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Fonte: IBGE
Desigualdades no Brasil
Fonte: IBGE
Escassez de médicos x Linha da Pobreza
Índice de escassez de médicos em Atenção Proporção de domicílios com renda per capita
Primária à Saúde (APS)* abaixo da linha da pobreza (R$137)
*: Considera o número de
médicos equivalente a 40
horas nas especialidades de
clínica médica, saúde da
família e pediatria
Transição demográfica
Princípios Princípios
DOUTRINÁRIOS ORGANIZATIVOS
SUS: princípios doutrinários
Universalidade Integralidade
Saúde como Direito de Todo (Holística) – Medicina
cidadania e não como Integral Tudo (Direito aos três
Direito Trabalhista níveis de assistência)
Equidade
Tratamento diferente para se
chegar a igualdade
SUS: princípios organizativos
Descentralização/Hierarquização/Regionalização
Descentralização Gestão mais próxima da população
Municipalização da saúde
Condições e doenças
Rede de Urgência e
Qualificação/Educação
Rede Cegonha
Emergência
crônicas
Drogas
Informação
Regulação
• Ela fez isso, e na segunda-feira estava diante do médico de família da sua área.
Queria um referenciamento ao ortopedista. O médico lhe sugeriu experimentar
usar diclofenaco durante 4 dias e retomar o tratamento da pressão e diabetes,
além de fazer novo papanicolau e mamografia. Sugeriu também exames
laboratoriais e uma consulta de rotina com o oftalmologista. Os exames foram
coletados pela enfermeira da equipe na semana seguinte.
Questão orientadora
• Em um mês, a paciente retornava ao médico de família com o resultado dos
exames de sangue e o controle da pressão realizado semanalmente. Tanto o
diabetes quanto a pressão alta estavam mal controladas. O médico de família
alterou a dose dos medicamentos prescritos na consulta anterior e orientou nova
sequência de controle de pressão e novo exame laboratorial em 3 meses.
• Nesse meio tempo, foi chamada para o oftalmologista, para a mamografia e fez o
papanicolau com a auxiliar de enfermagem da unidade. Enquanto aguardava o
período determinado pelo médico de família para fazer novos exames, ela
perdeu o genro assassinado pela polícia e ficou extremamente abalada.
Procurou então o médico de família para “pedir um calmante”. Por causa desse
episódio, atrasou a coleta dos novos exames laboratoriais em 2 meses, mas
procurou, então não se descuidar do uso dos medicamentos.
Questão orientadora
• Passados 5 meses da última consulta, coletou novos exames com a mesma
enfermeira e voltou ao médico de família em seguida para retomar o tratamento
da pressão e do diabetes. Segundo relatou ao médico de família, o oftalmologista
dissera que sua vista estava “ok” e que, embora tenha começado uma catarata,
não tinha de operar naquele momento. Aproveitou para queixar-se de dor na
perna esquerda quando caminhava.
• Realizar atenção à saúde na Unidade Básica de Saúde, no domicílio, em locais do território (salões
comunitários, escolas, creches, praças etc.) e em outros espaços que comportem a ação planejada;
ESF: processo de trabalho
• Desenvolver açõeseducativas que possam interferir no processo de saúde-doença da
população, no desenvolvimento de autonomia, individual e coletiva, e na busca por qualidade de vida
pelos usuários;
• Participar do planejamento local de saúde, assim como do monitoramento e avaliação das ações na
sua equipe, unidade e município, visando à readequação do processo de trabalho e do
planejamento diante das necessidades, realidade, dificuldades e possibilidades analisadas;
• Desenvolver ações intersetoriais, integrando projetos e redes de apoio social voltados para o
desenvolvimento de uma atenção integral;
• Apoiar as estratégias de fortalecimento da gestão local e do controle social;
• Interconsulta
• Construção conjunta de projetos terapêuticos
• Educação permanente
• Intervenções no território e na saúde de grupos populacionais de
todos os ciclos de vida
• Ações de prevenção e promoção da saúde
• Discussão do processo de trabalho das equipes, dentre outros.
NASF: matriciamento
• O apoio matricial será formado por um conjunto de profissionais que não têm, necessariamente,
relação direta e cotidiana com o usuário, mas cujas tarefas serão de prestar apoio às equipes de
referência (equipes de SF). Assim, se a equipe de referência é composta por um conjunto de
profissionais considerados essenciais na condução de problemas de saúde dos clientes, eles
deverão acionar uma rede assistencial necessária a cada caso.
• o Nasf está inserido na rede de serviços dentro da APS assim como as equipes de SF, ou seja, ele
faz parte da APS.
• O apoio matricial apresenta as dimensões de suporte: assistencial e técnico-pe- dagógico. A
dimensão assistencial é aquela que vai produzir ação clínica direta com os usuários, e a ação
técnico-pedagógica vai produzir ação de apoio educativo com e para a equipe. Essas duas
dimensões podem e devem se misturar nos diversos momentos.
NASF: modalidades
Modalidades No. de equipes vinculadas Carga horária*
NASF 1 5 a 9 eSF e/ou eAB para populações específicas Mínimo 200 horas semanais;
cada ocupação deve ter no
máximo 80 horas semanais.
NASF 2 3 a 4 eSF e/ou eAB para populações específicas Mínimo 120 horas semanais;
cada ocupação deve ter no
máximo 40 horas semanais.
NASF 3 1 a 2 eSF e/ou eAB para populações específicas Mínimo 80 horas semanais; cada
ocupação deve ter no máximo 40
horas semanais.
*Nenhum profissional poderá ter carga horária semanal menor que 20 horas.
Profissionais do NASF
•Assistente Social •Médico Pediatra
•Professional/Professor Educação Física •Médico Acupunturista
•Farmacêutico •Médico Ginecologista/Obstetra
•Fisioterapeuta •Médico Homeopata
•Fonoaudiólogo •Médico Psiquiatra
•Nutricionista •Médico Geriatra
•Psicólogo •Médico Internista (Clínica
•Terapeuta Ocupacional Médica)
•Médico Veterinário •Médico do Trabalho
•Professor com Formação em Arte e •Profissional Sanitarista
Educação
Programa Mais Médicos Para
o Brasil
Programa Mais Médicos
Programa Mais Médicos
O PMMB atua em três frentes principais:
Para a realização das atividades de Supervisão Acadêmica são previstos momentos próprios, que
se caracterizam enquanto espaços de Educação Permanente, encontro de educação
permanente para qualificação da supervisão acadêmica, encontro de supervisão locorregional,
supervisão periódica in loco.
PMMB: Supervisão Acadêmica
Supervisão Acadêmica
• O supervisor é sua referencia profossional e
pessoal dentro do programa;
• Estará ao seu lado para dar suporte
nos diversos assuntos da rotina do
servico:
• Dúvidas clínicas
• Processo de trabalho
• Organizaçã da agenda
• Horário de estudos
Conte com seu SUPERVISOR! Ele é seu colega.
Programa Mais Médicos – 5 anos
• “O resultado mais significativo do Mais Médicos foi levar acesso à saúde para a população,
especialmente em populações vivendo em situação de vulnerabilidade. Isso é outorgar o direito
à saúde previsto na Constituição brasileira”,
• “O programa mostrou que é possível levar médicos para todos os lugares do país. Permitiu ainda
que os profissionais brasileiros, principalmente os mais jovens, perdessem o medo de ir para o
interior. Além disso, a chegada de médicos de 47 nacionalidades, com outros modos de atuar e
outra formação, promoveu um debate sobre a formação de médicos no Brasil”
Programa Mais Médicos – 5 anos
Previne Brasil
• Modalidade financiamento da APS desde 2019
• Antigo Financiamento:
• PAB Fixo: base populacional
• PAB Variável: repasses de acordo com credenciamento de determinados
serviços (ESF, Consultório na Rua, etc)
• Incentivo às ações dos ACS
• PMAQ
• Eixos do financiamento do Previne Brasil:
1. Capitação ponderada
2. Pagamento por desempenho
3. Incentivo por base populacional
4. Incentivo à ações estratégicas
Previne Brasil: capitação ponderada
• Repasse financeiro as prefeituras e Distrito Federal com base
na população cadastrada
• O cadastro deve ser feito pelas equipes de Saúde da Família -
eSF, equipes de Atenção Primária – eAP, equipes de Saúde da
Família Ribeirinha – eSFR, equipes de Consultório na Rua –
eCR ou equipes de Atenção Primária Prisional – eAPP
• Cadastro feito pelo CPF ou CNS
• Qualquer profissional da equipe pode fazer cadastro
• Possível a estimativa populacional das equipes
Previne Brasil: pagamento por
desempenho
• Definição do valor a ser transferido depende dos resultados
alcançados no conjunto de indicadores monitorados e avaliados no
trabalho das equipes de Saúde da Família e de Atenção Primária
• monitoramento desses indicadores, podem ser avaliados os acessos,
a qualidade e a resoluXvidade dos serviços prestados pelas eSF/eAP
Previne Brasil: pagamento por
desempenho
Indicadores Previne Brasil para o ano de 2022:
1 - Proporção de gestantes com pelo menos 6 (seis) consultas pré-natal realizadas, sendo a
1ª (primeira) até a 12ª (décima segunda) semana de gestação.
2 - Proporção de gestantes com realização de exames para sífilis e HIV.
3 - Proporção de gestantes com atendimento odontológico realizado.
4 - Proporção de mulheres com coleta de citopatológico na APS.
5 - Proporção de crianças de 1 (um) ano de idade vacinadas na APS contra DiKeria, Tétano,
Coqueluche, HepaOte B, infecções causadas por haemophilus influenzae Opo b e
Poliomielite inaOvada.
6 - Proporção de pessoas com hipertensão, com consulta e pressão arterial aferida no
semestre.
7 - Proporção de pessoas com diabetes, com consulta e hemoglobina glicada solicitada no
semestre.
Previne Brasil: incentivo financeiro com
base em critério populacional
• O componente Incentivo financeiro com base em critério
populacionalfaz parte da apuração do valor de referência para o
financiamento da APS. O valor do incentivo per capita é definido pelo
Ministério da Saúde anualmente e publicado em portaria. O aporte
estabelecido por município e Distrito Federal leva em conta
estimativa populacional mais recente divulgada pelo IBGE.
Previne Brasil: incentivo à ações
estratégicas
• IncenXvos contemplam a implementação de programas, estratégias e
ações que refletem na melhoria do cuidado na APS e na Rede de
Atenção à Saúde.
Previne Brasil: incentivo à ações
estratégicas
• Programa Saúde na Hora;
• Equipe de Saúde Bucal (eSB);
• Unidade Odontológica Móvel (UOM);
• Centro de Especialidades Odontológicas (CEO);
• Laboratório Regional de Prótese Dentária (LRPD);
• Equipe de Consultório na Rua (eCR);
• Unidade Básica de Saúde Fluvial (UBSF);
• Equipe de Saúde da Família Ribeirinha (eSFR);
Previne Brasil: incentivo à ações
estratégicas
• Microscopista;
• Equipe de Atenção Básica Prisional (eABP);
• Custeio para o ente federa9vo responsável pela gestão das ações de
atenção integral à saúde dos adolescentes em situação de privação de
liberdade;
• Programa Saúde na Escola (PSE);
• Programa Academia da Saúde;
• Programas de apoio à informa9zação da APS;
• Incen9vo aos municípios com residência médica e mul9profissional;
• Outros que venham a ser ins9tuídos por meio de ato norma9vo específico.
Bibliografia
• BRASIL. Ministério da Saúde. Política Nacional de Atenção Básica. Brasília: Ministério da Saúde, 2012. (Série E. Legislação em Saúde)
• BRASIL. Ministério da Saúde . PORTARIA No 2.979, DE 12 DE NOVEMBRO DE 2019Institui o Programa Previne Brasil, que estabelece novo
modelo de financiamento de custeio da Atenção Primária à Saúde no âmbito do Sistema Único de Saúde, por meio da alteração da Portaria de
Consolidação no 6/GM/MS, de 28 de setembro de 2017.
• BRASIL. Ministério da Saúde. Núcleo de Apoio à Saúde da Família. v. 1. Brasília: Ministério da Saúde, 2014.
(Cadernos de Atenção Básica, n. 39)
• Tratado de medicina de família e comunidade : princípios, formação e prática [recurso eletrônico] / Organizadores, Gustavo Gusso, José Mauro
Ceratti Lopes, Lêda Chaves Dias; [coordenação editorial: Lêda Chaves Dias]. – 2. ed. – Porto Alegre : Artmed, 2019.
• Lei no 12.871, de 22 de outubro de 2013. Institui o Programa Mais Médicos, altera as Leis no 8.745, de 9 de dezembro de 1993, e no 6.932, de 7 de
julho de 1981, e dá outras providências [Internet]. 2013 [citado 03 Fev 2016]. Disponível em: http://www.planalto. gov.br/cci vil_03/_ato2011-
2014/2013/Lei/L12871.htm
• BRASIL. MInistério da Saúde . Portaria no. 2.436 de 21 de setembro de 2017. Brasília: Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, 2017.
OBRIGADA
Módulo de Acolhimento e Avaliação
Projeto Mais Médicos para o Brasil
28° Ciclo do PMMB
O TRABALHO EM EQUIPE
MULTIPROFISSIONAL NA APS
Roteiro da aula
• O trabalho em equipe.
• Reunião de Equipe.
• Par%cipantes
• Local, data, hora
• Duração es%mada
• Material necessário
• Agenda
• Pautas
REUNIÃO DE EQUIPE - CONDUÇÃO
• Produzir ata da reunião e realizar a leitura da ata da reunião anterior.
• Gerenciar o tempo.
• Tomar decisões.
• Informes – breve.
O TERRITÓRIO E SUAS
CONDICIONALIDADES
ROTEIRO DA AULA
• Conhecendo o território.
• Território Vivo.
• Territórios na APS.
• Territorialização.
• Mapa Inteligente.
• O Território e o Ambiente.
CONHECENDO O TERRITÓRIO
• Imagine-se na seguinte situação: você está se apresentando a sua nova
equipe de saúde e a sua nova comunidade.
• Quais os riscos?
de abrangência.
TERRITORIALIZAÇÃO
• É o reconhecimento e o esquadrinhamento do território segundo a
parOcipação popular.
secretarias.
PMAQ, RELATÓRIOS).
TERRITORIALIZAÇÃO – ELEMENTOS A SEREM
CONTEMPLADOS
1. História e idenOdade territorial
• Origens do território
2. Comunidade Humana
• Origens, caracterísOcas demográficas, distribuição no sócio espaço,
segmentos e subgrupos, cultura, escolaridade.
TERRITORIALIZAÇÃO – ELEMENTOS A SEREM
CONTEMPLADOS
2. Comunidade Humana
• Organização social e políOca: sujeitos coleOvos, processos de
mobilização, lideranças, associações e grupos.
• Qualidade e Condições de vida: moradias, espaços públicos,
alternaOvas de lazer.
TERRITORIALIZAÇÃO – ELEMENTOS A SEREM
CONTEMPLADOS
2. Comunidade Humana
• Indicadores de saúde (morbimortalidade, saneamento básico,
etc.).
Alta renda
Baixa renda
ˆ cz
xz =
ez
TERRITORIALIZAÇÃO
POPULAÇÃO/QUARTEIRÃO
• Vínculo.
A IMPORTÂNCIA DA BASE TERRITORIAL PARA
COMPREENSÃO DO PROCESSO SAÚDE DOENÇA
• Mapeamento do território vivo - elementos estáOcos e dinâmicos,
barreiras funcionais e sociais.
• Vidor AC. Vigilância em Saúde. In: Gusso G, Lopes JM. (Org). Tratado de Medicina
e Família e Comunidade: Princípios, formação e práIca. Porto Alegre: Artmed,
2012.
A colhimento e A cesso
A vançado
OBJETIVOS DA AULA
• Compreender o conceito Acolhimento
• Compreender o conceito de Acesso Avançado.
• Compreender a diferença entre acesso e acessibilidade e a Atenção Primária à Saúde (UBS)
enquanto porta de entrada.
• Compreender o conceito ampliado de acolhimento enquanto prá8ca humanizadora do cuidado.
• Compreender o conceito de escuta qualificada, estratégias de execução e quais profissionais
estão aptos a fazê-la.
• Compreender como implantar o acesso avançado em uma UBS e quais as vantagens de se
trabalhar com o mesmo.
• Compreender como se fazer a gestão de uma agenda.
• Compreender a diferença entre demanda espontânea e programada e como trabalhar de forma
a contemplar as duas demandas da melhor forma.
Ø Acolhimento é uma diretriz da PolíAca Nacional de Humanização
(PNH), que não tem local nem hora certa para acontecer, nem um
profissional específico para fazê-lo
Ø O acolhimento é uma postura é1ca que implica na escuta do usuário
em suas queixas, no reconhecimento do seu protagonismo no
processo de saúde e adoecimento, e na responsabilização pela
resolução, com a1vação de redes de compar1lhamento de saberes.
compromisso de resposta às necessidades dos cidadãos que
procuram os serviços de saúde. h"p://bvsms.saude.gov.br/bvs/dicas/167acolhimento.html
Acolhimento -
OBJETIVOS
Ø Ampliar o acesso;
Ø Buscar a integralidade da atenção;
Ø Reorganizar o serviço a par9r das necessidades, riscos e vulnerabilidade
dos usuários;
Ø Redefinir relações;
Ø Reavivar conhecimentos ampliando a visão de análise e atuação sobre os
problemas de saúde;
Ø Qualificação e humanização da assistência;
Ø Reconhecer o usuário como sujeito no seu processo saúde-doença.
Para que serve o
acolhimento?
• É uma forma de ampliação e facilitação do acesso.
ACOLHIMENTO TRIAGEM
-Objetivo: inclusão - Objetivo : exclusão
sob a ótica do vínculo
e da vulnerabilidade “quem não vou
-Programação X atender?”
Imprevisto. “quem não deveria
estar aqui?”
“quem precisa ser
atendido?”
ACOLHIMENTO
Sujeito
Profissional de Sujeito Usuário
Saúde
RESPONSABILIZAR-SE
E DIVIDIR
RESPONSABILIDADE
OUVIR
PEDIDOS
O ACESSO
Ø Amplitude de horário;
Ø Ausência de atraso de nomeação;
Ø Ausência de atraso na chegada à UBS.
O Acesso e o Primeiro
Contato
“O princípio do primeiro contato refere-se ao fato de ser o ponto de
entrada mais fácil e próximo do usuário para os serviços de um sistema
de saúde, portanto, a acessibilidade advoga por um local de
atendimento próximo e que não prejudique ou atrase o diagnós@co e as
intervenções necessárias para se resolver um determinado problema de
saúde.”
• Assim, não basta a existência dos serviços, mas o seu uso tanto
no início como na con@nuidade do cuidado. Ou seja, os serviços
precisam ser oportunos, conEnuos, atender à demanda real e ser
capazes de assegurar o acesso a outros níveis de atenção.
Albuquerque et al. Acessibilidade aos serviços de saúde: uma análise a par8r
dos serviços da AB em Pernambuco. Saúde e Debate. 2014.
E o que é o Acesso
Avançado?
• É um modelo de acesso facilitado, em que a pessoa vinculada àquela
equipe consegue um atendimento quando precisa, no horário mais
adequado e com a forma de agendamento mais confortável;
• Mais conhecido como “Faça o trabalho de hoje, hoje!”
• Geralmente a agenda tem 65-75% das vagas para o mesmo dia com
grande capacidade de oferta de consultas.
• Nesse modelo há diminuição do tempo de espera e do absenteísmo
muito comum em marcações a longo prazo.
E isso é possível a partir da reorganização do processo de
trabalho, de pequenos rearranjos nos fluxos da unidade, nas
formas de agendamento e no enfrentamento de alguns
desa?os:
• Abrir mão de uma agenda fragmentada em função de grupos por patologias ou faixas etárias
(dias específicos para gestantes, crianças, hipertensos ou diabéKcos).
• Evitar pré-agendamentos prolongados, pois pode gerar um desperdício de tempo
• Envolver todos os profissionais disponíveis para oferecer os melhores recursos de acordo com as
necessidades da população de sua área.
• A equipe precisa estar mais voltada para as necessidades da população, com uma agenda mais
adequada à procura diária das pessoas (ter diagnós8cos de demandas atualizados);
• Definir quanto tempo será necessário para uma consulta pré-agendada, considerando que esta se
dará para no máximo uma semana e ir diminuindo esse tempo até conseguir chegar “Faça o
trabalho de hoje, hoje!”!
Cuidados para uma equipe que pretende
adotar o acesso avançado
• 1º: O acesso avançado anda junto com o acolhimento e a escuta
qualificada. A escuta qualificada preferencialmente é feita pelo
profissional da enfermagem, porém pode ser feita pelo próprio
médico ou cirurgião den@sta da equipe.
• Por isso, um dos pressupostos, se isso ainda não acontece, para
melhorar o acesso na unidade de saúde, é o maior envolvimento do
enfermeiro no cuidado das pessoas da sua área. Dessa forma, é
importante que cada enfermeiro tenha seu próprio consultório e
que esse seja próximo ao do médico de sua equipe. Essa disposição
dos consultórios facilita o entendimento da vinculação para a equipe
e para a população e também agiliza as interconsultas entre médicos
e enfermeiros.
Cuidados para uma equipe que pretende
adotar o acesso avançado
• 2º: Fluxo do atendimento – ESCUTA RÁPIDA
• Caso o usuário venha para um serviço específico (vacinação, farmácia, coleta
de exame, etc) , ali mesmo ele deve ser direcionado para que já haja
resolu;vidade sem necessidade de passar por nenhuma outra etapa.
• A pessoa passa pela recepção apenas para iden;ficar qual a sua equipe e já é
agendada/encaminhada para ser atendida pelos profissionais de referência.
• A recepção (escuta rápida), nesse modelo, poderá fazer perguntas breves
para iden;ficar a necessidade imediata ou não de consulta.
• Caso tenha necessidade de consulta, nesse momento re;ra-se o prontuário
(se ainda for Vsico) e direciona a pessoa que procura atendimento no dia para
a sua própria equipe (auxiliares de enfermagem, enfermeiros e médicos) no
caso do usuário estar procurando por consulta nesse dia.
Escutar significa, num primeiro momento, acolher toda
queixa ou relato do usuário mesmo quando possa parecer não
QUALIFICADA
que o usuário estabelece entre o que sente e a vida – as
relações com seus convivas e desafetos.
27
A AGENDA
ØAs agendas tem um papel fundamental nas a9vidades das unidades,
permi9ndo um acesso pautado na equidade e universalidade;
Cuidado
Demanda Con;nuado
Imediata
AGENDA
Visita A"vidades
Domiciliar Reuniões Educa"vas
de
Equipe
Como viabilizar o acolhimento à demanda
espontânea?
• Toda a equipe é responsável pelo acolhimento.
• Iden@ficar casos de maior risco e vulnerabilidade e facilitar o
acesso dos usuários a uma avaliação mais rápida pelo
profissional mais adequado (escuta qualificada).
• Fluxos de transferência / encaminhamento dos usuários que
necessitam de outros recursos assistenciais.
• Discu@r critérios de risco e organizar a agenda dos profissionais
de modo a contemplar a agenda programada e casos agudos.
• Diálogo com os usuários.
Perguntas que podem ajudar a equipe na
implantação do acolhimento:
• Existe acolhimento na unidade? Quem são os responsáveis? Como é
feito? Como podemos melhorar?
• Como é organizado o fluxo dos usuários na unidade?
• Quais as principais dúvidas e necessidades dos usuários?
• Quais os problemas e conflitos enfrentados pelos pro?ssionais no que
diz respeito ao acolhimento?
• Quais as tentativas de solução desses problemas?
Referências
• Brasil. Ministério da Saúde. Acolhimento à demanda espontânea. Cadernos de Atenção Básica; n. 28, V. 1. 1. ed.; 1. reimpr.
Brasília: Ministério da Saúde, 2013.
• Brasil. Ministério da Saúde. Acolhimento à demanda espontânea. Cadernos de Atenção Básica; n. 28, V. 2. 1. ed.; 1. reimpr.
Brasília: Ministério da Saúde, 2013.
• Esteche FF. Acolhimento à demanda espontânea e programada. Programa de Educação Permanente em Saúde da Família –
PEPSUS. Acesso em 02 de fev 2019. Disponível em https://avasus.ufrn.br/
• Brasil. Ministério da Saúde. Acolhimento nas práticas de produção da saúde(Série B. Textos Básicos de Saúde). 2. ed. 5.
reimp. Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 2010.
• Wolmann A et al. Novas possibilidades de organizar o Acesso e a Agenda na Atenção Primária à Saúde. Prefeitura
Municipal de Curitiba, 2014. Acesso em 02 de fev 2019. Disponível em
http://arquivos.leonardof.med.br/SaudeCuritiba_CartilhaAcessoAvancado_2014-06-05.pdf
• Murray M, Tantau C. Same-Day Appointments: Exploding the Access Paradigm. Fam Pract Manag. 2000 Sep;7(8):45-50.
Acesso em 02 de fev 2019. Disponível em https://www.aafp.org/fpm/2000/0900/p45.html.
OBRIGADA
Módulo de Acolhimento e Avaliação
Projeto Mais Médicos para o Brasil
28° Ciclo do PMMB
ABORDAGENS NA PESSOA, NA
FAMÍLIA E VISITA DOMICILIAR
Roteiro da aula
1. Método Clínico Centrado na Pessoa (MCCP)
3. Visita domiciliar
Método Clínico
Centrado na
Pessoa (MCCP)
Método Clínico Centrado na Pessoa (MCCP)
1. Ciclos de vida
2. Genograma
3. Ecomapa
4. APGAR familiar
5. FIRO
6. PRACTICE
Abordagem familiar
Ciclos de vida
FASE DO CICLO DE VIDA FASE DO CICLO DE VIDA
(Popular)
1. Saindo de casa: jovens solteiros
Família composta por jovem
2. O novo casal adulto
3. Família com filhos pequenos Família com filhos pequenos
4. Famílias com filhos adolescentes Família no estágio tardio
Aplicações do FIRO
• Idoso deprimido após a perda do cônjuge
• Transtorno de humor em mulher perimenopáusica
• Adulto começa a beber após aposentar-se por invalidez
• Casal queixa-se de que seu filho está incontrolável com a chegada de um novo
irmão
• Casal queixa-se que a intimidade e as relações sexuais já não são satisfatórias
Abordagem familiar - PRACTICE
.
Exercício 3
Na prática do médico de família, a da abordagem familiar contribui
para o plano de prevenção, de investigação clínica e de tratamento de
casos simples e complexos. O instrumento de abordagem familiar que
identifica todos os sistemas envolvidos e relacionados com a pessoa,
com a família em questão e com o meio onde vivem é denominado:
A) Apgar da família.
B) Genograma.
C) Ciclo vital.
D) Ecomapa.
Visita domiciliar
SAÚDE DE POPULAÇÕES
ESPECÍFICAS E POLÍTICAS DE
EQUIDADE
ROTEIRO DE AULA
• Princípio da equidade.
• Política Nacional de Saúde Integral da População Negra.
• Política Nacional de Atenção à Saúde da População de Rua.
• Política Nacional de Saúde Integral de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e
Transexuais.
• Política Nacional de Saúde Integral das Populações do Campo, da Floresta e
das Águas.
• Política Nacional de Atenção Integral à Saúde das Pessoas Privadas de
Liberdade no Sistema Prisional.
• Política Nacional de Atenção à Saúde dos Povos Indígenas.
• Bolsa Família e Benefício de Prestação Continuada.
O que é saúde?
negros foi três vezes maior que a referida taxa de jovens brancos.
POLÍTICA NACIONAL DE SAÚDE INTEGRAL DA
POPULAÇÃO NEGRA
• Dos 39.123 óbitos infantis notificados em 2012, 45% foram de crianças negras e
41% de brancas; esta diferença é maior entre as mortes que ocorrem na primeira
semana de vida, sendo que 47% são de crianças negras e 38% de brancas.
• De 2000 para 2012, a taxa de mortalidade pela doença falciforme dobrou no país,
sendo praticamente influenciada pelas tendências das cor/raças pretas e pardas.
• Abordagem integral
• Combate ao Racismo
• Preconceito.
• Situação de vulnerabilidade.
• Uso abusivo de álcool e outras drogas (Redução de Danos).
• Higiene e Alimentação.
• Doenças predominantes: IST, Tuberculose,
• Adesão ao Tratamento.
POLÍTICA NACIONAL DE SAÚDE
INTEGRAL DE LÉSBICAS, GAYS,
BISSEXUAIS, TRAVESTIS E
TRANSEXUAIS
Política Nacional de Saúde Integral de Lésbicas,
Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais
Definições:
• 47,3% dos domicílios rurais possuem água canalizada em pelo menos 1 dos
cômodos, porém 18% apenas provém de uma rede de distribuição geral.
• 82% da água dos domicílios rurais provém de poços, nascentes e outras fontes.
(PNSIPCFA).
Política Nacional de Saúde Integral das Populações
do Campo, da Floresta e das Águas
Desafios no cuidado em saúde da População do Campo, Floresta e
Águas
• Distância no Acesso.
• Violência no Campo.
• 93% homens
• 7% mulheres
Geopresidios/CNJ/junho/2014; INFOPEN/2013
Política Nacional de Atenção Integral à Saúde das
Pessoas Privadas de Liberdade no Sistema Prisional
Panorama da População Carcerária
Emergência sanitária, com prevalência elevada de doenças transmissíveis e não transmissíveis, como:
• Tuberculose;
• HIV/AIDS;
• Hepatites;
• Sífilis;
• Dermatites;
• Hipertensão.
Política Nacional de Atenção Integral à Saúde das
Pessoas Privadas de Liberdade no Sistema Prisional
Desafios atuais da PNAISP
Secretaria.
BOLSA FAMÍLIA E BENEFÍCIO DE
PRESTAÇÃO CONTINUADA
BeneMcios Assistenciais
• Dentro do Sistema Único de Assistência Social, podem se classificar os benefícios
assistenciais em duas categorias aqueles permanentes - federais, instituídos mediante lei
federal, a exemplo, o Benefício de Prestação Continuada (BPC), criado pela Lei Federal nº
8.742/93 – Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS), que regulamentou o art. 203, inciso
V, da Carta Política Pátria; e os benefícios eventuais federativos, criados por entes da
federação Estados, Distrito Federal e Municípios, conforme critérios e prazos definidos
pelo Conselho Nacional de Assistência Social.
BeneMcio de Prestação ConNnuada (BPC)
• O BPC, criado em 1993, é devido ao idoso de 65 anos ou mais de idade, e
ao deficiente, cuja renda familiar seja inferior a um quarto do salário
mínimo. (Art. 20 caput da LOAS).
• BRASIL. 8ª Conferência Nacional de Saúde: quando o SUS ganhou forma. 2019. Disponível em:
<http://conselho.saude.gov.br/ultimas-noticias-cns/592-8-conferencia-nacional-de-saude-quando-o-sus-ganhou-
forma>.
• SANTOS, I. A. A responsabilidade da escola na eliminação do preconceito racial: alguns caminhos. In: CAVALLEIRO,
E. (Org.). Racismo e anti-racismo na educação: repensando nossa escola. São Paulo: Selo Negro, 2001. p. 97-113.
REFERÊNCIAS
• BRASIL. Ministério da Saúde. Política Nacional de Saúde Integral da População Negra: uma
política para o SUS. 3.ed. Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 2017.
• BRASIL. Ministério da Saúde. Política Nacional de Saúde Integral das Populações do Campo
e da Floresta. Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 2013.
REFERÊNCIAS
• BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria Interministerial nº 1, de 2 de janeiro de 2014. Institui a Política Nacional de
Atenção Integral à Saúde das Pessoas Privadas de Liberdade no Sistema Prisional (PNAISP) no âmbito do Sistema
Único de Saúde (SUS). Disponível em:
<https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2014/pri0001_02_01_2014.html>.
• BRASIL. Fundação Nacional de Saúde. Política Nacional de Atenção à Saúde dos Povos Indígenas. 2ed. Brasília:
Ministério da Saúde. Fundação Nacional de Saúde, 2002.
INTRODUÇÃO À SAÚDE
INDÍGENA: POLÍTICA NACIONAL
DA SAÚDE INDÍGENA
ROTEIRO DA AULA
• Introdução à Saúde Indígena
• Marcos Legais
• Territorialização/Sociodiversidade
• Perfil Epidemiológico
COMUNIDADE INDÍGENA
• Espaços importantes de discussão e luta pelo direito a atenção à saúde dos povos
indígenas.
MARCOS LEGAIS
Lei 9 836 de 23 de setembro de 1999:
Portaria no 254 (MS), de 31 de Janeiro de 2002 - Poli4ca Nacional de Atenção à Saúde dos
Povos Indígenas (PNASPI):
• Trouxe algumas diretrizes para as ações de atenção à saúde indígena que representaram
um avanço no reconhecimento da especificidade cultural e ar4culação da biomedicina
com prá4cas indígenas tradicionais de cura e cuidado.
MARCOS LEGAIS
• Garan%r aos povos indígenas o acesso à atenção integral à saúde, de acordo com
os princípios e diretrizes do Sistema Único de Saúde, contemplando a diversidade
social, cultural, geográfica, histórica e polí%ca de modo a favorecer a superação
dos fatores que tornam essa população mais vulnerável aos agravos à saúde de
maior magnitude e transcendência entre os brasileiros, reconhecendo a eficácia
de sua medicina e o direito desses povos à sua cultura.
POLITICA NACIONAL DE ATENÇÃO À SAÚDE
DOS POVOS INDÍGENAS (PNASPI)
TERRITORIALIZAÇÃO/SOCIODIVERSIDADE
• GARNELO, L; PONTES, AL (Org). Saúde Indígena: uma introdução ao tema. Brasília: MEC-SECADI, 2012.
VIGILÂNCIA DO ÓBITO DE
POVOS INDÍGENAS
ROTEIRO DE AULA
• Vigilância do Óbito
• Legislação
• Enforcamento: X70
• Afogamento: X71
REGISTROS MÉDICOS
ROTEIRO DE AULA
• Receituários Médicos
• Atestado Médico
• Declaração de óbito
Prescrição de antimicrobianos:
• Duas vias
• Receita com validade de 10 dias.
RECEITUÁRIOS MÉDICOS
• Legislação: legível em letra clara, de forma e por extenso.
Dados essenciais:
• Data e assinatura.
RECEITUÁRIO DE CONTROLE ESPECIAL OU C
• Validade: 30 dias em todo o território nacional.
• duas vias
• quantidade permitida: 05 ampolas para
injetáveis, e quantidade correspondente a 60
dias de tratamento para outras formas
farmacêuticas.
• Máximo: 3 (três) substâncias ou
medicamentos;
• Medicamentos: anticonvulsivantes,
antidepressivos, antimicrobianos, analgésicos
potentes (opióides).
RECEITUÁRIO DE CONTROLE AZUL OU B
• B1 (psicotrópicos): vale por 30
dias após a data da prescrição;
• B2 (psicotrópicos anorexígenos):
30 dias após prescrição; 30 dias
de tratamento;
• Apenas no Estado!
• Medicamentos: diazepam,
clonazepam, lorazepam, etc.
RECEITUÁRIO DE CONTROLE AMARELO OU A
• Tem 30 dias de validade após a
prescrição (todo território nacional)
• Mais u?lizados por especialistas
focais.
• Uso para psicotrópicos e
entorpecentes (medicamentos de
alto poder de dependência)
• Medicamentos: morfina, fentanil,
midazolam, oxicodona,
me?lfenidato (ritalina),
ALGUMAS QUESTÕES IMPORTANTES
• É VEDADO AO MÉDICO:
• Art. 11. Receitar, atestar ou emitir laudos de forma secreta ou ilegível, sem
a devida identificação de seu número de registro no Conselho Regional de
Medicina da sua jurisdição, bem como assinar em branco folhas de
receituários, atestados, laudos ou quaisquer outros documentos médicos.
ATESTADO MÉDICO
legal.
ATESTADO MÉDICO
atestado.
ATESTADO MÉDICO
• Tipos de Atestados Médico:
• 1. Atestado de Óbito (D.O)
• 2. Atestado por Doença (15 dias)
• 3. Atestado para Repouso à Gestante (120 dias)
• 4. Atestado por Acidente de Trabalho
• 5. Atestado para Fins de Interdição
• 6. Atestado de Aptidão Física
• 7. Atestado de Sanidade Física e Mental
CUIDADO COM
• 8. Atestado para Amamentação
ATESTADOS
• 9. Atestado de Comparecimento
RETROATIVOS
• 10. Atestado para Internações
COMUNICAÇÃO DE ACIDENTE DE TRABALHO
CAT
Preenchimento da CAT: Comunicação de acidente de trabalho
• É VEDADO AO MÉDICO:
• É VEDADO AO MÉDICO:
• Assinar DO em branco.
• Utilizar termos vagos para o registro das causas de morte como parada
cardíaca, parada cardiorrespiratória ou falência de múltiplos órgãos.
• Registros individualizados.
• Integração de informações.
IMPORTANTE:
Condição importante
para o pagamento da
bolsa!
PRONTUÁRIO ELETRÔNICO DO CIDADÃO (PEC)
PREENCHIMENTO DO PRONTUÁRIO
SOAP: Forma de Registro utilizada na APS
Características e funções do prontuário:
• Obrigação médica.
• Deve estar Legível.
• Documento do paciente.
• Sob a guarda do serviço assistencial ou do Médico.
• Proteção legal da equipe.
• Melhora do cuidado do paciente.
• Data, hora, assinatura e registro profissional.
SOAP
Após a coleta e o registro organizado dos dados e informações subjetivas (S) e objetivas
(O), o profissional de saúde faz uma avaliação (A) mais precisa em relação ao problema,
“Avaliação”(A) queixa ou necessidade de saúde, definindo-o e denominando-o.
Nessa parte se poderá utilizar, se for o caso, algum sistema de classificação de problemas
clínicos, por exemplo, o CIAP.
A parte final da nota de evolução SOAP é o plano (P) de cuidados ou condutas que serão
tomados em relação ao problema ou necessidade avaliada.
De maneira geral, podem existir quatro tipos principais de planos:
1) Planos Diagnósticos: nos quais se planejam as provas diagnósticas necessárias para
elucidação do problema, se for o caso;
2) Planos Terapêuticos: nos quais se registram as indicações terapêuticas planejadas para
“Plano” (P) a resolução ou manejo do problema da pessoa: medicamentos, dietas, mudanças de
hábitos, entre outras;
3) Planos de Seguimento: nos quais se expõem as estratégias de seguimento longitudinal
e continuado da pessoa e do problema em questão;
4) Planos de Educação em Saúde: nos quais se registram brevemente as informações e
orientações apresentadas e negociadas com a pessoa, em relação ao problema em
questão.
CASO 1
Mario Alberto, 42 anos, chega ao consultório solicitando um atestado
médico para poder receber a pensão de sua mãe, Dona Marta. Mario
informa que Dona Marta recentemente sofreu um AVC, estando, no
momento, restrita ao domicílio, apresentando dificuldades para ir até o
banco receber seu benefício.
CASO 2
Marlene, 28 anos, procura atendimento com seu filho, João Pedro de 8
anos, para solicitar um atestado médico que o autorize a realizar as
aulas de educação física na escola.
CASO 3
Kelly, gestante de 28 semanas, comparece a consulta de pré-natal
acompanhada do marido Joel. Ao final da consulta, Kelly solicita um
atestado médico para Joel, uma vez que ele faltou ao trabalho para
acompanhar o atendimento do pré-natal.
REFERÊNCIAS UTILIZADAS
• MADRUGA, CMD; SOUZA, ESMS. Manual de orientações básicas para prescrição médica. 2ed.
rev. ampl. Brasília: CRM-PB/CFM, 2011.
• BRASIL. Ministério da Saúde. A declaração de óbito: documento necessário e importante. 3 ed. Brasília:
Ministério da Saúde, 2009.
• BRASIL. Ministério da Saúde. Declaração de Óbito: manual de instruções para preenchimento. Brasília:
Ministério da Saúde, 2022.
OBRIGADO
Módulo de Acolhimento e Avaliação
Projeto Mais Médicos para o Brasil
28° Ciclo do PMMB
Diante dos preceitos do ECA como deve agir a equipe nesse caso?
Estatuto da criança e do adolescente e Estatuto do
Idoso
Código de Ética Médica
É VEDADO AO MÉDICO:
Art. 83. Atestar óbito quando não o tenha verificado pessoalmente, ou
quando não tenha prestado assistência ao paciente, salvo, no úlLmo
caso, se o fizer como plantonista, médico subsLtuto ou em caso de
necropsia e verificação médico-legal.
Art. 84. Deixar de atestar óbito de paciente ao qual vinha prestando
assistência, exceto quando houver indícios de morte violenta.
Declaração de Óbito (D.O)
Responsabilidade Ética e Jurídica do Médico (O MÉDICO DEVE):
Causa Externa:
encaminhar ao
Serviço de Verificação de Óbito
IML
Regulamentação Específica - PMMB
•Conselhos;
•Sindicatos;
•Associações:
As sociedades de especialistas
As associações médicas
Aspectos ético legais da prática
multiprofissional
• O trabalho em equipe é um dos pilares do trabalho na ESF e na APS dia.
Não existe um código de éVca mulVprofissional e invariavelmente ocorre
conflitos pelas diferentes visões de cada profissão e de cada profissional
diante de dilemas éVcos
Dalla MDB, Lopes JMC. É0ca na Atenção Primária à Saúde. In Tratado de medicina de Família e Comunidade, 2012
• CaracterísVcas do trabalho em equipe: cooperação, colaboração e divisão
de responsabilidades.
• No trabalho em equipe, os resultados obVdos são maiores do que a
soma dos resultados individuais, aumentando a eficácia e a eficiência do
atendimento prestado à população.
Pereira RCA, Rivera FJU, Artmann E. O trabalho mul0profissional na academia de saúde: estudo sobre as formas de
trabalho. Interface (Botucatu) 2013
Aspectos ético legais da prática
multiproUssional
"Então, um trabalho de equipe é você fazer as suas aLvidades, mas
estar sempre consultando e interagindo com os outros profissionais
para o bem-estar da comunidade, da população". (denLsta)
Pereira RCA, Rivera FJU, Artmann E. O trabalho multiprofissional na academia de saúde: estudo sobre as formas de
trabalho. Interface (Botucatu) 2013
Aspectos ético legais da prática
multiproUssional
• "Eu acho que eles veem meu trabalho na boa. Eventualmente a gente
discute, a gente diverge de alguma coisa, mas aceito as críticas, aceito as
sugestões, e a gente sempre chega a um acordo". (médica)
• "Pelo menos eu já deixei eles bem à vontade para falar sobre isso. Em
reuniões de equipe eu falo: gente, se tiver alguma coisa que, assim, eu
esteja fazendo, a maneira de eu trabalhar não tiver legal para vocês, não
tiver interagindo com vocês, vocês podem falar. A gente pode sentar,
discutir e ver como a gente pode resolver isso". (auxiliar de consultório
dentário)
Pereira RCA, Rivera FJU, Artmann E. O trabalho mulHprofissional na academia de saúde: estudo sobre as formas de
trabalho. Interface (Botucatu) 2013
Aspectos ético legais da prática
multiprofissional
"O meu contato maior realmente é com a enfermeira. A gente divide bastante as livres demandas. Ela,
às vezes, absorve, ela atende, me chama e fazemos interconsulta. Oriento, prescrevo e quando tem um
caso que ela pode resolver ela resolve […]. A gente divide o pré-natal. Cada mês é com uma, sendo que
no final eu fico atendendo. A gente divide a puericultura, cada uma alterna as consultas". (médica)
"Se Hver alguma necessidade que eu venha precisar do médico estar avaliando, eu faço uma interconsulta
com a minha médica. A gente trabalha muito bem assim nesta parceria de interconsulta. Porque ela não
tem como absorver todas essas famílias. Se você for contar por baixo são quatro mil e quinhentas
famílias. Eu acredito que tenha muito mais. Hoje eu tento abrir minha agenda para algumas crianças, que
seria mais o caso de pediatria, mas eu estou atendendo, solicito os exames, faço interconsulta com a
médica para todos terem direito e acesso à saúde". (enfermeira)
Pereira RCA, Rivera FJU, Artmann E. O trabalho mulHprofissional na academia de saúde: estudo sobre as formas de
trabalho. Interface (Botucatu) 2013
BIBLIOGRAFIA
Epidemiológicos:
Sistema de Informação de Atenção Básica (SIAB)
Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunizações (SI – PNI)
Sistema de Informação do câncer do colo do útero e Sistema de
Informação do câncer e mama (SISCOLO/SISMAMA)
Sistema de Cadastramento e Acompanhamento de Hipertensos e
Diabéticos (HIPERDIA)
Sistema de Acompanhamento da Gestante (SISPRENATAL)
Informação e Sistemas de Informação em Saúde
Regulação:
Sistema de Centrais de Regulação (SISREG II)
Sociais:
Programa de Volta para Casa (PVC) e Bolsa Família
Financeiro:
Sistema de Informações sobre Orçamento Público em Saúde (SIOPS)
Valores e
preferências do
Experiência clínica paciente
Fonte: SACKETT DL, ROSENBERG WM, GRAY JA, HAYNES RB, RICHARDSON WS. Evidence-based medicine: what it is and what it isn't. Br Med J. 1996; 312:71-72. Editorial
Tomada de decisão (PSBE)
5 – Analyzing
1 - Pergunta (Asking)
Pergunta estruturada pelo método PICOT:
2. Intervenção
5. Tempo
19
2 – Busca de evidências (Acquiring)
130+ journais
Avaliação
da qualidade
Área
Clínica
Sistema
MORE
3+ avaliações
válidas
/Área
MORE
Avaliadores
Síntese
de evidências
Revisão
sistemática
Estudos individuais,
artigos e relatórios
Sem sintomas
Sem História Familiar de 1º grau
A B C
Situação 1
Mulher, 40 anos, sem riscos para CA de mama, procura a Unidade Básica de Saúde
pedindo uma mamografia.
Mulher, 40 anos, sem riscos para CA de mama, procura a Unidade Básica de Saúde
pedindo uma mamografia.
INCA, 2015
• < 50 anos: recomendação contrária forte, os possíveis danos claramente
superam os possíveis benefícios.
• 50 – 59 anos: favorável fraca, os possíveis benefícios e danos provavelmente
são semelhantes.
• 60 – 69 anos: favorável fraca, os possíveis benefícios provavelmente superam
os possíveis danos.
• 70 – 74 anos: contrária fraca, o equilíbrio entre possíveis danos e benefícios é
incerto.
• > 75 anos: contrária forte, danos claramente superam os possíveis benefícios.
Periodicidade
GUSSO, Gustavo; LOPES, José MC, DIAS, Lêda C, organizadores. Tratado de Medicina de
Família e Comunidade: Princípios, Formação e Prática. Porto Alegre: ARTMED,
2019,2388p.
DUNCAN BB; SCHMIDT MI; GIUGLIANI ERJ; DUNCAN MS; GIUGLIANI C, organizadores.
Medicina Ambulatorial: Condutas de Atenção Primária Baseadas em Evidências. 4 ed.
Porto Alegre: Artmed, 2013
Alencar Neto, José Nunes de (org.).Manual de Medicina Baseada em Evidências /
Organizador: José Nunes de Alencar Neto.– 1. ed.– Salvador, BA : Editora Sanar,
2021.416 p.
Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva.Detecção precoce do câncer /
Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva. – Riode Janeiro : INCA, 2021.
OBRIGADA
Módulo de Acolhimento e Avaliação
Projeto Mais Médicos para o Brasil
28° Ciclo do PMMB
TERAPÊUTICA MEDICAMENTOSA
DOS PRINCIPAIS GRUPOS
DE MEDICAMENTOS
1. Marcos legais da assistência
farmacêutica do SUS
2. Relação Nacional de
Medicamentos Essenciais
3. A RENAME e seus componentes
EMENTA DA AULA 4. Componente Básico da RENAME
5. Componente Estratégico da
RENAME
6. Componente Especializado da
RENAME
A assistência farmacêutica no SUS
Política Nacional de Medicamentos (Portaria GM/MS n.º 3.916, de 30 de
outubro de 1998)
• Albendazol
• Benzoilmetronidazol
• Ivermectina
• Permetrina
Aparelho Respiratório
• Brometo de ipratrópio
• Budesonida 32 mcg
• Cloreto de sódio (0,9%) – solução nasal
• Cloridrato de prometazina
• Loratadina
• Maleato de dexclorfeniramina
• Sulfato de salbutamol
Categoria “Fitoterápicos”
• Guaco xarope
• Isoflavona de soja
• Unha de gato
• Alcachofra
• Plantago
COMPONENTE ESTRATÉGICO
DA RENAME
Alguns fármacos que prescrevemos em APS mas
que são do componente estratégico ou de ambos
• Albendazol
• Penicilina Benzatina
• Claritromicina
• Azitromicina
• Oseltamivir
• Itraconazol
• Prednisona
REFERÊNCIAS UTILIZADAS
IMUNIZAÇÃO E APLICAÇÃO DO
CALENDÁRIO NACIONAL DE
VACINAÇÃO DO MS
ROTEIRO DA AULA
• Importância da vacinação.
• História da vacinação no Brasil.
• Quais vacinas encontro no SUS?
• Critérios para vacinação.
• Campanhas
• Segurança das vacinas.
• Vacinas para Grupos Especiais.
• Vacinação para os viajantes.
• Calendário Nacional de Vacinação
QUAL A IMPORTÂNCIA DA VACINAÇÃO?
9 meses Vacina contra febre amarela (atenuada) dose inicial Febre amarela
2 doses
SRC (tríplice viral) (primeira com SCR e Sarampo, caxumba e rubéola
segunda com SCRV)
12 meses Pneumonias, meningites, otites, sinusites pelos
Pneumocócica 10-valente (PCV 10) Reforço
sorotipos que compõem a vacina
3 doses
A partir de 7 (considerar doses
Difteria e Tétano (dT) Difteria e tétano
anos anteriores com penta e
DTP)
2 doses
Papilomavírus Humano 6, 11, 16 e 18
9 a 14 anos Papilomavírus humano (HPV) (com intervalo de 6
(recombinante)
meses)
CALENDÁRIO DE VACINAÇÃO DO ADOLESCENTE
IDADE VACINA DOSES DOENÇAS EVITADAS
3 doses (iniciar ou completar
Hepatite B o esquema, de acordo com a Hepatite B
situação vacinal)
3 doses (iniciar ou completar
dT (Dupla tipo adulto) o esquema, de acordo com a Difteria e tétano
situação vacinal)
De 11 a 19 anos
(na primeira
Febre amarela (atenuada) dose única ou reforço Febre amarela
visita ao serviço
de saúde) Iniciar ou completar 2 doses,
SCR (Tríplice viral) de acordo com a situação Sarampo, caxumba e rubéola
vacinal
a cada 10 anos,
dT (Dupla tipo adulto) reforço Difteria e tétano
por toda a vida
CALENDÁRIO DE VACINAÇÃO DO ADULTO E IDOSO
VACINA DOSE IDADE RECOMENDADA DOENÇAS EVITADAS
Hepatite B 3 doses (iniciar ou completar o esquema, de
- Hepatite B
recombinante acordo com a situação vacinal)
3 doses
Difteria e Tétano
(iniciar ou completar o esquema, de acordo - Difteria e tétano
(dT)
com a situação vacinal)
Difteria, Tétano e
1 dose A partir da 20ª semana de
Pertussis acelular Difteria, tétano e coqueluche
(dose de reforço a cada gestação) gravidez
(dTpa)
REFERÊNCIAS UTILIZADAS
• BRASIL. Ministério da Saúde. Programa Nacional de Imunizações - Vacinação.
Brasília: Ministério da Saúde, 2023. Acesso em: <https://www.gov.br/saude/pt-
br/acesso-ainformacao/acoes-e-programas/programa-nacional-de-imunizacoes-
vacinacao>
EDUCAÇÃO PERMANENTE
NO PMMB
ROTEIRO DA AULA
• Educação Permanente em Saúde e a Política Nacional de Educação Permanente em
Saúde.
• AVASUS
• Atividades acadêmicas:
• Da integração ensino-serviço.
• Da atenção básica.
• O médico participante
• O supervisor acadêmico
• O tutor acadêmico
SUPERVISÃO ACADÊMICA DO PMMB
• Encontro Locorregional.
• Supervisão In Loco.
• Supervisão Longitudinal.
A: ?
Qual conduta deve ser adotada pelo pro0ssional ao realizar o atendimento clínico?
A. Caso o atendimento seja realizado pelo enfermeiro, ele deve acolher a paciente, coletar a
anamnese, realizar os testes rápidos e, caso todos estejam negativos, liberar a paciente.
B. Caso o atendimento seja realizado pelo enfermeiro, ele deve acolher a paciente, coletar a
anamnese, realizar os testes rápidos e encaminhar para o médico, que poderá prescrever a
medicação de pro0laxia pós-exposição (PEP).
C. Caso a paciente não resida no endereço adscrito da unidade, o pro0ssional que a acolher
deverá noti0car o caso de violência e encaminhar para a unidade de referência para a prescrição do
PEP e seguimento do caso.
D. Caso o episódio de abuso sexual tenha sido há mais de 72 horas, não há mais indicação de
prescrição de contracepção de emergência e nem do PEP.
E. Caso esteja indicada a prescrição de PEP, deve ser prescrito 1 comprimido de
tenofovir/lamivudina (TDF/3TC) 300mg/300mg + 1 comprimido de dolutegravir (DTG) 50mg, 1 vez
ao dia, durante 28 dias, independentemente de o atendimento ter sido realizado por médico ou
enfermeiro capacitados.
S: A mulher retorna na unidade de saúde após quatro
semanas e procura o mesmo ACS que a acolheu no mês
anterior. Informa que gostaria de conversar com o
profissional que a atendeu, pois realizou o tratamento
indicado e está com atraso menstrual.
O: Não realizado
A: ?
A melhor conduta agora seria:
A. Realizar teste de gravidez; se positivo, desestimular a prática do aborto
e solicitar apoio matricial de equipe multidisciplinar, como NASF
B. Realizar testes rápidos (HIV, síWlis, hepatites). Em caso de HIV positivo,
realizar PrEP e encaminhar para apoio matricial de equipe multidisciplinar,
como NASF
C. Realizar testes rápidos (HIV, síWlis, hepatites) e encaminhar para
acompanhamento de psicólogo devido a gravidez psicológica
D. Realizar testes rápidos (HIV, síWlis, hepatites) e teste de gravidez. Em
caso positivo, conversar sobre a possibilidade do aborto legal e solicitar apoio
matricial de equipe multidisciplinar
E. Realizar testes rápidos (HIV, síWlis, hepatites), caso qualquer um dos
exames seja positivo, deve-se encaminhar a mulher para a rede secundária.
S:
A., 38 anos, comparece para consulta de pré-natal com a enfermeira. Conta
que nas últimas semanas tem apresentado queixas de dor de cabeça com
náuseas. Esta é a sua terceira gravidez e nas duas anteriores conta que “a
pressão andou querendo subir”. Trouxe alguns exames solicitados pelo
médico, mas naquele instante da consulta não tinha nenhuma queixa.
O:
Altura=1,62 Peso=89kg IMC=33,91
Idade gestacional=28 semanas
PA=145x95 mmHg (conWrmada em duas medidas)
A: ?
P: ?
Momento 1 do caso
S:
P., 30 anos, comparece na consulta médica trazendo exames de pré-natal de
primeiro trimestre solicitados pela enfermeira da equipe. Contou que tem se sentido
ansiosa pois esta é sua terceira gravidez, não planejada, e tem relatado que o apetite
tem aumentado pois se sente ansiosa. No momento negou intercorrências. Relatou
que nas duas gravidezes anteriores teve que fazer cesárea pois os Hlhos “estavam
grandinhos”.
O:
Altura=1,55 Peso=85kg IMC=35,37
Idade gestacional=22 semanas
Glicemia de jejum=101mg/dl
A: ?
P: ?
Momento 2 do caso
S: Gestante retorna somente na 29ª. Semana, e após as medidas
não farmacológicas apresenta ganho de peso de 5kg no período.
Conta que acha que a barriga está “grande demais” para o tempo de
gravidez
O: glicemias de jejum diárias na última semana com valores entre
135 a 150 mg/dl.
A: ?
P: ?
S:
R.O.P., 23 anos, comparece à consulta de pré-natal com a
enfermeira trazendo exames solicitados. Não possui nenhuma
queixa no momento da consulta.
IG=25 semanas
A:?
P:?
C láudia, 15 anos, estudante. Solicita orientação sobre contracepção, pois
iniciou vida sexual. Pede sigilo, pois não quer que os pais saibam. História de
epilepsia, descoberta há 1 ano, sob controle com uso de ácido valproico.
Pergunta: C om relação ao C aso clínico 1, assinale a alternativa correta.
() O câncer de colo uterino não pode ser prevenido, na maioria dos casos
() As lesões intraepiteliais cervicais geralmente não ocasionam sintomas específicos, nem
características clínicas que indiquem a sua presença
() O câncer cervical invasor pode apresentar sintomas como leucorreia, sangramento fora
do período menstrual, sangramento pós-coital e dor em baixo ventre
() A causa primária das lesões precursoras e do câncer do colo uterino é a infecção
persistente ou crônica por um ou mais tipos de HPV “de alto risco” (ou oncogênicos)
SAÚDE DA MULHER
ROTEIRO DE AULA
• Planejamento familiar e reprodutivo.
• Atendimento pré-natal.
• Intercorrências na gestação.
• Implica que a pessoa possa “ter uma vida sexual segura e saDsfatória,
tendo autonomia para se reproduzir e a liberdade de decidir sobre
quando e quantas vezes deve fazê-lo.
ATENÇÃO!!
• Caso haja vômitos na primeira hora, repetir a dose.
SEMPRE
• União Estável
• Único Parceiro
• Idosos
• MúlEplos parceiros
• ...
MÉTODOS DEFINITIVOS
ATENÇÃO A SAÚDE DA
GESTANTE
MORTALIDADE MATERNA
MORTALIDADE MATERNA
REDE CEGONHA
• Às mulheres, direito
• ao planejamento reprodutivo
• a atenção humanizada na gravidez, parto, abortamento e puerpério
• Às crianças, direito
• ao nascimento seguro
• crescimento e desenvolvimento saudáveis
ATENDIMENTO DA GESTANTE
• Acolhimento
• Captação Precoce
• Pré-Natal
ATENDIMENTO DA GESTANTE
• Rodas de Gestantes
• Puerpério
• Atendimento da gestante
ORGANIZAÇÃO DO ATENDIMENTO
• Dia do Pré-Natal
• Importância de agenda flexível
• Cadastramento no SISPRENATAL
• Kristeller
Pesquisa de estreptococo:
Não realizar, não há evidência científica de benefício na atualidade.
EXAMES NA GESTAÇÃO - RESUMO
EXAMES NA GESTAÇÃO - RESUMO
ULTRASSONOGRAFIA
OBSTÉTRICA
ULTRASSONOGRAFIA OBSTÉTRICA
ULTRASSONOGRAFIA OBSTÉTRICA
CONDUTAS GERAIS
• Suplementação de ferro e ácido fólico
• ferro elementar (40 mg/dia);
• ácido fólico (400 µg/dia ou 0,4 mg/dia).
• Utilizar no período pré-gestacional até o final da gestação.
Após gestação:
• A cada 3 meses no 1º ano
• A cada 6 meses até a estabilização dos títulos
• Prevê medidas protetivas para a mulher que corra risco de morte, como
afastamento do agressor do domicílio e a proibição de sua aproximação
física junto à mulher agredida.
VIOLÊNCIA SEXUAL
• Anti HIV
• VDRL
• Anti HCV
• HBsAg
• Anti HBs
ABORTAMENTO LEGAL
• É permitido quando a gravidez resulta de estupro/violência sexual ou
em caso de risco de vida à mulher.
• Não é exigido qualquer documento. Como Boletim de Ocorrência
Policial, Laudo de IML ou autorização judicial.
PREVENÇÃO DO CÂNCER
GINECOLÓGICO
RASTREAMENTO CÂNCER DE COLO UTERINO
Periodicidade do Papanicolau:
• Dois exames com intervalo anual.
• Após dois exames anuais normais, realiza se somente um exame a cada três anos.
SITUAÇÕES ESPECIAIS
SITUAÇÕES ESPECIAIS
RESULTADO AMOSTRA
CONDUTA
CONDUTA
CONDUTA
CONDUTA
RASTREAMENTO DO CÂNCER DE MAMA
• Fatores de Risco
• Idade > 50 anos
• Menarca precoce
• Nuliparidade
• Primeira gestação após os 30 anos
• História pregressa
• História familiar
• Uso de álcool
• Tabagismo
• Terapia de reposição hormonal
• Sedentarismo
• Obesidade
ROTINA DE RASTREAMENTO
MAMOGRAFIA - RESULTADO
MAMOGRAFIA - RESULTADO
MAMOGRAFIA RESULTADO
PREVENÇÃO QUATERNÁRIA
Evitando ações com benefícios incertos para a paciente e a
protege de ações potencialmente danosas
17 - SAÚDE DA CRIANÇA E DO
ADOLESCENTE
CASO CLÍNICO
BRASÍLIA-DF
14/08 a 01/09/2023
MÓDULO DE ACOLHIMENTO E AVALIAÇÃO (MAAV) DO PMMB
28° CICLO DO PMMB
SUBEIXO III
TEMA 17
Saúde da Criança e do Adolescente
COORDENAÇÃO
Camila Zamban de Miranda
Frantchesca Fripp dos Santos
Nilson Massakazu Ando
ELABORAÇÃO
Frantchesca Fripp dos Santos
Juliana Machado de Carvalho
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
Camilo Sobreira De Santana - Ministro da Educação
Denise Pires de Carvalho - Secretaria de Ensino Superior
Gisele Viana Pires - Diretoria de Desenvolvimento da Educação em Saúde
Francisco de Assis Rocha Neves - Coordenação-Geral de Expansão e Gestão da Educação
em Saúde
Ana Luísa dos Santos Azevedo - Apoio Central do PMMB
Lucas de Souza Porfirio - Apoio Central do PMMB
HISTÓRIA CLÍNICA
O povo Yanomami que vive na aldeia Missão Marauiá vive em casas de pau a pique com
telhado de palha, com fogueiras de lenha dentro de casa para cozinhar, para o
aquecimento e para afastar os mosquitos. Suas residências são próximas ao rio local,
onde usam a água para beber, cozinhar e se banhar. Tem bom relacionamento com a
equipe de saúde e a aldeia tem 100% da população vacinada contra a COVID19 e contra
a gripe.
Nesta entrada em área indígena, Luana tem percebido o aumento das queixas de tosse
e coriza entre a população assistida.
O Agente Indígena de Saúde (AIS) José encaminhou para o PB a bebê Maria, de 4 meses
de idade, que está em aleitamento materno exclusivo sob livre demanda pela mãe Tainá,
de 17 anos (G3P3A0, sem uso de anticoncepcional porque não deseja), vive com os pais
e 2 irmãos mais velhos. Maria nunca usou nenhum medicamento alopático ou precisou
de internações.
José: “Dra. parece que a Maria está com tosse seca há 3 dias, a mãe acha que ela está
cansada, não teve febre.”
Luana: “José, pergunta pra Tainá se a Maria teve alguma mancha no corpo, se teve
diarréia ou vômito”.
Tainá deitou a bebê na maca de atendimento e abriu espaço para que a médica pudesse
examinar a criança.
Ao exame físico: bebê ativa e reativa, sentada com apoio, ao deitar gira o tronco. Está
corada, hidratada, afebril e responde ao olhar e ao sorriso da examinadora, com
gotejamento nasal anterior +/4.
Fontanela plana.
ACV: RCR2T, BNF não ausculto sopros. FC: 110bpm.
AR: MVUA S/RA. FR: 40irpm.
Abdome: peristáltico, depressível, indolor à palpação superficial e profunda, não palpo
massas ou megalias.
Otoscopia: conduto auditivo externo pérvio, membrana timpânica íntegra e brilhosa,
sem evidência de nível hidroaéreo.
Oroscopia: amígdalas sem hiperemia ou exsudato, gotejamento nasal posterior +/4.
Luana explica os cuidados para o AIS José. Ele traduz para Tainá que gesticula mais do
que o habitual, pega a bebê e finaliza o atendimento.
QUESTÃO 2) Quais cuidados devem ter sido orientados pela dra. Luana no primeiro
atendimento da bebê Maria?
Na visita domiciliar a dra. Luana se depara com uma casa típica do território, com a
fogueira acesa e fumaça dentro da casa. Os outros dois filhos mais velhos de Tainá, de 2
e 3 anos, estavam brincando dentro de casa, um deles com tosse seca. A bebê Maria
estava com tosse produtiva no colo da mãe.
Ao exame físico: bebê chorosa, irritada, menos interativa do que na primeira consulta,
no colo da mãe, mamando no peito, mas interrompendo a sucção. Está corada,
hidratada, febril, com gotejamento nasal anterior ++/4.
Fontanela plana, TA: 38 graus.
ACV: RCR2T, BNF não ausculto sopros. FC: 145bpm.
AR: respiração oral e batimento de asa de nariz, MVUA com estertores crepitantes em
base do hemitórax direito. FR: 60irpm.
Abdome: peristáltico, depressível, indolor à palpação superficial e profunda, não palpo
massas ou megalias.
Otoscopia: conduto auditivo externo pérvio, membrana timpânica íntegra e brilhosa,
sem evidência de nível hidroaéreo.
Oroscopia: amígdalas sem hiperemia ou exsudato, gotejamento nasal posterior ++++/4.
UN IGME. Under-Five Mortality Rate – Total – Brasil. UN Inter-agency Group for Child
Mortality Estimation, 2023b. Disponível em: https://childmortality.org/data/Brazil.
Acesso em: 8 maio 2023.
UN IGME. Under-Five Mortality Rate – Total – World. UN Inter-agency Group for Child
Mortality Estimation, 2023a. Disponível em: https://childmortality.org/data/World.
Acesso em: 8 maio 2023.
UNICEF - United Nations Children’s Fund, The State of the World’s Children 2023: For
every child, vaccination, UNICEF Innocenti – Global Office of Research and Foresight,
Florence, April 2023a.
17 - SAÚDE DA CRIANÇA E DO
ADOLESCENTE
CASO CLÍNICO 1
BRASÍLIA-DF
14/08 a 01/09/2023
MÓDULO DE ACOLHIMENTO E AVALIAÇÃO (MAAV) DO PMMB
28° CICLO DO PMMB
SUBEIXO III
TEMA 17
Saúde da Criança e do Adolescente
COORDENAÇÃO
Camila Zamban de Miranda
Frantchesca Fripp dos Santos
Nilson Massakazu Ando
ELABORAÇÃO
Frantchesca Fripp dos Santos
Juliana Machado de Carvalho
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
Camilo Sobreira De Santana - Ministro da Educação
Denise Pires de Carvalho - Secretaria de Ensino Superior
Gisele Viana Pires - Diretoria de Desenvolvimento da Educação em Saúde
Francisco de Assis Rocha Neves - Coordenação-Geral de Expansão e Gestão da Educação
em Saúde
Ana Luísa dos Santos Azevedo - Apoio Central do PMMB
Lucas de Souza Porfirio - Apoio Central do PMMB
HISTÓRIA CLÍNICA
Luana é médica da equipe de saúde indígena no DSEI Yanomami e é vinculada ao Pólo
Base (PB) Missão Marauiá, no município de Santa Isabel do Rio Negro (AM) há 1 ano. A
aldeia visitada leva o mesmo nome do PB.
O povo Yanomami que vive na aldeia Missão Marauiá vive em casas de pau a pique com
telhado de palha, com fogueiras de lenha dentro de casa para cozinhar, para o
aquecimento e para afastar os mosquitos. Suas residências são próximas ao rio local,
onde usam a água para beber, cozinhar e se banhar. Tem bom relacionamento com a
equipe de saúde e a aldeia tem 100% da população vacinada contra a COVID19 e contra
a gripe.
Nesta entrada em área indígena, Luana tem percebido o aumento das queixas de tosse
e coriza entre a população assistida.
O Agente Indígena de Saúde (AIS) José encaminhou para o PB a bebê Maria, de 4 meses
de idade, que está em aleitamento materno exclusivo sob livre demanda pela mãe Tainá,
de 17 anos (G3P3A0, sem uso de anticoncepcional porque não deseja), vive com os pais
e 2 irmãos mais velhos. Maria nunca usou nenhum medicamento alopático ou precisou
de internações.
José: “Dra. parece que a Maria está com tosse seca há 3 dias, a mãe acha que ela está
cansada, não teve febre.”
Luana: “José, pergunta pra Tainá se a Maria teve alguma mancha no corpo, se teve
diarréia ou vômito”.
Tainá deitou a bebê na maca de atendimento e abriu espaço para que a médica pudesse
examinar a criança.
Ao exame físico: bebê ativa e reativa, sentada com apoio, ao deitar gira o tronco. Está
corada, hidratada, afebril e responde ao olhar e ao sorriso da examinadora, com
gotejamento nasal anterior +/4.
Fontanela plana.
ACV: RCR2T, BNF não ausculto sopros. FC: 110bpm.
AR: MVUA S/RA. FR: 40irpm.
Abdome: peristáltico, depressível, indolor à palpação superficial e profunda, não palpo
massas ou megalias.
Otoscopia: conduto auditivo externo pérvio, membrana timpânica íntegra e brilhosa,
sem evidência de nível hidroaéreo.
Oroscopia: amígdalas sem hiperemia ou exsudato, gotejamento nasal posterior +/4.
Luana explica os cuidados para o AIS José. Ele traduz para Tainá que gesticula mais do
que o habitual, pega a bebê e finaliza o atendimento.
Resposta:
Síndrome gripal.
Porque apresenta sinais vitais dentro dos parâmetros de normalidade, sem sinais de
esforço respiratório, febre ou foco infeccioso. Além do curto período de
desenvolvimento dos sintomas.
QUESTÃO 2) Quais cuidados devem ter sido orientados pela dra. Luana no primeiro
atendimento da bebê Maria?
Resposta: A lavagem nasal com soro fisiológico em jato ajuda a descongestionar as vias
nasais e reduzir a descarga nasal. Isso pode ser feito com o auxílio de uma seringa ou um
dispositivo específico para a lavagem nasal. A lavagem deve ser realizada com cuidado
para não causar desconforto ao bebê.
O aleitamento materno sob livre demanda é fundamental para manter o bebê em bom
estado de hidratação, fortalecer o sistema imunológico do bebê e fornecer os nutrientes
necessários para a sua recuperação.
Evitar exposição à fumaça da queima da lenha e de cigarro, assim com de outros
poluentes do ambiente que podem agravar os sintomas respiratórios do bebê. É
importante manter o ambiente livre de fumaça.
Evitar contato com pessoas com sintomas semelhantes: A síndrome gripal é altamente
contagiosa, por isso é importante evitar o contato do bebê com pessoas que apresentem
sintomas semelhantes, como tosse, espirros ou febre. Isso reduz o risco de transmissão
de vírus ou outras infecções respiratórias.
Na visita domiciliar a dra. Luana se depara com uma casa típica do território, com a
fogueira acesa e fumaça dentro da casa. Os outros dois filhos mais velhos de Tainá, de 2
e 3 anos, estavam brincando dentro de casa, um deles com tosse seca. A bebê Maria
estava com tosse produtiva no colo da mãe.
Ao exame físico: bebê chorosa, irritada, menos interativa do que na primeira consulta,
no colo da mãe, mamando no peito, mas interrompendo a sucção. Está corada,
hidratada, febril, com gotejamento nasal anterior ++/4.
Fontanela plana, TA: 38 graus.
ACV: RCR2T, BNF não ausculto sopros. FC: 145bpm.
AR: respiração oral e batimento de asa de nariz, MVUA com estertores crepitantes em
base do hemitórax direito. FR: 60irpm.
Abdome: peristáltico, depressível, indolor à palpação superficial e profunda, não palpo
massas ou megalias.
Otoscopia: conduto auditivo externo pérvio, membrana timpânica íntegra e brilhosa,
sem evidência de nível hidroaéreo.
Oroscopia: amígdalas sem hiperemia ou exsudato, gotejamento nasal posterior ++++/4.
Resposta:
A prescrição indicada deve conter:
Amoxicilina 250mg/5ml: Dar pela boca 2ml de 8/8 horas por 7 dias.
Paracetamol 200mg/ml: Dar pela boca 6 gotas de 6/6 horas em caso de dor ou
febre.
Soro Fisiológico 0,9%: Lavar as narinas com jato de seringa de 5ml.
Os cuidados necessários são: manutenção do aleitamento materno sob livre demanda,
evitar a exposição à fumaça e evitar contato com pessoas que não vivem junto ou que
estejam com sintomas gripais ou semelhantes.
Resposta: Exposição constante à fumaça: a casa tem estrutura que mantém a fumaça
dentro dos cômodos, e a família não tem possibilidade de mudança desta estrutura por
condições culturais. Importância de conversar com a família sobre manter um fluxo de
ar permanente na residência.
Exposição a outros familiares com síndrome gripal: os irmãos moram juntos na estrutura
familiar desta população. Importância de alertar a família sobre riscos de contaminação
entre as crianças e necessidade de lavagem nasal de todas as crianças (e outros
familiares com coriza) para diminuição da contaminação.
Gravidez na adolescência da mãe, sem possibilidade de uso de anticoncepcional no
momento. A equipe de saúde pode esclarecer dúvidas sobre medidas anticoncepcionais.
Dificuldade de comunicação entre a população e a médica assistente, com dependência
da interpretação da tradução do AIS: necessidade de demonstrar na consulta o
procedimento de lavagem nasal com seringa para que a mãe aprenda e repita em casa.
Importância de manter bom relacionamento com o AIS de modo a incentivá-lo a traduzir
com dedicação ao cuidado.
REFERÊNCIAS
UN IGME. Under-Five Mortality Rate – Total – Brasil. UN Inter-agency Group for Child
Mortality Estimation, 2023b. Disponível em: https://childmortality.org/data/Brazil.
Acesso em: 8 maio 2023.
UN IGME. Under-Five Mortality Rate – Total – World. UN Inter-agency Group for Child
Mortality Estimation, 2023a. Disponível em: https://childmortality.org/data/World.
Acesso em: 8 maio 2023.
UNICEF - United Nations Children’s Fund, The State of the World’s Children 2023: For
every child, vaccination, UNICEF Innocenti – Global Office of Research and Foresight,
Florence, April 2023a.
17 - SAÚDE DA CRIANÇA E DO
ADOLESCENTE
BRASÍLIA-DF
14/08 a 01/09/2023
MÓDULO DE ACOLHIMENTO E AVALIAÇÃO (MAAV) DO PMMB
28° CICLO DO PMMB
SUBEIXO III
TEMA 17
COORDENAÇÃO
Camila Zamban de Miranda
Frantchesca Fripp dos Santos
Nilson Massakazu Ando
ELABORAÇÃO
Frantchesca Fripp dos Santos
Juliana Machado de Carvalho
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
Camilo Sobreira De Santana - Ministro da Educação
Denise Pires de Carvalho - Secretaria de Ensino Superior
Gisele Viana Pires - Diretoria de Desenvolvimento da Educação em Saúde
Francisco de Assis Rocha Neves - Coordenação-Geral de Expansão e Gestão da Educação
em Saúde
Ana Luísa dos Santos Azevedo - Apoio Central do PMMB
Lucas de Souza Porfirio - Apoio Central do PMMB
CASO CLÍNICO 2: SAÚDE DO ADOLESCENTE
A médica Luana está em sua primeira entrada em área indígena e está curiosa com todas
as novidades culturais do Polo Base (PB) Missão Marauiá. Um dos casos atendidos na
manhã de hoje chamou a atenção da doutora.
Tainá, 16 anos, é uma adolescente da etnia Yanomami, que vive em estrutura familiar
com esposo (38 anos) e 2 filhos de 2 e 1 ano de idade.
Dentro da estrutura social que vive, atua na coleta de alimentos e seu marido pesca, as
crianças a acompanham em suas atividades e também brincam livremente na aldeia.
Tainá buscou atendimento médico no Polo Base (PB) Missão Marauiá com a queixa de
“fogo no peito”, traduzida assim pelo AIS José.
A dra. Luana não entendeu imediatamente: “José, peça para ela apontar onde está o
fogo?”
Tainá apontou para o abdome na região epigástrica e fez uma fácies de dor.
Sabendo que a dieta da população desta aldeia é rica em mandioca e que ela mesma
andava sofrendo com azia, perguntou à José se ela tinha vomitado.
José: “Dra. ela disse que vomita todos os dias, principalmente de manhã. Mas isso é
porque está grávida.”
Luana ficou espantada pelo fato de uma informação tão importante não ter sido o
motivo principal da consulta.
José explicou que as mulheres indígenas têm maneiras próprias de “descobrir que estão
grávidas” e após Tainá falar e gesticular com José, ele completou: “Ela está dizendo que
tem certeza que está grávida porque está sem menstruar há 2 meses e está com os
peitos grandes”.
Luana se atentou que precisava aprender muito sobre a percepção da gestação para
aquela adolescente que ela tinha acabado de conhecer.
UN IGME. Under-Five Mortality Rate – Total – Brasil. UN Inter-agency Group for Child
Mortality Estimation, 2023b. Disponível em: https://childmortality.org/data/Brazil.
Acesso em: 8 maio 2023.
UN IGME. Under-Five Mortality Rate – Total – World. UN Inter-agency Group for Child
Mortality Estimation, 2023a. Disponível em: https://childmortality.org/data/World.
Acesso em: 8 maio 2023.
UNICEF - United Nations Children’s Fund, The State of the World’s Children 2023: For
every child, vaccination, UNICEF Innocenti – Global Office of Research and Foresight,
Florence, April 2023a.
17 - SAÚDE DA CRIANÇA E DO
ADOLESCENTE
CASO CLÍNICO 2
BRASÍLIA-DF
14/08 a 01/09/2023
MÓDULO DE ACOLHIMENTO E AVALIAÇÃO (MAAV) DO PMMB
28° CICLO DO PMMB
SUBEIXO III
TEMA 17
COORDENAÇÃO
Camila Zamban de Miranda
Frantchesca Fripp dos Santos
Nilson Massakazu Ando
ELABORAÇÃO
Frantchesca Fripp dos Santos
Juliana Machado de Carvalho
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
Camilo Sobreira De Santana - Ministro da Educação
Denise Pires de Carvalho - Secretaria de Ensino Superior
Gisele Viana Pires - Diretoria de Desenvolvimento da Educação em Saúde
Francisco de Assis Rocha Neves - Coordenação-Geral de Expansão e Gestão da Educação
em Saúde
Ana Luísa dos Santos Azevedo - Apoio Central do PMMB
Lucas de Souza Porfirio - Apoio Central do PMMB
HISTÓRIA CLÍNICA
A médica Luana está em sua primeira entrada em área indígena e está curiosa com todas
as novidades culturais do Polo Base (PB) Missão Marauiá. Um dos casos atendidos na
manhã de hoje chamou a atenção da doutora.
Tainá, 16 anos, é uma adolescente da etnia Yanomami, que vive em estrutura familiar
com esposo (38 anos) e 2 filhos de 2 e 1 ano de idade.
Dentro da estrutura social que vive, atua na coleta de alimentos e seu marido pesca, as
crianças a acompanham em suas atividades e também brincam livremente na aldeia.
Tainá buscou atendimento médico no Polo Base (PB) Missão Marauiá com a queixa de
“fogo no peito”, traduzida assim pelo AIS José.
A dra. Luana não entendeu imediatamente: “José, peça para ela apontar onde está o
fogo?”
Tainá apontou para o abdome na região epigástrica e fez uma fácies de dor.
Sabendo que a dieta da população desta aldeia é rica em mandioca e que ela mesma
andava sofrendo com azia, perguntou à José se ela tinha vomitado.
José: “Dra. ela disse que vomita todos os dias, principalmente de manhã. Mas isso é
porque está grávida.”
Luana ficou espantada pelo fato de uma informação tão importante não ter sido o
motivo principal da consulta.
José explicou que as mulheres indígenas têm maneiras próprias de “descobrir que estão
grávidas” e após Tainá falar e gesticular com José, ele completou: “Ela está dizendo que
tem certeza que está grávida porque está sem menstruar há 2 meses e está com os
peitos grandes”.
Luana deu início ao pré-natal mas se atentou que precisava aprender muito sobre a
percepção da gestação para aquela adolescente que ela tinha acabado de conhecer.
COMENTÁRIOS
UN IGME. Under-Five Mortality Rate – Total – Brasil. UN Inter-agency Group for Child
Mortality Estimation, 2023b. Disponível em: https://childmortality.org/data/Brazil.
Acesso em: 8 maio 2023.
UN IGME. Under-Five Mortality Rate – Total – World. UN Inter-agency Group for Child
Mortality Estimation, 2023a. Disponível em: https://childmortality.org/data/World.
Acesso em: 8 maio 2023.
UNICEF - United Nations Children’s Fund, The State of the World’s Children 2023: For
every child, vaccination, UNICEF Innocenti – Global Office of Research and Foresight,
Florence, April 2023a.
Saúde da Criança e do
Adolescente
Epidemiologia – mortalidade infan1l - Mundo
Epidemiologia – mortalidade infan1l
• Mundo
“Crianças em todos os lugares precisam de sistemas de saúde primários fortes que
atendam às suas necessidades e às de suas famílias, para que –onde quer que
nasçam – tenham o melhor começo de vida e esperança para o futuro”.
BRASIL, 20219
Epidemiologia – mortalidade infantil na
população indígena
Epidemiologia – mortalidade infantil
• Mundo
BRASIL, 2019
Epidemiologia – mortalidade infan1l na
população indígena
Epidemiologia – mortalidade infantil
• Mundo
BRASIL, 2019
Epidemiologia – mortalidade infantil na
população indígena
Epidemiologia – mortalidade infantil
• Mundo
BRASIL, 2019
Obje1vos de Desenvolvimento Sustentável
Ainda é possível mudar 2030
(BRASIL, 2022)
continuação
(BRASIL, 2022)
Epidemiologia – mortalidade infantil
• Mundo
(BRASIL, 2022)
Epidemiologia – mortalidade infan1l - Brasil
As principais causas de óbitos infantis foram as afecções originadas no período
perinatal, com 22.029 no ano de 2015 e 18.468 no ano de 2021.
(BRASIL, 2022)
Epidemiologia – mortalidade infantil - Brasil
Destaca-se Outras Doenças Bacterianas, com 939 e 655, e a Septicemia, com 613 e
454.
(BRASIL, 2022)
Epidemiologia – mortalidade infan1l - Brasil
Epidemiologia – mortalidade infantil
Os índices mostram uma redução na ocorrência de óbitos infantis no período de
2015 a 2020, em todas as Regiões brasileiras.
• Mundo
Em 2020, a pandemia da COVID19 causou a sobrecarga das equipes de saúde, o
que pode ter dificultado o processo de notificação e investigação dos óbitos por
parte das equipes de vigilância.
(BRASIL, 2022)
Epidemiologia – mortalidade infan1l - Brasil
Epidemiologia – mortalidade infantil
• Mundo
As mortes infantis, em sua maioria, são consideradas evitáveis, porém
é preciso considerar os desafios a serem enfrentados, como as
diferenças regionais e o acesso oportuno aos serviços de saúde, visto
que há um arranjo de fatores biológicos, sociais, culturais e de falhas
no sistema de saúde, que auxiliam para os elevados números deste tipo
de óbito.
(BRASIL, 2022)
Epidemiologia – mortalidade infan1l - Brasil
Epidemiologia – mortalidade infantil
Entre as ações sugeridas para a redução do óbito infan\l, está a
Mundode saúde que assegurem cuidados à gestação, ao parto e ao nascimento,
• • polí\cas
assim como a
• melhoria no acesso,
• prá\cas e medidas direcionadas à qualificação na rede assistencial à gestante a ao
recém-nascido durante o período pré-natal e pós natal.
Os comitês de prevenção do óbito infan\l são, para além da estratégia de vigilância
de óbito, são instrumentos de controle social da qualidade de atenção à saúde
prestada à mulher e à criança.
As informações originárias da inves\gação do óbito infan\l des\nam-se a iden\ficar
as causas dos óbitos e seus determinantes sociais. (BRASIL, 2022)
Epidemiologia – mortalidade infantil - Brasil
Epidemiologia – mortalidade infantil
• Mundo
(BRASIL, 2019)
Epidemiologia – mortalidade infantil - Brasil
Epidemiologia – mortalidade infantil
• Mundo
A redução da mortalidade infantil é ainda um grande desafio. Para isso, é necessária
uma aliança entre todas as esferas de governo, de toda a sociedade e de cada
cidadão.
(BRASIL, 2022)
Epidemiologia – mortalidade infantil
• Mundo
PUERICULTURA
(BRASIL, 2019)
A Primeira Consulta
• Iden\ficar fatores de risco e vulnerabilidade do
RN;
• Promover e apoiar o Aleitamento Materno
Exclusivo;
• Observar o vínculo mãe-bebê;
• Avaliar a saúde do RN e da mãe;
• Avaliar a Rede de apoio social;
• Orientar sobre o calendário de imunizações;
(BRASIL, 2019)
A Primeira Consulta
• Pactuar o calendário de consultas;
• Fortalecer o vínculo com a equipe;
• Discu\r e incen\var a par\cipação paterna.
• Orientar os cuidados gerais com o RN;
• Teste do pezinho e triagens neonatais:
audi\va, reflexo vermelho, “teste do coraçaozinho”
(geralmente realizados antes da alta hospitalar);
(BRASIL, 2019)
Testes de triagem/ rastreamento neonatais
Epidemiologia – mortalidade infantil
Teste do Pezinho
• Mundo
• Fenilcetonuria;
• Anemia Falciforme;
• G6PD;
• Hipo\reoidismo congênito;
• Fibrose Cís\ca;
(BRASIL, 2023)
Testes de triagem neonatais
Epidemiologia – mortalidade infan1l
• Mundo
(BRASIL, 2019)
Epidemiologia
Consulta – mortalidade
puerperal infantil
- até 42 dias após o parto
(BRASIL, 2019)
Sobre orientar a amamentação…
Epidemiologia – mortalidade infan1l
• Mundo
(BRASIL, 2015)
Sobre orientar a amamentação…
Epidemiologia – mortalidade infan1l
• Mundo
(BRASIL, 2015)
Acompanhamento da criança
Epidemiologia – mortalidade infan1l
PODEM EXISTIR PROTOCOLOS MUNICIPAIS DIFERENTES!
• Mundo
Diferentes protocolos – a Sociedade Brasileira de Pediatria recomenda 31
consultas da primeira semana de vida até os 21 anos de idade.
(Duncan, 2022)
Acompanhamento da criança – proposta do MS
Epidemiologia – mortalidade infan1l
• Mundo
(BRASIL, 2019)
Caderneta de Saúde da Criança
Epidemiologia – mortalidade infantil
• Dados da criança e da mãe;
• Mundo
• Promoção à saúde da criança e cuidados gerais;
• Prevenção de acidentes;
• Condições do nascimento da criança: Gráficos de antropométricos;
• Tabelas de crescimento e desenvolvimento;
• Calendário vacinal.
Consultas de Puericultura
Epidemiologia – mortalidade infan1l
•Avaliar
Mundoem todas as consultas:
• preocupações dos pais, esOlo de vida da família e determinantes
sociais de saúde;
• peso, estatura, IMC, perímetro cefálico;
• marcos do desenvolvimento;
• verificar imunização
Consultas de Puericultura – 1 mês
Epidemiologia – mortalidade infantil
•• Mundo
peso, estatura, IMC, perímetro cefálico;
• verificar imunização
• observar tônus muscular;
• avaliar tensão das fontanelas;
• testar reflexos: Moro, sucção, fuga a asfixia;
• observar se a criança emite sons e procura sons em seu ambiente;
• fazer manobra de Ortolani e Barlow.
Consultas de Puericultura – 2 meses
Epidemiologia – mortalidade infan1l
•• Mundo
peso, estatura, IMC, perímetro cefálico;
• observar se a criança emite sons e sorriso social;
• avaliar se a criança abre e fecha as mãos espontaneamente;
• observar se a criança movimenta os membros espontaneamente;
• observar se a criança segura objetos, pelo menos por alguns
segundos - até o 4 mês de vida;
• observar se a criança emite sons “como se Ovesse conversando” –
até o 4 mês de vida.
Consultas de Puericultura – 4 meses
Epidemiologia – mortalidade infantil
•• Mundo
peso, estatura, IMC, perímetro cefálico;
• observar se a criança movimenta os membros espontaneamente;
• observar se a criança segura objetos, pelo menos por alguns
segundos;
• observar se a criança emite sons “como se Ovesse conversando”;
• Colocar a criança de bruços, com um objeto a sua frente e observar
se ela se apoia nos antebraços e tenta pega-lo – até o 6 mês de
vida
Consultas de Puericultura – 6 meses
Epidemiologia – mortalidade infan1l
•• Mundo
peso, estatura, IMC, perímetro cefálico;
• observar se a criança muda de posição espontaneamente (rola);
• observar se a criança tenta alcançar um objeto colocado a sua
frente;
• avaliar se a criança leva objetos a boca;
• observar se a criança vira em direção aos sons em seu ambiente;
• observar se a criança brinca de esconde-achou – até o 9 mês;
• observar se a criança transfere objetos de uma mão para outra
• avaliar se a criança senta sem o apoio das mãos – até o 9 mês;
• observar se a criança fala “mama”, “papa”, “dada” - até o 9 mês.
Consultas de Puericultura – 6 meses
Epidemiologia – mortalidade infantil
•• Mundo
Fazer teste para estrabismo.
• Iniciar suplementação de sulfato ferroso se aleitamento materno
exclusivo – até 24 meses de vida.
• Orientar higiene bucal e uso de denOfrício com fluor a parOr da
primeira erupção dental.
Consultas de Puericultura – 9 meses
Epidemiologia – mortalidade infan1l
•• Mundo
peso, estatura, IMC, perímetro cefálico;
• verificar imunização;
• observar se a criança faz pinça;
• observar se imita gestos;
• avaliar se produz uma conversação incompreensível consigo
mesma – até o 12 mês;
• avaliar se a criança anda com o apoio – até o 12 mês.
Consultas de Puericultura – 12 meses
Epidemiologia – mortalidade infantil
•• Mundo
peso, estatura, IMC, perímetro cefálico;
• verificar imunização;
• observar se a criança faz pinça;
• observar se imita gestos;
• avaliar se produz uma conversação incompreensível consigo
mesma – até o 12 mês;
• avaliar se a criança anda com o apoio – até o 12 mês.
Consultas de Puericultura – 18 meses
Epidemiologia – mortalidade infan1l
•• Mundo
peso, estatura, IMC, perímetro cefálico;
• verificar imunização;
• monitorar aquisição da fala e avaliar audição;
Consultas de Puericultura – 2 anos
Epidemiologia – mortalidade infantil
•• Mundo
peso, estatura, IMC, perímetro cefálico;
• verificar imunização;
• monitorar aquisição da fala e avaliar audição;
• monitorar marcos de desenvolvimento;
Consultas de Puericultura – 3 anos
Epidemiologia – mortalidade infan1l
•• Mundo
peso, estatura, IMC, perímetro cefálico;
• verificar imunização;
• monitorar aquisição da fala e avaliar audição;
• testar acuidade visual.
Epidemiologia – mortalidade infantil
• Mundo
(BRASIL, 2019)
Atraso no Desenvolvimento (DNPM)
Epidemiologia – mortalidade infan1l
•• Mundo
Todos os fatores de Risco e Vulnerabilidade abordados
anteriormente podem levar a atraso no Desenvolvimento (nos
primeiros 12m);
• A esGmulação nos primeiros anos de vida, para crianças com
atraso, melhora seu desempenho, devendo, portanto, seu início ser
incenOvado o mais precocemente possível [B].
Atraso no Desenvolvimento (DNPM)
Epidemiologia – mortalidade infan1l
• Hospitalização no período neonatal.
• Mundo
• Doenças graves: meningite, traumaOsmo craniano e
convulsões.
• Parentesco entre os pais.
• Casos de doença mental na família.
• Fatores de risco ambientais: violência domésOca, depressão
materna, dependência química, suspeita de abuso sexual...
Atraso no Desenvolvimento (DNPM)
Epidemiologia – mortalidade infan1l
• Presença de alterações feno/picas. • Hospitalização no período neonatal.
• Mundo
• Fenda palpebral oblíqua.
• Doenças graves: meningite,
• Olhos afastados. traumaAsmo craniano e
• Implantação baixa de orelhas. convulsões.
Perímetro
• Lábio leporino. cefálico • Parentesco entre os pais.
< -2 escores z
• Fenda palaAna. • Casos de doença mental na família.
ou
• Pescoço curto e/ou largo. > +2 escores z.
• Fatores de risco ambientais: violência
• Prega palmar única.
domésAca, depressão materna, dependência
• 5º dedo da mão curto e recurvado. química, suspeita de abuso sexual...
Epidemiologia – mortalidade infan1l
• Mundo
ConLnua...
Fonte: DUNCAN, SCHMIDT, GIUGLIANI (2004)
Epidemiologia – mortalidade infan1l
• Mundo
ConLnuação
Epidemiologia – mortalidade infantil
• Mundo
Continuação.
Fonte:
Duncan et al. (2022)
Rastreamento em crianças assintomá1cas
Epidemiologia – mortalidade infan1l
• Não há documentação cienqfica que comprove que a realização
• Mundo
roOneira de exames laboratoriais em crianças assintomáOcas
tenha qualquer impacto em sua saúde;
• Hemograma se sintomáOco;
• Perfil Lipídico: o rastreio é controverso, nível de evidência D.
Epidemiologia – mortalidade infantil
Rastreamento em
• Mundo crianças
assintomáticas
Epidemiologia – mortalidade infan1l
Rastreamento em
• Mundo crianças
assintomá/cas
Suplementação de Vitaminas e Minerais
Epidemiologia – mortalidade infan1l
• •Mundo
Suplementação de Ferro:
(Brasil, 2021)
(Brasil, 2021)
(Brasil, 2021)
(Brasil, 2021)
Como preparar o soro de
reidratação oral
(Brasil, 2021)
Lembre-se
Ministerio da Saúde
(Brasil, 2020)
Infecção respiratória aguda em crianças
100
Infecção Respiratória Aguda
10
1
Estratégia AIDPI
• OOtes;
• Exacerbação de asma
• Sinusite
10
5
Tratamento e Prevenção
Lavagem Nasal – como orientar:
h{ps://www.youtube.com/watch?v=P8Em8B4SiIc&t=178s
Minuto 2:37
10
6
Pneumonia
• Infecção do parênquima pulmonar por vírus, bacterias, parasitas ou fungos;
• Crianças com pneumonia bacteriana zpica apresentam febre, calafrios,
dores abdominais, associadas ou não à dor torácica, e tosse produ\va;
• A taquipneia é um sinal ú\l para o diagnós\co de pneumoniana infância;
• Se a ausculta pulmonar sugerir o diagnós\co de pneumonia, deve-se
pesquisar o possível agente e\ológico por meio de minuciosa história
clínica, dando-se especial atenção para questões relacionadas com viagens,
exposições a animais e pessoas doentes, sobretudo com tuberculose
108
Síndromes Clínicas Comuns
Sindrome Agente Faixa Etária Manifestações clinicas
Bacteriana Streptococcus Todas as Idades, Início súbito, febre
(supurativa) pneumoniae, outros mais comum em alta/toxemia, achados focais na
crianças jovens ausculta, dor toráxica, dor
(menores de seis abdominal, radiografia de tórax
anos) com infiltrado
AWpica (lactentes) Chlamydia Menores de três Taquipneia, hipoxemia leve,
trachomatis meses ausência de febre, sibilaância,
radiografia de torax com
infiltrado.
AWpica (escolares e Mycoplasma Maiores de cinco Início gradual, febre baixa,
adolescentes) anos achados difusos na ausculta
respiratória, radiografia com
infiltrado difuso.
Viral MúlLplos vírus Todas as idades, Sintomas respiratórios das
mais comum entre vias áreas superiores, febre
três meses e cinco baixa ou ausente, sibilos ou
anos achados difusos na ausculta
respiratória. (DUNCAN et al., 2022)
Abordagem e manejo
• Na práOca, diycil diferenciação entre qpica e aqpica;
• Reforçar o exame ysico:
• à palpação, frêmito tóraco-vocal aumentado;
• à percussão, macicez ou sub-macicez;
• à ausculta, murmúrio reduzido com crepitações (ou estertores) e sopro
tubário;
• Lactentes e crianças maiores com infecção respiratória do trato
inferior leve a moderada podem ser tratados com segurança no
domicílio.
(DUNCAN et al., 2022)
Abordagem e manejo
• A realização de radiografia de tórax para confirmação do diagnós\co não é
ro\neiramente necessária em crianças com quadro leve de pneumonia, sem
complicações e que serão tratadas ambulatorialmente;
• Reservar para pneumonias graves,
avaliação de complicações
e diagnós\co diferencial.
• Macrolídeo: 3 a 5 dias
• Amoxicilina: 7 a 10 dias
(DUNCAN et al., 2022)
11
3
Prevenção
• Situações de exceção.
• Crescimento e desenvolvimento;
• Sexualidade;
• Saúde Reprodutiva;
• Saúde bucal;
• Saúde mental;
• Saúde do escolar adolescente;
• Prevenção de acidentes.
(DUNCAN et al., 2022)
Principais alterações na adolescência
• Síndrome da adolescência normal • Dor escrotal
• Alterações no • Gravidez precoce
desenvolvimento puberal • DSTs/AIDS
• Ginecomastia puberal • Violência sexual
• Dismenorreia e Distúrbios • Transtornos
menstruais alimentares
• Problemas musculoesquelético • Abuso de substancias psicoativas
• Exercício físico
• Alimentação saudável
Saúde Sexual e Reprodutiva
12
3
Saúde Sexual e Reprodutiva
12
4
Saúde Sexual e Reprodutiva
Algumas recomendações...
• Sempre abordar o tema nos atendimentos;
(BRASIL,2012)
Violência na Criança e no Adolescente
• A principal causa de violência contra
crianças, foram por violência sexual
(44%) , seguida da psicológica (36%),
negligência (33%) e violência física
(29%).
Fonte: SIM/SVS/MS
hAps://childmortality.org/data/Brazil
Violência na Criança e no Adolescente
Quando suspeitar?
• Corrimento Vaginal;
• Lacerações;
• Queimaduras (luva, meia, limites bem definidos);
• Lesões físicas, fraturas, equimoses, hematomas (relação temporal e estória
incoerente e estágios diferentes de evolução);
• Alteração no comportamento da criança;
• Valorizar qualquer suspeita do cuidador;
• Quem faz o cuidado?
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Manual de condutas gerais do Programa Nacional de
Suplementação de Vitamina A. Brasília: Ministério da Saúde, 2013.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Saúde da criança: aleitamento materno e alimentação
complementar. – 2. ed. – Brasília : Ministério da Saúde, 2015.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção Primária à Saúde - Departamento de Saúde Materno Infantil. Caderneta da Criança - Menina. Brasília, 2019.
BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Manejo do paciente com diarréia (cartaz). 2021. Disponível em:
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/cartazes/manejo_paciente_diarreia_cartaz.pdf.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretária de Vigilância em Saúde. Boletim Epidemiológico, Brasília, v. 53, n. 46, dez. 2022. Disponível em:
https://www.gov.br/saude/pt-br/centrais-de-conteudo/publicacoes/boletins/epidemiologicos/edicoes/2022/boletim-epidemiologico-vol-53-no46/view.
BRASIL. Ministério da Saúde. Teste do pezinho. Biblioteca Virtual em Saúde, 2023. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/teste-do-pezinho/.
DUNCAN, B. B. et al. Medicina ambulatorial: condutas de atenção primária baseadas em evidências. Porto Alegre: Artmed, 2022. 2424p.
PROGRAMA MUNDIAL DE ALIMENTOS. POLICY BRIEF #5 ALIMENTAÇÃO ESCOLAR DE COMUNIDADES TRADICIONAIS: O PNAE quilombola. 2021.
Disponível em: https://centrodeexcelencia.org.br/policy-brief-5/.
PUCKETT, R.; OFFRINGA, M. Vitamina K profilática para hemorragia por deficiência de vitamina K nos recém-nascidos. Cochrane Database of Systematic
Reviews, v. 4, 2000.
Referências
SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA. Departamento Científico de Nutrologia. Anemia ferropriva em lactentes: revisão com foco em prevenção. 2012.
Disponível em: https://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/2015/02/documento_def_ferro200412.pdf.
SUBPAV/SPS/INSTITUTO DE NUTRIÇÃO ANNES DIAS. O que você precisa saber sobre a alimentação saudável para a criança menor de 2 anos. 2010.
Disponível em: https://subpav.org/aps/uploads/publico/repositorio/folder_-_alimentacao_crianca_menor_de_2_anos.pdf.
UN IGME. Under-Five Mortality Rate – Total – Brasil. UN Inter-agency Group for Child Mortality Estimation, 2023b. Disponível em:
https://childmortality.org/data/Brazil.
UN IGME. Under-Five Mortality Rate – Total – World. UN Inter-agency Group for Child Mortality Estimation, 2023a. Disponível em:
https://childmortality.org/data/World.
UNICEF - United Nations Children’s Fund, The State of the World’s Children 2023: For every child, vaccination, UNICEF Innocenti – Global Office of Research and
Foresight, Florence, April 2023a.
UNICEF - United Nations Children’s Fund. Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. UNICEF, 2023b. Disponível em: https://www.unicef.org/brazil/objetivos-de-
desenvolvimento-sustentavel.
OBRIGADA
Módulo de Acolhimento e Avaliação
Projeto Mais Médicos para o Brasil
28° Ciclo do PMMB
BRASÍLIA-DF
14/08 a 01/09/2023
MÓDULO DE ACOLHIMENTO E AVALIAÇÃO (MAAV) DO PMMB
28° CICLO DO PMMB
SUBEIXO III
TEMA 18
Saúde da Homem e do Adulto
COORDENAÇÃO
Camila Zamban de Miranda
Frantchesca Fripp dos Santos
Nilson Massakazu Ando
ELABORAÇÃO
Frantchesca Fripp dos Santos
Juliana Machado de Carvalho
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
Camilo Sobreira De Santana - Ministro da Educação
Denise Pires de Carvalho - Secretaria de Ensino Superior
Gisele Viana Pires - Diretoria de Desenvolvimento da Educação em Saúde
Francisco de Assis Rocha Neves - Coordenação-Geral de Expansão e Gestão da Educação
em Saúde
Ana Luísa dos Santos Azevedo - Apoio Central do PMMB
Lucas de Souza Porfirio - Apoio Central do PMMB
HISTÓRIA CLÍNICA
Jonas, homem negro de 55 anos, vem para consulta pois irá iniciar um novo trabalho
como auxiliar administrativo e seu patrão exigiu um atendimento médico para “assinar
sua carteira de trabalho”. Ele está ansioso com o novo emprego, pois estava
desempregado há 3 anos. Ele está tentando ser mais ativo fisicamente e preocupado
com a saúde, começou a frequentar academia há um mês, mas sua última consulta
médica foi há cinco anos. Ele não toma medicamentos e não tem queixas sobre sua
saúde. De acordo com as anotações do educador físico de sua academia, as medidas de
sua pressão arterial sistólica variaram de 150 a 160 e a diastólica de 90 a 100 mm Hg
durante várias semanas. Ele também mediu com um esfigmomanômetro manual no
braço esquerdo, com valor da pressão arterial como 167/95 mm Hg.
Refere consumo de bebida alcóolica aos finais de semana e conta que sua esposa
reclama muito, pois, segundo ela, o Sr. Jonas fica agressivo quando bebe.
Conta que fumou 1 maço de cigarros/dia dos 18 aos 50 anos de idade.
Nega uso de outras drogas, nega internações anteriores
HF: mãe tem 81 anos de idade, trata HAS e ICC - teve um IAM aos 60 anos de idade. Pai
falecido aos 45 anos de cirrose.
EXAME FÍSICO
Exame físico geral / Ectoscopia: Bom estado geral, corado, hidratado, anictérico e
afebril.
Dados vitais: FC 70bpm, FR 20irpm, Tax 36,6°C, PA 160×100 mmHg. Peso 89Kg estatura
1,68m
Exame da cabeça e do pescoço: ausência de achados relevantes.
Exame do tórax e aparelho respiratório: tórax típico, eupneico, expansibilidade e frêmito
toracovocal normais, som claro pulmonar à percussão, murmúrio vesicular presente e
universal, sem ruídos adventícios.
Exame do sistema cardiovascular: precórdio normodinâmico, ausência de turgência
jugular patológica, ritmo cardíaco regular, bulhas normofonéticas, em dois tempos, sem
sopros.
Exame abdominal: abdome semigloboso, sem abaulamentos, retrações ou cicatrizes,
RHA presentes, flácido e indolor, ausência de massas ou visceromegalias palpáveis.
Extremidades bem perfundidas, pulsos periféricos palpáveis, cheios e simétricos.
EXAMES COMPLEMENTARES
Exames laboratoriais: Hb 16,7 g/dL, Ht 42%, VCM 90 fl, leucocitos 6.800, plaquetas
300.000, creatinina 1,04 mg/dL, ureia 29 mg/dL, sódio 138 mg/dL, potássio 4,5 mg/dL,
glicose 90 mg/dL, colesterol T 201mg/dL HDL 45mg/dL LDL 109mg/dL PSA total
3,6ng/ml
1. Qual das opções a seguir é a melhor maneira de diagnosticar a Hipertensão
Arterial Sistêmica (HAS) neste paciente?
A. Você pode diagnosticar a HAS com base em uma única medição manual feita
na entrada do consultório.
D. Você diz ao paciente que ele não tem pressão alta e deve retornar em um
ano para nova triagem.
2. O paciente pergunta se seu filho de 19 anos deve ser testado para pressão alta.
Com base nas descobertas do USPSTF, qual das seguintes afirmações está
correta?
C. Adultos com 18 anos ou mais com pressão arterial normal e sem fatores de
risco para pressão arterial elevada devem ser rastreados semestralmente.
3. No seguimento dos cuidados do Sr. Jonas, quais condutas são mais adequadas,
tanto para rastreamento/detecção precoce de outras doenças, como para um
cuidado ampliado do mesmo?
GUSSO, G.; LOPES, J. M.C.; DIAS, L. C., organizadores. Tratado de Medicina de Família e
Comunidade: Princípios, Formação e Prática. Porto Alegre: Artmed, 2019, 2388 p.
CASO CLÍNICO
BRASÍLIA-DF
14/08 a 01/09/2023
MÓDULO DE ACOLHIMENTO E AVALIAÇÃO (MAAV) DO PMMB
28° CICLO DO PMMB
SUBEIXO III
TEMA 18
Saúde da Homem e do Adulto
COORDENAÇÃO
Camila Zamban de Miranda
Frantchesca Fripp dos Santos
Nilson Massakazu Ando
ELABORAÇÃO
Frantchesca Fripp dos Santos
Juliana Machado de Carvalho
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
Camilo Sobreira De Santana - Ministro da Educação
Denise Pires de Carvalho - Secretaria de Ensino Superior
Gisele Viana Pires - Diretoria de Desenvolvimento da Educação em Saúde
Francisco de Assis Rocha Neves - Coordenação-Geral de Expansão e Gestão da Educação
em Saúde
Ana Luísa dos Santos Azevedo - Apoio Central do PMMB
Lucas de Souza Porfirio - Apoio Central do PMMB
HISTÓRIA CLÍNICA
Jonas, homem negro de 55 anos, vem para consulta pois irá iniciar um novo trabalho
como auxiliar administrativo e seu patrão exigiu um atendimento médico para “assinar
sua carteira de trabalho”. Ele está ansioso com o novo emprego, pois estava
desempregado há 3 anos. Ele está tentando ser mais ativo fisicamente e preocupado
com a saúde, começou a frequentar academia há um mês, mas sua última consulta
médica foi há cinco anos. Ele não toma medicamentos e não tem queixas sobre sua
saúde. De acordo com as anotações do educador físico de sua academia, as medidas de
sua pressão arterial sistólica variaram de 150 a 160 e a diastólica de 90 a 100 mm Hg
durante várias semanas. Ele também mediu com um esfigmomanômetro manual no
braço esquerdo, com valor da pressão arterial como 167/95 mm Hg.
Refere consumo de bebida alcóolica aos finais de semana e conta que sua esposa
reclama muito, pois, segundo ela, o Sr. Jonas fica agressivo quando bebe.
Conta que fumou 1 maço de cigarros/dia dos 18 aos 50 anos de idade.
Nega uso de outras drogas, nega internações anteriores
HF: mãe tem 81 anos de idade, trata HAS e ICC - teve um IAM aos 60 anos de idade. Pai
falecido aos 45 anos de cirrose.
EXAME FÍSICO
Exame físico geral / Ectoscopia: Bom estado geral, corado, hidratado, anictérico e
afebril.
Dados vitais: FC 70bpm, FR 20irpm, Tax 36,6°C, PA 160×100 mmHg. Peso 89Kg estatura
1,68
Exame da cabeça e do pescoço: ausência de achados relevantes.
Exame do tórax e aparelho respiratório: tórax atípico, eupneico, expansibilidade e
frêmito toracovocal normais, som claro pulmonar à percussão, murmúrio vesicular
presente e universal, sem ruídos adventícios.
Exame do sistema cardiovascular: precórdio normodinâmico, ausência de turgência
jugular patológica, ritmo cardíaco regular, bulhas normofonéticas, em dois tempos, sem
sopros.
Exame abdominal: abdome semigloboso, sem abaulamentos, retrações ou cicatrizes,
RHA presentes, flácido e indolor, ausência de massas ou visceromegalias palpáveis.
Extremidades bem perfundidas, pulsos periféricos palpáveis, cheios e simétricos.
EXAMES COMPLEMENTARES
Exames laboratoriais: Hb 16,7 g/dL, Ht 42%, VCM 90 fl, leucocitos 6.800, plaquetas
300.000, creatinina 1,04 mg/dL, ureia 29 mg/dL, sódio 138 mg/dL, potássio 4,5 mg/dL,
glicose 90 mg/dL, colesterol T 201 HDL 45 LDL 109 PSA total 3,6
1. Qual das opções a seguir é a melhor maneira de diagnosticar a hipertensão neste
paciente?
D. Você diz ao paciente que ele não tem pressão alta e deve retornar em um
ano para nova triagem.
2. O paciente pergunta se seu filho de 19 anos deve ser testado para pressão alta.
Com base nas descobertas do USPSTF, qual das seguintes afirmações está
correta?
C. Adultos com 18 anos ou mais com pressão arterial normal e sem fatores de
risco para pressão arterial elevada devem ser rastreados semestralmente.
3. No seguimento dos cuidados do Sr. Jonas, quais condutas são mais adequadas,
tanto para rastreamento/detecção precoce de outras doenças, como para um
cuidado ampliado do mesmo?
GUSSO, G.; LOPES, J. M.C.; DIAS, L. C., organizadores. Tratado de Medicina de Família e
Comunidade: Princípios, Formação e Prática. Porto Alegre: Artmed, 2019, 2388 p.
Saúde do Homem
Dados demográficos
População População
Masculina Feminina
101,9 milhões 106,5 milhões
População alvo:
20 a 59 anos
56 milhões = 27 % do total e
55% da população masculina
Distribuição (%) dos óbitos
Segundo sexo e idade.
Brasil, 2010
Dados Epidemiológicos
Dados Epidemiológicos
Distribuição dos óbitos do sexo masculino,
por grupo de causas e idade.
Brasil, 2010
• Porque, na sua maioria, tais mortes são evitáveis à medida que costumam
estar relacionadas a comportamentos adotados por corresponderem a
estereótipo tradicional de masculinidade.
PolíAca Nacional de Atenção Integral da
Saúde do Homem (PNAISH)
A PolíBca Nacional de Atenção Integral da Saúde do Homem (PNAISH) tem como
diretriz promover ações de saúde que contribuam significaBvamente para a
compreensão da realidade singular masculina nos seus diversos contextos
socioculturais e políBco-econômicos, respeitando os diferentes níveis de
desenvolvimento e organização dos sistemas locais de saúde e Bpos de gestão de
Estados e Municípios.
• Paternidade e Cuidado
.
Barreiras de acesso dos homens aos serviços
de saúde
• Estratégias InsBtucionais de comunicação não privilegiam os homens;
• Inadequação dos serviços de saúde:
a) Horários de funcionamento
b) Dificuldades de acesso
c) Presença de mulher no exame do toque retal
.
Eixos temáAcos
• Acesso e Acolhimento:
• Exame de toque retal: o médico avalia tamanho, forma e textura da próstata, introduzindo o dedo
protegido por uma luva lubrificada no
reto. Este exame permite palpar as partes posterior e lateral da próstata.
hlps://www.youtube.com/watch?v=o-wJowEwGx0
Referências
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas e Estratégicas. Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do
Homem: princípios e diretrizes. Brasília: MS, 2009. Disponível em: <http://bvsms. saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2009/prt1944_27_08_2009.html>
DUARTE, M. D. G. et al. Entendendo a prevalência de vítimas do sexo masculino em acidentes automobilísticos.. In: Anais da III Jornada Nacional de urgência e
emergência LAUEC. Anais...Manaus(AM) Evento Online, 2022. Disponível em: <https//www.even3.com.br/anais/IIIJORNADA2022/513205-ENTENDENDO-A-
PREVALENCIA-DE-VITIMAS-DO-SEXO-MASCULINO-EM-ACIDENTES-AUTOMOBILISTICOS>
GARCIA, L. P.; FREITAS, L. R. S. Consumo abusivo de álcool no Brasil: resultados da Pesquisa Nacional de Saúde 2013. Epidemiol. Serv. Saúde, Brasília , v. 24, n.
2, p. 227-237, jun. 2015. Disponível em: <http://scielo.iec.gov.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1679-49742015000200005&lng=pt&nrm=iso>.
GUSSO, G.; LOPES, J. M.C.; DIAS, L. C., organizadores. Tratado de Medicina de Família e Comunidade: Princípios, Formação e Prática. Porto Alegre: Artmed, 2019,
2388 p.
SANTANA, V. et al. Acidentes de trabalho não fatais: diferenças de gênero e tipo de contrato de trabalho. Cadernos De Saúde Pública, v. 19, n. 2, p. 481–493, 2003.
https://doi.org/10.1590/S0102-311X2003000200015
SIMÃO, M. O. Mulheres e homens alcoolistas: um estudo comparativo de fatores sociais, familiares e de evolução. Interface - Comunicação, Saúde, Educação, v. 4, n.
7, p. 147–148, 2000. https://doi.org/10.1590/S1414-32832000000200018
OBRIGADA
Módulo de Acolhimento e Avaliação
Projeto Mais Médicos para o Brasil
28° Ciclo do PMMB
Saúde do Adulto -
Rastreamento
Rastreamento
• Cuidado: “Eu quero ter segurança de que eu não vou ter uma
doença, aí eu faço algo que pode não reduzir a minha chance de ter
a doença, mas está me dando a sensação de que eu estou mais
seguro.”
Rastreamento – alguns princípios
• Doença frequente e com importância clínica, com uma fase pré-
clínica conhecida
• Teste de rastreamento deve ser capaz de identificar a doença na
fase pré-clínica, com baixos índices de falso-negativos e falso-
positivos
• Teste deve ter baixo custo
• A doença deve ter tratamento efetivo
• A história natural da doença deve se traduzir em redução de
mortalidade na população rastreada
• O tratamento não deve ser pior que a doença
Rastreamento - testes
• Confiabilidade: capacidade de um teste ser reprodukvel, ou seja, produzir
resultados consistentes quando realizado várias vezes sob as mesmas condições
• Um teste com sensibilidade de 90% significa que 10% dos casos serão falsos
negativos (pessoas com a patologia, porém com exame negativo).
• Rastreamento = peneiramento.
USPSTF, 2022
Rastreamento de
câncer de próstata
Quais os riscos de não rastrear câncer
de próstata?
Periodicidade do Papanicolau:
• Dois exames com intervalo anual.
• Após dois exames anuais normais, realiza se somente um exame a cada três
anos.
• Mulheres > 64 anos que nunca fizeram o exame: dois exames com intervalo de
1 a 3 anos DUNCAN, 2022
Rastreamento de câncer de mama
Uma recomendação forte significa que a maioria dos indivíduos serão melhor atendidos pela medida de ação recomendadaˑ
Uma recomendação fraca significa que muitos dos indivíduos gostaria da medida de ação recomendada, porém muitos não
gostariam. Profissionais de cuidados primários devem discutir os danos potenciais e os benefícios da triagem com seus pacientes.
Jama, 2021; Canadian Task Force, 2016
Risco cardiovascular: rastreamento de HAS
• Recomenda-se triagem para hipertensão em adultos com 18 anos ou
mais com medição da pressão arterial no consultório.
• Anual em adultos com 40 anos ou mais e em adultos com risco aumentado
para HAS (como pessoas negras, com pressão arterial normal alta ou com
sobrepeso/obesidade).
• A cada 3-5 anos para adultos de 18 a 39 anos baixo risco para HAS e com
medida prévia de pressão arterial normal.
• Recomendam-se medições de pressão arterial fora do ambiente
clínico para confirmação diagnóstica antes de iniciar o tratamento.
USPSTF, 2021
Risco cardiovascular: rastreamento de
Diabetes
USPSTF, 2022
Risco cardiovascular: uso de estatina
• Recomenda-se esta,na para prevenção primária de DCV para adultos de 40 a 75
anos com 1 ou mais fatores de risco de DCV (dislipidemia, diabetes, hipertensão ou
tabagismo) e um risco es,mado de DCV em 10 anos 10% ou mais. (recomendação B)
• As mulheres devem ser informadas dos riscos e apoiadas em suas decisões para
posterior rastreamento, diagnósBco e tratamento.
• https://canadiantaskforce.ca/tools-resources/videos/
Referências
BARROSO, W. K. S. et al. Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial – 2020. Arq. Bras. Cardiol., v. 116, n. 3, p. 516-658, 2021.
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Rastreamento. Brasília : Ministério da Saúde, 2010. 95 p. Disponível em:
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/caderno_atencao_primaria_29_rastreamento.pdf
NICE - National Institute for Health and Care Excellence. Cardiovascular disease: risk assessment and reduction, including lipid modification. Clinical guideline [CG181]. 2014.
Disponível em: https://www.nice.org.uk/guidance/cg181.
ELSAYED, N.A. et al., American Diabetes Association. 2. Classification and diagnosis of diabetes: Standards of Care in Diabetes—2023. Diabetes Care, v. 46, n. 1, p. 19-40,
2023.
ELSAYED, N.A. et al., American Diabetes Association. 1. Improving care and promoting health in populations: Standards of Care in Diabetes—2023. Diabetes Care, v. 46,
n. 1, p. 10-18, 2023.
Força-Tarefa Canadense sobre Cuidados Preventivos de Saúde. CMAJ, v. 188, n.5, p. 340-348, 2016. Disponível em: https://www.cmaj.ca/content/188/5/340. Acesso
em: 12/05/2023
Força-Tarefa Canadense sobre Cuidados Preventivos de Saúde. Rastreamento do câncer de mama para mulheres sem risco aumentado. 2020. Disponível em:
https://canadiantaskforce.ca/tools-resources/breast-cancer-update/
Força-Tarefa Canadense sobre Cuidados Preventivos de Saúde. Rastreamento do Câncer Colorretal. 2016. Disponível em: https://canadiantaskforce.ca/wp-
content/uploads/2016/05/ctfphccolorectal-cancerpatient-faqfinal-updated160222.pdf.
US Preventive Services Task Force. Screening for Colorectal Cancer: US Preventive Services Task Force Recommendation Statement. JAMA, v. 325, n. 19, 2021. Disponível
em: https://www.uptodate.com/contents/tests-for-screening-for-colorectal-cancer/abstract/56
OBRIGADA
Módulo de Acolhimento e Avaliação
Projeto Mais Médicos para o Brasil
28° Ciclo do PMMB
(BRASIL, 2007)
Promover o envelhecimento saudável
(BRASIL, 2022)
Regra de ouro da alimentação saudável
Prefira sempre alimentos in natura ou minimamente
processados e preparações culinárias a alimentos
ultraprocessados.
(BRASIL, 2007)
Promover atividade física, atividades de lazer
e social
Aspectos culturais
• Diferenças culturais dos povos
indígenas.
• Sábios - Transmissão de conhecimentos
e aspectos espirituais.
• Memórias, histórias.
• Educadores.
• Preservação e divulgação do
etnoconhecimento.
• Anciãos – muito voltados para dentro
da comunidade.
(ARAÚJO REIS, 2007; RISSARDO, 2014 )
Saúde da pessoa idosa
Incapacidades Deficiências
Comorbidades
Declínio funcional
Idade: 80 anos Idade: 80 anos
Idade X Funcionalidade
Idade: NÃO é um bom marcador de declínio funcional
Funcionalidade: bom marcador de vitalidade (MORAES, 2018)
Capacidade Funcional
• Envelhecer sem nenhuma doença crônica é mais uma exceção do que a regra
(Veras, 2012).
• Novo indicador de saúde = a CAPACIDADE FUNCIONAL.
• Saúde = Funcionalidade global do indivíduo -> a capacidade de gerir a própria
vida ou cuidar de si mesmo.
• A pessoa é considerada saudável quando é capaz de realizar suas atividades
sozinha, de forma plena, mesmo que seja muito idosa ou portadora de
doenças (Moraes, 2012).
• Diagnóstico clínico X capacidade funcional
• População heterogênea (MORAES, 2018)
Capacidade Funcional
•Bem-estar e funcionalidade são complementares.
•Presença de:
• Autonomia (capacidade individual de decisão e comando sobre as
ações, estabelecendo e seguindo as próprias convicções) e;
• Independência (capacidade de realizar algo com os próprios meios)
(MORAES, 2018)
Capacidade Funcional – Domínios:
• Humor/Comportamento: é a motivação necessária para a realização das
atividades e/ ou participação social. Inclui também o comportamento do
indivíduo, que é afetado pelas outras funções mentais, como senso-percepção,
pensamento e consciência;
• Mobilidade: é a capacidade individual de deslocamento e de manipulação do
meio. Por sua vez, a mobilidade depende de quatro subsistemas funcionais: a
capacidade aeróbica e muscular (massa e função), o alcance/preensão/pinça
(membros superiores) e a marcha/ postura/transferência. A continência
esfincteriana é também considerada um subdomínio da mobilidade, pois a sua
ausência (incontinência esfincteriana) é capaz de interferir na mobilidade e
restringir a participação social do indivíduo. (MORAES, 2018)
(MORAES, 2018)
Avaliação multidimensional da pessoa idosa
– IVCF-20
Índice de Vulnerabilidade Clínico-Funcional - IVCF-20
(MORAES, 2018)
IVCF-20
(MORAES, 2018)
Índice De Vulnerabilidade Clínico-funcional-
20 (IVCF-20)
(MORAES, 2018)
(MORAES, 2018)
Síntese do resultado do (IVCF-20)
Auto
Percepção
de Saúde
(MORAES, 2018)
Avaliação Multidimensional da Pessoa Idosa
• Funcionalidade global. • Comunicação (visão/ audição/
• Cognição/memória. produção e motricidade
orofacial).
• Humor/comportamento.
• Sistemas fisiológicos.
• Mobilidade (alcance, preensão
e pinça/ postura, marcha e • História pregressa.
transferência/ continência • Contexto (avaliação
esfincteriana). sociofamiliar, do cuidador,
• Medicamentos. ambiental).
(MORAES, 2018)
FUNCIONALIDADE
Atividades de Vida Diária
ESCALA DE LAWTON-BRODY
(MORAES, 2018)
GDS
Interpretação:
GDS-5 ≥ 2
GDS-15 ≥ 6
(BRASIL, 2007)
Avaliação multidimensional da pessoa idosa
– MOBILIDADE
•Perguntar sobre QUEDAS
no último ano:
• => Frequência
• => Circunstâncias
Holter 24 horas
Vertigem com manobra de Dix-Hallpike negativa
• Procurar causas metabólicas ECG e Ecodopplercardiograma
• Encaminhar para avaliação com ORL Excluir cardiopatia estrutural Tilt Table Test
Fazer avaliação ambiental – visita domiciliar:
• Presença de escadas?
• Pisos deslizantes?
• Tapetes?
• Iluminação adequada?
• Corrimão no banheiro?
• Uso de chinelos?
(BRASIL, 2007)
Avaliação Multidimensional da Pessoa Idosa -
Mobilidade
(BRASIL, 2007)
Avaliação Multidimensional da Pessoa Idosa -
Mobilidade
(BRASIL, 2007)
Avaliação Multidimensional da Pessoa Idosa -
Mobilidade
• Incontinência urinária:
(BRASIL, 2007)
Avaliação Multidimensional da Pessoa Idosa -
Nutrição
(BRASIL, 2007)
Avaliação Multidimensional da Pessoa Idosa -
Nutrição
Causas frequentes de anorexia e perda de peso em idosos:
• Constipação;
• Pobreza; • Alcoolismo;
• Isolamento social; • Uso de medicamentos;
• Depressão; • Problemas dentários;
• Demência; • Xerostomia;
• Dor; • Diminuição do paladar;
• Imobilidade; • Alterações no reconhecimento de
• Refluxo fome e sede.
gastroesofágico;
Avaliação Multidimensional da Pessoa Idosa -
Comunicação
A possibilidade de estabelecer um relacionamento produtivo com o meio,
trocar informações, manifestar desejos, idéias, sentimentos está
intimamente relacionada à habilidade de se comunicar. É através dela que
o indivíduo compreende e expressa seu mundo.
(BRASIL, 2007)
Avaliação Multidimensional da Pessoa Idosa -
Comunicação Você tem problema para ler, dirigir
ou dificuldade para enxergar?
Sim Não
Aplicar
Teste de Jaeguer e VISÃO
Teste de Snellen
Normal
Alterado
Encaminhar ao
oftalmologista
(BRASIL, 2007)
Avaliação Multidimensional da Pessoa Idosa -
Comunicação Aplicar
teste do sussuro
Normal Alterado
Reavaliação Fazer
anual Otoscopia
Cerume
Normal
solicitar
(BRASIL, 2007) audiometria
Medicamentos e Risco de Polifarmácia
(MORAES, 2018)
Promover a prevenção quaternária - combate ao
sobrediagnóstico e ao sobretratamento
Comorbidades
• Excesso de medicamentos.
• Interação medicamentosa.
• Dosagem excessiva, ou
insuficiente.
• Fragilidade metabólica: fígado
e rim Dificuldades de acesso.
• Dificuldades na administração.
(MORAES, 2018)
Cuidado com a Cascata Iatrogênica
Pseudo-hipertensão
Cuidado com a Cascata Iatrogênica
Pseudo-hipertensão
Nifedipina®
Cuidado com a Cascata Iatrogênica
Pseudo-hipertensão
Nifedipina®
Tontura
Cuidado com a Cascata Iatrogênica
Pseudo-hipertensão
Nifedipina®
Tontura
“Labirintite”
Cuidado com a Cascata Iatrogênica
Pseudo-hipertensão
Nifedipina®
Tontura
“Labirintite”
Stugeron®
Cuidado com a Cascata Iatrogênica
Pseudo-hipertensão
Nifedipina®
Tontura
“Labirintite”
Stugeron®
Parkinsonismo
Cuidado com a Cascata Iatrogênica
Pseudo-hipertensão
Nifedipina®
Tontura
“Labirintite”
Stugeron®
Parkinsonismo
Levodopa®
Cuidado com a Cascata Iatrogênica
Pseudo-hipertensão
Nifedipina®
Tontura
“Labirintite”
Stugeron®
Parkinsonismo
Levodopa®
Confusão mental
Cuidado com a Cascata Iatrogênica
Pseudo-hipertensão
Nifedipina®
Tontura
“Labirintite”
Stugeron®
Parkinsonismo
Levodopa®
Confusão mental
Queda
Cuidado com a Cascata Iatrogênica
Pseudo-hipertensão
Nifedipina®
Tontura
“Labirintite”
Stugeron®
Parkinsonismo
Levodopa®
Confusão mental
Queda
Fratura de fêmur
Cuidado com a Cascata Iatrogênica
Pseudo-hipertensão
Nifedipina®
Tontura
“Labirintite”
Stugeron®
Parkinsonismo
Levodopa®
Confusão mental
Queda
Fratura de fêmur
“DA
IDADE”
Cuidado com a Cascata Iatrogênica
Pseudo-hipertensão
Nifedipina®
Tontura
“Labirintite”
Stugeron®
Parkinsonismo
Levodopa®
Confusão mental
Queda
Fratura de fêmur
“Da idade"
(Des)Prescrição
BRASIL. Portaria nº 2.528, de 19 de outubro de 2006. Aprova a Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa. 2006. Disponível em:
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2006/prt2528_19_10_2006.html. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica.
Envelhecimento e saúde da pessoa idosa. Brasília : Ministério da Saúde, 2007.
BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. SECRETARIA DE ATENÇÃO À SAÚDE. SECRETARIA DE GESTÃO DO TRABALHO E DA EDUCAÇÃO NA SAÚDE. Guia prático do cuidador. Brasília: Ministério da
Saúde, 2008. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/guia_pratico_cuidador.pdf
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Caderno de atenção domiciliar. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2013. 205 p.
BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Calendário de vacinação idoso. Ministério da Saúde, 2022. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/c/calendario-
nacional-de-vacinacao/calendario-vacinal-2022/calendario-nacional-de-vacinacao-2022-adulto-e-idoso/view.
IBGE. Características gerais dos moradores 2020-2021, [online]. 2022. Disponível em: https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv101957_informativo.pdf.
GUSSO, G., LOPES, J. M. C. Tratado de Medicina de Família e Comunidade: 2 Volumes: Princípios, Formação e Prática. Porto Alegre: Artmed, 2018.
Referências bibliográficas:
MORAES, E. N. Atenção à saúde do idoso: aspectos conceituais. Brasília: Organização Pan-Americana da Saúde, 2012.
MORAES, EN; LANNA, FM. Avaliação multidimensional do idoso. 4ª ed. Belo Horizonte: Folium; 2014.
MORAES, E. N. et al. Índice de Vulnerabilidade Clínico Funcional-20 (IVCF-20): reconhecimento rápido do idoso frágil. Revista de Saúde Pública, v. 50, 2016. Disponível em:
https://www.scielo.br/j/rsp/a/HMMB75NZ93YFBzyysMWYgWG/?lang=pt#
MORAES, E. N. et al. Avaliação multidimensional do idoso. SAS. - Curitiba : SESA, 2018.Disponível em: https://www.saude.pr.gov.br/sites/default/arquivos_restritos/files/documento/2020-
04/avaliacaomultiddoidoso_2018_atualiz.pdf
REEVE, E. et al. Assessment of attitudes toward deprescribing in older Medicare beneficiaries in the United States. JAMA internal medicine, v. 178, n. 12, p. 1673-1680, 2018. Disponível em:
https://jamanetwork.com/journals/jamainternalmedicine/article-abstract/2706177
RISSARDO, L. K. et al. Las prácticas de cuidado de ancianos indígenas de rendimiento de la salud. Revista Brasileira de Enfermagem, v. 67, p. 920-927, 2014.
SCOTT, I. A. et al. Reducing inappropriate polypharmacy: the process of deprescribing. JAMA Intern Med. v. 175, n. 5, p. 827-834. 2015. doi: 10.1001/jamainternmed.2015.0324. PMID:
25798731. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/25798731/.
OBRIGADA
Módulo de Acolhimento e Avaliação
Projeto Mais Médicos para o Brasil
28° Ciclo do PMMB
19 - SAÚDE DO IDOSO
BRASÍLIA-DF
14/08 a 01/09/2023
MÓDULO DE ACOLHIMENTO E AVALIAÇÃO (MAAV) DO PMMB
28° CICLO DO PMMB
SUBEIXO III
TEMA 19
Saúde do Idoso
COORDENAÇÃO
Camila Zamban de Miranda
Frantchesca Fripp dos Santos
Nilson Massakazu Ando
ELABORAÇÃO
Frantchesca Fripp dos Santos
Juliana Machado de Carvalho
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
Camilo Sobreira De Santana - Ministro da Educação
Denise Pires de Carvalho - Secretaria de Ensino Superior
Gisele Viana Pires - Diretoria de Desenvolvimento da Educação em Saúde
Francisco de Assis Rocha Neves - Coordenação-Geral de Expansão e Gestão da Educação
em Saúde
Ana Luísa dos Santos Azevedo - Apoio Central do PMMB
Lucas de Souza Porfirio - Apoio Central do PMMB
HISTÓRIA CLÍNICA
Dona Maria, paciente de 75 anos, feminina, vem à consulta médica por demanda
programada na ESF com queixa de fraqueza. A paciente mora com a filha e neta e tem
6 anos de escolaridade. D. Maria relata um aumento gradual da dificuldade em realizar
suas atividades diárias, como limpar a casa, fazer compras e lavar roupas. Até o ano
passado ela estava acostumada a cuidar de tudo sozinha. D. Maria mora com a filha, que
trabalha fora o dia todo, e com o neto de 3 anos, do qual cuidava durante o dia enquanto
a filha trabalhava. Desde que D. Maria piorou da fraqueza, a filha precisou colocar o neto
na creche o dia todo. Ela relata dificuldade para caminhar dentro de casa, com fraqueza
nas pernas, principalmente no joelho direito, que dói muito há mais de 10 anos e está
cada vez pior. Ela se queixa que está perdendo sua independência e precisa da ajuda da
filha no fim do dia para realizar tarefas que antes eram simples para ela. D. Maria relata
que está precisando de mais assistência nas atividades básicas de vida diária (AVD),
como alimentação, higiene pessoal, vestuário e locomoção. Ela percebe que sua
capacidade de cuidar de si mesma está diminuindo e gostaria de recuperar sua
independência nessas tarefas. Em seu relato, expressa frustração e tristeza com sua
dependência. Ela relata sentir-se limitada e incapaz de participar de atividades que
costumava desfrutar. D. Maria menciona que essas mudanças estão afetando seu
estado emocional e que ela se sente cada vez mais isolada e menos engajada
socialmente. Mesmo as atividades da igreja, da qual sempre participava, não consegue
mais frequentar. D. Maria menciona hipertensão arterial e diabetes tipo 2 como doenças
anteriores. Ela relata que está tomando os medicamentos corretamente para controlar
essas condições, mas sente que mesmo assim seu estado de saúde geral está se
deteriorando. Veio à consulta acompanhada pela vizinha e não trouxe as medicações e
os últimos exames, realizados há 3 meses.
CONTINUAÇÃO
A filha, Renata, retorna à consulta com a paciente na semana seguinte e traz os
seguintes exames complementares, realizados há 2 meses:
Exames laboratoriais: Hb 12,3 g/dL, Ht 39%, VCM 92 fl, leucocitos 4250, plaquetas
180.000, creatinina 1,09 mg/dL, ureia 39 mg/dL, sódio 137 mg/dL, potássio 4,5 mg/dL,
glicose 102 mg/dL, colesterol T 198 HDL 45 LDL 100 TSH 2,3
ECG: alterações primárias de repolarização ventricular
Trouxe também uma sacola com todas as medicações utilizadas pela mãe, que contém:
Metformina 500mg; Hidroclorotiazida 25mg, furosemida 40mg, domperidona 10mg,
omeprazol 30mg, Infralax®, Novalgina®, castanha-da-índia 300mg e Dramin®.
Renata explica que a D. Maria toma Metformina 500mg antes do café da manhã e jantar
e Hidroclorotiazida junto com a metformina da manhã e Castanha-da-índia à noite. As
demais medicações ela usa como sintomáticos: furosemida quando se sente inchada;
domperidona e omeprazol quando o estômago dói; Infralax® e Novalgina®; quando o
joelho dói.
Renata está muito preocupada com os exames e nota que a mãe tem esquecido com
frequência de tarefas do dia a dia. Conta que a mesma errou o nome de uma prima
outro dia e esqueceu o café no coador. Acha que a mãe está muito distraída e Renata
chama atenção de Maria o tempo todo, por vezes sem paciência com a mãe. Quer que
a mesma faça uma “tomografia da cabeça”, para descobrir o que está acontecendo.
Junto com Renata, você aplica o IVCF 20, cuja pontuação é de 9 pontos.
CONTINUAÇÃO
Ainda na consulta, você Aplica a Escala Geriátrica de Depressão e o Mini Exame do
Estado Mental, com os seguintes resultados:
EGD 8 pontos
MEEM 20 pontos
Diante dos resultados dos testes acima, qual seria sua abordagem?
Na Escala de Depressão Geriátrica, uma pontuação entre 0 e 5 é considerada normal,
pontuação entre 6 a 10 indica depressão leve e entre 11 a 15, depressão severa.
No Mini-Exame do Estado Mental (MEEM), em pacientes analfabetos, considera-se
alterado se a pontuação foi menor que 18 pontos e, em pacientes com mais de 8 anos
de escolaridade, se for menor que 26 pontos.
Como conduta, abordaria com a paciente suas perspectivas, medos e sentimentos em
relação a sua saúde e cotidiano, procurando ofertar apoio e suporte, construindo vínculo
na relação médico-paciente.
Discutiria com a paciente e familiar acompanhamento psicológico e a introdução de um
antidepressivo da família dos Inibidores de Recaptação de Serotonina
REFERÊNCIAS
ARAÚJO REIS, D. et al. SAÚDE DO IDOSO INDÍGENA NO BRASIL: REVISÃO INTEGRATIVA. Revista de Enfermagem
UFPE, v. 10, n. 8, 2016.
BRASIL. Portaria nº 2.528, de 19 de outubro de 2006. Aprova a Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa. 2006.
Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2006/prt2528_19_10_2006.html. Acesso em: 8 maio
2023.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Envelhecimento e
saúde da pessoa idosa. Brasília : Ministério da Saúde, 2007.
BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. SECRETARIA DE ATENÇÃO À SAÚDE. SECRETARIA DE GESTÃO DO
TRABALHO E DA EDUCAÇÃO NA SAÚDE. Guia prático do cuidador. Brasília: Ministério da Saúde, 2008. Disponível
em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/guia_pratico_cuidador.pdf Acesso em: 8 maio 2023
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Caderno de atenção
domiciliar. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2013. 205 p.
BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Calendário de vacinação idoso. Ministério da Saúde, 2022. Disponível em:
https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/c/calendario-nacional-de-vacinacao/calendario-vacinal-
2022/calendario-nacional-de-vacinacao-2022-adulto-e-idoso/view. Acesso em: 9 maio 2023.
IBGE. Características gerais dos moradores 2020-2021, [online]. 2022. Disponível em:
https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv101957_informativo.pdf. Acesso em: 8 maio 2023.
GUSSO, G., LOPES, J. M. C. Tratado de Medicina de Família e Comunidade: 2 Volumes: Princípios, Formação e Prática.
Porto Alegre: Artmed, 2018.
MORAES, E. N. Atenção à saúde do idoso: aspectos conceituais. Brasília: Organização Pan-Americana da Saúde, 2012.
MORAES, EN; LANNA, FM. Avaliação multidimensional do idoso. 4ª ed. Belo Horizonte: Folium; 2014.
MORAES, E. N. et al. Índice de Vulnerabilidade Clínico Funcional-20 (IVCF-20): reconhecimento rápido do idoso frágil.
Revista de Saúde Pública, v. 50, 2016. Disponível em:
https://www.scielo.br/j/rsp/a/HMMB75NZ93YFBzyysMWYgWG/?lang=pt# Acesso em: 8 maio 2023
MORAES, E. N. et al. Avaliação multidimensional do idoso. SAS. - Curitiba : SESA, 2018.Disponível em:
https://www.saude.pr.gov.br/sites/default/arquivos_restritos/files/documento/2020-
04/avaliacaomultiddoidoso_2018_atualiz.pdf Acesso em: 8 maio 2023
REEVE, E. et al. Assessment of attitudes toward deprescribing in older Medicare beneficiaries in the United States. JAMA
internal medicine, v. 178, n. 12, p. 1673-1680, 2018. Disponível em:
https://jamanetwork.com/journals/jamainternalmedicine/article-abstract/2706177 Acesso em 8 maio 2023
RISSARDO, L. K. et al. Las prácticas de cuidado de ancianos indígenas de rendimiento de la salud. Revista Brasileira
de Enfermagem, v. 67, p. 920-927, 2014.
SCOTT, I. A. et al. Reducing inappropriate polypharmacy: the process of deprescribing. JAMA Intern Med. v. 175, n. 5,
p. 827-834. 2015. doi: 10.1001/jamainternmed.2015.0324. PMID: 25798731. Disponível em:
https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/25798731/. Acesso em: 7 maio 2023.
Módulo de Acolhimento e Avaliação
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CASO CLÍNICO
BRASÍLIA-DF
14/08 a 01/09/2023
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Saúde do Idoso
COORDENAÇÃO
Camila Zamban de Miranda
Frantchesca Fripp dos Santos
Nilson Massakazu Ando
ELABORAÇÃO
Frantchesca Fripp dos Santos
Juliana Machado de Carvalho
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
Camilo Sobreira De Santana - Ministro da Educação
Denise Pires de Carvalho - Secretaria de Ensino Superior
Gisele Viana Pires - Diretoria de Desenvolvimento da Educação em Saúde
Francisco de Assis Rocha Neves - Coordenação-Geral de Expansão e Gestão da Educação
em Saúde
Ana Luísa dos Santos Azevedo - Apoio Central do PMMB
Lucas de Souza Porfirio - Apoio Central do PMMB
HISTÓRIA CLÍNICA:
Dona Maria, paciente de 75 anos, feminina, vem à consulta médica por demanda
programada na ESF com queixa de fraqueza. D. Maria relata um aumento gradual da
dificuldade em realizar suas atividades diárias, como limpar a casa, fazer compras e lavar
roupas. Até o ano passado ela estava acostumada a cuidar de tudo sozinha. D. Maria
mora com a filha, que trabalha fora o dia todo, e com o neto de 3 anos, do qual cuidava
durante o dia enquanto a filha trabalha. Desde que D. Maria piorou da fraqueza, a filha
precisou colocar o neto na creche o dia todo. Ela relata dificuldade para caminhar dentro
de casa, com fraqueza nas pernas, principalmente no joelho direito, que dói muito há
mais de 10 anos e está cada vez pior. Ela se queixa que está perdendo sua independência
e precisa de ajuda da filha no fim do dia para realizar tarefas que antes eram simples
para ela. D. Maria relata que está precisando de mais assistência nas atividades básicas
de vida diária (AVD), como alimentação, higiene pessoal, vestuário e locomoção. Ela
percebe que sua capacidade de cuidar de si mesma está diminuindo e gostaria de
recuperar sua independência nessas tarefas. Em seu relato, expressa frustração e
tristeza com seu a dependência. Ela relata sentir-se limitada e incapaz de participar de
atividades que costumava desfrutar. D. Maria menciona que essas mudanças estão
afetando seu estado emocional e que ela se sente cada mais isolada e menos engajada
socialmente. Mesmo as atividades da igreja, da qual sempre participava, não consegue
mais frequentar. D. Maria menciona hipertensão arterial e diabetes tipo 2 como doenças
anteriores. Ela relata que está tomando os medicamentos corretamente para controlar
essas condições, mas sente que mesmo assim seu estado de saúde geral está se
deteriorando. Veio à consulta acompanhada pela vizinha e não trouxe as medicações e
últimos exames.
Trouxe também uma sacola com todas as medicações utilizadas pela mãe, que contém:
Metformina 500mg; Hidroclorotiazida 25mg, furosemida 40mg, domperidona 10mg,
omeprazol 30mg, Infralax®, Novalgina®, castanha-da-índia 300mg e Dramin®.
Renata explica que a D. Maria toma Metformina 500mg antes do café da manhã e jantar
e Hidroclorotiazida junto com a metformina da manhã e Castanha-da-índia à noite. As
demais medicações ela usa como sintomáticos: furosemida quando se sente inchada;
domperidona e omeprazol quando o estômago dói; Infralax® e Novalgina®; quando o
joelho dói.
Renata está muito preocupada com os exames e nota que a mãe tem esquecido com
frequência de tarefas do dia a dia. Conta que a mesma errou o nome de uma prima
outro dia e esqueceu o café no coador. Acha que a mãe está muito distraída e Renata
chama atenção de Maria o tempo todo, por vezes sem paciência com a mãe. Quer que
a mesma faça uma “tomografia da cabeça”, para descobrir o que está acontecendo.
Junto com Renata, você aplica o IVCF 20, cuja pontuação é de 9 pontos.
Diante dos resultados dos testes acima, qual seria sua abordagem?
REFERÊNCIAS
ARAÚJO REIS, D. et al. SAÚDE DO IDOSO INDÍGENA NO BRASIL: REVISÃO INTEGRATIVA. Revista de Enfermagem
UFPE, v. 10, n. 8, 2016.
BRASIL. Portaria nº 2.528, de 19 de outubro de 2006. Aprova a Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa. 2006.
Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2006/prt2528_19_10_2006.html. Acesso em: 8 maio
2023.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Envelhecimento e
saúde da pessoa idosa. Brasília : Ministério da Saúde, 2007.
BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. SECRETARIA DE ATENÇÃO À SAÚDE. SECRETARIA DE GESTÃO DO
TRABALHO E DA EDUCAÇÃO NA SAÚDE. Guia prático do cuidador. Brasília: Ministério da Saúde, 2008. Disponível
em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/guia_pratico_cuidador.pdf Acesso em: 8 maio 2023
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Caderno de atenção
domiciliar. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2013. 205 p.
BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Calendário de vacinação idoso. Ministério da Saúde, 2022. Disponível em:
https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/c/calendario-nacional-de-vacinacao/calendario-vacinal-
2022/calendario-nacional-de-vacinacao-2022-adulto-e-idoso/view. Acesso em: 9 maio 2023.
IBGE. Características gerais dos moradores 2020-2021, [online]. 2022. Disponível em:
https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv101957_informativo.pdf. Acesso em: 8 maio 2023.
GUSSO, G., LOPES, J. M. C. Tratado de Medicina de Família e Comunidade: 2 Volumes: Princípios, Formação e Prática.
Porto Alegre: Artmed, 2018.
MORAES, E. N. Atenção à saúde do idoso: aspectos conceituais. Brasília: Organização Pan-Americana da Saúde, 2012.
MORAES, EN; LANNA, FM. Avaliação multidimensional do idoso. 4ª ed. Belo Horizonte: Folium; 2014.
MORAES, E. N. et al. Índice de Vulnerabilidade Clínico Funcional-20 (IVCF-20): reconhecimento rápido do idoso frágil.
Revista de Saúde Pública, v. 50, 2016. Disponível em:
https://www.scielo.br/j/rsp/a/HMMB75NZ93YFBzyysMWYgWG/?lang=pt# Acesso em: 8 maio 2023
MORAES, E. N. et al. Avaliação multidimensional do idoso. SAS. - Curitiba : SESA, 2018.Disponível em:
https://www.saude.pr.gov.br/sites/default/arquivos_restritos/files/documento/2020-
04/avaliacaomultiddoidoso_2018_atualiz.pdf Acesso em: 8 maio 2023
REEVE, E. et al. Assessment of attitudes toward deprescribing in older Medicare beneficiaries in the United States. JAMA
internal medicine, v. 178, n. 12, p. 1673-1680, 2018. Disponível em:
https://jamanetwork.com/journals/jamainternalmedicine/article-abstract/2706177 Acesso em 8 maio 2023
RISSARDO, L. K. et al. Las prácticas de cuidado de ancianos indígenas de rendimiento de la salud. Revista Brasileira
de Enfermagem, v. 67, p. 920-927, 2014.
SCOTT, I. A. et al. Reducing inappropriate polypharmacy: the process of deprescribing. JAMA Intern Med. v. 175, n. 5,
p. 827-834. 2015. doi: 10.1001/jamainternmed.2015.0324. PMID: 25798731. Disponível em:
https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/25798731/. Acesso em: 7 maio 2023.
Módulo de Acolhimento e Avaliação
Projeto Mais Médicos para o Brasil
28° Ciclo do PMMB
BRASÍLIA-DF
14/08 a 01/09/2023
MÓDULO DE ACOLHIMENTO E AVALIAÇÃO (MAAV) DO PMMB
28° CICLO DO PMMB
SUBEIXO IV
Doenças e Agravos
TEMA 20
COORDENAÇÃO
Camila Zamban de Miranda
Frantchesca Fripp dos Santos
Nilson Massakazu Ando
ELABORAÇÃO
Frantchesca Fripp dos Santos
Juliana Machado de Carvalho
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
Camilo Sobreira De Santana - Ministro da Educação
Denise Pires de Carvalho - Secretaria de Ensino Superior
Gisele Viana Pires - Diretoria de Desenvolvimento da Educação em Saúde
Francisco de Assis Rocha Neves - Coordenação-Geral de Expansão e Gestão da Educação
em Saúde
Ana Luísa dos Santos Azevedo - Apoio Central do PMMB
Lucas de Souza Porfirio - Apoio Central do PMMB
HISTÓRIA CLÍNICA
EXAME FÍSICO
Exame físico geral / Ectoscopia: Bom estado geral, corada, hidratada, anictérica,
eupneica e afebril.
Dados vitais: FC 90bpm, FR 20irpm, Tax 36,6°C, PA 130×90 mmHg. O IMC é 25kg/m2
Exame da cabeça e do pescoço: ausência de achados relevantes.
Exame do tórax e aparelho respiratório: expansibilidade e frêmito toracovocal normais,
som claro pulmonar à percussão, murmúrio vesicular reduzido, sem ruídos adventícios.
Exame do sistema cardiovascular: precórdio normodinâmico, ausência de turgência
jugular patológica, ritmo cardíaco regular, bulhas normofonéticas, em dois tempos, sem
sopros.
Exame abdominal: abdome semigloboso, sem abaulamentos, retrações ou cicatrizes,
RHA presentes, flácido e indolor, ausência de massas ou visceromegalias palpáveis.
Extremidades bem perfundidas, pulsos periféricos palpáveis, cheios e simétricos.
A paciente tem sintomas compatíveis com DPOC, mas diante dos sintomas e do risco
cardiovascular, deve ser indagada sobre sintomas compatíveis com angina, para
investigação de lesão de órgãos-alvo (LOA).
Também deve ser solicitado eletrocardiograma, glicemia, hemograma para investigar
LOAs e espirometria para confirmar diagnóstico e classificar DPOC.
Deve-se calcular o mMRC e aplicar o teste de avaliação de DPOC.
Deve-se abordar o tabagismo, identificando em qual fase ela está para cessação e propor
o tratamento adequado.
Deve-se esclarecer à paciente que ela é portadora de uma doença crônica progressiva
que pode vir a impor limitações na sua vida diária, explorando suas percepções a respeito
do diagnóstico e prognóstico.
Roberta, preocupada com sua saúde, rapidamente vai à cidade e realiza os exames
solicitados pelo médico. Ela está com muito medo de infarto, pois sua vizinha estava
com falta de ar e está internada por esta patologia.
Resultados dos exames complementares:
ECG: Alterações inespecíficas de repolarização ventricular, extra-sístoles ventriculares
Exames laboratoriais: Glicemia 99mg/dL; Hb 11,9 Ht 36% Leucocitos 8900 Bastonetes
300 eosinófilos 102; Plaquetas 310000
Espirometria:
Após leitura do resultado da espirometria, você aplica o teste de avaliação para DPOC,
cuja pontuação é de 9. Na avaliação do questionário mMRC, a paciente soma apenas 1
ponto.
≥ 2 exacerbações GRUPO E:
moderadas ou ≥1 LABA + LAMA
hospitalização por Considerar LABA +
exacerbação LAMA + CE se
eosinofilia > 300
0 -1 exacerbação GRUPO A (mMRC 0-
moderada sem 1; CAT<10):
hospitalização Broncodilatador
GOLD, 2023
Referências
NICE - National Institute for Health and Care Excellence. Cardiovascular disease: risk
assessment and reduction, including lipid modification. Clinical guideline [CG181].
2014. Disponível em: https://www.nice.org.uk/guidance/cg181.
CASO CLÍNICO 2
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SUBEIXO IV
Doenças e Agravos
TEMA 20
COORDENAÇÃO
Camila Zamban de Miranda
Frantchesca Fripp dos Santos
Nilson Massakazu Ando
ELABORAÇÃO
Frantchesca Fripp dos Santos
Juliana Machado de Carvalho
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
Camilo Sobreira De Santana - Ministro da Educação
Denise Pires de Carvalho - Secretaria de Ensino Superior
Gisele Viana Pires - Diretoria de Desenvolvimento da Educação em Saúde
Francisco de Assis Rocha Neves - Coordenação-Geral de Expansão e Gestão da Educação
em Saúde
Ana Luísa dos Santos Azevedo - Apoio Central do PMMB
Lucas de Souza Porfirio - Apoio Central do PMMB
HISTÓRIA CLÍNICA
EXAME FÍSICO
Exame físico geral / Ectoscopia: Bom estado geral, corada, hidratada, anictérica,
eupneica e afebril.
Dados vitais: FC 90bpm, FR 20irpm, Tax 36,6°C, PA 130×90 mmHg. O IMC é 25kg/m2
Exame da cabeça e do pescoço: ausência de achados relevantes.
Exame do tórax e aparelho respiratório:expansibilidade e frêmito toracovocal normais,
som claro pulmonar à percussão, murmúrio vesicular reduzido, sem ruídos adventícios.
Exame do sistema cardiovascular: precórdio normodinâmico, ausência de turgência
jugular patológica, ritmo cardíaco regular, bulhas normofonéticas, em dois tempos, sem
sopros.
Exame abdominal: abdome semigloboso, sem abaulamentos, retrações ou cicatrizes,
RHA presentes, flácido e indolor, ausência de massas ou visceromegalias palpáveis.
Extremidades bem perfundidas, pulsos periféricos palpáveis, cheios e simétricos.
Roberta, preocupada com sua saúde, rapidamente vai à cidade de realiza os exames
solicitados pelo médico. Ela está com muito medo de infarto, pois sua vizinha estava
com falta de ar e está internada por IAM.
Resultados dos exames complementares:
ECG: Alterações inespecíficas de repolarização ventricular, extra-sístoles ventriculares
Exames laboratoriais: Glicemia 99mg/dL; Hb 11,9 Ht 36% Leucocitos 8900 Bastonetes
300 eosinófilos 102; Plaquetas 310000
Espirometria:
GLOBAL INITIATIVE FOR CHRONIC OBSTRUCTIVE LUNG DISEASE. Global strategy for
prevention, diagnosis and management of COPD: 2023 report. 2023, 193 p. Available
from: https://goldcopd.org/2023-gold-report-2/
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28° CICLO DO PMMB
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Doenças e Agravos
TEMA 20
COORDENAÇÃO
Camila Zamban de Miranda
Frantchesca Fripp dos Santos
Nilson Massakazu Ando
ELABORAÇÃO
Frantchesca Fripp dos Santos
Juliana Machado de Carvalho
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
Camilo Sobreira De Santana - Ministro da Educação
Denise Pires de Carvalho - Secretaria de Ensino Superior
Gisele Viana Pires - Diretoria de Desenvolvimento da Educação em Saúde
Francisco de Assis Rocha Neves - Coordenação-Geral de Expansão e Gestão da Educação
em Saúde
Ana Luísa dos Santos Azevedo - Apoio Central do PMMB
Lucas de Souza Porfirio - Apoio Central do PMMB
HISTÓRIA CLÍNICA
Solange tem três filhos: Denilson (32 anos), Debora (28 anos) e Sandra (18 anos).
No início do último mês Giovana, médica do polo base Ipixuna, vai à aldeia Igarapé
Grande para atendimento aos moradores, junto com o Agente Indígena de Saúde Pablo,
o enfermeiro Sebastião e a técnica de enfermagem Carla. Solange procurou consulta
com semblante triste, queixando-se de fraqueza, dor nas pernas e falta de ânimo há
mais de 6 meses. Acredita associar esses sintomas à tristeza que sente ao ver seu filho
mais velho passando dias alcoolizado na cidade, sem cuidar da sua roça e da sua família.
Procurou ajuda do pajé de sua comunidade, mas mesmo assim os sintomas pioraram.
Agora percebe que sente mais sede e urina muito e o pajé a orientou a procurar "o
pessoal do Dsei".
Em relação ao filho, pediu ajuda ao cacique, mas este não tem mais a liderança que seu
pai tinha sobre a comunidade e Denilson não deu ouvidos ao seu conselho.
Ao ser questionada, conta que alimenta-se do que produz e dos itens que Denis traz da
cidade: feijão, açúcar branco, macarrão, biscoitos. Trabalha na roça e tem se encontrado
com as parentes para produção de artesanatos, que geram uma renda singela para elas.
EXAME FÍSICO
Exame físico geral / Ectoscopia: Bom estado geral, corada, hidratada, anictérica e afebril.
Dados vitais: FC 70bpm, FR 20irpm, Tax 36,6°C, PA 120×70 mmHg, em decúbito e
sentado. Peso 58Kg estatura 1,55
Exame da cabeça e do pescoço: ausência de achados relevantes.
Exame do tórax e aparelho respiratório: tórax atípico, eupneico, expansibilidade e
frêmito toracovocal normais, som claro pulmonar à percussão, murmúrio vesicular
presente, sem ruídos adventícios.
Exame do sistema cardiovascular: precórdio normodinâmico, ausência de turgência
jugular patológica, ritmo cardíaco regular, bulhas normofonéticas, em dois tempos, sem
sopros.
Exame abdominal: abdome semigloboso, sem abaulamentos, retrações ou cicatrizes,
RHA presentes, flácido e indolor, ausência de massas ou visceromegalias palpáveis.
Extremidades bem perfundidas, pulsos periféricos palpáveis, cheios e simétricos.
Giovana pede exames laboratoriais e Solange traz na semana seguinte, vindo à consulta
acompanhada por sua filha Débora.
EXAMES COMPLEMENTARES
Exames laboratoriais: Hb 12,3 g/dL, Ht 39%, VCM 92 fl, leucocitos 6.950, plaquetas
180.000, creatinina 0,98 mg/dL, ureia 22 mg/dL, sódio 137 mg/dL, potássio 4,5 mg/dL,
glicose 301 mg/dL, colesterol T 198 HDL 55 LDL 100 TSH 2,8
2. Diante do resultados dos exames, qual o diagnóstico e qual seria sua conduta?
Após conversa inicial, Solange concordou em ser internada no hospital local. Preparou
suas roupas e chegou no hospital acompanhada pelo marido e pela filha, para que
permanecessem com ela durante sua internação.
Solange permaneceu internada por 5 dias e retornou à UBS Indígena, com um o sumário
de alta descrevendo glicemia de 204 na alta, receita de Insulina NPH 12 UI ao deitar e
metformina 500mg de 12 em 12 horas. Solange não gosta de agulhas e disse que não irá
tomar insulina em sua casa. Ela disse que a enfermeira avisou que precisa guardar a
medicação na geladeira e Solange não tem geladeira.
A insulina pode ser utilizada por até 6 semanas fora da geladeira, caso a temperatura
ambiente não tenha ultrapassado 25ºC, não houver exposição à luz solar nem a
alteração das condições de armazenamento. À beira do rio, dentro da casa de pau a
pique onde Solange mora, é possível manter a medicação nessa temperatura.
REFERÊNCIAS
GLOBAL INITIATIVE FOR CHRONIC OBSTRUCTIVE LUNG DISEASE. Global strategy for
prevention, diagnosis and management of COPD: 2023 report. 2023, 193 p. Available
from: https://goldcopd.org/2023-gold-report-2/
NICE - National Institute for Health and Care Excellence. Cardiovascular disease: risk
assessment and reduction, including lipid modification. Clinical guideline [CG181].
2014. Disponível em: https://www.nice.org.uk/guidance/cg181.
CASO CLÍNICO
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MÓDULO DE ACOLHIMENTO E AVALIAÇÃO (MAAV) DO PMMB
28° CICLO DO PMMB
SUBEIXO IV
Doenças e Agravos
TEMA 20
COORDENAÇÃO
Camila Zamban de Miranda
Frantchesca Fripp dos Santos
Nilson Massakazu Ando
ELABORAÇÃO
Frantchesca Fripp dos Santos
Juliana Machado de Carvalho
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
Camilo Sobreira De Santana - Ministro da Educação
Denise Pires de Carvalho - Secretaria de Ensino Superior
Gisele Viana Pires - Diretoria de Desenvolvimento da Educação em Saúde
Francisco de Assis Rocha Neves - Coordenação-Geral de Expansão e Gestão da Educação
em Saúde
Ana Luísa dos Santos Azevedo - Apoio Central do PMMB
Lucas de Souza Porfirio - Apoio Central do PMMB
HISTÓRIA CLÍNICA
Solange tem três filhos: Denilson (32 anos), Debora (28 anos) e Sandra (18 anos).
No início do último mês Giovana, médica do PB Ipixuna, vai à aldeia Igarapé Grande para
atendimento aos moradores, junto com o AIS Pablo, o enfermeiro Sebastião e a técnica
de enfermagem Carla. Solange procurou consulta com semblante triste, queixando-se
de fraqueza, dor nas pernas e falta de animo há mais de 6 meses. Acredita associar à
tristeza que sente ao ver seu filho mais velho passando dias alcoolizado na cidade, sem
cuidar da sua roça e da sua família. Procurou ajuda do pajé de sua comunidade, mas
mesmo assim os sintomas pioraram. Agora percebe que sente mais sede e urina muito
e o pajé a orientou a procurar o pessoal do Dsei.
Em relação ao filho, pediu ajuda ao cacique, mas este não tem mais a liderança que seu
pai tinha sobre a comunidade e Denilson não deu ouvidos ao seu conselho.
Ao ser questionada, conta que alimenta-se do que produz e dos itens que Denis traz da
cidade: feijão, açúcar branco, macarrão, biscoitos. Trabalha na roça e tem se encontrado
com as parentes para produção de artesanatos, que geram uma renda singela para elas.
EXAME FÍSICO
Exame físico geral / Ectoscopia: Bom estado geral, corada, hidratada, anictérica e afebril.
Dados vitais: FC 70bpm, FR 20irpm, Tax 36,6°C, PA 120×70 mmHg, em decúbito e
sentado. Peso 58Kg estatura 1,55
Exame da cabeça e do pescoço: ausência de achados relevantes.
Exame do tórax e aparelho respiratório: tórax atípico, eupneico, expansibilidade e
frêmito toracovocal normais, som claro pulmonar à percussão, murmúrio vesicular
presente, sem ruídos adventícios.
EXAMES COMPLEMENTARES
Exames laboratoriais: Hb 12,3 g/dL, Ht 39%, VCM 92 fl, leucocitos 6.950, plaquetas
180.000, creatinina 0,98 mg/dL, ureia 22 mg/dL, sódio 137 mg/dL, potássio 4,5 mg/dL,
glicose 301 mg/dL, colesterol T 198 HDL 55 LDL 100 TSH 2,8
2. Diante do resultados dos exames, qual o diagnóstico e qual seria sua conduta?
Solange permaneceu internada por 5 dias e retornou à UBS Indígena, com um o sumário
de alta descrevendo glicemia de 204 na alta, receita de Insulina NPH 12 UI ao deitar e
metformina 500mg de 12 em 12 horas. Solange não gosta de agulhas e disse que não irá
tomar insulina em sua casa. Ela disse que a enfermeira avisou que precisa guardar a
medicação na geladeira e Solange não tem geladeira.
GLOBAL INITIATIVE FOR CHRONIC OBSTRUCTIVE LUNG DISEASE. Global strategy for
prevention, diagnosis and management of COPD: 2023 report. 2023, 193 p. Available
from: https://goldcopd.org/2023-gold-report-2/
NICE - National Institute for Health and Care Excellence. Cardiovascular disease: risk
assessment and reduction, including lipid modification. Clinical guideline [CG181].
2014. Disponível em: https://www.nice.org.uk/guidance/cg181.
PITITTO, B. et al. Metas no tratamento do diabetes. Diretriz Oficial da Sociedade
Brasileira de Diabetes. 2022. DOI: 10.29327/557753.2022-3, ISBN: 978-65-5941-622-6.
Disponível em: https://diretriz.diabetes.org.br/metas-no-tratamento-do-diabetes/
RODACKI, M. et al. Classificação do diabetes. Diretriz Oficial da Sociedade Brasileira de
Diabetes. 2022. DOI: 10.29327/557753.2022-1, ISBN: 978-65-5941-622-6. Disponível
em: https://diretriz.diabetes.org.br/classificacao-do-diabetes/
Módulo de Acolhimento e Avaliação
Projeto Mais Médicos para o Brasil
28° Ciclo do PMMB
• Esses quatro grupos de doenças crônicas de maior impacto têm quatro fatores
de risco modificáveis em comum:
Doenças Crônicas Não-Transmissíveis (DCNT)
• As taxas de mortalidade por doenças cardiovasculares e respiratórias crônicas
estão diminuindo
CONTROLE DO AUMENTO DA
TABAGISMO COBERTURA DA ESF
• Grupos operacionais;
• Abordagem familiar.
Compreender o modelo efetivo de cuidado
às pessoas com DCNT
Promover saúde, prevenir, tratar e reabilitar pessoas com HAS,
Dislipidemias, Obesidade e Diabetes Mellitus ;po 2
Prevenção de eventos cardiovasculares e HAS,
Dislipidemias, Obesidade e Diabetes Mellitus
tipo 2
Prevenção primária
• Melhores condições socio econômicas gerais;
• Mais espaços públicos para a práKca de aKvidades Usicas e lazer (ex.: parques e
praças verdes, ciclovias, quadras poliesporKvas);
Prevenção de eventos cardiovasculares e HAS,
Dislipidemias, Obesidade e Diabetes Mellitus
tipo 2
Prevenção primária
• Mais opções culturais variadas (teatro, cinema, biblioteca, exposições, feiras,
fesKvais, shows) e acessíveis em todas as partes das cidades;
• Mulheres > 55 anos e homens > 45 anos com fatores de risco para DCV;
• DM Kpo 1 de duração > 15 anos, DM Kpo 2 > 10 anos ou pessoa > 35 anos;
• Doença vascular periférica; neuropaKa autonômica.
Prevenção secundária - Rastreamento
• HAS
Adultos de baixo RCV acima de 18 anos, após uma medida normal, rastrear a cada 3 ou 5
anos. Adultos maiores de 40 anos e/ou com medida de pré-hipertensão, e/ou com risco
cardiovascular intermediário ou alto, rastrear anualmente.
• Dislipidemia
Homens com 35 anos ou mais Grau A // Homens de 20 a 35 anos com alto risco Grau B;
Mulheres com 45 anos ou mais Grau A // Mulheres de 20 a 45 anos com alto risco Grau B;
Intervalo de 5 anos para pessoas com resultados normais a depender do risco
cardiovascular.
Prevenção secundária - Rastreamento
• Idade
• Gênero
• Colesterol total
• Tabagismo
• Hdl
• Has
Rastreamento do RCV - Framingham
HA: hipertensão arterial; PA: pressão arterial; PAS: pressão arterial sistólica; PAD: pressão arterial diastólica. *A classificação é definida de acordo com a PA
no consultório e pelo nível mais elevado de PA, sistólica ou diastólica. **A HA sistólica isolada, caracterizada pela PAS ≥ 140 mmHg e PAD <90 mmHg, é
classificada em 1, 2 ou 3, de acordo com os valores da PAS nos intervalos indicados. ***A HA diastólica isolada, caracterizada pela PAS < 140 mmHg e PAD ≥
90mmHg, é classificada em 1, 2 ou 3, de acordo com os valores da PAD nos intervalos indicados.
HAS – Diagnóstico em adultos com mais de 18 anos
HAS – Diagnós=co em adultos com mais de 18 anos
HAS – Classificação e Diagnóstico
• Hipertensão primária;
• Hipertensão secundária;
• Exame físico.
• Exame do precórdio e ausculta cardíaca: arritmia, sopros, B3, B4.
• Exame do pulmão: ausculta de estertores, roncos e sibilos.
• Exame do abdome: a ausculta de sopros em área renal objetivam
detectar hipertensão secundária a obstrução de artérias renais.
• Extremidades: avaliar pulsos.
HAS - Avaliação individualizada
Rotina complementar mínima
• Glicemia;
• Colesterol total, HDL, LDL,
triglicérides;
• Creatinina / Urina tipo I;
• Potássio;
• ECG (eletrocardiograma);
• Fundoscopia (encaminhar ao
oftalmologista).
• * FREQUÊNCIA ANUAL
Lesões de órgãos-alvo
1. AVE (acidente vascular encefálico) e AIT (ataque isquêmico transitório);
2. IAM (infarto agudo do miocárdio), DAC (doença arterial coronariana), DAOP
(doença arterial obstruKva periférica);
3. HVE (hipertrofia do ventrículo esquerdo);
4. NefropaKa;
5. ReKnopaKa;
6. Aneurisma de aorta abdominal;
7. Estenose de caróKca sintomáKca.
Lesões de órgãos-alvo - parâmetros
•Medidas farmacológicas
Manejo Terapêutico - medidas farmacológicas
Inibidores adrenérgicos:
• MeEldopa
• A MeKldopa é o anK-hipertensivo de escolha para mulheres grávidas.
Medicamentos
disponíveis na
Rename 2022
Medicamentos
disponíveis na
Rename 2022
Medicamentos
disponíveis na
Rename 2022
Assistência FarmacêuCca
Indicações das classes medicamentosas
Acompanhamento
Depois de iniciar tratamento medicamentoso:
Verificação semanal da PA até a consulta médica de reavaliação com 30 dias
Dislipidemias
Rastreio de Dislipidemia
Indicações:
• Homens com 35 anos ou mais – Grau A;
• Homens de 20 a 35 anos com alto risco – Grau B;
• Mulheres com 45 anos ou mais – Grau A;
• Mulheres de 20 a 45 quando se enquadrarem como alto risco – Grau B.
Periodicidade:
O intervalo adequado para rastreamento é incerto. Recomenda-se a cada 5 anos
para pessoas com resultados normais; podendo ser em um intervalo maior ou
menor, a depender do risco cardiovascular.
Rastreio de Dislipidemia
• Indicações outras formas clínicas de aterosclerose
Diagnóstico
• LDL-c ≥ 160mg/dL – Hipercolesterolemia Isolada;
• TG ≥ 150mg/dL– Hipertrigliceridemia isolada;
• LDL-c ≥ 160mg/dL + TG ≥ 150mg/dL- Hiperlipidemia mista;
• HDL-c ≤ 50mg/dL (mulheres) ou 40mg/dL (homens).
Sempre de acordo
com a avaliação de
risco cardiovascular
Manejo Clínico na Atenção Básica
Sinvastatina – 40 a 80mg/dia, em 1 tomada à noite;
Hipertrigliceridemia: 500mg/dL (se não resposta à MEV) ou >1000mg/dL;
Considerar fibrato se TG > 500mg/dl, pelo risco de pancreatite aguda.
• Benzafibrato–400 a 600mg/dia;
• Ciprofibrato–100mg/dia;
Diabetes Mellitus
Diabetes Mellitus - classificação
• DM gestacional;
Grau de hiperglicemia e duração da doença Hiperglicemia grave e aguda: descartar infecção, considerar
insulinização ainda que temporária
Risco de hipoglicemia Atenção aos idosos, pessoas que moram só ou que já tiveram
hipoglicemia grave
Presença de complicações Lembrar de fármacos com proteção cardiorrenal
Vulnerabilidade social considerar outras prioridades de vida que competem com o plano
terapêutico
Manejo Terapêutico - Principais drogas
• A Me„ormina é a droga de primeira escolha para o tratamento da DM Kpo 2;
• Se Hb glicada acima do alvo e me„ormina em dose alta, considerar escalonamento.
Sem DCV aterosclerótica, ICC ou DRC Com DCV ateroscleró/ca, ICC ou DRC
Obesidade
Obesidade - avaliação pelo Índice de Massa
Corporal (IMC): Kg/m2
IMC Classificação
< 18,5 Baixo peso
• Razão albumina/creatinina:
• Normal < 30mg/g;
• Moderadamente elevada: 30 a 300mg/g;
• Elevada: >300mg/g.
DRC – prognóstico de acordo com a TFG
Manejo da HAS
na DCR
Manejo terapêutico
● Tratar e acompanhar doenças de base;
● Todo paciente portador de DRC é alto RCV – prescrever estatina e avaliar AAS;
● Prescrever iECA ou BRA e monitorar Cr e K – suspender se aumento de 30% da
Cr ou K>6;
● A partir do estágio 3A – avaliar eritropoietina;
● Monitorar vitamina D e fazer reposição se abaixo de 30ng/dL;
● Monitorar taxas de fósforo e cálcio;
● Estágio 4 e 5: observar restrições dietéticas. Evitar AINEs. Se indicado o uso de
insulina, controle rigoroso da glicemia pelo risco de hipoglicemia.
ATENÇÃO - ERROS COMUNS
• Deixar de esKmar a TFG diante de níveis séricos de creaKnina dentro dos
parâmetros da feixa de referências, em pessoas com indicação de rastreamento;
• DiagnosKcar DRC sem um segundo exame, 3 meses depois do primeiro;
• Deixar de ajustar a posologia de medicamento com excreção renal, como
anKbióKcos e insulina;
• Deixar de monitorar creaKnina e potássio após introdução ou aumento de iECA ou
BRA2;
• Suspender me„ormina antes da TFG estar abaixo de 30.
Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica - DPOC
DPOC – impacto da doença
• Tabagismo é responsável por 80- 90% e 15% dos tabagistas terão DPOC;
• Exposição ambiental – poeiras e produtos químicos, fogão a lenha, poluição
extradomiciliar;
• Tuberculose pode ser fator de risco – monitorar;
• Portadores de HIV tem risco aumentado para DPOC;
• Mais prevalente em populações economicamente vulneráveis.
DPOC – diagnósCco
• É uma condição pulmonar heterogênea caracterizada por sintomas respiratórios
crônicos (dispneia, tosse, produção de escarro e/ou exacerbações) devido a
anormalidades das vias aéreas (bronquite, bronquiolite) e/ou alvéolos (enfisema)
que causam obstrução persistente e muitas vezes progressiva, do fluxo aéreo;
• Presença de limitação do fluxo aéreo não totalmente reversível (ou seja, VEF1/FVC <
0,7 pós-broncodilatação) medido por a espirometria é mandatória para diagnóstico
de DPOC.
DPOC – diagnóstico
• Sintomas:
• Dispneia progressiva ao longo do tempo, piora aos esforços e persistente;
• limitação de atividades e/ou tosse com ou sem produção de escarro;
• Sibilos recorrentes;
• Tosse crônica –pode ser intermitente, produtiva ou não;
• Tosse produtiva – pode ser critério diagnóstico, mas ainda subjetiva.
• Vacinação:
• COVID 19;
• Uma dose da vacina antipneumocócica conjugada 20 ou Uma dose da vacina
antipneumocócica conjugada 15 e antipneumocócica 23;
• dTPa se não vacinados na adolescência;
• Herpes zoster para maiores de 50 anos.
DPOC – Manejo terapêuCco não farmacológico
• Oxigenioterapia
• Se PaO2 ≤55mmHg ou SatO2 ≤ 89% em repouso;
• PaO2 entre 56 e 59mmHg se policitemia ou cor pulmonale.
• Flebotomia (sangria)
• Cor pulmonale descompensado e Ht > 55%.
• Antibioticoterapia
• uso profilático e contínuo de antibióticos não reduz exacerbações;
• Azitromicina (250 mg/dia ou 500 mg três vezes por semana) ou eritromicina
(250 mg duas vezes por dia) por um ano em pacientes propensos a
exacerbações reduziu o risco de exacerbações em comparação com o
tratamento usual;
• Pulsoterapia não tem efeito benéfico sobre a taxa de exacerbação em geral.
DPOC – Medicações
disponíveis no
RENAME 2022
DPOC – Medicações
disponíveis no
RENAME 2022
Materiais complementares
• Vídeo indígena preparando alimento: https://www.youtube.com/watch?v=abnJCvOWVjE
• Pé diabético. Diário de um Posto de Saúde. 2017. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=Y5K2O0WMPzo
• Vídeo “Bicha Braba” - Como é conviver com um problema de pressão ou com açúcar no sangue? Como é cuidar de
distúrbios tidos como crônicos e incuráveis para o resto da vida? E naqueles dias em que a bicha fica braba?
https://www.youtube.com/watch?v=ZPyiRylth2M
Referências
BARROSO, W. K. S. et al. Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial – 2020. Arq. Bras. Cardiol., v. 116, n. 3, p. 516-658, 2021. Disponível em:
https://abccardiol.org/wp-content/uploads/articles_xml/0066-782X-abc-116-03-0516/0066-782X-abc-116-03-0516.x55156.pdf
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Estratégias para o cuidado da pessoa com doença crônica : diabetes
mellitus. Brasília : Ministério da Saúde, 2013. 160 p. : il. (Cadernos de Atenção Básica, n. 36). Disponível em:
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/estrategias_cuidado_pessoa_diabetes_mellitus_cab36.pdf
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Guia alimentar para a população brasileira – 2. ed., 1. reimpr. –
Brasília : Ministério da Saúde, 2014. 156 p. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-brasil/publicacoes-para-promocao-a-
saude/guia_alimentar_populacao_brasileira_2ed.pdf/view
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Estratégias para o cuidado da pessoa com doença crônica:
hipertensão arterial sistêmica. Brasília: Ministério da Saúde, 2014. 128 p. : il. (Cadernos de Atenção Básica, n. 37). Disponível em:
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/hipertensao_arterial_sistemica_cab37.pdf
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Estratégias para o cuidado da pessoa com doença crônica :
obesidade. Brasília: Ministério da Saúde, 2014. 212 p. : il. – (Cadernos de Atenção Básica, n. 38) Disponível em:
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/estrategias_cuidado_doenca_cronica_obesidade_cab38.pdf
BRASIL. Ministério da Saúde. Endocrinologia e nefrologia / Ministério da Saúde, Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Protocolos de encaminhamento da
atenção básica para a atenção especializada; v. 1. Brasília : Ministério da Saúde, 2015.
BRASIL. Ministério da Saúde. Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Endocrinologia e nefrologia. Protocolos de encaminhamento da atenção básica para a
atenção especializada; v. 1. Brasília: Ministério da Saúde, 2015. 20 p.: il. Disponível em:
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/protocolos_atencao_basica_atencao_especializada_endocrinologia.pdf
Referências
BRASIL. Ministério da Saúde. Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Cardiologia [recurso eletrônico]. Protocolos de encaminhamento da atenção básica para a
atenção especializada; v. 2. Brasília: Ministério da Saúde, 2016. 23 p.: il. Disponível em:
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/protocolos_atencao_basica_especializada_cardiologia_v_II.pdf
BRASIL Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção Primária à Saúde. Departamento de Promoção da Saúde. Manual de atenção às pessoas com sobrepeso e
obesidade no âmbito da Atenção Primária à Saúde (APS) do Sistema Único de Saúde [recurso eletrônico]. Brasília: Ministério da Saúde, 2022. 55 p.
CANADIAN TASK FORCE ON PREVENTIVE HEALTH CARE. Recommendations on screening for type 2 diabetes in adults. CMAJ, v. 184, n. 15, p. 1687-1696, 2012; DOI:
https://doi.org/10.1503/cmaj.120732
COBAS, R. et al. Diagnóstico do diabetes e rastreamento do diabetes tipo 2. Diretriz Oficial da Sociedade Brasileira de Diabetes. 2022. Disponível em:
https://diretriz.diabetes.org.br/diagnostico-e-rastreamento-do-diabetes-tipo-2/
DAVIDSON, K. W. et al. Screening for prediabetes and type 2 diabetes: US Preventive Services Task Force recommendation statement. Jama, v. 326, n. 8, p. 736-743,
2021.Disponível em: https://www.uspreventiveservicestaskforce.org/uspstf/recommendation/screening-for-prediabetes-and-type-2-diabetes
DUNCAN, B. B. et al. Medicina ambulatorial: condutas de atenção primária baseadas em evidências. Porto Alegre: Artmed, 2022. 2424p.
FERNANDES, F. L. A. et al. Recomendações para o tratamento farmacológico da DPOC: perguntas e respostas. Jornal Brasileiro de Pneumologia, v. 43, p. 290-301,
2017. Disponível em: https://cdn.publisher.gn1.link/jornaldepneumologia.com.br/pdf/Cap_Suple_99_1.pdf
FILHO, R. et al. Tratamento farmacológico da hiperglicemia no DM2. Diretriz Oficial da Sociedade Brasileira de Diabetes. 2022. DOI: 10.29327/557753.2022-10, ISBN:
978-65-5941-622-6. Disponível em: https://diretriz.diabetes.org.br/tratamento-farmacologico-da-hiperglicemia-no-dm2/
Referências
GLOBAL INITIATIVE FOR CHRONIC OBSTRUCTIVE LUNG DISEASE. Global strategy for prevention, diagnosis and management of COPD: 2023 report. 2023, 193 p.
Available from: https://goldcopd.org/2023-gold-report-2/
GUGELMIN, S. Â. Políticas públicas e intervenções nutricionais. In: BARROS, D. C., SILVA, D. O., and GUGELMIN, S. Â., orgs. Vigilância alimentar e nutricional para a
saúde Indígena [online]. Vol. 1. Rio de Janeiro: Editora FIOCRUZ, 2007, pp. 237-255. Disponível em: https://books.scielo.org/id/fyyqb/pdf/barros-9788575415870-11.pdf
GUSSO, G., LOPES, J. M. C. Tratado de Medicina de Família e Comunidade: 2 Volumes: Princípios, Formação e Prática. Porto Alegre: Artmed, 2018.
NICE - National Institute for Health and Care Excellence. Cardiovascular disease: risk assessment and reduction, including lipid modification. Clinical guideline [CG181].
2014. Disponível em: https://www.nice.org.uk/guidance/cg181.
PITITTO, B. et al. Metas no tratamento do diabetes. Diretriz Oficial da Sociedade Brasileira de Diabetes. 2022. DOI: 10.29327/557753.2022-3, ISBN: 978-65-5941-622-6.
Disponível em: https://diretriz.diabetes.org.br/metas-no-tratamento-do-diabetes/
RODACKI, M. et al. Classificação do diabetes. Diretriz Oficial da Sociedade Brasileira de Diabetes. 2022. DOI: 10.29327/557753.2022-1, ISBN: 978-65-5941-622-6.
Disponível em: https://diretriz.diabetes.org.br/classificacao-do-diabetes/
OBRIGADA
Módulo de Acolhimento e Avaliação
Projeto Mais Médicos para o Brasil
28° Ciclo do PMMB
BRASÍLIA-DF
14/08 a 01/09/2023
MÓDULO DE ACOLHIMENTO E AVALIAÇÃO (MAAV) DO PMMB
28° CICLO DO PMMB
SUBEIXO IV
Doenças e Agravos
TEMA 21
COORDENAÇÃO
Camila Zamban de Miranda
Frantchesca Fripp dos Santos
Nilson Massakazu Ando
ELABORAÇÃO
Frantchesca Fripp dos Santos
Juliana Machado de Carvalho
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
Camilo Sobreira De Santana - Ministro da Educação
Denise Pires de Carvalho - Secretaria de Ensino Superior
Gisele Viana Pires - Diretoria de Desenvolvimento da Educação em Saúde
Francisco de Assis Rocha Neves - Coordenação-Geral de Expansão e Gestão da Educação
em Saúde
Ana Luísa dos Santos Azevedo - Apoio Central do PMMB
Lucas de Souza Porfirio - Apoio Central do PMMB
HISTÓRIA CLÍNICA
Aline é uma jovem indígena de 24 anos, da etnia Kaiagang e mora no interior do RS, com
sua mãe de 50 anos, seu marido de 28 anos e seus filhos, de 4 e 2 anos. Aline não gosta
de frequentar o posto de saúde, pois acha que os profissionais “se intrometem demais”
e sua aldeia é conhecida pela EMSI pois os indígenas não costumam procurar assistência
médica.
Vem à consulta com seus dois filhos queixando diarreia e é atendida pela Dra Luana. O
menor, Iago, está ativo e tenta mexer em todos objetos da sala. O maior, João, está no
colo da mãe e quase não interage com o médico – Luana suspeita que seja pelo
conhecido comportamento arredio da comunidade indígena. Como está trabalhando
neste pólo-base há pouco tempo, suas impressões sobre a comunidade são poucas, pois
ainda não conhece sua população adstrita.
Ao ser questionada, Aline conta que Iago começou a apresentar diversos episódios de
fezes líquidas e febre alta há 4 dias e, João, há 3 dias. Iago já não tem febre - apresentou
apenas nas primeiras 24h, e as fezes já estão mais consistentes. Hoje Iago ainda não
evacuou. Já João, iniciou febre e prostração há 2 dias e evoluiu de evacuações pastosas
para líquidas nas últimas 24h. Nenhuma das crianças vomitou e Aline está oferecendo
chás que sua avó receitou. Ela também está oferecendo uma papa de farinha de
mandioca, pão e cozido de batatas, que João quase não está aceitando.
EXAME FÍSICO:
João está letárgico, febril, anictérico e choroso ao exame físico. TAX 37,6ºC, FR 24, FC
112
Peso 14Kg E 113cm
Os olhos estão profundos e o sinal da prega está reduzido
Abdome flácido, sem massas e doloroso à palpação profunda.
Luana pede a caderneta da criança e avalia o crescimento de ambos:
Também observa que o calendário de vacinação de Iago está em dia, mas o de João tem
vacinas em atraso, incluindo a Rotavírus. Lembra que a equipe de EMSI tem feito
intervenções junto à comunidade indígena há 3 anos, em conjunto com o cacique da
comunidade e com as idosas – que são as referências de cuidado da aldeia.
QUESTÃO 1) De acordo com o Plano de Ação da estratégia AIDPI, qual conduta Luana
deve tomar em relação ao filho mais novo, Iago, de 2 anos? Justifique a sua resposta.
Resposta:
Iago se enquadra no Plano A da AIDPI porque apresenta sinais vitais normais e está
hidratado. Luana deve orientar Aline a realizar dieta e hidratação por via oral para Iago.
Lembra-la de observar fatores de risco para desidratação e oferecer sais de reidratação
oral entre 100 - 200ml após cada evacuação diarreica.
Além de prescrever anti-térmicos (paracetamol ou dipirona na dose de 1 gota por quilo
de peso) em caso de febre ou dor e zinco na dose de 20mg/dia por 10 a 14 dias.
QUESTÃO 2) De acordo com o Plano de Ação da estratégia AIDPI, qual conduta Luana
deve tomar em relação ao filho mais velho, João, de 5 anos.? Justifique a sua resposta.
Resposta:
João se enquadra no Plano B porque apresenta sinais vitais comprometidos estando
letárgico, febril e choroso, além da dor abdominal à palpação.
Luana deve iniciar o tratamento de João para desidratação com 50 a 100ml/Kg
de solução de reidratação oral, dadas em pequenas quantidade e com frequência, em
período de 4 a 6 horas, sob observação na UBS. Orienta alimentação branda, livre de
resíduos, com baixa concentração de lipídeos e de acordo com a tolerância de João.
Além de prescrever anti-térmicos (paracetamol ou dipirona na dose de 1 gota por quilo
de peso) em caso de febre ou dor e zinco na dose de 20mg/dia por 10 a 14 dias.
Luana deve orientar quais sintomas justificam procurar assistência hospitalar:
persistência de febre alta, vômitos incoercíveis ou oligúria/anúria.
Luana precisa discutir os cuidados domiciliares, após as 4h de observação na UBS,
respeitando a cultura e hábitos da família, procurando construir a relação médico-
paciente.
Discute os casos com EMSI, com vistas a investigar possível surto de diarreia na aldeia.
QUESTÃO 3) Quais são os sinais de risco para a mudança de plano de ação pelo AIDPI,
no caso de João?
Luana deve orientar sobre os seguintes sinais de risco: redução do volume urinário,
vômitos repetidos, piora da diarréia, muita sede, sangue nas fezes
Referências
CASO CLÍNICO
BRASÍLIA-DF
14/08 a 01/09/2023
MÓDULO DE ACOLHIMENTO E AVALIAÇÃO (MAAV) DO PMMB
28° CICLO DO PMMB
SUBEIXO IV
Doenças e Agravos
TEMA 21
COORDENAÇÃO
Camila Zamban de Miranda
Frantchesca Fripp dos Santos
Nilson Massakazu Ando
ELABORAÇÃO
Frantchesca Fripp dos Santos
Juliana Machado de Carvalho
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
Camilo Sobreira De Santana - Ministro da Educação
Denise Pires de Carvalho - Secretaria de Ensino Superior
Gisele Viana Pires - Diretoria de Desenvolvimento da Educação em Saúde
Francisco de Assis Rocha Neves - Coordenação-Geral de Expansão e Gestão da Educação
em Saúde
Ana Luísa dos Santos Azevedo - Apoio Central do PMMB
Lucas de Souza Porfirio - Apoio Central do PMMB
HISTÓRIA CLÍNICA
Aline é uma jovem indígena de 24 anos, da etnia Kaingang e mora no interior do RS, com
sua mãe de 50 anos, seu marido de 28 anos e seus filhos, de 4 e 2 anos. Aline não gosta
de frequentar o posto de saúde, pois acha que os profissionais “se intrometem demais”
e sua aldeia é conhecida pela EMSI pois os indígenas não costumam procurar assistência
médica.
Vem à consulta com seus dois filhos queixando diarreia e é atendida pela Dra Luana. O
menor, Iago, está ativo e tenta mexer em todos objetos da sala. O maior, João, está no
colo da mãe e quase não interage com o médico – Luana suspeita que seja pelo
conhecido comportamento arredio da comunidade indígena. Como está trabalhando
neste pólo-base há pouco tempo, suas impressões sobre a comunidade são poucas, pois
ainda não conhece sua população adstrita.
Ao ser questionada, Aline conta que Iago começou a apresentar diversos episódios de
fezes líquidas e febre alta há 4 dias e, João, há 3 dias. Iago já não tem febre - apresentou
apenas nas primeiras 24h, e as fezes já estão mais consistentes. Hoje Iago ainda não
evacuou. Já João, iniciou febre e prostração há 2 dias e evoluiu de evacuações pastosas
para líquidas nas últimas 24h. Nenhuma das crianças vomitou e Aline está oferecendo
chás que sua avó receitou. Ela também está oferecendo uma papa de farinha de
mandioca, pão e cozido de batatas, que João quase não está aceitando.
EXAME FÍSICO:
João está letárgico, febril, anictérico e choroso ao exame físico. TAX 37,6ºC, FR 24, FC
112
Peso: 14Kg e altura: 113cm
Os olhos estão profundos e o sinal da prega está reduzido
Abdome flácido, sem massas e doloroso à palpação profunda
Luana pede a caderneta da criança e avalia o crescimento de ambos:
Também observa que o calendário de vacinação de Iago está em dia, mas o de João tem
vacinas em atraso, incluindo a Rotavírus. Lembra que a equipe de EMSI tem feito
intervenções junto à comunidade indígena há 3 anos, em conjunto com o cacique da
comunidade e com as idosas – que são as referências de cuidado da aldeia.
QUESTÃO 1) De acordo com o Plano de Ação da estratégia AIDPI, qual conduta Luana
deve tomar em relação ao filho mais novo, Iago, de 2 anos? Justifique a sua resposta.
QUESTÃO 2) De acordo com o Plano de Ação da estratégia AIDPI, qual conduta Luana
deve tomar em relação ao filho mais velho, João, de 5 anos.? Justifique a sua resposta.
QUESTÃO 3) Quais são os sinais de risco para a mudança de plano de ação pelo AIDPI,
no caso de João?
Referências
Melhor
indicador de
desidratação
Tratamento
Após avaliação clínica do usuário, estabelece-se qual plano de
tratamento será executado.
Hidratação oral
• Líquidos devem ser administrados com frequência, em pequenos goles;
• Se vomitar, aguardar 10 minutos e con*nuar, porém mais lentamente;
• Vômitos costumam cessar após 2 a 3 horas do início da reidratação.
Como preparar o
soro de reidratação
oral
• O PLANO B DEVE SER REALIZADO NA
UNIDADE DE SAÚDE;
• OS PACIENTES DEVERÃO PERMANECER NA
UNIDADE DE SAÚDE ATÉ A REIDRATAÇÃO
COMPLETA.
OS PACIENTES
QUE ESTIVEREM
SENDO
REIDRATADOS
POR VIA
ENDOVENOSA
DEVEM
PERMANECER
NA UNIDADE DE
SAÚDE ATÉ QUE
ESTEJAM
HIDRATADOS E
CONSEGUINDO
MANTER A
HIDRATAÇÃO
POR VIA ORAL
AIDIPI
IdenDficar disenteria e/ou outras patologias
associadas à diarreia
1- Perguntar se o paciente tem sangue nas
fezes
Caso posiEvo e com compromeEmento do estado geral:
•Tratamento de adultos:
SADOVSKY, Ana Daniela Izoton. Diarreia aguda: diagnóstico e tratamento. Sociedade Brasileira de Pediatria- Departamento Científico de Gastroenterologia, n. 1,
2017.
DE MELO OLIVEIRA, T. K. et al. Desafios e potencialidades envolvidos na prevenção de doenças diarreicas junto à população indígena em Roraima. Revista Eletrônica
Acervo Saúde, v. 13, n. 12, p. e9539-e9539, 2021.Disponível em:
https://acervomais.com.br/index.php/saude/article/download/9539/5737/#:~:text=Nesse%20contexto%2C%20destaca%2Dse%20a,e%20ZATTI%20CA%2C%202018).
DUNCAN, B. B. et al. Medicina ambulatorial: condutas de atenção primária baseadas em evidências. Porto Alegre: Artmed, 2022. 2424p.
GUSSO, G., LOPES, J. M. C. Tratado de Medicina de Família e Comunidade: 2 Volumes: Princípios, Formação e Prática. Porto Alegre: Artmed, 2018.
MORAIS, M. B. et al. Diarreia aguda: diagnóstico e tratamento. Sociedade Brasileira de Pediatria–Departamento Científico de Gastroenterologia, n. 1, p. 1-15, 2017.
Disponível em: https://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/2017/03/Guia-Pratico-Diarreia-Aguda.pdf
PINTO, M. V.; ZATTI, C. A. Adoecimento Indígena: Aspectos referentes à morbimortalidade indígena. Rev.Brazilian J. of Surgery and Clinical Research, v. 24, n. 02, p.
106-111 2018.
Endemias Brasileiras
Doenças infecto-contagiosas no Brasil
• Ementa:
• Aspectos epidemiológicos e clínicos das doenças infecto-contagiosas:
• Malária;
• Parasitoses intestinais (helmintíases e protozooses);
• Esquistossomose;
• Doença de Chagas;
• Leptospirose;
• Tungíase.
Aspectos epidemiológicos
• Nos úlGmos 50 anos - ampliação da cobertura do saneamento, melhoria
das condições habitacionais, introdução de novas tecnologias de saúde
(vacinas e anGbióGcos):
(LUNA, 2013)
Aspectos relevantes que devem ser considerados
no co:diano
• Epidemiologia nacional e local;
• Quando suspeitar?
• Sintomas típicos e sinais de alarme;
• Como confirmar o diagnóstico?
• Qual o tratamento?
• Orientações individuais e coletivas;
• Notificação
Malária
Aspectos epidemiológicos - Malária
• A região amazônica é área endêmica
para malária no país, registrando 99%
dos casos autóctones: Estados do
Acre, Amazonas, Amapá, Pará,
Rondônia, Roraima, TocanMns, Mato
Grosso e Maranhão.
(BRASIL, 2021a)
Aspectos epidemiológicos - Malária
(BRASIL, 2021)
Aspectos epidemiológicos - Malária
(BRASIL, 2021b)
Aspectos epidemiológicos - Malária
(BRASIL, 2021b)
Aspectos epidemiológicos - Malária
(BRASIL, 2021a)
Aspectos epidemiológicos - Malária
• A malária representa um dos mais óbvios aumentos nas doenças
negligenciadas da Venezuela.
• Aumento de quase três vezes nos casos venezuelanos de malária
desde 2014.
• Fatores envolvidos:
• Operações ilegais de mineração com o afluxo de trabalhadores migrantes que
vivem em áreas superlotadas e condições insalubres;
• Escassez global de medicamentos essenciais;
• Ausência de esforços públicos de controle vetorial.
• Acredita-se que a epidemia venezuelana exportou casos para o Brasil,
Guiana e Colômbia.
(PAHO, 2022; BURKI, 2015; CERRONI, 2015)
Importância epidemiológica
(BRASIL, 2021b)
Obje:vos e Estratégias de controle da Malária
• Reduzir a mortalidade e a gravidade dos casos;
• Reduzir a incidência;
• Manter a doença ausente em locais onde a transmissão foi
interrompida;
• Eliminar a Malária do Brasil.
(BRASIL, 2021b)
Malária
SINONÍMIA:
(BRASIL, 2010)
Agentes etiológicos e vetor
(BRASIL, 2021b)
Agentes e:ológicos e vetor
(BRASIL, 2021b)
Transmissão
(MARTINS, 2016)
Definição de caso suspeito
• Área Endêmica (Acre, Amapá, Amazonas Pará, Rondônia, Roraima, Tocan6ns, Mato Grosso e
Maranhão):
(FRAIA, 2021)
Manifestações Clínicas
• Período de incubação: varia de acordo com a espécie de plasmódio (P.
falciparum, de 8 a 12 dias; P. vivax, 13 a 17 dias; e P. malariae, 18 a 30
dias).
• Crise aguda da malária (acesso malárico) – episódios intermitentes de
calafrio, febre e sudorese, duração variável de 6 a 12 horas e temperatura
igual ou superior a 40o C.
• Paroxismos acompanhados por cefaleia, mialgia, náuseas e vômitos.
• O retardo no diagnósGco leva à gravidade da doença.
(BRASIL, 2021b)
Manifestações Clínicas
(BRASIL, 2021b)
Manifestações Clínicas – Sinais de Gravidade
(BRASIL, 2021b)
Malária - Diagnóstico
GOTA ESPESSA
É o método diagnósGco oficialmente uGlizado no Brasil.
(BRASIL, 2010)
Microscopia de gota espessa de sangue, colhida por punção digital e corada pelo método de Walker
Malária - Diagnós:co
(BRASIL, 2021b)
Malária - Diagnós:co
(BRASIL, 2021b)
Malária - Diagnós:co
• Resultados: P. falciparum, P. vivax e malária mista devendo ser administrado
o tratamento imediato conforme resultado apresentado no teste.
• Apesar de menos sensíveis para P. vivax, os testes rápidos aplicam-se ao
diagnósGco dessa espécie na ausência de microscopia ou profissional
capacitado no local.
• Não se deve uGlizar os testes rápidos para o seguimento clínico do
paciente, porque podem ainda ser posiGvos, mesmo na ausência de
parasitos viáveis. Cautela com o uso de TDR até um mês após diagnósGco
prévio confirmado.
(BRASIL, 2021b)
Malária - Tratamento
O Ministério da Saúde, por intermédio de uma Polí3ca Nacional de
Medicamentos para Tratamento da Malária, orienta a terapêu0ca e
disponibiliza gratuitamente os medicamentos an0maláricos u0lizados em
todo o território nacional, em unidades do Sistema Único de Saúde (SUS).
(BRASIL, 2010)
Tratamento
• Diversas drogas são uGlizadas dependendo da espécie do plasmódio
infectante, cada uma delas agindo de forma específica, tentando
impedir o desenvolvimento do parasito no hospedeiro:
Cloroquina Primaquina
Arteméter
Lumefantrina
Mefloquina
Quinina
Artesunato
Clindamicina
(BRASIL, 2021b)
Malária não complicada – esquema curto (7 dias)
(BRASIL, 2021b)
Malária não complicada – esquema curto (7 dias)
(BRASIL, 2021b)
Malária – Infecção mista
(BRASIL, 2021b)
Observações
- Tratamento
(BRASIL, 2021b)
Esquema curto
(BRASIL, 2010)
Malária não complicada – esquema longo (14 dias)
(BRASIL, 2010)
Medidas Preven:vas
• Uso de mosquiteiros;
• Uso de repelente;
• Colocar telas nas janelas;
• Uso de roupas que protejam braços e pernas;
CONTROLE DO VETOR
(BRASIL, 2021b)
Quimioprofilaxia
(BRASIL, 2021b)
No:ficação!
(SINAN, 2019)
Parasitoses intestinais
Parasitoses intes:nais
(BRASIL, 2021c)
Medidas de prevenção
• Melhoria do nível educacional;
• Acesso a água de boa qualidade, saneamento básico e coleta de lixo;
• Esxmulo ao aleitamento materno;
• Uso de calçados;
EM ÁREAS ENDÊMICAS
• HOSPEDEIRO DEFINITIVO: Humano - Na fase adulta, o parasita vive nos vasos sanguíneos
do intesMno e hgado
(UNASUS, s.d.)
Quando suspeitar?
• Indivíduo residente e/ou procedente de área endêmica, com quadro
clínico sugestivo, e com história de contato com reservatórios de água
onde existam caramujos.
• QUADRO CLÍNICO:
(BRASIL, 2010)
Formas crônicas
(BRASIL, 2014)
Formas crônicas
•HEPATOINTESTINAL
- AssintomáGca ou sintomas inespecíficos: desânimo, indisposição para o
trabalho, tonturas, cefaleia e sintomas distônicos. Sintomas digesGvos
(sensação de plenitude, flatulência, dor epigástrica e hiporexia) e
intesGnais (diarreias recorrentes), hepatomegalia e fibrose hepáYca.
- áreas de fibrose decorrentes de granulomatose periportal ou fibrose de
Symmers.
(BRASIL, 2014)
Formas crônicas
• HEPÁTICA
- Pode ser assintomáYca ou caracterizada por diarreias repeGdas
(sintomas da forma hepatointesGnal). Ao exame •sico, hepatomegalia
(hgado palpável e endurecido).
Apresenta fibrose hepá/ca sem hipertensão portal e sem
esplenomegalia.
(BRASIL, 2010)
Como inves:gar
(BRASIL, 2014)
Tratamento
PRAZIQUANTEL
Adultos: 50mg/kg
Crianças: 60mg/kg
Apresentação: 600mg/comprimido;
Dose única, via oral.
Orientar repouso por pelo menos 3 horas após ingestão, para evitar
náuseas e tonturas; Realizar controle de cura.
(BRASIL, 2010)
Tratamento
NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA!
(BRASIL, 2014)
Estratégias de Prevenção e Controle
• Uso de sapatos;
• Orientar a população de área endêmica sobre sinais e sintomas da doença;
• Promoção de saúde;
• Saneamento domiciliar e ambiental.
• Educação ambiental e discussão sobre o tema da água!
(BRASIL, 2014)
Doença de chagas
Doença De Chagas
(BRASIL, 2010)
Doença De Chagas – agente e:lógico
(BRASIL, 2010)
Epidemiologia nas Américas
• EsMma-se que 6 a 8 milhões de pessoas estejam infectadas com o parasita
(Trypanosoma cruzi) que causa a doença.
• 70% das pessoas que vivem com a doença não sabem que estão infectadas, devido
à ausência de sintomas clínicos.
(BRASIL, 2020)
Epidemiologia
• É uma das quatro maiores causas de morte por doenças infecciosas e
parasitárias, além da principal doença negligenciada no Brasil.
BRASIL, 2020
Doença de Chagas aguda
Febre persistente (>7 dias) e:
•Edema de face ou de membros;
•Exantema;
•Adenomegalia;
•Hepatomegalia;
•Esplenomegalia;
•Cardiopatia aguda (taquicardia, sinais de insuficiência cardíaca);
•Manifestações hemorrágicas (hematêmese, hematoquezia ou melena);
•Icterícia;
•Manifestações digestivas (diarreia, vômito e epigastralgia intensa) são mais
comuns em casos por transmissão oral. (BRASIL, 2010)
Confirmação diagnóstica - Doença de Chagas
aguda
(BRASIL, 2010)
Doença de Chagas – Formas Crônicas
(BRASIL, 2010)
Doença de Chagas crônica - Diagnós:co
(BRASIL, 2010)
Doença de Chagas - Tratamento
•Benznidazol: (adulto = 5 mg/kg/dia, 1 a 3x/dia, 60 dias; criança = 5 a
10 mg/kg/dia, 2x/dia, 60 dias)
(BRASIL, 2010)
Orientações e a:vidades educa:vas
(BRASIL, 2010)
Leptospirose
Leptospirose
(BRASIL, 2010)
Leptospirose
(BRASIL, 2010)
Epidemiologia
(BRASIL, 2023)
Manifestações Clínicas - Fase precoce (fase leptospirêmica)
• Instalação abrupta de febre, acompanhada de cefaleia e mialgia, anorexia,
náuseas e vômitos;
• Podem ocorrer diarreia, artralgia, hiperemia ou hemorragia conjunGval,
fotofobia, dor ocular e tosse;
• Pode ser acompanhada de exantema;
• Di•cil diferenciação de outras doenças febris agudas;
• A fase precoce tende a ser autolimitada e regride em 3 a 7 dias, sem deixar
sequelas.
(BRASIL, 2010)
Manifestações Clínicas - Fase tardia (fase imune)
• Aproximadamente 15% dos pacientes evoluem para manifestações
clínicas graves, em geral, após a primeira semana de doença.
• Síndrome de Weil - tríade de icterícia, insuficiência renal e hemorragias,
mais comumente pulmonar.
• Hemorragia pulmonar cursa com letalidade superior a 50%.
• Icterícia: é um sinal caracterísGco, possuindo uma tonalidade alaranjada
muito intensa (icterícia rubínica) e geralmente aparece entre o 3º e o 7º
dia da doença - preditor de pior prognósGco.
(BRASIL, 2010)
Agente etiológico
(BRASIL, 2010)
Transmissão
• Exposição direta ou indireta à urina de animais infectados.
(BRASIL, 2010)
Tratamento
• Fase precoce:
(BRASIL, 2010)
Tratamento
• Na fase tardia:
• Penicilina G Cristalina: 1.5 milhões UI, IV, de 6/6 horas; ou,
• Ampicilina: 1g, IV, 6/6 horas; ou,
• Ce{riaxona: 1 a 2g, IV, 24/24h; ou,
• Cefotaxima 1g, IV, de 6/6 horas.
• Para crianças uMliza-se Penicilina cristalina: 50 a 100.000U/kg/dia, IV, em 4 ou 6
doses; ou Ampicilina: 50 a 100mg/kg/dia, IV, dividido em 4 doses; ou Ce{riaxona: 80
a 100mg/kg/dia, em 1 ou 2 doses; ou Cefotaxima: 50 a 100mg/kg/dia, em 2 a 4
doses.
(OLIVEIRA, 2014)
Manifestações clínicas
• É autolimitada com duração de quatro a seis semanas;
• Nas áreas endêmicas - re-infestação é constante e os indivíduos afetados
podem apresentar algumas dezenas de parasitos em diferentes estágios de
desenvolvimento, gerando complicações graves e sequelas.
(OLIVEIRA, 2014)
Prevenção
• Evitar contato com solo contaminado e usar sapatos;
• Medidas sanitárias para a descontaminação do local infestado,
incluindo inseGcidas;
• Medidas de educação em saúde, educando a população para a
realização de autoexames periódicos, visando à reGrada das pulgas
com material estéril adequado.
(OLIVEIRA, 2014)
REFERÊNCIAS
70% das pessoas com Chagas não sabem que estão infectadas. PAHO Pan-American Health Organization, 2021. Disponível em:
https://www.paho.org/pt/noticias/13-4-2021-opas-70-das-pessoas-com-chagas-nao-sabem-que-estao-infectadas.
ARIZA, L. et al. Tungíase: doença negligenciada causando patologia grave em uma favela de Fortaleza, Ceará. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina
Tropical, v. 40, p. 63-67, 2007. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rsbmt/a/QGMZbd4HC3QhKMYSTBByhNd/?format=pdf&lang=pt
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância Epidemiológica. Doenças infecciosas e parasitárias: guia de bolso. 8.
ed. rev. – Brasília : Ministério da Saúde, 2010. 444 p. : Il. – (Série B. Textos Básicos de Saúde) Disponível em:
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/doencas_infecciosas_parasitaria_guia_bolso.pd
_____. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância Epidemiológica. Vigilância da Esquistossomose Mansoni: diretrizes
técnicas. 4. ed. – Brasília : Ministério da Saúde, 2014. 144p. Disponível em:
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/vigilancia_esquistossome_mansoni_diretrizes_tecnicas.pdf
_____. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Doença de Chagas: 14 de abril – Dia Mundial. Bol Epidemiol [Internet]. 2020, n. 51, p. 1-43.
Disponível em: http://www.saude.gov.br/boletins-epidemiologicos.
_____. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Doença de Chagas: 14 de abril – Dia Mundial. Bol Epidemiol [Internet]. 2021 abr; n.esp.:1-36.
Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/centrais-de-conteudo/publicacoes/boletins/epidemiologicos/especiais/2021/boletim_especial_chagas_14abr21_b.pdf
_____. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Mapa de risco por município de infecção. Ministério da Saúde., 2021a. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-
br/assuntos/saude-de-a-a-z/m/malaria/situacao-epidemiologica-da-malaria-1/mapa-de-risco/mapa-de-risco-2021-site.png/view.
_____. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Imunização e Doenças Transmissíveis. Guia de tratamento da malária no Brasil –
2. ed. atual. Brasília: Ministério da Saúde, 2021b.
REFERÊNCIAS
_____. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Doenças tropicais negligenciadas. Bol Epidemiol [Internet]. 2021c março; n. esp.: 1-74.
Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/centrais-de-
conteudo/publicacoes/boletins/epidemiologicos/especiais/2021/boletim_especial_doencas_negligenciadas.pdf
_____. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Imunização e Doenças Transmissíveis. Guia de tratamento da malária no
Brasil – 2. ed. atual. – Brasília: Ministério da Saúde, 2021d. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/centrais-de-
conteudo/publicacoes/svsa/malaria/tratamento/guia_tratamento_malaria_2nov21_isbn_site.pdf/view
_____. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Panorama epidemiológico da malária em 2021: buscando o caminho para a eliminação da
malária no Brasil. Bol Epidemiol [Internet]. 2022 maio; v. 53: 1-29. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-
z/m/malaria/situacao-epidemiologica-da-malaria-1/boletins-epidemiologicos-de-malaria/boletim-epidemiologico-vol-53-no17-2022-panorama-epidemiologico-
da-malaria-em-2021-buscando-o-caminho-para-a-eliminacao-da-malaria-no-brasil
_____. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Territorialização e vulnerabilidade para doença de Chagas crônica: 14 de abril – Dia Mundial
de Combate à Doença de Chagas. Bol Epidemiol [Internet]. 2022 abr; n.esp.:1-51. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/centrais-de-
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_____. Ministério da Saúde. Grupo Técnico de Doenças Relacionadas a Roedores. Situação Epidemiológica da Leptospirose. 2023. Disponível em:
https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/l/leptospirose/arquivos/situacao-epidemiologica-dos-casos-de-leptospirose-no-brasil-2010-a-2023.
BURKI, T. Re-emergence of neglected tropical diseases in Venezuela. The Lancet. Infectious Diseases, v. 15, n. 6, p. 641-642, 2015. Disponível em:
https://www.thelancet.com/journals/laninf/article/PIIS1473-3099(15)00011-0/fulltext.
REFERÊNCIAS
CERRONI, M. D. P., CARMO, E. H. Magnitude das doenças de notificação compulsória e avaliação dos indicadores de vigilância epidemiológica em municípios da
linha de fronteira do Brasil, 2007 a 2009. Epidemiologia e Serviços de Saúde, v. 24, p. 617-628, 2015. Disponível em:
https://www.scielo.br/j/ress/a/JMHmVK6xPgGJ7tQpP76h67y/abstract/?lang=pt.
DUNCAN, B. B. et al. Medicina ambulatorial: condutas de atenção primária baseadas em evidências. Porto Alegre: Artmed, 2022. 2424p.
FRAIA, M. Resumo de Malária: epidemiologia, diagnóstico e tratamento. Sanar, 2021. Disponível em: https://www.sanarmed.com/resumo-de-malaria-
epidemiologia-fisiopatologia-diagnostico-e-tratamento-colunistas.
INTERACTIVE Malaria Statistics. PAHO Pan-American Health Organization, 2022. Disponível em:
http://www.paho.org/hq/index.php?option=com_topics&view=readall&cid=2149&Itemid =40757&lang=es.
LUNA, E. J. A.; SILVA JR., J. B. Doenças transmissíveis, endemias, epidemias e pandemias. In FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ. A saúde no Brasil em 2030 -
prospecção estratégica do sistema de saúde brasileiro: população e perfil sanitário [online]. Rio de Janeiro: Fiocruz/Ipea/Ministério da Saúde/Secretaria de
Assuntos Estratégicos da Presidência da República, 2013. Vol. 2. pp. 123-176. Disponível em: https://saudeamanha.fiocruz.br/wp-content/uploads/2016/07/41.pdf
MARTINS, R. Cientista confirma OMS: malária controlada em 2030. Correio do Brasil, 2016. Disponível em: https://www.correiodobrasil.com.br/malaria-sob-controle-
ate-2030/URL.
REFERÊNCIAS
OLIVEIRA, I. S. et al. Tungíase atualidades clínicas. J. bras. med, v. 102, n. 6, 2014. Disponível em: http://files.bvs.br/upload/S/0047-2077/2015/v102n6/a4554.pdf.
ORGANIZACIÓN PANAMERICANA DE LA SALUD. Guía para el diagnóstico y el tratamiento de la enfermedad de Chagas. Washington, D.C.: OPS; 2018.
Disponível em: https://iris.paho.org/bitstream/handle/10665.2/49653/9789275320433_spa.pdf?sequence=9&isAllowed=y
SABOYÁ-DÍAZ, M. I. et al. Situação atual do conhecimento sobre a epidemiologia da tungíase nas Américas. Rev Panam Salud Publica. 2022. Disponível em:
https://www.paho.org/pt/documentos/situacao-atual-do-conhecimento-sobre-epidemiologia-da-tungiase-nas-americas
22 – ENDEMIAS BRASILEIRAS
BRASÍLIA-DF
14/08 a 01/09/2023
MÓDULO DE ACOLHIMENTO E AVALIAÇÃO (MAAV) DO PMMB
28° CICLO DO PMMB
SUBEIXO IV
Doenças e Agravos
TEMA 22
Endemias Brasileiras
COORDENAÇÃO
Camila Zamban de Miranda
Frantchesca Fripp dos Santos
Nilson Massakazu Ando
ELABORAÇÃO
Frantchesca Fripp dos Santos
Juliana Machado de Carvalho
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
Camilo Sobreira De Santana - Ministro da Educação
Denise Pires de Carvalho - Secretaria de Ensino Superior
Gisele Viana Pires - Diretoria de Desenvolvimento da Educação em Saúde
Francisco de Assis Rocha Neves - Coordenação-Geral de Expansão e Gestão da Educação
em Saúde
Ana Luísa dos Santos Azevedo - Apoio Central do PMMB
Lucas de Souza Porfirio - Apoio Central do PMMB
Caso clínico Endemias – Malária
Luana é médica, mora no Paraná e vai se mudar para o Acre, para atender na saúde
indígena no município de Feijó. Esta ansiosa pela mudança e Carla, sua amiga que é
enfermeira, questiona se a mesma está com a vacina para Febre Amarela em dia e se
vai fazer quimioprofilaxia para Malária.
Ao chegar na primeira aldeia, no baixo rio Envira, após 8 horas de viagem de barco, é
chamada para atender Roberto.
Roberto é um indígena de 46 anos, e refere que há 10 dias vem sentindo dor no corpo e
perda do apetite, associados a febre há 1 semana. Refere que antes da febre tem
calafrios intensos e em seguida sente que está muito quente (febre de 38 – 39°C). Após
algum tempo de febre, começa a ter sudorese. Queixa-se também de cefaléia neste
período. Nega náuseas ou vômitos. Nega fotofobia. Fora do período de febre e calafrios,
sente-se bem.
EXAME FÍSICO
Gota espessa:
Malária.
O paciente apresenta sintomas clínicos compatíveis com Malária e, apesar de serem
sintomas comuns a outras doenças infecciosas, a epidemiologia deve ser suficiente para
levantar forte suspeita a esse diagnóstico. O resultado do exame da gota espessa fecha
o diagnóstico.
Quais cuidados Luana deveria ter tomado antes de mudar-se para o Acre?
Verificar vacina para Febre Amarela. Não ha indicação de quimioprofilaxia para Malária.
Qual a conduta adequada para o caso?
Luana deve recomendar que Roberto use de mosquiteiros e repelente, assim como
roupas que protejam braços e perna.
Prescrever tratamento das infecções pelo com Cloroquina em 3 dias e Primaquina em 7
dias.
Solicitar gota espessa para controle de tratamento.
Notificar.
Discutir com equipe e comunidade cuidados para evitar surto de malaria.
Referências
22 – ENDEMIAS BRASILEIRAS
CASO CLÍNICO
BRASÍLIA-DF
14/08 a 01/09/2023
MÓDULO DE ACOLHIMENTO E AVALIAÇÃO (MAAV) DO PMMB
28° CICLO DO PMMB
SUBEIXO IV
Doenças e Agravos
TEMA 22
Endemias Brasileiras
COORDENAÇÃO
Camila Zamban de Miranda
Frantchesca Fripp dos Santos
Nilson Massakazu Ando
ELABORAÇÃO
Frantchesca Fripp dos Santos
Juliana Machado de Carvalho
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
Camilo Sobreira De Santana - Ministro da Educação
Denise Pires de Carvalho - Secretaria de Ensino Superior
Gisele Viana Pires - Diretoria de Desenvolvimento da Educação em Saúde
Francisco de Assis Rocha Neves - Coordenação-Geral de Expansão e Gestão da Educação
em Saúde
Ana Luísa dos Santos Azevedo - Apoio Central do PMMB
Lucas de Souza Porfirio - Apoio Central do PMMB
Caso clínico Endemias – Malária
Luana é médica, mora no Paraná e vai se mudar para o Acre, para atender na saúde
indígena no município de Feijó. Esta ansiosa pela mudança e Carla, sua amiga que é
enfermeira, questiona se a mesma está com a vacina para Febre Amarela em dia e se
vai fazer quimioprofilaxia para Malária.
Ao chegar na primeira aldeia, no baixo rio Envira, após 8 horas de viagem de barco, é
chamada para atender Roberto.
Roberto é um indígena de 46 anos, e refere que há 10 dias vem sentindo dor no corpo
e perda do apetite, associados a febre há 1 semana. Refere que antes da febre tem
calafrios intensos e em seguida sente que está muito quente (febre de 38 – 39oC). Após
algum tempo de febre, começa a ter sudorese. Queixa-se também de cefaléia neste
período. Nega náuseas ou vômitos. Nega fotofobia. Fora do período de febre e calafrios,
sente-se bem.
Trouxe exames solicitados pelo enfermeiro da equipe, que esteve na comunidade
indígena há 3 dias. Roberto foi à cidade coletar sangue ontem, mas também fez exame
no local e dia do atendimento.
Nega antecedentes patológicos na família.
Relata ter tido malária há 3 anos e fez tratamento conforme orientação médica.
EXAME FÍSICO
EXAMES COMPLEMENTARES:
Hemograma:
SV: Hemácias: 4,6 milhões. Ht: 36,1%.
SB: 5.600 sem alteração no diferencial
Plaquetas: 76.000
Gota espessa:
Quais cuidados Luana deveria ter tomado antes de mudar-se para o Acre?
BRASÍLIA-DF
14/08 a 01/09/2023
MÓDULO DE ACOLHIMENTO E AVALIAÇÃO (MAAV) DO PMMB
28° CICLO DO PMMB
SUBEIXO IV
Doenças e Agravos
TEMA 23
COORDENAÇÃO
Camila Zamban de Miranda
Frantchesca Fripp dos Santos
Nilson Massakazu Ando
ELABORAÇÃO
Frantchesca Fripp dos Santos
Juliana Machado de Carvalho
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
Camilo Sobreira De Santana - Ministro da Educação
Denise Pires de Carvalho - Secretaria de Ensino Superior
Gisele Viana Pires - Diretoria de Desenvolvimento da Educação em Saúde
Francisco de Assis Rocha Neves - Coordenação-Geral de Expansão e Gestão da Educação
em Saúde
Ana Luísa dos Santos Azevedo - Apoio Central do PMMB
Lucas de Souza Porfirio - Apoio Central do PMMB
HISTÓRIA CLÍNICA
Ana é uma mulher de 32 anos que mora na periferia de São Paulo, com seu marido de
36 anos (Gabriel) e filha de 12 anos (Maíra) de idade. O pai de Ana (Carlos) é indígena,
da etnia Pankararu e sua mãe (Celma) é procedente do estado de Alagoas. Ambos se
conheceram no bairro onde todos moram hoje, quando a família de Carlos foi expulsa
de uma área verde da cidade, onde morava há 30 anos. Celma havia chegado à cidade
para arrumar trabalho, pois queria “morar na cidade grande”.
Ana veio à consulta referindo dor no peito e nas pernas e, durante a investigação das
causas das dores na anamnese, começa a chorar e dizer que quer se matar. A médica
Sabrina acolhe Ana e escuta suas queixas, procurando compreender o que está
acontecendo.
Sabrina conhece a família de Ana. Lembra que o Sr Carlos é conhecido por ser “muito
brabo” e agressivo quando bebe. Ana conta que via o pai bater na mãe quando criança,
quando bebia, e que ele só parou depois de uma visita do conselho tutelar, pois na época
a vizinhança também suspeitou de maus tratos à menina. Ana também lembra da luta
do pai para retornar ao local onde morava, o que nunca aconteceu.
Ana fala um pouco da sua infância e de como essas lembranças vem, principalmente
quando Gabriel chega em casa alcoolizado. Conta que o marido a ameaça e diz que vai
procurar outra esposa, tem um comportamento controlador e agressivo, e que já a
empurrou e a ameaçou. Tentou procurar ajuda da mãe, mas ela não conseguiu contar o
que está acontecendo.
Encorajar Ana a falar mais sobre sua situação e oferecer apoio e informações sobre
recursos disponíveis para ajudá-la.
Encaminhamento para um serviço de apoio a vítimas de violência doméstica, onde ela
pode receber aconselhamento, apoio emocional e assistência.
Orientação sobre como lidar com a violência de forma eficaz, incluindo a importância de
estabelecer limites claros e saudáveis em um relacionamento e como buscar ajuda em
caso de emergência.
Sugerir à Ana que convide Gabriel para consulta, com a finalidade de realizar uma
abordagem familiar.
Investigar o padrão de consumo de álcool de Gabriel e o convidá-lo para uma consulta
médica, a fim de identificar fatores de risco de morbimortalidade por causas externas ou
sofrimento mental.
Investigar a rede de apoio social de Ana, incentivando-a a procurar ajuda.
Avaliar o risco de suicídio, acionar familiares imediatamente para avaliar vigilância 24h
ou internação hospitalar. Iniciar terapêutica farmacológica para manejo dos sintomas
de transtorno depressivo, com Inibidor de Recaptação de Serotonina e considerar
medicações adjuvantes e encaminhamento à psiquiatria.
ALVES, F. T. A. et al. Mortalidade proporcional nos povos indígenas no Brasil nos anos
2000, 2010 e 2018. Saúde em Debate, [S. l.], v. 45, n. 130 Jul-Sept, p. 691–706, 2022.
Disponível em: https://saudeemdebate.org.br/sed/article/view/4549.
CERQUEIRA, D. et al. Atlas da violência 2019. Brasília, DF: Ipea: Fórum Brasileiro de
Segurança Pública, 2019. Disponível em:
http://www.ipea.gov.br/portal/images/stories/PDFs/relatorio_institucional/190605_at
las_da_violencia_2019.pdf. Acesso em: 14 mai. 2023
DATASUS. Informação de saúde (TABNET). Brasília: Ministério da Saúde, 2017.
Disponível em:
http://www2.datasus.gov.br/DATASUS/index.php?area=0205&id=6937.
ELZIRIK, C. L.; KAPCZINSKI, F.; BASSOLS, A. M. S. (org.). O ciclo da vida humana: uma
perspectiva psicodinâmica. Porto Alegre: Artmed, 2001.
GUSSO, G.; LOPES, J. M.C.; DIAS, L. C., organizadores. Tratado de Medicina de Família
e Comunidade: Princípios, Formação e Prática. Porto Alegre: ARTMED, 2019, 2388 p.
KRUG, E. G. et al. World report on violence and health. Geneva: World Health
Organization, 2002. Disponível em: https://portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br/wp-
content/uploads/2019/04/14142032-relatorio-mundial-sobre-violencia-e-saude.pdf
NADANOVSKY, P.; SANTOS, A. P. P. Saúde Amanhã: textos para discussão: mortes por
causas externas no Brasil: previsões para as próximas duas décadas. Rio de Janeiro:
Fundação Oswaldo Cruz, 2021. 60 p.
NJAINE, K. et al. Impactos da Violência na Saúde [online]. 4th ed. updat. Rio de
Janeiro: Coordenação de Desenvolvimento Educacional e Educação a Distância da
Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, ENSP, Editora FIOCRUZ, 2020, 448 p.
ISBN: 978-65-5708-094-8. https://doi.org/10.7476/9786557080948. Disponível em:
https://books.scielo.org/id/p9jv6/pdf/njaine-9786557080948.pdf
- Promover a saúde integral da população negra, priorizando a redução das desigualdades étnico-
raciais, o combate ao racismo e à discriminação nas instituições e serviços do SUS (incluindo a
população da cidade, quilombola, do campo e da floresta.
- Garantir e ampliar o acesso da população negra às ações e aos serviços de saúde;
Incluir o tema Combate às Discriminações de Gênero e Orientação Sexual, com destaque para as
interseções com a saúde da população negra, nos processos de formação e educação permanente
dos trabalhadores da saúde e no exercício do controle social;
- Identificar, combater e prevenir situações de abuso, exploração e violência, incluindo assédio
moral, no ambiente de trabalho;
Violência e a população negra
Objetivos específicos da PNSP:
- Aprimorar a qualidade dos sistemas de informação em saúde, por meio da inclusão do quesito
cor em todos os instrumentos de coleta de dados adotados pelos serviços públicos, os
conveniados ou contratados pelo SUS;
- Melhorar a qualidade dos sistemas de informação do SUS no que tange à coleta, processamento
e análise dos dados desagregados por raça, cor e etnia;
-Identificar as necessidades de saúde da população negra do campo e da floresta e das áreas
urbanas e utilizá-las como critério de planejamento e definição de prioridades;
- Definir e pactuar, com as três esferas de governo, indicadores e metas para a promoção da
equidade étnico-racial na saúde;
-Monitorar e avaliar os indicadores e as metas pactuados para a promoção da saúde da população
negra visando reduzir as iniquidades macrorregionais, regionais, estaduais e municipais;
-Incluir as demandas específicas da população negra nos processos de regulação do sistema de
saúde suplementar;
-Monitorar e avaliar as mudanças na cultura institucional, visando à garantia dos princípios
antirracistas e não discriminatórios;
- Fomentar a realização de estudos e pesquisas sobre racismo e saúde da população negra.
Violência e a população LGBTQIAPN+
“O reconhecimento da complexidade da saúde de LGBT
exigiu que o movimento social buscasse amparo com
outras áreas do Ministério da Saúde e,
consequentemente, ampliasse o conjunto de suas
demandas em saúde dando à Política um caráter
transversal que engloba todas as áreas do Ministério da
Saúde, como as relacionadas à produção de
conhecimento, participação social, promoção, atenção
e cuidado. Sua formulação contou com participação de
diversas lideranças, técnicos e pesquisadores e foi
submetida à consulta pública antes de ser apresentada
e aprovada pelo Conselho Nacional de Saúde (CNS).”
Violência e a população LGBTQIAPN+
Marca:
A discriminação por orientação sexual e por identidade de gênero incide na
determinação social da saúde, no processo de sofrimento e adoecimento decorrente
do preconceito e do estigma social reservado às populações de lésbicas, gays,
bissexuais, travestis e transexuais.
Objetivo-geral:
Promover a saúde integral de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais,
eliminando a discriminação e o preconceito institucional, bem como contribuindo
para a redução das desigualdades e a consolidação do SUS como sistema universal,
integral e equitativo.
Violência contra a mulher
Fatores de risco de um homem cometer violência contra a parceira
Violência e família – fatores de risco
Violência e família – fatores de risco
Violência e família – fatores de risco
“Nas famílias com dinâmica de violência, é comum haver uma cristalização dos
papéis em relação ao lugar de quem foi vitimado e o agente agressor. Esses lugares
podem ser ocupados pelas mesmas pessoas, anos a fio, ou ser compartilhados por
diferentes membros do grupo. Durante a terapia familiar é comum se observar a
“transferência de violência”, quando outro membro do grupo passa a ser o
protagonista da violência.
Portanto, a tarefa dos profissionais da saúde não é apenas identificar o agressor,
tratando-o individualmente, pois isso seria desconsiderar que muitas vezes a
família possui uma dinâmica que inclui a violência em suas relações. Nesse caso, ao
se retirar o agressor, outra pessoa pode passar a atuar em seu lugar”
Violência e família – fatores de risco e de
proteção
Violência e família – fatores de risco e de proteção
Violência
Fatores de proteção à atos infracionais ou violentos cometidos pelo adolescente
• Eliminar todas as formas de violência contra todas as mulheres e meninas nas esferas
públicas e privadas, incluindo o tráfico e exploração sexual e de outros tipos;
• Eliminar todas as práticas nocivas, como os casamentos prematuros, forçados e de
crianças e mutilações genitais femininas;
• Reduzir significativamente todas as formas de violência e as taxas de mortalidade
relacionada, em todos os lugares;
• Acabar com abuso, exploração, tráfico e todas as formas de violência e tortura contra
crianças.
Prevenção da violência
• A prevenção primária se destina a evitar que a violência surja, sobre os fatores
que contribuem para sua ocorrência e sobre os agentes dela em tempo anterior à
ação violenta;
• A prevenção secundária se realiza quando a violência já ocorreu. Significa
respostas mais imediatas à violência, enfocando a capacidade de diagnóstico, o
tratamento precoce e a limitação da invalidez;
• A prevenção terciária compõe-se de respostas mais a longo prazo, visando
intervir, controlar e tratar os casos reconhecidos, buscando reduzir os efeitos, as
sequelas e os traumas; prevenir a instalação da violência crônica e promover a
reintegração dos indivíduos.
Rede Nacional de Prevenção das Violências e
Promoção da Saúde e Cultura de Paz
• Qualificação da gestão para o trabalho de prevenção de violências e promoção da saúde e
de cultura de paz;
• Qualificação e articulação da rede de atenção integral às pessoas em situação de
violências;
• Desenvolvimento de ações de promoção da saúde e prevenção de violências para grupos
populacionais vulneráveis visando à atuação nos determinantes sociais e na
autodeterminação dos sujeitos;
• Garantia da implantação/implementação da notificação de violências interpessoais e
autoprovocadas;
• Promoção e participação de políticas e ações intersetoriais e de redes sociais que tenham
como objetivo a prevenção de violências e promoção da saúde e da cultura de paz.
Rede de
enfrentamento à
violência
Material complementar
• Estudos sobre Criminalidade e Segurança Pública (www.crisp.ufmg. br) e informe-se sobre o Programa
Interinstitucional Fica Vivo
• filme A guerra dos Roses, dirigido por Danny DeVito (1989), ilustra a construção lenta deste binômio
complexo: “família e violência”. É uma produção cinematográfica estadunidense, do gênero comédia,
lançado em 1989, com base no romance A guerra dos Roses (1981), de Warren Adler. Comédia de humor
satírico sobre um casal que aparenta ter perfeita união. Quando o casamento começa a desmoronar, bens
materiais se tornam o centro de escandalosa e amarga batalha pelo divórcio. Filme estrelado por Michael
Douglas, Kathleen Turner e Danny DeVito.
• O filme Festa em Família, dirigido por Thomas Vinterberg, de 1998, é um bom exemplo de alguns tipos de
abuso intrafamiliar
• Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável e prevenção da violência, acesse o site da Organização
das Nações Unidas no Brasil: https://nacoesunidas.org/pos2015/agenda2030/
Acidentes e trauma na APS
Acidentes– tipologias
• Acidente de trânsito;
• Acidentes de trabalho;
• Acidentes domiciliares.
Trauma - avaliação primária ABCDE
Trauma -
avaliação
primária ABCDE
Trauma na APS – Avaliação Primária
Trauma na APS – Avaliação Primária
Trauma na APS – Trauma abdominal
Avaliação inicial pode incluir FAST (Focused Assessment with Sonography for
Trauma) - Avaliação da presença de fluidos intra-abdominais que inclui o exame
de quatro regiões importantes (saco pericárdico, espaços hepato e esplenorrenal e
pelve ou recesso de Douglas), sendo extremamente útil na detecção da causa de
choque.
Trauma na APS - Trauma cranioencefálico (TCE)
ALVES, F. T. A. et al. Mortalidade proporcional nos povos indígenas no Brasil nos anos 2000, 2010 e 2018. Saúde em Debate, [S. l.], v. 45, n. 130 Jul-Sept, p. 691–706, 2022.
Disponível em: https://saudeemdebate.org.br/sed/article/view/4549.
ANÁLISE de Situação de Saúde. Política nacional de redução da morbimortalidade por acidentes e violências: Portaria MS/GM n.º 737 de 16/5/01, publicada no DOU n.º
96 seção 1E de 18/5/01 – 2. ed. Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 2005.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Por uma cultura da paz, a promoção da saúde e a prevenção da
violência. Brasília: Ministério da Saúde, 2009.
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa. Departamento de Apoio à Gestão Participativa. Política Nacional de Saúde Integral da População
Negra : uma política para o SUS / Ministério da Saúde, Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa, Departamento de Apoio à Gestão Participativa. – 2. ed. – Brasília :
Editora do Ministério da Saúde, 2013.
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa. Departamento de Apoio à Gestão Participativa. Política Nacional de Saúde Integral de Lésbicas,
Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais / Ministério da Saúde, Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa, Departamento de Apoio à Gestão Participativa. Brasília : 1.
ed., 1. reimp. Ministério da Saúde, 2013.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Diretrizes de atenção à reabilitação da pessoa com traumatismo cranioencefálico. Brasília: Ministério da
Saúde, 2015. 132 p. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/diretrizes_atencao_reabilitacao_pessoa_traumatisco_cranioencefalico.pdf
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria Especial de Saúde Indígena. Departamento de Atenção à Saúde Indígena. Atenção psicossocial aos povos indígenas: tecendo
redes para promoção do bem viver. Brasília: Ministério da Saúde, 2019.
Referências
CERQUEIRA, D. et al. Atlas da violência 2019. Brasília, DF: Ipea: Fórum Brasileiro de Segurança Pública, 2019. Disponível em:
http://www.ipea.gov.br/portal/images/stories/PDFs/relatorio_institucional/190605_atlas_da_violencia_2019.pdf. Acesso em: 14 mai. 2023
DATASUS. Informação de saúde (TABNET). Brasília: Ministério da Saúde, 2017. Disponível em: http://www2.datasus.gov.br/DATASUS/index.php?area=0205&id=6937.
DUNCAN, B. B. et al. Medicina ambulatorial: condutas de atenção primária baseadas em evidências. Porto Alegre: Artmed, 2022. 2424p.
ELZIRIK, C. L.; KAPCZINSKI, F.; BASSOLS, A. M. S. (org.). O ciclo da vida humana: uma perspectiva psicodinâmica. Porto Alegre: Artmed, 2001.
FARIA, C. D. C. M. Classificação de gravidade no TCE. In: UNIVERSIDADE ABERTA DO SUS. UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO. Atenção à Pessoa com
Deficiência II: Mulheres com deficiência, saúde bucal da pessoa com deficiência, pessoa com acidente vascular encefálico, pessoa com traumatismo cranioencefálico,
pessoa com paralisia cerebral, reabilitação visual e Triagem Auditiva Neonatal (TAN) e Triagem Ocular Neonatal (TON). Atenção à Pessoa com Traumatismo
Cranioencefálico (TCE). São Luís: UNA-SUS; UFMA, 2021.
FRAGA, M. A. A.; BELLUOMINI, F.; PEIXOTO, A. O. Conduta em acidentes com animais peçonhentos [recurso eletrônico]. São Paulo: Sociedade de Pediatria de São
Paulo, 2020. Disponível em: https://www.spsp.org.br/PDF/SPSP-DC-Emerg%C3%AAncias-Animais%20Pe%C3%A7onhentos-09.11.2020.pdf
GOVERNO DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO. Secretaria de Estado da Saúde. Atendimento de Urgência ao Paciente Vítima de Trauma - Diretrizes Clínicas. Vitória:
Secretaria de Estado da Saúde, 2018. Disponível em: https://saude.es.gov.br/Media/sesa/Protocolo/Diretriz%20Trauma%20versao%20publicada.pdf
GUSSO, G.; LOPES, J. M.C.; DIAS, L. C., organizadores. Tratado de Medicina de Família e Comunidade: Princípios, Formação e Prática. Porto Alegre: ARTMED, 2019,
2388 p.
Referências
G. et al. World report on violence and health. Geneva: World Health Organization, 2002. Disponível em: https://portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br/wp-
content/uploads/2019/04/14142032-relatorio-mundial-sobre-violencia-e-saude.pdf
NADANOVSKY, P.; SANTOS, A. P. P. Saúde Amanhã: textos para discussão: mortes por causas externas no Brasil: previsões para as próximas duas décadas. Rio de
Janeiro: Fundação Oswaldo Cruz, 2021. 60 p.
NJAINE, K. et al. Impactos da Violência na Saúde [online]. 4th ed. updat. Rio de Janeiro: Coordenação de Desenvolvimento Educacional e Educação a Distância da Escola
Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, ENSP, Editora FIOCRUZ, 2020, 448 p. ISBN: 978-65-5708-094-8. https://doi.org/10.7476/9786557080948. Disponível em:
https://books.scielo.org/id/p9jv6/pdf/njaine-9786557080948.pdf
ONU. Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 16: Paz, Justiça e Instituições Eficazes. ONU, 2015. Disponível em: https://brasil.un.org/pt-br/sdgs/16.
OBRIGADA
Módulo de Acolhimento e Avaliação
Projeto Mais Médicos para o Brasil
28° Ciclo do PMMB
BRASÍLIA-DF
14/08 a 01/09/2023
MÓDULO DE ACOLHIMENTO E AVALIAÇÃO (MAAV) DO PMMB
28° CICLO DO PMMB
SUBEIXO IV
Doenças e Agravos
TEMA 23
COORDENAÇÃO
Camila Zamban de Miranda
Frantchesca Fripp dos Santos
Nilson Massakazu Ando
ELABORAÇÃO
Frantchesca Fripp dos Santos
Juliana Machado de Carvalho
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
Camilo Sobreira De Santana - Ministro da Educação
Denise Pires de Carvalho - Secretaria de Ensino Superior
Gisele Viana Pires - Diretoria de Desenvolvimento da Educação em Saúde
Francisco de Assis Rocha Neves - Coordenação-Geral de Expansão e Gestão da Educação
em Saúde
Ana Luísa dos Santos Azevedo - Apoio Central do PMMB
Lucas de Souza Porfirio - Apoio Central do PMMB
HISTÓRIA CLÍNICA
Ana é uma mulher de 32 anos que mora na periferia de São Paulo, com seu marido de
36 anos (Gabriel) e filha de 12 anos (Maíra) de idade. O pai de Ana (Carlos) é indígena,
da etnia Pankararu e sua mãe (Celma) é procedente do estado de Alagoas. Ambos se
conheceram no bairro onde todos moram hoje, quando a família de Carlos foi expulsa
de uma área verde da cidade, onde morava há 30 anos. Celma havia chegado à cidade
para arrumar trabalho, pois queria “morar na cidade grande”.
Ana veio à consulta referindo dor no peito e nas pernas e, durante a investigação das
causas das dores na anamnese, começa a chorar e dizer que quer se matar. A médica,
Sabrina, acolhe Ana e escuta suas queixas, procurando compreender o que está
acontecendo.
Sabrina conhece a família de Ana. Lembra que o Sr Carlos é conhecido por ser “muito
bravo” e agressivo quando bebe. Ana conta que via o pai bater na mãe quando criança,
quando bebia, e que ele só parou depois de uma visita do conselho tutelar, pois na época
a vizinhança também suspeitou de maus tratos à menina. Ana também lembra da luta
do pai para retornar ao local onde morava, o que nunca aconteceu.
Ana fala um pouco da sua infância e de como essas lembranças vem, principalmente
quando o marido chega em casa alcoolizado. O marido a ameaça e diz que vai procurar
outra esposa, tem um comportamento controlador e agressivo, e que já a empurrou e
a ameaçou. Tentou procurar ajuda da mãe, mas ela não conseguiu contar o que está
acontecendo.
ALVES, F. T. A. et al. Mortalidade proporcional nos povos indígenas no Brasil nos anos
2000, 2010 e 2018. Saúde em Debate, [S. l.], v. 45, n. 130 Jul-Sept, p. 691–706, 2022.
Disponível em: https://saudeemdebate.org.br/sed/article/view/4549.
CERQUEIRA, D. et al. Atlas da violência 2019. Brasília, DF: Ipea: Fórum Brasileiro de
Segurança Pública, 2019. Disponível em:
http://www.ipea.gov.br/portal/images/stories/PDFs/relatorio_institucional/190605_at
las_da_violencia_2019.pdf. Acesso em: 14 mai. 2023
ELZIRIK, C. L.; KAPCZINSKI, F.; BASSOLS, A. M. S. (org.). O ciclo da vida humana: uma
perspectiva psicodinâmica. Porto Alegre: Artmed, 2001.
GUSSO, G.; LOPES, J. M.C.; DIAS, L. C., organizadores. Tratado de Medicina de Família
e Comunidade: Princípios, Formação e Prática. Porto Alegre: ARTMED, 2019, 2388 p.
KRUG, E. G. et al. World report on violence and health. Geneva: World Health
Organization, 2002. Disponível em: https://portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br/wp-
content/uploads/2019/04/14142032-relatorio-mundial-sobre-violencia-e-saude.pdf
NADANOVSKY, P.; SANTOS, A. P. P. Saúde Amanhã: textos para discussão: mortes por
causas externas no Brasil: previsões para as próximas duas décadas. Rio de Janeiro:
Fundação Oswaldo Cruz, 2021. 60 p.
NJAINE, K. et al. Impactos da Violência na Saúde [online]. 4th ed. updat. Rio de
Janeiro: Coordenação de Desenvolvimento Educacional e Educação a Distância da
Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, ENSP, Editora FIOCRUZ, 2020, 448 p.
ISBN: 978-65-5708-094-8. https://doi.org/10.7476/9786557080948. Disponível em:
https://books.scielo.org/id/p9jv6/pdf/njaine-9786557080948.pdf
BRASÍLIA-DF
14/08 a 01/09/2023
MÓDULO DE ACOLHIMENTO E AVALIAÇÃO (MAAV) DO PMMB
28° CICLO DO PMMB
SUBEIXO IV
Doenças e Agravos
TEMA 24
COORDENAÇÃO
Camila Zamban de Miranda
Frantchesca Fripp dos Santos
Nilson Massakazu Ando
ELABORAÇÃO
Frantchesca Fripp dos Santos
Juliana Machado de Carvalho
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
Camilo Sobreira De Santana - Ministro da Educação
Denise Pires de Carvalho - Secretaria de Ensino Superior
Gisele Viana Pires - Diretoria de Desenvolvimento da Educação em Saúde
Francisco de Assis Rocha Neves - Coordenação-Geral de Expansão e Gestão da Educação
em Saúde
Ana Luísa dos Santos Azevedo - Apoio Central do PMMB
Lucas de Souza Porfirio - Apoio Central do PMMB
Caso clínico: Uso de Álcool e outras substâncias.
Após algumas idas ao Pronto Socorro por mal estar geral, vômitos e dor abdominal,
Jonathan decidiu procurar a equipe do PSF onde o Dr Vitor atende, preocupado com as
dores recorrentes. Conta ao médico que está estressado e preocupado.
Jonathan trabalhava para uma empresa na cidade ao lado, mas a empresa fechou há um
ano e hoje ele vive de biscates. Há 5 meses a noiva terminou o relacionamento e ele
percebeu que passou a consumir cerveja todos os dias – antes consumia apenas aos
finais de semana e tem preferido beber sozinho do que encontrar os amigos. Mora
sozinho e refere que o consumo de álcool só se apresentou como um problema pelas
dores abdominais. Refere insônia inicial e um dos motivos para o consumo de cerveja é
a indução ao sono. Quando questionado, nega anedonia ou choro sem razão aparente.
EXAME FÍSICO
Exame físico geral / Ectoscopia: Bom estado geral, corado, hidratad0, anictérico,
eupneico e afebril.
Dados vitais: FC 90bpm, FR 20irpm, Tax 36,6°C, PA 120×80 mmHg.
Peso 72Kg Estatura 1,68m.
Exame da cabeça e do pescoço: ausência de achados relevantes.
Exame do tórax e aparelho respiratório:expansibilidade e frêmito toracovocal normais,
som claro pulmonar à percussão, murmúrio vesicular reduzido, sem ruídos adventícios.
Exame do sistema cardiovascular: precórdio normodinâmico, ausência de turgência
jugular patológica, ritmo cardíaco regular, bulhas normofonéticas, em dois tempos, sem
sopros.
Exame abdominal: abdome semigloboso, sem abaulamentos, retrações ou cicatrizes,
RHA presentes, flácido e indolor, ausência de massas ou visceromegalias palpáveis.
QUESTÃO 1) Diante dos dados trazidos pelo paciente na anamnese, qual seria sua
próxima conduta?
Resposta:
O paciente apresenta sinais de consumo abusivo de álcool ou transtorno por uso de
álcool moderado e é necessário fazer o diagnóstico diferencial. Deve-se aplicar os
questionários CAGE para diagnóstico e o questionário Audit para definir a intervenção
breve.
É importante rastrear outros transtornos mentais, como transtorno de humor.
É recomendado que Dr Vitor tenha uma atitude acolhedora, garantindo que a consulta
seja um espaço seguro para que o paciente expresse seus sentimentos e perspectivas em
relação a sua saúde e a sua vida.
- Audit – 20 pontos
- CAGE:
Alguma vez o(a) senhor(a) sentiu que deveria diminuir a quantidade de bebida alcoólica
ou parar de beber? Sim
As pessoas o(a) aborrecem porque criticam o seu modo de tomar bebida alcoólica?
Sim
O(a) senhor(a) se sente chateado(a) consigo mesmo(a) pela maneira como costuma
tomar bebidas alcoólicas? Sim
Costuma tomar bebidas alcoólicas pela manhã para diminuir o nervosismo ou ressaca?
Não
QUESTÃO 2) Diante dos resultados dos questionários aplicados, qual seu diagnóstico?
Resposta:
A partir das características do consumo de álcool, pode-se afirmar que Jonathan
apresenta um quadro de Transtorno do Uso de Álcool moderado porque:
- consumo de álcool em quantidade ou tempo maiores do que o pretendido;
- tempo gasto em obtenção ou utilização de álcool, bem como na recuperação de
seus efeitos;
- uso continuado de álcool, apesar dos problemas sociais e interpessoais;
- manter uso de álcool apesar da consciência de ter problema físico ou psicológico
causado pela substância) e
- teria benefícios com uma intervenção psicoterapêutica.
Referências
GUSSO, G.; LOPES, J. M.C.; DIAS, L. C., organizadores. Tratado de Medicina de Família
e Comunidade: Princípios, Formação e Prática. Porto Alegre: ARTMED, 2019, 2388 p.
CASO CLÍNICO
BRASÍLIA-DF
14/08 a 01/09/2023
MÓDULO DE ACOLHIMENTO E AVALIAÇÃO (MAAV) DO PMMB
28° CICLO DO PMMB
SUBEIXO IV
Doenças e Agravos
TEMA 24
COORDENAÇÃO
Camila Zamban de Miranda
Frantchesca Fripp dos Santos
Nilson Massakazu Ando
ELABORAÇÃO
Frantchesca Fripp dos Santos
Juliana Machado de Carvalho
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
Camilo Sobreira De Santana - Ministro da Educação
Denise Pires de Carvalho - Secretaria de Ensino Superior
Gisele Viana Pires - Diretoria de Desenvolvimento da Educação em Saúde
Francisco de Assis Rocha Neves - Coordenação-Geral de Expansão e Gestão da Educação
em Saúde
Ana Luísa dos Santos Azevedo - Apoio Central do PMMB
Lucas de Souza Porfirio - Apoio Central do PMMB
Caso clínico: Uso de Álcool e outras substâncias.
Após algumas idas ao Pronto Socorro por mal estar geral, vômitos e dor abdominal,
Jonathan decidiu procurar a equipe do PSF onde o Dr Vitor atende, preocupado com as
dores recorrentes. Conta ao médico que está estressado e preocupado.
Jonathan trabalhava para uma empresa na cidade ao lado, mas a empresa fechou há um
ano e hoje ele vive de biscates. Há 5 meses a noiva terminou o relacionamento e ele
percebeu que passou a consumir cerveja todos os dias – antes consumia apenas aos
finais de semana e tem preferido beber sozinho do que encontrar os amigos. Mora
sozinho e refere que o consumo de álcool só se apresentou como um problema pelas
dores abdominais. Refere insônia inicial e um dos motivos para o consumo de cerveja é
a indução ao sono. Quando questionado, nega anedonia ou choro sem razão aparente.
EXAME FÍSICO
Exame físico geral / Ectoscopia: Bom estado geral, corado, hidratad0, anictérico,
eupneico e afebril.
Dados vitais: FC 90bpm, FR 20irpm, Tax 36,6°C, PA 120×80 mmHg.
Peso 72Kg Estatura 1,68m.
Exame da cabeça e do pescoço: ausência de achados relevantes.
Exame do tórax e aparelho respiratório:expansibilidade e frêmito toracovocal normais,
som claro pulmonar à percussão, murmúrio vesicular reduzido, sem ruídos adventícios.
Exame do sistema cardiovascular: precórdio normodinâmico, ausência de turgência
jugular patológica, ritmo cardíaco regular, bulhas normofonéticas, em dois tempos, sem
sopros.
Exame abdominal: abdome semigloboso, sem abaulamentos, retrações ou cicatrizes,
RHA presentes, flácido e indolor, ausência de massas ou visceromegalias palpáveis.
QUESTÃO 1) Diante dos dados trazidos pelo paciente na anamnese, qual seria sua
próxima conduta?
- Audit – 20 pontos
- CAGE:
Alguma vez o(a) senhor(a) sentiu que deveria diminuir a quantidade de bebida alcoólica
ou parar de beber?
As pessoas o(a) aborrecem porque criticam o seu modo de tomar bebida alcoólica?
-annnoyed;
O(a) senhor(a) se sente chateado(a) consigo mesmo(a) pela maneira como costuma
tomar bebidas alcoólicas?-guilty;
Costuma tomar bebidas alcoólicas pela manhã para diminuir o nervosismo ou ressaca?
-eye-opener)
Sensibilidade 43-94% e especificidade 70-97%, para duas ou mais respostas positivas.
QUESTÃO 2) Diante dos resultados dos questionários aplicados, qual seu diagnóstico?
GUSSO, G.; LOPES, J. M.C.; DIAS, L. C., organizadores. Tratado de Medicina de Família
e Comunidade: Princípios, Formação e Prática. Porto Alegre: ARTMED, 2019, 2388 p.
www.propagandashistóricas.com.br
Substâncias Psicoativas
www.propagandashistóricas.com.br
Tipos de Uso
Experimental
• Uso eventual para experimentar seus efeitos, sem recorrência sistemática.
Recreacional ou Ocasional
• Uso intermitente em que há algum padrão de consumo, sem causar
problemas (físicos, emocionais, legais, familiares e sociais).
Abusivo
• Padrão de uso com consequências nocivas (critérios específicos).
Dependência
• Padrão abusivo com dependência (critérios específicos).
Critérios Diagnósticos
Uso Abusivo
Critérios Diagnósticos
Dependência
História Natural
• Maconha
• Solventes
• Benzodiazepínicos
• Drogas Z
• EsNmulantes
• Cocaína
• Orexígenos e anorexígenos
• Crack
• Merla – subproduto da cocaína
• Heroína
Abordagem Inicial
Avaliação clínica
● Substâncias usadas ● História familiar
● Tratamentos anteriores ● Perfil psicossocial
● Comorbidades ● Exame físico
Exames Complementares
● Álcool: TGO, TGP, GGT, Hemograma
● Injetáveis ou associadas a comportamento sexual: Anti HCV, Anti HIV, Anti HBs,
HBsAg e VDRL
Abordagem
Diagnóstico diferencial de sintomas de humor que se apresentam em um
paciente com uso de substância.
Sintomas típicos da substância (intoxicação ou Sintomas provavelmente remitirão nos primeiros
abstinência) sem história psiquiátrica prévia. dias.
Família
• Abordar problemas familiares e incluir no Plano terapêutico
Abordagem
Terapêutica
Estratégias de redução de danos:
• Substituir hábitos nocivos por outros menos nocivos ou de menor
potencial
Estratégias de gerenciamento de casos:
• Equipe multiprofissional
• Prever abandonos e recidivas
• Estar disponível
Intervenções comunitárias:
• Escolas, sala de espera, grupos de pacientes
Grupos de auto-ajuda ● Alcoólicos Anônimos (AA)
• Narcóticos Anônimoas (NA)
Encaminhamento
• Intervenção em Grupo
• Objetivo de cada encontro é aprofundar as discussões relacionadas a
temas que ajudem a cessação e partilhar experiências
• Etapas:
• Preparar o fumante para solucionar seus problemas
• Estimular habilidades para resistir às tentações de fumar
• Preparar para prevenir a recaída
• Preparar para lidar com o estresse
Tratamento Farmacológico
• Indicações:
• > 20 cigarros ao dia;
• 1º cigarro fumado antes de 30 min depois do despertar e fumar mais de
10 cigarros por dia;
• Resultado do Teste de Fargeström maior ou igual a 5;
• Já tentou somente com abordagem cognitivo comportamental mas
não obteve êxito;
• Não possuir contraindicações ao fármaco.
Opções Farmacológicas
Tabela: Fármacos efetivos no tratamento da dependência da nicotina.
Fármaco Posologia Comentários
Opções Farmacológicas
Tabela: Fármacos efetivos no tratamento da dependência da nicotina.
Fármaco Posologia Comentários
Fármacos disponíveis na RENAME
Tabagismo e saúde dos Povos Indígenas
Considerar o aspecto socio-cultural-espiritual envolvido no
uso do tabaco, rapé e outras plantas usadas em rituais e/ou
coldianamente.
Problemas relacionados ao
consumo de álcool
Problemas relacionados ao consumo de álcool
• O álcool é uma substância química produzida a partir da fermentação do açúcar
encontrado numa série de produtos de origem vegetal (cana-de-açúcar, frutas, arroz,
mandioca etc.);
• O álcool é a droga mais produzida, consumida e que causa mais dependência no
mundo.
• O álcool está relacionado a danos de saúde diretos aos usuários como trauma, câncer e
cirrose.
• É o fator mais frequentemente associado a episódios de violência interpessoal e
acidentes de trânsito.
Problemas relacionados ao consumo de álcool
• 50% dos brasileiros >18 anos bebem pelo menos 1 vez ao ano;
• 4%: transtorno por uso de álcool (TUA) leve;
• 14%: TUA moderado a grave;
• Aumento do consumo de álcool por mulheres - 2006: 27% e 2012: 38%;
• Experiência precoce: 22% antes dos 15 anos em 2012.
Problemas relacionados ao consumo de álcool -
Conceitos
• Transtorno por uso de álcool (TUA)
Nomenclatura atual para descrever os problemas associados ao consumo de álcool;
• Craving ou fissura
Desejo de experimentar os efeitos da droga; forte e subjetiva energia; irresistível
impulso para usar droga; pensamento obsessivo; alívio para os sintomas de
abstinência; incentivo para autoadministar a substância; expectativa de resultado
positivo; processo de avaliação cognitiva e processo cognitivo não-automático.
Problemas relacionados ao consumo de álcool -
Conceitos
• Binge
Consumo de álcool em quantidade suficiente para atingir alcoolemia de 0,08g/dL
(aprox. 5 doses para homens e 4 doses para mulheres) em 2 horas;
● CAGE
● AUDIT
Rastreamento do TUA - CAGE
Detecta o uso nocivo e dependência de álcool (CID10).
Sensibilidade 43-94% e especificidade 70-97%, para duas ou mais respostas positivas.
Aplicar na primeira entrevista para definição de intervenção breve.
(C) Alguma vez você sentiu que deveria diminuir (cutdown) a quantidade de bebida ou
parar de beber?
(A) As pessoas o aborrecem (annoyed) porque criticam o seu modo de beber?
(G) Você se sente culpado (guilty)/ chateado consigo mesmo pela maneira como
costuma beber?
(E) Você costuma beber pela manhã (eye-opener) para diminuir o nervosismo ou a
ressaca?
Rastreamento do TUA - AUDIT
Alcohol Use Disorder Indentification Test
Estratégia básica para alcançar bons resultados antes que o paciente tenha
desenvolvido TUA moderado a grave e demais problemas associados.
A. Deve haver evidência clara de interrupção ou redução do uso de álcool, após uso
repetido, usualmente prolongado e/ou em altas doses.
Tremores na língua, Alucinações visuais, táteis ou
A. Três dos sinais devem estar presentes: pálpebras ou nas mãos auditivas transitórias
estendidas
Náusea, ânsia de vômito ou Insônia
vômito
Sudorese Mal estar ou fraqueza
Taquicardia ou hipertensão Cefaleia
Agitação psicomotora Convulsões tipo grande mal
Avaliação do
paciente
Questionário calculadora em inglês disponível
em: https://www.mdapp.co/alcohol-
withdrawal-ciwa-score-calculator-160/
Síndrome de Abstinência Alcoólica
Se o delirium está presente, o diagnóstico deve ser estado de abstinência alcoólica com
delirium (delirium tremens) (F10.4). Sem e com convulsões (F10.40 e 41).
SAA Nível I
Trata-se da SAA leve e moderada.
Ocorre nas primeiras 24 horas após a última dose.
90% dos pacientes e cursa com: (Obs: alucinações são raras)
agitação ansiedade tremores finos de alteração do sono sudorese em surtos
extremidades
alteração do apetite alteração do alteração do humor Alteração da aumento da
relacionamento sensopercepção frequência cardíaca,
interpessoal pulso e temperatura
Síndrome de Abstinência Alcoólica - Nível I
Manejo
Em caso de convulsões:
● Diazepam 10-30 mg VO ou Diazepam 10 mg EV – atenção! É necessário suporte
ventilatório para risco de complicação.
● Sulfato de Magnésio 1 g IM 6/6 horas por 2 dias.
Delirium Tremens:
● Reversível em 2 - 10 dias.
● Diazepam até 60 mg/dia VO ou Lorazepam 12 mg/dia.
● Se alucinose alcoólica: fazer haloperidol 5 mg IM ao dia.
Síndrome de Abstinência Alcoólica - O que NÃO
fazer!
Conduta inadequada Motivo
Administrar glicose indiscriminadamente. Risco de precipitação de síndrome de Wernicke.
A glicose só deve ser aplicada parenteralmente
após a administração de tiamina, se houver
constatação de hipoglicemia grave e se não for
possível a reposição por via oral.
Usar rotineiramente fenitoína EV. Não parece ser eficaz no controle de crises
convulsivas da síndrome de privação do álcool.
Administrar clorpromazina e outros Reduzem o limiar dpara convulsões; o
neurolépticos de baixa sedativos de baixa haloperidol, pelo menor risco, é a opção mais
potência para controle da agitação. adequada.
Contenção inadequada e indiscriminada. Risco de lesões físicas e constrangimento
desnecessário aos pacientes.
Tratamento farmacológico do TUA
Papel coadjuvante na abordagem terapêutica.
Objetivo:
• Alcançar a abstinência sem desenvolver a SAA;
• Contribuir na manutenção da abstinência;
• Contribuir na prevenção de recaídas.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos em Saúde. Departamento de Assistência Farmacêutica e
Insumos Estratégicos. Relação Nacional de Medicamentos Essenciais: Rename 2020 [recurso eletrônico]. Brasília: Ministério da Saúde, 2020.
DUNCAN, B. B. et al. Medicina ambulatorial: condutas de atenção primária baseadas em evidências. Porto Alegre: Artmed, 2022. 2424p.
GUSSO, G.; LOPES, J. M.C.; DIAS, L. C., organizadores. Tratado de Medicina de Família e Comunidade: Princípios, Formação e Prática. Porto Alegre:
ARTMED, 2019, 2388 p.
MARQUES, A. C. P. R.; RIBEIRO, M. Abuso e Dependência do Álcool. Associação Brasileira de Psiquiatria. 2022. Disponível em:
http://projetodiretrizes.org.br/projeto_diretrizes/002.pdf
OBRIGADA
Módulo de Acolhimento e Avaliação
Projeto Mais Médicos para o Brasil
28° Ciclo do PMMB
25 – SOFRIMENTO MENTAL
BRASÍLIA-DF
14/08 a 01/09/2023
MÓDULO DE ACOLHIMENTO E AVALIAÇÃO (MAAV) DO PMMB
28° CICLO DO PMMB
SUBEIXO IV
Doenças e Agravos
TEMA 25
Sofrimento Mental
COORDENAÇÃO
Camila Zamban de Miranda
Frantchesca Fripp dos Santos
Nilson Massakazu Ando
ELABORAÇÃO
Frantchesca Fripp dos Santos
Juliana Machado de Carvalho
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
Camilo Sobreira De Santana - Ministro da Educação
Denise Pires de Carvalho - Secretaria de Ensino Superior
Gisele Viana Pires - Diretoria de Desenvolvimento da Educação em Saúde
Francisco de Assis Rocha Neves - Coordenação-Geral de Expansão e Gestão da Educação
em Saúde
Ana Luísa dos Santos Azevedo - Apoio Central do PMMB
Lucas de Souza Porfirio - Apoio Central do PMMB
HISTÓRIA CLÍNICA
Carlos é o mais velho entre os filhos de Regina e Marcos. Ela realiza as funções de
cuidado da casa e na horta da aldeia, e Marcos trabalha com os afazeres da roça. Os
membros da família frequentemente tinham queixas de epigastralgia associada ao
consumo excessivo de café, mas há um ano tinham conseguido reduzir o uso e melhorar
a queixa.
Carlos foi levado pela mãe Regina ao atendimento médico no seu polo base (PB) e foi
atendido pela médica Luciana que já o conhecia, pois é a médica responsável pelo PB há
3 anos.
Quando Luciana pergunta em que pode ajudá-lo hoje, Carlos se queixa de dores de
cabeça recorrentes sem topografia específica, que pioram no final do dia, quase todos
os dias, além de desconforto no peito com o coração acelerado em momentos
aleatórios, nestes casos as mãos também ficam muito suadas. Regina diz que achou
melhor ele faltar alguns dias de aula na universidade para ficar mais perto de casa e ver
se ele melhorava um pouco.
Carlos compartilha com a doutora Luciana que tem sido difícil organizar a alimentação
em sua casa nova, compartilhada com pessoas que não tem os mesmos hábitos culturais
que ele, além de que tem precisado estudar durante a madrugada para fazer as provas
da universidade e por isso voltou a tomar muito café.
Depois de estar mais relaxado no atendimento, Carlos assume que tem sentido muito
medo de ataques de garimpeiros à região que ele tem visto nas redes sociais. Apesar de
não ter garimpo próximo à sua aldeia, a presença de garimpeiros em áreas vizinhas tem
gerado preocupação em relação à sua segurança pessoal e à comunidade em geral,
principalmente à sua família.
A doutora Luciana questiona o que Carlos faz para se sentir bem e ele menciona que
tem usado muito mais o celular, desde que se mudou para a cidade, porque não tem
mais a interação com os irmãos mais novos, nem as responsabilidades que tinha com a
família e com a aldeia.
“E onde você tem tido acesso a todas essas informações que te preocupam, Carlos?” -
Ele pegou o celular e colocou em cima da mesa, indicando o meio como acessa as
notícias.
“Carlos, o que você acha que pode passar a fazer para se sentir bem enquanto está na
universidade e morando na cidade?” - Perguntou a médica.
Carlos respondeu: “Eu posso conversar com os parentes que também foram pra
universidade de termos um horário pra jogar futebol. Quando estávamos na aldeia esse
momento era muito importante. E vai ser bom ficar mais perto deles”.
A doutora Luciana combinou com Carlos alguns acordos para contribuírem com o seu
bem-estar, considerando seus hábitos e suas necessidades.
Limitar o uso do celular a menos horas ao dia, acessar conteúdos que não gerem
sofrimento, diminuir a ingesta de café e interromper o uso a partir do meio da
tarde para não prejudicar o sono, incentivar prática de atividade física e
estreitamento de laços com pessoas importantes, construir relações que geram
a sensação de pertencimento.
Reavaliação em até 30 dias para considerar se Carlos desenvolveu habilidades
socioculturais que trazem bem-estar e está conseguindo lidar com a crise, ou se
será necessário intervir farmacologicamente.
REFERÊNCIAS
25 – SOFRIMENTO MENTAL
CASO CLÍNICO
BRASÍLIA-DF
14/08 a 01/09/2023
MÓDULO DE ACOLHIMENTO E AVALIAÇÃO (MAAV) DO PMMB
28° CICLO DO PMMB
SUBEIXO IV
Doenças e Agravos
TEMA 25
Sofrimento Mental
COORDENAÇÃO
Camila Zamban de Miranda
Frantchesca Fripp dos Santos
Nilson Massakazu Ando
ELABORAÇÃO
Frantchesca Fripp dos Santos
Juliana Machado de Carvalho
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
Camilo Sobreira De Santana - Ministro da Educação
Denise Pires de Carvalho - Secretaria de Ensino Superior
Gisele Viana Pires - Diretoria de Desenvolvimento da Educação em Saúde
Francisco de Assis Rocha Neves - Coordenação-Geral de Expansão e Gestão da Educação
em Saúde
Ana Luísa dos Santos Azevedo - Apoio Central do PMMB
Lucas de Souza Porfirio - Apoio Central do PMMB
HISTÓRIA CLÍNICA
Carlos é o mais velho entre os filhos de Regina e Marcos. Ela realiza as funções de
cuidado da casa e na horta da aldeia, e Marcos trabalha com os afazeres da roça. Os
membros da família frequentemente tinham queixas de epigastralgia associada ao
consumo excessivo de café, mas há um ano tinham conseguido reduzir o uso e melhorar
a queixa.
Carlos foi levado pela mãe Regina ao atendimento médico no seu PB e foi atendido pela
médica Luciana que já o conhecia, pois é a médica responsável pelo PB há 3 anos.
Quando Luciana pergunta em que pode ajudá-lo hoje, Carlos se queixa de dores de
cabeça recorrentes sem topografia específica, que pioram no final do dia, quase todos
os dias, além de desconforto no peito com o coração acelerado em momentos
aleatórios, nestes casos as mãos também ficam muito suadas. Regina diz que achou
melhor ele faltar alguns dias de aula na universidade para ficar mais perto de casa e ver
se ele melhorava um pouco.
Carlos compartilha com a doutora Luciana que tem sido difícil organizar a alimentação
em sua casa nova, compartilhada com pessoas que não tem os mesmos hábitos culturais
que ele, além de que tem precisado estudar madrugada a fora para fazer as provas da
universidade e por isso voltou a tomar muito café.
Depois de estar mais relaxado no atendimento, Carlos assume que tem sentido muito
medo de ataques de garimpeiros à região que ele tem visto nas redes sociais. Apesar de
não ter garimpo próximo à sua aldeia, a presença de garimpeiros em áreas vizinhas tem
gerado preocupação em relação à sua segurança pessoal e à comunidade em geral,
principalmente à sua família.
A doutora Luciana questiona o que Carlos faz para se sentir bem e ele menciona que
tem usado muito mais o celular, desde que se mudou para a cidade, porque não tem
mais a interação com os irmãos mais novos, nem as responsabilidades que tinha com a
família e com a aldeia.
“E onde você tem tido acesso a todas essas informações que te preocupam, Carlos?” -
Ele pegou o celular e colocou em cima da mesa, indicando o meio como acessa as
notícias.
“Carlos, o que você acha que pode passar a fazer para se sentir bem enquanto está na
universidade e morando na cidade?” - Perguntou a médica.
Carlos respondeu: “Eu posso conversar com os parentes que também foram pra
universidade de termos um horário pra jogar futebol. Quando estávamos na aldeia esse
momento era muito importante. E vai ser bom ficar mais perto deles”.
A doutora Luciana combinou com Carlos alguns acordos para contribuírem com o seu
bem-estar, considerando seus hábitos e suas necessidades.
Sofrimento Mental
Saúde Mental
Sensação de bem estar e capacidade de sentir Autonomia Capacidade de Flaxibilidade Adaptabilidade
e lidar com diversos sentimentos, incluindo lidar com para sentir
estressores
aqueles considerados negativos, como raiva,
tristeza e infelicidade. Estabilidade/
Equilíbrio
Relacionamentos
significativos
Dignidade Capacidade de
sentir prazer
mental Comportamento de
risco, incluindo auto Baixa escolaridade
mutilação e evasão escolar
DOENÇA-SAÚDE
MENTAL POBREZA
Uso de álcool
e drogas Violência domestica
e interpessoal
Transtornos
mentais Baixa subsistência
Epidemiologia do Sofrimento Mental
Diabetes melitus
Erros de refração
Transtornos de ansiedade
Doenças ginecológicas
Anemia ferro priva
Migranea
Condições orais
• Personalidade
• Pobreza: causa ou consequência?
• Situações de opressão
• Desorganização psíquica;
• Ruptura da crise: adaptação, flexibilidade e mecanismos de resposta.
• Atenção: proteger o indivíduo de atitudes impulsivas graves e duradouras,
minimizar perdas funcionais, construir saídas para a crise, amenizar sintomas
agudos.
Apresentação das demandas de sofrimento
mental na APS – uso problemático de álcool
A partir da ocupação dos circuitos de trocas nos territórios da sociedade. Isso leva o
desafio da saúde mental para além do SUS, já que para se realizar ele implica na
abertura da sociedade para a sua própria diversidade.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria Especial de Saúde Indígena. Departamento de Atenção à Saúde Indígena. Atenção
psicossocial aos povos indígenas: tecendo redes para promoção do bem viver. Brasília: Ministério da Saúde : 2019.
DUNCAN, B. B. et al. Medicina ambulatorial: condutas de atenção primária baseadas em evidências. Porto Alegre: Artmed,
2022. 2424p.
IHME - Institute for Health Metrics and Evaluation. Global Burden of Disease. Universidade de Washington, 2016.
Disponível em: https://ghdx.healthdata.org/gbd-2016
WORLD HEALTH ORGANIZATION. WHO Traditional Medicine Strategy 2014-2023. Geneva, 2013. Disponível em:
https://www.who.int/medicines/publications/ traditional/trm_strategy14_23/en/
WHO. World mental health report: transforming mental health for all. Geneva: World Health Organization; 2022.
OBRIGADA
Módulo de Acolhimento e Avaliação
Projeto Mais Médicos para o Brasil
28° Ciclo do PMMB
26 – ADOECIMENTO MENTAL
BRASÍLIA-DF
14/08 a 01/09/2023
MÓDULO DE ACOLHIMENTO E AVALIAÇÃO (MAAV) DO PMMB
28° CICLO DO PMMB
SUBEIXO IV
Doenças e Agravos
TEMA 26
Adoecimento Mental
COORDENAÇÃO
Camila Zamban de Miranda
Frantchesca Fripp dos Santos
Nilson Massakazu Ando
ELABORAÇÃO
Camila Zamban de Miranda
Juliana Machado de Carvalho
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
Camilo Sobreira De Santana - Ministro da Educação
Denise Pires de Carvalho - Secretaria de Ensino Superior
Gisele Viana Pires - Diretoria de Desenvolvimento da Educação em Saúde
Francisco de Assis Rocha Neves - Coordenação-Geral de Expansão e Gestão da Educação
em Saúde
Ana Luísa dos Santos Azevedo - Apoio Central do PMMB
Lucas de Souza Porfirio - Apoio Central do PMMB
Caso clínico Adoecimento Mental
Carlos é o mais velho entre os filhos de Regina e Marcos. Ela realiza as funções de
cuidado da casa e na horta da aldeia, e Marcos trabalha com os afazeres da roça. Os
membros da família frequentemente tinham queixas de epigastralgia associada ao
consumo excessivo de café, mas há um ano tinham conseguido reduzir o uso e melhorar
a queixa.
Há 1 ano, Carlos foi atendido no Polo Base Chico Camilo pela doutora Luciana com
queixa de dores de cabeça e desconforto no peito com o coração acelerado. O plano
deste atendimento foi definido a partir de uma intervenção breve e acordado retorno e
30 dias para reavaliação do quadro. Ele não voltou na data combinada.
Hoje, Carlos é trazido pelos pais que estão muito preocupados pois o filho, que há 7
meses tem tido crises de tremor e inquieto, fica muito nervoso a toa, está comendo tudo
o que vê pela frente e está sempre cansado, além de sono picado. Na última semana ele
passou a faltar às aulas da universidade porque só quer dormir, de modo que eles o
trouxeram de volta pra casa na aldeia mesmo na semana de provas.
Carlos chega na consulta se desculpando para a doutora Luciana por não ter voltado na
data combinada, sua fala estava rápida. Ele justifica que fez todas as medidas
combinadas e melhorou muito, achando que não precisava mais voltar já que estava
ótimo. Mas, por estar ótimo, voltou a ter os comportamentos anteriores de abuso de
café e usar demais as redes sociais, o período ainda coincidiu com um término de
relacionamento.
Carlos refere que, com o retorno dos hábitos antigos, os sintomas anteriores voltaram
com mais força, e que ele come como se precisasse acalmar uma coisa dentro do peito,
mas nunca acalma, e às vezes o peito dói. Conta que fica pensando constantemente em
tragédias com a sua família, que prefere ficar em casa mas sai para comprar comida, não
tem tido interesse por nada. Uma vez teve medo de sentir medo, durou pouco tempo
porque estava na companhia dos pais. Nesses momentos o peito dói, o coração bate na
garganta. Ele negou pensamentos de menos valia ou morte.
A doutora Luciana repara que ele está tremendo e secando as mãos na bermuda,
segurando o choro.
A mãe de Carlos, Regina, trouxe exames laboratoriais que ele realizou no pronto
atendimento do município durante uma crise de nervosismo.
QUESTÕES
Carlos não apresenta condições clínicas que justifiquem os sintomas, nem faz uso de
bebida alcoólica ou outras drogas.
Identifica-se também risco de ataque de pânico já que tem momentos que acha que vai
acontecer uma crise de medo novamente.
Fluoxetina 10mg pela manhã por 7 dias, aumentar para 20mg a partir da segunda
semana. Reavaliar em 4 a 6 semanas.
Referências
26 – ADOECIMENTO MENTAL
CASO CLÍNICO
BRASÍLIA-DF
14/08 a 01/09/2023
MÓDULO DE ACOLHIMENTO E AVALIAÇÃO (MAAV) DO PMMB
26° CICLO DO PMMB
SUBEIXO IV
Doenças e Agravos
TEMA 26
Adoecimento Mental
COORDENAÇÃO
Camila Zamban de Miranda
Frantchesca Fripp dos Santos
Nilson Massakazu Ando
ELABORAÇÃO
Camila Zamban de Miranda
Juliana Machado de Carvalho
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
Camilo Sobreira De Santana - Ministro da Educação
Denise Pires de Carvalho - Secretaria de Ensino Superior
Gisele Viana Pires - Diretoria de Desenvolvimento da Educação em Saúde
Francisco de Assis Rocha Neves - Coordenação-Geral de Expansão e Gestão da Educação
em Saúde
Ana Luísa dos Santos Azevedo - Apoio Central do PMMB
Lucas de Souza Porfirio - Apoio Central do PMMB
Caso clínico Adoecimento Mental
Carlos é o mais velho entre os filhos de Regina e Marcos. Ela realiza as funções de
cuidado da casa e na horta da aldeia, e Marcos trabalha com os afazeres da roça. Os
membros da família frequentemente tinham queixas de epigastralgia associada ao
consumo excessivo de café, mas há um ano tinham conseguido reduzir o uso e melhorar
a queixa.
Há 1 ano, Carlos foi atendido no Polo Base Chico Camilo pela doutora Luciana com
queixa de dores de cabeça e desconforto no peito com o coração acelerado. O plano
deste atendimento foi definido a partir de uma intervenção breve e acordado retorno e
30 dias para reavaliação do quadro. Ele não voltou na data combinada.
Hoje, Carlos é trazido pelos pais que estão muito preocupados pois o filho, que há 7
meses tem tido crises de tremor e inquieto, fica muito nervoso a toa, está comendo tudo
o que vê pela frente e está sempre cansado, além de sono picado. Na última semana ele
passou a faltar às aulas da universidade porque só quer dormir, de modo que eles o
trouxeram de volta pra casa na aldeia mesmo na semana de provas.
Carlos chega na consulta se desculpando para a doutora Luciana por não ter voltado na
data combinada, sua fala estava rápida. Ele justifica que fez todas as medidas
combinadas e melhorou muito, achando que não precisava mais voltar já que estava
ótimo. Mas, por estar ótimo, voltou a ter os comportamentos anteriores de abuso de
café e usar demais as redes sociais, o período ainda coincidiu com um término de
relacionamento.
Carlos refere que, com o retorno dos hábitos antigos, os sintomas anteriores voltaram
com mais força, e que ele come como se precisasse acalmar uma coisa dentro do peito,
mas nunca acalma, e às vezes o peito dói. Conta que fica pensando constantemente em
tragédias com a sua família, que prefere ficar em casa mas sai para comprar comida, não
tem tido interesse por nada. Uma vez teve medo de sentir medo, durou pouco tempo
porque estava na companhia dos pais. Nesses momentos o peito dói, o coração bate na
garganta. Ele negou pensamentos de menos valia ou morte.
A doutora Luciana repara que ele está tremendo e secando as mãos na bermuda,
segurando o choro.
A mãe de Carlos, Regina, trouxe exames laboratoriais que ele realizou no pronto
atendimento do município durante uma crise de nervosismo.
QUESTÕES
Referências
Adoecimento Mental
Ansiedade X Transtornos de Ansiedade
A ansiedade é uma emoção natural que representa um sinal de alarme para
que o sujeito reconheça um determinado perigo. Em geral desencadeadas por
ameaças físicas ou morais, por perdas ou por frustrações.
Entre os casos de ansiedade na vida adulta, 90% têm história psiquiátrica prévia
antes dos 18 anos.
Método clínico centrado na pessoa
Ansiedade – Avaliação clínica
Ansiedade – Avaliação clínica
Ansiedade – Avaliação clínica
Ansiedade – Avaliação clínica
Escala de Gravidade e Prejuízo da Ansiedade
– EGPA
Escala de Gravidade e Prejuízo da Ansiedade
– EGPA
Escala de Gravidade e Prejuízo da Ansiedade
– EGPA
Ansiedade – Diagnósticos Diferenciais
Tratamento
1ª linha: ISRS e ISRSN – NNT=7-15 (B)
2ª linha: antidepressivo tricíclico e benzodiazepínicos (NNT= 3-7)
Outros Transtornos
Mentais Comuns na APS –
Transtornos Ansiosos
Transtorno Obsessivo-Compulsivo – TOC
• Diagnóstico
• Obsessões: Pensamentos, impulsos ou imagens. Recorrentes e persistentes, que
causam ansiedade e desconforto;
• Compulsões: Comportamentos repetitivos ou atos mentais que a pessoa se sente
compelida a executar em resposta a uma obsessão ou a regras rígidas auto-impostas;
• Reconhecimento, em algum momento, de que as obsessões ou compulsões são
excessivas;
• Provocam sofrimento, consomem tempo (>1 h por dia) ou interferem na rotina
diária.
• Tratamento
• ISRS;
• Medidas não farmacológicas.
Fobias Específicas
• Diagnóstico
• Medo sustentado e persistente, excessivo ou irracional, revelado pela
presença ou mesmo antecipação da situação/objeto, com reposta imediata
de ansiedade
• Reconhecimento da irracionalidade do medo
• Ocorre esquiva
• Duração de pelo menos 6 meses
• Tratamento
• Não farmacológico
• Terapia
Transtorno de Estresse Pós-Traumático
Transtorno de Estresse Agudo
• Diagnóstico
• Vivência, testemunho ou confronto com evento traumático que envolve
medo, impotência e horror
• O evento é persistentemente revivido
• Esquiva dos estímulos associados ao trauma
• Sentimento persistente de excitabilidade aumentada
• Se durar mais de um mês, considerar estresse pós-traumático
• Tratamento
• ISRS
• Medidas não farmacológicas
Transtornos do Humor
Depressão e Tristeza
• 12% dos pacientes terão curso crônico sem remissão dos sintomas.
Impacto da Depressão
Paciente com condição médica crônica tem de 3 a 7 vezes mais chance de ter
depressão como comorbidade.
Episódio 2 fundamentais + 2
Sintomas acessórios do episódio depressivo: Leve° acessórios
0
MENOS DE 7 DIAS
1
71 DIAS OU MAIS
2
QUASE TODOS OS DIAS
3
coisas?
Se sentiu para baixo, deprimido (a) ou sem 0 1 2 3
perspectiva?
Teve dificuldade de pegar no sono e permanecer 0 1 2 3
dormindo, ou dormiu mais que de costume?
Se sentiu cansado (a) ou com pouca energia? 0 1 2 3
• Sintomas psicóticos
• Terapia de reatribuição
• Compreender e fazer sentir-se compreendido – ampliar a agenda – fazer vínculo e
construir modelo explicativo – negociar o tratamento
• Terapia de solução de problemas
• Identificar necessidade – explicar o tratamento – listar e eleger problemas – pensar em
metas alcançáveis – gerar soluções – eleger uma solução – colocar solução em prática –
avaliar e repetir o ciclo
• Terapia Interpessoal
* São algumas das técnicas que podem ser empregadas pelo médico da APS
• Terapia focada em solução (não abordaremos este assunto aqui, mas deve ser buscado o aprofundamento)
Intervenções Coletivas e Familiares
• Grupos de Mulheres
• Grupos de Terceira
Idade
• Grupos de Exercícios
• Outros...
Terapia Comunitária
• Reforça a dinâmica interna de cada um
• Reforça autoestima individual e coletiva
• Valoriza papel da família e das redes de apoio
• Valoriza práticas culturais
• Suscita sentimentos de união
• Promove identificação entre as pessoas
• Etapas
• Acolhimento; Escolha do Tema; Contextualização do Tema;
Problematização do tema; Rituais de agregação e conotação positiva.
Matriciamento
• NASF;
• Outras estratégias;
• Fornecer suporte;
• Explicar a doença;
• Sugerir medidas comportamentais a toda família;
• Motivar;
• Monitorar efeitos colaterais.
Atividade Física
PREFEITURA DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO. Secretaria Municipal de Saúde. Avaliação do Risco de Suicídio e sua Prevenção. Coleção Guia de Referência Rápida. Rio de
Janeiro: SMS, 2016. Disponível em: https://subpav.org/download/prot/Guia_Suicidio.pdf
OBRIGADA
Módulo de Acolhimento e Avaliação
Projeto Mais Médicos para o Brasil
28° Ciclo do PMMB
27 – ZOONOSES: RAIVA,
LEISHMANIOSE, FEBRE MACULOSA
BRASÍLIA-DF
14/08 a 01/09/2023
MÓDULO DE ACOLHIMENTO E AVALIAÇÃO (MAAV) DO PMMB
28° CICLO DO PMMB
SUBEIXO IV
Doenças e Agravos
TEMA 27
COORDENAÇÃO
Camila Zamban de Miranda
Frantchesca Fripp dos Santos
Nilson Massakazu Ando
ELABORAÇÃO
Camila Zamban de Miranda
Juliana Machado de Carvalho
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
Camilo Sobreira De Santana - Ministro da Educação
Denise Pires de Carvalho - Secretaria de Ensino Superior
Gisele Viana Pires - Diretoria de Desenvolvimento da Educação em Saúde
Francisco de Assis Rocha Neves - Coordenação-Geral de Expansão e Gestão da Educação
em Saúde
Ana Luísa dos Santos Azevedo - Apoio Central do PMMB
Lucas de Souza Porfirio - Apoio Central do PMMB
Caso clínico Zoonoses: raiva, leishmaniose, febre maculosa.
Jonas, um rapaz de 34 anos de idade, foi à UBS na sua cidade no interior de São Paulo
por quadro de febre de 39 °C há 3 dias, associada a cefaléia, intensa mialgia, náuseas e
vômitos. Foi à emergência no primeiro dia, temendo Dengue, pois viu na televisão que
os casos de Dengue aumentam na época de chuvas e o médico encaminhou para a UBS
para acompanhamento. Jonas ficou tranquilo, pois entendeu que era "apenas uma
virose”. Entretanto, no dia da consulta, surgiu um exantema, principalmente em
membros inferiores, o que o deixou preocupado.
AP MV presente sem RA
Durante a investigação epidemiológica, o paciente afirma ter ido realizar trilha com
amigos na semana anterior em uma região de cachoeiras, onde acamparam.
QUESTÕES
4. a partir do sétimo dia do início dos sintomas e repetir exame entre 14 e 21 dias; iniciar
tratamento com ceftriaxona imediatamente; orientar os amigos a observar
aparecimento de sintomas.
Resposta: 1
Jonas seguiu todas as orientações dadas pelo médico da equipe de saúde da família e,
no último feriado, desistiu de acampar e foi visitar sua avó, que mora na zona rural da
cidade vizinha. Ao chegar na casa da avó, seu cachorro mordeu a perna de Jonas,
provocando escoriações no local e arranhou seu antebraço. Jonas passou água corrente
nos locais das feridas e no dia seguinte procurou o pronto-socorro da cidade para pedir
orientações e fazer o curativo. Ao chegar no serviço ele foi orientado a:
Resposta: 2
Uma vez que o acidente descrito é classificado como leve - não foi em cabeça, mãos e/ou
pés - e aconteceu com animal doméstico sem sinais sugestivos de raiva e passível de
observação. Nesse caso, conforme o Protocolo de Profilaxia Pós Exposição para Raiva,
atualizado em 2022, o paciente deve receber orientações sobre higiene do ferimento,
profilaxia do tétano e observação do animal por 10 dias. Não se deve iniciar profilaxia
com soro antirrábico e a vacina antirrábica só está indicada caso o animal desapareça,
morra ou adoeça dentro do período de 10 dias da observação. O protocolo segue em
quadro abaixo para maior aprofundamento.
Referências
ADOLESCENTE morre de raiva humana no Distrito Federal. CNN, 2022. Disponível
em:https://www.cnnbrasil.com.br/saude/adolescente-morre-de-raiva-humana-no-
distrito-federal/
27 – ZOONOSES: RAIVA,
LEISHMANIOSE, FEBRE MACULOSA
CASO CLÍNICO
BRASÍLIA-DF
14/08 a 01/09/2023
MÓDULO DE ACOLHIMENTO E AVALIAÇÃO (MAAV) DO PMMB
28° CICLO DO PMMB
SUBEIXO IV
Doenças e Agravos
TEMA 27
COORDENAÇÃO
Camila Zamban de Miranda
Frantchesca Fripp dos Santos
Nilson Massakazu Ando
ELABORAÇÃO
Camila Zamban de Miranda
Juliana Machado de Carvalho
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
Camilo Sobreira De Santana - Ministro da Educação
Denise Pires de Carvalho - Secretaria de Ensino Superior
Gisele Viana Pires - Diretoria de Desenvolvimento da Educação em Saúde
Francisco de Assis Rocha Neves - Coordenação-Geral de Expansão e Gestão da Educação
em Saúde
Ana Luísa dos Santos Azevedo - Apoio Central do PMMB
Lucas de Souza Porfirio - Apoio Central do PMMB
Caso clínico Zoonoses: raiva, leishmaniose, febre maculosa.
Jonas, um rapaz de 34 anos de idade, foi à UBS na sua cidade no interior de São Paulo
por quadro de febre de 39 °C há 3 dias, associada a cefaleia, intensa mialgia, náuseas e
vômitos. Foi à emergência no primeiro dia, temendo Dengue, pois viu na televisão que
os casos de Dengue aumentam na época de chuvas e o médico encaminhou para a UBS
para acompanhamento. Jonas ficou tranquilo, pois entendeu que era "apenas uma
virose”. Entretanto, no dia da consulta, surgiu um exantema, principalmente em
membros inferiores, o que o deixou preocupado.
AP MV presente sem RA
Durante a investigação epidemiológica, o paciente afirma ter ido realizar trilha com
amigos na semana anterior em uma região de cachoeiras, onde acamparam.
QUESTÕES
4. a partir do sétimo dia do início dos sintomas e repetir exame entre 14 e 21 dias; iniciar
tratamento com ceftriaxona imediatamente; orientar os amigos a observar
aparecimento de sintomas.
Jonas seguiu todas as orientações dadas pelo médico da equipe de saúde da família e,
no último feriado, desistiu de acampar e foi visitar sua avó, que mora na zona rural da
cidade vizinha. Ao chegar na casa da avó, seu cachorro mordeu a perna de Jonas e
arranhou seu antebraço. Jonas passou água corrente nos locais das feridas e no dia
seguinte procurou o pronto-socorro da cidade para pedir orientações e fazer o curativo.
Ao chegar no serviço ele foi orientado a:
2. Foi orientado que deveria ter lavado bem os ferimentos com água e sabão; a
levar o cartão de vacinação a fim de verificar o status vacinal para tétano; foi
questionado sobre o comportamento e saúde do cão e foi orientado a monitorá-
lo por 10 dias. Se o animal adoecer, desaparecer ou morrer, deve fazer a vacina
antirrábica
3. Foi orientado a lavar os ferimentos com água e sabão, fazer a dose de reforço da
vacina para tétano e foi orientado a monitorar o cão por 10 dias. Se o animal
adoecer, desaparecer ou morrer, deve fazer a vacina antirrábica
4. Foi orientado verificar o status vacinal para tétano e a fazer o esquema completo
da vacinação antirrábica, até o 28° dia, monitorando o comportamento e saúde
do cão, uma vez que o animal é procedente de zona rural e tem contato com
animais silvestres.
Qual a orientação correta?
Referências
ADOLESCENTE morre de raiva humana no Distrito Federal. CNN, 2022. Disponível
em:https://www.cnnbrasil.com.br/saude/adolescente-morre-de-raiva-humana-no-
distrito-federal/
Zoonoses: raiva,
leishmaniose, febre
maculosa
Zoonoses
• As zoonoses são doenças infecciosas transmitidas entre animais e
pessoas. Os patógenos podem ser bacterianos, virais, parasitários ou
podem envolver agentes não convencionais e podem se espalhar
para os humanos por meio do contato direto ou através de
alimentos, água ou meio ambiente.
• Algumas são consideradas Doenças Negligenciadas.
• As medidas preventivas incluem Educação em saúde, manejo
ambiental e vacinação animal.
Raiva
Raiva – ciclos de transmissão
• Apenas os mamíferos são suscetíveis ao vírus da raiva e o transmitem através da saliva
mordedura, arranhadura ou lambedura de feridas;
• Urbano– cão;
• Aéreo – morcego;
• Silvestre – cachorro-do-mato, guaxinim, sagui;
• Rural – morcego e animais domésticos ou de interesse financeiro.
Raiva – e3ologia, sinais e sintomas
• Raiva é uma encefalite aguda causada pelo lyssavirus.
• Formas clínicas: encefalite dominada por formas de hiperatividade (raiva furiosa)
ou síndromes paralíticas (raiva paralítica) progredindo para coma e morte,
geralmente por insuficiência cardíaca ou respiratória, dentro de 7 a 10 dias.
Sintomas iniciais: aerofobia, hidrofobia, parestesia ou dor localizada, disfagia,
fraqueza, náusea ou vômito.
• Alterações laboratoriais a investigar: antígeno viral (em amostras como liquor,
pele); isolamento viral em culturas, Ac específicos no liquor, PCR do liquor
Raiva – etiologia, sinais e sintomas
• Após inoculada leva dias a semanas para alcançar o SNC – período passível de Profilaxia
Pós-Exposição (PPE);
• Período de incubação de 1 a 3 meses.
Raiva – carga mundial da doença transmitida por cães
NOTIFICAÇÃO!!!
Leishmaniose
Leishmaniose - manifestações e agentes causadores no Brasil
• Leishmaniose visceral: Leishmania Chagasi.
• Leishmaniose cutânea: Leishmania brasiliensis, L. Guyanensis e L.
amazonensis.
• Espectro heterogêneo – 4 principais apresentações
• Lesões ulcerativas no local da picada do flebomíneo (L. Cutânea localizada);
• Mútiplos nódulos não ulcerativos (L. Cutânea difusa);
• Inflamação destrutiva da mucosa (L mucosa);
• Infecção disseminada visceral (L. Visceral ou Calazar).
Leishmaniose- ciclo de transmissão
Leishmaniose- ciclo de transmissão
Ciclo biológico das leishmânias. Formas promas6gotas no interior do tubo diges6vo do vetor e formas amas6gotas no interior
dos macrófagos do organismo infectado
Leishmaniose-dados epidemiológicos
Coeficiente de Incidência para cada 100 mil habitantes, de leishmaniose visceral nos Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEI).
Brasil, 2015 a 2019
Leishmaniose visceral -dados epidemiológicos
Óbitos e taxa de letalidade de leishmaniose visceral por faixa etária. Brasil, 2021
Leishmaniose visceral – apresentação clínica
• Em ambiente hospitalar;
• Antimonial pentavalente;
• Anfotericina B.
Leishmaniose Tegumentar
Leishmaniose tegumentar
Coeficiente de Incidência para cada 100 mil habitantes, de leishmaniose tegumentar nos Distritos Sanitários
Especiais Indígenas (DSEI). Brasil, 2015 a 2019
Leishmaniose tegumentar – dados epidemiológicos
Proporção de casos de leishmaniose tegumentar segundo forma clínica por região de residência. Brasil, 2021
Leishmaniose tegumentar – dados epidemiológicos
na saúde indígena
Coeficiente de Incidência para cada 100 mil habitantes, de leishmaniose tegumentar nos Distritos Sanitários
Especiais Indígenas (DSEI). Brasil, 2015 a 2019
Leishmaniose tegumentar – tratamento
• Antomiato de meglumina
• Anfotericina B
Leishmaniose tegumentar – tratamento
• Opções de tratamento para a forma cutânea localizada causada por todas espécies de Leishmania,
exceto L. guyanensis
Leishmaniose tegumentar – tratamento
• Opções de tratamento para a forma cutânea localizada ou múl:pla causada por todas espécies de
Leishmania, exceto L. guyanensis
Leishmaniose tegumentar – tratamento
• O tratamento para a forma cutânea disseminada deve ser realizado
preferencialmente em centro de referência.
Primeira escolha
• An_moniato de meglumina EV ou IM: para pacientes de todas as regiões
brasileiras, exceto aqueles com comorbidade renal, hepá_ca ou
cardíaca, gestantes e com idade maior ou igual a 50 anos.
• Anfotericina B lipossomal: idade a par_r de 50 anos; insuficiência renal,
cardíaca e hepá_ca; transplantados renais, cardíacos e hepá_cos;
gestantes de qualquer idade.
Leishmaniose tegumentar – tratamento forma
mucosa
Primeira escolha
• An_moniato de meglumina (EV ou IM) associado à pentoxifilina: para
maiores que 12 anos, exceto aqueles com comorbidade renal, hepá_ca ou
cardíaca, com história de hemorragia recente, hipersensibilidade à
pentoxifilina ou outras xan_nas, coinfectados pelo HIV, imunosuprimidos,
gestantes, nutrizes e com idade maior ou igual a 50 anos.
• An_moniato de meglumina (EV ou IM): para menores que 12 anos, exceto
aqueles com comorbidade renal, hepá_ca ou cardíaca, gestantes e com
idade maior ou igual a 50 anos.
• Anfotericina B lipossomal: idade a par_r de 50 anos; insuficiência renal,
cardíaca e hepá_ca; transplantados renais, cardíacos e hepá_cos; gestantes.
Leishmaniose tegumentar – tratamento forma
mucosa
• Segunda escolha
➔Desoxicolato de anfotericina B.
➔Ise_onato de pentamidina.
Leishmaniose tegumentar – tratamento
Atenção!
Casos confirmados, óbitos e letalidade da febre maculosa, por ano de início dos sintomas, Brasil, 2007 a 2021
Febre Maculosa – dados epidemiológicos
Casos de febre maculosa, por região e mês de início dos sintomas, Brasil, 2007 a 2021
Febre Maculosa – dados epidemiológicos
Casos noRficados para febre maculosa, segundo unidade FederaRva de noRficação, Brasil, 2011 a 2021
Febre Maculosa – quando suspeitar?
Antecedentes epidemiológicos suges^vos:
Visita na mata ou picada de carrapato previamente (usualmente 4 a 11 dias antes)
Doença Febril Aguda sem foco aparente (>38ºC por mais de cinco dias) + Presença de
escara de inoculação (lesão com centro crostoso-necró^co com halo eritematoso
circundante; indica o ponto onde foi a picada do carrapato)
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância Epidemiológica. Doenças infecciosas e parasitárias: guia de bolso. 8. ed.
rev. Brasília: Ministério da Saúde, 2010. Disponível em: h@ps://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/doencas_infecciosas_parasitaria_guia_bolso.pdf
______. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis. Manual de vigilância da leishmaniose
tegumentar [recurso eletrônico]. Brasília: Ministério da Saúde, 2017. 189 p. Disponível em:
h@ps://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_vigilancia_leishmaniose_tegumentar.pdf
______. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente. Situação epidemiológica das zoonoses e doenças de transmissão vetorial em áreas
indígenas. Bole=m Epidemiológico, Brasília, n. esp., abr. 2022. Disponível em: h@ps://www.gov.br/saude/pt-br/centrais-de-
conteudo/publicacoes/bole^ns/epidemiologicos/especiais/2022/bole^m-especial-situacao-epidemiologica-das-zoonoses-e-doencas-de-transmissao-vetorial-em-
areas-indigenas
______. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente.Monitoramento dos casos de arboviroses até a semana epidemiológica 42 de 2022.
Bole=m Epidemiológico, Brasília, v. 53, n. 40, out. 2022. Disponível em: h@ps://www.gov.br/saude/pt-br/centrais-de-
conteudo/publicacoes/bole^ns/epidemiologicos/edicoes/2022/bole^m-epidemiologico-vol-53-no40/view
______. Ministério da Saúde. Quadro sobre Profilaxia da Raiva Humana (cartaz). 2022. Disponível em: h@ps://www.gov.br/saude/pt-br/centrais-de-
conteudo/publicacoes/svsa/raiva/profilaxia-da-raiva-humana-cartaz/view
______. Ministério da Saúde. Leishmaniose Visceral: gráficos e mapas [Internet]. 2022. Disponível em: h@ps://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-
z/l/leishmaniose-visceral/arquivos/atualizacao-21-10-2022/lv-graficos-e-mapas.pdf
Referências Bibliográficas
______. Ministério da Saúde. Distribuição da Leishmaniose Tegumentar: gráficos e mapas [Internet]. 2022. Disponível em: h@ps://www.gov.br/saude/pt-
br/assuntos/saude-de-a-a-z/l/lt/situacao-epidemiologica/arquivos/lt-graficos-e-mapas.pdf
______. Ministério da Saúde. Situação epidemiológica de Febre Maculosa, Brasil. 2007-2021 [Internet]. 2022. Disponível em: h@ps://www.gov.br/saude/pt-
br/assuntos/saude-de-a-a-z/f/febre-maculosa/situacao-epidemiologica/situacao-epidemiologica-de-febre-maculosa-brasil-2007-2021/view
______. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Imunização e Doenças Transmissíveis. Roteiro de capacitação em diagnós=co
clínico, epidemiológico e laboratorial da febre maculosa brasileira e febre maculosa por RickeXsia Parkeri: guia do aluno [recurso eletrônico]. Brasília: Ministério da
Saúde, 2022. Disponível em: h@ps://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/roteiro_capacitacao_febre_maculosa_instrutor.pdf
MORRE 3ª ví^ma de raiva humana no Brasil em um ano. O que é a doença? Exame, 2022. Disponível em: h@ps://exame.com/ciencia/morre-3a-vi^ma-de-raiva-
humana-no-brasil-em-um-ano-o-que-e-a-doenca/
ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DA SAÚDE / ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE. InfograZa - La rabia humana transmi=da por el perro en las Américas. 2019.
Disponível em: h@ps://www.paho.org/es/documentos/infografia-rabia-humana-transmi^da-por-perro-americas
WHO. Expert Consulta=on on Rabies, third report. Geneva: World Health Organiza^on; 2018 (WHO Technical Report Series, No. 1012). Disponível em:
h@ps://apps.who.int/iris/bitstream/handle/10665/272364/9789241210218-eng.pdf?sequence=1&isAllowed=y
OBRIGADA
Módulo de Acolhimento e Avaliação
Projeto Mais Médicos para o Brasil
28° Ciclo do PMMB
28 – TUBERCULOSE E HANSENÍASE
BRASÍLIA-DF
14/08 a 01/09/2023
MÓDULO DE ACOLHIMENTO E AVALIAÇÃO (MAAV) DO PMMB
28° CICLO DO PMMB
SUBEIXO IV
Doenças e Agravos
TEMA 28
Tuberculose e Hanseníase
COORDENAÇÃO
Camila Zamban de Miranda
Frantchesca Fripp dos Santos
Nilson Massakazu Ando
ELABORAÇÃO
Camila Zamban de Miranda
Juliana Machado de Carvalho
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
Camilo Sobreira De Santana - Ministro da Educação
Denise Pires de Carvalho - Secretaria de Ensino Superior
Gisele Viana Pires - Diretoria de Desenvolvimento da Educação em Saúde
Francisco de Assis Rocha Neves - Coordenação-Geral de Expansão e Gestão da Educação
em Saúde
Ana Luísa dos Santos Azevedo - Apoio Central do PMMB
Lucas de Souza Porfirio - Apoio Central do PMMB
Caso clínico Tuberculose e Hanseníase
Hoje, o enfermeiro Manoel está com muitas demandas complexas no Polo Base Campo
Lindo e dona Dolores chegou para a sua consulta agendada pelo ACS Moisés. Dona
Dolores conversa com Manoel:
”Foi ótimo que o Moisés marcou essa consulta pra mim sem eu pedir. Há mais de
um ano que venho pensando em ver o doutor novo daqui, por causa desses
caroços nos braços e nas pernas, mas como não dói nada, não fiquei preocupada.
O que eu arrumei foi uma alergia, isso que me incomoda mais agora.”
O enfermeiro Manoel confirma no prontuário de dona Dolores que ela é uma indígena
Tikuna, de 50 anos, vive com o esposo em casa de madeira bem ventilada, atua nos
serviços do lar e na horta da aldeia. Não toma medicamentos de uso contínuo, não tem
alergia conhecida e não menstrua há 4 anos. Dona Dolores usa rapé pela manhã e não
usa bebida alcoólica. Apresenta PA: 120x80mmHg, FC: 76bpm, SatO2: 97%, peso: 60Kg,
altura: 1,50m, IMC: 26,6. Ele encaminha dona Dolores para a consulta médica.
Dr. Cláudio ainda não a conhecia apesar de já atuar no Pólo Base Campo Lindo há mais
de um ano. Ele questionou dona Dolores se ela teve contato com alguém com caroços
parecidos, e ela respondeu:
“Doutor, nunca vi ninguém com caroços parecidos com esses. Mas as minhas
duas filhas que moram na cidade estavam com manchas brancas e depois que
tomaram remédio do posto elas melhoraram. Eu também estou com essa alergia,
mas é diferente das manchas delas" - e mostrou ao médico as lesões que ela tem
no corpo.
● Exame da pele: face e orelhas com infiltração difusa. Mais de cinco nódulos
eritematosos de cerca de 1cm de diâmetro de consistência firme, não
dolorosos em orelhas e membros superiores e inferiores. Pele difusamente
ressecada. Palma da mão direita com lesão eritematosa discreta. Plantas sem
alterações. Ausência de sensibilidade em dorso e palmas das mãos e nas
lesões hipocrômicas de dorso.
● Exame dos olhos: pupilas fotorreagentes, reflexo óculo palpebral sem
alterações.
● Palpação: Força muscular preservada. Nervos periféricos bilateralmente
(ulnar, mediano, radial, tibial e fibular): identificados e não dolorosos à
palpação, não espessados, simétricos.
QUESTÕES:
Eritema multiforme: evolução aguda, quadro cutâneo mais variado com manchas
eritematosas, placas, nódulos, bolhas, pápulas e ulcerações.
Linfoma cutâneo: infiltração difusa na pele com nódulos e placas, prurido. Necessidade
de investigação laboratorial.
Esclarecer que dona Dolores tem uma doença grave, mas que com tratamento adequado
ela ficará curada. Explicar que o período de tratamento é de 12 meses, que ela tomará a
medicação todos os dias sempre no mesmo horário e que uma vez ao mês ela receberá
a dose supervisionada por um profissional de saúde.
Referências
28 – TUBERCULOSE E HANSENÍASE
CASO CLÍNICO 2
BRASÍLIA-DF
14/08 a 01/09/2023
MÓDULO DE ACOLHIMENTO E AVALIAÇÃO (MAAV) DO PMMB
28° CICLO DO PMMB
SUBEIXO IV
Doenças e Agravos
TEMA 28
Tuberculose e Hanseníase
COORDENAÇÃO
Camila Zamban de Miranda
Frantchesca Fripp dos Santos
Nilson Massakazu Ando
ELABORAÇÃO
Camila Zamban de Miranda
Juliana Machado de Carvalho
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
Camilo Sobreira De Santana - Ministro da Educação
Denise Pires de Carvalho - Secretaria de Ensino Superior
Gisele Viana Pires - Diretoria de Desenvolvimento da Educação em Saúde
Francisco de Assis Rocha Neves - Coordenação-Geral de Expansão e Gestão da Educação
em Saúde
Ana Luísa dos Santos Azevedo - Apoio Central do PMMB
Lucas de Souza Porfirio - Apoio Central do PMMB
Caso clínico Tuberculose e Hanseníase
Hoje, o enfermeiro Manoel está com muitas demandas complexas no Polo Base Campo
Lindo e dona Dolores chegou para a sua consulta agendada pelo ACS Moisés. Dona
Dolores conversa com Manoel:
”Foi ótimo que o Moisés marcou essa consulta pra mim sem eu pedir. Há mais de
um ano que venho pensando em ver o doutor novo daqui, por causa desses
caroços nos braços e nas pernas, mas como não dói nada, não fiquei preocupada.
O que eu arrumei foi uma alergia, isso que me incomoda mais agora.”
O enfermeiro Manoel confirma no prontuário de dona Dolores que ela é uma indígena
Tikuna, de 50 anos, vive com o esposo em casa de madeira bem ventilada, atua nos
serviços do lar e na horta da aldeia. Não toma nenhuma medicação crônica, não tem
nenhuma alergia e não menstrua há 4 anos. Dona Dolores usa rapé pela manhã e não
usa bebida alcoólica. Apresenta PA: 120x80mmHg, FC: 76bpm, SatO2: 97%, peso: 60Kg,
altura: 1,50m, IMC: 26,6. Ele encaminha dona Dolores para a consulta médica.
Dr. Cláudio ainda não a conhecia apesar de já atuar no Pólo Base Campo Lindo há mais
de um ano. Ele questionou dona Dolores se ela teve contato com alguém com caroços
parecidos, e ela respondeu:
“Doutor, nunca vi ninguém com caroços parecidos com esses. Mas as minhas
duas filhas que moram na cidade estavam com manchas brancas e depois que
tomaram remédio do posto elas melhoraram. Eu também estou com essa alergia,
mas é diferente das manchas delas" - e mostrou ao médico as lesões que ela tem
no corpo.
● Exame da pele: face e orelhas com infiltração difusa. Mais de cinco nódulos
eritematosos de cerca de 1cm de diâmetro de consistência firme, não dolorosos
em orelhas e membros superiores e inferiores. Pele difusamente ressecada.
Palma da mão direita com lesão eritematosa discreta. Plantas sem alterações.
Ausência de sensibilidade em dorso e palmas das mãos e nas lesões
hipocrômicas de dorso.
● Exame dos olhos: pupilas fotorreagentes, reflexo óculo palpebral sem
alterações.
● Palpação: Força muscular preservada. Nervos periféricos bilateralmente (ulnar,
mediano, radial, tibial e fibular): identificados e não dolorosos à palpação, não
espessados, simétricos.
QUESTÕES:
28 – TUBERCULOSE E HANSENÍASE
BRASÍLIA-DF
14/08 a 01/09/2023
MÓDULO DE ACOLHIMENTO E AVALIAÇÃO (MAAV) DO PMMB
28° CICLO DO PMMB
SUBEIXO IV
Doenças e Agravos
TEMA 28
Tuberculose e Hanseníase
COORDENAÇÃO
Camila Zamban de Miranda
Frantchesca Fripp dos Santos
Nilson Massakazu Ando
ELABORAÇÃO
Camila Zamban de Miranda
Juliana Machado de Carvalho
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
Camilo Sobreira De Santana - Ministro da Educação
Denise Pires de Carvalho - Secretaria de Ensino Superior
Gisele Viana Pires - Diretoria de Desenvolvimento da Educação em Saúde
Francisco de Assis Rocha Neves - Coordenação-Geral de Expansão e Gestão da Educação
em Saúde
Ana Luísa dos Santos Azevedo - Apoio Central do PMMB
Lucas de Souza Porfirio - Apoio Central do PMMB
Caso clínico Tuberculose e Hanseníase
O enfermeiro Manoel, do Polo Base Campo Lindo, recebeu na triagem o Sr. José,
morador da aldeia Serra das Flores a 10km da zona urbana do município de Tabatinga.
O sr. José é indígena, tem 40 anos de idade e é natural de Tabatinga, Amazonas e reside
na terceira casa à beira do Igarapé Verde. O Sr. José desenvolve atividade de pesca em
sua aldeia.
Na entrevista o Sr. José contou a seguinte história ao enfermeiro Manoel:
“Estou com uma tosse há mais ou menos três meses, primeiro ela estava seca e
agora é um catarrão amarelo. No final da tarde e início da noite eu fico bem
quente, sinto muito frio e quando chega a noite eu pingo de suor. E ainda
emagreci demais porque não caibo mais nas roupas. Já passei no posto lá da
cidade, tomei um xarope que parou a tosse uns dias, mas agora o catarro tem
riscos de sangue.”
QUESTÕES:
1. Quais sintomas o enfermeiro Manoel registrou no prontuário durante o
acolhimento?
Resposta: Durante o acolhimento o enfermeiro deve registrar os sintomas: tosse
produtiva com hemoptise, febre vespertina e emagrecimento.
QUESTÕES:
3. Quais comorbidades devem ser investigadas no atendimento do sr. José?
Resposta: Considerando que o sr. José tem um acometimento respiratório, é importante
identificar outras morbidades, como: Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC),
pneumonias, asma, diagnóstico prévio de HIV/AIDS ou de tuberculose.
4. Quais aspectos da história do sr. José que indicam fatores de risco para o
diagnóstico de doenças infecciosas?
Resposta: Os aspectos de vulnerabilidade são: tabagismo, uso de álcool, baixa
escolaridade e más condições de moradia.
QUESTÕES:
5. Qual é a hipótese diagnóstica mais provável? Porquê?
Resposta: A principal hipótese diagnóstica é tuberculose porque apresenta febre
vespertina, emagrecimento e tosse produtiva há mais de 3 semanas. Os hábitos de
tabagismo e uso de álcool e as condições de habitação favorecem a infecção respiratória.
O tempo arrastado de evolução do quadro respiratório diminui a possibilidade de
pneumonia bacteriana e viral. Como não há relato de outras queixas respiratórias como
sibilância/chiado no peito e dispnéia, por exemplo, diminui a possibilidade de DPOC
exacerbado ou com infecção secundária, ou de neoplasia pulmonar.
6. Quais exames o dr. Cláudio deve solicitar para confirmar a hipótese diagnóstica
mais provável?
O dr. Cláudio deve solicitar: radiografia de tórax e exame de escarro por baciloscopia ou
teste rápido molecular para tuberculose, a depender da disponibilidade do município.
10. O que é fundamental de ser conversado com o Sr. José no momento de contar o
diagnóstico e de definir o plano?
Resposta: Explicar que a tuberculose pulmonar é uma doença grave mas que tem
tratamento eficaz se for realizado da maneira correta e que ele vai ser curado da
tuberculose. Esclarecer que esse tratamento é gratuito pelo SUS.
É fundamental explicar que a tuberculose é transmitida (por aerossóis) durante a fala,
espirro ou tosse das pessoas com tuberculose ativa e é necessário que todos os contatos
próximos, principalmente os domiciliares, sejam avaliados e que o agente de saúde
indígena responsável realizará busca ativa dessas pessoas.
Incentivar a interrupção do tabagismo e do uso de bebida alcoolica.
Falar sobre os efeitos adversos, como a cor avermelhada da urina, suor e fezes, causada
pela Rifampicina.
Referências
28 – TUBERCULOSE E HANSENÍASE
CASO CLÍNICO
BRASÍLIA-DF
14/08 a 01/09/2023
MÓDULO DE ACOLHIMENTO E AVALIAÇÃO (MAAV) DO PMMB
28° CICLO DO PMMB
SUBEIXO IV
Doenças e Agravos
TEMA 28
Tuberculose e Hanseníase
COORDENAÇÃO
Camila Zamban de Miranda
Frantchesca Fripp dos Santos
Nilson Massakazu Ando
ELABORAÇÃO
Camila Zamban de Miranda
Juliana Machado de Carvalho
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
Camilo Sobreira De Santana - Ministro da Educação
Denise Pires de Carvalho - Secretaria de Ensino Superior
Gisele Viana Pires - Diretoria de Desenvolvimento da Educação em Saúde
Francisco de Assis Rocha Neves - Coordenação-Geral de Expansão e Gestão da Educação
em Saúde
Ana Luísa dos Santos Azevedo - Apoio Central do PMMB
Lucas de Souza Porfirio - Apoio Central do PMMB
Caso clínico Tuberculose e Hanseníase
O enfermeiro Manoel, do Polo Base Campo Lindo, faz o acolhimento do Sr. José,
morador da aldeia Serra das Flores a 10km da zona urbana do município de Tabatinga.
Manoel anotou os dados de identificação, destacando que o sr. José é indígena, tem 40
anos de idade e é natural de Tabatinga, Amazonas. O sr. José reside na terceira casa à
beira do Igarapé Verde. O Sr. José desenvolve atividade de pesca em sua aldeia.
Na entrevista o Sr. José contou a seguinte história ao enfermeiro Manoel:
“Estou com uma tosse há mais ou menos três meses, primeiro ela estava seca e
agora é um catarrão amarelo. No final da tarde e início da noite eu fico bem
quente, sinto muito frio e quando chega a noite eu pingo de suor. E ainda
emagreci demais porque não caibo mais nas roupas. Já passei no posto lá da
cidade, tomei um xarope que parou a tosse uns dias, mas agora o catarro tem
sangue (hemoptóicos).”
Observação: Hemoptóicos são o escarro com raias de sangue; hemoptise é o sangue vivo
eliminado pela glote.
QUESTÕES:
1. Quais sintomas o enfermeiro Manoel registrou no prontuário durante o
acolhimento?
2. Faltou algum dado importante que poderia ter sido anotado no momento do
acolhimento?
QUESTÕES:
3. Quais as informações sobre comorbidades que você considera que são
importantes para serem levantados durante a consulta médica do sr. José?
5. Que hábitos nocivos são importantes para serem destacados na história do Sr.
José?
QUESTÕES:
6. Qual é a hipótese diagnóstica mais provável?
QUESTÃO
8. Após o resultado dos exames, qual o diagnóstico?
11. O que é fundamental de ser esclarecido para o Sr. José ao dar o diagnóstico e
instituir o tratamento?
Referências
Tuberculose e Hanseníase
Tuberculose
Introdução:
• Em 2021, 5.072 óbitos, perfazendo um coeficiente de 2,38 óbitos por TB por 100
mil hab, com aumento relativo de 10,7%, em comparação com 2019.
Epidemiologia da tuberculose
Pandemia de COVID-19
• Em 2021, as mortes por tuberculose aumentaram pela primeira vez em mais de
10 anos;
• Uma redução de 18% em relação a 2019, quando foram nocficados pelos países
7,1 milhões de casos dos 10 milhões (71%) escmados;
• Em 2021, 10,6 milhões de pessoas adoeceram por TB, das quais 6,4 milhões
(60,4%) foram nocficadas, o que representa uma recuperação parcial na
subdetecção de pessoas com TB no mundo.
Epidemiologia da tuberculose
Pandemia de COVID-19
• O número de pessoas com TB não diagnosticadas e não tratadas aumentou;
• A reinfecção pode ocorrer se a pessoa tiver uma nova exposição, sendo mais
comum em áreas onde a prevalência da doença é alta.
Manifestações Clínicas
Manifestações Clínicas
• Principal sintoma: a tosse (seca ou produtiva);
• dispneia;
• hemoptise;
• atelectasia;
• empiema pulmonar;
• dor torácica.
Diagnóstico Diferencial – TB Pulmonar
Diagnóstico
Para o diagnóscco da tuberculose são uclizados os
seguintes exames:
• baciloscopia;
• teste rápido molecular para tuberculose;
• cultura para micobactéria;
• invescgação complementar por exames de imagem.
Diagnóstico
1) Pesquisa de BAAR em escarro (Baciloscopia)
• Cavitação pulmonar;
• Condensação pulmonar;
• Opacidade pulmonar;
• Infiltrado pulmonar
difuso (padrão miliar);
• Padrão misto.
Tratamento – Tuberculose tem cura!
Tratamento
Para a escolha terapêutica, consideramos:
Rifampicina (R)
Fase
Isoniazida (H)
intensiva
Pirazinamida (Z)
2 meses
Etambutol (E)
ESQUEMA
BÁSICO
6 meses
Fase
Manutenção Rifampicina (R)
4 meses Isoniazida (H)
• Prevenção do adoecimento;
• Diagnóstico precoce de casos de doença ativa;
• Interrupção da cadeia de transmissão.
BUSCA ATIVA de Sintomáticos Respiratórios
• Perguntar sobre a presença e duração da tosse na população alvo;
• Orientar sobre a coleta do exame de escarro (técnica e local apropriado de coleta);
• Coletar duas amostras de escarro, uma no momento da idencficação e outra no
dia seguinte (para baciloscopia);
• Registrar as acvidades no instrumento padronizado (livro do SR);
• Fluxo para atendimento dos casos posicvos e negacvos;
• Avaliar rocneiramente a acvidade da busca por meio dos
indicadores adequados.
BUSCA ATIVA de Sintomáticos Respiratórios
BUSCA ATIVA de SintomáIcos Respiratórios
Vacinação
• A vacina BCG está, prioritariamente, indicada para crianças de 0 a 4
anos, 11 meses e 29 dias de idade;
• Resistência natural contra o bacilo, que por sua vez é conferida por uma
resposta imune eficaz e influenciada geneticamente;
• Diminuição e/ou perda de força nos músculos inervados por estes nervos,
principalmente nos membros superiores e inferiores e, por vezes, pálpebras;
• Forma Indeterminada;
• Forma Tuberculóide;
• Forma Dimorfa
(mista);
• Forma Virchowiana.
Formas clínicas - Tuberculoide
As lesões da pele são placas com bordas nícdas, elevadas, geralmente
eritematosas e micropapulosas, que surgem como lesões únicas ou em pequeno
número.
Formas clínicas - virchowiana
• Progressiva infiltração sobretudo da face, com
acentuação dos sulcos cutâneos, perda dos pelos
dos cílios e supercílios (madarose), congestão nasal
e aumento dos pavilhões auriculares;
Quando a doença não é tratada nessa fase, evoluirá de acordo com a resposta imune do
indivíduo infectado, podendo haver cura espontânea ou desenvolvimento de uma das três
formas clínicas descritas anteriormente.
Avaliação asica específica
• no momento do diagnóscco;
• na alta por cura;
• no monitoramento de doentes que já tenham alguma incapacidade qsica -
15 (quinze), 45 (quarenta e cinco), 90 (noventa) e 180 (cento e oitenta) dias.
• Monitorar o resultado do
tratamento de neurites;
• História;
• Ocupação e acvidades diárias;
• Queixas do paciente;
• Inspeção;
• Palpação dos nervos;
• Teste de força muscular;
• Teste de sensibilidade.
https://www.youtube.com/watch?v=TAU1hVgiXJU
Avaliação da função neural – Passo a passo
1. Comece o exame clínico pelos nervos da face observando a simetria dos movimentos palpebrais
e de sobrancelhas (nervo facial);
2. Em seguida, veja se há espessamento visível ou palpável dos nervos do pescoço
(auricular), do punho (ramo dorsal dos nervos radial e ulnar), e dos pés (fibular superficial e
sural);
3. Depois, palpe os nervos do cotovelo (ulnar), do joelho (fibular comum) e do tornozelo (tibial);
4. Observe se eles estão visíveis, assimétricos, endurecidos, dolorosos ou com sensação de
choque;
5. Caso você identifique qualquer alteração nos nervos, confirme a anormalidade com o teste da
sensibilidade no território inervado;
6. Se não houver perda de sensibilidade, mas persistir a dúvida, encaminhe o paciente para a
referência e faça o acompanhamento do caso;
7. Não troque o exame clínico pela baciloscopia ou biópsia.
Grau de incapacidade física
• Avaliação do grau de incapacidade física:
● Teste da sensibilidade dos olhos, mãos e pés.
● Dose supervisionada:
• 2X 300 mg de rifampicina;
• 100 mg de dapsona.
● Dose auto-administrada:
• 100 mg de dapsona.
● Tratamento completo:
• 6 cartelas (6 meses);
• Doses supervisionadas:
28/28 dias ou 4/4 semanas.
Tratamento da forma paucibacilar: 6 meses
Duração: 06 doses.
______. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis. Guia prá>co sobre a hanseníase [recurso
eletrônico]. Brasília: Ministério da Saúde, 2017. Disponível em: hQps://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/guia_praXco_hanseniase.pdf
______. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis. Manual de Recomendações para o
Controle da Tuberculose no Brasil. Brasília: Ministério da Saúde, 2019. Disponível em:
hQps://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_recomendacoes_controle_tuberculose_brasil_2_ed.pdf
______. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis. Protocolo
Clínico e Diretrizes Terapêu>cas da Hanseníase [recurso eletrônico]. Brasília: Ministério da Saúde, 2022. Disponível em: hQps://www.gov.br/saude/pt-
br/assuntos/saude-de-a-a-z/h/hanseniase/publicacoes/protocolo-clinico-e-diretrizes-terapeuXcas-da-hanseniase-2022/view
______. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente. Tuberculose 2023. Bole>m Epidemiológico, Brasília, n. esp., mar. 2023. Disponível em:
hQps://www.gov.br/saude/pt-br/centrais-de-conteudo/publicacoes/boleXns/epidemiologicos/especiais/2023/boleXm-epidemiologico-de-tuberculose-numero-
especial-mar.2023/view#:~:text=N%C3%BAmero%20Especial%20%7C%20Mar.-,2023,compat%C3%ADveis%20com%20os%20problemas%20idenXficados.
______. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente. Hanseníase 2023. Bole>m Epidemiológico, Brasília, n. esp., jan. 2023. Disponível em:
hQps://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/h/hanseniase/publicacoes/boleXm-epidemiologico-de-hanseniase-numero-especial-jan.2023
OBRIGADA
Módulo de Acolhimento e Avaliação
Projeto Mais Médicos para o Brasil
28° Ciclo do PMMB
29 – IST e AIDS
BRASÍLIA-DF
14/08 a 01/09/2023
MÓDULO DE ACOLHIMENTO E AVALIAÇÃO (MAAV) DO PMMB
28° CICLO DO PMMB
SUBEIXO IV
Doenças e Agravos
TEMA 29
IST e AIDS
COORDENAÇÃO
Camila Zamban de Miranda
Frantchesca Fripp dos Santos
Nilson Massakazu Ando
ELABORAÇÃO
Camila Zamban de Miranda
Juliana Machado de Carvalho
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
Camilo Sobreira De Santana - Ministro da Educação
Denise Pires de Carvalho - Secretaria de Ensino Superior
Gisele Viana Pires - Diretoria de Desenvolvimento da Educação em Saúde
Francisco de Assis Rocha Neves - Coordenação-Geral de Expansão e Gestão da Educação
em Saúde
Ana Luísa dos Santos Azevedo - Apoio Central do PMMB
Lucas de Souza Porfirio - Apoio Central do PMMB
Caso clínico IST e AIDS
Você foi lotado em um polo base que atende a população Yanomami no interior do
estado de Roraima e recebe uma paciente chamada Edileuza, que morava em área de
garimpo. A paciente pediu permissão para entrar na aldeia e consultar, pois está muito
preocupada por uma dor abdominal que iniciou há uma semana. Edileuza conta que vai
embora em poucos dias, mas tem medo de “ter pego doença grave” e mostra-se
bastante ansiosa.
Edileuza tem 26 anos e estava morando com um grupo de moças que trabalhavam como
profissionais do sexo no garimpo. Conta que sempre usava camisinha, exceto com seu
namorado, Éder. Ela está sentindo dor em cólica na região supra-púbica e dispareunia.
Ao ser questionada sobre história patológica pregressa, Edileuza refere ter sofrido um
aborto há 4 anos, mas nunca investigou a causa.
Em relação aos hábitos, refere uso eventual de álcool e fuma cigarro de palha quando
bebe.
O abdome está flácido e sem visceromegalias, mas pouco doloroso à palpação profunda.
Você pede permissão para realizar o exame ginecológico e visualiza secreção amarelada
em orifício do colo uterino. A paciente apresenta dor à mobilização do colo ao toque
bimanual, sem dor à palpação de anexos, aumento do volume uterino ou presença de
massas.
QUESTÕES:
2 - Descreva o que deve ser realizado no exame físico de uma paciente com essas queixas
na APS.
Aferição de sinais vitais;
Exame abdominal;
Exame especular vaginal, incluindo inspeção do colo de útero para friabilidade
(sangramento fácil) e corrimento mucopurulento cervical;
Exame bimanual, com mobilização do colo e palpação dos anexos.
4. Ceftriaxone 1g IM 24/24 horas por 14 dias + doxiciclina 100mg 12/12h por 7 dias
+ metronidazol 500mg 12/12h por 7 dias
Resposta: 3
Referências
29 – IST e AIDS
CASO CLÍNICO
BRASÍLIA-DF
14/08 a 01/09/2023
MÓDULO DE ACOLHIMENTO E AVALIAÇÃO (MAAV) DO PMMB
28° CICLO DO PMMB
SUBEIXO IV
Doenças e Agravos
TEMA 29
IST e AIDS
COORDENAÇÃO
Camila Zamban de Miranda
Frantchesca Fripp dos Santos
Nilson Massakazu Ando
ELABORAÇÃO
Camila Zamban de Miranda
Juliana Machado de Carvalho
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
Camilo Sobreira De Santana - Ministro da Educação
Denise Pires de Carvalho - Secretaria de Ensino Superior
Gisele Viana Pires - Diretoria de Desenvolvimento da Educação em Saúde
Francisco de Assis Rocha Neves - Coordenação-Geral de Expansão e Gestão da Educação
em Saúde
Ana Luísa dos Santos Azevedo - Apoio Central do PMMB
Lucas de Souza Porfirio - Apoio Central do PMMB
Caso clínico IST e AIDS
Você foi lotado em um polo base que atende a população Yanomami no interior do
estado de Roraima e recebe uma paciente chamada Edileuza, que morava em área de
garimpo. A paciente pediu permissão para entrar na aldeia e consultar, pois está muito
preocupada por uma dor abdominal que iniciou há uma semana. Edileuza conta que vai
embora em poucos dias, mas tem medo de “ter pego doença grave” e mostra-se
bastante ansiosa.
Edileuza tem 26 anos e estava morando com um grupo de moças que trabalhavam como
profissionais do sexo no garimpo. Conta que sempre usava camisinha, exceto com seu
namorado, Éder. Ela está sentindo dor em cólica na região supra-púbica e dispareunia.
Ao ser questionada sobre história patológica pregressa, Edileuza refere ter sofrido um
aborto há 4 anos, mas nunca investigou a causa.
Em relação aos hábitos, refere uso eventual de álcool e fuma cigarro de palha quando
bebe.
O abdome está flácido e sem visceromegalias, mas pouco doloroso à palpação profunda.
Você pede permissão para realizar o exame ginecológico e visualiza secreção amarelada
em orifício do colo uterino. A paciente apresenta dor à mobilização do colo ao toque
bimanual, sem dor à palpação de anexos, aumento do volume uterino ou presença de
massas.
QUESTÕES:
Resposta:
ISTs e AIDS
Panorama brasileiro
• Alta prevalência – até 12% dos homens de 17 a 20 anos já tiveram algum problema
relacionado à ISTs.
• Segundo a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) de 2019 - aproximadamente 1 milhão
de pessoas afirmaram ter diagnóstico médico de Infecção Sexualmente
Transmissível (IST) ao longo do ano, o que corresponde a 0,6% da população com 18
anos de idade ou mais.
• Início precoce da atividade sexual (média de 17,3 anos), sem orientação, com
múltiplos parceiros(as) e sem proteção.
• Subnotificação nos serviços de saúde.
Panorama brasileiro
Baixo índice de uso de preservativo:
• Em torno de 20% de uso em parceria fixa / 55% em parceria casual;
• Prevalência do uso consistente de preservativos de apenas 22,8% na população em
geral;
• Entre as mulheres de 20,9%;
• 59% da população referiu não ter usado preservativo nenhuma vez nos últimos 12
meses - principal motivo do não uso confiar no parceiro (73,4%);
• Mulheres, indivíduos com faixa etária maior, com menor escolaridade e renda
apresentaram piores resultados.
Barreira ao controle de IST:
perdas em diferentes níveis entre a infecção e a cura
3
Atenção Integral
• Prevenção combinada
• Prevenção individual e cole]va
• Oferta de diagnós]co e tratamento para IST assintomá]ca – com exame
• Manejo de IST sintomá]ca por fluxograma
• Adesão ao tratamento
• Comunicação / diagnós8co / tratamento parcerias
• Interrupção da linha de transmissão
• Prevenção de outras ISTs
• Prevenção de complicações
Atenção integral
Atenção Integral – “Sexo Seguro”
Geralmente associado ao uso exclusivo de preservativos, porém seu uso possui
limitações. Outras medidas de prevenção são importantes e complementares:
• Usar preservativo;
• Imunizar para HAV, HBV e HPV;
• Conhecer o status sorológico para HIV da(s) parceria(s) sexual(is);
• Testar regularmente para HIV e outras IST;
• Tratar todas as pessoas vivendo com HIV – PVHIV (Tratamento como Prevenção e I=Ia );
• Realizar exame preventivo de câncer de colo do útero (colpocitologia oncótica);
• Realizar profilaxia pré-exposição – PrEP, quando indicado;
• Conhecer e ter acesso aos métodos de anticoncepção e concepção;
• Realizar profilaxia pós-exposição – PEP, quando indicado.
Atenção Integral – “Sexo Seguro”
Atenção Integral
RASTREAMENTO DE IST: Periodicamente para populações específicas
(gestantes, adolescentes e jovens, profissionais do sexo, entre outros);
IMUNIZAÇÃO:
• Vacina contra o HPV - indicada para meninas de 9 a 14 anos e
meninos de 11 a 14 anos. Duas doses, com intervalo de seis meses.
• Vacina contra HBV - indicada para todas as faixas etárias. Três doses
induzem títulos protetores de anticorpos em mais de 90% dos adultos
e dos jovens sadios, e em mais de 95% dos lactentes, das crianças e
dos adolescentes
Abordagem às pessoas com IST
• Oferta de preserva]vos e orientação de uso
• Feminino & Masculino
• Método de abordagem.
• Corrimento vaginal
Diagnós]co diferencial – candidíase x vaginose x tricomoníase
• Apenas Tricomoníase é IST!
• Necessidade de exame especular
Exame microscópico à fresco
Bacterioscopia / Teste de Whiff / pesquisa pH vaginal
• Indicação de tratamento
Situação problema 1 - Discussão
Fluxograma para o manejo de corrimento vaginal
Tratamento – Candidíase vulvovaginal
Tratamento – Vaginose bacteriana
Tratamento - Tricomoníase
Fluxograma para o manejo de cervicite
Tratamento para Gonorreia/ Clamídia
CORRIMENTO URETRAL
Situação problema 2
Pablo, 24 anos, vem à consulta por saída de secreção purulenta pelo meato
uretral percebida há 2 dias, acompanhada de dor uretral constante, com piora
importante à micção. Última relação sexual há 3 dias.
Exame ysico: Úlcera única em face lateral do pênis, cerca de 1cm de diâmetro,
com base escura e fundo limpo. Linfonodomegalia inguinal e cervical, sem outros
pontos.
P: 58kg
Situação problema 4 – Úlcera genital
Diagnósecos Diferenciais:
• Sífilis primária e secundária;
• Herpes genital;
• Cancróide / Cancro Mole;
• Linfogranuloma Venereo;
• Donovanose.
32
32
Fluxograma De Manejo
34
Tratamento de herpes genital
Tratamento de herpes genital
Situação problema 4 – Tratamento
• Linfogranuloma venéreo
• 1ª linha: Doxicilina 100mg 12/12h por 21 dias;
• 2ª linha: Azitromicina 500mg 2cp 1x por semana por 21 dias – gestantes!;
• Parcerias assintomá]cas: Azitromicina 500mg 2cp dose única.
• Donovanose
• 1ª linha: Doxicilina 100mg 12/12h por pelo menos 21 dias;
• 2ª linha: Azitromicina 500mg 2cp 1x por semana por pelo menos 3 semanas ou
Ciprofloxacino 500mg 1cp e meio 12/12h por pelo menos 21 dias ou
Sulfametoxazol + trimetoprima 400+80mg 2cp de 12/12h por no mínimo 3
semanas.
35
Tratamento de Cancroide e LGV
Tratamento de Donovanose
Sífilis – Epidemiologia
• No período de 2011 a 2021, foram notificados no país 1.035.942
casos de sífilis adquirida, 466.584 casos de sífilis em gestantes,
221.600 casos de sífilis congênita e 2.064 óbitos por sífilis congênita;
36
Sífilis – Epidemiologia:
Taxa de detecção de sífilis adquirida (por 100.000 habitantes), taxa de detecção de
sífilis em gestantes e taxa de incidência de sífilis congênita (por 1.000 nascidos
vivos), segundo ano de diagnósWco. Brasil, 2011 a 2021.
36
Sífilis – Epidemiologia:
Taxa de detecção de sífilis adquirida (por 100.000 habitantes) segundo região de
residência e ano de diagnóstico. Brasil, 2011 a 2021.
36
Sífilis – Classificação
Classificação:
• Segundo o tempo de infecção:
• Sífilis adquirida recente (< 1 ano
de evolução)
• Sífilis adquirida tardia (>1 ano de
evolução)
36
Caracterização dos estágios
Sífilis secundária
Caracterização dos estágios
Tratamento - Sífilis
42
Sífilis na gestação
Exames na primeira consulta e com 28 semanas:
• Se positivo:
• Intervenção imediata
• Tratar com penicilina benzatina 2.400.000 UI (semanal por 3
semanas – 3 doses).
• Tratar parceiro. (Se tiver teste negativo tratar com 2400 000 UI. E se
teste positivo, tratar como sífilis latente).
• Anamnese: história de diagnóstico e tratamento prévio.
• Exame físico
Sífilis na gestação
SEGUIMENTO:
• VDRL mensalmente em gestantes!
• Ao término da gestação de 3/3meses no 1º ano. Depois, de 6/6 meses até
a estabilização.
• Os títulos devem cair progressivamente, permanecendo negativos ou
inferiores a 1:8.
• Se os títulos se mantiverem baixos e estáveis em 2 oportunidades, após 1
ano, pode ser dada alta.
• ENCAMINHAR A CENTRO DE REFERÊNCIA SE ALERGIA À PENICILINA.
Sífilis na congênita
Classificação sífilis congênita
Classificação sífilis congênita
Tratamento - sífilis congênita
Tratamento - sífilis congênita
Tratamento - sífilis congênita
DOENÇA
INFLAMATÓRIA
PÉLVICA (DIP)
Doença inflamatória pélvica (DIP)
• Ascensão de microorganismos com comprome]mento de endométrio /
trompas / anexos / estruturas con•guas;
57
Epidemiologia- Infecção pelo HIV:
Taxa de detecção de aids (por 100.000 hab.) segundo região de residência,
por ano de diagnóstico. Brasil, 2011 a 2021.
57
Epidemiologia- Infecção pelo HIV:
Taxa de detecção de aids (por 100.000 hab.) segundo UF e capital de
residência. Brasil, 2021*
57
Infecção pelo HIV
• As IST são fatores de risco para aquisição e transmissão do HIV. Estudos
demonstram que pessoas com IST e infecções não ulcera]vas do trato
reprodu]vo têm um risco aumentado de três a 10 vezes de se infectar pelo HIV,
o qual sobe para 18 vezes se a doença cursa com úlceras genitais.
• A primeira fase da infecção (infecção aguda) é o tempo para o surgimento de
sinais e sintomas inespecíficos da doença, que ocorrem entre a primeira e
terceira semana após a infecção.
57
Infecção pelo HIV
• A fase seguinte (infecção assintomática) pode durar anos, até o
aparecimento de infecções oportunistas (tuberculose,
neurotoxoplasmose, neurocriptococose) e algumas neoplasias (linfomas
não Hodgkin e sarcoma de Kaposi);
57
Infecção pelo HIV
57
Infecção pelo HIV - Abordagem na APS
57
Infecção pelo HIV - Abordagem na APS
Para dar apoio a essa estratégia, encontram-se disponíveis em
http://www.aids. gov.br os seguintes materiais de suporte:
57
Triagem de HIV na gestação
58
Teste rápido HIV
1) A amostra com resultado não reagente no teste rápido 1 (TR1) será definida
como: “Amostra Não Reagente para HIV”. Em caso de suspeita de infecção pelo HIV,
uma nova amostra deverá ser coletada 30 dias após a data da coleta desta amostra.
2) A amostra com resultado reagente no TR1 deverá ser submeOda ao teste rápido 2
(TR2).
3) A amostra com resultados reagentes no TR1 e no TR2 terá seu resultado definido
como: “Amostra Reagente para HIV”. A amostra com resultados discordantes entre
TR1 e TR2 não terá seu resultado definido. Nesse caso, devem-se repeOr os dois
testes; persisOndo a discordância dos resultados, uma amostra deverá ser coletada
por punção venosa e encaminhada para ser testada com um dos fluxogramas
definidos para laboratório.
59
Teste rápido HIV
• Testes rápidos para a detecção do HIV fornecem resultados entre 5 e 40 minutos
e têm sido progressivamente utilizados como estratégias de ampliação do
acesso ao diagnóstico da doença;
• Apresentam sensibilidade e especificidade acima de 99% a partir de três meses da
transmissão viral;
• Testes rápidos apresentando resultados positivos devem ser confirmados com
testes de imunofluorescência e Western blot;
• Se o resultado do teste rápido é negativo, não há necessidade de testagem
confirmatória, a não ser que haja suspeição de infecção viral aguda pelo HIV,
condição que demanda teste de detecção do vírus por meio de estratégia de
detecção do RNA viral;
• Resultados indeterminados devem ser repetidos em período entre 1 e 2 meses.
60
61
Profilaxia pré e pós-exposição ao HIV
• Há várias limitações para a efe8vidade de estratégias de profilaxia pós-
exposição:
○ Período limitado entre a exposição e o início da replicação viral na
submucosa;
○ Dificuldade em ter acesso aos medicamentos;
○ Reconhecimento da situação de risco implicada no contato sexual com
parceiro sabidamente infectado pelo HIV;
○ Não u8lização completa dos 28 dias recomendados de profilaxia em função
da elevada frequência de ocorrência de eventos adversos.
62
Profilaxia pré e pós-exposição ao HIV
62
Conduta
• A complexidade da infecção pelo HIV em estágio sintomático
demanda atenção especializada, realizada por médico com
treinamento específico.
63
HEPATITES VIRAIS
HepaDtes virais
• Causadas pelos vírus das hepatites A, B, C, D ou Delta e E;
• São doenças causadas por diferentes agentes etiológicos;
• Têm em comum o tropismo primário pelo tecido hepático ;
• Constituem um enorme desafio à saúde pública em todo o mundo;
• São responsáveis por cerca de 1,4 milhão de óbitos anualmente, como
consequência de suas formas agudas graves e, principalmente, pelas
complicações das formas descompensadas crônicas ou por hepatocarcinoma;
• Esse número é comparável ao das mortes causadas pela tuberculose e é
superior ao de óbitos causados pelo HIV.
63
Hepatites virais
•No Brasil, de 1999 a 2016, foram notificados no Sinan aproximadamente
600.000 casos confirmados de hepatites virais A, B, C e D.
Destes:
○ Hepatite A -168.175 (23,4%);
○ Hepatite B - 264.640 (36,8%);
○ Hepatite C - 279.872 (38,9%);
○ Hepatite D - 4.259 (0,6%).
63
HepaDtes virais
• Estima-se que o número de casos seja bem maior, em razão de a maioria dos
casos não apresentarem sintomas, o que dificulta a procura por diagnóstico.
• Dados do Ministério da Saúde estimam que aproximadamente 657 mil pessoas
tenham o vírus da hepatite C no Brasil.
• Devido às suas taxas de prevalência, cronicidade e potencial de
transmissibilidade e complicações, as hepatites virais B e C são agravos de
elevada importância em termos de saúde pública.
• A maioria das pessoas infectadas pelas hepatites virais crônicas desconhece seu
diagnóstico, constituindo elo fundamental na cadeia de transmissão dessas
infecções
63
Hepatite A
A hepatite A é uma doença comumente transmitida por meio de contato
oralfecal, pela ingestão de água e/ou alimentos contaminados;
63
Hepatite B
• O vírus da hepatite B – HBV é transmitido por meio de contato com fluidos
corpóreos infectados.
• O sangue é o veículo de transmissão mais importante, mas outros fluidos
também podem transmitir o HBV, como sêmen e saliva.
63
Hepatite C
• A forma mais eficaz de transmissão do vírus da hepatite C – HCV ocorre pela
exposição percutânea repetida, ou mediante o recebimento de grandes
volumes de sangue infectado.
63
Hepatite C
63
PREVENÇÃO DAS IST NA VIOLÊNCIA SEXUAL
• Aneconcepção de emergência.
PREVENÇÃO DAS IST NA VIOLÊNCIA SEXUAL
Referências Bibliográficas
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das Infecções Sexualmente Transmissíveis, do HIV/Aids e
das Hepatites Virais. Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Manejo da Infecção pelo HIV em Adultos. Brasília: Ministério da Saúde, 2018. Disponível em:
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Atenção Primária. Infecção pelo HIV e AIDS: prevenção, diagnóstico e tratamento na atenção Primária - v. 1. 1. Rio de Janeiro: SMS, 2016. 83 p. (Série F. Comunicação e
Educação em Saúde) (Coleção Guia de Referência Rápida). Disponível em:
http://www.rio.rj.gov.br/dlstatic/10112/6552790/4176326/GuiadeReferenciaRepidaemHIV_AIDS_pagsimples_web.pdf.
OBRIGADA