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UFCD 6557

Rede Nacional de Cuidados de Saú de


Formador: João Carlos Calado
Acesso aos Serviços de Saú de
Migrantes
• O conceito de acesso aos cuidados de saúde é um pilar
fundamental das políticas de saúde.
• A equidade é dos mais importantes objetivos seguidos
pelos sistemas de saúde modernos.

• Qualidade – conjunto de propriedades relacionadas com


cuidados globais de saúde – prevenção, manutenção e
restabelecimento.
• Equidade – É a ausência de diferenças sistemáticas e
potencialmente evitáveis, num ou mais aspetos da
saúde, entre grupos populacionais caracterizados social,
geográfica e demograficamente.
Migrantes
• A variável chave para definir a população migrante é a
nacionalidade.

• A referencia a migrantes designa a população residente


em Portugal que não tem nacionalidade portuguesa.
Migrantes
• Os migrantes contribuem para o crescimento das populações
e para o desenvolvimento económico dos países.
• Enfrentam um ambiente e estilos de vida novos;
• Submetem-se a situações de vulnerabilidade;
• Podem ser sujeitos a formas de discriminação nomeadamente
no acesso a saúde e cuidados de saúde.
Migrantes
• Os migrantes apresentam maior propensão para problemas
físicos, emocionais e sociais:
• Baixos rendimentos, estatuto legal, condições de habitação,
ausência de redes de apoio e exclusão social.
• Dificuldade no acesso aos cuidados de saúde.
Migrantes
• O desconhecimento dos direitos de acesso aos cuidados de
saúde, os costumes, as tradições e as crenças de saúde,
podem influenciar a necessidade percebida de aceder aos
serviços de saúde.
• O acesso aos cuidados de saúde e a obtenção de bons
resultados têm-se tornado indicadores fundamentais na
integração dos migrantes.
Migrantes
• Tem o direito aos cuidados de saúde consagrados na lei
• -avaliar a capacidade te têm de usufruir deles
Migrantes
• Os migrantes tendem a depender mais dos médicos de clínica
geral (não especialistas) e dos serviços de urgência, vão ao
médico mais tarde, reduzindo as hipóteses de receber todos
os tratamentos necessários e as expetativas de melhorar o seu
estado de saúde.
Constituição Portuguesa
(art. 13º e 15º)
• É reconhecido o princípio da igualdade entre todos os
cidadãos e são garantidos aos nacionais de países estrangeiros
que residem legalmente em território português todos os
direitos da cidadania – direitos cívicos, sociais, económicos (…)
• Os custos de utilização dos serviços de saúde são iguais aos
cobrados aos cidadãos portugueses, desde que façam
descontos para a Segurança Social.
Constituição Portuguesa
(art. 13º e 15º)
• São os migrantes em situação irregular que apresentam as
maiores dificuldades em termos de acesso e utilização do SNS;
• Os migrantes recém-chegados com o desconhecimento de
direitos e deveres, bem como dos serviços disponíveis, a falta
de confiança num sistema que desconhecem ou ainda
barreiras linguísticas dificultam o uso dos serviços.
Razõ es para não recorrerem ao
SNS
• Barreiras linguísticas, fatores culturais e individuais;
• Diferença entre comunidades na perceção que cada uma tem
quanto à necessidade de aceder aos serviços de saúde e
tomar medicamentos, ou do uso de métodos e medicinas
alternativas.
• Falta de confiança no SNS;
• Receio de serem presos ou repatriados devido a situações de
irregularidade;
• Desvalorização dos problemas de saúde;
• Fuga aos estereótipos e estigmas relacionados com alguns
problemas de saúde (SIDA, doenças mentais, tuberculose…);
• Desconhecimento de determinados serviços.
Utilização dos Serviços
• As mulheres brasileiras e os imigrantes dos PALOP são os que
menos utilizam os serviços de saúde, situação que pode estar
relacionada com as dificuldades e conhecimento da
importância do uso dos serviços de saúde;
• Os brasileiros têm mais seguros de saúde e recorrem ao setor
privado.
• Os imigrantes de leste recorrem a farmácias no seu país.
• Os africanos e europeus de leste usam a medicina
tradicional/popular e consultam mais curandeiros e amigos.
Dados CURIOSOS
• Ao nível da população migrante num estudo cuja população
alvo inclui os nados-vivos que nasceram no Hospital Fernando
da Fonseca, verificaram-se:
• Os descendentes de imigrantes registaram maior morbilidade
fetal e neonatal;
• As mães sofreram maior número de patologias durante a
gravidez, nomeadamente doenças infeciosas;
• O número de consultas pré-natal foi inferior nos migrantes ou
tiveram um início mais tardio.
Barreiras/Muros – Migrantes
• Vulnerabilidades especificas da condição de migrante:
• Stress resultante de um maior isolamento social, do
desconhecimento da língua e das regras de funcionamento da
sociedade de acolhimento.
• Estigmatização e atitudes discriminatórias por parte de alguns
profissionais de saúde.
• Desvantagens adicionais provocadas pela sua situação perante
a lei, maior precariedade no emprego, menor acesso aos
mecanismos de proteção social.
Conclusõ es
• Desconhecimento de aspetos culturais e tradições por parte
dos profissionais;
• Dificuldades de comunicação por questões linguísticas;
• Desconhecimento por parte dos imigrantes dos serviços e
condições de acesso aos cuidados de saúde;
• Ausência de informação disponível por parte dos prestadores
de cuidados sobre direitos e deveres, bem como dos serviços
disponíveis para estas comunidades;

• LEVAM A…
• Fraca adesão dos imigrantes por receio e falta de confiança.
Conclusõ es
• São raros os estudos sobre as diferenças no acesso dos vários
grupos de imigrantes, residentes em Portugal, aos cuidados de
saúde.

• A integração é um processo e não um fim!

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