• Hortaliças: 16%
• Outros cultivos: 14%
• Vantagens e desvantagens:
• Vantagens:
1. Reduz a flutuação da concentração de nutrientes
no solo na fase de crescimento;
2. Facilidade de adaptar a quantidade e concentração
de um nutriente específico de acordo com a
necessidade da cultura;
3. Possibilidade de emprego de água em solo de
baixa “qualidade”, solos pedregosos, muito
permeáveis ...
4. Possibilidade de aplicação de outros produtos
utilizando a infra-estrutura, como: fungicidas,
nematicidas, herbicidas...
5. Possibilidade de mesclar fertilizantes e/ou
fertilizantes líquidos com micronutrientes que são
difíceis de distribuir em todo o terreno;
6. Aplicação precisa de nutrientes de acordo com a
demanda do cultivo, evitando concentração excessiva
de fertilizante no solo e lixiviação;
7. Aplicação de água e fertilizantes em uma faixa
determinada de solo onde as raízes estão mais ativas,
aumentando a eficiência do fertilizante e diminuindo
seu impacto ambiental;
8. Redução do tráfego de máquinas no pomar;
9. Fácil automação da fertilização.
• Desvantagens:
1. Custo inicial da infra-estrutura;
2. Obstrução dos gotejadores;
3. Necessidade do manejo por pessoas especializadas;
4. Um mal manejo do sistema pode provocar:
acidificação, lavagem de nutrientes e/ou salinização
do solo.
Micronutrientes: B, Cl, Co, Cu, Fe, Mn, Mo, Ni, Se, Zn.
• Elemento benéfico: sem o elemento a
planta vive e completa o seu ciclo vital.
Sua presença pode ajudar o crescimento e
aumentar a produção. A lista dos elementos
benéficos é a seguinte: Si e Na.
Desordem nutricional
1- Folhas velhas e 1-1- Clorose 1-1-1- Uniforme N (S)*
maduras 1-1-2 - Internerval ou em Mg (Mn)
manchas
1-2 - Necrose 1-2-1 - Secamento da K
ponta e das margens
1-2-2 - Internerval Mg (Mn)
2- Folhas novas, 2-1 - Clorose 2-1-1 - Uniforme Fe (S)
lâminas e ápices 2-1-2 - Internerval Zn (Mn)
ou em manchas
2-2 - Necrose (clorose) Ca, B, Cu
2-3 - Deformação Mo (Zn, B)
Toxidez
1- Folhas velhas e 1-1 - Necrose 1-1-1 - Manchas Mn (B)
maduras 1-1-2 - Secamento da B, injúrias por sais de
ponta e das margens pulverização
1-2 - Clorose (necrose) Toxidez não específica
Figura 2. Curva teórica da relação entre o
crescimento ou a produção e os teores de
nutrientes em tecidos vegetais.
• Amostragem,
• Envio ao laboratório,
• Escolha do laboratório,
• Diagnóstico,
• DRIS (Diagnosis and
Recommendation Integrated
System), conhecido no Brasil pela
própria sigla em inglês (DRIS) ou
como Sistema Integrado de
Diagnose e Recomendação.
Tabela 4 - Concentrações de nutrientes em folhas de
tangerineiras 'Poncã'.
Nutriente Amostras(1) Teor normal
1 2 3 4
N g/kg 24,3 24,4 28,7 29,5 23,0
P g/kg 2,0 2,0 2,7 2,6 1,2
K g/kg 13,8 14,5 11,6 11,4 12,0
Ca g/kg 38,8 38,0 14,5 18,8 30,0
Mg g/kg 2,3 2,3 3,2 3,4 3,0
S g/kg 2,2 2,0 2,2 2,2 2,0
Fe mg/kg 96 81 74 60 50
Mn mg/kg 105 143 123 144 25
Cu mg/kg 199 124 158 27 5,0
Zn mg/kg 19 18 12 15 25
B mg/kg 21 23 6 12 36
(1) 1 - 3.a e 4.a folha de plantas com muito sintoma; 2 - 3.a e 4.a folha de plantas
com pouco sintoma; 3 - 1.a e 2.a folhas com clorose no ápice do limbo e 4 - 1.a e 2.a
folhas sem clorose no ápice do limbo. As amostras 3 e 4 eram das mesma planta.
3- Fertilizantes para fertirrigação
Condições:
1. Sistema esteja adequadamente
dimensionado,
2. E que a água seja aplicada de forma
homogênea em toda a superfície
irrigada.
3. Sistemas mais eficientes:
•Gotejamento
•Microaspersão
Tabela 5. Diferenças entre os sistemas de irrigação com
relação à aplicação de água e fertilizantes
Qualidade da água
Sais maior limitação menor limitação menor limitação
Impurezas da água e
maior limitação menor limitação menor limitação
fertilizantes
Sistema radicular restrito sem restrição sem restrição
Solubilidade dos fertilizantes,
Tabela 6: Solubilidade de alguns fertilizantes.
FERTILIZANTE SOLUBILIDADE
(PARTES SOLUBILIZADAS EM
NITROGENADOS (N)
100 PARTES DE ÁGUA A
20º C)
Superfosfato Simples 2
Superfosfato Triplo 4
Ácido Fosfórico 45,7
POTÁSSICOS (K) SOLUBILIDADE
(PARTES SOLUBILIZADAS EM 100
Cloreto de Potássio 34
Sulfato de Potássio 11
N e P SOLUBILIDADE
(PARTES SOLUBILIZADAS EM 100
MAP 23
MAP Purificado 37
DAP 40
N e K SOLUBILIDADE
(PARTES SOLUBILIZADAS EM 100
Nitrato de Potássio 32
CONTENDO Ca e Mg SOLUBILIDADE
(PARTES SOLUBILIZADAS EM 100
Bórax 5
Sulfato de Cobre 22
Sulfato de Cobre Pentahidratado 24
Sulfato de Ferro 24
Sulfato Ferroso 33
Sulfato de Manganês 105
Sulfato de Zinco 75
Quelatos (Fe, Cu, Mn e Zn) EDTA, DTPA, ALTA
F e , Z n , C u e M n s u lfa to
S u lfa to d e m a g n é s io
C lo r e to d e p o tá s s io
S u lfa to d e p o tá s s io
N itr a to d e p o tá s s io
F o s fa to d e a m ô n io
S u lfa to d e A m ô n io
N itr a to d e a m ô n io
N itr a to d e c á lc io
Á c id o fo s fó ric o
Compatibilidade dos fertilizantes,
Á c id o n ítric o
Á c i ds ou l f ú r i c o
F e , Z n , C uq ue eMl ant o
U r é ia
Uréia
Nitrato de amônio
Sulfato de Amônio
Nitrato de cálcio
Nitrato de potássio
Cloreto de potássio
Sulfato de potássio
Fosfato de amônio
Fe, Zn, Cu e Mn sulfato
Fe, Zn, Cu e Mn quelato
Sulfato de magnésio
Ácido fosfórico
Ácido sulfúrico
Ácido nítrico
Incompatível
Solubilidade Reduzida
Compatível
15 4,03
Cebola 1,2 16
Cenoura 1,0 14
Feijão 1,0 19
Morango 1,0 33
Moderadamente sensíveis
Aipo 1,8 6
Alface 1,3 13
Batata 1,7 12
Batata doce 1,5 11
Brócolos 2,8 9
Couve 1,8 10
Espinafre 2,0 8
Fava 1,6 10
Milho doce 1,7 12
Nabo 0,9 9
Pepino 2,5 13
Pimentão 1,5 14
Rabanete 1,2 13
Tomate 2,5 10
Moderadamente tolerantes
Abobrinha 4,7 9
Beterraba 4,0 9
• Fertilizantes contendo
micronutrientes
kg.t-1 kg.ha-1
1.5 0.2 1.6 0.5 0.1 0.48 0.15 0.19 0.046 0.131
1.2 0.2 1.5 0.4 0.1 0.13 0.13 0.21 0.034 0.130
Tabela 22. Faixa de teores adequados de nutrientes para a
cultura da laranja.
N P K Ca Mg S B Cu Fe Mn Mo Zn
g.kg-1 mg.kg-1
23- 1,2- 10- 35- 2,5- 2,0- 36- 4- 50- 35- 0,1- 25-
27 1,6 15 45 4,0 3,0 100 10 120 300 1,0 100
Em países como a Espanha ou Israel, onde a
fertirrigação em citros já é utilizada e pesquisada por
muitos anos, já se criaram:
• Padrões de crescimento de planta,
• Demanda e exportação de nutrientes,
• Teores de nutrientes na solução do solo e na planta,
• Eficiência de aproveitamento dos nutrientes pela
planta que, juntamente com uma condição de clima
bastante definida, permite uma recomendação de
adubação seguindo padrões pré-estabelecidos a partir
da pesquisa.
• Empresas com pomares de citros estimam uma necessidade
de adubação baseada numa primeira expectativa de
produtividade do talhão que é posteriormente confirmada a
partir de contagem de frutos derriçados de plantas
representativas daquele talhão.
• Deve-se lembrar, no entanto, que diferente de culturas
anuais, nas perenes tem-se que considerar que os frutos são
responsáveis por parte da demanda total da planta, e
portanto, a adubação deve ser tal que forneça nutrientes para
os frutos, mas também para a manutenção de outros órgãos
na planta (tronco, ramos, raízes e folhas velhas) e para
formação de brotações novas.
• No caso da fertirrigação é importante fazer a amostragem
de solo na região do bulbo molhado, procurando atingir tanto
a região próxima ao emissor como também na extremidade
do bulbo molhado, onde podem se concentrar os sais mais
solúveis.
Fertirrigação do mamoeiro:
Nitrogênio (N) 35 60 100 135 175 205 225 231 237 240 240 240
Fósforo (P) 15 30 45 50 55 62 65 70 75 80 80 80
Potássio (K) 55 85 135 180 230 290 330 360 380 390 390 390
Magnésio (Mg) 10 18 30 40 48 55 63 70 80 85 85 85
Enxofre (S) 10 25 35 45 50 55 60 65 70 70 70 70
Ferro (Fe) 0,3 0,5 0,9 1,5 2,0 2,5 2,8 3,1 3,3 3,4 3,5 3,5
Zinco (Zn) 0,2 0,4 0,7 1,1 1,5 1,9 2,2 2,4 2,5 2,5 2,5 2,5
Cobre (Cu) 0,1 0,2 0,3 0,5 0,7 0,9 1,0 1,1 1,2 1,2 1,2 1,2
Manganês (Mn) 0,2 0,3 0,6 1,2 1,7 2,1 2,4 2,5 2,6 2,6 2,6 2,6
Boro (B) 0,2 0,4 0,7 1,1 1,5 1,9 2,2 2,4 2,6 2,6 2,6 2,6
Molibdênio (Mo) 0,005 0,001 0,01 0,02 0,03 0,04 0,05 0,06 0,07 0,07 0,07 0,07
Fertirrigação em maracujá:
• O maracujazeiro é uma frutífera bastante
cultivada no Brasil e de bom retorno econômico
para os produtores. Isto, associado à suas
características de sabor, e por ser o suco
consumido no mundo inteiro, levou à expansão
da área cultivada com a cultura.
• A elevação dos níveis de fertilidade do solo é
também muito importante para o
desenvolvimento e produção das plantas. Por
esta razão, nos últimos anos, a forma tradicional
de aplicação de fertilizantes no maracujazeiro
irrigado vem sendo substituída pela
fertirrigação.
• O sistema de irrigação mais adequado para o maracujazeiro,
e de ampla aceitação entre os produtores, tem sido o
gotejamento, que permite a aplicação de água e nutrientes
junto à região de maior concentração de raízes, permite o
controle da umidade, não molha a parte aérea das plantas, o
que reduz a incidência de doenças.