves ocorridas no
interior das unidades educativas tanto no Brasil quanto nos demais países, contradizendo a missão
da escola enquanto ambiente de exercício de cidadania e tolerância.
Assim, foram eleitas duas hipóteses iniciais para essa investigação, a primeira defende que existe uma
relação entre violência escolar juvenil e os aspectos comportamentais e ambientais tanto para as vítimas
quanto para os vitimadores.
A segunda hipótese alega que os perfis de vítimas e vitimizadores atendem aos fatores associativos e
explicativos para a violência cometida no interior das unidades educativas municipais de Nossa
Senhora do Ó. Assim, a dinâmica da violência escolar juvenil se manifesta a partir de um conjunto de
mecanismos casuais de ordem comportamental e ambiental.
Para confirmar ou negar tais hipóteses e responder a pergunta da pesquisa, este trabalho fará uso
das ferramentas metodológicas da pesquisa qualitativa com recorte transversal em três unidades
escolares do distrito de Nossa Senhora do Ó para confirmar ou negar a hipótese que existe uma
relação entre violência escolar juvenil e os aspectos comportamentais e ambientais tanto para as
vítimas quanto para os vitimadores, e a segunda preposição hipotética que se posiciona sobre os perfis
de vítimas e vitimizadores atendem aos fatores associativos e explicativos para a violência cometida no
interior das unidades educativas municipais de Nossa Senhora do Ó.
OBJETIVO
Objetivo primal deste trabalho será analisar a problemática da violência perpetrada e/ou sofrida por
jovens no âmbito escolar no distrito de Nossa Senhora do Ó- Pernambuco, e a associação dos fatores
individuais e ambientais conexos no decurso do ano letivo de 2020
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
• Identificar os fatores ambientais e individuais associados aos vitimadores e vítimas de violência
escolar em três escolas municipais do distrito citado;
• Elencar as manifestações de violência juvenil registradas com maior frequência no interior das
escolas
• Identificar os aspectos demográficos, sociais e econômicos dos alunos com perfil vitimizador e das
vítimas de violência escolar nas unidades educativas municipais
• relacionar os fatores ambientais e individuais associados à violência escolar;
• Aferir a prevalência de violência praticada por estudantes adolescentes no decurso de 2020
• FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Em análise ao compêndio teórico sobre o tema, a adolescência não tem seus limites conceituais
baseados unicamente pela variável- idade. Segundo, (SENNA e DESSEN, 2016, p. 101), “a delimitação
deste período da vida ultrapassa os aspectos cronológicos e biológicos e esbarra em condições sociais,
culturais, históricas e psicológicas específicas”
“as transformações pelas quais passam os adolescentes também
resultam de processos inerentes aos contextos sociais, históricos,
políticos e econômicos nos quais os sujeitos estão imersos”
(STRELHOW; BUENO; CÂMARA, 2015, p. 45).
A escola, de acordo com (FREIRE; AIRES, 2012, p. 58) é um ambiente que favorece “[...] a convivência
entre estudantes de diferentes origens, com costumes e dogmas religiosos diferentes daqueles que cada um
conhece, com visões de mundo diversas daquela que compartilha em família.
• Os docentes têm papel preponderante no adolescer dos seus alunos, podendo como salientam
(ARAÚJO; COUTINHO, 2019, p. 13), “o professor, sendo o llíder da situaçao, é um mediador,
não apenas do conhecimento ofertado em sala, mas nas relações interpressoais”
Pesquisa Descritiva e • Estabelecendo relações entre variáveis, o que envolve técnicas de
de levantamento coleta de dados padronizados, como questionários.
Instrumentos de
• Questionário on-line
Pesquisa
A população estudada foi composta por alunos matriculados e
Sujeitos da Pesquisa frequentes nas turmas do 6º ao 9º ano das três escolas municipais de
ensino fundamental dois do Distrito de Nossa Senhora do Ó.
COLETA DE DADOS
Escola A 32 33 24 24
Escola B 80 51 46 47
Escola C 58 77 70 46
ANÁLISE DESCRITIVA DOS DADOS
Foi obtida uma amostra de 588 alunos (100%) de adesão para responder o instrumento.
Deste número, 376 (64%) são do sexo feminino e 212 (36%) do sexo masculino, posto que 482 (82%) se inserem na faixa etária da pré- adolescência e 106
(18%) são adolescentes.
47%
37%
33%
20%
13%
11%
10%
7% 7%
6%
4%
2%
120%
100%
100% 100%
97% 96%
80%
81%
60%
59%
40%
20%
0%
Casa de alvenaria Banheiro dentro de casa Água encanada
120%
100%
100%
92%
80%
66% 68%
60%
59%
53%
47%
40% 44%
41%
35%
32%
20%
11%
0%
Branco Pardo Negro Indio ou outros Geladeira em casa Computador em casa
• O incentivo a inclusão no currículo escolar de temas relacionados a gênero, identidade de gênero, raça ,
etnia, religião, pessoas com deficiência e todos Tipos de discriminação e violações de direitos são fatores
fundamentais para combater a violência em todos os seus aspectos no contexto escolar.
•
• As famílias, especialmente aquelas com menor renda, se encontraram em um ambiente pouco
apropriado para os estudos dos seus filhos, sobretudo pela carência de equipamento adequado para
acompanhar as aulas em ambiente digital.
• A maioria dos alunos trabalhadores são negros e/ou pardos do sexo feminino.
• Baixos indicies de saneamento básico aos jovens afeta diretamente os anos escolares.
• Relacionando as variáveis moradia dos alunos por zona geográfica com as variáveis de consumo,
geladeira e computador em casa, os dados demonstram que os alunos moradores da zona rural
permanecem em desvantagem diante dos demais.
• Majoritariamente, os sujeitos pesquisados coabitam a mesma casa das suas genitoras.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ABRAMOVAY, M. Cotidiano das escolas: entre violências. Brasília: UNESCO, Observatório de Violência, Ministério da Educação, 2015.
ABRAMOVAY, M.; RUAS, M. das G. Violência nas escolas. Brasília: UNESCO, 2012.
ABRAMOVAY, M.; CUNHA, A. L.; CALAF, P. P. Revelando tramas, descobrindo segredos: violência e convivência nas escolas. Brasília: Rede de
Informação Tecnológica Latino-Americana, Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal, 2009.
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ABRAMOVAY, M.; CASTRO, M. G. & SILVA, L. B. da S. Juventude e Sexualidade. Brasília: Unesco, 2004.
ALDRIGHI, T. Prevalência e cronicidade da violência física no namoro entre jovens universitários do Estado de São Paulo. Brasil in Psicologia:
Teoria e Prática, 6(1): 105-120, 2004
ALMEIDA, V. de.; RIOS, L. F. & PARKER, R. (Orgs.). Ritos e Ditos de Jovens Gays. Rio de Janeiro: Associação Brasileira Interdisciplinar de
Aids, 2006.
ALMEIDA FILHO, A. J. et al. O adolescente e as drogas: consequências para a saúde. Escola Anna Nery. Revista de Enfermagem, Rio de Janeiro,
v. 13, n. 6, p. 605-610, 2017. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/ean/v11n4/v11n4a08>.Acesso em: 30 Dez. 2019.
ALTMAN, D. G. Practical statistics for medical research. London: Chapman and Hall, 2011.
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