1) A "porta giratória" refere-se a pacientes psiquiátricos que sofrem sucessivas internações breves devido à falta de apoio fora do hospital. 2) Prisões acabam recebendo muitos pacientes psiquiátricos devido à falta de serviços de saúde mental e estigma social. 3) Comunidades terapêuticas agora acolhem diversos grupos além de pacientes psiquiátricos, como idosos sem moradia e usuários de drogas.
1) A "porta giratória" refere-se a pacientes psiquiátricos que sofrem sucessivas internações breves devido à falta de apoio fora do hospital. 2) Prisões acabam recebendo muitos pacientes psiquiátricos devido à falta de serviços de saúde mental e estigma social. 3) Comunidades terapêuticas agora acolhem diversos grupos além de pacientes psiquiátricos, como idosos sem moradia e usuários de drogas.
1) A "porta giratória" refere-se a pacientes psiquiátricos que sofrem sucessivas internações breves devido à falta de apoio fora do hospital. 2) Prisões acabam recebendo muitos pacientes psiquiátricos devido à falta de serviços de saúde mental e estigma social. 3) Comunidades terapêuticas agora acolhem diversos grupos além de pacientes psiquiátricos, como idosos sem moradia e usuários de drogas.
INSTITUCIONALIZAÇÃO E PRISÕES: ENTRAVES AO PROCESSO DE DESINSTITUCIONALIZAÇÃO
Luisa Motta Corrêa (IMS/UERJ)
Orientador: Prof. Dr. Rossano Cabral Lima • Porta giratória: • Se por um lado o tempo das internações foi reduzido, por outro, a institucionalização de muitos pacientes passou a ocorrer por meio de sucessivas internações relativamente breves (MACHADO e SANTOS, 2012). • causa multifatorial: baixa qualidade do acompanhamento pós-alta, escassez de recursos comunitários, falta de articulação entre os serviços da rede, nível socioeconômico, desemprego, problemas de moradia, valores culturais, ausência de redes de suporte, intolerância social, estigma e dificuldades de ressocialização. NEO-INSTITUCIONALIZAÇÃO
• Prisões: outro destino comum das pessoas com transtornos mentais,
que correspondem a uma parcela de 55 a 80% da população carcerária, sendo a proporção de psicóticos várias vezes mais alta do que na comunidade (BRINK, 2005). • insuficiência e inadequação dos serviços sociais e de cuidado, bem como a incompreensão e rejeição tanto dos serviços públicos quanto da comunidade em relação a uma parcela de jovens pacientes psiquiátricos contribui para que sejam capturados pelo sistema criminal. O rótulo da periculosidade é usado para justificar a sua exclusão e encobrir a incapacidade do sistema de tratá-los (LEFEBVRE, 1987) COMUNIDADES TERAPÊUTICAS
• -aprovação do Projeto de Lei da Câmara 37/2013 em 15/05/2019,
• -novos usos: pacientes com diversos tipos de transtorno mental (muitos sem possibilidade de retorno familiar), idosos sem moradia, pessoas de pouca condição econômica ou cujos comportamentos são considerados moralmente desviantes da norma (como nos casos de internações por “agressividade e rebeldia” ou “deficiência intelectual”), moradores de rua, adolescentes cumprindo medidas socioeducativas ou protetivas, usuários eventuais de drogas condenados por suas famílias e comunidade religiosa e jovens cuja conduta é desaprovada pelos parentes ou Conselho Tutelar (CFP, 2018).