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Manutenabilidade:
É a medida do grau de facilidade para se fazer o reparo em um equipamento, quando é realizado, de acordo com
os procedimento definidos. Como exposto anteriormente, a confiabilidade tem relação direta com a chance de ocorrerem
falhas num equipamento operando normalmente (PEREIRA).
Custos de
Custos de Custos de Custos de
LCC = + + + Desativação
Aquisição Operação Manutenção
(descarte)
Diagrama de Blocos:
Em muitos casos o equipamento ou ferramental é único, ou seja, está sendo projetado para uma aplicação
específica, como por exemplo, um determinado produto de um cliente. Esse tipo de situação determina a inexistência de
dados históricos e inviabiliza o projeto da confiabilidade por meio de testes, pois só poderiam ser realizados após o término
do desenvolvimento e a construção do ferramental ou equipamento, tornando sem sentido sua realização. A técnica do
Diagrama de Blocos estabelece relações de dependência em termos de confiabilidade entre os subsistemas e os
componentes do equipamento, permitindo a avaliação de sua confiabilidade antes mesmo de ser construído, porque a
maioria destes subsistemas e componentes que serão usados são os mesmos que foram utilizados em projetos anteriores
(PEREIRA).
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Subsistema ou Componente
Representação de um Diagrama de Blocos. A figura pode representar um subsistema, conjuntos como unidades hidráulicas ou pneumáticas, painéis
elétricos, partes mecânicas móveis ou fixas como cabeçotes ou mesas.
A automação na manufatura e os estudos de economia no uso de materiais e redução de desperdícios fazem com
que os custos da fábrica se tornem cada vez menores, mas crescentes se comparados aos custos administrativos. Estes
custos fabris são, geralmente, considerados diretamente em razão do produto ou serviço de uma organização, enquanto os
custos são um overhead, isto é, custos adicionais em excesso, e devem ser rateados por algum critério entre os diversos
produtos ou serviços da empresa (PEREIRA).
Na manutenção, este overhead aparece nas atividades de gestão de planejamento, na contratação e nos
pagamentos de serviços contratados (atividade que tem crescido nos últimos anos, em razão de tendências à terceirização
nas empresas). Por sua vez, os custos diretos são decrescentes em razão da automação do processo e também pela
manutenção preventiva cada vez mais eficaz para atender à necessidade de maior confiabilidade, tendo como
consequência menos reparos dos equipamentos (PEREIRA).
Composição dos Custos de Manutenção no Brasil:
Composição dos Custos de Manutenção (%)
Ano Serviços
Pessoal Material Outros
Contratados
2011 31,13 33,35 27,03 8,49
2009 31,09 33,43 27,27 8,21
2007 32,35 30,52 27,20 9,93
2005 32,53 33,13 24,84 9,50
2003 33,97 31,86 25,31 8,86
2001 34,41 29,36 26,57 9,66
1999 36,07 31,44 23,68 8,81
1997 38,13 31,10 20,28 10,49
1995 35,46 33,92 21,57 9,05
MÉDIA 33,90 32,01 24,86 9,22
Fonte: ABRAMAN - Associação Brasileira de Manutenção (documento nacional 2011)
Origem da TPM:
A Manutenção Preventiva teve origem nos Estados Unidos e foi introduzida no Japão em 1950, que trabalhava até
então com Manutenção Corretiva. Em 1960, ocorre o reconhecimento da importância da confiabilidade como ponto chave
para a melhoria da eficiência das empresas. A partir destes conceitos, surgiu a Manutenção Preventiva, ou seja, o enfoque
passou a ser o de confiança no setor produtivo quanto à qualidade do serviço de manutenção a ser realizado. Em meados
de 1970, na busca de maior eficiência na área produtiva, surge a metodologia denominada TPM, um sistema
fundamentado no respeito individual e na total participação dos empregados (PEREIRA).
2. Manutenção Planejada: representa todas as ações preventivas. A figura abaixo ilustra um fluxo de informações
num sistema de manutenção planejada a partir da metodologia TPM.
Planejamento Anual
Planejamento Mensal
Atividades Atividades
PCM Planejamento Semanal TPM
Planejamento Diário
Registros de Manutenção
3. Controle Inicial: é o conjunto de ações que visam à chamada Prevenção da Manutenção, isto é, ao iniciar os
estudos para se adquirir determinado ativo, que as áreas envolvidas tenham a preocupação com a
manutenção.
5. Educação & Treinamento: a capacidade de todos os funcionários de uma empresa é um trabalho muito
importante para o crescimento não só das organizações, mas também das pessoas. Dentro do projeto TPM, a
área de Recursos Humanos tem a preocupação de facilitar o conhecimento. Para que tenhamos aumento de
produtividade, é necessário que os operadores saibam manusear ferramentas de montagem e operar
equipamentos simples ou complexos, bem como que os manutentores conheçam tecnicamente um
equipamento para que possam executar ajustes e consertos necessários.
Mantenedores e Operadores
Exemplo de uma Estrutura Organizacional denbtro da TPM para
Educação & Treinamento
6. Segurança e Meio Ambiente: todas as ações para obtenção da perda zero ou zero defeitos são fundamentais
para a boa rentabilidade de uma organização. Todavia, o respeito à integridade das pessoas e o meio onde
vivem não pode ser deixado de lado. Dentro da metodologia TPM, devem coexistir o cuidado ambiental junto
com máquinas operatrizes e produtos manufaturados.
7. TPM em Áreas Administrativas: a proposta de este pilar é avançar para as áreas de RH, Segurança, Materiais,
Financeiras, entre outras. Estas áreas com certeza podem colaborar para a perda zero, como por exemplo:
equipamento parado por falta de treinamento ou equipamento parado por falta de matéria-prima ou ainda um
equipamento parado em razão de um acidente de trabalho.
8. Qualidade: indica ações integradas para condicionamento de obediência a padrões, ou seja, Qualidade
Aplicada a Manutenção.
2. Perdas por set-up: ou perda por troca do ferramental é a perda associada à mudança de linha e regulagens de
máquinas. Este tempo representa outro fator importante neste tipo de redução de rendimento fabril.
Como combater:
Desenvolva técnicas e novos projetos na linha das metodologias de troca rápida.
Treine tanto operadores quanto manutentores em técnicas de troca rápida.
Ao adquirir novos equipamentos, certifique-se de que eles tenham facilidade de ajustes de ferramental.
3. Perdas por espera momentânea: é aquela que acontece por falta de material ou por uma peça que precisa ser liberada
dentro do equipamento ou ainda parada por detecção de peças com defeito.
Como combater:
Identifique as causas e elabore ações para evitar estas ocorrências.
Solicite estudos das especificações de produto e ferramental.
Analise se há tempo excessivo no uso dos instrumentos de medição.
Analise a situação da logística de materiais, ou seja, solicitação, movimentação e entrega.
4. Perdas por queda de velocidade: é a perda em razão da redução da velocidade de trabalho, ou seja, operar mais
lentamente, por motivos de qualidade ou por alguma limitação técnica.
Como combater:
Reveja os procedimentos operacionais e demais especificações de processo.
Reveja os ajustes e a capacidade de operação do equipamento.
Reveja a situação do suprimento de matéria prima.
5. Perdas por defeitos de produção: é atribuída à geração de peças defeituosas a serem descartadas, gerando a
necessidade de produzir novo lote ou a possibilidade de retrabalho para recuperá-las.
Como combater:
Analise a qualidade e as especificações da matéria-prima.
Analise a situação do ferramental.
Reveja os procedimentos operacionais e as demais especificações de processo.
Solicite análise geométrica do ferramental.
Analise a qualificação do operador e se necessário treine-o novamente.
6. Perdas por queda de rendimento: esta perda acontece logo após o início de um processo de produção e é chamado
período de estabilização.
Como combater:
Reveja os procedimentos operacionais e as especificações de produto.
Reveja os ajustes e a capacidade de operação do equipamento e ferramental.
Analise a situação dos programas de produção.
Analise a capacitação dos operadores e a atuação dos manutentores e se necessário promova treinamentos.
BIBLIOGRAFIA:
SOEIRO, Marcus Vinícius de Abreu. Gestão da Manutenção. Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S.A., 2017.
PEREIRA, Mário Jorge. Engenharia de Manutenção – Teoria e Prática. Rio de Janeiro: Editora Ciência Moderna Ltda., 2011.