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ESCOLA DO PODER - A FORMAÇÃO

DE ESTRATÉGIA COMO UM Grupo 8 – Adm Estratégica


PROCESSO DE NEGOCIAÇÃO
O QUE É A ESCOLA DO PODER?
A escola de poder abre o jogo e caracteriza a
formação de estratégia como um processo aberto
de influência, enfatizando o uso de poder e
política para negociar estratégias favoráveis a
determinados interesses.

Escola do posicionamento x Escola de poder


PODER MICRO
A EMERGÊNCIA DE
ESTRATÉGIAS POLÍTICAS
Quanto mais importante a estratégia e descentralizada a organização, mais
provável a existência de manobras políticas.

“As organizações resolvem conflitos entre metas em parte cuidando das


diferentes metas em ocasiões diferentes. Assim como a organização política, em
geral, resolve as pressões conflitantes para "ir para a esquerda" e "ir para a
direita" indo primeiro para um lado e depois para outro, a empresa resolve as
pressões conflitantes para "facilitar a produção" e "satisfazer os clientes"
fazendo primeiro uma delas e depois a outra.” - Cyert e March (1963)
A EMERGÊNCIA DE
ESTRATÉGIAS POLÍTICAS
As estratégias podem emergir de processo políticos.

Quando as estratégias surgem fora dos processos políticos, elas tendem a ser
mais emergentes do que deliberadas e vêm, provavelmente, mais na forma de
posições do que de perspectiva. Ter-se chegado a uma estratégia de maneira
política, em geral, significa tê-lo feito passo a passo, através de processos de
negociações e assemelhados. Os agentes envolvidos podem ter tido a mais
deliberada das intenções, mas é provável que o resultado seja emergente para a
organização.
3 SISTEMAS POLÍTICOS
LEGÍTIMOS
1º a política como sistema de influência pode atuar de
forma darwiniana para assegurar que os membros mais
fortes de uma organização sejam colocados em posições de
liderança.
3 SISTEMAS POLÍTICOS
LEGÍTIMOS
2º a política pode assegurar que todos os lados de uma
questão sejam plenamente debatidos, ao passo que os
outros sistemas de influência podem promover somente
um.
3 SISTEMAS POLÍTICOS
LEGÍTIMOS
3º a política pode ser exigida para estimular as mudanças
necessárias que estão bloqueadas pelos sistemas de
influência mais legítimos.
USANDO POLÍTICA PARA
OBTER ACEITAÇÃO DA
ESTRATÉGIA
A . Reconhecer as Realidades Políticas e Administrá-las;

B. Reconhecer o Caráter Essencial do Empenho da Gerência Intermediária;

C. Aprender a Usar Instrumentos Políticos Clássicos:


1. Objetividade;
2. Satisfação
3. Generalização;
4. Concentre-se nas questões de maior importância;
5. Antecipe o comportamento das coalizões.
USANDO POLÍTICA PARA
OBTER ACEITAÇÃO DA
ESTRATÉGIA
D. Administrar o comportamento das coalizões

E. Tomar providencias diretas contra a coalizão oponente:


1. Forme uma coalizão que neutralize as outras;
2. Forme uma contracoalizão depois de tornada visível a coalizão de oposição;
3. Mude as posições organizacionais dos líderes da coalizão de oposição;
4. Coopte membros da coalizão;
5. Aumente os esforços de comunicação-persuasão com membros da coalizão;
6. Retire da organização os líderes da coalizão.
PODER MACRO
Enquanto o poder micro trata de grupos
e indivíduos dentro da organização, o
macro demonstra a interdependência
que uma organização tem com seu
ambiente. A estratégia do poder macro
consiste no gerenciamento das
demandas dos stakeholders de uma
organização e da utilidade de cada um
deles para benefício próprio.
PODER MACRO
“As organizações, podem "adaptar-se e mudar para
cumprir requisitos ambientais, ou ... podem tentar alterar o
ambiente de forma que este fique adequado às
capacidades delas"
- Pfeffer e Salancik
3 ESTRATÉGIAS BÁSICAS DE
UMA ORGANIZAÇÃO
1° Uma organização pode simplesmente lidar com cada
demanda à medida que ela surge. Ao invés de tentar
resolver demandas conflitantes de uma só vez, ela lida com
uma por vez, por exemplo preocupando-se a respeito de
demandas financeiras prementes e depois voltando-se
para questões de participação de mercado.
3 ESTRATÉGIAS BÁSICAS DE
UMA ORGANIZAÇÃO
2° Uma organização pode ocultar e revelar estrategicamente as informações.
Desta maneira, ela pode manipular as expectativas e moldar os resultados. "

Os resultados esperados baseiam-se nos resultados passados ou no resultados


dos concorrentes.

É do interesse da organização fazer com que cada grupo ou organização sinta


que está conseguindo, em termos relativos, o melhor acordo. O conhecimento
do que cada grupo está obtendo deve ser mantido em segredo"
3 ESTRATÉGIAS BÁSICAS DE
UMA ORGANIZAÇÃO
3° Uma organização pode jogar um grupo contra outro.
Por exemplo, "as demandas de funcionários públicos por
salários mais altos podem ser colocadas diante das
demandas dos grupos de cidadãos locais por impostos mais
baixos”
DEPENDÊNCIA EXTERNA
As estratégias para diminuir as interdependências externas ou para a criação
de acordos são compostas por adaptações de estrutura e de sistemas de
informação.

Já as estratégias para reduzir o controle ou assumi-lo incluem fusões (para


absorver a força externa), fazer lobby para conseguir ações favoráveis do
governo (por exemplo, sobre tarifas ou regulamentações), e assim por diante.
DEPENDÊNCIA EXTERNA
Em um extremo, algumas empresas irão se tornar instrumentos de um grupo
de poder externo, funcionando como se fossem dirigidas de fora - por exemplo,
por um único proprietário.

No outro extremo, estão as organizações relativamente fechadas à influência


externa- por exemplo, monopólios com tantos acionistas que nenhum possui
qualquer influência real. Ex: Vale (empresa mineradora)

Entre os extremos, estão as organizações sujeitas a vários grupos focalizados de


influência, enfrentando, portanto, um sistema dividido de poder.
MANOBRAS ESTRATÉGICAS
Como as organizações manobram estrategicamente para atingir seus objetivos?

As manobras são usadas para comunicar aos rivais que seria mais sensato negociar arranjos
mutuamente benéficos do que lutar. (a mistura de ameaças com promessas visando à obtenção
de vantagem)

POLITICA X GUERRA
- A finalidade da politica é alcançar determinadas metas sem o confronto físico destrutivo.

Como em um oligopólio (situação de mercado em que poucas empresas detêm o


controle da maior parcela do mercado.). uma empresa é parcialmente dependente do
comportamento de suas rivais

Os movimentos e contramovimentos enumerados por Porter são endereçados principalmente a


empresas que estabeleceram sua posição e agora desejam manter um equilíbrio relativo que
lhes é fantajoso.
MANOBRAS ESTRATÉGICAS
Como as organizações manobram estrategicamente para atingir seus objetivos?

- Abordagem de força bruta : Uma abordagem ampla é usar recursos e capacidades superiores para forçar um
resultado inclinado para os interesses da empresa, superando a retaliação e a ela sobrevivendo , alcançar o poder
não é fácil e ainda se manter nele é pior, esse tipo de abordagem somente é possível se a empresa possui claras
superioridades, as quais, mantem enquanto os concorrentes não a interpretam por mal e tentam incorretamente
mudar suas posições e ai começam as disputas.
- Muitos movimentos que poderiam ajudar significativamente a melhorar a posição de uma empresa ameaçam os
concorrentes, uma vez que essa é a essência do oligopólio. Assim uma chave para o sucesso de tais movimentos é
prever e influenciar a retaliação. Ao considerar os movimentos ameaçadores as perguntas chaves são:
- Qual a probabilidade da retaliação?
- Em quanto tempo ela virá?
- Qual a sua eficácia?
- Até que ponto ela será dura? (ficar a disposição do concorrente para retaliar fortemente mesmo sendo
prejudicado com isso)
- A retaliação pode ser influenciável?
FORMULAÇÃO COOPERATIVA
DA ESTRATÉGIA
Escola de Limites: slide 3
- Redes
- Estratégias coletivas
- Joint ventures
- Terceirização estratégicas
Essas nomenclaturas começam a fazem parte do vocabulário de adm estratégica e que tem
uma escola própria, a escola de limites.
1 . As redes, na medida que as empresas ampliaram seus relacionamentos entre si, em
amplitude e principalmente em profundidade, os pesquisadores perceberam isso e o modelo de
rede foi desenvolvido. As organizações não operam isoladas, mas em complexa redes de
interações com outros agentes e organizações, incluindo fornecedores, concorrentes e clientes,
esta visão desafiou o modelo mais tradicional de formulação estratégica e de pioneiro solitário
, as organizações egocêntricas são vistas como unidades solitárias diante desse ambiente.
FORMULAÇÃO COOPERATIVA
DA ESTRATÉGIA
Escola de Limites: slide 3
- Redes
- Estratégias coletivas
- Joint ventures
- Terceirização estratégicas
2. Estrategia coletiva, além das estratégias corporativas, de que negocio devem estar? e da estratégia de negcocios e em que condições devem
concorrer em cada negócio, as organizações precisam desenvolver estratégias no nível coletivo para lidar com suas complexas interdepÊncias
3.Alianças estratégicas, trata-se de uma variedade de acordos cooperativos, como na partilha de aptidões de P&D para elaboração de novo
produto conjunto, normalmente entre fornecedores e clientes, bem como entre parceiros que são, com cada vez mais frequencia ,
concorrentes ou em outros domínios, joint ventures são alianças entrategicas na qual os parceiros assumem posições acionárias em novos
negócios que criarem, a expressão acordos cooperativos por outro lado refere-se a forma não acionárias de cooperação, como contratos de
longo prazo, licenciamento
4. Terceirização estratégica, as empresas devem terceirizar componentes quando os fornecedores possuem uma distinta vantagem
comparativa: maior escala, estrutura de custos fundamentalmente inferior ou incentivos maiores ao desempenho

Os limites se tornam cada vez mais vagos e a estratégia cada vez mais complexa (tudo isso em conjunto, as redes, alianças, terceiruzação está
tornando cada vez mais difícil saber onde uma organização termina e onde a outra começa, a medida que redes substituem hierarquias rígidas
internamente e mercados abertos internamente e isso torna o processo de formulação estratégica que já complicado, ainda mais complexo)
CONCLUSÃO
Exemplos:
Partidos políticos: slide 4
A estratégia como processo de negociação, a própria politica, no sentido de disputa por poder, qual que a razão de existir um partido
politico, no Brasil temos 30 e poucos partidos políticos, cada um vai ter uma ideologia por trás, mas se formos olhar friamente a razão de
ser de cada partido politico é conquistar poder, quando tem eleição para presidente, não temos 35 canditados a presidente, tem 10, 15,
20 , cada partdo poderia colocar um canditado a preside^ncia, mas o que ele faz, vai lá e negocia e usa isso como moeda de troca, “eu
iria tomar voto seu , o que vc me dá em troca, os votos que eu receberia vai pra vc, mas o que eu ganho com isso?” ai va la e dá vaga
de vice.
Disputa de fundadores - Twitter :

5 colegas de trabalho saíram para beber e na conversa de bar criaram o modelo do Twitter , quem que foi o fundador? 5 caras , a
história do twitter de 2006 pra cá se resume numa disputa de autoridade entre eles, batlha de poder dentro da empresa . “ O que você
está fazendo?” Estou andandando no shopping, as pessoas usavam pra isso, ai outro fundador já achava que tinha que ser algo mais
amplo, e a pergunta então mudou “o que está acontecendo?” o vc ta vendo a sua volta, mudança de paradigma, houve negociação pra
decidir essa estratégia na empresa.

PODER MICRO = FORMAR ESTRATÉGIA = INTERAÇÕES POR MEIO DE PERSUASÕES E BARGANHA


PODER MACRO = A ORGANIZAÇÃO É PROMOTORA DE SEUS INTERESSES NO CONTROLE OU COOPERAÇÃO COM OUTRAS
ORGANIZAÇÕES
CONCLUSÃO
Slide 4

Podemos concluir tbm que É preciso entender, contudo, que a formação da


estratégia envolve sim o poder, porém, não se pode esquecer que envolve
também a liderança e a cultura (desprezadas por esta escola). A política tem
seu lado positivo no processo de mudança e na formação da estratégia,
porém pode gerar desperdício e distorção. Ela está presente em especial
durante mudanças importantes, em organizações grandes e maduras, em
organizações de "experts" complexas e descentralizadas e durante períodos
de bloqueio. Ela mostra-se útil em promover mudanças estratégicas para
combater agentes que querem manter o “status quo”.
CRITICAS
- Pode levar a empresa a simplesmente não ter estratégia ou ela só fazer movimentos
táticos.
- Politica divisiva, causa desperdício, usa muita energia, distorção e tem altos custos.
- Exagera quanto ao papel do poder na formação da estratégia.

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