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ÁNALISE DO DISCURSO

Michel Foucault (1926 – 1984)


Ana Kharina Morais Ribeiro; Daniela Oliveira Kusano Robatini ; Breno Andrade de Sousa ; Guilherme
Silva da Silva; Maria Karla de Oliveira Siqueira; Elvys Presly e Vitória Karoline Teran
Sobre O Teórico
Paul-Michel Foucault nasceu no dia 15 de outubro de 1926, em
Poitiers, na França e faleceu em 1984 causado pela Aids. O
interesse pela filosofia apareceu ainda na juventude de Foucault, o
que o levou a uma busca precoce por leituras na área. Apesar dos
anseios paternos para que o filho se tornasse médico, o jovem
decidiu, a contragosto do pai, estudar Filosofia, posição apoiada
por sua mãe, pessoa com quem o filósofo nutria uma relação muito
afetuosa. Com seu pai, ao contrário, Foucault não se dava muito
bem. Influenciado, principalmente, por filósofos e escritores como
Marx, Freud, Bachelard, Lacan, Heidegger, Nietzsche, Blanchot,
Sade, Kafka, entre outros, o seu tipo de escrita e de método
filosófico, junto ao de pensadores como Nietzsche, Deleuze e
Derrida, começou a ser chamado, por detratores, de pós-moderno.
Principais Ideias
Como foi dito, a obra foucaultiana pode ser dividida
em três períodos: o Foucault arqueológico, o
Foucault genealógico e o último Foucault. Os
períodos apresentam ideias e temas diferentes sobre
os quais o filósofo debruçou-se.
Período arqueológico
Período genealógico
Período final ou o último Foucault
Período Arqueológico
Ficou marcado por uma busca de estabelecer um
estudo utilizando o que ele chamou de método
"arqueológico" das estruturas
das ciências humanas, em especial da História e
das Ciências Sociais. Também foram examinadas à
exaustão, nesse período, a Filosofia, a Linguística e
a Literatura. As principais obras do período
arqueológico são As palavras e as
coisas e Arqueologia do saber.
Período Genealógico
Esse período foi marcado, essencialmente, pela publicação das obras A verdade e as formas jurídicas, Vigiar e punir e Vontade de saber (esse último como
o primeiro volume de História da Sexualidade). Nesse momento, o filósofo francês passou a se preocupar com as formas de poder e subjetivação na
sociedade.
Profundamente influenciado por seus anos de clínica psicológica em manicômios e prisões e pelo método genealógico de Nietzsche (ferramenta intelectual
adaptada e aprimorada por Foucault para o seu trabalho), o filósofo passou a tentar estudar, por meio de uma
complexa reconstrução histórica e cultural de cenários complexos, a formação do que ele denominou de sociedade disciplinar.
Segundo o filósofo, a humanidade seria organizada em formas diferentes e em momentos diferentes mediante o modo que ela lida politicamente com
elementos relacionados à vida (biopolítica). Entre esses modos de organização, o filósofo encontrou, entre as sociedades modernas e a sociedade
contemporânea, uma diferença crucial, em especial o modo de domínio político nas antigas monarquias e nos sistemas políticos recentes. O pensador
caracterizou essas diferenças como relações microfísicas e macrofísicas, descritas a seguir:
1.Macrofísica do poder: o poder existia e era exercido em grande escala (macro) por meio do monarca, que era o único responsável por aplicar, pelo
medo, a atividade necessária para controlar as vontades díspares mediante sua própria vontade.
2.Microfísica do poder: relacionada ao poder exercido pelo que ele chamou de sociedade disciplinar, era uma rede de poderes pequenos, exercidos em
pequenos núcleos sociais por meio da aplicação de técnicas disciplinares que docilizariam os corpos das pessoas, treinando-os para as atividades diversas.
A escola, a igreja, o quartel, a fábrica, a cadeia e o hospital seriam instituições disciplinares que aplicam a disciplinarização dos corpos, enquanto os
líderes de pequenos núcleos de poder, como os pais na família patriarcal, exercem algum tipo de poder microfísico em cima das pessoas subjugadas a ele.
Período Final ou o Último Foucault
Nietzsche aparece mais uma vez na teoria foucaultiana, dessa
vez com mais força. O filósofo francês utilizou as teorias de seu
influenciador alemão, sobretudo nas análises dele sobre os
gregos antigos, para imergir na cultura grega em O uso dos
prazeres e desvendar o modo como a sociedade grega encarava
a sexualidade.
Nesse último período, uma nova maneira ética também
apareceu e deu nome, “Cuidado de si”, ao seu último escrito
publicado. Os dois últimos volumes de História da
Sexualidade, além de artigos acadêmicos, compõem a totalidade
da obra publicada no último Foucault.

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