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Não consultes os dicionários […] também não achei melhor título para minha
narração; se não tiver outro daqui até o fim do livro, vai este mesmo […] Há
livros que apenas terão isso dos seus autores […]. Agora que expliquei o título,
passo a escrever o livro.
“A obra em si mesma é tudo: se te agradar, fino leitor, pago-me da tarefa; se te não agradar, pago-te
com um piparote, e adeus.”
“Algum tempo hesitei se devia abrir estas memórias pelo princípio ou pelo fim, isto é, se poria em
primeiro lugar o meu nascimento ou a minha morte.”
“Se não conto os mimos, os beijos, as admirações, as bênçãos, é porque, se os contasse, não
acabaria mais o capítulo, e é preciso acabá-lo.
“Teria de escrever um diário de viagem e não umas memórias, como estas são, nas quais só entra a
substância da vida.”
“Vim... Mas não; não alonguemos este capítulo. Às vezes, esqueço-me a escrever, e a pena vai
comendo papel, com grave prejuízo meu, que sou autor. Capítulos compridos quadram melhor a
leitores pesadões; e nós não somos um público in-folio, mas in-12, pouco texto, larga margem, tipo
elegante, corte dourado e vinhetas... Não, não alonguemos o capítulo.”
Intertextualidade machadiana em Dom Casmurro
ENREDO: Otelo, o Mouro de Veneza, é obra ficcional de William Shakespeare a qual narra a
trajetória do herói que nomina a obra, desde sua ascensão ao posto de General e espécie
de Governador do Chipre, terra a qual protegera de invasão turca, até o trágico assassinato
de Desdêmona, sua esposa.
Observa-se uma relação explícita de Otelo em Dom Casmurro, pois há na obra machadiana
três capítulos que fazem referência direta à obra de Shakespeare. Essa relação pode ser
explicada pela teoria da intertextualidade, a partir da qual se observa que todo texto é um
duplo de escritura/leitura, uma rede de conexões.
ruptura da narrativa machadiana em Dom Casmurro
Os Arquétipos são consciências, que tem energia e informação, assim como tudo o que
existe. Cada arquétipo carrega em si uma energia de altíssima vibração e um tipo de
informação, e se expressa no nosso mundo e em nós, de diferentes maneiras.
A mente humana não consegue conceber um Arquétipo na sua totalidade. Mas procure
pensar nele como um programa ou software, aquele conjunto de instruções que são dadas
a um computador, para que ele execute uma tarefa, e chegue num determinado resultado.
Os Arquétipos são como programas, aplicativos, só que vivos e conscientes.
Segundo Jung, o arquétipo —informações inconscientes — exerce grande influência sobre
o comportamento e as crenças do ser humano. Todas as mulheres carregam
consigo arquétipos das deusas da mitologia greco-romana. Conhecê-los auxilia a
harmonizar-se com eles
1 – A Donzela · 2 – A Amante · 3 – A Soberana · 4 – A Caçadora · 5 – A Sábia · 6 – A Mística.
repertório para arquétipos femininos em Dom Casmurro
ESTÉS, Clarissa Pinkola. Mulheres que correm com os lobos. Rio de Janeiro: Rocco, 2018;
FLAUBERT, Gustave. Madame Bovary. Trad. de Sérgio Duarte e Prefácio de Otto Maria
Carpeaux. Rio de Janeiro: Nova Fronteira Participações, 2014.