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GESTÃO AMBIENTAL APLICADA

Curso Superior de Tecnologia em Gestão de


Produção Industrial
Aula 8 – Turma A
Prof. Jeferson C. Dias, MSc.
Fevereiro 10, 17, 24
Março 03, 10, 17, 24, 31 - P1
Abril 07, 14, 28 - P2
Maio 05, 12, 19, 26 - P3
Junho 02, 09, 23, 30

HORÁRIO
1900-2230 – 5ª Feira 3 H 30 M

 Média (P1+P2 + T)/3 >= 6,0 1 slide = 3 à 4 minutos


 Trabalho em Aula 20 DIAS X
x HORAS 15 x 4 = 1 hora
1 H 40
Programação
Dia Aula Conteúdo
10/02/22 Aula 1 Apresentação da Disciplina, Regras e Introdução ao Sistema de Gestão
Ambiental - Acolhimento
17/02/22 Aula 2 Processos: conceitos e aplicação e os requisitos 4.1, 4.2, 4.3, 4.4, 6.1.2,
8.2
24/02/22 Aula 3 Identificação de Aspectos e Impactos e Controles operacionais e o
requisito 8.1
03/03/22 Aula 4 Desenvolvimento de procedimentos a partir de fluxogramas, (7.5);
Requisitos legais e outros requisitos influenciando nos controles
ambientais, (6.1.3, 8.2)
10/03/22 Aula 5 Noções e aplicação de auditoria
17/03/22 Aula 6 Conceito e aplicação de tratamento de não conformidade
24/03/22 Aula 7 Relatório de Auditoria Interna
31/03/22 Aula 8 Preparação e Resposta à Emergências
07/04/22 Aula 9 Avaliação P1
14/04/22 Aula 10 Preparação e Resposta à Emergências - Gestão de Emergenciais
Programação
Dia Aula Conteúdo
28/04/22 Aula 11 Análise do ciclo de vida dos produtos
05/05/22 Aula 12 Licenciamento Ambiental – Parte I
12/05/22 Aula 13 Licenciamento Ambiental – Parte II
19/05/22 Aula 14 Produção Mais Limpa e Ecoeficiência – princípios e
diferenças
26/05/22 Aula 15 Indicadores na avaliação de desenvolvimento do
Sistema de Gestão Ambiental
02/06/22 Aula 16 Questão sócio-ambiental, qualidade total e
desenvolvimento sustentável.
09/06/22 Aula 17 Gestão Integrada por resultados
23/06/22 Aula 18 Avaliação P2
30/06/22 Aula 19 Vistas de prova P2
Aula 20 Avaliação P3 - Atividades Administrativas
GESTÃO AMBIENTAL APLICADA

OBJETIVO:
Compreender o conceito de sustentabilidade e sua aplicação
nas organizações.

EMENTA:
 Conceito e evolução da questão ambiental.
 Sustentabilidade
 Desempenho ambiental.
 Normas ambientais.
 Sistemas de gerenciamento ambiental.
 Programas específicos.
 Certificação e legislação.
Projeto Pedagógico
Objetivo

Desenvolver com o aluno o conceito de Licenciamento


Ambiental e a Preparação de Resposta à Emergência no
Sistema de Gestão Ambiental.
6.1.3 Requisitos legais e outros
requisitos
A organização deve:
a) determinar e ter acesso aos requisitos legais e outros
requisitos relacionados a seus aspectos ambientais;
b) determinar como estes requisitos legais e outros requisitos
aplicam-se à organização;
c) levar requisitos legais e outros requisitos em consideração
quando estabelecer, implementar, manter e melhorar
continuamente seu sistema de gestão ambiental.
A organização deve manter informação documentada de seus
requisitos legais e outros requisitos.

NOTA Requisitos legais e outros requisitos podem resultar em


riscos e oportunidades para a organização.
6.1.4 Planejamento de ações

A organização deve planejar:


a) tomar ações para abordar seus:
1) aspectos ambientais significativos;
2) requisitos legais e outros requisitos;
3) riscos e oportunidades identificados em 6.1.1;
b) como:
1) integrar e implementar as ações nos processos de seu sistema
de gestão ambiental (ver 6.2, Seção 7, Seção 8 e 9.1), ou outros
processos de negócio;
2) avaliar a eficácia dessas ações (ver 9.1).
Ao planejar essas ações, a organização deve considerar suas
opções tecnológicas e seus requisitos financeiros, operacionais e
de negócios.
5.2 Política ambiental
A Alta Direção deve estabelecer, implementar e manter uma política
ambiental que, dentro do escopo definido em seu sistema de gestão
ambiental:
a) seja apropriada ao propósito e ao contexto da organização, incluindo a
natureza, escala e impactos ambientais das suas atividades, produtos e
serviços;
b) proveja uma estrutura para o estabelecimento dos objetivos
ambientais;
c) inclua um comprometimento com a proteção do meio ambiente,
incluindo a prevenção da poluição e outro(s) compromisso(s)
específico(s) pertinente(s) para o contexto da organização;
d) inclua um comprometimento em atender os seus requisitos legais e
outros requisitos;
e) inclua um comprometimento com a melhoria contínua do sistema de
gestão ambiental para aumentar o desempenho ambiental.
RESOLUÇÃO CONAMA Nº 237, de 19 de dezembro de
1997

Considerando a necessidade de revisão dos procedimentos


e critérios utilizados no licenciamento ambiental, de forma
a efetivar a utilização do sistema de licenciamento como
instrumento de gestão ambiental, instituído pela Política
Nacional do Meio Ambiente;

Considerando a necessidade de se incorporar ao


sistema de licenciamento ambiental os instrumentos
de gestão ambiental, visando o desenvolvimento
sustentável e a melhoria contínua;

...
CONAMA Nº 237 - Definições

Art. 1º - Para efeito desta Resolução são adotadas as seguintes


definições:
I - Licenciamento Ambiental: procedimento administrativo
pelo qual o órgão ambiental competente licencia a localização,
instalação, ampliação e a operação de empreendimentos e
atividades utilizadoras de recursos ambientais, consideradas
efetiva ou potencialmente poluidoras ou daquelas que, sob
qualquer forma, possam causar degradação ambiental,
considerando as disposições legais e regulamentares e as
normas técnicas aplicáveis ao caso.
CONAMA Nº 237 - Definições

II - Licença Ambiental: ato administrativo pelo qual o órgão


ambiental competente, estabelece as condições, restrições e
medidas de controle ambiental que deverão ser obedecidas
pelo empreendedor, pessoa física ou jurídica, para localizar,
instalar, ampliar e operar empreendimentos ou atividades
utilizadoras dos recursos ambientais consideradas efetiva ou
potencialmente poluidoras ou aquelas que, sob qualquer
forma, possam causar degradação ambiental.
CONAMA Nº 237 - Definições

III - Estudos Ambientais: são todos e quaisquer estudos


relativos aos aspectos ambientais relacionados à
localização, instalação, operação e ampliação de uma
atividade ou empreendimento, apresentado como
subsídio para a análise da licença requerida, tais como:
relatório ambiental, plano e projeto de controle
ambiental, relatório ambiental preliminar, diagnóstico
ambiental, plano de manejo, plano de recuperação de
área degradada e análise preliminar de risco.
CONAMA Nº 237 - Licenças

Art. 8º - O Poder Público, no exercício de sua


competência de controle, expedirá as seguintes
licenças:
I - Licença Prévia (LP) - concedida na fase preliminar do
planejamento do empreendimento ou atividade
aprovando sua localização e concepção, atestando a
viabilidade ambiental e estabelecendo os requisitos
básicos e condicionantes a serem atendidos nas
próximas fases de sua implementação;
CONAMA Nº 237 - Licenças

Art. 8º - O Poder Público, no exercício de sua


competência de controle, expedirá as seguintes
licenças:
II - Licença de Instalação (LI) - autoriza a
instalação do empreendimento ou atividade de
acordo com as especificações constantes dos
planos, programas e projetos aprovados, incluindo
as medidas de controle ambiental e demais
condicionantes, da qual constituem motivo
determinante;
CONAMA Nº 237 - Licenças

Art. 8º - O Poder Público, no exercício de sua


competência de controle, expedirá as seguintes
licenças:
III - Licença de Operação (LO) - autoriza a
operação da atividade ou empreendimento, após a
verificação do efetivo cumprimento do que consta
das licenças anteriores, com as medidas de
controle ambiental e condicionantes determinados
para a operação.
CONAMA Nº 237

Art. 19 - O órgão ambiental competente, mediante


decisão motivada, poderá modificar os condicionantes e
as medidas de controle e adequação, suspender ou
cancelar uma licença expedida, quando ocorrer:
I - Violação ou inadequação de quaisquer condicionantes
ou normas legais.
II - Omissão ou falsa descrição de informações relevantes
que subsidiaram a expedição da licença.
III - superveniência de graves riscos ambientais e de
saúde.
CETESB P.4.261/2011
No Brasil, em particular no estado de São Paulo, com a
publicação da Resolução no 1 do Conselho Nacional do Meio
Ambiente (CONAMA), de 23/01/1986 (BRASIL, 1986), que
instituiu a necessidade de realização do Estudo de Impacto
Ambiental (EIA) e do respectivo Relatório de Impacto
Ambiental (RIMA) para o licenciamento de atividades
modificadoras do meio ambiente, os Estudos de Análise de
Risco passaram a ser requeridos pela Companhia Ambiental
do Estado de São Paulo (CETESB) para determinados tipos
de empreendimentos, de forma que, além dos aspectos
relacionados aos impactos ambientais e à poluição crônica,
também a prevenção de acidentes maiores fosse
contemplada no processo de licenciamento.
CETESB P.4.261/2011

A Parte I contempla o método para tomada de decisão


quanto à necessidade de apresentação de Estudo de
Análise de Risco (EAR) ou de Programa de Gerenciamento
de Risco (PGR) embasado na periculosidade da
substância, na quantidade da substância e na
vulnerabilidade do entorno do empreendimento objeto
de aplicação da norma. A periculosidade de cada
substância é avaliada a partir de propriedades como
inflamabilidade e toxicidade.
Fluxorama do L.A.
CETESB P.4.261/2011
CETESB P.4.261/2011
CETESB P.4.261/2011
CETESB P.4.261/2011
Exemplos de Vulnerabilidade
Vulnerabilidades
Sobrepressão (bars) 1,5 kwatts

17,5 kwatts
37,5 kwatts

GLP

Acroleína

Nuvem tóxica: ppm

Benzeno
Exemplo

70
m
0 m
30

100 m
50 m 20 m 50 m
10 m GLP
Sulfeto de
Etileno
Hidrogênio
Volume: (peso
x densidade-
0,567KG/M³) = Volume: = 700 Volume: = 800
800 m³) kg) kg)
População = População = População= DP
DP 100 DP 15 pessoas 75 pessoas
pessoas
DR > ou < DP? DR > ou < DP? DR > ou < DP?
PGR e/ou EAR? PGR e/ou EAR? PGR e/ou EAR?
6.2 Tomada de decisão quanto à
necessidade de EAR ou PGR (aplicação do
método)
Os anexos A e B apresentam, respectivamente, as tabelas com
as substâncias tóxicas e inflamáveis de interesse e os anexos D e
E as respectivas quantidades e distâncias de referência (dr). Os
pressupostos para a elaboração das tabelas encontram-se no
anexo C. O método consiste em classificar as substâncias
presentes no empreendimento e relacionar as capacidades dos
recipientes de armazenamento com as respectivas distâncias de
referência (dr). Uma vez obtidas, compará-las com as distâncias
dos recipientes à população de interesse (dp), considerando o
número mínimo (Np) de 26 pessoas na área de interesse
delimitada pelo raio referente a dr.
Em caso de mistura, apresentar sua composição e, na ausência
de dados para classificação da mesma, deve-se utilizar a(s)
substância(s) com maior grau de periculosidade.
6.2.1 Classificação
a) Levantar todas as substâncias existentes no empreendimento e listá-las no
quadro 6;
b) Verificar se as substâncias constam das tabelas presentes nos anexos A ou
B;
b.1) Caso as substâncias constem das citadas tabelas, proceder da seguinte
maneira:
b.1.1) Levantar as capacidades nominais dos diferentes recipientes (tanque,
reator, tubulação, tambor). Somar as capacidades dos recipientes quando
dois ou mais estiverem, de alguma forma, interligados e operando
simultaneamente, podendo, dessa forma, ocorrer o vazamento de mais de
um deles. Em sistemas fechados do tipo refrigeração, considerar o inventário
total do sistema.
b.1.2) Obter a distância de referência (dr) correspondente à capacidade do
recipiente, de acordo com os dados constantes das tabelas dos anexos D ou E.
b.1.3) Determinar a distância à população de interesse (dp) mais próxima, a
partir do centro de cada recipiente.
b.1.4) Verificar se Np > 25 pessoas dentro do círculo de raio dr, a partir do
centro de cada recipiente.
6.2.1 Classificação

b.2) Caso as substâncias não constem das tabelas dos anexos A e B,


proceder da seguinte maneira:
b.2.1) Classificar as substâncias de acordo com o nível de toxicidade
ou de inflamabilidade, considerando os critérios estabelecidos nos
itens 6.1.1.1 ou 6.1.1.2.
b.2.2) Proceder como no item b.1.1.
b.2.3) Obter a distância de referência (dr) para a capacidade do
recipiente, estabelecida para a substância de referência
correspondente ao nível de toxicidade ou de inflamabilidade similar à
substância em análise, citada nos quadros 4 e 5.
b.2.4) Proceder como nos itens b.1.3 e b.1.4.
6.2.2 Avaliação dos resultados da
aplicação do método

Uma vez obtidas a distância de referência (dr) e a distância à


população de interesse (dp), deve-se compará-las, sendo
que, quando houver a presença de população de interesse
dentro dos limites determinados pela distância de
referência (dr) e Np> 25 pessoas, deve-se realizar Estudo de
Análise de Risco (EAR) e Programa de Gerenciamento de
Risco (PGR).
6.2.2 Avaliação dos resultados da
aplicação do método

Caso contrário, isto é, quando a distância à população de


interesse (dp) for maior que a distância de referência
(dr), o que corresponde à ausência de população nos
limites determinados por dr, ou Np ≤ 25
pessoas dentro do círculo de raio dr, o empreendedor fica
dispensado da elaboração do Estudo de Análise de Risco
(EAR), devendo apresentar um Programa de
Gerenciamento de Risco (PGR).
6.2.2 Avaliação dos resultados da
aplicação do método

Apresentar o PGR de acordo com o modelo constante no


item 25 da Parte IV desta norma.
Assim, pode-se resumir o exposto da seguinte forma:
a) Se dp ≤ dr e Np > 25 pessoas → Elaborar EAR e PGR;
b) Se dp ≤ dr e Np ≤ 25 pessoas → Dispensar do EAR e
elaborar PGR;
c) Se dp > dr → Dispensar do EAR e elaborar PGR.
CETESB P.4.261/2011
Atividade 1
• ?

d a
DR? c
GLP
GLP

Produto: Butano – Quantidade: 190 m³ com densidade de 0,567 kg/m³. População: 18 + 12


= 30 residências, 5 pessoas por residência. Distância da população (a) 25 m e (b) 30 m.
Diantância do vaso em (c) 10 m e (d) 30 m. PGR/EAR?
Conclusão

Podemos concluir que a Preparação e


resposta a emergências dentro do Sistema
de Gestão Ambiental e estão diretamente
relacionado com a Gestão de Processos
Industriais e a continuidade de emergências.
Básica BIBLIOGRAFIA
BARBIERI, J. C.. Gestão Ambiental Empresarial. Saraiva, 2012. 3ª. Ed.
FOGLIATTI, M C. Sistema de Gestão Ambiental para Empresas. Interciência, 2007.
TACHIZAWA, T. Gestão Ambiental e Responsabilidade Social Coorporativa - Estratégias de Negócios Focadas na
Realidade. Atlas, 2009.
Complementar (Além da bibliografia básica indicada no edital indico as seguintes obras) .
ASSUMPÇÃO, L F J. Sistema de Gestão Ambiental. Juruá, 2007.
MOURA, L. A.. Qualidade e Gestão Ambiental. Juarez de Oliveira, 2008.
ROSA; SANTOS; JAPIASSU. Ética Ambiental a Atitude Humana em Debate. EDUFAL, 2009.
De Referência.
ABNT NBR ISO 14001:2004. Sistemas da gestão ambiental – Requisitos com orientações para uso. 27 pgs, 2ª. Ed. 2004.
ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária. site: www.anvisa.gov.br
BEKIN, Saul Faingaus. Endomarketing. Prentice Hall Brasil. 1a. Ed. 2003.
COSTA, Luciano Martins. Mal-Estar na Globalização. Ed. A Girafa . 1ª. edição. 2005. 280 pgs. ISBN: 85-8987-674-8
LEAN Institute Brasil. site: www.lean.org.br
RIBEIRO, Regina; SALVADORI, Daisy, M.F.; MARQUES, Edmundo K. (org.) Mutagênese ambiental. Canoas, RGS, ULBRA,
2003
TRUHAUT, R. Ecotoxicology: Objectives, Principles and Perspectives. Ecotoxicology and Environmental Safety, New York,
1977.
WOMACK, James T; JONES, Daniel T., ROOS, Daniel. The Machine That Changed the World: The Story of Lean
Production-- Toyota's Secret Weapon in the Global Car Wars That Is Now Revolutionizing World Industry. 352 pgs. Free
Press. Paperback - Reprint edition (March 13, 2007) ISBN-10: 0743299795, ISBN-13: 978-0743299794

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