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DO BRASIL E SEU
SISTEMA DE SAÚDE
Frederico Germano Lopes Cavalcante
Nilson Massakazu Ando
Ementa
• Realidade socioeconômica e cultural brasileira;
• Perfil epidemiológico brasileiro, desigualdades sociais e em
saúde no Brasil;
• Determinantes sociais em saúde;
• Transição demográfica e epidemiológica;
• História, princípios e diretrizes do Sistema Único de Saúde;
• Redes de atenção à saúde e ATENÇÃO BÁSICA.
Realidade de Saúde do Brasil
• Grande extensão territorial:
8.515.767km2
• Divisão em 05 regiões:
Norte, Nordeste, Centro-
Oeste, Sul e Sudeste
• Diferentes realidades
socioeconômicas,
geográficas e culturais
Desigualdades no Brasil
• País continental
• Processo de colonização
• Escravidão – fim tardio;
transição para indigência
• Imigrações
• Industrialização – tardia,
dependente
• Urbanização – explosiva
Desigualdades no Brasil
Fonte: IBGE
Desigualdades no Brasil
Fonte: IBGE
Escassez de médicos x Linha da Pobreza
Índice de escassez de médicos em Atenção Proporção de domicílios com renda per capita
Primária à Saúde (APS)* abaixo da linha da pobreza (R$137)
*: Considera o número de
médicos equivalente a 40
horas nas especialidades de
clínica médica, saúde da
família e pediatria
Transição demográfica
Princípios Princípios
DOUTRINÁRIOS ORGANIZATIVOS
SUS: princípios doutrinários
Universalidade Integralidade
Saúde como Direito de Todo (Holística) – Medicina
cidadania e não como Integral Tudo (Direito aos três
Direito Trabalhista níveis de assistência)
Equidade
Tratamento diferente para se
chegar a igualdade
SUS: princípios organizativos
Descentralização/Hierarquização/Regionalização
Descentralização Gestão mais próxima da população
Municipalização da saúde
Condições e doenças
Rede de Urgência e
Qualificação/Educação
Rede Cegonha
Emergência
crônicas
Drogas
Informação
Regulação
• Ela fez isso, e na segunda-feira estava diante do médico de família da sua área.
Queria um referenciamento ao ortopedista. O médico lhe sugeriu experimentar
usar diclofenaco durante 4 dias e retomar o tratamento da pressão e diabetes,
além de fazer novo papanicolau e mamografia. Sugeriu também exames
laboratoriais e uma consulta de rotina com o oftalmologista. Os exames foram
coletados pela enfermeira da equipe na semana seguinte.
Questão orientadora
• Em um mês, a paciente retornava ao médico de família com o resultado dos
exames de sangue e o controle da pressão realizado semanalmente. Tanto o
diabetes quanto a pressão alta estavam mal controladas. O médico de família
alterou a dose dos medicamentos prescritos na consulta anterior e orientou nova
sequência de controle de pressão e novo exame laboratorial em 3 meses.
• Nesse meio tempo, foi chamada para o oftalmologista, para a mamografia e fez o
papanicolau com a auxiliar de enfermagem da unidade. Enquanto aguardava o
período determinado pelo médico de família para fazer novos exames, ela
perdeu o genro assassinado pela polícia e ficou extremamente abalada.
Procurou então o médico de família para “pedir um calmante”. Por causa desse
episódio, atrasou a coleta dos novos exames laboratoriais em 2 meses, mas
procurou, então não se descuidar do uso dos medicamentos.
Questão orientadora
• Passados 5 meses da última consulta, coletou novos exames com a mesma
enfermeira e voltou ao médico de família em seguida para retomar o tratamento
da pressão e do diabetes. Segundo relatou ao médico de família, o oftalmologista
dissera que sua vista estava “ok” e que, embora tenha começado uma catarata,
não tinha de operar naquele momento. Aproveitou para queixar-se de dor na
perna esquerda quando caminhava.
• Realizar atenção à saúde na Unidade Básica de Saúde, no domicílio, em locais do território (salões
comunitários, escolas, creches, praças etc.) e em outros espaços que comportem a ação planejada;
ESF: processo de trabalho
• Desenvolver açõeseducativas que possam interferir no processo de saúde-doença da
população, no desenvolvimento de autonomia, individual e coletiva, e na busca por qualidade de vida
pelos usuários;
• Participar do planejamento local de saúde, assim como do monitoramento e avaliação das ações na
sua equipe, unidade e município, visando à readequação do processo de trabalho e do
planejamento diante das necessidades, realidade, dificuldades e possibilidades analisadas;
• Desenvolver ações intersetoriais, integrando projetos e redes de apoio social voltados para o
desenvolvimento de uma atenção integral;
• Apoiar as estratégias de fortalecimento da gestão local e do controle social;
• Interconsulta
• Construção conjunta de projetos terapêuticos
• Educação permanente
• Intervenções no território e na saúde de grupos populacionais de
todos os ciclos de vida
• Ações de prevenção e promoção da saúde
• Discussão do processo de trabalho das equipes, dentre outros.
NASF: matriciamento
• O apoio matricial será formado por um conjunto de profissionais que não têm, necessariamente,
relação direta e cotidiana com o usuário, mas cujas tarefas serão de prestar apoio às equipes de
referência (equipes de SF). Assim, se a equipe de referência é composta por um conjunto de
profissionais considerados essenciais na condução de problemas de saúde dos clientes, eles
deverão acionar uma rede assistencial necessária a cada caso.
• o Nasf está inserido na rede de serviços dentro da APS assim como as equipes de SF, ou seja, ele
faz parte da APS.
• O apoio matricial apresenta as dimensões de suporte: assistencial e técnico-pe- dagógico. A
dimensão assistencial é aquela que vai produzir ação clínica direta com os usuários, e a ação
técnico-pedagógica vai produzir ação de apoio educativo com e para a equipe. Essas duas
dimensões podem e devem se misturar nos diversos momentos.
NASF: modalidades
Modalidades No. de equipes vinculadas Carga horária*
NASF 1 5 a 9 eSF e/ou eAB para populações específicas Mínimo 200 horas semanais;
cada ocupação deve ter no
máximo 80 horas semanais.
NASF 2 3 a 4 eSF e/ou eAB para populações específicas Mínimo 120 horas semanais;
cada ocupação deve ter no
máximo 40 horas semanais.
NASF 3 1 a 2 eSF e/ou eAB para populações específicas Mínimo 80 horas semanais; cada
ocupação deve ter no máximo 40
horas semanais.
*Nenhum profissional poderá ter carga horária semanal menor que 20 horas.
Profissionais do NASF
•Assistente Social •Médico Pediatra
•Professional/Professor Educação Física •Médico Acupunturista
•Farmacêutico •Médico Ginecologista/Obstetra
•Fisioterapeuta •Médico Homeopata
•Fonoaudiólogo •Médico Psiquiatra
•Nutricionista •Médico Geriatra
•Psicólogo •Médico Internista (Clínica
•Terapeuta Ocupacional Médica)
•Médico Veterinário •Médico do Trabalho
•Professor com Formação em Arte e •Profissional Sanitarista
Educação
Programa Mais Médicos Para
o Brasil
Programa Mais Médicos
Programa Mais Médicos
O PMMB atua em três frentes principais:
Para a realização das atividades de Supervisão Acadêmica são previstos momentos próprios, que
se caracterizam enquanto espaços de Educação Permanente, encontro de educação
permanente para qualificação da supervisão acadêmica, encontro de supervisão locorregional,
supervisão periódica in loco.
PMMB: Supervisão Acadêmica
Supervisão Acadêmica
• O supervisor é sua referencia profossional e
pessoal dentro do programa;
• Estará ao seu lado para dar suporte
nos diversos assuntos da rotina do
servico:
• Dúvidas clínicas
• Processo de trabalho
• Organizaçã da agenda
• Horário de estudos
Conte com seu SUPERVISOR! Ele é seu colega.
Programa Mais Médicos – 5 anos
• “O resultado mais significativo do Mais Médicos foi levar acesso à saúde para a população,
especialmente em populações vivendo em situação de vulnerabilidade. Isso é outorgar o direito
à saúde previsto na Constituição brasileira”,
• “O programa mostrou que é possível levar médicos para todos os lugares do país. Permitiu ainda
que os profissionais brasileiros, principalmente os mais jovens, perdessem o medo de ir para o
interior. Além disso, a chegada de médicos de 47 nacionalidades, com outros modos de atuar e
outra formação, promoveu um debate sobre a formação de médicos no Brasil”
Programa Mais Médicos – 5 anos
Bibliografia
• BRASIL. Ministério da Saúde. Política Nacional de Atenção Básica. Brasília: Ministério da Saúde, 2012. (Série
E. Legislação em Saúde)
• BRASIL. Ministério da Saúde. Núcleo de Apoio à Saúde da Família. v. 1. Brasília: Ministério da Saúde, 2014.
(Cadernos de Atenção Básica, n. 39)
• Lei no 12.871, de 22 de outubro de 2013. Institui o Programa Mais Médicos, altera as Leis no 8.745, de 9 de
dezembro de 1993, e no 6.932, de 7 de julho de 1981, e dá outras providências [Internet]. 2013 [citado 03 Fev
2016]. Disponível em: http://www.planalto. gov.br/cci vil_03/_ato2011-2014/2013/Lei/L12871.htm
O TRABALHO EM EQUIPE
MULTIPROFISSIONAL NA APS
NILSON MASSAKAZU ANDO
FREDERICO GERMANO LOPES CAVALCANTE
Médicos de Família e Comunidade
Roteiro da aula
• O trabalho em equipe.
• Reunião de Equipe.
• Participantes
• Local, data, hora
• Duração estimada
• Material necessário
• Agenda
• Pautas
REUNIÃO DE EQUIPE - CONDUÇÃO
• Produzir ata da reunião e realizar a leitura da ata da reunião anterior.
• Gerenciar o tempo.
• Tomar decisões.
• Informes – breve.
• Território Vivo.
• Territórios na APS.
• Territorialização.
• Mapa Inteligente.
• O Território e o Ambiente.
CONHECENDO O TERRITÓRIO
• Imagine-se na seguinte situação: você está se apresentando a sua nova
equipe de saúde e a sua nova comunidade.
• Quais os riscos?
de abrangência.
TERRITORIALIZAÇÃO
• É o reconhecimento e o esquadrinhamento do território segundo a
participação popular.
secretarias.
PMAQ, RELATÓRIOS).
TERRITORIALIZAÇÃO – ELEMENTOS A SEREM
CONTEMPLADOS
1. História e identidade territorial
• Origens do território
2. Comunidade Humana
• Origens, características demográficas, distribuição no sócio
espaço, segmentos e subgrupos, cultura, escolaridade.
TERRITORIALIZAÇÃO – ELEMENTOS A SEREM
CONTEMPLADOS
2. Comunidade Humana
• Organização social e política: sujeitos coletivos, processos de
mobilização, lideranças, associações e grupos.
• Qualidade e Condições de vida: moradias, espaços públicos,
alternativas de lazer.
TERRITORIALIZAÇÃO – ELEMENTOS A SEREM
CONTEMPLADOS
2. Comunidade Humana
• Indicadores de saúde (morbimortalidade, saneamento básico,
etc.).
Alta renda
Baixa renda
ˆ cz
xz =
ez
TERRITORIALIZAÇÃO
POPULAÇÃO/QUARTEIRÃO
• Vínculo.
A IMPORTÂNCIA DA BASE TERRITORIAL PARA
COMPREENSÃO DO PROCESSO SAÚDE DOENÇA
• Mapeamento do território vivo - elementos estáticos e dinâmicos,
barreiras funcionais e sociais.
• Vidor AC. Vigilância em Saúde. In: Gusso G, Lopes JM. (Org). Tratado de Medicina
e Família e Comunidade: Princípios, formação e prática. Porto Alegre: Artmed,
2012.
ACOLHIMENTO TRIAGEM
-Objetivo: inclusão - Objetivo : exclusão
sob a ótica do vínculo
e da vulnerabilidade “quem não vou
-Programação X atender?”
Imprevisto. “quem não deveria
estar aqui?”
“quem precisa ser
atendido?”
ACOLHIMENTO
Sujeito
Profissional de Sujeito Usuário
Saúde
RESPONSABILIZAR-SE
E DIVIDIR
RESPONSABILIDADE
OUVIR
PEDIDOS
O ACESSO
➢ Amplitude de horário;
➢ Ausência de atraso de nomeação;
➢ Ausência de atraso na chegada à UBS.
O Acesso e o Primeiro
Contato
“O princípio do primeiro contato refere-se ao fato de ser o ponto de
entrada mais fácil e próximo do usuário para os serviços de um sistema
de saúde, portanto, a acessibilidade advoga por um local de
atendimento próximo e que não prejudique ou atrase o diagnóstico e
as intervenções necessárias para se resolver um determinado problema
de saúde.”
• Assim, não basta a existência dos serviços, mas o seu uso tanto
no início como na continuidade do cuidado. Ou seja, os serviços
precisam ser oportunos, contínuos, atender à demanda real e ser
capazes de assegurar o acesso a outros níveis de atenção.
Albuquerque et al. Acessibilidade aos serviços de saúde: uma análise a partir
dos serviços da AB em Pernambuco. Saúde e Debate. 2014.
E o que é o Acesso
Avançado?
• É um modelo de acesso facilitado, em que a pessoa vinculada àquela
equipe consegue um atendimento quando precisa, no horário mais
adequado e com a forma de agendamento mais confortável;
• Mais conhecido como “Faça o trabalho de hoje, hoje!”
• Geralmente a agenda tem 65-75% das vagas para o mesmo dia com
grande capacidade de oferta de consultas.
• Nesse modelo há diminuição do tempo de espera e do absenteísmo
muito comum em marcações a longo prazo.
E isso é possível a partir da reorganização do processo de
trabalho, de pequenos rearranjos nos fluxos da unidade, nas
formas de agendamento e no enfrentamento de alguns
desafios:
• Abrir mão de uma agenda fragmentada em função de grupos por patologias ou faixas etárias
(dias específicos para gestantes, crianças, hipertensos ou diabéticos).
• Evitar pré-agendamentos prolongados, pois pode gerar um desperdício de tempo
• Envolver todos os profissionais disponíveis para oferecer os melhores recursos de acordo com as
necessidades da população de sua área.
• A equipe precisa estar mais voltada para as necessidades da população, com uma agenda mais
adequada à procura diária das pessoas (ter diagnósticos de demandas atualizados);
• Definir quanto tempo será necessário para uma consulta pré-agendada, considerando que esta se
dará para no máximo uma semana e ir diminuindo esse tempo até conseguir chegar “Faça o
trabalho de hoje, hoje!”!
Cuidados para uma equipe que pretende
adotar o acesso avançado
• 1º: O acesso avançado anda junto com o acolhimento e a escuta
qualificada. A escuta qualificada preferencialmente é feita pelo
profissional da enfermagem, porém pode ser feita pelo próprio
médico ou cirurgião dentista da equipe.
• Por isso, um dos pressupostos, se isso ainda não acontece, para
melhorar o acesso na unidade de saúde, é o maior envolvimento do
enfermeiro no cuidado das pessoas da sua área. Dessa forma, é
importante que cada enfermeiro tenha seu próprio consultório e
que esse seja próximo ao do médico de sua equipe. Essa disposição
dos consultórios facilita o entendimento da vinculação para a equipe
e para a população e também agiliza as interconsultas entre médicos
e enfermeiros.
Cuidados para uma equipe que pretende
adotar o acesso avançado
• 2º: Fluxo do atendimento – ESCUTA RÁPIDA
• Caso o usuário venha para um serviço específico (vacinação, farmácia, coleta
de exame, etc) , ali mesmo ele deve ser direcionado para que já haja
resolutividade sem necessidade de passar por nenhuma outra etapa.
• A pessoa passa pela recepção apenas para identificar qual a sua equipe e já é
agendada/encaminhada para ser atendida pelos profissionais de referência.
• A recepção (escuta rápida), nesse modelo, poderá fazer perguntas breves
para identificar a necessidade imediata ou não de consulta.
• Caso tenha necessidade de consulta, nesse momento retira-se o prontuário
(se ainda for físico) e direciona a pessoa que procura atendimento no dia para
a sua própria equipe (auxiliares de enfermagem, enfermeiros e médicos) no
caso do usuário estar procurando por consulta nesse dia.
Escutar significa, num primeiro momento, acolher toda
queixa ou relato do usuário mesmo quando possa parecer não
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A AGENDA
➢As agendas tem um papel fundamental nas atividades das unidades,
permitindo um acesso pautado na equidade e universalidade;
Cuidado
Demanda Continuado
Imediata
AGENDA
Visita Atividades
Domiciliar Reuniões Educativas
de
Equipe
Como viabilizar o acolhimento à demanda
espontânea?
• Toda a equipe é responsável pelo acolhimento.
• Identificar casos de maior risco e vulnerabilidade e facilitar o
acesso dos usuários a uma avaliação mais rápida pelo
profissional mais adequado (escuta qualificada).
• Fluxos de transferência / encaminhamento dos usuários que
necessitam de outros recursos assistenciais.
• Discutir critérios de risco e organizar a agenda dos profissionais
de modo a contemplar a agenda programada e casos agudos.
• Diálogo com os usuários.
Perguntas que podem ajudar a equipe na
implantação do acolhimento:
• Existe acolhimento na unidade? Quem são os responsáveis? Como é
feito? Como podemos melhorar?
• Como é organizado o fluxo dos usuários na unidade?
• Quais as principais dúvidas e necessidades dos usuários?
• Quais os problemas e conflitos enfrentados pelos profissionais no que
diz respeito ao acolhimento?
• Quais as tentativas de solução desses problemas?
Referências
• Brasil. Ministério da Saúde. Acolhimento à demanda espontânea. Cadernos de Atenção Básica; n. 28, V. 1. 1. ed.; 1. reimpr.
Brasília: Ministério da Saúde, 2013.
• Brasil. Ministério da Saúde. Acolhimento à demanda espontânea. Cadernos de Atenção Básica; n. 28, V. 2. 1. ed.; 1. reimpr.
Brasília: Ministério da Saúde, 2013.
• Esteche FF. Acolhimento à demanda espontânea e programada. Programa de Educação Permanente em Saúde da Família –
PEPSUS. Acesso em 02 de fev 2019. Disponível em https://avasus.ufrn.br/
• Brasil. Ministério da Saúde. Acolhimento nas práticas de produção da saúde(Série B. Textos Básicos de Saúde). 2. ed. 5.
reimp. Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 2010.
• Wolmann A et al. Novas possibilidades de organizar o Acesso e a Agenda na Atenção Primária à Saúde. Prefeitura
Municipal de Curitiba, 2014. Acesso em 02 de fev 2019. Disponível em
http://arquivos.leonardof.med.br/SaudeCuritiba_CartilhaAcessoAvancado_2014-06-05.pdf
• Murray M, Tantau C. Same-Day Appointments: Exploding the Access Paradigm. Fam Pract Manag. 2000 Sep;7(8):45-50.
Acesso em 02 de fev 2019. Disponível em https://www.aafp.org/fpm/2000/0900/p45.html.
ABORDAGENS NA PESSOA, NA
FAMÍLIA E VISITA DOMICILIAR
Nilson Massakazu Ando
Frederico Germano Lopes Cavalcante
Roteiro da aula
1. Método Clínico Centrado na Pessoa (MCCP)
3. Visita domiciliar
Método Clínico
Centrado na
Pessoa (MCCP)
Método Clínico Centrado na Pessoa (MCCP)
1. Ciclos de vida
2. Genograma
3. Ecomapa
4. APGAR familiar
5. FIRO
6. PRACTICE
Abordagem familiar
Ciclos de vida
FASE DO CICLO DE VIDA FASE DO CICLO DE VIDA
(Popular)
1. Saindo de casa: jovens solteiros
Família composta por jovem
2. O novo casal adulto
3. Família com filhos pequenos Família com filhos pequenos
4. Famílias com filhos adolescentes Família no estágio tardio
Aplicações do FIRO
• Idoso deprimido após a perda do cônjuge
• Transtorno de humor em mulher perimenopáusica
• Adulto começa a beber após aposentar-se por invalidez
• Casal queixa-se de que seu filho está incontrolável com a chegada de um novo
irmão
• Casal queixa-se que a intimidade e as relações sexuais já não são satisfatórias
Abordagem familiar - PRACTICE
.
Exercício 3
Na prática do médico de família, a da abordagem familiar contribui
para o plano de prevenção, de investigação clínica e de tratamento de
casos simples e complexos. O instrumento de abordagem familiar que
identifica todos os sistemas envolvidos e relacionados com a pessoa,
com a família em questão e com o meio onde vivem é denominado:
A) Apgar da família.
B) Genograma.
C) Ciclo vital.
D) Ecomapa.
Visita domiciliar
negros foi três vezes maior que a referida taxa de jovens brancos.
POLÍTICA NACIONAL DE SAÚDE INTEGRAL DA
POPULAÇÃO NEGRA
• Dos 39.123 óbitos infantis notificados em 2012, 45% foram de crianças negras e
41% de brancas; esta diferença é maior entre as mortes que ocorrem na primeira
semana de vida, sendo que 47% são de crianças negras e 38% de brancas.
• De 2000 para 2012, a taxa de mortalidade pela doença falciforme dobrou no país,
sendo praticamente influenciada pelas tendências das cor/raças pretas e pardas.
• Abordagem integral
• Combate ao Racismo
• Preconceito.
• Situação de vulnerabilidade.
• Uso abusivo de álcool e outras drogas (Redução de Danos).
• Higiene e Alimentação.
• Doenças predominantes: IST, Tuberculose,
• Adesão ao Tratamento.
POLÍTICA NACIONAL DE SAÚDE
INTEGRAL DE LÉSBICAS, GAYS,
BISSEXUAIS, TRAVESTIS E
TRANSEXUAIS
Política Nacional de Saúde Integral de Lésbicas,
Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais
Definições:
• 47,3% dos domicílios rurais possuem água canalizada em pelo menos 1 dos
cômodos, porém 18% apenas provém de uma rede de distribuição geral.
• 82% da água dos domicílios rurais provém de poços, nascentes e outras fontes.
(PNSIPCFA).
Política Nacional de Saúde Integral das Populações
do Campo, da Floresta e das Águas
Desafios no cuidado em saúde da População do Campo, Floresta e
Águas
• Distância no Acesso.
• Violência no Campo.
• 93% homens
• 7% mulheres
Geopresidios/CNJ/junho/2014; INFOPEN/2013
Política Nacional de Atenção Integral à Saúde das
Pessoas Privadas de Liberdade no Sistema Prisional
Panorama da População Carcerária
Emergência sanitária, com prevalência elevada de doenças transmissíveis e não transmissíveis, como:
• Tuberculose;
• HIV/AIDS;
• Hepatites;
• Sífilis;
• Dermatites;
• Hipertensão.
Política Nacional de Atenção Integral à Saúde das
Pessoas Privadas de Liberdade no Sistema Prisional
Desafios atuais da PNAISP
Secretaria.
BOLSA FAMÍLIA E BENEFÍCIO DE
PRESTAÇÃO CONTINUADA
BeneMcios Assistenciais
• Dentro do Sistema Único de Assistência Social, podem se classificar os benefícios
assistenciais em duas categorias aqueles permanentes - federais, instituídos mediante lei
federal, a exemplo, o Benefício de Prestação Continuada (BPC), criado pela Lei Federal nº
8.742/93 – Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS), que regulamentou o art. 203, inciso
V, da Carta Política Pátria; e os benefícios eventuais federativos, criados por entes da
federação Estados, Distrito Federal e Municípios, conforme critérios e prazos definidos
pelo Conselho Nacional de Assistência Social.
BeneMcio de Prestação ConNnuada (BPC)
• O BPC, criado em 1993, é devido ao idoso de 65 anos ou mais de idade, e
ao deficiente, cuja renda familiar seja inferior a um quarto do salário
mínimo. (Art. 20 caput da LOAS).
• Marcos Legais
• Territorialização/Sociodiversidade
• Perfil Epidemiológico
COMUNIDADE INDÍGENA
• Espaços importantes de discussão e luta pelo direito a atenção à saúde dos povos
indígenas.
MARCOS LEGAIS
Lei 9 836 de 23 de setembro de 1999:
Portaria no 254 (MS), de 31 de Janeiro de 2002 - Poli4ca Nacional de Atenção à Saúde dos
Povos Indígenas (PNASPI):
• Trouxe algumas diretrizes para as ações de atenção à saúde indígena que representaram
um avanço no reconhecimento da especificidade cultural e ar4culação da biomedicina
com prá4cas indígenas tradicionais de cura e cuidado.
MARCOS LEGAIS
• GaranBr aos povos indígenas o acesso à atenção integral à saúde, de acordo com
os princípios e diretrizes do Sistema Único de Saúde, contemplando a diversidade
social, cultural, geográfica, histórica e políBca de modo a favorecer a superação
dos fatores que tornam essa população mais vulnerável aos agravos à saúde de
maior magnitude e transcendência entre os brasileiros, reconhecendo a eficácia
de sua medicina e o direito desses povos à sua cultura.
POLITICA NACIONAL DE ATENÇÃO À SAÚDE
DOS POVOS INDÍGENAS (PNASPI)
TERRITORIALIZAÇÃO/SOCIODIVERSIDADE
• Vigilância do Óbito
• Legislação
• Enforcamento: X70
• Afogamento: X71
• Receituários Médicos
• Atestado Médico
• Declaração de óbito
Prescrição de anNmicrobianos:
• Duas vias
• Receita com validade de 10 dias.
RECEITUÁRIOS MÉDICOS
• Legislação: legível em letra clara, de forma e por extenso.
Dados essenciais:
• Data e assinatura.
RECEITUÁRIO DE CONTROLE ESPECIAL OU C
• Validade: 30 dias em todo o território nacional.
• duas vias
• quanTdade permiTda: 05 ampolas para
injetáveis, e quanTdade correspondente a 60
dias de tratamento para outras formas
farmacêuTcas.
• Máximo: 3 (três) substâncias ou
medicamentos;
• Medicamentos: anTconvulsivantes,
anTdepressivos, anTmicrobianos, analgésicos
potentes (opióides).
RECEITUÁRIO DE CONTROLE AZUL OU B
• B1 (psicotrópicos): vale por 30
dias após a data da prescrição;
• B2 (psicotrópicos anorexígenos):
30 dias após prescrição; 30 dias
de tratamento;
• Apenas no Estado!
• Medicamentos: diazepam,
clonazepam, lorazepam, etc.
RECEITUÁRIO DE CONTROLE AMARELO OU A
• Tem 30 dias de validade após a
prescrição (todo território nacional)
• Mais utilizados por especialistas
focais.
• Uso para psicotrópicos e
entorpecentes (medicamentos de
alto poder de dependência)
• Medicamentos: morfina, fentanil,
midazolam, oxicodona,
metilfenidato (ritalina),
ALGUMAS QUESTÕES IMPORTANTES
• É VEDADO AO MÉDICO:
• Art. 11. Receitar, atestar ou emi`r laudos de forma secreta ou ilegível, sem
a devida iden`ficação de seu número de registro no Conselho Regional de
Medicina da sua jurisdição, bem como assinar em branco folhas de
receituários, atestados, laudos ou quaisquer outros documentos médicos.
ATESTADO MÉDICO
legal.
ATESTADO MÉDICO
atestado.
ATESTADO MÉDICO
• Tipos de Atestados Médico:
• 1. Atestado de Óbito (D.O)
• 2. Atestado por Doença (15 dias)
• 3. Atestado para Repouso à Gestante (120 dias)
• 4. Atestado por Acidente de Trabalho
• 5. Atestado para Fins de Interdição
• 6. Atestado de ApNdão Física
• 7. Atestado de Sanidade Física e Mental
CUIDADO COM
• 8. Atestado para Amamentação
ATESTADOS
• 9. Atestado de Comparecimento
RETROATIVOS
• 10. Atestado para Internações
COMUNICAÇÃO DE ACIDENTE DE TRABALHO
CAT
Preenchimento da CAT: Comunicação de acidente de trabalho
• É VEDADO AO MÉDICO:
• É VEDADO AO MÉDICO:
• Assinar DO em branco.
• Utilizar termos vagos para o registro das causas de morte como parada
cardíaca, parada cardiorrespiratória ou falência de múltiplos órgãos.
• Registros individualizados.
• Integração de informações.
IMPORTANTE:
Condição importante
para o pagamento da
bolsa!
PRONTUÁRIO ELETRÔNICO DO CIDADÃO (PEC)
PREENCHIMENTO DO PRONTUÁRIO
SOAP: Forma de Registro utilizada na APS
Características e funções do prontuário:
• Obrigação médica.
• Deve estar Legível.
• Documento do paciente.
• Sob a guarda do serviço assistencial ou do Médico.
• Proteção legal da equipe.
• Melhora do cuidado do paciente.
• Data, hora, assinatura e registro profissional.
SOAP
Após a coleta e o registro organizado dos dados e informações subjetivas (S) e objetivas
(O), o profissional de saúde faz uma avaliação (A) mais precisa em relação ao problema,
“Avaliação”(A) queixa ou necessidade de saúde, definindo-o e denominando-o.
Nessa parte se poderá utilizar, se for o caso, algum sistema de classificação de problemas
clínicos, por exemplo, o CIAP.
A parte final da nota de evolução SOAP é o plano (P) de cuidados ou condutas que serão
tomados em relação ao problema ou necessidade avaliada.
De maneira geral, podem existir quatro tipos principais de planos:
1) Planos Diagnósticos: nos quais se planejam as provas diagnósticas necessárias para
elucidação do problema, se for o caso;
2) Planos Terapêuticos: nos quais se registram as indicações terapêuticas planejadas para
“Plano” (P) a resolução ou manejo do problema da pessoa: medicamentos, dietas, mudanças de
hábitos, entre outras;
3) Planos de Seguimento: nos quais se expõem as estratégias de seguimento longitudinal
e continuado da pessoa e do problema em questão;
4) Planos de Educação em Saúde: nos quais se registram brevemente as informações e
orientações apresentadas e negociadas com a pessoa, em relação ao problema em
questão.
CASO 1
Mario Alberto, 42 anos, chega ao consultório solicitando um atestado
médico para poder receber a pensão de sua mãe, Dona Marta. Mario
informa que Dona Marta recentemente sofreu um AVC, estando, no
momento, restrita ao domicílio, apresentando dificuldades para ir até o
banco receber seu benefício.
CASO 2
Marlene, 28 anos, procura atendimento com seu filho, João Pedro de 8
anos, para solicitar um atestado médico que o autorize a realizar as
aulas de educação rsica na escola.
CASO 3
Kelly, gestante de 28 semanas, comparece a consulta de pré-natal
acompanhada do marido Joel. Ao final da consulta, Kelly solicita um
atestado médico para Joel, uma vez que ele faltou ao trabalho para
acompanhar o atendimento do pré-natal.
REFERÊNCIAS UTILIZADAS
Diante dos preceitos do ECA como deve agir a equipe nesse caso?
Estatuto da criança e do adolescente e Estatuto do
Idoso
Código de Ética Médica
É VEDADO AO MÉDICO:
Art. 83. Atestar óbito quando não o tenha verificado pessoalmente, ou
quando não tenha prestado assistência ao paciente, salvo, no úl0mo
caso, se o fizer como plantonista, médico subs0tuto ou em caso de
necropsia e verificação médico-legal.
Art. 84. Deixar de atestar óbito de paciente ao qual vinha prestando
assistência, exceto quando houver indícios de morte violenta.
Declaração de Óbito (D.O)
Responsabilidade Ética e Jurídica do Médico (O MÉDICO DEVE):
Causa Externa:
encaminhar ao
Serviço de Verificação de Óbito
IML
Regulamentação Específica - PMMB
•Conselhos;
•Sindicatos;
•Associações:
As sociedades de especialistas
As associações médicas
Aspectos ético legais da prática
multiproUssional
• O trabalho em equipe é um dos pilares do trabalho na ESF e na APS dia.
Não existe um código de ética multiprofissional e invariavelmente ocorre
conflitos pelas diferentes visões de cada profissão e de cada profissional
diante de dilemas éticos
Dalla MDB, Lopes JMC. Ética na Atenção Primária à Saúde. In Tratado de medicina de Família e Comunidade, 2012
• Características do trabalho em equipe: cooperação, colaboração e divisão
de responsabilidades.
• No trabalho em equipe, os resultados obtidos são maiores do que a soma
dos resultados individuais, aumentando a eficácia e a eficiência do
atendimento prestado à população.
Pereira RCA, Rivera FJU, Artmann E. O trabalho multiprofissional na academia de saúde: estudo sobre as formas de
trabalho. Interface (Botucatu) 2013
Aspectos ético legais da prática
multiproUssional
"Então, um trabalho de equipe é você fazer as suas a0vidades, mas
estar sempre consultando e interagindo com os outros profissionais
para o bem-estar da comunidade, da população". (den0sta)
Pereira RCA, Rivera FJU, Artmann E. O trabalho multiprofissional na academia de saúde: estudo sobre as formas de
trabalho. Interface (Botucatu) 2013
Aspectos ético legais da prática
multiproUssional
• "Eu acho que eles veem meu trabalho na boa. Eventualmente a gente
discute, a gente diverge de alguma coisa, mas aceito as críticas, aceito as
sugestões, e a gente sempre chega a um acordo". (médica)
• "Pelo menos eu já deixei eles bem à vontade para falar sobre isso. Em
reuniões de equipe eu falo: gente, se tiver alguma coisa que, assim, eu
esteja fazendo, a maneira de eu trabalhar não tiver legal para vocês, não
tiver interagindo com vocês, vocês podem falar. A gente pode sentar,
discutir e ver como a gente pode resolver isso". (auxiliar de consultório
dentário)
Pereira RCA, Rivera FJU, Artmann E. O trabalho multiprofissional na academia de saúde: estudo sobre as formas de
trabalho. Interface (Botucatu) 2013
Aspectos ético legais da prática
multiproUssional
"O meu contato maior realmente é com a enfermeira. A gente divide bastante as livres demandas. Ela,
às vezes, absorve, ela atende, me chama e fazemos interconsulta. Oriento, prescrevo e quando tem um
caso que ela pode resolver ela resolve […]. A gente divide o pré-natal. Cada mês é com uma, sendo que
no final eu fico atendendo. A gente divide a puericultura, cada uma alterna as consultas". (médica)
"Se Hver alguma necessidade que eu venha precisar do médico estar avaliando, eu faço uma interconsulta
com a minha médica. A gente trabalha muito bem assim nesta parceria de interconsulta. Porque ela não
tem como absorver todas essas famílias. Se você for contar por baixo são quatro mil e quinhentas
famílias. Eu acredito que tenha muito mais. Hoje eu tento abrir minha agenda para algumas crianças, que
seria mais o caso de pediatria, mas eu estou atendendo, solicito os exames, faço interconsulta com a
médica para todos terem direito e acesso à saúde". (enfermeira)
Pereira RCA, Rivera FJU, Artmann E. O trabalho mulIprofissional na academia de saúde: estudo sobre as formas de
trabalho. Interface (Botucatu) 2013
BIBLIOGRAFIA
• Albendazol
• Benzoilmetronidazol
• Ivermectina
• Permetrina
Aparelho Respiratório
• Brometo de ipratrópio
• Budesonida 32 mcg
• Cloreto de sódio (0,9%) – solução nasal
• Cloridrato de prometazina
• Loratadina
• Maleato de dexclorfeniramina
• Sulfato de salbutamol
Categoria “Fitoterápicos”
• Guaco xarope
• Isoflavona de soja
• Unha de gato
• Alcachofra
• Plantago
COMPONENTE ESTRATÉGICO
DA RENAME
Alguns fármacos que prescrevemos em APS mas
que são do componente estratégico ou de ambos
• Albendazol
• Penicilina Benzatina
• Claritromicina
• Azitromicina
• Oseltamivir
• Itraconazol
• Prednisona
REFERÊNCIAS UTILIZADAS
• AVASUS
• AIvidades acadêmicas:
• Da integração ensino-serviço.
• Da atenção básica.
• O médico participante
• O supervisor acadêmico
• O tutor acadêmico
SUPERVISÃO ACADÊMICA DO PMMB
• Encontro Locorregional.
• Supervisão In Loco.
• Supervisão Longitudinal.
• Atendimento pré-natal.
• Intercorrências na gestação.
• Implica que a pessoa possa “ter uma vida sexual segura e sa4sfatória,
tendo autonomia para se reproduzir e a liberdade de decidir sobre
quando e quantas vezes deve fazê-lo.
ATENÇÃO!!
• Caso haja vômitos na primeira hora, repetir a dose.
SEMPRE
• União Estável
• Único Parceiro
• Idosos
• Múltiplos parceiros
• ...
MÉTODOS DEFINITIVOS
ATENÇÃO A SAÚDE DA
GESTANTE
MORTALIDADE MATERNA
MORTALIDADE MATERNA
REDE CEGONHA
• Às mulheres, direito
• ao planejamento reprodutivo
• a atenção humanizada na gravidez, parto, abortamento e puerpério
• Às crianças, direito
• ao nascimento seguro
• crescimento e desenvolvimento saudáveis
ATENDIMENTO DA GESTANTE
• Acolhimento
• Captação Precoce
• Pré-Natal
ATENDIMENTO DA GESTANTE
• Rodas de Gestantes
• Puerpério
• Atendimento da gestante
ORGANIZAÇÃO DO ATENDIMENTO
• Dia do Pré-Natal
• Importância de agenda flexível
• Cadastramento no SISPRENATAL
• Kristeller
Pesquisa de estreptococo:
Não realizar, não há evidência científica de benefício na atualidade.
EXAMES NA GESTAÇÃO - RESUMO
EXAMES NA GESTAÇÃO - RESUMO
ULTRASSONOGRAFIA
OBSTÉTRICA
ULTRASSONOGRAFIA OBSTÉTRICA
ULTRASSONOGRAFIA OBSTÉTRICA
CONDUTAS GERAIS
• Suplementação de ferro e ácido fólico
• ferro elementar (40 mg/dia);
• ácido fólico (400 µg/dia ou 0,4 mg/dia).
• Utilizar no período pré-gestacional até o final da gestação.
Após gestação:
• A cada 3 meses no 1º ano
• A cada 6 meses até a estabilização dos títulos
• Prevê medidas protebvas para a mulher que corra risco de morte, como
afastamento do agressor do domicílio e a proibição de sua aproximação
hsica junto à mulher agredida.
VIOLÊNCIA SEXUAL
• Anti HIV
• VDRL
• Anti HCV
• HBsAg
• Anti HBs
ABORTAMENTO LEGAL
• É permitido quando a gravidez resulta de estupro/violência sexual ou
em caso de risco de vida à mulher.
• Não é exigido qualquer documento. Como Boletim de Ocorrência
Policial, Laudo de IML ou autorização judicial.
PREVENÇÃO DO CÂNCER
GINECOLÓGICO
RASTREAMENTO CÂNCER DE COLO UTERINO
Periodicidade do Papanicolau:
• Dois exames com intervalo anual.
• Após dois exames anuais normais, realiza se somente um exame a cada três anos.
SITUAÇÕES ESPECIAIS
SITUAÇÕES ESPECIAIS
RESULTADO AMOSTRA
CONDUTA
CONDUTA
CONDUTA
CONDUTA
RASTREAMENTO DO CÂNCER DE MAMA
• Fatores de Risco
• Idade > 50 anos
• Menarca precoce
• Nuliparidade
• Primeira gestação após os 30 anos
• História pregressa
• História familiar
• Uso de álcool
• Tabagismo
• Terapia de reposição hormonal
• Sedentarismo
• Obesidade
ROTINA DE RASTREAMENTO
MAMOGRAFIA - RESULTADO
MAMOGRAFIA - RESULTADO
MAMOGRAFIA RESULTADO
PREVENÇÃO QUATERNÁRIA
Evitando ações com benefícios incertos para a paciente e a
protege de ações potencialmente danosas
(BRASIL, 2022)
continuação
(BRASIL, 2022)
Epidemiologia – mortalidade infan1l
• Mundo
(BRASIL, 2022)
Epidemiologia – mortalidade infantil - Brasil
As principais causas de óbitos infan]s foram as afecções originadas no período
perinatal, com 22.029 no ano de 2015 e 18.468 no ano de 2021.
(BRASIL, 2022)
Epidemiologia – mortalidade infan1l - Brasil
Destaca-se Outras Doenças Bacterianas, com 939 e 655, e a Septicemia, com 613 e
454.
(BRASIL, 2022)
Epidemiologia – mortalidade infantil - Brasil
Epidemiologia – mortalidade infantil
Os índices mostram uma redução na ocorrência de óbitos infan>s no período de
2015 a 2020, em todas as Regiões brasileiras.
• Mundo
Em 2020, a pandemia da COVID19 causou a sobrecarga das equipes de saúde, o
que pode ter dificultado o processo de no]ficação e inves]gação dos óbitos por
parte das equipes de vigilância.
(BRASIL, 2022)
Epidemiologia – mortalidade infan1l - Brasil
Epidemiologia – mortalidade infantil
• Mundo
As mortes infan+s, em sua maioria, são consideradas evitáveis, porém é
preciso considerar os desafios a serem enfrentados, como as diferenças
regionais e o acesso oportuno aos serviços de saúde, visto que há um
arranjo de fatores biológicos, sociais, culturais e de falhas no sistema
de saúde, que auxiliam para os elevados números deste 4po de óbito.
(BRASIL, 2022)
Epidemiologia – mortalidade infantil - Brasil
Epidemiologia – mortalidade infan1l
Entre as ações sugeridas para a redução do óbito infantil, está a
• • políticas
Mundode saúde que assegurem cuidados à gestação, ao parto e ao nascimento,
assim como a
• melhoria no acesso,
• práticas e medidas direcionadas à qualificação na rede assistencial à gestante a
ao recém-nascido durante o período pré-natal e pós natal.
Os comitês de prevenção do óbito infantil são, para além da estratégia de vigilância
de óbito, são instrumentos de controle social da qualidade de atenção à saúde
prestada à mulher e à criança.
As informações originárias da investigação do óbito infantil destinam-se a identificar
as causas dos óbitos e seus determinantes sociais. (BRASIL, 2022)
Epidemiologia – mortalidade infantil - Brasil
Epidemiologia – mortalidade infan1l
• Mundo
A redução da mortalidade infan]l é ainda um grande desafio. Para isso, é necessária
uma aliança entre todas as esferas de governo, de toda a sociedade e de cada
cidadão.
(BRASIL, 2022)
Epidemiologia – mortalidade infantil
• Mundo
PUERICULTURA
(BRASIL, 2019)
A Primeira Consulta
• IdenLficar fatores de risco e vulnerabilidade do RN;
• Promover e apoiar o Aleitamento Materno Exclusivo;
• Observar o vínculo mãe-bebê;
• Avaliar a saúde do RN e da mãe;
• Avaliar a Rede de apoio social;
• Teste do pezinho e triagens neonais (geralmente realizados antes da alta hospitalar); (BRASIL, 2019)
Consulta puerperal
Epidemiologia – mortalidade infan1l
(até 42 dias após o parto)
• •Aproveitar
Mundo a consulta de acompanhamento da criança para realizar a consulta da
mãe;
• Questionar sobre dificuldades advindas da nova situação;
• Observar sinais de depressão pós parto;
• Orientar sobre o aleitamento, observando a pega e dificuldades;
• Suplementação com Fe elementar (40 mg/dia) até o 3º mês pós-parto;
• Examinar as mamas e manejar as principais complicações (mastite, fissuras…)
• Observar a retração uterina e avaliar os lóquios;
• Examinar períneo e genitais externos;
• Verificar PA, edema de MMII;
(BRASIL, 2019)
• Orientar anticoncepção.
Sobre orientar a amamentação…
Epidemiologia – mortalidade infan1l
• Mundo
(BRASIL, 2015)
Sobre orientar a amamentação…
Epidemiologia – mortalidade infantil
• Mundo
(BRASIL, 2015)
Acompanhamento da CRIANÇA
Epidemiologia – mortalidade infan1l
PODEM EXISTIR PROTOCOLOS MUNICIPAIS DIFERENTES!
• Mundo
(BRASIL, 2019)
Caderneta de Saúde da Criança
Epidemiologia – mortalidade infantil
• Dados da criança e da mãe;
• Mundo
• Promoção à saúde da criança e cuidados gerais;
• Prevenção de acidentes;
• Condições do nascimento da criança: Gráficos de antropométricos;
• Tabelas de crescimento e desenvolvimento;
• Calendário vacinal.
Epidemiologia – mortalidade infantil
• Mundo
(BRASIL, 2019)
Atraso no Desenvolvimento (DNPM)
Epidemiologia – mortalidade infantil
•• Mundo
Todos os fatores de Risco e Vulnerabilidade abordados
anteriormente podem levar a atraso no Desenvolvimento (nos
primeiros 12m);
• A es+mulação nos primeiros anos de vida, para crianças com
atraso, melhora seu desempenho, devendo, portanto, seu início ser
incen4vado o mais precocemente possível [B].
Atraso no Desenvolvimento (DNPM)
Epidemiologia – mortalidade infan1l
• Hospitalização no período neonatal.
• Mundo
• Doenças graves: meningite, trauma4smo craniano e
convulsões.
• Parentesco entre os pais.
• Casos de doença mental na família.
• Fatores de risco ambientais: violência domés4ca, depressão
materna, dependência química, suspeita de abuso sexual...
Atraso no Desenvolvimento (DNPM)
Epidemiologia – mortalidade infantil
• Presença de alterações feno/picas. • Hospitalização no período neonatal.
• Mundo
• Fenda palpebral oblíqua.
• Doenças graves: meningite,
• Olhos afastados. traumaAsmo craniano e
• Implantação baixa de orelhas. convulsões.
Perímetro
• Lábio leporino. cefálico • Parentesco entre os pais.
< -2 escores z
• Fenda palaAna. • Casos de doença mental na família.
ou
• Pescoço curto e/ou largo. > +2 escores z.
• Fatores de risco ambientais: violência
• Prega palmar única.
domésAca, depressão materna, dependência
• 5º dedo da mão curto e recurvado. química, suspeita de abuso sexual...
Testes de triagem/ rastreamento neonatais
Epidemiologia – mortalidade infan1l
Teste do Pezinho
• Mundo
• Fenilcetonuria;
• Anemia Falciforme;
• G6PD;
• Hipo]reoidismo congênito;
• Fibrose Cís]ca;
(BRASIL, 2023)
Testes de triagem neonatais
Epidemiologia – mortalidade infantil
• Mundo
(BRASIL, 2019)
Epidemiologia – mortalidade infantil
• Mundo
ConLnua...
Fonte: DUNCAN, SCHMIDT, GIUGLIANI (2004)
Epidemiologia – mortalidade infantil
• Mundo
ConLnuação
Epidemiologia – mortalidade infantil
• Mundo
ConLnuação.
Fonte:
Duncan et al. (2022)
Assintomá1cas
Epidemiologia – mortalidade infan1l
• Não há documentação ciengfica que comprove que a realização
• Mundo
ro4neira de exames laboratoriais em crianças assintomá4cas
tenha qualquer impacto em sua saúde;
• Hemograma se sintomá4co;
• Perfil Lipídico: o rastreio é controverso, nível de evidência D.
Suplementação de Vitaminas e Minerais
Epidemiologia – mortalidade infantil
• •Mundo
Suplementação de Ferro:
(Brasil, 2021)
(Brasil, 2021)
(Brasil, 2021)
(Brasil, 2021)
Como preparar o soro de
reidratação oral
(Brasil, 2021)
Lembre-se
Ministerio da Saúde
(Brasil, 2020)
Infecção respiratória aguda em crianças
71
Infecção Respiratória Aguda
72
Estratégia AIDPI
• O4tes;
• Exacerbação de asma
• Sinusite
76
Tratamento e Prevenção
Lavagem Nasal – como orientar:
hyps://www.youtube.com/watch?v=P8Em8B4SiIc&t=178s
Minuto 2:37
77
Pneumonia
• Infecção do parênquima pulmonar por vírus, bacterias, parasitas ou fungos;
• Crianças com pneumonia bacteriana wpica apresentam febre, calafrios,
dores abdominais, associadas ou não à dor torácica, e tosse produ]va;
• A taquipneia é um sinal ú]l para o diagnós]co de pneumoniana infância;
• Se a ausculta pulmonar sugerir o diagnós]co de pneumonia, deve-se
pesquisar o possível agente e]ológico por meio de minuciosa história
clínica, dando-se especial atenção para questões relacionadas com viagens,
exposições a animais e pessoas doentes, sobretudo com tuberculose
79
Síndromes Clínicas Comuns
Sindrome Agente Faixa Etária Manifestações clinicas
Bacteriana Streptococcus Todas as Idades, Início súbito, febre
(supurativa) pneumoniae, outros mais comum em alta/toxemia, achados focais na
crianças jovens ausculta, dor toráxica, dor
(menores de seis abdominal, radiografia de tórax
anos) com infiltrado
A`pica (lactentes) Chlamydia Menores de três Taquipneia, hipoxemia leve,
trachomatis meses ausência de febre, sibilaância,
radiografia de torax com
infiltrado.
A`pica (escolares e Mycoplasma Maiores de cinco Início gradual, febre baixa,
adolescentes) anos achados difusos na ausculta
respiratória, radiografia com
infiltrado difuso.
Viral MúlLplos vírus Todas as idades, Sintomas respiratórios das
mais comum entre vias áreas superiores, febre
três meses e cinco baixa ou ausente, sibilos ou
anos achados difusos na ausculta
respiratória. (DUNCAN et al., 2022)
Abordagem e manejo
• Na prá4ca, diqcil diferenciação entre gpica e agpica;
• Reforçar o exame qsico:
• à palpação, frêmito tóraco-vocal aumentado;
• à percussão, macicez ou sub-macicez;
• à ausculta, murmúrio reduzido com crepitações (ou estertores) e sopro
tubário;
• Lactentes e crianças maiores com infecção respiratória do trato
inferior leve a moderada podem ser tratados com segurança no
domicilio.
(DUNCAN et al., 2022)
Abordagem e manejo
• A realização de radiografia de tórax para confirmação do diagnós]co não é
ro]neiramente necessária em crianças com quadro leve de pneumonia, sem
complicações e que serão tratadas ambulatorialmente;
• Reservar para pneumonias graves,
avaliação de complicações
e diagnós]co diferencial.
• Macrolídeo: 3 a 5 dias
• Amoxicilina: 7 a 10 dias
(DUNCAN et al., 2022)
84
Prevenção
• Situações de exceção.
• Crescimento e desenvolvimento;
• Sexualidade;
• Saúde Reprodutiva;
• Saúde bucal;
• Saúde mental;
• Saúde do escolar adolescente;
• Prevenção de acidentes.
(DUNCAN et al., 2022)
Principais alterações na adolescência
• Síndrome da adolescência normal • Dor escrotal
• Alterações no • Gravidez precoce
desenvolvimento puberal • DSTs/AIDS
• Ginecomastia puberal • Violência sexual
• Dismenorreia e Distúrbios • Transtornos
menstruais alimentares
• Problemas musculoesquelético • Abuso de substancias psicoativas
• Exercício físico
• Alimentação saudável
Saúde Sexual e Reprodu1va
94
Saúde Sexual e Reprodutiva
95
Saúde Sexual e Reprodutiva
Algumas recomendações...
• Sempre abordar o tema nos atendimentos;
(BRASIL,2012)
Violência na Criança e no Adolescente
• A principal causa de violência contra
crianças, foram por violência sexual
(44%) , seguida da psicológica (36%),
negligência (33%) e violência física
(29%).
Fonte: SIM/SVS/MS
hAps://childmortality.org/data/Brazil
Violência na Criança e no Adolescente
Quando suspeitar?
• Corrimento Vaginal;
• Lacerações;
• Queimaduras (luva, meia, limites bem definidos);
• Lesões ‚sicas, fraturas, equimoses, hematomas (relação temporal e estória
incoerente e estágios diferentes de evolução);
• Alteração no comportamento da criança;
• Valorizar qualquer suspeita do cuidador;
• Quem faz o cuidado?
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Manual de condutas gerais do Programa Nacional de
Suplementação de Vitamina A. Brasília: Ministério da Saúde, 2013.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Saúde da criança: aleitamento materno e alimentação
complementar. – 2. ed. – Brasília : Ministério da Saúde, 2015.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção Primária à Saúde - Departamento de Saúde Materno Infantil. Caderneta da Criança - Menina. Brasília, 2019.
BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Manejo do paciente com diarréia (cartaz). 2021. Disponível em:
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/cartazes/manejo_paciente_diarreia_cartaz.pdf.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretária de Vigilância em Saúde. Boletim Epidemiológico, Brasília, v. 53, n. 46, dez. 2022. Disponível em:
https://www.gov.br/saude/pt-br/centrais-de-conteudo/publicacoes/boletins/epidemiologicos/edicoes/2022/boletim-epidemiologico-vol-53-no46/view.
BRASIL. Ministério da Saúde. Teste do pezinho. Biblioteca Virtual em Saúde, 2023. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/teste-do-pezinho/.
DUNCAN, B. B. et al. Medicina ambulatorial: condutas de atenção primária baseadas em evidências. Porto Alegre: Artmed, 2022. 2424p.
PROGRAMA MUNDIAL DE ALIMENTOS. POLICY BRIEF #5 ALIMENTAÇÃO ESCOLAR DE COMUNIDADES TRADICIONAIS: O PNAE quilombola. 2021.
Disponível em: https://centrodeexcelencia.org.br/policy-brief-5/.
PUCKETT, R.; OFFRINGA, M. Vitamina K profilática para hemorragia por deficiência de vitamina K nos recém-nascidos. Cochrane Database of Systematic
Reviews, v. 4, 2000.
Referências Bibliográficas
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Disponível em: https://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/2015/02/documento_def_ferro200412.pdf.
SUBPAV/SPS/INSTITUTO DE NUTRIÇÃO ANNES DIAS. O que você precisa saber sobre a alimentação saudável para a criança menor de 2 anos. 2010.
Disponível em: https://subpav.org/aps/uploads/publico/repositorio/folder_-_alimentacao_crianca_menor_de_2_anos.pdf.
UN IGME. Under-Five Mortality Rate – Total – Brasil. UN Inter-agency Group for Child Mortality Estimation, 2023b. Disponível em:
https://childmortality.org/data/Brazil.
UN IGME. Under-Five Mortality Rate – Total – World. UN Inter-agency Group for Child Mortality Estimation, 2023a. Disponível em:
https://childmortality.org/data/World.
UNICEF - United Nations Children’s Fund, The State of the World’s Children 2023: For every child, vaccination, UNICEF Innocenti – Global Office of Research and
Foresight, Florence, April 2023a.
UNICEF - United Nations Children’s Fund. Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. UNICEF, 2023b. Disponível em: https://www.unicef.org/brazil/objetivos-de-
desenvolvimento-sustentavel.
OBRIGADA
frantchescafripp@gmail.com
Saúde do Homem
FRANTCHESCA FRIPP DOS SANTOS
JULIANA MACHADO DE CARVALHO
Médicas de Família e Comunidade
Dados demográficos
População População
Masculina Feminina
101,9 milhões 106,5 milhões
População alvo:
20 a 59 anos
56 milhões = 27 % do total e
55% da população masculina
Distribuição (%) dos óbitos
Segundo sexo e idade.
Brasil, 2010
Dados Epidemiológicos
Dados Epidemiológicos
Distribuição dos óbitos do sexo masculino,
por grupo de causas e idade.
Brasil, 2010
• Porque, na sua maioria, tais mortes são evitáveis à medida que costumam
estar relacionadas a comportamentos adotados por corresponderem a
estereótipo tradicional de masculinidade.
Política Nacional de Atenção Integral da
Saúde do Homem (PNAISH)
A Política Nacional de Atenção Integral da Saúde do Homem (PNAISH) tem como
diretriz promover ações de saúde que contribuam significativamente para a
compreensão da realidade singular masculina nos seus diversos contextos
socioculturais e político-econômicos, respeitando os diferentes níveis de
desenvolvimento e organização dos sistemas locais de saúde e tipos de gestão de
Estados e Municípios.
• Paternidade e Cuidado
.
Barreiras de acesso dos homens aos serviços
de saúde
• Estratégias Institucionais de comunicação não privilegiam os homens;
• Inadequação dos serviços de saúde:
a) Horários de funcionamento
b) Dificuldades de acesso
c) Presença de mulher no exame do toque retal
.
Eixos temáticos
• Acesso e Acolhimento:
• Exame de toque retal: o médico avalia tamanho, forma e textura da próstata, introduzindo o dedo
protegido por uma luva lubrificada no
reto. Este exame permite palpar as partes posterior e lateral da próstata.
https://www.youtube.com/watch?v=o-wJowEwGx0
Referências
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas e Estratégicas. Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do
Homem: princípios e diretrizes. Brasília: MS, 2009. Disponível em: <http://bvsms. saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2009/prt1944_27_08_2009.html>
DUARTE, M. D. G. et al. Entendendo a prevalência de vítimas do sexo masculino em acidentes automobilísticos.. In: Anais da III Jornada Nacional de urgência e
emergência LAUEC. Anais...Manaus(AM) Evento Online, 2022. Disponível em: <https//www.even3.com.br/anais/IIIJORNADA2022/513205-ENTENDENDO-A-
PREVALENCIA-DE-VITIMAS-DO-SEXO-MASCULINO-EM-ACIDENTES-AUTOMOBILISTICOS>
GARCIA, L. P.; FREITAS, L. R. S. Consumo abusivo de álcool no Brasil: resultados da Pesquisa Nacional de Saúde 2013. Epidemiol. Serv. Saúde, Brasília , v. 24, n.
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SIMÃO, M. O. Mulheres e homens alcoolistas: um estudo comparativo de fatores sociais, familiares e de evolução. Interface - Comunicação, Saúde, Educação, v. 4, n.
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OBRIGADA
frantchescafripp@gmail.com
Saúde do Adulto -
Rastreamento
FRANTCHESCA FRIPP DOS SANTOS
JULIANA MACHADO DE CARVALHO
Médicas de Família e Comunidade
Rastreamento
• Cuidado: “Eu quero ter segurança de que eu não vou ter uma
doença, aí eu faço algo que pode não reduzir a minha chance de ter
a doença, mas está me dando a sensação de que eu estou mais
seguro.”
Rastreamento
• Confiabilidade: capacidade de um teste ser reprodutível, ou seja, produzir
resultados consistentes quando realizado várias vezes sob as mesmas condições
• Um teste com sensibilidade de 90% significa que 10% dos casos serão falsos
negativos (pessoas com a patologia, porém com exame negativo).
• Rastreamento = peneiramento.
USPSTF, 2022
Disfunção tireoidiana
• As mulheres devem ser informadas dos riscos e apoiadas em suas decisões para
posterior rastreamento, diagnóstico e tratamento.
Periodicidade do Papanicolau:
Uma recomendação forte significa que a maioria dos indivíduos serão melhor atendidos pela medida de ação recomendadaˑ
Uma recomendação fraca significa que muitos dos indivíduos gostaria da medida de ação recomendada, porém muitos não
gostariam. Profissionais de cuidados primários devem discutir os danos potenciais e os benefícios da triagem com seus pacientes.
Jama, 2021; Canadian Task Force, 2016
Risco cardiovascular: rastreamento de HAS
• Recomenda-se triagem para hipertensão em adultos com 18 anos ou
mais com medição da pressão arterial no consultório.
• Anual em adultos com 40 anos ou mais e em adultos com risco aumentado
para HAS (como pessoas negras, com pressão arterial normal alta ou com
sobrepeso/obesidade).
• A cada 3-5 anos para adultos de 18 a 39 anos baixo risco para HAS e com
medida prévia de pressão arterial normal.
• Recomendam-se medições de pressão arterial fora do ambiente
clínico para confirmação diagnóstica antes de iniciar o tratamento.
USPSTF, 2021
Risco cardiovascular: rastreamento de
Diabetes
USPSTF, 2022
Risco cardiovascular: uso de estatina
• Recomenda-se estatina para prevenção primária de DCV para adultos de 40 a 75
anos com 1 ou mais fatores de risco de DCV (dislipidemia, diabetes, hipertensão ou
tabagismo) e um risco estimado de DCV em 10 anos 10% ou mais. (recomendação B)
• https://canadiantaskforce.ca/tools-resources/videos/
Referências
BARROSO, W. K. S. et al. Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial – 2020. Arq. Bras. Cardiol., v. 116, n. 3, p. 516-658, 2021.
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Rastreamento. Brasília : Ministério da Saúde, 2010. 95 p. Disponível em:
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/caderno_atencao_primaria_29_rastreamento.pdf
NICE - National Institute for Health and Care Excellence. Cardiovascular disease: risk assessment and reduction, including lipid modification. Clinical guideline [CG181]. 2014.
Disponível em: https://www.nice.org.uk/guidance/cg181.
ELSAYED, N.A. et al., American Diabetes Association. 2. Classification and diagnosis of diabetes: Standards of Care in Diabetes—2023. Diabetes Care, v. 46, n. 1, p. 19-40,
2023.
ELSAYED, N.A. et al., American Diabetes Association. 1. Improving care and promoting health in populations: Standards of Care in Diabetes—2023. Diabetes Care, v. 46,
n. 1, p. 10-18, 2023.
Força-Tarefa Canadense sobre Cuidados Preventivos de Saúde. CMAJ, v. 188, n.5, p. 340-348, 2016. Disponível em: https://www.cmaj.ca/content/188/5/340. Acesso
em: 12/05/2023
Força-Tarefa Canadense sobre Cuidados Preventivos de Saúde. Rastreamento do câncer de mama para mulheres sem risco aumentado. 2020. Disponível em:
https://canadiantaskforce.ca/tools-resources/breast-cancer-update/
Força-Tarefa Canadense sobre Cuidados Preventivos de Saúde. Rastreamento do Câncer Colorretal. 2016. Disponível em: https://canadiantaskforce.ca/wp-
content/uploads/2016/05/ctfphccolorectal-cancerpatient-faqfinal-updated160222.pdf.
US Preventive Services Task Force. Screening for Colorectal Cancer: US Preventive Services Task Force Recommendation Statement. JAMA, v. 325, n. 19, 2021. Disponível
em: https://www.uptodate.com/contents/tests-for-screening-for-colorectal-cancer/abstract/56
OBRIGADA
frantchescafripp@gmail.com
Saúde da Pessoa Idosa
FRANTCHESCA FRIPP DOS SANTOS
JULIANA MACHADO DE CARVALHO
Médicas de Família e Comunidade
Envelhecimento populacional brasileiro
• A prevalência de brasileiros com
idade > 65 anos aumentará de 7,4%
em 2015 para 20% em 2030 e para
26,7% em 2060 (OMS).
(BRASIL, 2007)
Promover o envelhecimento saudável
(BRASIL, 2022)
Regra de ouro da alimentação saudável
Prefira sempre alimentos in natura ou minimamente
processados e preparações culinárias a alimentos
ultraprocessados.
(BRASIL, 2007)
Promover atividade física, atividades de lazer
e social
Aspectos culturais
• Diferenças culturais dos povos
indígenas.
• Sábios - Transmissão de conhecimentos
e aspectos espirituais.
• Memórias, histórias.
• Educadores.
• Preservação e divulgação do
etnoconhecimento.
• Anciãos – muito voltados para dentro
da comunidade.
(ARAÚJO REIS, 2007; RISSARDO, 2014 )
Saúde da pessoa idosa
Incapacidades Deficiências
Comorbidades
Declínio funcional
Idade: 80 anos Idade: 80 anos
Idade X Funcionalidade
Idade: NÃO é um bom marcador de declínio funcional
Funcionalidade: bom marcador de vitalidade (MORAES, 2018)
Capacidade Funcional
• Envelhecer sem nenhuma doença crônica é mais uma exceção do que a regra
(Veras, 2012).
• Novo indicador de saúde = a CAPACIDADE FUNCIONAL.
• Saúde = Funcionalidade global do indivíduo -> a capacidade de gerir a própria
vida ou cuidar de si mesmo.
• A pessoa é considerada saudável quando é capaz de realizar suas atividades
sozinha, de forma plena, mesmo que seja muito idosa ou portadora de
doenças (Moraes, 2012).
• Diagnóstico clínico X capacidade funcional
• População heterogênea (MORAES, 2018)
Capacidade Funcional
•Bem-estar e funcionalidade são complementares.
•Presença de:
• Autonomia (capacidade individual de decisão e comando sobre as
ações, estabelecendo e seguindo as próprias convicções) e;
• Independência (capacidade de realizar algo com os próprios meios)
(MORAES, 2018)
Capacidade Funcional – Domínios:
• Humor/Comportamento: é a motivação necessária para a realização das
atividades e/ ou participação social. Inclui também o comportamento do
indivíduo, que é afetado pelas outras funções mentais, como senso-percepção,
pensamento e consciência;
• Mobilidade: é a capacidade individual de deslocamento e de manipulação do
meio. Por sua vez, a mobilidade depende de quatro subsistemas funcionais: a
capacidade aeróbica e muscular (massa e função), o alcance/preensão/pinça
(membros superiores) e a marcha/ postura/transferência. A continência
esfincteriana é também considerada um subdomínio da mobilidade, pois a sua
ausência (incontinência esfincteriana) é capaz de interferir na mobilidade e
restringir a participação social do indivíduo. (MORAES, 2018)
(MORAES, 2018)
Avaliação mulBdimensional da pessoa idosa
– IVCF-20
Índice de Vulnerabilidade Clínico-Funcional - IVCF-20
(MORAES, 2018)
IVCF-20
(MORAES, 2018)
Índice De Vulnerabilidade Clínico-funcional-
20 (IVCF-20)
(MORAES, 2018)
(MORAES, 2018)
Síntese do resultado do (IVCF-20)
Auto
Percepção
de Saúde
(MORAES, 2018)
Avaliação Multidimensional da Pessoa Idosa
• Funcionalidade global. • Comunicação (visão/ audição/
• Cognição/memória. produção e motricidade
orofacial).
• Humor/comportamento.
• Sistemas fisiológicos.
• Mobilidade (alcance, preensão
e pinça/ postura, marcha e • História pregressa.
transferência/ continência • Contexto (avaliação
esfincteriana). sociofamiliar, do cuidador,
• Medicamentos. ambiental).
(MORAES, 2018)
FUNCIONALIDADE
Atividades de Vida Diária
ESCALA DE LAWTON-BRODY
(MORAES, 2018)
GDS
Interpretação:
GDS-5 ≥ 2
GDS-15 ≥ 6
(BRASIL, 2007)
Avaliação multidimensional da pessoa idosa
– MOBILIDADE
•Perguntar sobre QUEDAS
no último ano:
• => Frequência
• => Circunstâncias
Holter 24 horas
Vertigem com manobra de Dix-Hallpike negativa
• Procurar causas metabólicas ECG e Ecodopplercardiograma
• Encaminhar para avaliação com ORL Excluir cardiopatia estrutural Tilt Table Test
Fazer avaliação ambiental – visita domiciliar:
• Presença de escadas?
• Pisos deslizantes?
• Tapetes?
• Iluminação adequada?
• Corrimão no banheiro?
• Uso de chinelos?
(BRASIL, 2007)
Avaliação Multidimensional da Pessoa Idosa -
Mobilidade
(BRASIL, 2007)
Avaliação MulBdimensional da Pessoa Idosa -
Mobilidade
(BRASIL, 2007)
Avaliação Multidimensional da Pessoa Idosa -
Mobilidade
• Incontinência urinária:
(BRASIL, 2007)
Avaliação Multidimensional da Pessoa Idosa -
Nutrição
(BRASIL, 2007)
Avaliação Multidimensional da Pessoa Idosa -
Nutrição
Causas frequentes de anorexia e perda de peso em idosos:
• Constipação;
• Pobreza;
• Isolamento social; • Alcoolismo;
• Depressão; • Uso de medicamentos;
• Demência; • Problemas dentários;
• Dor; • Xerostomia;
• Imobilidade; • Diminuição do paladar;
• Refluxo gastroesofágico; • Alterações no reconhecimento de
fome e sede.
Avaliação Multidimensional da Pessoa Idosa -
Comunicação
A possibilidade de estabelecer um relacionamento produtivo com o meio,
trocar informações, manifestar desejos, idéias, sentimentos está
intimamente relacionada à habilidade de se comunicar. É através dela que
o indivíduo compreende e expressa seu mundo.
(BRASIL, 2007)
Avaliação Multidimensional da Pessoa Idosa -
Comunicação Você tem problema para ler, dirigir
ou dificuldade para enxergar?
Sim Não
Aplicar
Teste de Jaeguer e VISÃO
Teste de Snellen
Normal
Alterado
Encaminhar ao
oftalmologista
(BRASIL, 2007)
Avaliação Multidimensional da Pessoa Idosa -
Comunicação Aplicar
teste do sussuro
Normal Alterado
Reavaliação Fazer
anual Otoscopia
Cerume
Normal
solicitar
(BRASIL, 2007) audiometria
Medicamentos e Risco de Polifarmácia
(MORAES, 2018)
Promover a prevenção quaternária - combate ao
sobrediagnóstico e ao sobretratamento
Comorbidades
• Excesso de medicamentos.
• Interação medicamentosa.
• Dosagem excessiva, ou
insuficiente.
• Fragilidade metabólica: fígado
e rim Dificuldades de acesso.
• Dificuldades na administração.
(MORAES, 2018)
Cuidado com a Cascata Iatrogênica
Pseudo-hipertensão
Cuidado com a Cascata Iatrogênica
Pseudo-hipertensão
Nifedipina®
Cuidado com a Cascata Iatrogênica
Pseudo-hipertensão
Nifedipina®
Tontura
Cuidado com a Cascata Iatrogênica
Pseudo-hipertensão
Nifedipina®
Tontura
“Labirintite”
Cuidado com a Cascata Iatrogênica
Pseudo-hipertensão
Nifedipina®
Tontura
“Labirintite”
Stugeron®
Cuidado com a Cascata Iatrogênica
Pseudo-hipertensão
Nifedipina®
Tontura
“Labirintite”
Stugeron®
Parkinsonismo
Cuidado com a Cascata Iatrogênica
Pseudo-hipertensão
Nifedipina®
Tontura
“Labirintite”
Stugeron®
Parkinsonismo
Levodopa®
Cuidado com a Cascata Iatrogênica
Pseudo-hipertensão
Nifedipina®
Tontura
“Labirintite”
Stugeron®
Parkinsonismo
Levodopa®
Confusão mental
Cuidado com a Cascata Iatrogênica
Pseudo-hipertensão
Nifedipina®
Tontura
“Labirintite”
Stugeron®
Parkinsonismo
Levodopa®
Confusão mental
Queda
Cuidado com a Cascata Iatrogênica
Pseudo-hipertensão
Nifedipina®
Tontura
“Labirintite”
Stugeron®
Parkinsonismo
Levodopa®
Confusão mental
Queda
Fratura de fêmur
Cuidado com a Cascata Iatrogênica
Pseudo-hipertensão
Nifedipina®
Tontura
“Labirintite”
Stugeron®
Parkinsonismo
Levodopa®
Confusão mental
Queda
Fratura de fêmur
“DA
IDADE”
Cuidado com a Cascata Iatrogênica
Pseudo-hipertensão
Nifedipina®
Tontura
“Labirintite”
Stugeron®
Parkinsonismo
Levodopa®
Confusão mental
Queda
Fratura de fêmur
“Da idade"
(Des)Prescrição
BRASIL. Portaria nº 2.528, de 19 de outubro de 2006. Aprova a Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa. 2006. Disponível em:
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2006/prt2528_19_10_2006.html. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica.
Envelhecimento e saúde da pessoa idosa. Brasília : Ministério da Saúde, 2007.
BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. SECRETARIA DE ATENÇÃO À SAÚDE. SECRETARIA DE GESTÃO DO TRABALHO E DA EDUCAÇÃO NA SAÚDE. Guia prático do cuidador. Brasília: Ministério da
Saúde, 2008. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/guia_pratico_cuidador.pdf
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Caderno de atenção domiciliar. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2013. 205 p.
BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Calendário de vacinação idoso. Ministério da Saúde, 2022. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/c/calendario-
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IBGE. Características gerais dos moradores 2020-2021, [online]. 2022. Disponível em: https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv101957_informativo.pdf.
GUSSO, G., LOPES, J. M. C. Tratado de Medicina de Família e Comunidade: 2 Volumes: Princípios, Formação e Prática. Porto Alegre: Artmed, 2018.
Referências bibliográficas:
MORAES, E. N. Atenção à saúde do idoso: aspectos conceituais. Brasília: Organização Pan-Americana da Saúde, 2012.
MORAES, EN; LANNA, FM. Avaliação multidimensional do idoso. 4ª ed. Belo Horizonte: Folium; 2014.
MORAES, E. N. et al. Índice de Vulnerabilidade Clínico Funcional-20 (IVCF-20): reconhecimento rápido do idoso frágil. Revista de Saúde Pública, v. 50, 2016. Disponível em:
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MORAES, E. N. et al. Avaliação multidimensional do idoso. SAS. - Curitiba : SESA, 2018.Disponível em: https://www.saude.pr.gov.br/sites/default/arquivos_restritos/files/documento/2020-
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REEVE, E. et al. Assessment of attitudes toward deprescribing in older Medicare beneficiaries in the United States. JAMA internal medicine, v. 178, n. 12, p. 1673-1680, 2018. Disponível em:
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RISSARDO, L. K. et al. Las prácticas de cuidado de ancianos indígenas de rendimiento de la salud. Revista Brasileira de Enfermagem, v. 67, p. 920-927, 2014.
SCOTT, I. A. et al. Reducing inappropriate polypharmacy: the process of deprescribing. JAMA Intern Med. v. 175, n. 5, p. 827-834. 2015. doi: 10.1001/jamainternmed.2015.0324. PMID:
25798731. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/25798731/.
OBRIGADA
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Doenças crônicas não
transmissíveis
FRANTCHESCA FRIPP DOS SANTOS
JULIANA MACHADO DE CARVALHO
Médicas de Família e Comunidade
Roteiro
• Esses quatro grupos de doenças crônicas de maior impacto têm quatro fatores de
risco modificáveis em comum:
Doenças Crônicas Não-Transmissíveis (DCNT)
• As taxas de mortalidade por doenças cardiovasculares e respiratórias crônicas
estão diminuindo
CONTROLE DO AUMENTO DA
TABAGISMO COBERTURA DA ESF
• Grupos operacionais;
• Abordagem familiar.
Compreender o modelo efeDvo de cuidado
às pessoas com DCNT
Promover saúde, prevenir, tratar e reabilitar pessoas com
HAS, Dislipidemias, Obesidade e Diabetes Mellitus tipo 2
Prevenção de eventos cardiovasculares e HAS,
Dislipidemias, Obesidade e Diabetes Mellitus
tipo 2
Prevenção primária
• Melhores condições socio econômicas gerais;
• Mais espaços públicos para a prática de atividades físicas e lazer (ex.: parques e
praças verdes, ciclovias, quadras poliesportivas);
Prevenção de eventos cardiovasculares e HAS,
Dislipidemias, Obesidade e Diabetes Mellitus
tipo 2
Prevenção primária
• Mais opções culturais variadas (teatro, cinema, biblioteca, exposições, feiras,
festivais, shows) e acessíveis em todas as partes das cidades;
• Mulheres > 55 anos e homens > 45 anos com fatores de risco para DCV;
• DM tipo 1 de duração > 15 anos, DM tipo 2 > 10 anos ou pessoa > 35 anos;
• Doença vascular periférica; neuropatia autonômica.
Prevenção secundária - Rastreamento
• HAS
Grau de recomendação A : maiores de 18 anos, sem o conhecimento de que sejam
hipertensos, intervalo bianual se PA < 120 80 e anual se PAS entre 120 e 139 mmHg ou PAD
entre 80 e 90 mmHg e/ou presença de fatores de risco.
• Dislipidemia
Homens com 35 anos ou mais Grau A // Homens de 20 a 35 anos com alto risco Grau B;
Mulheres com 45 anos ou mais Grau A // Mulheres de 20 a 45 anos com alto risco Grau B;
Intervalo de 5 anos para pessoas com resultados normais a depender do risco
cardiovascular.
Prevenção secundária - Rastreamento
• Idade
• Gênero
• Colesterol total
• Tabagismo
• Hdl
• Has
Rastreamento do RCV - Framingham
HA: hipertensão arterial; PA: pressão arterial; PAS: pressão arterial sistólica; PAD: pressão arterial diastólica. *A classificação é definida de acordo com a PA
no consultório e pelo nível mais elevado de PA, sistólica ou diastólica. **A HA sistólica isolada, caracterizada pela PAS ≥ 140 mmHg e PAD <90 mmHg, é
classificada em 1, 2 ou 3, de acordo com os valores da PAS nos intervalos indicados. ***A HA diastólica isolada, caracterizada pela PAS < 140 mmHg e PAD ≥
90mmHg, é classificada em 1, 2 ou 3, de acordo com os valores da PAD nos intervalos indicados.
HAS – Diagnóstico em adultos com mais de 18 anos
HAS – Diagnóstico em adultos com mais de 18 anos
HAS – Classificação e Diagnóstico
• Hipertensão primária;
• Hipertensão secundária;
• Exame físico.
• Exame do precórdio e ausculta cardíaca: arritmia, sopros, B3, B4.
• Exame do pulmão: ausculta de estertores, roncos e sibilos.
• Exame do abdome: a ausculta de sopros em área renal objetivam
detectar hipertensão secundária a obstrução de artérias renais.
• Extremidades: avaliar pulsos.
HAS - Avaliação individualizada
Rotina complementar mínima
• Glicemia;
• Colesterol total, HDL, LDL,
triglicérides;
• Creatinina / Urina tipo I;
• Potássio;
• ECG (eletrocardiograma);
• Fundoscopia (encaminhar ao
oftalmologista).
• * FREQUÊNCIA ANUAL
Lesões de órgãos-alvo
1. AVE (acidente vascular encefálico) e AIT (ataque isquêmico transitório);
2. IAM (infarto agudo do miocárdio), DAC (doença arterial coronariana), DAOP
(doença arterial obstrutiva periférica);
3. HVE (hipertrofia do ventrículo esquerdo);
4. Nefropatia;
5. Retinopatia;
6. Aneurisma de aorta abdominal;
7. Estenose de carótica sintomática.
Lesões de órgãos-alvo - parâmetro
LEMBRE: em idosos hígidos, a meta pressórica é PAS entre 130 e 139 e a PAD entre 70 e79. Em
idosos frágeis, PAS entre 140 e 149 e a PAD entre 70 e79
Manejo Terapêutico
•Medidas farmacológicas
Manejo Terapêutico - medidas farmacológicas
Inibidores adrenérgicos:
• Metildopa
• A Metildopa é o anti-hipertensivo de escolha para mulheres grávidas.
Medicamentos
disponíveis na
Rename 2022
Medicamentos
disponíveis na
Rename 2022
Medicamentos
disponíveis na
Rename 2022
Assistência Farmacêutica
Indicações das classes medicamentosas
Acompanhamento
Depois de iniciar tratamento medicamentoso:
Verificação semanal da PA até a consulta médica de reavaliação com 30 dias
Dislipidemias
Rastreio de Dislipidemia
Indicações:
• Homens com 35 anos ou mais – Grau A;
• Homens de 20 a 35 anos com alto risco – Grau B;
• Mulheres com 45 anos ou mais – Grau A;
• Mulheres de 20 a 45 quando se enquadrarem como alto risco – Grau B.
Periodicidade:
O intervalo adequado para rastreamento é incerto. Recomenda-se a cada 5 anos
para pessoas com resultados normais; podendo ser em um intervalo maior ou
menor, a depender do risco cardiovascular.
Rastreio de Dislipidemia
• Indicações outras formas clínicas de aterosclerose
Diagnóstico
• LDL-c ≥ 160mg/dL – Hipercolesterolemia Isolada;
• TG ≥ 150mg/dL– Hipertrigliceridemia isolada;
• LDL-c ≥ 160mg/dL + TG ≥ 150mg/dL- Hiperlipidemia mista;
• HDL-c ≤ 50mg/dL (mulheres) ou 40mg/dL (homens).
Manejo Clínico Dislipidemias
Sempre de acordo
com a avaliação de
risco cardiovascular
Manejo Clínico na Atenção Básica
Sinvastatina – 40 a 80mg/dia, em 1 tomada à noite;
Hipertrigliceridemia: 500mg/dL (se não resposta à MEV) ou >1000mg/dL;
Considerar fibrato se TG > 500mg/dl, pelo risco de pancreatite aguda.
• Benzafibrato–400 a 600mg/dia;
• Ciprofibrato–100mg/dia;
Diabetes Mellitus
Diabetes Mellitus - classificação
• DM gestacional;
Grau de hiperglicemia e duração da doença Hiperglicemia grave e aguda: descartar infecção, considerar
insulinização ainda que temporária
Risco de hipoglicemia Atenção aos idosos, pessoas que moram só ou que já tiveram
hipoglicemia grave
Presença de complicações Lembrar de fármacos com proteção cardiorrenal
Vulnerabilidade social considerar outras prioridades de vida que competem com o plano
terapêutico
Manejo Terapêutico - Principais drogas
• A Metformina é a droga de primeira escolha para o tratamento da DM tipo 2;
• Se Hb glicada acima do alvo e metformina em dose alta, considerar escalonamento.
Sem DCV aterosclerótica, ICC ou DRC Com DCV aterosclerótica, ICC ou DRC
Obesidade
Obesidade - avaliação pelo Índice de Massa
Corporal (IMC): Kg/m2
IMC Classificação
< 18,5 Baixo peso
• Razão albumina/creatinina:
• Normal < 30mg/g;
• Moderadamente elevada: 30 a 300mg/g;
• Elevada: >300mg/g.
DRC – prognóstico de acordo com a TFG
Manejo da HAS
na DCR
Manejo terapêutico
● Tratar e acompanhar doenças de base;
● Todo paciente portador de DRC é alto RCV – prescrever estatina e avaliar AAS;
● Prescrever iECA ou BRA e monitorar Cr e K – suspender se aumento de 30% da
Cr ou K>6;
● A partir do estágio 3A – avaliar eritropoietina;
● Monitorar vitamina D e fazer reposição se abaixo de 30ng/dL;
● Monitorar taxas de fósforo e cálcio;
● Estágio 4 e 5: observar restrições dietéticas. Evitar AINEs. Se indicado o uso de
insulina, controle rigoroso da glicemia pelo risco de hipoglicemia.
ATENÇÃO - ERROS COMUNS
• Deixar de eskmar a TFG diante de níveis séricos de creaknina dentro dos
parâmetros da feixa de referências, em pessoas com indicação de rastreamento;
• Diagnoskcar DRC sem um segundo exame, 3 meses depois do primeiro;
• Deixar de ajustar a posologia de medicamento com excreção renal, como
ankbiókcos e insulina;
• Deixar de monitorar creaknina e potássio após introdução ou aumento de iECA ou
BRA2;
• Suspender me‚ormina antes da TFG estar abaixo de 30.
Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica - DPOC
DPOC – impacto da doença
• Tabagismo é responsável por 80- 90% e 15% dos tabagistas terão DPOC;
• Exposição ambiental – poeiras e produtos químicos, fogão a lenha, poluição
extradomiciliar;
• Tuberculose pode ser fator de risco – monitorar;
• Portadores de HIV tem risco aumentado para DPOC;
• Mais prevalente em populações economicamente vulneráveis.
DPOC – diagnósDco
• É uma condição pulmonar heterogênea caracterizada por sintomas respiratórios
crônicos (dispneia, tosse, produção de escarro e/ou exacerbações) devido a
anormalidades das vias aéreas (bronquite, bronquiolite) e/ou alvéolos (enfisema)
que causam obstrução persistente e muitas vezes progressiva, do fluxo aéreo;
• Presença de limitação do fluxo aéreo não totalmente reversível (ou seja, VEF1/FVC <
0,7 pós-broncodilatação) medido por a espirometria é mandatória para diagnóstico
de DPOC.
DPOC – diagnóstico
• Sintomas:
• Dispneia progressiva ao longo do tempo, piora aos esforços e persistente;
• limitação de atividades e/ou tosse com ou sem produção de escarro;
• Sibilos recorrentes;
• Tosse crônica –pode ser intermitente, produtiva ou não;
• Tosse produtiva – pode ser critério diagnóstico, mas ainda subjetiva.
• Vacinação:
• COVID 19;
• Uma dose da vacina antipneumocócica conjugada 20 ou Uma dose da vacina
antipneumocócica conjugada 15 e antipneumocócica 23;
• dTPa se não vacinados na adolescência;
• Herpes zoster para maiores de 50 anos.
DPOC – Manejo terapêuDco não farmacológico
• Oxigenioterapia
• Se PaO2 ≤55mmHg ou SatO2 ≤ 89% em repouso;
• PaO2 entre 56 e 59mmHg se policitemia ou cor pulmonale.
• Flebotomia (sangria)
• Cor pulmonale descompensado e Ht > 55%.
• Antibioticoterapia
• uso profilático e contínuo de antibióticos não reduz exacerbações;
• Azitromicina (250 mg/dia ou 500 mg três vezes por semana) ou eritromicina
(250 mg duas vezes por dia) por um ano em pacientes propensos a
exacerbações reduziu o risco de exacerbações em comparação com o
tratamento usual;
• Pulsoterapia não tem efeito benéfico sobre a taxa de exacerbação em geral.
DPOC – Medicações
disponíveis no
RENAME 2022
DPOC – Medicações
disponíveis no
RENAME 2022
Materiais complementares
• Vídeo indígena preparando alimento: https://www.youtube.com/watch?v=abnJCvOWVjE
• Pé diabético. Diário de um Posto de Saúde. 2017. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=Y5K2O0WMPzo
• Vídeo “Bicha Braba” - Como é conviver com um problema de pressão ou com açúcar no sangue? Como é cuidar de
distúrbios tidos como crônicos e incuráveis para o resto da vida? E naqueles dias em que a bicha fica braba?
https://www.youtube.com/watch?v=ZPyiRylth2M
Referências
BARROSO, W. K. S. et al. Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial – 2020. Arq. Bras. Cardiol., v. 116, n. 3, p. 516-658, 2021. Disponível em:
https://abccardiol.org/wp-content/uploads/articles_xml/0066-782X-abc-116-03-0516/0066-782X-abc-116-03-0516.x55156.pdf
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Estratégias para o cuidado da pessoa com doença crônica : diabetes
mellitus. Brasília : Ministério da Saúde, 2013. 160 p. : il. (Cadernos de Atenção Básica, n. 36). Disponível em:
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/estrategias_cuidado_pessoa_diabetes_mellitus_cab36.pdf
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Guia alimentar para a população brasileira – 2. ed., 1. reimpr. –
Brasília : Ministério da Saúde, 2014. 156 p. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-brasil/publicacoes-para-promocao-a-
saude/guia_alimentar_populacao_brasileira_2ed.pdf/view
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Estratégias para o cuidado da pessoa com doença crônica:
hipertensão arterial sistêmica. Brasília: Ministério da Saúde, 2014. 128 p. : il. (Cadernos de Atenção Básica, n. 37). Disponível em:
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/hipertensao_arterial_sistemica_cab37.pdf
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Estratégias para o cuidado da pessoa com doença crônica :
obesidade. Brasília: Ministério da Saúde, 2014. 212 p. : il. – (Cadernos de Atenção Básica, n. 38) Disponível em:
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/estrategias_cuidado_doenca_cronica_obesidade_cab38.pdf
BRASIL. Ministério da Saúde. Endocrinologia e nefrologia / Ministério da Saúde, Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Protocolos de encaminhamento da
atenção básica para a atenção especializada; v. 1. Brasília : Ministério da Saúde, 2015.
BRASIL. Ministério da Saúde. Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Endocrinologia e nefrologia. Protocolos de encaminhamento da atenção básica para a
atenção especializada; v. 1. Brasília: Ministério da Saúde, 2015. 20 p.: il. Disponível em:
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/protocolos_atencao_basica_atencao_especializada_endocrinologia.pdf
Referências
BRASIL. Ministério da Saúde. Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Cardiologia [recurso eletrônico]. Protocolos de encaminhamento da atenção básica para a
atenção especializada; v. 2. Brasília: Ministério da Saúde, 2016. 23 p.: il. Disponível em:
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/protocolos_atencao_basica_especializada_cardiologia_v_II.pdf
BRASIL Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção Primária à Saúde. Departamento de Promoção da Saúde. Manual de atenção às pessoas com sobrepeso e
obesidade no âmbito da Atenção Primária à Saúde (APS) do Sistema Único de Saúde [recurso eletrônico]. Brasília: Ministério da Saúde, 2022. 55 p.
CANADIAN TASK FORCE ON PREVENTIVE HEALTH CARE. Recommendations on screening for type 2 diabetes in adults. CMAJ, v. 184, n. 15, p. 1687-1696, 2012; DOI:
https://doi.org/10.1503/cmaj.120732
COBAS, R. et al. Diagnóstico do diabetes e rastreamento do diabetes tipo 2. Diretriz Oficial da Sociedade Brasileira de Diabetes. 2022. Disponível em:
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DAVIDSON, K. W. et al. Screening for prediabetes and type 2 diabetes: US Preventive Services Task Force recommendation statement. Jama, v. 326, n. 8, p. 736-743,
2021.Disponível em: https://www.uspreventiveservicestaskforce.org/uspstf/recommendation/screening-for-prediabetes-and-type-2-diabetes
DUNCAN, B. B. et al. Medicina ambulatorial: condutas de atenção primária baseadas em evidências. Porto Alegre: Artmed, 2022. 2424p.
FERNANDES, F. L. A. et al. Recomendações para o tratamento farmacológico da DPOC: perguntas e respostas. Jornal Brasileiro de Pneumologia, v. 43, p. 290-301,
2017. Disponível em: https://cdn.publisher.gn1.link/jornaldepneumologia.com.br/pdf/Cap_Suple_99_1.pdf
FILHO, R. et al. Tratamento farmacológico da hiperglicemia no DM2. Diretriz Oficial da Sociedade Brasileira de Diabetes. 2022. DOI: 10.29327/557753.2022-10, ISBN:
978-65-5941-622-6. Disponível em: https://diretriz.diabetes.org.br/tratamento-farmacologico-da-hiperglicemia-no-dm2/
Referências
GLOBAL INITIATIVE FOR CHRONIC OBSTRUCTIVE LUNG DISEASE. Global strategy for prevention, diagnosis and management of COPD: 2023 report. 2023, 193 p.
Available from: https://goldcopd.org/2023-gold-report-2/
GUGELMIN, S. Â. Políticas públicas e intervenções nutricionais. In: BARROS, D. C., SILVA, D. O., and GUGELMIN, S. Â., orgs. Vigilância alimentar e nutricional para a
saúde Indígena [online]. Vol. 1. Rio de Janeiro: Editora FIOCRUZ, 2007, pp. 237-255. Disponível em: https://books.scielo.org/id/fyyqb/pdf/barros-9788575415870-11.pdf
GUSSO, G., LOPES, J. M. C. Tratado de Medicina de Família e Comunidade: 2 Volumes: Princípios, Formação e Prática. Porto Alegre: Artmed, 2018.
NICE - National Institute for Health and Care Excellence. Cardiovascular disease: risk assessment and reduction, including lipid modification. Clinical guideline [CG181].
2014. Disponível em: https://www.nice.org.uk/guidance/cg181.
PITITTO, B. et al. Metas no tratamento do diabetes. Diretriz Oficial da Sociedade Brasileira de Diabetes. 2022. DOI: 10.29327/557753.2022-3, ISBN: 978-65-5941-622-6.
Disponível em: https://diretriz.diabetes.org.br/metas-no-tratamento-do-diabetes/
RODACKI, M. et al. Classificação do diabetes. Diretriz Oficial da Sociedade Brasileira de Diabetes. 2022. DOI: 10.29327/557753.2022-1, ISBN: 978-65-5941-622-6.
Disponível em: https://diretriz.diabetes.org.br/classificacao-do-diabetes/
OBRIGADA
frantchescafripp@gmail.com
Projeto Mais Médicos para o Brasil 1
22º Módulo de Acolhimento e Avaliação
Avaliação Integrada: Eixos Competências
em Saúde e Língua Portuguesa
CASO CLÍNICO
O Sr. Jair dos Santos é um pedreiro de 60 anos, casado, pai de quatro filhos, morador da
Cidade de Deus, município do Rio de Janeiro – RJ. É natural e procedente de Bacabal – MA e mora
no Rio de Janeiro desde os 28 anos, trabalhando sempre na construção civil.
Comparece para consulta médica na Unidade Básica de Saúde do seu bairro queixando-se
de dor no ombro direito com irradiação para MSD, de intensidade moderada, limitante e que piora
com os movimentos, no entanto, não fez uso de nenhuma medicação. Apresenta outras queixas,
como a perda de peso e disfunção erétil (há mais ou menos 6 meses) quando mantém relação sexual
com sua parceira, com a qual convive há mais de trinta anos.
É hipertenso e diabético, em uso de Propanolol (80mg/dia) e Cloridrato de Metformina
(1700mg/dia). É tabagista de longa data, fumando aproximadamente uma carteira de cigarros a
cada três ou quatro dias e faz uso de álcool eventualmente para enfrentar suas dores, na quantidade
de um a dois copos de “cachaça” pelo menos três vezes por semana.
Ao ser interrogado sobre queixas nos diferentes órgãos e sistemas, nega outros sintomas ou
sinais isolados ou associados.
Em relação à família, informa que seu pai faleceu de câncer, porém não sabe referir qual
tipo, pois quando ocorreu sua morte ele já morava no Rio de Janeiro. Sua mãe era diabética, tendo
falecido de enfarte e seus irmãos – em número de doze – moram em diversas partes do país e ele
não possui contato, à exceção de uma irmã que vive em Pindamonhangaba – SP, da qual sabe
somente que é hipertensa. Não informa sobre a condição de saúde de sua esposa e filhos quando é
questionado – “não sei dizer, doutor”.
Avaliação segmentar
Cabeça e Pescoço: Sem alterações tróficas importantes, à exceção de pequenas verrugas
senis. Pulsos carotídeos palpáveis bilateralmente, com amplitude e simetria preservada.
Tronco: Sem alterações tróficas importantes, abaulamentos ou retrações. Não apresenta
alterações significativas à percussão.
Abdômen: Flácido, normoexpansivo, sem alterações tróficas importantes, abaulamentos
ou retrações. Refere flatulência. Discreto timpanismo abdominal à palpação.
Projeto Mais Médicos para o Brasil 3
22º Módulo de Acolhimento e Avaliação
Avaliação Integrada: Eixos Competências
em Saúde e Língua Portuguesa
Membros superiores: Discreto edema localizado, sem outras alterações tróficas perceptí-
veis. Pulsos palpáveis bilateralmente, com amplitude e simetria preservada.
Membros inferiores: Pulsos palpáveis bilateralmente, com amplitude e simetria preser-
vada.
Avaliação Sistemática
Sistema Cardiovascular: Ictus cordis propulsivo, levemente deslocado à esquerda; ausculta
cardíaca apresentando bulhas em dois tempos e normofonéticas.
Sistema Respiratório: Murmúrio vesicular diminuído difusamente sem mais alterações.
Sistema Gastrointestinal: Peristalse normal presente nos quatro quadrantes e ausência de
sopros em focos arteriais abdominais; fígado palpável no recordo costal direito, indolor,
sem identificação de massas intra-abdominais.
Sistema Osteoarticular: Dor à mobilização do ombro, e partes moles adjacentes.
Sistema Geniturinário: Presença de cicatriz subprepucial.
Sistema Nervoso: Exame neurológico básico sem alterações importantes.
Outros sistemas: Demais aparelhos e sistemas sem alterações importantes.
QUESTÃO 1
Quais os principais diagnósticos para esse paciente?
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Projeto Mais Médicos para o Brasil 4
22º Módulo de Acolhimento e Avaliação
Avaliação Integrada: Eixos Competências
em Saúde e Língua Portuguesa
QUESTÃO 2
Quais os exames complementares necessários?
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QUESTÃO 3
Qual a conduta terapêutica mais recomendada?
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QUESTÃO 4
Quais as medidas não farmacológicas indicadas?
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22º Módulo de Acolhimento e Avaliação
Avaliação Integrada: Eixos Competências
em Saúde e Língua Portuguesa
QUESTÃO 5
Redija o atestado médico para este paciente (afastamento de 5 dias).
ATESTADO
UBS 07, Rua Ana Maria Monteiro, B. Bernadete SN, Canabrava, MG.
Projeto Mais Médicos para o Brasil 6
22º Módulo de Acolhimento e Avaliação
Avaliação Integrada: Eixos Competências
em Saúde e Língua Portuguesa
QUESTÃO 6
Redija a receita médica para o paciente.
RECEITUÁRIO
UBS Dona Nadeta, Rua Jovino da Silveira, Nº 007, João Pinheiro, MG.
Projeto Mais Médicos para o Brasil 7
22º Módulo de Acolhimento e Avaliação
Avaliação Integrada: Eixos Competências
em Saúde e Língua Portuguesa
QUESTÃO 7
Redija um e-mail ao seu supervisor do Mais Médicos, relatando o caso clínico e expondo uma dúvida
sua em relação ao procedimento a ser adotado e perguntando se deve encaminhar o paciente para
o especialista.
PARA:
ASSUNTO:
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Doenças Diarreicas Agudas
FRANTCHESCA FRIPP DOS SANTOS
JULIANA MACHADO DE CARVALHO
Médicas de Família e Comunidade
Definição
Melhor
indicador de
desidratação
Tratamento
Após avaliação clínica do usuário, estabelece-se qual plano de
tratamento será executado.
Hidratação oral
• Líquidos devem ser administrados com frequência, em pequenos goles;
• Se vomitar, aguardar 10 minutos e con6nuar, porém mais lentamente;
• Vômitos costumam cessar após 2 a 3 horas do início da reidratação.
Como preparar o
soro de reidratação
oral
• O PLANO B DEVE SER REALIZADO NA
UNIDADE DE SAÚDE;
• OS PACIENTES DEVERÃO PERMANECER NA
UNIDADE DE SAÚDE ATÉ A REIDRATAÇÃO
COMPLETA.
OS PACIENTES
QUE ESTIVEREM
SENDO
REIDRATADOS
POR VIA
ENDOVENOSA
DEVEM
PERMANECER
NA UNIDADE DE
SAÚDE ATÉ QUE
ESTEJAM
HIDRATADOS E
CONSEGUINDO
MANTER A
HIDRATAÇÃO
POR VIA ORAL
AIDIPI
Identificar disenteria e/ou outras patologias
associadas à diarreia
1- Perguntar se o paciente tem sangue nas
fezes
Caso posiHvo e com compromeHmento do estado geral:
•Tratamento de adultos:
SADOVSKY, Ana Daniela Izoton. Diarreia aguda: diagnóstico e tratamento. Sociedade Brasileira de Pediatria- Departamento Científico de Gastroenterologia, n. 1,
2017.
DE MELO OLIVEIRA, T. K. et al. Desafios e potencialidades envolvidos na prevenção de doenças diarreicas junto à população indígena em Roraima. Revista Eletrônica
Acervo Saúde, v. 13, n. 12, p. e9539-e9539, 2021.Disponível em:
https://acervomais.com.br/index.php/saude/article/download/9539/5737/#:~:text=Nesse%20contexto%2C%20destaca%2Dse%20a,e%20ZATTI%20CA%2C%202018).
DUNCAN, B. B. et al. Medicina ambulatorial: condutas de atenção primária baseadas em evidências. Porto Alegre: Artmed, 2022. 2424p.
GUSSO, G., LOPES, J. M. C. Tratado de Medicina de Família e Comunidade: 2 Volumes: Princípios, Formação e Prática. Porto Alegre: Artmed, 2018.
MORAIS, M. B. et al. Diarreia aguda: diagnóstico e tratamento. Sociedade Brasileira de Pediatria–Departamento Científico de Gastroenterologia, n. 1, p. 1-15, 2017.
Disponível em: https://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/2017/03/Guia-Pratico-Diarreia-Aguda.pdf
PINTO, M. V.; ZATTI, C. A. Adoecimento Indígena: Aspectos referentes à morbimortalidade indígena. Rev.Brazilian J. of Surgery and Clinical Research, v. 24, n. 02, p.
106-111 2018.
• Ementa:
• Aspectos epidemiológicos e clínicos das doenças infecto-contagiosas:
• Malária;
• Parasitoses intes7nais (helmin:ases e protozooses);
• Esquistossomose;
• Doença de Chagas;
• Leptospirose;
• Tungíase.
Aspectos epidemiológicos
• Nos úlHmos 50 anos - ampliação da cobertura do saneamento, melhoria
das condições habitacionais, introdução de novas tecnologias de saúde
(vacinas e anHbióHcos):
(LUNA, 2013)
Aspectos relevantes que devem ser considerados
no co:diano
• Epidemiologia nacional e local;
• Quando suspeitar?
• Sintomas hpicos e sinais de alarme;
• Como confirmar o diagnósHco?
• Qual o tratamento?
• Orientações individuais e coleHvas;
• NoHficação
Malária
Aspectos epidemiológicos - Malária
• A região amazônica é área endêmica
para malária no país, registrando 99%
dos casos autóctones: Estados do
Acre, Amazonas, Amapá, Pará,
Rondônia, Roraima, Tocan7ns, Mato
Grosso e Maranhão.
(BRASIL, 2021a)
Aspectos epidemiológicos - Malária
(BRASIL, 2021)
Aspectos epidemiológicos - Malária
(BRASIL, 2021b)
Aspectos epidemiológicos - Malária
(BRASIL, 2021b)
Aspectos epidemiológicos - Malária
(BRASIL, 2021a)
Aspectos epidemiológicos - Malária
• A malária representa um dos mais óbvios aumentos nas doenças
negligenciadas da Venezuela.
• Aumento de quase três vezes nos casos venezuelanos de malária
desde 2014.
• Fatores envolvidos:
• Operações ilegais de mineração com o afluxo de trabalhadores migrantes que
vivem em áreas superlotadas e condições insalubres;
• Escassez global de medicamentos essenciais;
• Ausência de esforços públicos de controle vetorial.
• Acredita-se que a epidemia venezuelana exportou casos para o Brasil,
Guiana e Colômbia.
(PAHO, 2022; BURKI, 2015; CERRONI, 2015)
Importância epidemiológica
(BRASIL, 2021b)
Obje:vos e Estratégias de controle da Malária
• Reduzir a mortalidade e a gravidade dos casos;
• Reduzir a incidência;
• Manter a doença ausente em locais onde a transmissão foi
interrompida;
• Eliminar a Malária do Brasil.
(BRASIL, 2021b)
Malária
SINONÍMIA:
(BRASIL, 2010)
Agentes e:ológicos e vetor
(BRASIL, 2021b)
Agentes e:ológicos e vetor
(BRASIL, 2021b)
Transmissão
(MARTINS, 2016)
Definição de caso suspeito
• Área Endêmica (Acre, Amapá, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins, Mato Grosso e Maranhão):
(FRAIA, 2021)
Manifestações Clínicas
• Período de incubação: varia de acordo com a espécie de plasmódio (P.
falciparum, de 8 a 12 dias; P. vivax, 13 a 17 dias; e P. malariae, 18 a 30
dias).
• Crise aguda da malária (acesso malárico) – episódios intermitentes de
calafrio, febre e sudorese, duração variável de 6 a 12 horas e temperatura
igual ou superior a 40o C.
• Paroxismos acompanhados por cefaleia, mialgia, náuseas e vômitos.
• O retardo no diagnósHco leva à gravidade da doença.
(BRASIL, 2021b)
Manifestações Clínicas
(BRASIL, 2021b)
Manifestações Clínicas – Sinais de Gravidade
(BRASIL, 2021b)
Malária - Diagnóstico
GOTA ESPESSA
É o método diagnósHco oficialmente uHlizado no Brasil.
(BRASIL, 2010)
Microscopia de gota espessa de sangue, colhida por punção digital e corada pelo método de Walker
Malária - Diagnóstico
(BRASIL, 2021b)
Malária - Diagnós:co
(BRASIL, 2021b)
Malária - Diagnós:co
• Resultados: P. falciparum, P. vivax e malária mista devendo ser administrado
o tratamento imediato conforme resultado apresentado no teste.
• Apesar de menos sensíveis para P. vivax, os testes rápidos aplicam-se ao
diagnósHco dessa espécie na ausência de microscopia ou profissional
capacitado no local.
• Não se deve uHlizar os testes rápidos para o seguimento clínico do
paciente, porque podem ainda ser posiHvos, mesmo na ausência de
parasitos viáveis. Cautela com o uso de TDR até um mês após diagnósHco
prévio confirmado.
(BRASIL, 2021b)
Malária - Tratamento
O Ministério da Saúde, por intermédio de uma Polí3ca Nacional de
Medicamentos para Tratamento da Malária, orienta a terapêu0ca e
disponibiliza gratuitamente os medicamentos an0maláricos u0lizados em
todo o território nacional, em unidades do Sistema Único de Saúde (SUS).
(BRASIL, 2010)
Tratamento
• Diversas drogas são uHlizadas dependendo da espécie do plasmódio
infectante, cada uma delas agindo de forma específica, tentando
impedir o desenvolvimento do parasito no hospedeiro:
Cloroquina Primaquina
Arteméter
Lumefantrina
Mefloquina
Quinina
Artesunato
Clindamicina
(BRASIL, 2021b)
Malária não complicada – esquema curto (7 dias)
(BRASIL, 2021b)
Malária não complicada – esquema curto (7 dias)
(BRASIL, 2021b)
Malária – Infecção mista
(BRASIL, 2021b)
Observações
- Tratamento
(BRASIL, 2021b)
Esquema curto
(BRASIL, 2010)
Malária não complicada – esquema longo (14 dias)
(BRASIL, 2010)
Medidas Preven:vas
• Uso de mosquiteiros;
• Uso de repelente;
• Colocar telas nas janelas;
• Uso de roupas que protejam braços e pernas;
CONTROLE DO VETOR
(BRASIL, 2021b)
Quimioprofilaxia
(BRASIL, 2021b)
No:ficação!
(SINAN, 2019)
Parasitoses intestinais
Parasitoses intes:nais
(BRASIL, 2021c)
Medidas de prevenção
• Melhoria do nível educacional;
• Acesso a água de boa qualidade, saneamento básico e coleta de lixo;
• Eshmulo ao aleitamento materno;
• Uso de calçados;
EM ÁREAS ENDÊMICAS
• HOSPEDEIRO DEFINITIVO: Humano - Na fase adulta, o parasita vive nos vasos sanguíneos
do intestino e fígado
(UNASUS, s.d.)
Quando suspeitar?
• Indivíduo residente e/ou procedente de área endêmica, com quadro
clínico sugestivo, e com história de contato com reservatórios de água
onde existam caramujos.
• QUADRO CLÍNICO:
(BRASIL, 2010)
Formas crônicas
(BRASIL, 2014)
Formas crônicas
•HEPATOINTESTINAL
- AssintomáHca ou sintomas inespecíficos: desânimo, indisposição para o
trabalho, tonturas, cefaleia e sintomas distônicos. Sintomas digesHvos
(sensação de plenitude, flatulência, dor epigástrica e hiporexia) e
intesHnais (diarreias recorrentes), hepatomegalia e fibrose hepáfca.
- áreas de fibrose decorrentes de granulomatose periportal ou fibrose de
Symmers.
(BRASIL, 2014)
Formas crônicas
• HEPÁTICA
- Pode ser assintomáfca ou caracterizada por diarreias repeHdas
(sintomas da forma hepatointesHnal). Ao exame •sico, hepatomegalia
(hgado palpável e endurecido).
Apresenta fibrose hepá/ca sem hipertensão portal e sem
esplenomegalia.
(BRASIL, 2010)
Como inves:gar
(BRASIL, 2014)
Tratamento
PRAZIQUANTEL
Adultos: 50mg/kg
Crianças: 60mg/kg
Apresentação: 600mg/comprimido;
Dose única, via oral.
Orientar repouso por pelo menos 3 horas após ingestão, para evitar
náuseas e tonturas; Realizar controle de cura.
(BRASIL, 2010)
Tratamento
NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA!
(BRASIL, 2014)
Estratégias de Prevenção e Controle
• Uso de sapatos;
• Orientar a população de área endêmica sobre sinais e sintomas da doença;
• Promoção de saúde;
• Saneamento domiciliar e ambiental.
• Educação ambiental e discussão sobre o tema da água!
(BRASIL, 2014)
Doença de chagas
Doença De Chagas
(BRASIL, 2010)
Epidemiologia nas Américas
• Estima-se que 6 a 8 milhões de pessoas estejam infectadas com o parasita
(Trypanosoma cruzi) que causa a doença.
• 70% das pessoas que vivem com a doença não sabem que estão infectadas, devido
à ausência de sintomas clínicos.
(BRASIL, 2020)
Epidemiologia
• É uma das quatro maiores causas de morte por doenças infecciosas e
parasitárias, além da principal doença negligenciada no Brasil.
BRASIL, 2020
Doença de Chagas aguda
Febre persistente (>7 dias) e:
•Edema de face ou de membros;
•Exantema;
•Adenomegalia;
•Hepatomegalia;
•Esplenomegalia;
•Cardiopa7a aguda (taquicardia, sinais de insuficiência cardíaca);
•Manifestações hemorrágicas (hematêmese, hematoquezia ou melena);
•Icterícia;
•Manifestações diges]vas (diarreia, vômito e epigastralgia intensa) são mais
comuns em casos por transmissão oral. (BRASIL, 2010)
Confirmação diagnós:ca - Doença de Chagas
aguda
(BRASIL, 2010)
Doença de Chagas – Formas Crônicas
(BRASIL, 2010)
Doença de Chagas crônica - Diagnós:co
(BRASIL, 2010)
Doença de Chagas - Tratamento
•Benznidazol: (adulto = 5 mg/kg/dia, 1 a 3x/dia, 60 dias; criança = 5 a
10 mg/kg/dia, 2x/dia, 60 dias)
(BRASIL, 2010)
Orientações e a:vidades educa:vas
(BRASIL, 2010)
Leptospirose
Leptospirose
(BRASIL, 2010)
Leptospirose
(BRASIL, 2010)
Epidemiologia
(BRASIL, 2023)
Manifestações Clínicas - Fase precoce (fase leptospirêmica)
• Instalação abrupta de febre, acompanhada de cefaleia e mialgia, anorexia,
náuseas e vômitos;
• Podem ocorrer diarreia, artralgia, hiperemia ou hemorragia conjun4val,
fotofobia, dor ocular e tosse;
• Pode ser acompanhada de exantema;
• DiMcil diferenciação de outras doenças febris agudas;
• A fase precoce tende a ser autolimitada e regride em 3 a 7 dias, sem deixar
sequelas.
(BRASIL, 2010)
Manifestações Clínicas - Fase tardia (fase imune)
• Aproximadamente 15% dos pacientes evoluem para manifestações
clínicas graves, em geral, após a primeira semana de doença.
• Síndrome de Weil - tríade de icterícia, insuficiência renal e hemorragias,
mais comumente pulmonar.
• Hemorragia pulmonar cursa com letalidade superior a 50%.
• Icterícia: é um sinal caracterís4co, possuindo uma tonalidade alaranjada
muito intensa (icterícia rubínica) e geralmente aparece entre o 3º e o 7º
dia da doença - preditor de pior prognós4co.
(BRASIL, 2010)
Agente etiológico
(BRASIL, 2010)
Transmissão
• Exposição direta ou indireta à urina de animais infectados.
(BRASIL, 2010)
Tratamento
• Fase precoce:
(BRASIL, 2010)
Tratamento
• Na fase tardia:
• Penicilina G Cristalina: 1.5 milhões UI, IV, de 6/6 horas; ou,
• Ampicilina: 1g, IV, 6/6 horas; ou,
• Ce|riaxona: 1 a 2g, IV, 24/24h; ou,
• Cefotaxima 1g, IV, de 6/6 horas.
• Para crianças u7liza-se Penicilina cristalina: 50 a 100.000U/kg/dia, IV, em 4 ou 6
doses; ou Ampicilina: 50 a 100mg/kg/dia, IV, dividido em 4 doses; ou Ce|riaxona: 80
a 100mg/kg/dia, em 1 ou 2 doses; ou Cefotaxima: 50 a 100mg/kg/dia, em 2 a 4
doses.
(OLIVEIRA, 2014)
Manifestações clínicas
• É autolimitada com duração de quatro a seis semanas;
• Nas áreas endêmicas - re-infestação é constante e os indivíduos afetados
podem apresentar algumas dezenas de parasitos em diferentes estágios de
desenvolvimento, gerando complicações graves e sequelas.
(OLIVEIRA, 2014)
Prevenção
• Evitar contato com solo contaminado e usar sapatos;
• Medidas sanitárias para a descontaminação do local infestado,
incluindo inse4cidas;
• Medidas de educação em saúde, educando a população para a
realização de autoexames periódicos, visando à re4rada das pulgas
com material estéril adequado.
(OLIVEIRA, 2014)
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
70% das pessoas com Chagas não sabem que estão infectadas. PAHO Pan-American Health Organization, 2021. Disponível em:
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DUNCAN, B. B. et al. Medicina ambulatorial: condutas de atenção primária baseadas em evidências. Porto Alegre: Artmed, 2022. 2424p.
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http://www.paho.org/hq/index.php?option=com_topics&view=readall&cid=2149&Itemid =40757&lang=es.
LUNA, E. J. A.; SILVA JR., J. B. Doenças transmissíveis, endemias, epidemias e pandemias. In FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ. A saúde no Brasil em 2030 -
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Assuntos Estratégicos da Presidência da República, 2013. Vol. 2. pp. 123-176. Disponível em: https://saudeamanha.fiocruz.br/wp-content/uploads/2016/07/41.pdf
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Disponível em: https://iris.paho.org/bitstream/handle/10665.2/49653/9789275320433_spa.pdf?sequence=9&isAllowed=y
SABOYÁ-DÍAZ, M. I. et al. Situação atual do conhecimento sobre a epidemiologia da tungíase nas Américas. Rev Panam Salud Publica. 2022. Disponível em:
https://www.paho.org/pt/documentos/situacao-atual-do-conhecimento-sobre-epidemiologia-da-tungiase-nas-americas
• Eliminar todas as formas de violência contra todas as mulheres e meninas nas esferas
públicas e privadas, incluindo o tráfico e exploração sexual e de outros tipos;
• Eliminar todas as práticas nocivas, como os casamentos prematuros, forçados e de
crianças e mutilações genitais femininas;
• Reduzir significativamente todas as formas de violência e as taxas de mortalidade
relacionada, em todos os lugares;
• Acabar com abuso, exploração, tráfico e todas as formas de violência e tortura contra
crianças.
Prevenção da violência
• A prevenção primária se destina a evitar que a violência surja, sobre os fatores
que contribuem para sua ocorrência e sobre os agentes dela em tempo anterior à
ação violenta;
• A prevenção secundária se realiza quando a violência já ocorreu. Significa
respostas mais imediatas à violência, enfocando a capacidade de diagnóstico, o
tratamento precoce e a limitação da invalidez;
• A prevenção terciária compõe-se de respostas mais a longo prazo, visando
intervir, controlar e tratar os casos reconhecidos, buscando reduzir os efeitos, as
sequelas e os traumas; prevenir a instalação da violência crônica e promover a
reintegração dos indivíduos.
Rede Nacional de Prevenção das Violências e
Promoção da Saúde e Cultura de Paz
• Qualificação da gestão para o trabalho de prevenção de violências e promoção da saúde e
de cultura de paz;
• Qualificação e articulação da rede de atenção integral às pessoas em situação de
violências;
• Desenvolvimento de ações de promoção da saúde e prevenção de violências para grupos
populacionais vulneráveis visando à atuação nos determinantes sociais e na
autodeterminação dos sujeitos;
• Garantia da implantação/implementação da notificação de violências interpessoais e
autoprovocadas;
• Promoção e participação de políticas e ações intersetoriais e de redes sociais que tenham
como objetivo a prevenção de violências e promoção da saúde e da cultura de paz.
Rede de
enfrentamento à
violência
Material complementar
• Estudos sobre Criminalidade e Segurança Pública (www.crisp.ufmg. br) e informe-se sobre o Programa
Interinstitucional Fica Vivo
• filme A guerra dos Roses, dirigido por Danny DeVito (1989), ilustra a construção lenta deste binômio
complexo: “família e violência”. É uma produção cinematográfica estadunidense, do gênero comédia,
lançado em 1989, com base no romance A guerra dos Roses (1981), de Warren Adler. Comédia de humor
negro sobre um casal que aparenta ter perfeita união. Quando o casamento começa a desmoronar, bens
materiais se tornam o centro de escandalosa e amarga batalha pelo divórcio. Filme estrelado por Michael
Douglas, Kathleen Turner e Danny DeVito.
• O filme Festa em Família, dirigido por Thomas Vinterberg, de 1998, é um bom exemplo de alguns tipos de
abuso intrafamiliar
• Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável e prevenção da violência, acesse o site da Organização
das Nações Unidas no Brasil: https://nacoesunidas.org/pos2015/agenda2030/
Acidentes e trauma na APS
Acidentes– Fpologias
• Acidente de trânsito;
• Acidentes de trabalho;
• Acidentes domiciliares.
Trauma - avaliação primária ABCDE
Trauma -
avaliação
primária ABCDE
Trauma na APS – Avaliação Primária
Trauma na APS – Avaliação Primária
Trauma na APS – Trauma abdominal
Avaliação inicial pode incluir FAST (Focused Assessment with Sonography for
Trauma) - Avaliação da presença de fluidos intra-abdominais que inclui o exame
de quatro regiões importantes (saco pericárdico, espaços hepato e esplenorrenal e
pelve ou recesso de Douglas), sendo extremamente útil na detecção da causa de
choque.
Trauma na APS - Trauma cranioencefálico (TCE)
ALVES, F. T. A. et al. Mortalidade proporcional nos povos indígenas no Brasil nos anos 2000, 2010 e 2018. Saúde em Debate, [S. l.], v. 45, n. 130 Jul-Sept, p. 691–706, 2022.
Disponível em: https://saudeemdebate.org.br/sed/article/view/4549.
ANÁLISE de Situação de Saúde. Política nacional de redução da morbimortalidade por acidentes e violências: Portaria MS/GM n.º 737 de 16/5/01, publicada no DOU n.º
96 seção 1E de 18/5/01 – 2. ed. Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 2005.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Por uma cultura da paz, a promoção da saúde e a prevenção da
violência. Brasília: Ministério da Saúde, 2009.
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Saúde, 2015. 132 p. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/diretrizes_atencao_reabilitacao_pessoa_traumatisco_cranioencefalico.pdf
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Deficiência II: Mulheres com deficiência, saúde bucal da pessoa com deficiência, pessoa com acidente vascular encefálico, pessoa com traumatismo cranioencefálico,
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Cranioencefálico (TCE). São Luís: UNA-SUS; UFMA, 2021.
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ONU. Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 16: Paz, Justiça e Instituições Eficazes. ONU, 2015. Disponível em: https://brasil.un.org/pt-br/sdgs/16.
OBRIGADA
frantchescafripp@gmail.com
Uso Abusivo de Álcool e
Outras Drogas
FRANTCHESCA FRIPP DOS SANTOS
JULIANA MACHADO DE CARVALHO
Médicas de Família e Comunidade
Substâncias Psicoativas
Experimental
• Uso eventual para experimentar seus efeitos, sem recorrência sistemática.
Recreacional ou Ocasional
• Uso intermitente em que há algum padrão de consumo, sem causar
problemas (físicos, emocionais, legais, familiares e sociais).
Abusivo
• Padrão de uso com consequências nocivas (critérios específicos).
Dependência
• Padrão abusivo com dependência (critérios específicos).
Critérios Diagnósticos
Uso Abusivo
Critérios Diagnósticos
Dependência
História Natural
• Maconha
• Solventes
• Benzodiazepínicos
• Estimulantes
• Cocaína
• Orexígenos e anorexígenos
• Crack
• Merla – subproduto da cocaína
• Heroína
Abordagem Inicial
Avaliação clínica
● Substâncias usadas ● História familiar
● Tratamentos anteriores ● Perfil psicossocial
● Comorbidades ● Exame físico
Exames Complementares
● Álcool: TGO, TGP, GGT, Hemograma
● Injetáveis ou associadas a comportamento sexual: Anti HCV, Anti HIV, Anti HBs,
HBsAg e VDRL
Abordagem
Diagnóstico diferencial de sintomas de humor que se apresentam em um
paciente com uso de substância.
Abordagem Terapêutica
Intervenções Psicossociais:
• FRAMES
• Feedback: resumo das avaliações sobre a repercussão das drogas
• Responsability: ênfase na responsabilidade pessoal do paciente pela
mudança
• Advice: recomendações claras para que mude hábitos
• Menu: apresentar opções para mudança
• Self-efficacy: empatia e reforço da autoeficácia
Família
• Abordar problemas familiares e incluir no Plano terapêutico
Abordagem
Terapêutica
Estratégias de redução de danos:
• Substituir hábitos nocivos por outros menos nocivos ou de menor
potencial
Estratégias de gerenciamento de casos:
• Equipe multiprofissional
• Prever abandonos e recidivas
• Estar disponível
Intervenções comunitárias:
• Escolas, sala de espera, grupos de pacientes
Grupos de •auto-ajuda
AA
• NA
Encaminhamento
• Intervenção em Grupo
• Objetivo de cada encontro é aprofundar as discussões relacionadas a
temas que ajudem a cessação e partilhar experiências
• Etapas:
• Preparar o fumante para solucionar seus problemas
• Estimular habilidades para resistir às tentações de fumar
• Preparar para prevenir a recaída
• Preparar para lidar com o estresse
Tratamento Farmacológico
• Indicações:
• > 20 cigarros ao dia;
• 1º cigarro fumado antes de 30 min depois do despertar e fumar mais de
10 cigarros por dia;
• Resultado do Teste de Fargeström maior ou igual a 5;
• Já tentou somente com abordagem cognitivo comportamental mas
não obteve êxito;
• Não possuir contraindicações ao fármaco.
Opções Farmacológicas
Tabela: Fármacos efetivos no tratamento da dependência da nicotina.
Fármaco Posologia Comentários
Opções Farmacológicas
Tabela: Fármacos efetivos no tratamento da dependência da nicotina.
Fármaco Posologia Comentários
Fármacos disponíveis na RENAME
Tabagismo e saúde dos Povos Indígenas
Considerar o aspecto socio-cultural-espiritual envolvido no
uso do tabaco, rapé e outras plantas usadas em rituais e/ou
cotidianamente.
Problemas relacionados ao
consumo de álcool
Problemas relacionados ao consumo de álcool
• O álcool é uma substância química produzida a partir da fermentação do açúcar
encontrado numa série de produtos de origem vegetal (cana-de-açúcar, frutas, arroz,
mandioca etc.);
• 50% dos brasileiros >18 anos bebem pelo menos 1 vez ao ano;
• 4%: transtorno por uso de álcool (TUA) leve;
• 14%: TUA moderado a grave;
• Aumento do consumo de álcool por mulheres - 2006: 27% e 2012: 38%;
• Experiência precoce: 22% antes dos 15 anos em 2012.
Problemas relacionados ao consumo de álcool -
Conceitos
• Transtorno por uso de álcool (TUA)
Nomenclatura atual para descrever os problemas associados ao consumo de álcool;
• Craving ou fissura
Desejo de experimentar os efeitos da droga; forte e subjetiva energia; irresistível
impulso para usar droga; pensamento obsessivo; alívio para os sintomas de
abstinência; incentivo para autoadministar a substância; expectativa de resultado
positivo; processo de avaliação cognitiva e processo cognitivo não-automático.
Problemas relacionados ao consumo de álcool -
Conceitos
• Binge
Consumo de álcool em quantidade suficiente para atingir alcoolemia de 0,08g/dL
(aprox. 5 doses para homens e 4 doses para mulheres) em 2 horas;
● CAGE
● AUDIT
Rastreamento do TUA - CAGE
Detecta o uso nocivo e dependência de álcool (CID10).
Sensibilidade 43-94% e especificidade 70-97%, para suas ou mais respostas positivas.
(C) Alguma vez você sentiu que deveria diminuir (cutdown) a quantidade de bebida ou
parar de beber?
(A) As pessoas o aborrecem (annoyed) porque criticam o seu modo de beber?
(G) Você se sente culpado (guilty)/ chateado consigo mesmo pela maneira como
costuma beber?
(E) Você costuma beber pela manhã (eye-opener) para diminuir o nervosismo ou a
ressaca?
Rastreamento do TUA - AUDIT
Estratégia básica para alcançar bons resultados antes que o paciente tenha
desenvolvido TUA moderado a grave e demais problemas associados.
A. Deve haver evidência clara de interrupção ou redução do uso de álcool, após uso
repetido, usualmente prolongado e/ou em altas doses.
Tremores na língua, Alucinações visuais, táteis ou
A. Três dos sinais devem estar presentes: pálpebras ou nas mãos auditivas transitórias
estendidas
Náusea, ânsia de vômito ou Insônia
vômito
Sudorese Mal estar ou fraqueza
Taquicardia ou hipertensão Cefaleia
Agitação psicomotora Convulsões tipo grande mal
Avaliação do
paciente
Questionário calculadora em inglês disponível
em: https://www.mdapp.co/alcohol-
withdrawal-ciwa-score-calculator-160/
Síndrome de Abstinência Alcoólica
Se o delirium está presente, o diagnóstico deve ser estado de abstinência alcoólica com
delirium (delirium tremens) (F10.4). Sem e com convulsões (F10.40 e 41).
SAA Nível I
Trata-se da SAA leve e moderada.
Ocorre nas primeiras 24 horas após a última dose.
90% dos pacientes e cursa com: (Obs: alucinações são raras)
agitação ansiedade tremores finos de alteração do sono sudorese em surtos
extremidades
alteração do apetite alteração do alteração do humor Alteração da aumento da
relacionamento sensopercepção frequência cardíaca,
interpessoal pulso e temperatura
Síndrome de Abstinência Alcoólica - Nível I
Manejo
Em caso de convulsões:
● Diazepam 10-30 mg VO ou Diazepam 10 mg EV – atenção! É necessário suporte
ventilatório para risco de complicação.
● Sulfato de Magnésio 1 g IM 6/6 horas por 2 dias.
Delirium Tremens:
● Reversível em 2 - 10 dias.
● Diazepam até 60 mg/dia VO ou Lorazepam 12 mg/dia.
● Se alucinose alcoólica: fazer haloperidol 5 mg IM ao dia.
Síndrome de Abstinência Alcoólica - O que NÃO
fazer!
Conduta inadequada Motivo
Administrar glicose indiscriminadamente. Risco de precipitação de síndrome de Wernicke.
A glicose só deve ser aplicada parenteralmente
após a administração de tiamina, se houver
constatação de hipoglicemia grave e se não for
possível a reposição por via oral.
Usar rotineiramente fenitoína EV. Não parece ser eficaz no controle de crises
convulsivas da síndrome de privação do álcool.
Administrar clorpromazina e outros Reduzem o limiar dpara convulsões; o
neurolépticos de baixa sedativos de baixa haloperidol, pelo menor risco, é a opção mais
potência para controle da agitação. adequada.
Contenção inadequada e indiscriminada. Risco de lesões físicas e constrangimento
desnecessário aos pacientes.
Tratamento farmacológico do TUA
Papel coadjuvante na abordagem terapêutica.
Objetivo:
• Alcançar a abstinência sem desenvolver a SAA;
• Contribuir na manutenção da abstinência;
• Contribuir na prevenção de recaídas.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos em Saúde. Departamento de Assistência Farmacêutica e
Insumos Estratégicos. Relação Nacional de Medicamentos Essenciais: Rename 2020 [recurso eletrônico]. Brasília: Ministério da Saúde, 2020.
DUNCAN, B. B. et al. Medicina ambulatorial: condutas de atenção primária baseadas em evidências. Porto Alegre: Artmed, 2022. 2424p.
GUSSO, G.; LOPES, J. M.C.; DIAS, L. C., organizadores. Tratado de Medicina de Família e Comunidade: Princípios, Formação e Prática. Porto Alegre:
ARTMED, 2019, 2388 p.
MARQUES, A. C. P. R.; RIBEIRO, M. Abuso e Dependência do Álcool. Associação Brasileira de Psiquiatria. 2022. Disponível em:
http://projetodiretrizes.org.br/projeto_diretrizes/002.pdf
OBRIGADA
frantchescafripp@gmail.com
Sofrimento Mental
FRANTCHESCA FRIPP DOS SANTOS
JULIANA MACHADO DE CARVALHO
Médicas de Família e Comunidade
Saúde Mental
Sensação de bem estar e capacidade de sentir Autonomia Capacidade de Flaxibilidade Adaptabilidade
e lidar com diversos sentimentos, incluindo lidar com para sentir
estressores
aqueles considerados negativos, como raiva,
tristeza e infelicidade. Estabilidade/
Equilíbrio
Relacionamentos
significativos
Dignidade Capacidade de
sentir prazer
mental Comportamento de
risco, incluindo auto Baixa escolaridade
mutilação e evasão escolar
DOENÇA-SAÚDE
MENTAL POBREZA
Uso de álcool
e drogas Violência domestica
e interpessoal
Transtornos
mentais Baixa subsistência
Epidemiologia do Sofrimento Mental
Diabetes melitus
Erros de refração
Transtornos de ansiedade
Doenças ginecológicas
Anemia ferro priva
Migranea
Condições orais
• Personalidade
• Pobreza: causa ou consequência?
• Situações de opressão
• Desorganização psíquica;
• Ruptura da crise: adaptação, flexibilidade e mecanismos de resposta.
• Atenção: proteger o indivíduo de atitudes impulsivas graves e duradouras,
minimizar perdas funcionais, construir saídas para a crise, amenizar sintomas
agudos.
Apresentação das demandas de sofrimento
mental na APS – uso problemático de álcool
A partir da ocupação dos circuitos de trocas nos territórios da sociedade. Isso leva o
desafio da saúde mental para além do SUS, já que para se realizar ele implica na
abertura da sociedade para a sua própria diversidade.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria Especial de Saúde Indígena. Departamento de Atenção à Saúde Indígena. Atenção
psicossocial aos povos indígenas: tecendo redes para promoção do bem viver. Brasília: Ministério da Saúde : 2019.
DUNCAN, B. B. et al. Medicina ambulatorial: condutas de atenção primária baseadas em evidências. Porto Alegre: Artmed,
2022. 2424p.
IHME - Institute for Health Metrics and Evaluation. Global Burden of Disease. Universidade de Washington, 2016.
Disponível em: https://ghdx.healthdata.org/gbd-2016
WORLD HEALTH ORGANIZATION. WHO Traditional Medicine Strategy 2014-2023. Geneva, 2013. Disponível em:
https://www.who.int/medicines/publications/ traditional/trm_strategy14_23/en/
WHO. World mental health report: transforming mental health for all. Geneva: World Health Organization; 2022.
Adoecimento Mental
CAMILA ZAMBAN DE MIRANDA
JULIANA MACHADO DE CARVALHO
Médicas de Família e Comunidade
Ansiedade X Transtornos de Ansiedade
A ansiedade é uma emoção natural que representa um sinal de alarme para
que o sujeito reconheça um determinado perigo. Em geral desencadeadas por
ameaças físicas ou morais, por perdas ou por frustrações.
Entre os casos de ansiedade na vida adulta, 90% têm história psiquiátrica prévia
antes dos 18 anos.
Método clínico centrado na pessoa
Ansiedade – Avaliação clínica
Ansiedade – Avaliação clínica
Ansiedade – Avaliação clínica
Ansiedade – Avaliação clínica
Escala de Gravidade e Prejuízo da Ansiedade
– EGPA
Escala de Gravidade e Prejuízo da Ansiedade
– EGPA
Escala de Gravidade e Prejuízo da Ansiedade
– EGPA
Ansiedade – Diagnósticos Diferenciais
Tratamento
1ª linha: ISRS e ISRSN – NNT=7-15 (B)
2ª linha: antidepressivo tricíclico e benzodiazepínicos (NNT= 3-7)
Outros Transtornos
Mentais Comuns na APS –
Transtornos Ansiosos
Transtorno Obsessivo-Compulsivo – TOC
• Diagnóstico
• Obsessões: Pensamentos, impulsos ou imagens. Recorrentes e persistentes, que
causam ansiedade e desconforto;
• Compulsões: Comportamentos repetitivos ou atos mentais que a pessoa se sente
compelida a executar em resposta a uma obsessão ou a regras rígidas auto-impostas;
• Reconhecimento, em algum momento, de que as obsessões ou compulsões são
excessivas;
• Provocam sofrimento, consomem tempo (>1 h por dia) ou interferem na rotina
diária.
• Tratamento
• ISRS;
• Medidas não farmacológicas.
Fobias Específicas
• Diagnóstico
• Medo sustentado e persistente, excessivo ou irracional, revelado pela
presença ou mesmo antecipação da situação/objeto, com reposta imediata
de ansiedade
• Reconhecimento da irracionalidade do medo
• Ocorre esquiva
• Duração de pelo menos 6 meses
• Tratamento
• Não farmacológico
• Terapia
Transtorno de Estresse Pós-Traumático
Transtorno de Estresse Agudo
• Diagnóstico
• Vivência, testemunho ou confronto com evento traumático que envolve
medo, impotência e horror
• O evento é persistentemente revivido
• Esquiva dos estímulos associados ao trauma
• Sentimento persistente de excitabilidade aumentada
• Se durar mais de um mês, considerar estresse pós-traumático
• Tratamento
• ISRS
• Medidas não farmacológicas
Transtornos do Humor
Depressão e Tristeza
• 12% dos pacientes terão curso crônico sem remissão dos sintomas.
Impacto da Depressão
Paciente com condição médica crônica tem de 3 a 7 vezes mais chance de ter
depressão como comorbidade.
Episódio 2 fundamentais + 2
Sintomas acessórios do episódio depressivo: Leve° acessórios
0
MENOS DE 7 DIAS
1
71 DIAS OU MAIS
2
QUASE TODOS OS DIAS
3
coisas?
Se sentiu para baixo, deprimido (a) ou sem 0 1 2 3
perspectiva?
Teve dificuldade de pegar no sono e permanecer 0 1 2 3
dormindo, ou dormiu mais que de costume?
Se sentiu cansado (a) ou com pouca energia? 0 1 2 3
• Sintomas psicóticos
• Terapia de reatribuição
• Compreender e fazer sentir-se compreendido – ampliar a agenda – fazer vínculo e
construir modelo explicativo – negociar o tratamento
• Terapia de solução de problemas
• Identificar necessidade – explicar o tratamento – listar e eleger problemas – pensar em
metas alcançáveis – gerar soluções – eleger uma solução – colocar solução em prática –
avaliar e repetir o ciclo
• Terapia Interpessoal
* São algumas das técnicas que podem ser empregadas pelo médico da APS
• Terapia focada em solução (não abordaremos este assunto aqui, mas deve ser buscado o aprofundamento)
Intervenções Coletivas e Familiares
• Grupos de Mulheres
• Grupos de Terceira
Idade
• Grupos de Exercícios
• Outros...
Terapia Comunitária
• Reforça a dinâmica interna de cada um
• Reforça autoestima individual e coletiva
• Valoriza papel da família e das redes de apoio
• Valoriza práticas culturais
• Suscita sentimentos de união
• Promove identificação entre as pessoas
• Etapas
• Acolhimento; Escolha do Tema; Contextualização do Tema;
Problematização do tema; Rituais de agregação e conotação positiva.
Matriciamento
• NASF;
• Outras estratégias;
• Fornecer suporte;
• Explicar a doença;
• Sugerir medidas comportamentais a toda família;
• Motivar;
• Monitorar efeitos colaterais.
Atividade Física
PREFEITURA DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO. Secretaria Municipal de Saúde. Avaliação do Risco de Suicídio e sua Prevenção. Coleção Guia de Referência Rápida. Rio de
Janeiro: SMS, 2016. Disponível em: https://subpav.org/download/prot/Guia_Suicidio.pdf
OBRIGADA
camilazamban@gmail.com
ABORDAGEM INTEGRAL À SAÚDE DA
PESSOA IDOSA
OBJETIVOS
• - Alimentação saudável
• - A'vidade hsica
• - Sociabilidade / lazer / rede
• - Grupos / terapia comunitária
• - Envelhecimento A'vo
Trabalho em Grupo com Pessoas Idosas:
DECLÍNIO FUNCIONAL
Idade: 80 anos
Idade X Funcionalidade
Idade : NÃO é um bom marcador de declínio funcional
Funcionalidade: bom marcador de vitalidade
ABORDAGEM SISTÊMICA
Apresentação
inespecífica
ou atípica
de doenças
Cascata Doenças
de não
problemas diagnosticadas
ENVELHECIMENTO
Sintomas
de uma doença
Iatrogenia podem ocultar
os de outras
Tratar uma
doença
pode agravar
outra
AVALIAÇÃO FUNCIONAL DO IDOSO
FUNCIONALIDADE
A"vidades de Vida Diária
FUNCIONALIDADE
A"vidades de Vida Diária
MEMÓRIA Local geral: que local é este aqui (hospital, domicílio, etc)
Andar ou local específico: em que local nós estamos
(consultório,dormitório)
COMANDO DE ESTÁGIOS
PRAXIA (3 pontos) “Apanhe esta folha de papel com a mão direita, dobre-a ao
Dê 1 ponto para cada ação correta) meio e coloque-a no chão”
ESCREVER UMA FRASE “Escreva alguma frase que tenha começo, meio e fim”
(1 ponto )
FUNÇÃO
LER E EXECUTAR FECHE SEUS OLHOS
VISUOESPACIAL (1 ponto )
COMANDO DE ESTÁGIOS
(3 pontos) “Apanhe esta folha de papel com a mão direita, dobre-a ao
Dê 1 ponto para cada ação correta) meio e coloque-a no chão”
ESCREVER UMA FRASE “Escreva alguma frase que tenha começo, meio e fim”
(1 ponto )
▪ HUMOR:
▪ Perguntar ao paciente
se ele se sente triste
ou desanimado
frequentemente.
▪ Se posiDvo, aplicar
escala de depressão
geriátrica (GDS-15)
Interpretação:
GDS-5 ≥ 2
GDS-15 ≥ 6
Suspeita de
distúrbio do
humor
AVALIAÇÃO FUNCIONAL – MOBILIDADE
=> Frequência
=> Circunstâncias
▪ presença de escadas?
▪ pisos deslizantes?
▪ tapetes?
▪ iluminação adequada?
▪ corrimão no banheiro?
▪ uso de chinelos?
AVALIAÇÃO FUNCIONAL – MOBILIDADE
AVALIAÇÃO FUNCIONAL – MOBILIDADE
INCONTINÊNCIA URINÁRIA:
Comorbidades
Iatrogenia
EXCESSO DE MEDICAMENTOS
INTERAÇÃO MEDICAMENTOSA
DIFICULDADES DE ACESSO
DIFICULDADES NA ADMINISTRAÇÃO
Pseudo-hipertensão
Cuidado com a Cascata Iatrogênica
Pseudo-hipertensão
Nifedipina®
Cuidado com a Cascata Iatrogênica
Pseudo-hipertensão
Nifedipina®
Tontura
Cuidado com a Cascata Iatrogênica
Pseudo-hipertensão
Nifedipina®
Tontura
“Labirintite”
Cuidado com a Cascata Iatrogênica
Pseudo-hipertensão
Nifedipina®
Tontura
“Labirintite”
Stugeron®
Cuidado com a Cascata Iatrogênica
Pseudo-hipertensão
Nifedipina®
Tontura
“Labirintite”
Stugeron®
Parkinsonismo
Cuidado com a Cascata Iatrogênica
Pseudo-hipertensão
Nifedipina®
Tontura
“Labirintite”
Stugeron®
Parkinsonismo
Levodopa®
Cuidado com a Cascata Iatrogênica
Pseudo-hipertensão
Nifedipina®
Tontura
“Labirintite”
Stugeron®
Parkinsonismo
Levodopa®
Confusão mental
Cuidado com a Cascata Iatrogênica
Pseudo-hipertensão
Nifedipina®
Tontura
“Labirintite”
Stugeron®
Parkinsonismo
Levodopa®
Confusão mental
Queda
Cuidado com a Cascata Iatrogênica
Pseudo-hipertensão
Nifedipina®
Tontura
“Labirintite”
Stugeron®
Parkinsonismo
Levodopa®
Confusão mental
Queda
Fratura de fêmur
Cuidado com a Cascata Iatrogênica
Pseudo-hipertensão
Nifedipina®
Tontura
“Labirintite”
Stugeron®
Parkinsonismo
Levodopa®
Confusão mental
Queda
Fratura de fêmur
“DA IDADE”
Cuidado com a Cascata Iatrogênica
Pseudo-hipertensão
Nifedipina®
Tontura
“Labirintite”
Stugeron®
Parkinsonismo
Levodopa®
Confusão mental
Queda
Fratura de fêmur
“DA IDADE”
SEXUALIDADE
▪ Problemas na capacidade de desfrutar prazer nas
relações sexuais não devem ser considerados como
parte normal do envelhecimento.
SUPORTE SOCIAL
- Física
- Negligência
- Financeira
- Sexual
- Psicológica
- InsDtucional
INTERSETORIALIDADE EM CASOS DE VIOLÊNCIA
DISQUE 100
NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA PARA CASOS
DE VIOLÊNCIA
OUTRAS AÇÕES RELEVANTES NA SAÚDE DO IDOSO
• Atendimento às urgências
• Acompanhamento ambulatorial
• Visitas domiciliares
• Cuidando do cuidador
• Internações hospitalares e domiciliares
• Coordenação do cuidado
• Cuidados terminais ou palia'vos
OBRIGADA!
Tuberculose e Hanseníase
CAMILA ZAMBAN DE MIRANDA
JULIANA MACHADO DE CARVALHO
Médicas de Família e Comunidade
Tuberculose
Introdução:
• Em 2021, 5.072 óbitos, perfazendo um coeficiente de 2,38 óbitos por TB por 100
mil hab, com aumento relaevo de 10,7%, em comparação com 2019.
Epidemiologia da tuberculose
Pandemia de COVID-19
• Em 2021, as mortes por tuberculose aumentaram pela primeira vez em mais de
10 anos;
• Uma redução de 18% em relação a 2019, quando foram notificados pelos países
7,1 milhões de casos dos 10 milhões (71%) estimados;
• Em 2021, 10,6 milhões de pessoas adoeceram por TB, das quais 6,4 milhões
(60,4%) foram notificadas, o que representa uma recuperação parcial na
subdetecção de pessoas com TB no mundo.
Epidemiologia da tuberculose
Pandemia de COVID-19
• O número de pessoas com TB não diagnosecadas e não tratadas aumentou;
• A reinfecção pode ocorrer se a pessoa tiver uma nova exposição, sendo mais
comum em áreas onde a prevalência da doença é alta.
Manifestações Clínicas
Manifestações Clínicas
• Principal sintoma: a tosse (seca ou produtiva);
• dispneia;
• hemopese;
• atelectasia;
• empiema pulmonar;
• dor torácica.
Diagnóstico Diferencial – TB Pulmonar
Diagnóstico
Para o diagnóseco da tuberculose são uelizados os
seguintes exames:
• baciloscopia;
• teste rápido molecular para tuberculose;
• cultura para micobactéria;
• invesegação complementar por exames de imagem.
Diagnóstico
1) Pesquisa de BAAR em escarro (Baciloscopia)
• Cavitação pulmonar;
• Condensação pulmonar;
• Opacidade pulmonar;
• Infiltrado pulmonar
difuso (padrão miliar);
• Padrão misto.
Tratamento – Tuberculose tem cura!
Tratamento
Para a escolha terapêutica, consideramos:
Rifampicina (R)
Fase
Isoniazida (H)
intensiva
Pirazinamida (Z)
2 meses
Etambutol (E)
ESQUEMA
BÁSICO
6 meses
Fase
Manutenção Rifampicina (R)
4 meses Isoniazida (H)
• Prevenção do adoecimento;
• Diagnóstico precoce de casos de doença ativa;
• Interrupção da cadeia de transmissão.
BUSCA ATIVA de Sintomáticos Respiratórios
• Perguntar sobre a presença e duração da tosse na população alvo;
• Orientar sobre a coleta do exame de escarro (técnica e local apropriado de coleta);
• Coletar duas amostras de escarro, uma no momento da ideneficação e outra no
dia seguinte (para baciloscopia);
• Registrar as aevidades no instrumento padronizado (livro do SR);
• Fluxo para atendimento dos casos posievos e negaevos;
• Avaliar roeneiramente a aevidade da busca por meio dos
indicadores adequados.
BUSCA ATIVA de Sintomáticos Respiratórios
BUSCA ATIVA de Sintomáticos Respiratórios
Vacinação
• A vacina BCG está, prioritariamente, indicada para crianças de 0 a 4
anos, 11 meses e 29 dias de idade;
• Resistência natural contra o bacilo, que por sua vez é conferida por uma
resposta imune eficaz e influenciada geneticamente;
• Diminuição e/ou perda de força nos músculos inervados por estes nervos,
principalmente nos membros superiores e inferiores e, por vezes, pálpebras;
• Forma Indeterminada;
• Forma Tuberculóide;
• Forma Dimorfa
(mista);
• Forma Virchowiana.
Formas clínicas - Tuberculoide
As lesões da pele são placas com bordas níedas, elevadas, geralmente
eritematosas e micropapulosas, que surgem como lesões únicas ou em pequeno
número.
Formas clínicas - virchowiana
• Progressiva infiltração sobretudo da face, com
acentuação dos sulcos cutâneos, perda dos pelos
dos cílios e supercílios (madarose), congestão nasal
e aumento dos pavilhões auriculares;
Quando a doença não é tratada nessa fase, evoluirá de acordo com a resposta imune do
indivíduo infectado, podendo haver cura espontânea ou desenvolvimento de uma das três
formas clínicas descritas anteriormente.
Avaliação asica específica
• no momento do diagnóseco;
• na alta por cura;
• no monitoramento de doentes que já tenham alguma incapacidade rsica -
15 (quinze), 45 (quarenta e cinco), 90 (noventa) e 180 (cento e oitenta) dias.
• Monitorar o resultado do
tratamento de neurites;
• História;
• Ocupação e atividades diárias;
• Queixas do paciente;
• Inspeção;
• Palpação dos nervos;
• Teste de força muscular;
• Teste de sensibilidade.
https://www.youtube.com/watch?v=TAU1hVgiXJU
Avaliação da função neural – Passo a passo
1. Comece o exame clínico pelos nervos da face observando a simetria dos movimentos palpebrais
e de sobrancelhas (nervo facial);
2. Em seguida, veja se há espessamento visível ou palpável dos nervos do pescoço
(auricular), do punho (ramo dorsal dos nervos radial e ulnar), e dos pés (fibular superficial e
sural);
3. Depois, palpe os nervos do cotovelo (ulnar), do joelho (fibular comum) e do tornozelo (Lbial);
4. Observe se eles estão visíveis, assimétricos, endurecidos, dolorosos ou com sensação de
choque;
5. Caso você idenLfique qualquer alteração nos nervos, confirme a anormalidade com o teste da
sensibilidade no território inervado;
6. Se não houver perda de sensibilidade, mas persisLr a dúvida, encaminhe o paciente para a
referência e faça o acompanhamento do caso;
7. Não troque o exame clínico pela baciloscopia ou biópsia.
Grau de incapacidade física
• Avaliação do grau de incapacidade física:
● Teste da sensibilidade dos olhos, mãos e pés.
● Dose supervisionada:
• 2X 300 mg de rifampicina;
• 100 mg de dapsona.
● Dose auto-administrada:
• 100 mg de dapsona.
● Tratamento completo:
• 6 cartelas (6 meses);
• Doses supervisionadas:
28/28 dias ou 4/4 semanas.
Tratamento da forma paucibacilar: 6 meses
Duração: 06 doses.
______. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis. Guia prá>co sobre a hanseníase [recurso
eletrônico]. Brasília: Ministério da Saúde, 2017. Disponível em: hQps://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/guia_praXco_hanseniase.pdf
______. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis. Manual de Recomendações para o
Controle da Tuberculose no Brasil. Brasília: Ministério da Saúde, 2019. Disponível em:
hQps://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_recomendacoes_controle_tuberculose_brasil_2_ed.pdf
______. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis. Protocolo
Clínico e Diretrizes Terapêu>cas da Hanseníase [recurso eletrônico]. Brasília: Ministério da Saúde, 2022. Disponível em: hQps://www.gov.br/saude/pt-
br/assuntos/saude-de-a-a-z/h/hanseniase/publicacoes/protocolo-clinico-e-diretrizes-terapeuXcas-da-hanseniase-2022/view
______. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente. Tuberculose 2023. Bole>m Epidemiológico, Brasília, n. esp., mar. 2023. Disponível em:
hQps://www.gov.br/saude/pt-br/centrais-de-conteudo/publicacoes/boleXns/epidemiologicos/especiais/2023/boleXm-epidemiologico-de-tuberculose-numero-
especial-mar.2023/view#:~:text=N%C3%BAmero%20Especial%20%7C%20Mar.-,2023,compat%C3%ADveis%20com%20os%20problemas%20idenXficados.
______. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente. Hanseníase 2023. Bole>m Epidemiológico, Brasília, n. esp., jan. 2023. Disponível em:
hQps://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/h/hanseniase/publicacoes/boleXm-epidemiologico-de-hanseniase-numero-especial-jan.2023
OBRIGADA
camilazamban@gmail.com
DOENÇAS
INFECTO-CONTAGIOSAS
NO BRASIL
1. Quando suspeitar?
Sintomas Bpicos e sinais de alarme;
1. Como confirmar diagnósIco?
2. Qual o tratamento?
3. Orientações individuais e coleIvas;
4. NoIficar?
Malária
Malária
Cloroquina Primaquina
Arteméter Lumefantrina
Mefloquina Quinina
Artesunato
Clindamicina
TELESSAÚDE!!!
CUIDADOS
• Uso de mosquiteiros;
• Uso de repelente;
• Colocar telas nas janelas;
• Uso de roupas que protejam braços e
pernas;
•Controle do vetor.
NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA
Parasitoses
intesInais
Parasitoses intesMnais
• Na maioria das vezes assintomáIcas;
• Alta carga parasitária pode gerar manifestações clínicas
severas:
• Má absorção de nutrientes;
• Redução da capacidade de ingestão de alimentos;
• Obstrução das vias aéreas.
• Zonas rurais e periferias de centros urbanos;
• EsIma-se que a prevalência varie entre 2 e 36%;
• 70% desses casos em escolares.
Medidas de Prevenção
• Melhoria do nível educacional;
• Acesso a água de boa qualidade;
• Saneamento básico;
• Coleta de lixo;
• Combate aos insetos;
• EsBmulo ao aleitamento materno;
• Uso de calçados.
EDUCAÇÃO EM SAÚDE
Medidas de prevenção
ALBENDAZOL
Comprimidos 200 e 400mg;
Suspensão oral 40mg/ml.
MEBENDAZOL
Comprimidos 100mg;
Suspensão oral 100mg/5ml.
Tratamento
Anti-protozoários:
METRONIDAZOL
Comprimidos 250, 400 e 500mg;
Suspensão oral 40mg/ml.
SECNIDAZOL
Comprimidos 500 e 1000mg;
Suspensão oral 450mg/ml e 900 mg/ml.
Tratamento empírico
“Doutor(a), eu vim fazer meu exame de sangue, fezes e urina.”
EM ÁREAS ENDÊMICAS
CASO CLÍNICO
• Vilma, 24 anos, feminino, procurou a Unidade de
Saúde Rural com queixas, que se iniciaram há 5 dias.
Relata febre, astenia, mialgia, cefaléia. Hoje
apresentando dor abdominal. Conta que costuma
tomar banho no lago perto de sua casa.
Exame usico: paciente em bom estado geral, afebril,
anictérica. Com lesões papulares pruriginosas em
membros. Prova do laço negaIva.
P = 80 bpm PA 110 x 80mmHg
Hipóteses diagnósIcas?
Qual será sua conduta inicial?
Esquistossomose
Esquistossomose
• Importante problema de saúde pública no Brasil;
QUADRO CLÍNICO:
- Forma aguda: AssintomáIca ou DermaIte Cercariana;
- 3 a 7 semanas após o contato pode ocorrer febre,
linfadenopaIa, anorexia, dor abdominal e cefaléia. Pode
ter também diarréia, náuseas e tosse seca .
Forma Aguda
DermaIte cercariana à caracterizada por micropápulas
“avermelhadas” semelhantes à picadas de insetos.
Adultos: 50mg/kg
Crianças: 60mg/kg
Apresentação: 600mg/comprimido;
Dose única, via oral.
Orientar repouso por pelo menos 3 horas após ingesta para evitar
náuseas e tonturas;
Realizar controle de cura.
CUIDADOS
• Uso de sapatos;
• Orientar a população de área endêmica
sobre sinais e sintomas da doença;
- Cuidados individuais / coleIvos;
- Promoção de saúde;
• Saneamento domiciliar e ambiental.
NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA
Leishmaniose
1.Leishmaniose Tegumentar Americana;
2.Leishmaniose Visceral.
LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA
Forma Cutânea
Quando pensar?
Forma mucocutânea
AnMmonial Pentavalente
Avaliar função
• Exceto: pacientes coinfectados com HIV, hepáIca, renal e
gestantes, insuficiência hepáIca, renal; ECG, durante o
tratamento
• Via endovenosa ou intramuscular;
• Duração: 20 (cutânea) a 30 dias (mucocutânea) dependendo
da forma;
• Acompanhamento regular por 12 meses.
NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA
Caso clínico
Mãe refere que a sua filha de 14 anos iniciou quadro febril há 13
dias, em média de 3 episódios diários, não aferidos, associados a
calafrios; com melhora após uso da dipirona.
Mão diz que tudo começou logo após morte de seu cachorrinho de
esImação.
Refere também aumento de volume abdominal difusamente há 13
dias, associado à dor abdominal. Nega diarreia, vômitos e tosse.
Ao exame usico:
Bom estado geral, hidratada, hipocorada 3+/4+, acianóIca,
anictérica, febril ao toque, eupneica, aIva, orientada.
Abdome: Globoso. Ruídos hidroaéreos presentes. Doloroso à
palpação em hipocôndrios E e D. Fígado palpável à 5 cm do RCD.
Baço palpável à 8 cm do RCE.
domiciliar
cão
silvestre raposa
Leishmaniose Visceral
28
Tratamento
AnImonial pentavalente IM, por pelo menos 20 dias.
NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA
28
Doença de Chagas
Doença de Chagas
• Agente EMológico: Trypanosoma cruzi,
protozoário flagelado.
• Vetores: insetos da subfamília Triatominae,
conhecidos popularmente como barbeiro.
Doença de Chagas
CARDÍACA:
pode apresentar-se apenas com CARDIODIGESTIVA:
alterações no ECG ou com Quando no mesmo paciente são
miocardiopaIa dilatada e com idenIficadas as duas formas da
Insuficiência Cardíaca CongesIva doença.
- 30% dos casos 7
Doença de Chagas - DiagnósIco
•Benznidazol
• SARS CoV
• MERS CoV
• SARS-CoV2
Covid 19
Agente Etiológico - SARS-CoV (Nov/2002)
• Set/2012:
• Novo coronavírus identificado. Arábia Saudita e região
• OMS: 2012-2019:
• 2.494 casos com 858 mortes em 27 países
• Restrito Península Arábica
•Transmissão zoonótica esporádica, sem sustentação de
transmissão comunidade
• Surtos localizados: Coreia do Sul
• Importância infecção hospitalar
Covid 19
Agente Etiológico - SARS-CoV2 - COVID
3º coronavírus emergente em 2 décadas
• OMS 2018 sobre os coronavírus: patógenos prioritários de
interesse
• 30 de janeiro 2020: OMS declara “Emergência de Saúde Pública
de Importância Internacional (ESPII)
• Conhecimentos adquiridos com surtos anteriores SARS e MERS
• Resposta autoridades chinesas: desde identificação do agente
pronta cooperação OMS, proibição temporária venda animais
silvestres, fechamento mercado Wuhan, cancelamento festas Ano-
novo chinês
• Wuhan e outras cidades província em quarentena: população
atingida: 40 milhões
Covid 19
Pandemia x Epidemia
Pandemia Epidemia
Taquipneia em crianças
<2 meses de idade ≥60 respirações / minuto
2-11 meses de idade ≥50 respirações / minuto
1-5 anos de idade ≥40 respirações / minuto
Covid 19
Exames complementares
• TC de tórax: TC de tórax diagnostica COVID-19 em 87,9% das pessoas que tinham
COVID-19 e identificou incorretamente em 20% das pessoas que não tinham
COVID-19.
.
Covid 19
Tratamento (Guideline de janeiro de 2023)
.
Covid 19
Tratamento
Na prática, no Brasil...
Recomendação de três doses no esquema primário com o imunizante da Pfizer para crianças de 6 meses a 2 anos de idade, conforme
DELIBERAÇÃO CIB-SUS/MG Nº 4.071, DE 16 DE DEZEMBRO DE 2022.
Covid 19
vacinação para quem iniciou o esquema com
Astrazeneca, Pfizer, Coronavac
Esquema primário
● CoronaVac: Intervalo de 4 semanas (28 dias) após D1.
● Comirnaty/Pfizer: Intervalo de 3 semanas (21 dias) após D1, para12
anos ou mais de idade – Conforme Deliberação CIB-SUS-MG Nº
3632.
● AstraZeneca: Intervalo de 8 semanas após D1.
● Pfizer pediátrica (05 a 11 anos): Intervalo de 8 semanas após D1.
● Pfizer “baby” (6 meses a 2 anos): D1 – D2: 4 semanas (1 mês) e D2 –
D3: 8 semanas (2 meses)
Covid 19
vacinação para quem iniciou o esquema com
Astrazeneca, Pfizer, Coronavac
Esquema primário
- CoronaVac: Intervalo de 4
semanas (28 dias) após D1.
- Comirnaty/Pfizer: Intervalo de
3 semanas (21 dias) após D1,
para 12 anos ou mais de idade
- AstraZeneca: Intervalo de 8
semanas após D1.
Covid 19
vacinação para quem iniciou o esquema com a Jansen
Esquema primário
- CoronaVac: Intervalo de 4 semanas (28 dias)
após D1.
- Comirnaty/Pfizer: Intervalo de 3 semanas (21
dias) após D1, para 12 anos ou mais de idade .
AstraZeneca: Intervalo de 8 semanas após D1.
Covid 19
vacinação para quem iniciou o esquema com a Janssen
Doses de reforço
- AstraZeneca OU Pfizer OU Janssen
- Gestantes: Imunizante NÃO recomendado para
esse grupo
- Trabalhadores de saúde: indicado 3º reforço a
partir de 18 anos AstraZeneca OU Pfizer OU
Janssen
Covid 19
vacinação para quem iniciou o esquema com a Janssen
Doses de reforço
- AstraZeneca OU Pfizer OU
Janssen
- Gestantes: Imunizante NÃO
recomendado para esse
grupo
Síndrome pós-Covid 19
Síndrome Pós - Covid 19
• Sinais e sintomas recorrentes ou persistentes após infecção pelo
Covid, não atribuídas a outras causas.
• Na literatura, descrita como Covid longa, Covid-19 pós-aguda,
síndrome pós-Covid, efeitos de longo prazo da Covid, síndrome
Covid pós-aguda, Covid crônica
Síndrome Pós - Covid 19
Sua fisiopatologia é baseada em eventos inflamatórios
• Fase aguda – primeiras 3 semanas
• Fase pós-aguda – entre 3 e 12 semanas
• Fase crônica – após 12 semanas
Síndrome Pós - Covid 19
Síndrome Pós - Covid 19
Síndrome Pós - Covid 19
• Manifestações mais graves: fibrose pulmonar, sequela de dano
miocárdico viral com redução de função sistólica e arritmias,
distúrbios tromboembólicos, déficit neurocognitivo e síndrome
de Guillain-Barré.
• Podem ocorrer semanas após o acometimento agudo por covid-19 e são mais
comuns em pessoas com outras comorbidades.
• Suspeitar de TEP: dispneia de início recente ou que teve piora e/ou taquicardia
e/ou redução da saturação de O2
• Sinais de TVP: edema unilateral, dor e empastamento da panturrilha, imobilização
recente, neoplasia e história prévia de tromboembolismo também são fatores de
risco.
Síndrome Pós - Covid 19
tromboembolismo
Consiste em:
• Nasofaringite aguda (resfriado comum)
• Gripe
• Laringite aguda
• Laringotraquíte aguda (crupe)
• Epiglopte aguda
IVAS - Resfriado comum
• Principal causa de IVAS
• Inflamação da mucosa narofarígea de origem viral
• Mais de 200 vírus. Os mais comuns são rinovírus, coronavírus e influenza
• Em imunocompetentes, pode durar de 3 a 14 dias
• Período de incubação 24h a 72h
IVAS - Resfriado comum
Sintomas:
• Congestão e obstrução nasal
• Febre baixa ou sensação de febre
• Tosse seca
• Dor de garganta – “garganta arranhada”
• Espirros
• Mal estar gera
• Pode apresentar secreção nasal purulenta, sem indicação de
antibióticos
IVAS - Resfriado comum
Complicações
• Rinossinusute bacteriana
• Pneumonia bacteriana
• Bronquite
• Exacerbação da asma
• Otite média aguda
Diagnóstico diferencial
• Rinite alérgica
• Rinossinusite viral aguda
• Gripe
• Faringoamigdalite bacteriana
IVAS - Gripe
• Causada pelos vírus Influenza de comportamento sazonal – mais
previamente no inverno
• Vírus altamente mutáveis
• Acomete vias áreas superiores e inferiores
• Período de incubação de 1 a 4 dias
IVAS - Gripe
Sintomas:
• Febre alta, tosse seca e dor de garganta MAIS OUTRO
SINTOMA:
• Mialgia
• Cefaleia
• Artralgia
• Hiperemia conjunpval
• Diarreia, náuseas e vômitos são menos comuns
• A febre pode durar 3 dias
• Sintomas respiratórios por 3 a 5 dias após remissão da febre
IVAS - Gripe
Complicações
• SRAG
• Pneumonia bacteriana
• Otite média aguda (crianças)
• Miosite
• rinossinusite
• Miocardite e pericartite (raras)
IVAS - Gripe
Diagnósticos diferenciais
• Resfriado comum, infecção pelo
VSR
• Enterovírus
• Parainfluenza
• Rinossinuste viral e bacteriana
• Primoinfecção pelo HIV
• Sífiis secundária
IVAS - Gripe
Condutas
• Medicações sintomáticas
• Não prescrever corticóides
• Não há indicação de antibióticos
IVAS - Laringite Aguda
• Inflamação da mucosa laríngea
• Principal sintoma: disfonia
• Epologia viral: vírus que causam resfriado comum, sarampo e
caxumba (estes mais raros após imunização)
• Início súbito
• Autolimitada
• Duração menor de 3 semanas
IVAS - Laringite Aguda
Sintomas
• Disfonia
• Congestão e obstrução nasal
• Coriza
• Espirros
• Tosse
• Febre baixa
• Roncos – não confundir com estridor
IVAS - Laringite Aguda
• Diagnóstico diferencial
• Epiglotite aguda
• Abscesso amigdaliano ou retrofaríngeo
• Laringoedema alérgico
• Complicações
• Infecções bacterianas secundárias
• Laringite crônica
IVAS - Laringotraqueíte Aguda (crupe)
• Inflamação da mucosa laríngea e traqueia
• Principal característica: “tosse de cachorro”
• Mais comum em crianças de 6 meses a 6 anos – pico 2 anos de idade
• Etiologia viral: parainfluenza e VSR
• Hib e Corynebacteruim difterae raras após introdução vacina tríplice
bacteriana
IVAS - Laringotraqueíte Aguda (crupe)
Sintomas
• Tosse
• Congestão e obstrução nasal
• Coriza
• Febre baixa
• Raramente sibilância, crepitação e taquipneia
IVAS - Laringotraqueíte Aguda (crupe)
Diagnóstico diferencial
• Laringite espasmódica e etridulosa
• Epiglotite aguda
• Abscesso retrofaríngeo
• Laringoedema alérgico
IVAS - Epiglotite aguda
• Inflamação da mucosa da epiglote e estruturas adjacentes
• Pode levar à morte
• Principal agente etiológico: Hib
• Redução importante da incidência após após introdução vacina tríplice
bacteriana
• Sintomas
• Febre alta
• Dificuldade respiratória
• Salivação
• Ansiedade
• irritabilidade
IVAS - Epiglotite aguda
Complicações
• Abscesso retrofaríngeo
• Uvulite
Diagnóstico diferencial
• Crupe
• Abscesso retrofaríngeo
• Angioedema
• Uvulite
IVAS - Condutas
• Sintomápcos
• Febre inibe replicação viral – discupr uso de anptérmicos
com o paciente
• Lavagem nasal
• Afastar do trabalho e escola para diminuir
transmissibilidade
IVAS - Condutas
Gripe
Oseltamivir em pessoas com fatores de risco:
• Gestantes e puérperas
• < 2 anos e > 60 anos
• Indígenas
• Pneumopatias
• DCV (esceto HAS)
• Transtornos neurológicos que comprometam a função respiratória
• Imunossupressão
• Nefropatias e hepatopatias
ASSOCIAÇÃO MÉDICA BRASILEIRA. Manejo pré-hospitalar da COVID-19 (prevenção e tratamento de pacientes com sintomas leves) [recurso eletrônico]. 2021.
Disponível em: https://amb.org.br/wp-content/uploads/2021/08/DIRETRIZ-AMB-GLOBAL-COVID-PROF-E-LEVE-FINAL-20.08.2021.pdf
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Imunização e Doenças Transmissíveis. Coordenação-Geral do Programa Nacional de
Imunizações. NOTA TÉCNICA Nº 1217/2021. Apresentação do PLANO NACIONAL DE EXPANSÃO DA TESTAGEM PARA COVID-19 e orientações acerca dos dois tipos de
teste rápido de antígeno para detecção do SARS-CoV-2 distribuídos pelo Ministério da Saúde. 2021. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-
br/coronavirus/notas-tecnicas/2021/sei_ms-0023072995-nota-tecnica_plano-de-expansao-da-testagem.pdf
______. Ministério da Saúde. Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Manual para avaliação e manejo de condições pós-covid na Atenção Primária à Saúde.
Brasília: Ministério da Saúde, 2022. Disponível em:
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_avalia%C3%A7%C3%A3o_manejo_condi%C3%A7%C3%B5es_covid.pdf
______. Ministério da Saúde. Secretaria de Saúde Indígena. Doença por Coronavírus (covid-19) em populações indígenas. Semana Epidemiológica (SE) 11 de 2023
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tecnicos/2023/informe-no-137-doenca-por-coronavirus-covid-19-em-populacoes-indigenas/view
______. Ministério da Saúde. Covid-19: situação epidemiológica do Brasil até a SE 18 de 2023 [recurso eletrônico]. 2023. Disponível em:
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DUNCAN, B. B. et al. Medicina ambulatorial: condutas de atenção primária baseadas em evidências. Porto Alegre: Artmed, 2022. 2424p.
Referências
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2020. Disponível em: https://mooc.campusvirtual.fiocruz.br/rea/coronavirus/modulo1/aula1.html
GUSSO, G.; LOPES, J. M.C.; DIAS, L. C., organizadores. Tratado de Medicina de Família e Comunidade: Princípios, Formação e Prática. Porto Alegre: ARTMED, 2019,
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ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DA SAÚDE / ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE. Documento de orientação para políticas da OMS: manejo clínico da COVID-19
[recurso eletrônico]. 2022. Disponível em: https://iris.paho.org/bitstream/handle/10665.2/56584/OPASWBRAPHECOVID19220034_por.pdf?sequence=3&isAllowed=y
WILSON, M. E.; CHEN, L. H. Travellers give wings to novel coronavirus (2019-nCoV). Journal of travel medicine, v. 27, n. 2, 2020. https://doi.org/10.1093/jtm/taaa015.
Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/32010938/
WORLD HEALTH ORGANIZATION. Therapeutics and COVID-19: living guideline. Geneva: World Health Organization; 2023. Disponível em:
https://www.who.int/publications/i/item/WHO-2019-nCoV-therapeutics-2023.1
WORLD HEALTH ORGANIZATION. Clinical management of COVID-19: living guideline. Geneva: World Health Organization, 2023. Disponível em:
https://apps.who.int/iris/rest/bitstreams/1487600/retrieve
OBRIGADA
camilazamban@gmail.com
Dengue, Zika, Chikungunya e
Febre Amarela
-Arboviroses-
CAMILA ZAMBAN DE MIRANDA
JULIANA MACHADO DE CARVALHO
Médicas de Família e Comunidade
Arboviroses
Distribuição da taxa de incidência de dengue por município, no Brasil, semanas epidemiológicas 1 a 51/2022
Dengue no Brasil -epidemiologia
Inoculação Viral
No curso de uma epidemia a confirmação pode ser feita por meio de critério
clínico epidemiológico exceto nos primeiros casos da área, que deverão ter
confirmação laboratorial.
Prova do laço
A prova do laço deve ser realizada na triagem, obrigatoriamente, em todo paciente
com suspeita de dengue e que não apresente sangramento espontâneo.
Classificação dos
pacientes em
grupos por critérios
clínico-laboratoriais
e presença de
comorbidades para
manejo clínico.
Classificação - Estadiamento
Grupo A – Classificação: Dengue
• Caso suspeito de dengue;
• Prova do laço negativa, sem sangramentos;
• Ausência de sinais de alarme;
• Sem comorbidades, grupo de risco ou condições clínicas especiais.
Conduta:
• Exames laboratoriais complementares a critério médico;
• Prescrever paracetamol e/ou dipirona;
• Não utilizar salicilatos ou anti-inflamatórios não esteroides;
• Orientar repouso e prescrever dieta e hidratação oral.
Grupo A – Orientações ao paciente:
• Não se automedicar;
• Procurar imediatamente o serviço de urgência em caso de sangramentos ou
sinais/sintomas de alarme;
• Agendar o retorno para reavaliação clínica no dia de melhora da febre (possível
início da fase críbca); caso não haja defervescência, retornar no quinto dia de
doença;
• Nobficar, preencher “cartão da dengue” e liberar o paciente para o domicílio com
orientações;
• Orientar sobre a eliminação de criadouros do Aedes aegypb;
• Os exames específicos para confirmação não são necessários para condução
clínica. Sua realização deve ser orientada de acordo com a situação
epidemiológica.
Grupo B – Classificação: Dengue
• Caso suspeito de dengue.
• Ausência de sinais de alarme.
• Com sangramento espontâneo de pele (petéquias) ou induzido (prova do laço
posibva).
• Condições clínicas especiais e/ou de risco social ou comorbidades (lactentes –
menores de 2 anos –, gestantes, adultos com idade acima de 65 anos,
hipertensão arterial ou outras doenças cardiovasculares graves, diabetes mellitus,
doença pulmonar obstrubva crônica (DPOC), doenças hematológicas crônicas
(principalmente anemia falciforme e púrpuras), doença renal crônica, doença
ácido pépbca, hepatopabas e doenças autoimunes).
Grupo B – Conduta
• NoSficar o caso;
• Após preencher critérios de alta, o retorno para reavaliação clínica e
laboratorial segue orientação conforme grupo B;
• Preencher cartão de acompanhamento;
• Orientar o retorno após a alta.
Dengue grave
• Extravasamento de plasma, levando ao choque ou acúmulo de líquidos com
desconforto respiratório, sangramento grave ou sinais de disfunção orgânica
como o coração, os pulmões, os rins, o }gado e o sistema nervoso central (SNC);
• O quadro clínico é semelhante ao observado no compromebmento desses órgãos
por outras causas;
• Derrame pleural e ascite podem ser clinicamente detectáveis;
• Aumento do hematócrito, quanto maior sua elevação maior será a gravidade;
• Redução dos níveis de albumina.
Síndrome do Choque da Dengue
Métodos indicados:
• Hematócrito;
• Um hematócrito no início da fase febril indica o valor basal do paciente;
• 1º ao 3º dia geralmente normal;
• Hematócrito em ascensão – marca o início da fase crítica;
• O valor é diretamente proporcional à gravidade.
Hematócrito em: Aumentado
• Paracetamol
• Adultos: 40-55 gotas ou 1 comprimido (500 a 750 mg) até de 6/6 horas.
• Crianças: 10 mg/kg/dose até de 6/6 horas (respeitar dose máxima para peso
e idade):
• Gotas: 200 mg/ml (1ml = 20 gotas);
• Comprimidos: 500 e 750 mg por unidade;
• Dose máxima: não utilizer doses maiores que a recomendada acima.
Sintomáticos
• Casos suspeitos;
• Sinais de alarme;
• Acompanhamento por estadiamento;
• Sempre reclassificar o paciente;
• Hidratação;
• 60mL/kg/24 horas – sem evidência de perda de líquido;
• 20mL/kg/hora – com evidência de perda de líquido.
Notificação
Distribuição da taxa de incidência de Chikungunya por município, no Brasil, semanas epidemiológicas 1 a 51/2022
Chikungunya no Brasil - epidemiologia
Em mais de 50% dos casos, a artralgia torna-se crônica, podendo persistir por anos.
Chikungunya – manifestações clínicas
Notificação compulsória:
Todo caso suspeito de Chikungunya deve ser notificado.
Prevenção e Controle
● Controle do Vetor;
● Proteção cutânea –uso de repelentes, mangas compridas e calças
compridas, telas;
● Viajantes para áreas de risco.
Zika
Introdução
• Vírus Zika(ZIKV);
• ZIKV isolado pela primeira vez a partir de um macaco Rhesusem 1947, na floresta
Zikade Uganda;
• A primeira infecção humana foi relatada na Nigéria em 1954;
• A febre do Zika é considerada doença emergente desde 2007, mas poucos casos
tinham sido relatados desde então;
• A partir de outubro de 2013, ocorreu uma grande epidemia de ZIKV na Polinésia
Francesa e os primeiros casos autóctones na Nova Caledônia, em 2014.
Introdução
Distribuição da taxa de incidência de Zika por município, no Brasil, semanas epidemiológicas 1 a 51/2022
Zika no Brasil - epidemiologia
Divulgação no
site do
Ministério da
Saúde.
Brasil, 2016.
ZIKA – caso suspeito
• Febre;
• Hiperemia conjuntival sem secreção ou prurido;
• Poliartralgia;
• Edema periarticular.
Transmissão
Notificação compulsória:
• Vírus amarílico;
• Arbovírus;
• Gênero Flavivíruse;
• Família Flaviviridae;
• RNA vírus.
Vetores, reservatórios e hospedeiros
• Indivíduo com quadro febril agudo (até sete dias), de início súbito,
acompanhado de icterícia e/ou manifestações hemorrágicas, residente em
(ou procedente de) área de risco para febre amarela ou de locais com
ocorrência de epizootia confirmada em primatas não humanos (PNH) ou
isolamento de vírus em mosquitos vetores, nos últimos 15 dias, não
vacinado contra febre amarela ou com estado vacinal ignorado.
Introdução
• Aumento da febre;
• Diarreia;
• Reaparecimento de vômitos (aspecto de borra de café);
• Insuficiência hepá[ca e renal com suas consequências: sangramentos,
oligúria, azotemia, etc.
• Confusão mental coma.
Diagnóstico
• Notificação:
• Controle Biológico;
• Mecânico ou Ambiental;
• Químico.
Controle do vetor
Referências bibliográficas
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https://www.youtube.com/watch?v=dANvxNm1gkI&t=3278s
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância Epidemiológica. Doenças infecciosas e parasitárias: guia de bolso – 8. ed.
rev. Brasília: Ministério da Saúde, 2010. 444 p. il. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/doencas_infecciosas_parasitaria_guia_bolso.pdf
______. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Diretoria Técnica de Gestão. Dengue : diagnóstico e manejo clínico: adulto e criança. - 4. ed. - Brasília
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______. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis. Chikungunya: manejo clínico. Brasília:
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______. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Febre amarela: guia para profissionais de saúde. Brasília : Ministério da Saúde, 2017. Disponível em:
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______. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Monitoramento dos casos de arboviroses urbanas causados por vírus transmitidos pelo mosquito
Aedes (dengue, chikungunya e zika), semanas epidemiológicas 1 a 10, 2021. Boletim Epidemiológico, Brasília, v. 52, n. 10, mar. 2021. Disponível em:
https://www.gov.br/saude/pt-br/centrais-de-conteudo/publicacoes/boletins/epidemiologicos/edicoes/2021/boletim_epidemiologico_svs_10.pdf
Referências bibliográficas
______. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Monitoramento dos casos de arboviroses até a semana epidemiológica 51 de 2022. Boletim
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______. Ministério da Saúde. Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde. Universidade Aberta do Sistema Único de Saúde. Dengue: Casos Clínicos para
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ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DA SAÚDE / ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE. Atualização epidemiológica: Arbovírus no contexto da COVID-19. 2 de julho de
2021, Brasília, D.F. OPAS/OMS, 2021. Disponível em: https://iris.paho.org/bitstream/handle/10665.2/54526/EpiUpdate2July2021_por.pdf?sequence=1&isAllowed=y
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OPS/ OMS, 2010 54 p. Disponível em: https://www.paho.org/hq/dmdocuments/2012/Guias-atencion-enfermos-Americas-2010-esp.pdf
TELESSAÚDE ES. Webconferência Manejo Clínico da Dengue Telessaúde ES 18/12/2012. Youtube, 21 ago. 2014. Disponível em:
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TELESSAÚDE MS. Web Aula: Atualização e Manejo Clínico da Dengue. Youtube, 27 mar. 2019. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=5FkfbWh2yAU
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL. Programa de Pós-Graduação em Epidemiologia. TelessaúdeRS (TelessaúdeRS-UFRGS). Como investigar casos
suspeitos de arboviroses (Dengue, Zika e Chikungunya)?. Porto Alegre: TelessaúdeRS-UFRGS; Maio 2021. Disponível em:
https://www.ufrgs.br/telessauders/perguntas/como-fazer-abordagem-inicial-na-aps-de-casos-suspeitos-de-arboviroses-dengue-zika-e-chikungunya/
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL. Programa de Pós-Graduação em Epidemiologia. TelessaúdeRS (TelessaúdeRS-UFRGS). Quando suspeitar de dengue
e como realizar a investigação diagnóstica?. Porto Alegre: TelessaúdeRS-UFRGS; abr. 2022. Disponível em: https://www.ufrgs.br/telessauders/perguntas/quando-
suspeitar-de-dengue-e-como-realizar-a-investigacao-diagnostica/
OBRIGADA
camilazamban@gmail.com
Abordagens de Condições
Prevalentes na APS
CAMILA ZAMBAN DE MIRANDA
JULIANA MACHADO DE CARVALHO
Médicas de Família e Comunidade
Pneumonia Adquirida na Comunidade (PAC)
Epidemiologia:
• Embora o número absoluto de mortes no Brasil tenha crescido devido ao
aumento da população e ao seu envelhecimento, quando a taxa de mortalidade
por PAC é padronizada por idade, observa-se uma queda de 25,5% no período
compreendido entre 1990 e 2015;
• PAC é a 2a maior causa de internação hospitalar no Brasil;
• PAC é a 1a causa de morte por doença respiratória.
Pneumonia Adquirida na Comunidade (PAC)
Amoxicilina + ácido clavulânico 500mg, VO, de 8/8 horas; ou 875mg, VO, de 12/12 horas
MACROLÍDEOS
FLUOROQUINOLONA
• Otite média;
• Exacerbação de asma;
• Sinusites;
• Pneumonias.
PAC - Infância e Adolescência
Etiologia
PAC - Infância e Adolescência
• A realização de radiografia de tórax para confirmação do diagnóshco não é
rohneiramente necessária em crianças com quadro leve de pneumonia, sem
complicações e que serão tratadas ambulatorialmente;
• Reservar o exame para pneumonias graves, para avaliação de
complicações e para diagnóshco diferencial.
18
PAC - Infância e Adolescência
19
Principais indicações de internação hospitalar de crianças com PAC
Tratamento PAC
Antibióticoterapia de escolha
QUADRO CLÍNICO TRATAMENTO TEMPO
29
Quadros Dolorosos na Aps
DOR
● Estímulo ao auto-cuidado;
• Esclarecer a etiologia;
• Manejo do cuidado;
• Proteger contra o uso excessivo de
medicação (cronificação da dor);
● Demanda oculta;
• Resiliência;
• Trabalhar a preocupação com o que pode
vir.
Dor - Percepção da pessoa
Dor - Percepção da pessoa
Classificação
Mecanismos da dor:
● Dor nociceptiva;
● Dor neuropática;
● Dor disfuncionais;
● Dor psicogênica;
● Dor mista.
Mecanismos da dor aguda
Resposta fisiológica
● Até 3 a 6 meses;
● Sinal de alerta;
● Mecanismo de sobrevivência;
● Entidade nosológica;
● Neuroplasticidade.
Tratamento
● Intensidade da dor;
● Indicação clínica;
● Contraindicações e interações com outros tratamentos.
Tratamento não farmacológico
Orientações
PARACETAMOL DIPIRONA
● Boa Eficácia e tolerabilidade;
● Boa Eficácia e tolerabilidade;
● Compatível com AINH;
● Dose-dependente; ● Eventos raros de aplasia de
● Precaução na Insuficiência medula;
Hepática;
● Dose máxima de 4 g/dia; ● Riscos semelhantes aos demais
● Tolerado por pacientes com analgésicos.
antecedentes de gastrite e úlcera.
Tratamento farmacológico -
An;-inflamatórios não esteroidais (AINE)
Critérios diagnós\cos de
migrânea sem aura
Migrânea
Critérios diagnósticos
de migrânea com aura
Migrânea - Tratamento da crise
Medidas Não farmacológicas
Recomendações Gerais
1. Evitar os fatores desencadeantes, realizar atividade física e ter adequado
padrão de sono;
2. Abordagem compreensiva e individualizada;
3. Educação e orientação do paciente e/ou familiares quanto à natureza do
diagnóstico e ao automanejo da crise;
4. Diário para o registro das crises deve ser encorajada;
5. Técnicas alternativas(acupuntura, técnicas de relaxamento, biofeedback,
psicoterapia) e homeopatia.
Migrânea - Tratamento abortivo de crises
Migrânea - Indicações de início de terapia profilá;ca
Migrânea - Tratamento profilático
Migrânea - Tratamento profilático
DOR MusculoesqueléRca
Dor Musculoesquelética
● É o sintoma mais prevalente na população geral, podendo acometer mais de
um terço das pessoas, de forma crônica ou recorrente;
ABORDAGEM INICIAL:
● Exames de imagem: radiografia pode ser uma boa opção para descartar lesões
ósseas graves, especialmente pelo fácil acesso. Observar falso positivo;
• Melhorar a dor;
• Restauração dos movimentos e ahvidades diárias;
• Prevenção de recorrências;
• Repouso (geralmente, apenas por alguns dias);
• Para a maioria dos pacientes, a melhor recomendação é um retorno lento e
gradual às suas ahvidades normais, sem repouso no leito ou exercícios na fase
aguda. Essa orientação acelera a recuperação, mas se deve respeitar a tolerância
de cada indivíduo.
Dor lombar
Normocíticas:
● Hiperproliferativas: Perdas sanguíneas agudas; Anemias hemolíticas;
● Hipoproliferativas: Patologias intrínsecas da medula óssea; Efeito inadequado
da eritropoetina; Carência de ferro.
Classificação - Tipos de Anemia
Macrocíticas:
● Álcool e hepatopatias;
● Toxicidade por fármacos;
● Anemias megalobásticas: Deficiência de Vitamina B12; Deficiência de Ácido
Fólico;
● Síndrome mielofisplásica.
VCM 80 a 100
Hiperproliferativas:
● Causas:
● Perdas sanguíneas agudas;
● Anemias hemolíticas.
Anemias Normocíticas
Hipoprolifera<vas:
● Causas:
● Patologias intrínsecas da medula óssea - Anemia aplásica; Leucemias,
linfomas e neoplasias sólidas com invasão da medula óssea; Mielodisplasia;
● Efeito inadequado da eritropoehna - Anemia da inflamação (Doença crônica),
Doença renal crônica; Endocrinopahas;
● Carência de ferro na fase inicial.
Anemias MacrocíRcas
VCM > 100
● Menor prevalência;
● Reservas de vitamina B12 podem durar até 3 anos no fígado;
● Causas: vegetarianismo estrito, dificuldade de absorção no íleo terminal por
deficiência de fator instrínseco, distúrbios intestinais, Fármacos;
● Medicações: metotrexato, azatioprina, AZT, hidroxiureia, fenitoína,
metformina, anticoagulantes orais, colchicina, trimetoprima.
Anemia MegaloblásRca -
Deficiência de Vitamina B12
143
Asma - Conceito
144
Asma - Epidemiologia
• Quanto a prevalência dos sintomas no Brasil em 2019:
1- adolescentes - 20%
2- 18 a 45 anos - 23%
• Chiados ao respirar;
• Aperto no peito;
• Falta de ar;
• Tosse seca;
• Desconforto torácico.
148
Asma – patologia de diagnóstico clínico
149
Asma – patologia de diagnóstico clínico
• O diagnóshco da asma deve ser fundamentado em condições clínicas e
funcionais. Em crianças menores de 5 anos, o diagnóshco é eminentemente
clínico;
151
Asma -
Diagnóstico clínico em menores de dois anos
Investigar
a) Respiração ruidosa, tosse seca, vômitos associados à tosse.
b) Retrações (esforço respiratório).
c) Dificuldade à alimentação (sucção deficiente ou recusa alimentar).
d) Alterações da frequência respiratória e padrão respiratório (expiração prolongada,
tiragens).
152
Asma -
Diagnóstico clínico em maiores de dois anos
Inveshgar:
a) Respiração curta (diurna ou noturna).
b) Fadiga, tosse seca após correr, rir muito ou chorar, ou após fazer algum esporte
(cansa mais rápido em comparação com crianças da mesma faixa etária, maior
irritabilidade).
c) Queixas sobre “não se senhr bem, com falta de ar”.
d) Desempenho escolar ruim ou absenteísmo.
e) Menor frequência ou intensidade da ahvidade }sica, por exemplo, nos esportes, nas
aulas de gináshca.
f) Desencadeantes específicos: esportes, aulas de gináshca, exercício }sico/ahvidades
com esforço.
153
Asma -
Diagnóstico clínico em maiores de dois anos
154
Asma - DiagnósRco diferencial
155
Asma - Diagnóstico diferencial
• DPOC – em adultos;
• Refluxo gastro-esofágico;
• Síndrome da tosse crônica das vias aéreas (gotejamento pós-nasal);
• Bronquite eosinofílica;
• Disfunção das cordas vocais;
• Asma ocupacional;
• Outras causas de tosse crônica - tuberculose.
156
Asma - Classificação
157
Asma – Classificação conforme intensidade
158
Asma – Classificação conforme intensidade
159
Asma – Classificação conforme nível de controle
160
Asma – Classificação conforme nível de controle
• Leve: bem controlada com tratamento de baixa intensidade – broncodilatador de
curta ação ou broncodilatador de curta ação + corticóide inalatório;
162
Asma – Exames complementares
• Hemograma: útil para excluir a anemia como causa ou fator agravante de dispneia
e identificar eventuais anormalidades da série branca e eosinofilia.
• Dosagem de IgE: pode ser útil para identificar a sensibilização atópica específica,
como para auxiliar no controle da doença com redução de exposição e escolha do
tratamento.
163
Quais os gatilhos da asma?
164
Asma - Principais causas de crises
1- As alterações bruscas do clima;
2- Contato com poeira doméstica;
3- Contato com pólen, mofo ou cheiros fortes;
4- Contato com pêlos de animais;
5- Infecções respiratórias virais ( gripes e resfriados);
6- Exposição a fumaças;
7- Uso de alguns medicamentos
8- Ingestão de alimentos;
9- Alterações emocionais e predisposição genética.
165
Abordagem da Asma
166
APS/AMBULATÓRIO
167
Abordagem da Asma na APS
168
Asma – Objetivos do tratamento
169
Asma –Tratamento para maiores de 12 anos
170
171
Asma –Tratamento para crianças de 6 a 11 anos
172
Asma –Tratamento para crianças de 6 a 11 anos
CI: corticoide inalatório; LABA: broncodilatador adrenérgico de longa ação; SABA: broncodilatador adrenérgico de curta
ação; LAMA: antagonista muscarínico de longa ação; LTRA: antagonista do receptor de leucotrieno (ex: montelucaste 10mg
(Piemonte®, Montelucaste de sódio), 1 comprimido a cada 24 horas para adolescentes a partir de 15 anos ou 1 comprimido
mastigável de 5mg a cada 24 horas para pacientes de 6 a 14 anos).
173
174
Asma –Tratamento para menores de 5 anos
175
Asma –Tratamento para menores de 5 anos
176
Asma - Linhas gerais do tratamento
177
Asma - Linhas gerais do tratamento
178
Asma -Tratamento da crise em maiores de 6 anos
179
Asma -Tratamento da crise em maiores de 6 anos
180
Asma -Tratamento da crise em maiores de 6 anos
181
Asma -Tratamento da crise em menores de 5 anos
182
Asma -
Tratamento da
crise em
menores de 5
anos
183
184
Asma -
Linhas gerais do
tratamento da crise
grave
185
Asma –
Medicações
disponíveis no
RENAME 2022
Asma -
Medicações
disponíveis no
RENAME 2022
Asma – Medicações disponíveis no Brasil
188
Asma – Medicações disponíveis no Brasil
190
“Vou ter que fazer tratamento a vida toda?”
Por ser caracterizada como doença crônica, a asma não tem cura, quem
é asmáhco permanece asmáhco por toda a vida.
191
Asma – Tratamento
“BOMBINHA”
É a maneira que as pessoas chamam todas as medicações
inalatórias usadas no tratamento da asma.
192
193
Asma – Tratamento
Como avaliar se o frasco ainda
tem medicamento
194
Asma – Tratamento
Componentes do espaçador em visão expandida
195
Asma – Tratamento
Passos para uso correto do espaçador
196
Asma – Seguimento clínico
Tratar atopias – em especial rinite
Imunização:
197
Asma – Seguimento clínico
Fatores de risco para desfechos desfavoráveis em adultos,
adolescentes e crianças a par\r de 6 anos
198
Asma – Seguimento clínico
Fatores de risco para desfechos desfavoráveis em adultos,
adolescentes e crianças a partir de 6 anos
199
Asma – Seguimento clínico
● Realizar busca ahva de pessoas com sintomas sugeshvos de asma para serem
avaliadas pela equipe;
● Estar em contato permanente com as famílias, desenvolvendo ações educahvas
relahvas ao controle da asma;
● Idenhficar sinais de gravidade no paciente com asma;
● Verificar se o paciente está usando corretamente a medicação;
● Verificar se o paciente/ familiar /cuidador sabe reconhecer os sintomas de asma, os
fatores desencadeantes e como evitá-los;
● Alertar os pais sobre os riscos do tabagismo ahvo e passivo, especialmente para
desencadear crises e dificultar o controle da asma;
● Orientar sobre a importância da redução de peso nos asmáhcos obesos.
200
Asma – Quando temos um bom controle?
Objetivos:
● Controle das limitações clínicas atuais e redução de riscos futuros;
● O mínimo de sintomas durante o dia, a ausência de sintomas à noite, a necessidade
reduzida de medicamentos de alívio dos sintomas e a ausência de limitação das
atividades físicas;
● Contempla as exacerbações, a perda acelerada da função pulmonar e os efeitos
adversos do tratamento.
(FONTE: Conitec,2020)
201
Asma – Quando temos um bom controle?
(FONTE: Conitec,2020)
202
Asma – Fatores que influenciam seu controle
● diagnóstico incorreto;
● falta de adesão;
● uso de drogas que podem diminuir a resposta ao tratamento
(antiinflamatórios não esteroidais e β-bloqueadores);
● exposição domiciliar (por exemplo, poeira ou fumaça);
● exposição ocupacional;
● tabagismo;
● outras comorbidades.
203
Asma – Quando encaminhar
● asma em adultos, adolescentes e crianças de 6 anos ou mais que
necessitam de tratamento farmacológico em estágio 5;
● asma em crianças de 5 anos ou menos que necessitam de
tratamento farmacológico em estágio 4; ou
● asma em adultos, adolescentes ou crianças de 6 anos ou mais que
que persistem com sintomas ou exacerbações com o tratamento
farmacológico em estágio 4 por pelo menos 3 meses após revisada
adesão e técnica inalatória; ou
204
Asma – Quando encaminhar
● asma em criança de 5 anos ou menos que persistem com sintomas
ou exacerbações em estágio 3 por pelo menos 3 meses após
revisada adesão e técnica inalatória; ou
● pacientes com indicadores de risco de fatalidade; ou
● asma lábil (crises que iniciam abruptamente e de forma grave,
principalmente quando o paciente não consegue reconhecer
sintomas iniciais da crise).
205
Abordagem da asma na emergência
206
Asma – Avaliação inicial da crise
ANAMNESE
• Há quanto tempo iniciou com os sintomas? (chieira e/ou tosse e/ou cansaço);
• Apresenta febre associada? Há quantos dias?
• Está apresentando outros sintomas como vômitos, diarréia, secreção nasal,
espirros, etc?
• Quais medicações está usando? (verificar dose e intervalo)
• Faz controle médico? Onde?
• Usa “bombinhas”? Quais?
207
Asma – Avaliação inicial da crise
ANAMNESE
208
Asma – Avaliação inicial da crise
EXAME FÍSICO
209
Asma – Avaliação inicial da crise
• Cianose(não esperar cianose para pensar em gravidade, lembrar que é um sinal tardio
de insuficiência respiratória e não aparece em crianças anêmicas).
• Orofaringe: presença de secreção pós-nasal, sinais de faringite.
• Otoscopia: sinais de ohte média aguda?
• Intensidade do esforço respiratório (uhlização dos músculos esternocleidomastóideos?)
• Ausculta pulmonar: MV alterado? Sibilos, crepitações, roncos?
210
Asma – Avaliação inicial da crise
EXAMES COMPLEMENTARES
211
Asma – Manejo da crise
PRIMEIRA LINHA – EFETIVIDADE IMPORTANTE
Beta 2 de curta – salbutamol base do tratamento 2 a 10 jatos (habitualmente 4
jatos a cada 20mts – com espaçador – avaliar frasco vazio, se o espaçador está
completo e com a válvula , fazer reavaliação constante – uso até o fim da tosse
não é necessário desmame
212
Asma – Manejo da crise
DROGAS DE SEGUNDA LINHA
213
Asma – Manejo da crise
DROGAS DE SEGUNDA LINHA
214
Asma – Orientações na alta
215
Pessoas que consultam frequentemente
Pessoas que consultam frequentemente
• Na Europa, cerca de 30% das consultas em MFC são induzidas pelos próprios
médicos – pacientes difíceis? Consultas sem o resultado esperado pelo
profissional?
• Pacientes com sintomas vagos e inespecíficos, história clínica desorganizada.
• Conflitos culturais – diferentes concepções de saúde.
• Liwase renal;
• Vaginites.
Disúria – Investigação
DIVISÃO:
• ITU em baixa (que engloba a cistite, a uretrite e a prostatite).
• ITU alta (pielonefrite).
ITU – Classificação
Anatômica
• ITU baixa - engloba a cistite, a uretrite e a prostatite.
• ITU alta pielonefrite.
Por sintomas
• Assintomática – 105 ou mais unidades formadoras de colônias, da mesma
bactéria, em duas ou mais amostras consecutivas.
• Sintomática.
Alterações anatômicas
• Não-complicadas: trato urinário normal.
• Complicadas: anormalidades funcionais ou estruturais. Grande variedade e
resistência de microorganismos.
ITU – Epidemiologia
• Crianças, gestantes, idosos, diabéhcos, imunossuprimidos são mais susceŠveis
à ITU;
• ITU é 15º diagnóshco mais comum nas consultas nas ESF;
• Elevada incidência em mulheres de todas as idades e nos homens após os 50
anos;
• Após os 60 anos, 5%-15% dos homens e mulheres apresentam esse hpo de
Infecção;
• Principal agente bacteriano é a E. coli (80%-95%).
ITU – Diagnóstico
O diagnóstico é geralmente feito com base nas manifestações
clínicas e pode ser reforçado por evidências laboratoriais de piúria
e /ou bacteriúria.
● No segundo grupo, 4%-10% das grávidas podem evoluir para cistite aguda,
mesmo com bacteriúria assintomática, sendo imprescindível o tratamento.
1a escolha:
• Nitrofurantoína 100mg 6/6h por 5 dias;
• Fosfomicina + trometamol 3g dose única;
• Sulfametoxazol 800 + trimetoprima 160mg 12/12h por 3 dias.
Alternativas
• Norfloxacino 400mg 12/12h por 3 dias;
• Amoxicilina 500 + clavulanato 125mg 8/8 por 7 dias;
• Cefalexina 500mg 6/6h por 3 dias.
ITU - Tratamento
Pielonefrite
• Dependendo da apresentação clínica, seu manejo deve ser realizado
em ambiente hospitalar;
• Em gestantes: tratamento hospitalar;
• Pielonefrite exige investigação laboratorial (coleta de urinálise e urocultura);
• Sexo masculino, deve-se estar atento à necessidade de investigação
de problemas estruturais no trato urinário com exames de imagem.
ITU - Tratamento
Pielonefrite - Tratamento ambulatorial
ITU complicada
• Necessária realização de urocultura;
• Avaliar sinais e sintomas que possam indicar hospitalização.
• Antibióticos;
• Nitrofurantoína 50- 100mg;
• Fosfomicina + trometamol 3g 10/10 dias;
• Sulfametoxazol + trimetoprima 200/40 ou 800/80mg diária ou 3 vezes por semana;
• Cefalexina 125 ou 250mg diária.
BATISTA FILHO, M.; CRUZ, R. de S. B. L. C. A saúde das crianças no mundo e no Brasil. Rev Bras Saude Mater Infant [Internet], v. 15, n. 4, p. 451–454, 2015. Disponível em:
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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL. Faculdade de Medicina. Programa de Pós-Graduação em Epidemiologia. TelessaúdeRS (TelessaúdeRS-UFRGS).
TeleCondutas: asma: versão digital 2022. Porto Alegre: TelessaúdeRS-UFRGS, 30 mar. 2022. Disponível em: hpps://www.ufrgs.br/telessauders/teleconsultoria/0800-
644-6543/#telecondutas-0800.
OBRIGADA
camilazamban@gmail.com
Infecções Sexualmente
Transmissíveis e AIDS
CAMILA ZAMBAN DE MIRANDA
JULIANA MACHADO DE CARVALHO
Médicas de Família e Comunidade
Panorama brasileiro
• Alta prevalência – até 12% dos homens de 17 a 20 anos já tiveram algum problema
relacionado à ISTs.
• Segundo a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) de 2019 - aproximadamente 1 milhão
de pessoas afirmaram ter diagnóstico médico de Infecção Sexualmente
Transmissível (IST) ao longo do ano, o que corresponde a 0,6% da população com 18
anos de idade ou mais.
• Início precoce da atividade sexual (média de 17,3 anos), sem orientação, com
múltiplos parceiros(as) e sem proteção.
3
Atenção Integral
• Prevenção combinada
• Prevenção individual e coletiva
• Oferta de diagnóstico e tratamento para IST assintomática – com
exame
• Manejo de IST sintomática por fluxograma
• Adesão ao tratamento
• Comunicação / diagnóstico / tratamento parcerias
• Interrupção da linha de transmissão
• Prevenção de outras ISTs
• Prevenção de complicações
Atenção integral
Atenção Integral – “Sexo Seguro”
Geralmente associado ao uso exclusivo de preservativos, porém seu uso possui
limitações. Outras medidas de prevenção são importantes e complementares:
• Usar preservativo;
• Imunizar para HAV, HBV e HPV;
• Conhecer o status sorológico para HIV da(s) parceria(s) sexual(is);
• Testar regularmente para HIV e outras IST;
• Tratar todas as pessoas vivendo com HIV – PVHIV (Tratamento como Prevenção e I=Ia );
• Realizar exame preventivo de câncer de colo do útero (colpocitologia oncótica);
• Realizar profilaxia pré-exposição – PrEP, quando indicado;
• Conhecer e ter acesso aos métodos de anticoncepção e concepção;
• Realizar profilaxia pós-exposição – PEP, quando indicado.
Atenção Integral – “Sexo Seguro”
Atenção Integral
RASTREAMENTO DE IST: Periodicamente para populações específicas
(gestantes, adolescentes e jovens, profissionais do sexo, entre outros);
IMUNIZAÇÃO:
• Vacina contra o HPV - indicada para meninas de 9 a 14 anos e
meninos de 11 a 14 anos. Duas doses, com intervalo de seis meses.
• Vacina contra HBV - indicada para todas as faixas etárias. Três doses
induzem títulos protetores de anticorpos em mais de 90% dos adultos
e dos jovens sadios, e em mais de 95% dos lactentes, das crianças e
dos adolescentes
Abordagem às pessoas com IST ou suspeita
• Oferta de preservativos e orientação de uso
• Feminino & Masculino
• Método de abordagem.
LEMBRE-SE:
ESCLAREÇA QUE TODAS AS DOENÇAS TESTADAS TEM TRATAMENTO
GRATUITO GARANTIDO PELO SUS, E A SÍFILIS TEM CURA.
Abordagem às pessoas com IST ou suspeita
REALIZAÇÃO DE TESTES RÁPIDOS PARA DIAGNÓSTICO DE ISTs
● Fale claramente para a pessoa que será examinada sobre o rigor técnico necessário
para garantir segurança ao resultado;
● Receba a pessoa com simpatia e cordialidade e cumprimente-a chamando-a pelo
nome que está na requisição - atenção ao nome social.
● A pessoa deve sentir-se confortável para esclarecer suas dúvidas tanto sobre os
procedimentos que serão realizados, como dos eventuais encaminhamentos.
● Reafirme o caráter voluntário da testagem e esclareça à pessoa que o atendimento é
sigiloso.
● Assegure a privacidade da pessoa durante a entrevista e a testagem.
Abordagem às pessoas com IST ou suspeita
REALIZAÇÃO DE TESTES RÁPIDOS PARA DIAGNÓSTICO DE ISTs
● Tenha as informações sobre os serviços de saúde para onde a pessoa deverá ser
encaminhada em caso de necessidade: gestante, por ex.
Abordagem às pessoas com IST ou suspeita
REALIZAÇÃO DE TESTES RÁPIDOS PARA DIAGNÓSTICO DE ISTs
● Como será feita a coleta da amostra – se por punção digital, punção venosa ou com
um swab para coleta do fluido oral;
● Como funciona o teste, quanto tempo levará até sair o resultado;
● Permita que a pessoa esclareça suas dúvidas nesse momento;
● Informe ainda que, durante a testagem rápida, talvez seja necessário realizar mais de
uma punção digital ou até mesmo uma punção venosa, para a repetição do teste ou,
ainda, para a realização de outros testes. Isso evitará que a pessoa fique insegura
quanto ao seu desempenho técnico.
Abordagem às pessoas com IST ou suspeita
REALIZAÇÃO DE TESTES RÁPIDOS PARA DIAGNÓSTICO DE ISTs
● Deixe claro à pessoa que os testes iniciais para a investigação da infecção pelo HIV,
HCV e sífilis são capazes de detectar anticorpos produzidos pelo organismo como
resposta à infecção causada pelo agente infeccioso.
● Se o teste a ser realizado for o teste rápido para hepatite B, esclareça que será
detectado um antígeno (HBsAg).
● Verifique se a pessoa teve algum tipo de exposição de risco recentemente e explique
o que é janela diagnóstica.
● Em caso de exposição recente, evidencie a importância de a pessoa exposta retornar
para fazer o teste no período adequado, ou seja, após 30 dias.
Abordagem às pessoas com IST ou suspeita
REALIZAÇÃO DE TESTES RÁPIDOS PARA DIAGNÓSTICO DE ISTs
Abordagem às pessoas com IST ou suspeita
REALIZAÇÃO DE TESTES RÁPIDOS PARA HEPATITES VIRAIS
● Pergunte se a pessoa alguma vez já realizou o teste para sífilis, se já teve algum
resultado reagente e se já fez algum tratamento para essa infecção.
● Faça as mesmas perguntas a respeito da pessoa ou das pessoas com quem ela
manteve contato sexual.
● Se a pessoa testada for uma mulher, pergunte se está grávida, se tem filhos, se está
fazendo ou se fez acompanhamento pré-natal em gestações anteriores e se realizou
os testes recomendados.
● Esclareça que o teste rápido para sífilis detecta anticorpos que podem ser de uma
infecção atual ou de infecções anteriores.
Abordagem às pessoas com IST ou suspeita
REALIZAÇÃO DE TESTES RÁPIDOS PARA HIV
Abordagem às pessoas com IST ou suspeita
REALIZAÇÃO DE TESTES RÁPIDOS - situações que influenciam no resultado do teste:
● Imunização: vacinas contra influenza (vacina da gripe), tétano e raiva podem gerar
resultados falsos reagentes para HIV e hepatite C em período entre 2 e 6 meses após a
vacinação.
● Medicamentos: pessoas que tomam antirretrovirais podem apresentar resultados
falsos não reagentes em testes para detecção da infecção pelo HIV
● Gestação: resultados falsos reagentes para diversas infecções - consultar o Protocolo
Clínico de Diretrizes Terapêuticas do Ministério da Saúde.
ISTs assintomáticas
• Testes no pré-natal;
• Tratamento das infecções identificadas;
• Tratamento das parcerias sexuais.
ISTs assintomáticas
• Manifestações com agentes etiológicos bem estabelecidos – manejo
possível sem testes diagnósticos;
• Abordagem sindrômica.
Manejo clínico de IST sintomáticas
Manejo clínico de IST sintomáticas
10
CORRIMENTO
VAGINAL
Situação problema 1
Exame físico: Úlcera única em face lateral do pênis, cerca de 1cm de diâmetro,
com base escura e fundo limpo. Linfonodomegalia inguinal e cervical, sem outros
pontos.
P: 58kg
Situação problema 4 – Úlcera genital
Diagnósticos Diferenciais:
• Sífilis primária e secundária;
• Herpes genital;
• Cancróide / Cancro Mole;
• Linfogranuloma Venereo;
• Donovanose.
32
32
Fluxograma De Manejo
34
Tratamento de herpes genital
Tratamento de herpes genital
Situação problema 4 – Tratamento
• Linfogranuloma venéreo
• 1ª linha: Doxicilina 100mg 12/12h por 21 dias;
• 2ª linha: Azitromicina 500mg 2cp 1x por semana por 21 dias – gestantes!;
• Parcerias assintomáticas: Azitromicina 500mg 2cp dose única.
• Donovanose
• 1ª linha: Doxicilina 100mg 12/12h por pelo menos 21 dias;
• 2ª linha: Azitromicina 500mg 2cp 1x por semana por pelo menos 3 semanas ou
Ciprofloxacino 500mg 1cp e meio 12/12h por pelo menos 21 dias ou
Sulfametoxazol + trimetoprima 400+80mg 2cp de 12/12h por no mínimo 3
semanas.
35
Tratamento de Cancroide e LGV
Tratamento de Donovanose
Sífilis – Epidemiologia
• No período de 2011 a 2021, foram notificados no país 1.035.942
casos de sífilis adquirida, 466.584 casos de sífilis em gestantes,
221.600 casos de sífilis congênita e 2.064 óbitos por sífilis congênita;
36
Sífilis – Epidemiologia:
Taxa de detecção de sífilis adquirida (por 100.000 habitantes), taxa de detecção de
sífilis em gestantes e taxa de incidência de sífilis congênita (por 1.000 nascidos
vivos), segundo ano de diagnóstico. Brasil, 2011 a 2021.
36
Sífilis – Epidemiologia:
Taxa de detecção de sífilis adquirida (por 100.000 habitantes) segundo região de
residência e ano de diagnóstico. Brasil, 2011 a 2021.
36
Sífilis – Classificação
Classificação:
• Segundo o tempo de infecção:
• Sífilis adquirida recente (< 1 ano
de evolução)
• Sífilis adquirida tardia (>1 ano de
evolução)
36
Caracterização dos estágios
Sífilis secundária
Caracterização dos estágios
Tratamento - Sífilis
42
Sífilis na gestação
Exames na primeira consulta e com 28 semanas:
• Se positivo:
• Intervenção imediata
• Tratar com penicilina benzatina 2.400.000 UI (semanal por 3
semanas – 3 doses).
• Tratar parceiro. (Se tiver teste negativo tratar com 2400 000 UI. E se
teste positivo, tratar como sífilis latente).
• Anamnese: história de diagnóstico e tratamento prévio.
• Exame físico
Sífilis na gestação
SEGUIMENTO:
• VDRL mensalmente em gestantes!
• Ao término da gestação 🡪 de 3/3meses no 1º ano. Depois, de 6/6 meses até
a estabilização.
• Os títulos devem cair progressivamente, permanecendo negativos ou
inferiores a 1:8.
• Se os títulos se mantiverem baixos e estáveis em 2 oportunidades, após 1
ano, pode ser dada alta.
• ENCAMINHAR A CENTRO DE REFERÊNCIA SE ALERGIA À PENICILINA.
Sífilis na congênita
Classificação sífilis congênita
Classificação sífilis congênita
Tratamento - sífilis congênita
Tratamento - sífilis congênita
Tratamento - sífilis congênita
DOENÇA
INFLAMATÓRIA
PÉLVICA (DIP)
Doença inflamatória pélvica (DIP)
• Ascensão de microorganismos com comprometimento de endométrio /
trompas / anexos / estruturas contíguas;
57
Epidemiologia- Infecção pelo HIV:
Taxa de detecção de aids (por 100.000 hab.) segundo região de residência,
por ano de diagnóstico. Brasil, 2011 a 2021.
57
Epidemiologia- Infecção pelo HIV:
Taxa de detecção de aids (por 100.000 hab.) segundo UF e capital de
residência. Brasil, 2021*
57
Infecção pelo HIV
• As IST são fatores de risco para aquisição e transmissão do HIV. Estudos
demonstram que pessoas com IST e infecções não ulcerativas do trato
reprodutivo têm um risco aumentado de três a 10 vezes de se infectar pelo HIV,
o qual sobe para 18 vezes se a doença cursa com úlceras genitais.
• A primeira fase da infecção (infecção aguda) é o tempo para o surgimento de
sinais e sintomas inespecíficos da doença, que ocorrem entre a primeira e
terceira semana após a infecção.
57
Infecção pelo HIV
• A fase seguinte (infecção assintomática) pode durar anos, até o
aparecimento de infecções oportunistas (tuberculose,
neurotoxoplasmose, neurocriptococose) e algumas neoplasias (linfomas
não Hodgkin e sarcoma de Kaposi);
57
Infecção pelo HIV
57
Infecção pelo HIV - Abordagem na APS
57
Infecção pelo HIV - Abordagem na APS
Para dar apoio a essa estratégia, encontram-se disponíveis em
http://www.aids. gov.br os seguintes materiais de suporte:
57
Triagem de HIV na gestação
58
Teste rápido HIV
1) A amostra com resultado não reagente no teste rápido 1 (TR1) será definida
como: “Amostra Não Reagente para HIV”. Em caso de suspeita de infecção pelo HIV,
uma nova amostra deverá ser coletada 30 dias após a data da coleta desta amostra.
2) A amostra com resultado reagente no TR1 deverá ser submetida ao teste rápido 2
(TR2).
3) A amostra com resultados reagentes no TR1 e no TR2 terá seu resultado definido
como: “Amostra Reagente para HIV”. A amostra com resultados discordantes entre
TR1 e TR2 não terá seu resultado definido. Nesse caso, devem-se repetir os dois
testes; persistindo a discordância dos resultados, uma amostra deverá ser coletada
por punção venosa e encaminhada para ser testada com um dos fluxogramas
definidos para laboratório.
59
Teste rápido HIV
• Testes rápidos para a detecção do HIV fornecem resultados entre 5 e 40 minutos
e têm sido progressivamente utilizados como estratégias de ampliação do
acesso ao diagnóstico da doença;
• Apresentam sensibilidade e especificidade acima de 99% a partir de três meses da
transmissão viral;
• Testes rápidos apresentando resultados positivos devem ser confirmados com
testes de imunofluorescência e Western blot;
• Se o resultado do teste rápido é negativo, não há necessidade de testagem
confirmatória, a não ser que haja suspeição de infecção viral aguda pelo HIV,
condição que demanda teste de detecção do vírus por meio de estratégia de
detecção do RNA viral;
• Resultados indeterminados devem ser repetidos em período entre 1 e 2 meses.
60
61
Profilaxia pré e pós-exposição ao HIV
• Há várias limitações para a efetividade de estratégias de profilaxia pós-
exposição:
○ Período limitado entre a exposição e o início da replicação viral na
submucosa;
○ Dificuldade em ter acesso aos medicamentos;
○ Reconhecimento da situação de risco implicada no contato sexual com
parceiro sabidamente infectado pelo HIV;
○ Não utilização completa dos 28 dias recomendados de profilaxia em função
da elevada frequência de ocorrência de eventos adversos.
62
Profilaxia pré e pós-exposição ao HIV
• A utilização de terapia antirretroviral como estratégia de prevenção da
transmissão do HIV em casais sorodiscordantes tem benefício demonstrado nas
situações em que o parceiro infectado possui contagens de células de linfócitos
CD4 inferiores a 350 células/mm3.
• Há, no entanto, outros aspectos a considerar, como a duração da proteção, os
efeitos adversos associados a essa estratégia, a adesão e o risco de transmissão
de vírus multirresistente entre os parceiros com sorologia discordante para o
vírus HIV.
62
Conduta
• A complexidade da infecção pelo HIV em estágio sintomático
demanda atenção especializada, realizada por médico com
treinamento específico.
63
HEPATITES VIRAIS
Hepatites virais
• Causadas pelos vírus das hepatites A, B, C, D ou Delta e E;
• São doenças causadas por diferentes agentes etiológicos;
• Têm em comum o tropismo primário pelo tecido hepático ;
• Constituem um enorme desafio à saúde pública em todo o mundo;
• São responsáveis por cerca de 1,4 milhão de óbitos anualmente, como
consequência de suas formas agudas graves e, principalmente, pelas
complicações das formas descompensadas crônicas ou por hepatocarcinoma;
• Esse número é comparável ao das mortes causadas pela tuberculose e é
superior ao de óbitos causados pelo HIV.
63
Hepatites virais
•No Brasil, de 1999 a 2016, foram notificados no Sinan aproximadamente 600.000
casos confirmados de hepatites virais A, B, C e D.
Destes:
○ Hepatite A -168.175 (23,4%);
○ Hepatite B - 264.640 (36,8%);
○ Hepatite C - 279.872 (38,9%);
○ Hepatite D - 4.259 (0,6%).
63
Hepatites virais
• Estima-se que o número de casos seja bem maior, em razão de a maioria dos
casos não apresentarem sintomas, o que dificulta a procura por diagnóstico.
• Dados do Ministério da Saúde estimam que aproximadamente 657 mil pessoas
tenham o vírus da hepatite C no Brasil.
• Devido às suas taxas de prevalência, cronicidade e potencial de
transmissibilidade e complicações, as hepatites virais B e C são agravos de
elevada importância em termos de saúde pública.
• A maioria das pessoas infectadas pelas hepatites virais crônicas desconhece seu
diagnóstico, constituindo elo fundamental na cadeia de transmissão dessas
infecções
63
Hepatite A
A hepatite A é uma doença comumente transmitida por meio de contato
oralfecal, pela ingestão de água e/ou alimentos contaminados;
63
Hepatite B
• O vírus da hepatite B – HBV é transmitido por meio de contato com fluidos
corpóreos infectados.
• O sangue é o veículo de transmissão mais importante, mas outros fluidos
também podem transmitir o HBV, como sêmen e saliva.
63
Hepatite B
63
Hepatite C
• A forma mais eficaz de transmissão do vírus da hepatite C – HCV ocorre pela
exposição percutânea repetida, ou mediante o recebimento de grandes
volumes de sangue infectado.
63
Hepatite C
63
PREVENÇÃO DAS IST NA VIOLÊNCIA SEXUAL
• Anticoncepção de emergência.
PREVENÇÃO DAS IST NA VIOLÊNCIA SEXUAL
Referências Bibliográficas
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância,
Prevenção e Controle das Infecções Sexualmente Transmissíveis, do HIV/Aids e das Hepatites
Virais. Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Manejo da Infecção pelo HIV em
Adultos. Brasília: Ministério da Saúde, 2018. Disponível em:
https://www.gov.br/aids/pt-br/centrais-de-conteudo/pcdts/2013/hiv-aids/pcdt_manejo_adult
o_12_2018_web.pdf/view.
______. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Hepatites Virais 2022. Boletim
Epidemiológico, Brasília, n. esp., jun. 2022. Disponível em:
https://www.gov.br/saude/pt-br/centrais-de-conteudo/publicacoes/boletins/epidemiologicos
/especiais/2022/boletim-epidemiologico-de-hepatites-virais-2022-numero-especial.
Referências Bibliográficas
______. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Sífilis 2022. Boletim
Epidemiológico, Brasília, n. esp., out. 2022. Disponível em:
https://www.gov.br/saude/pt-br/centrais-de-conteudo/publicacoes/boletins/epidemiologicos
/especiais/2022/boletim-epidemiologico-de-sifilis-numero-especial-out-2022/view
______. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. HIV/Aids 2022. Boletim
Epidemiológico, Brasília, n. esp., dez. 2022. Disponível em:
https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/noticias/2022/dezembro/arquivos/boletim_hiv_aid
s_-2022_internet_24-11_finalizado.pdf
______. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Doenças de
Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis. Protocolo Clínico e Diretrizes
Terapêuticas para Atenção Integral às Pessoas com Infecções Sexualmente Transmissíveis –
IST [recurso eletrônico]. Brasília: Ministério da Saúde, 20
Referências Bibliográficas
FELISBINO-MENDES, M. S. et al. Comportamento sexual e uso de preservativos na população
brasileira: análise da Pesquisa Nacional de Saúde, 2019. Revista Brasileira de Epidemiologia, v.
24, 2021. Disponível em:
https://www.scielosp.org/article/rbepid/2021.v24suppl2/e210018/pt/.
PREFEITURA DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO. Secretaria Municipal de Saúde. Subsecretaria de
Atenção Primária, Vigilância e Promoção da Saúde. Superintendência de Atenção Primária.
Infecção pelo HIV e AIDS: prevenção, diagnóstico e tratamento na atenção Primária - v. 1. 1.
Rio de Janeiro: SMS, 2016. 83 p. (Série F. Comunicação e Educação em Saúde) (Coleção Guia de
Referência Rápida). Disponível em:
http://www.rio.rj.gov.br/dlstatic/10112/6552790/4176326/GuiadeReferenciaRepidaemHIV_AI
DS_pagsimples_web.pdf.
Obrigado (a)!
Casos Clínicos – Revisão
Prof. Adriano Pedrosa
1
ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA
• Médico
• Enfermeiro
• Técnico de enfermagem
• Agentes Comunitários de Saúde (ACS)
2
ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA
PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS:
Porta de entrada
Trabalha com território adscrito (2 a 4 mil pessoas)
Intervém sobre os fatores de risco específicos da
comunidade
Assistência integral
Realizar atividades de educação e promoção da
saúde
3
AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE
4
ESF E PRINCÍPIOS DO SUS
ACOLHIMENTO TRIAGEM
- Objetivo: inclusão sob - Objetivo : exclusão
a ótica do vínculo e da
vulnerabilidade
- Programação X “quem não vou
Imprevisto. atender?”
“quem precisa ser “quem não deveria
atendido?” estar aqui?”
CASO CLÍNICO 1
1. Esquistossomose
2. Pesquisa de ovos Schistosoma nas fezes
(Kato-Katz)
3. Homem e caramujo
4. Tratar com Praziquantel / Notificação
Compulsória
5. Orientações…
CUIDADOS
2. Qual o tratamento?
Intervenção imediata
Notificação Compulsória
Penicilina Benzatina 2400 000 UI semanal IM por 3 semanas
Se alergia à penicilina, encaminhar para centro especializado para
dessensibilização
CASO CLÍNICO 3
Hemograma
Tipagem sanguínea e Fator Rh
Coombs indireto (se Rh negativo)
Glicemia de jejum
Teste rápido de Sífilis e HIV (VDRL ou Anti-HIV)
Toxoplasmose IgM e IgG
Sorologia Hepatite B (HbsAg)
Urocultura e Urina tipo 1
Ultrassonografia obstétrica
Pré-Natal – Condutas Gerais
Tratar parceiro
Exame físico:
3- Qual a conduta?
CASO CLÍNICO 4
Pneumonia
3- Qual a conduta?
63
• A escolha da antibioticoterapia é empírica – a AMOXICILINA é
droga de primeira escolha
• Se uso recente de amoxicilina (nos últimos 3 meses), associar
com clavulanato
• Macrolídeos (azitromicina) podem ser utilizados nas crianças
maiores de 5 anos (etiologia) ou suspeita de germe atípico
• Gravidade = hospitalização: ragem, sonolência excessiva,
desnutrição, comorbidades crô nicas e baixa idade (< 2 meses),
falha terapêutica ambulatorial e internação por incapacidade da
família e cuidar
• Reavaliar a criança 48 horas após o início da terapêutica
CASO CLÍNICO 5
CASO CLÍNICO 5
Ao exame:
IMC 30,5 kg/m2.
PA: 130x85 mmHg.
Exame físico: sem alterações
Exames complementares:
Glicemia de jejum – 140 e 145 mg/dl
Hemoglobina Glicada 6,9%.
Creatinina 1,1
ECG normal
CASO CLÍNICO 5
1 - Qual o diagnóstico?
2 – Qual tratamento?
3 – Quais orientações e cuidados com a saúde?
4 – Quais exames de seguimento?
5- Quando retornar para consulta?
CASO CLÍNICO 5
1 - Qual o diagnóstico?
DM II
Obesidade
Tabagismo
2 – Qual tratamento?
Glicemia de jejum
Hemoglobina glicada
Urina tipo 1 e microalbuminúria
Creatinina
Lipidograma
Fundoscopia
Retornar em 3 meses
CASO CLÍNICO 6
CASO CLÍNICO 6
AO EXAME:
Peso: 49Kg; Altura: 1,52m; PA: 110x70mmHg;
FC 98 bpm; T: 37,9 °C.
Em bom estado geral, hidratada e descorada 1+/4+ e
anictérica.
Aparelho Cardiovascular e Respiratório sem
alterações.
Exame abdominal: Fígado palpável há 6 cm do rebordo
costal direito, doloroso. Baço palpável também há 6cm
do rebordo costal esquerdo.
CASO CLÍNICO 6
Reações adversas:
Cardiotoxicidade Avaliar função
Hepatotoxicidade hepática, renal e
Nefrotoxicidade ECG
NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA
CASO CLÍNICO 7
CASO CLÍNICO 7
HIPÓTESE DIAGNÓSTICA:
CORRIMENTO VAGINAL E SUSPEITA DE VIOLÊNCIA SEXUAL
ANAMNESE:
CRIANÇA DEMONSTRA ALTERAÇÃO DE COMPORTAMENTO?
CRIANÇA JÁ MENSTRUOU?
QUAIS OS ADULTOS COM QUEM CRIANÇA FICA SOZINHA EM CASA?
EXAME FÍSCO:
EXAME GENITAL COM CONSENTIMENTO DA MÃE E DA CRIANÇA,
PROCURAR POR LACERAÇÕES
BUSCA DE MARCAS DE VIOLÊNCIA FÍSICA
CASO CLÍNICO 7
EXAME COMPLEMENTAR:
OFERECER RASTREAMENTO DE IST (ACONSELHAMENTO PRE E POS TESTE)
CONDUTA:
ACONSELHAR SOBRE IST/SEXUALIDADE
USO DE SUBSTÂNCIAS E HÁBITOS SAUDÁVEIS
•O adolescente tem direito à:
• PRIVACIDADE: O direito de ser atendido sozinho, em
espaço privado de consulta.
• CONFIDENCIALIDADE: As informações discutidas na
consulta, não podem ser passadas aos seus pais e ou
responsáveis sem a permissão expressa do adolescente.
• SIGILO MÉDICO: é um direito garantido e reconhecido
pelo artigo 103 do Código de Ética Médica.
Os adolescentes de ambos os sexos têm direito
a educação sexual, ao sigilo sobre sua atividade
sexual
HIPÓTESE DIAGNÓSTICA:
IDOSA COM DEPRESSÃO, DM tipo II descompensada
ANAMNESE:
AVALIAR ADESÃO AO TRATAMENTO DA DM.
AVALIAR FUNCIONALIDADE
SENTE-SE TRISTE OU DESANIMADO FREQUENTEMENTE?
PERDA DE PESO?
INSÔNIA/SONOLÊNCIA?
PSICOSE? IDEAÇÃO SUICIDA; plano ou tentativa?
TESTE: ESCALA GERÍATRICA DE DEPRESSÃO + MINI-MENTAL
CASO CLÍNICO 9
▪ HUMOR:
▪ Perguntar ao paciente se
ele se sente triste ou
desanimado
frequentemente.
CONDUTA PARA DM
• Iniciar Insulina NPH 10 U a noite.
• Suspender Gliblencamida
• Orientação da aplicação da insulina e orientação
sobre armazenamento e dispensa dos insumos
(pode ser consulta de enfermagem)
• Orientar sobre sinais de hipoglicemia e como
proceder
• Exames de seguimento
• Agendamento de retorno
CASO CLÍNICO 10
CASO CLÍNICO 10
1. Hanseníase
2. Anamnese: contato com portadores de Hanseníase, sintomas
neurológicos, déficits motores e visuais, etc.
Exame físico: Realizar exame dermatoneurológico
completo: Teste de sensibilidade tátil, térmica e dolorosa
das lesões, Avaliação da função neural, Avaliação do grau
de incapacidade física: mãos, pés e olhos.
Dose supervisionada:
• 2X 300 mg de rifampicina
• 100 mg de dapsona
Dose auto-administrada:
• 100 mg de dapsona
TRATAMENTO COMPLETO:
• 6 cartelas (6 meses)
• Doses supervisionadas:
28/28 dias ou 4/4 semanas
CASO CLÍNICO 10
Dose supervisionada:
• 2X 300 mg de rifampicina
• 3X 100 mg de clofazimina
• 100 mg de dapsona
Dose auto-administrada:
• 100 mg de dapsona
• 50 mg de clofazimina
TRATAMENTO COMPLETO:
• 12 cartelas (12 meses)
• Doses supervisionadas:
28/28 dias ou 4/4 semanas
CASO CLÍNICO 11
CASO CLÍNICO 11
Rifampicina (R)
Fase
Isoniazida (H) ou (I)
intensiva
Pirazinamida (Z) ou (P)
2 meses
Etambutol (E)
ESQUEMA
BÁSICO
6 meses
Fase
Manutenção Rifampicina (R)
4 meses Isoniazida (H) ou (I)
CASO CLÍNICO 11
4. Qual o tratamento?
3. Orientações
2. Anamnese:
Exame Físico
3.
- Orientar a importância das consultas do Pré Natal
-Estimular a participação do pai
-Abordar expectativas em relação à gestação
-Orientar alimentação adequada, prática de atividade
física e controle do ganho ponderal
-Conversar sobre atestado x declaração de
comparecimento
CASO CLÍNICO 13
4. Suspender captopril
- Avaliar introdução de metildopa;
- Suspender ácido fólico.
• Mínimo: 6 consultas
• (1 consulta no 1º trimestre; 2 no 2º trim; 3 no 3º trim)
• Recomendado:
- Consultas mensais até 28 semanas
- Quinzenais de 28 a 36 semanas
- Semanais de 36 semanas até o parto
• Compartilhadas com a enfermagem
• Avaliar risco individual para encaminhar à maternidade
com 41 semanas e 6 dias
CASO CLÍNICO 14
CASO CLÍNICO 14
2. Orientações gerais
3. Tratamento:
Ceftriaxona 500 mg, IM, dose única +
Doxiciclina 100 mg, VO de 12/12 horas por 14 dias +
Metronidazol 500mg, VO, de 12/12 horas por 14 dias
113
Caso 15 – continuação.
Está em uso regular de:
- Enalapril 20mg de 12 em 12h;
- Hidroclorotiazida 25mg, pela manhã;
- Metformina 850mg, antes do almoço e do jantar;
Triagem (realizada pela Técnica de Enfermagem):
PA – 160x90; Peso; 78kg; Altura: 1,60m
HGT (jejum): 220 A1C = 8,5
FREQUÊNCIA ANUAL
Avaliação laboratorial
• Também podem ser solicitados exames para avaliação cardiológica, conforme necessidade individual,
como eletrocardiograma (ECG);
• Os exames de glicemia de jejum e HbA1C devem ser realizados duas vezes ao ano, em pacientes dentro
da meta e, a cada três meses enquanto não atingir meta pactuada;
• Os demais exames poderão ser solicitados uma vez ao ano.
60
Insulinoterapia – Indicações
•Se o controle não for alcançado após o uso de metformina em associação com
uma sulfoniluréia, por três a seis meses;
•Quando os níveis de glicemia em jejum estiverem > 300mg/dL, na primeira
avaliação ou no momento do diagnóstico, principalmente se acompanhado de
perda de peso, cetonúria e cetonemia (GUSSO; LOPES, 2012);
• Diabetes gestacional;
•Situações de estresse agudo metabólico (infecções, cirurgias, infecções graves,
AVE, politrauma, IAM, etc.).
72
CASO CLÍNICO 16
Caso 16
Vinícius, 23 anos, cantor de bar, vem ao posto de saúde
acompanhar a diabetes. Tem uma glicemia de 320 mg/dl, e
uma hemoglobina glicada de 12%. Refere que toma algumas
doses de uísque durante seus shows de fim-de-semana. Seu
colesterol total está de 200 mg/dl, o triglicerídeos de 150
mg/dl, e HDL de 60 mg/dl. É tabagista de meio maço por dia.
Não apresenta outras enfermidades.
Caso 16 – continuação.
Está em uso de:
Metformina 850mg, antes do almoço e do jantar;
Triagem (realizada pela Técnica de Enfermagem):
PA – 130/87mmHg; Peso; 90kg; Altura: 1,73m
Glicemia capilar: 400 mg/dl
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Insulinoterapia
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Insulinas
• A dose inicial costuma ser de 10UI de insulina NPH, ou 0,1 a 0,2UI/kg para as pessoas obesas,
podendo ser reajustada em 2UI a 4UI, conforme média de três glicemias capilares de jejum
consecutivas, até atingir meta glicêmica (GUSSO; LOPES, 2012).
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CASO CLÍNICO 17
Caso 17
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Fluxograma de rastreamento e diagnóstico de HAS
PA entre 140/90 e
159/99 mmHg
Avaliação da pessoa com hipertensão
Rotina complementar mínima
•Glicemia; Cálculo do LDL
LDL = CT – (HDL + TGL/5)
•Lipidograma (colesterol total [CT], HDL, triglicérides
[TGL]);
•Creatinina [Cr], potássio; Cálculo do Clearance de Creatinina (ClCr)
FREQUÊNCIA ANUAL
Diagnóstico
• LDL-c ≥ 160mg/dL – Hipercolesterolemia isolada;
• TG ≥ 150mg/dL – Hipertrigliceridemia isolada;
• LDL-c ≥ 160mg/dL + TG ≥ 150mg/dL - Hiperlipidemia mista;
• HDL-c < 50mg/dL (mulheres) ou < 40mg/dL (homens) – baixo.
Manejo Clínico na Atenção Básica
Principais Drogas
• Sinvastatina – 40 a 80mg/dia, em 1 tomada à noite;
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• Hipertrigliceridemia > 500mg/dL (se não resposta à MEV) ou
>1000mg/dL:
• Bezafibrato – 400 a 600mg/dia;
• Ciprofibrato – 100mg/dia.
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Exames 1° Trimestre
Hemograma;
Tipagem sanguínea e Fator Rh;
Coombs indireto (se Rh negativo);
Glicemia de jejum;
Teste rápido de Sífilis e HIV (VDRL ou Anti-HIV);
Toxoplasmose IgM e IgG;
Sorologia Hepatite B (HbsAg);
Urocultura e Urina tipo 1;
Ultrassonografia obstétrica;
Citopatológico de colo uterino (se necessário);
Exame parasitológico de fezes (se indicação clínica).
Pré-Natal – Condutas Gerais
2) Radiografia de tórax